l IFE: nº 2.274 - 05
de junho de 2008 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Meio
Ambiente Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Lula quer alternativas para concessões elétricas até dezembro O governo
decidiu acelerar os estudos sobre a prorrogação de concessões no setor
elétrico que estão próximas de expirar. Nos próximos dias, o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva assinará uma resolução "ad referendum" do CNPE
que criará uma comissão para avaliar o assunto. A atribuição do grupo,
a ser presidido por Márcio Zimmermann, secretário-executivo do MME, é
apresentar - até o fim do ano - um leque de alternativas que possam resolver
as incertezas em torno das concessões do setor que vencem a partir de
2015. As opções identificadas pela comissão serão levadas aos ministros
do CNPE e haverá uma decisão sobre o tema ainda no governo Lula, a fim
de dar maior segurança aos investimentos. (Valor Econômico - 05.06.2008)
2 CNPE avaliará "várias alternativas" Uma avaliação
preliminar do governo sobre a questão das concessões no setor é que os
investimentos amortizados na construção de usinas hidrelétricas precisam
se reverter agora em tarifas mais baratas - o que está dentro do princípio
basilar de modicidade tarifária, eixo do novo modelo do setor elétrico.
A questão delicada é como fazer isso. Se não for feita nenhuma mudança
na legislação, os ativos serão recuperados pela União e licitados novamente.
Mas isso traria prejuízos inevitáveis à Eletrobrás e colidiria frontalmente
com a decisão de fortalecer a empresa, tornando-a uma "superestatal".
Não se cogita, por enquanto, validar resolução da Aneel de 2000 que reconhece
o direito de "zerar" a concessão quando uma empresa pública é vendida
ao setor privado. Na época, lembra uma autoridade do setor elétrico em
Brasília, tratava-se de um "estímulo à política de privatizações", que
não existe mais. De acordo com uma fonte, o grupo criado pelo CNPE avaliará
"várias alternativas" para o assunto, com as soluções jurídicas necessárias
para cada uma delas. Entre elas deverá estar a possibilidade de manter
os empreendimentos com os atuais concessionários, mediante a negociação
de tarifas mais baixas, em favor dos consumidores. (Valor Econômico -
05.06.2008) 3 Licença de instalação de Jirau pode não sair até 15 de dezembro, afirma Dilma A ministra-chefe
da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse hoje (4) que a concessão da licença
de instalação para a Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO),
poderá não sair até 15 de dezembro, como está previsto no cronograma do
PAC. Segundo Dilma, a Aneel e o Ibama terão que analisar as mudanças no
projeto propostas pelo consórcio vencedor do leilão, que pretende deslocar
em nove quilômetros o local de construção da usina. (APMPE - 05.06.2008)
4
PAC verifica avanço em cronograma de duas hidrelétricas no Paraná 5 IBGE: matriz energética tem 45,1% de fontes renováveis O IBGE divulgou
nesta quarta-feira, 4 de junho, os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável
2008. Nos pontos dedicados aos indicadores energéticos do país, o levantamento
mostra que a participação das fontes renováveis na matriz energética era
de 45,1% em 2006, contra 41% em 2002. Houve crescimento de participação
de quatro tipos de fontes: hidráulica e eletricidade (14,0% para 14,8%),
derivados da cana-de-açúcar (12,6% para 14,6%), lenha e carvão vegetal
(11,9% para 12,6%) e outras fontes primárias renováveis (2,5% para 3,0%).
Nesse período, a utilização de fontes não-renováveis decresceu de 59%
para 54,9%, com quedas em todas estas fontes, exceto gás natural (7,5%
para 9,6%). (CanalEnergia - 04.06.2008) 6 Tarifa social: mudanças podem trazer impactos de até 4% na conta de luz, diz Aneel Os benefícios
para consumidores de baixa renda e agricultores deve trazer impactos de
até 4% na conta de luz. A Aneel estima que, caso as mudanças na Tarifa
Social de Energia sejam aprovadas, o aumento das tarifas pode chegar a
4,25% no Nordeste, 3,9% no Norte, 2,93% no Centro-Oeste, 2,35% no Sul
e 1,98% no Sudeste. As medidas ampliariam de 18 milhões para 25 milhões
o número de residências beneficiadas com a tarifa. Além disso, a Aneel
estima que a aprovação dessas mudanças pode aumentar em R$ 700 milhões
os gastos com a tarifa social em 2008. Com isso, parte dos recursos da
CDE, atualmente destinados ao Programa Luz para Todos, teriam que ser
realocados podendo comprometer as metas do programa. (CanalEnergia - 04.06.2008)
7 LT do Madeira: Minuta do edital deve estar pronta até final de junho, segundo PAC Com andamento adequado, segundo o balanço das obras enquadradas pelo PAC, a interligação do complexo hidrelétrico do Rio Madeira (RO, 6.450 MW) ao SIN deve ter novos passos ainda este mês. De acordo com o quarto balanço quadrimestral do PAC, divulgado nesta quarta-feira, 4 de junho, a linha de transmissão tem como meta a publicação do decreto que a inclui no Programa Nacional de Desestatização até o próximo dia 20. Já a minuta do edital está estimada para acontecer até o dia 30. O projeto possui sinalização de que está com andamento adequado (sinal verde). O objetivo do governo, segundo os dados do balanço, é de realizar o leilão da linha até o final de setembro. A linha apresenta extensão de 2.450 quilômetros, entre Poerto Velho e Araraquara - ponto de conexão com o SIN. (CanalEnergia - 04.06.2008) 8
Risco na exportação à Argentina 9 CPI investigará atuação da Aneel e tarifas de energia elétrica Requerimento
de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito foi apresentada pelo deputado
Eduardo da Fonte (PP/PE) Foi apresentado pelo deputado Eduardo da Fonte
(PP/PE) o Requerimento de criação de CPI, o qual requer a criação de Comissão
Parlamentar de Inquérito. Esta comissão destina-se a investigar a atuação
da Aneel na autorização dos reajustes e reposicionamentos tarifários a
título de reequilíbrio econômico-financeiro, a formação dos valores das
tarifas de energia elétrica no Brasil e esclarecer os motivos pelos quais
a tarifa média de energia elétrica no Brasil ser maior do que em nações
do chamado G7, grupo dos 7 países mais desenvolvidos do mundo. O requerimento
será analisado pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, a qual também
verificará os fatos certos e determinados constantes no requerimento,
sendo apenas admitidos os acontecimentos de relevante interesse para a
vida pública e a ordem constitucional, legal, econômica e social do país.
(Abrace - 04.06.2008) 10
Editorial do DCI: "Enganos no setor elétrico"
Empresas 1 Eletrobrás usou 13,4% do orçamento do ano O Grupo
Eletrobrás usou, de janeiro a abril, 13,4% do orçamento deste ano, o equivalente
a um investimento de R$ 791,983 milhões. Somente no segundo bimestre,
foram aplicados R$ 450,748 milhões, segundo balanço de gastos estatais
publicado em portaria do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão.
A previsão de investimento do grupo para este ano é de invista R$ 5,917
bilhões. Eletrosul e Furnas foram as empresas do sistema que tiveram o
melhor desempenho no período com o uso de 22% do orçamento. Por outro
lado, a Eletronuclear desembolsou apenas 7% dos R$ 807,409 milhões previstos
para este ano, correspondente a R$ 56,507 milhões nos primeiros quatro
meses do ano. (DCI - 05.06.2008) 2 Celesc recebe licença coletiva A Fundação do Meio Ambiente (Fatma) emite nesta quinta-feira, 5 de junho, o licenciamento ambiental corretivo de 2,8 mil km de redes e 115 subestações que integram o sistema elétrico da Celesc. As licenças fazem parte dos Estudos de Conformidade Ambiental realizados pela empresa durante os últimos dois anos, com levantamento dos eventuais passivos ambientais de cada um de seus empreendimentos implantados antes do licenciamento tornar-se uma exigência legal. A resposta positiva da Fatma nos coloca na posição de primeira empresa do setor elétrico brasileiro a conquistar o licenciamento ambiental de todos os seus empreendimentos", ressalta o presidente da Celesc, Eduardo Pinho Moreira (Brasil Energia - 04.06.2008) 3 Consumidores contribuem para a fiscalização dos serviços prestados pela Boa Vista Energia A Aneel
realiza hoje (04/06) a partir das 17h, em Boa Vista (RR), consulta pública
para ouvir os consumidores sobre a qualidade dos serviços prestados pela
distribuidora Boa Vista Energia. A reunião tem como objetivo colher contribuições
para subsidiar o trabalho de fiscalização periódica da empresa, previsto
para este ano. A concessionária atende 72,6 mil unidades consumidoras
na capital de Roraima. A reunião pública proporciona aos consumidores
acesso direto à Agência e oportunidade de contribuir com os processos
de fiscalização da qualidade do atendimento e do fornecimento de energia
elétrica pelas concessionárias. (Aneel - 04.05.2008) 4
Proposta de revisão tarifária da Celtins será apresentada em audiência
pública 5 Eletrobrás e a UFPA inauguram Laboratório de Eficiência Energética A Eletrobrás
e a Universidade Federal do Pará (UFPA) inauguram no dia 19 de junho,
em Belém (PA), o Laboratório de Eficiência Energética e Hidráulica em
Saneamento (LENHS), um dos projetos do Programa Nacional de Conservação
de Energia Elétrica (Procel), que busca processos mais eficientes energeticamente
na área de saneamento básico. O setor de saneamento é responsável por
cerca de 3% - 11 TWh anuais - de toda a energia elétrica consumida no
país e uma das áreas com maior potencial de redução do consumo, de 2,2
TWh. Ao todo foram implementados centros em seis universidades federais,
com um investimento de R$ 5,2 milhões. Além desses, estão sendo implantados
dois LENHS, um na Universidade Federal de Itajubá (Efei) e outro na Cagece,
concessionária de saneamento do Ceará. (Brasil Energia - 04.06.2008) 6 Bandeirantes na geração solar A Bandeirante
Energia, distribuidora paulista controlada pela holding Energias do Brasil,
vai investir R$ 20,5 milhões na instalação de equipamentos de aquecimento
solar em 5.650 residências de municípios de suas áreas de concessão. Desse
total, já estão definidas 850 unidades em Guarulhos e 1.680 em Mogi das
Cruzes. A primeira parte do plano, que também inclui a troca de lâmpadas
incandescentes por similares de alto desempenho, integra o ciclo 2008
do programa de eficiência energética aprovado pela Aneel. A iniciativa
como um todo faz parte de protocolo firmado com CDHU, do governo do estado
de São Paulo. O objetivo é reduzir em 30% a 40% o dispêndio dos consumidores
no pagamento da conta de luz. (Brasil Energia - 04.06.2008) 7 Elektro: investimentos em P&D serão de R$ 8,4 mi Os investimentos
da Elektro em projetos de P&D do ciclo 2008/2009 atingirão o patamar de
R$ 8,4 milhões. De acordo com José Francisco Resende da Silva, consultor
de engenharia e responsável pela coordenação interna dos programas de
pesquisa e desenvolvimento da concessionária, até agora já foram iniciados
14 projetos novos e outros seis estão em continuação. O gerente executivo
de engenharia da Elektro e coordenador geral dos Programas de P&D da concessionária
junto à Aneel, Paulo de Tarso, disse que a princípio há uma certa preocupação
por parte das empresas quanto a nova regulamentação da agência para os
projetos de P&D, pois essa nova regulamentação desvincula a apresentação
obrigatória dos projetos à Aneel antes de serem realizados. (CanalEnergia
- 04.06.2008) 8 Cemig: projetos de P&D recebem investimentos em torno de R$ 30 mi A Cemig investe cerca de R$ 30 milhões por ano em projetos de P&D, sendo parte do montante aplicado pela Cemig Distribuição e parte pela Cemig GT. De acordo com o superintendente de Tecnologia e Alternativas Energéticas, Luiz Carlos Leal Cherchiglia, no ciclo 2007-2008, a Cemig D aplicou R$ 18 milhões, enquanto os investimentos da Cemig GT ficaram em torno R$ 9 milhões. O superintendente afirmou que os projetos de P&D da Cemig têm dado ênfase à melhorias no sistema operacional da concessionária e também às fontes limpas de energia. Além disso, a Cemig está implantando, em caráter experimental, a primeira usina termelétrica solar do Brasil, através de outro projeto de P&D. (CanalEnergia - 04.06.2008) 9 SC Energia: aprovado ciclo P&D 2006/07 A Aneel aprovou o programa de pesquisa e desenvolvimento da SC Energia (SC) para o ciclo 2006/2007. Segundo despacho 2.128, publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 4 de junho, a empresa deve aplicar R$ 40,8 mil no ciclo, o que representa 0,3759% de sua receita operacional líquida, de R$ 10,8 milhões. A agência estabeleceu que o programa seja iniciado até agosto deste ano e termine até o mesmo mês em 2009. (CanalEnergia - 04.06.2008) No pregão
do dia 04-06-2008, o IBOVESPA fechou a 68.673,14 pontos, representando
uma baixa de 1,91% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
5,85 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de
1,04% fechando a 19.062,25 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 30,40 ON e R$ 26,89 PNB, baixa de
0,65% e 0,77%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do
dia anterior. Na abertura do pregão do dia 05-06-2008 as ações da Eletrobrás
foram cotadas a R$ 30,78 as ações ON, alta de 1,25% em relação ao dia
anterior e R$ 27,02 as ações PNB, alta de 0,48% em relação ao dia anterior.
(Investshop - 05.06.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 82,8% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 82,8%, não
apresentando variação significativa em relação à medição do dia 2 de junho.
A usina de Furnas atinge 98,5% de volume de capacidade. (ONS - 05.06.2008)
2 Sul: nível dos reservatórios está em 63,9% O nível de armazenamento na região Sul apresentou queda de 4,3% no nível de armazenamento em relação à medição do dia 2 de junho, com 63,9% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 54,1% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 05.06.2008) 3 NE apresenta 82% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,6% em relação à medição do dia 2 de junho, o Nordeste está
com 82% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 72,9% de volume de capacidade. (ONS - 05.06.2008) 4 Norte tem 94,5% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 94,5% com variação negativa de
1,1% em relação à medição do dia 2 de junho. A usina de Tucuruí opera
com 98,1% do volume de armazenamento. (ONS - 05.06.2008)
Meio Ambiente 1 Energias renováveis têm muito espaço para crescer A disparada
do preço do petróleo e as discussões sobre o aquecimento global têm colocado
as energias limpas nas agendas de países e empresas do mundo inteiro.
A geração de energia pela força do sol, do vento, da biomassa e as centrais
hidrelétricas vêm ganhando espaço, enquanto indústrias vêm investindo
em eficiência e redução do consumo, como forma de minimizar os impactos
sobre o meio ambiente. O mercado de energia eólica e solar tem crescido
mais de 20% ao ano nos últimos cinco anos. Divulgado no fim de maio, relatório
do Greenpeace estima que o mercado de energias renováveis tenha movimentado
US$ 75 bilhões em 2007 - um volume 70% superior aos US$ 45 bilhões apurados
dois anos antes. Nesse cenário, o Brasil poderá desempenhar um papel relevante
no mundo, fornecendo para diversos países os biocombustíveis e o etanol
- as duas maiores apostas de especialistas para a redução da dependência
de combustíveis fósseis. A matriz energética do Brasil, sustentada pelo
consumo de álcool nos veículos e pela geração de energia por usinas hidrelétricas,
tem cerca 50% de sua capacidade formada por fontes renováveis. (Valor
Econômico - 05.06.2008) O presidente do Ibama, Roberto Messias, e a secretária-executiva do MMA, Izabela Teixeira, tomam posse nesta quarta-feira (4/6) em Brasília. Os dois substituem, respectivamente, Bazileu Margarido e João Paulo Capobianco, que deixaram os cargos após a saída da atual senadora Marina da Silva do ministério do Meio Ambiente. Messias Franco ocupava a diretoria de Licenciamento do instituto desde junho de 2007. O novo presidente já foi superintendente do Ibama em Minas Gerais e é pós-graduado em Ecologia pela Unesco e doutor pela Universidade de Strasbourg , na França. Isabella ocupava a subsecretaria de Ambiente do Estado do Rio de Janeiro. (Brasil Energia - 04.06.2008) 3 Brasil não tem depósitos adequados para lixo radioativo, revela IBGE O Brasil
está prestes a iniciar a construção de sua terceira usina nuclear - anunciada
para este ano pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff -, mas
ainda não tem depósitos específicos para armazenar seu lixo radioativo.
É o que revela o estudo Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, divulgado
hoje (4) pelo IBGE. A publicação mostra que o único depósito adequado
no país guarda, exclusivamente, rejeitos do acidente com Césio-137, que
ocorreu em Goiânia, em 1987. O depósito fica em Abadia de Goiás (GO).
A falta de depósitos adequados é apontada pelo estudo com um constrangimento
ao uso da energia nuclear no país. No Brasil, a maior parte do lixo radioativo
fica em São Paulo, que armazena 36% da produção nacional. O Rio de Janeiro,
mesmo com as usinas Angra 1 e Angra 2, fica com19% do total, e a Bahia,
com 18%. (Agência Brasil - 05.06.2008)
Gás e Termoelétricas 1 Bolívia reconhece que há falta de gás para atender à demanda O governo do presidente Evo Morales reconheceu ontem que a Bolívia não terá capacidade para produzir o gás natural requisitado por seus mercados interno e externo, e incitou as empresas privadas a acelerar seus investimentos para o desenvolvimento dos campos. "Este ano a produção será incrementada, mas não nos volumes que esperávamos para o mercado interno e externo", afirmou o ministro dos Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, citado pelo jornal local "La Razón". (Gazeta Mercantil - 05.06.2008) 2 Bolívia: nacionalização não afeta fornecimento O governo
boliviano afirmou ontem que as exportações de gás natural para o Brasil
e Argentina estão garantidas e não sofreram alterações, após o país vizinho
nacionalizar a operadora de dutos Transredes. A empresa era filial do
grupo de investimentos Ashmore e da petroleira anglo-holandesa Shell.
(DCI - 05.06.2008) 3 Primeira térmica solar do país A Cemig
está implantando, em caráter experimental, a primeira usina termelétrica
solar do Brasil. A usina tem capacidade para gerar 10 kW e está instalada
no campus do Cefet/MG, na capital mineira. "É um primeiro passo para a
construção de uma unidade maior, em forma piloto. O projeto desperta o
interesse de grandes companhias de energia no Brasil", afirma o coordenador
do projeto e engenheiro de tecnologia e normalização, Alexandre Heringer
Lisboa. (Brasil Energia - 04.06.2008) 4 Angra 3 tem até final do mês para obter liberação de LP, segundo PAC O PAC fincou
como meta que a usina nuclear Angra 3 (RJ, 1.350 MW) obtenha a licença
prévia até 30 de junho. Segundo o quarto balanço do PAC - relativo ao
período janeiro-abril - a usina teve as audiências públicas realizadas
em março e possui ritmo de andamento considerado adequado - classificado
pela cor verde pelo programa. O PAC prevê ainda a liberação da licença
de instalação até 30 de agosto. Angra 3 possui previsão de concluir as
obras no final de agosto de 2014 e tem investimento total previsto de
R$ 7,330 bilhões. A usina está entre uma série de empreendimentos monitorados
pelo PAC, com o andamento considerado satisfatório. (CanalEnergia - 04.06.2008)
Grandes Consumidores 1 CSN é líder em valorização com alta de 157% A pedido
da Agência Estado, a Economática calcula anualmente o Ranking AE Empresas,
que chega a sua oitava edição e classifica o desempenho de ações de acordo
com sete critérios, como volatilidade e liquidez. Foram avaliadas 161
empresas de capital aberto, com patrimônio líquido superior a R$ 10 milhões.
O estudo indica os papéis que tenham não apenas se valorizado o máximo
possível ao longo de um período, mas tenham conseguido isso de forma estável,
que tenham pago mais dividendos e sido fáceis de vender a qualquer momento
- tudo isso acompanhado por melhora real nos resultados da empresa. No
Ranking em 2008 (que utiliza os dados fechados de 2007), a empresa com
melhor desempenho nesses critérios é a CSN. Entre os ótimos resultados
obtidos pela CSN e que a colocaram no topo do Ranking está aquele mais
visível pelos investidores: a valorização de 157% dos papéis ON da empresa
no ano passado. (O Estado de São Paulo - 05.06.2008)
Economia Brasileira 1 Faturamento da indústria cresce 1,6% e bate recorde Alavancada pela produção de máquinas e equipamentos, material de transporte e automóveis, a indústria nacional voltou a acelerar em abril, após ter se acomodado em março. Os principais indicadores industriais apurados pela CNI bateram recordes nas taxas de crescimento. No mês, o faturamento, que representa as vendas reais, cresceu 1,6%, a maior taxa desde junho de 2007, quando foi de 2,2%, já descontados os efeitos sazonais. Em relação a abril do ano passado, a CNI registrou aumento de 11,7%. Ao analisar os dados, divulgados ontem, o economista da CNI, Flávio Castelo Branco, destacou que o crescimento da indústria no mês veio a reboque do aumento da produção de máquinas e equipamentos, transportes, automóveis, além da indústria de alimentos. Essa performance, segundo ele, reflete o crescimento econômico. "A produção é puxada tanto pela demanda interna como a externa", disse, "e a produção de máquinas e equipamentos confirma os dados do IBGE, que mostram o forte dinamismo do setor de bens de capital". (Gazeta Mercantil - 05.06.2008) 2 Investimentos devem chegar a R$ 446,7 bi até 2030 O Brasil deverá eliminar completamente o passivo habitacional até 2030 com a expansão dos investimentos do setor que devem saltar dos R$ 165,2 bi de 2007 para R$ 446,7 bi neste período. O ambiente econômico favorável, a definição de marcos regulatórios, o aumento da renda das famílias e a disponibilidade de financiamento tornarão possível a eliminação das favelas nos próximos 23 anos. As projeções integram o estudo Potencialidades do Mercado Habitacional realizado pela Ernst & Young em conjunto com a FGV. O trabalho levou em consideração o cenário econômico, com crescimento do PIB de 4% a 5% ao ano e o efeito positivo sobre a renda das famílias. "Esse cenário econômico se junta a um quadro demográfico que leva em consideração o aumento da expectativa de vida, maior participação da mulher no mercado de trabalho e envelhecimento da população", afirma Ana Maria Castelo, consultora da FGV Projetos. (Gazeta Mercantil - 05.06.2008) 3
Ritmo de crescimento da indústria deve diminuir, diz CNI 4 Copom aumenta o juro básico para 12,25% O Copom
do BC decidiu elevar a Selic em 0,5 p.p. para 12,25% ao ano, sem viés,
por unanimidade. Foi o segundo aumento seguido na taxa neste ano. O ajuste
ficou dentro da expectativa da maior parte do mercado financeiro. No entanto,
alguns agentes apostavam em uma elevação de 0,75 p.p., para 12,50% ao
ano. É a segunda vez que o colegiado decide aumentar a Selic neste ano,
após um longo período de manutenção da taxa. A nota do Copom foi curta
e teve um tom neutro. "Dando prosseguimento ao processo de ajuste da taxa
de juros básico iniciado em reunião de abril, o Copom decidiu por unanimidade
elevar a taxa Selic a 12,25% ao ano sem viés", informou o colegiado. (Gazeta
Mercantil - 05.06.2008) 5 Com a alta da taxa básica, País tem maior juro real do mundo A decisão
de ontem do BC de subir a taxa Selic de 11,75% para 12,25% a.a. garantiu
ao Brasil o título de país com o juro real mais alto do mundo. Os juros
reais são calculados ao se subtrair a inflação de determinado período
da taxa de juros nominal. No caso brasileiro, a alta de 0,50 p.p. da Selic
levou os juros reais da economia para 6,9% ao ano, descontada a inflação
projetada para os próximos 12 meses, de cerca de 5,35%. Com a Selic em
novo patamar, o País desbanca Austrália (5,5%), Turquia (5,3%), Colômbia
(3,7%) e México (2,6%), em termos de juros reais, de acordo com ranking
elaborado pela consultoria econômica UpTrend. De acordo com o estudo,
o Brasil só perderia a liderança atual em caso de o BC iniciar um processo
de redução dos juros, a começar por um corte 1 p.p. (DCI - 05.06.2008)
6 Governo pode zerar alíquota de importação contra inflação Para controlar a inflação, o governo poderá zerar as alíquotas de importação em setores onde constatar um aumento excessivo de preços. Em entrevista exclusiva, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, diz que aumentar os juros é um remédio clássico para combater a alta de preços. Ele, no entanto, afirma que o combate a abusos do mercado, tais como tarifa de importação, também deve ser uma arma do governo. Miguel Jorge disse que as áreas técnicas de sua pasta e do ministério da Fazenda vão fazer um cruzamento de dados para identificar gargalos que possam estar provocando aumento do custo das indústrias. Para ele, há um forte componente especulativo na alta dos preços dos alimentos no mercado. (DCI - 05.06.2008) 7
Secretário prevê dívida em 31% do PIB até 2011 8 Gasto com obras concluídas do PAC soma R$ 10,1 bi Mais de
87% das obras do PAC estão em situação "adequada", de acordo com o governo,
durante divulgação do quarto balanço do programa, ontem, no Palácio do
Planalto. Isso representa 1.845 obras de um total de 2.120 programadas
para o período. Destas, 61% "virão à luz" progressivamente nos próximos
meses. "Os primeiros filhos do PAC nasceram", disse a ministra-chefe da
Casa Civil, Dilma Rousseff sobre as 88 obras concluídas, entre o final
de 2007 e abril deste ano, com investimentos de R$ 10,1 bi. Na opinião
da ministra, o PAC está "colocando a agenda do desenvolvimento na ordem
do dia" e também colaborando para acabar com a "discussão falsa" entre
vantagens do investimento público e privado. "O setor público tem que
organizar a demanda e buscar um maior grau de conteúdo local", afirmou
Dilma. No balanço de janeiro, quando o PAC completou um ano de lançamento,
86% das ações estavam com andamento adequado, segundo da Casa Civil. (DCI
- 05.06.2008) 9 Superávit extra pode afetar demanda O aumento
da meta de superávit primário de 3,8% para 4,3% do PIB indica a disposição
do governo de não colocar mais lenha na fogueira da demanda num momento
em que a economia cresce com força, mas o impacto da medida sobre a atividade
neste ano é controverso. Muitos analistas dizem que a decisão, embora
positiva, não fará muita diferença do ponto de vista da expansão da demanda,
uma vez que a economia efetiva do setor público para pagar juros já está
em níveis muito próximos aos da nova meta. Há, no entanto, quem discorde:
o novo alvo indicaria que o governo federal deve manter o perfil da política
fiscal adotada nos primeiros quatro meses do ano, que não pressionou a
demanda como a registrada ao longo de 2007. O economista-chefe do Unibanco,
Marcelo Salomon, diz que a notícia é bem-vinda, mas acredita que ela não
terá influência no atual ciclo de aperto monetário. A meta de 4,3% do
PIB está num nível quase idêntico ao registrado nos 12 meses até abril,
de 4,23% do PIB. (Valor Econômico - 05.06.2008) 10 Abdib defende desoneração de investimentos como alternativa para conter inflação A Abdib
defendeu a redução de impostos para estimular os investimentos e conter
a inflação no lugar do aumento de juros. Apesar de reconhecer a necessidade
de os preços serem controlados, a entidade sugeriu o uso de outros mecanismos
para impedir o reajuste de preços. "O combate à inflação não é somente
uma responsabilidade da autoridade monetária, mas sobretudo um desejo
da sociedade. No entanto, o poder público, como um todo, incluindo todos
os poderes e os três níveis federativos, precisa assumir a responsabilidade
de trabalhar para diminuir a pressão sobre os preços", ressaltou a entidade
em comunicado. A Abdib sugere a melhora dos gastos do governo e a elevação
do superávit primário como medidas para aliviar a pressão sobre a demanda
e os preços. Outra forma de conter a inflação, ressalta a entidade, é
o governo eliminar completamente os impostos sobre os investimentos. (Agência
Brasil - 05.06.2008) 11 Ingresso de dólar no País cai 97,8% Maio teve
forte diminuição do fluxo de dólares para o Brasil. Dados divulgados ontem
pelo BC mostram que o ingresso da moeda estrangeira pelo mercado de câmbio
caiu 97,8% na comparação com abril e somou US$ 148 mil, ante mais de US$
6,7 bi do mês anterior. Foi o pior resultado desde setembro de 2007. Os
números são explicados principalmente pela saída de investidores estrangeiros
após o aumento da tributação sobre a aplicação em renda fixa. O fluxo
cambial é composto pela movimentação de dólares que ocorre no mercado
financeiro e no comércio exterior. No mês passado, a saída de investidores
que aplicam em títulos da dívida e Bolsa de Valores aumentou fortemente
e, ao mesmo tempo, o ingresso gerado pelas exportações caiu. (Jornal do
Commercio - 05.06.2008) O dólar
comercial registra leve valorização nos primeiros negócios desta quinta-feira.
Há pouco, a moeda estava cotada a R$ 1,629 na compra e a R$ 1,631 na venda,
avanço de 0,06%. Na abertura, marcou R$ 1,631. No mercado futuro, os contratos
de julho negociados na BM & F também registravam ganho de 0,06%, a R$
1,639. Ontem, o dólar comercial fechou estável a R$ 1,628 na compra e
R$ 1,630 na venda. (Valor Online - 05.06.2008)
Biblioteca Virtual do SEE 1 EDITORIAL. "Enganos no setor elétrico". DCI. São Paulo, 04 de junho de 2008. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras POLÍTICA
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