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IFE: nº 2.266 - 26 de maio de 2008
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Odebrecht exige novas avaliações do Ibama
2 Dois aspectos do novo projeto da Suez serão analisados pela Aneel
3 Consórcio Jirau Energia: Aneel já se manifestou contra a mudança física do local da usina
4 Grupo Madeira Energia aguarda posição da Aneel sobre a questão
5 Penteado e Kann na Arsesp
6 Leilão de energia de reserva: razões, funções e perspectivas

Empresas
1 Revisão tarifária: Copel tem índice preliminar de - 3,66%
2 Cteep avalia transferência de LT Roberto Francellino
3 Cteep protocola ação no Rio para se proteger de processo da Eletrobrás
4 Cotações da Eletrobrás

Leilões
1 MME limita CVU de térmicas a R$ 250,61 por MWh para leilões de energia

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 SIN tem novo recorde de carga Rodrigo Polito
2 Preços de referência sobem no atacado
3 Preço Spot - CCEE

Gás e Termelétricas
1 Brasil receberá em julho primeira carga de GNL, informa Petrobras
2 Fiesp cobra maior oferta de gás da Petrobras
3 Térmicas causam falta de gás natural para as indústrias
4 Sinal verde para o carvão Rodrigo Polito
5 Apesar de ser contra energia nuclear, Minc não pretende rediscutir assunto

Grandes Consumidores
1 Produção de aço subiu 7,1% em abril
2 CSN: expectativa é que os preços do aço voltem a subir
3 Nova Petroquímica conclui ampliação
4 Demanda chinesa eleva preços de matéria-prima
5 Gerdau Metalúrgica adquire 28% do capital da Aços Villares por R$ 1,3 bi

Economia Brasileira
1 Crédito do momento é do mercado interno
2 Consumidor reage à alta dos alimentos

3 Crescimento maior depende de reformas
4 Déficit externo de abril deverá superar US$ 3 bi
5 Reservas devem passar de US$ 200 bi neste mês
6 BC reafirma compromisso com meta de inflação
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Paraguai negocia energia com Uruguai
2 Lugo acusa Argentina e Brasil de 'exploração'

Biblioteca Virtual do SEE
1 CASTRO, Nivalde J. de. "Leilão de energia de reserva: razões, funções e perspectivas". Revista Brasil Energia, nº 330. Rio de Janeiro, maio de 2008.

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Odebrecht exige novas avaliações do Ibama

A disputa em torno da hidrelétrica de Jirau, leiloada na semana passada, ainda está longe de terminar. Para o consórcio liderado por Odebrecht e Furnas, o estudo de impacto ambiental (EIA-Rima) das usinas no rio Madeira não tem validade diante das mudanças propostas pela multinacional franco-belga Suez Energy para a construção de Jirau e exige novas avaliações do Ibama. O presidente do consórcio Madeira Energia, Irineu Meireles, vê risco de atraso nas obras de Santo Antônio devido ao projeto da Suez, que modificou em nove quilômetros a localização da segunda usina. A expectativa da empresa era obter a licença de instalação do Ibama em julho e iniciar as obras em agosto. Em última instância, pode haver até mesmo desequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão, que deverá ser assinado ainda nesta semana. Diante da ameaça de "prejuízos incalculáveis", Meireles cobra isonomia competitiva e reclama do descumprimento das regras do edital de licitação de Jirau. (Valor Econômico - 26.05.2008)

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2 Dois aspectos do novo projeto da Suez serão analisados pela Aneel

Dois aspectos serão analisados pela Aneel no novo projeto de engenharia da multinacional Suez para a construção de Jirau, a segunda usina do rio Madeira. "O primeiro pecado é a subutilização do potencial hidráulico, que é um bem natural. O segundo pecado é deslocar o projeto de uma forma que interfira na usina vizinha", afirma o diretor-geral do órgão regulador, Jerson Kelman. "Vamos examinar essas duas questões. O que a Aneel tem colocado é que modificações no projeto terão que ser submetidas à agência e vamos ver se elas violam os estudos de inventário", acrescenta. (Valor Econômico - 26.05.2008)

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3 Consórcio Jirau Energia: Aneel já se manifestou contra a mudança física do local da usina

O consórcio Jirau Energia, liderado por Odebrecht e Furnas, encontrou um parecer técnico de 2005 da Aneel que acredita reforçar o argumento de que as mudanças planejadas pela multinacional Suez Energy na localização da segunda usina hidrelétrica do rio Madeira ferem as regras do edital - embora haja fortes dúvidas sobre a semelhança entre os dois casos. "A Aneel já se manifestou anteriormente contra a mudança física do local da usina e do local do eixo da barragem", afirma Irineu Meireles, presidente da Jirau Energia, em referência à hidrelétrica de Murta, em Minas Gerais. (Valor Econômico - 26.05.2008)

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4 Grupo Madeira Energia aguarda posição da Aneel sobre a questão

Insatisfeito com as mudanças no projeto da usina Jirau propostas pelo consórcio vencedor Energia Sustentável, o grupo Madeira Energia aguarda uma posição da Aneel sobre a questão antes de apelar para medidas jurídicas. Segundo o diretor do Madeira Energia, Irineu Meireles, o concorrente alega ter um respaldo extra-oficial da agência reguladora para o deslocamento de nove quilômetros no local de instalação da usina (da cachoeira do Jirau para uma outra, conhecida como "caldeirão do inferno"). Segundo Meireles, a mudança altera o objeto do leilão. O executivo afirma que houve falta de transparência na licitação, o que, segundo ele, comprometeu a competitividade do leilão. Outro motivo de preocupação, segundo Meireles, é de que as mudanças atrasem o processo de licenciamento ambiental da usina Santo Antônio no Ibama. (DCI - 23.05.2008)

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5 Penteado e Kann na Arsesp

Com mandados expirados desde 14 de abril, mas ainda em atividade regular, Aderbal de Arruda Penteado e Zevi Kann, da antiga Comissão de Serviços Públicos em Energia (CSPE), que foi incorporada pela atual Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), tiveram seus nomes indicados pelo governador do estado, José Serra, para compor a nova diretoria do órgão. Tão logo sejam sabatinados pela Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp), Penteado e Kann deverão ocupar a Diretoria de Regulação Técnica e Fiscalização dos Serviços de Energia e a Diretoria de Regulação Técnica e Fiscalização dos Serviços de Gás Canalizado, respectivamente. (Brasil Energua - 23.05.2008)

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6 Leilão de energia de reserva: razões, funções e perspectivas

Segundo o professor do IE/ UFRJ e Coordenador do GESEL - Grupo de Estudos do Setor Elétrico, Nivalde de Castro, o setor elétrico brasileiro encontra-se em fase de transição para uma matriz hidrotérmica. Objetivando amenizar o risco hidrológico e incorporar a bioeletricidade na matriz elétrica, o MME acrescentou o leilão de contratação de energia de reserva à estrutura de funcionamento do SEB. A forma encontrada para que a tarifa da energia de reserva não impacte a modicidade tarifária foi fazer com que todos os agentes que consomem energia elétrica paguem pela tarifa de reserva. Além disso, um outro mecanismo é que as usinas vencedoras do leilão de reserva firmarão contratos com o SE, não com distribuidoras ou consumidores livres específicos. Castro conclui afirmando que a bioeletricidade deve ser interpretada como energia adicional ao sistema, no qual a energia térmica já contratada funcionará, esta sim, como backup. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 26.05.2008)

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Empresas

1 Revisão tarifária: Copel tem índice preliminar de - 3,66%

A Aneel realizou na quarta-feira, 21 de maio, em Curitiba (PR), audiência pública presencial do segundo ciclo de revisão tarifária da Copel (PR). A Aneel estabeleceu o índice preliminar de -3,66%. O percentual definitivo entra em vigor no dia 24 de junho. Segundo a Aneel, a redução de tarifas proposta é resultado da maior produtividade da empresa e do menor custo médio de capital. O período de audiência pública da Copel foi iniciado no último dia 30 de abril. Este ano, 36 distribuidoras passarão pelo segundo ciclo de revisão tarifária. (APMPE - 23.05.2008)

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2 Cteep avalia transferência de LT Roberto Francellino

A ISA Cteep está analisando a transferência da transmissora Interligação Elétrica de Minas Gerais (Iemg), pertencente a sua própria controladora, a colombiana Interconexión Eléctrica S.A. (ISA). A Iemg foi constituída em 2007, depois de a ISA arrematar a concessão para construção da linha de transmissão Mesquita - Neves 1, de 172 km e em 500 kV, no segundo leilão de transmissão do ano anterior. Na época, a colombiana já era a controladora da Cteep, mas a participação nos leilões daquele ano ainda ficou sob a responsabilidade da holding colombiana. O circuito passa por 14 municípios do estado de Minas Gerais, interligando as cidades de Contagem e Fronteira. (Brasil Energia - 23.05.2008)

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3 Cteep protocola ação no Rio para se proteger de processo da Eletrobrás

A disputa por quem vai ficar com a conta da ação bilionária que a estatal Eletrobrás move desde 1989 contra a Eletropaulo, quando esta companhia ainda era uma estatal paulista e não tinha sido dividida em quatro outros grupos, tem mais um capítulo. A CTEEP, que é uma das envolvidas no processo, protocolou uma ação no Rio de Janeiro (RJ) para se proteger da cobrança. Segundo o escritório Andrade & Fichtner, que defende a CTEEP no imbróglio, o pedido busca classificar a transmissora como não-devedora e tampouco responsável pelo valor que a Eletrobrás vem cobrando da Eletropaulo. Cálculos disponíveis indicam que a estatal federal poderá embolsar entre R$ 900 milhões e R$ 1,4 bilhão. (Valor Econômico - 26.05.2008)

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4 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 23-05-2008, o IBOVESPA fechou a 71.451,80 pontos, representando uma baixa de 1,17% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 5,79 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,36% fechando a 18.537,94 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 26,05 ON e R$ 24,88 PNB, baixa de 1,33% e 0,80%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 26-05-2008 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 25,90 as ações ON, baixa de 0,58% em relação ao dia anterior e R$ 24,90 as ações PNB, alta de 0,08% em relação ao dia anterior. (Investshop - 26.05.2008)

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Leilões

1 MME limita CVU de térmicas a R$ 250,61 por MWh para leilões de energia

Térmicas com Custo Variável Unitário superior a R$ 250,61 por MWh estão excluídas dos leilões A-3 e A-5, que serão realizados em 17 de junho e 17 de julho, respectivamente. Segundo a portaria 187 do MME, publicada nesta sexta-feira, 23 de maio, no Diário Oficial da União, os empreendedores não poderão ter CVU igual ou superior a 44% do valor máximo do PLD. Além da medida, a portaria estabelece nova data para entrega da declaração do fator i e da documentação relativa à disponibilidade do combustível - ou de alteração do combustível principal. O novo prazo, segundo o MME, termina no dia 16 de junho, às 18 horas. Para acessar a portaria 187 na íntegra, clique aqui. (CanalEnergia - 23.05.2008)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 SIN tem novo recorde de carga Rodrigo Polito

O SIN registrou, na última terça-feira (20/5), recorde de carga: 64.951 MW. Parte do resultado foi motivado pelo recorde de carga atingido pela região Norte, que registrou 4.197 MW. O recorde anterior, de 64.802 MW, havia sido observado no dia 11 de abril. De acordo com informações do ONS, o recorde obtido no Norte foi provocado principalmente pela elevação da temperatura na região, que atingiu máxima de 30º C em 20 de maio. Também contribuíram para o resultado o intercâmbio de energia do Norte para o Nordeste e Sudeste, de 3.195 MW, e o acréscimo de carga observado no ponto de medição da Albrás e da Alunorte. (Brasil Energia - 23.05.2008)

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2 Preços de referência sobem no atacado

Os preços de referência de energia elétrica no mercado atacadista subiram para R$ 51,11 por MWh para os negócios a serem concluídos esta semana, segundo dados da CCEE. Esse patamar representa aumento de 49,05% em relação aos níveis atuais e será válido para os quatro sub-mercados (Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Norte e Nordeste). Na Região Norte, porém, a tarifa para o período de menor consumo ,entre 22h e 6h, permanece em R$ 15,47 por MWh, já que a hidrelétrica de Tucuruí continua vertendo água, por não conseguir turbinar todo o volume de água que chega ao seu reservatório. (Jornal do Commercio - 26.05.2008)

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3 Preço Spot - CCEE

De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 24/05/2008 a 30/05/2008.

Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)

Sudeste/Centro Oeste
Sul
Nordeste
Norte
 pesada                             51,62  pesada                      51,62  pesada                     51,62  pesada                    51,62
 média                               51,11  média                        51,11  média                       51,11  média                      51,11
 leve                                  49,34  leve                           49,34  leve                          51,11  leve                         15,47
  
    Fonte: www.ccee.org.br


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Gás e Termoelétricas

1 Brasil receberá em julho primeira carga de GNL, informa Petrobras

A Petrobras vai importar em julho a primeira carga de GNL, para atender a crescente demanda brasileira por energia. O navio de transporte do combustível, Golar Spirit, vai partir em 31 de maio de Cingapura com destino ao porto de Pecém, no Ceará, onde a estatal mantém um terminal de regaseificação, informou, em Londres, Marcio Bastos Demori, o executivo da empresa responsável pela compra do produto. O Brasil vai se tornar o segundo país latino-americano a começar a importar GNL, depois da Argentina. (Gazeta Mercantil - 26.05.2008)

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2 Fiesp cobra maior oferta de gás da Petrobras

O Departamento de Infra-Estrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo vai cobrar da Petrobras o cumprimento de uma promessa de ampliação da oferta de gás natural para o Estado. O compromisso teria sido feito pelo ex-diretor de gás e energia da Petrobrás Ildo Sauer e posteriormente reafirmado pela atual diretora, Graça Foster. Segundo o vice-presidente da Fiesp e diretor do Departamento de Infra-Estrutura, Saturnino Sérgio da Silva, a estatal havia garantido à federação a expansão anual de 11% na oferta de gás natural para o consumo industrial em São Paulo. O compromisso, segundo a Fiesp, não está sendo cumprido. A direção de gás e energia da Petrobras disse "não tem registrado esse compromisso" de expansão da oferta de gás à indústria paulista alegado pela Fiesp. (Folha de São Paulo - 25.05.2008)

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3 Térmicas causam falta de gás natural para as indústrias

A geração térmica é apontada pela Abegás como a razão para o congelamento de nova oferta de gás para o setor industrial. O setor insiste na transformação dos chamados contratos interruptíveis pelos contratos firmes de fornecimento. A Abegás diz que a geração térmica a gás cresceu 150% neste ano em relação a 2007. O governo quer chegar a dezembro com nível mais alto de água nos reservatórios e evitar o risco registrado no ano passado. (Folha de São Paulo - 25.05.2008)

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4 Sinal verde para o carvão Rodrigo Polito

As incertezas sobre o suprimento de gás natural e o atraso em obras do PAC abrem espaço para a instalação de novas termelétricas a carvão no Brasil. A avaliação é do presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales. Para ele, o país pode aumentar a capacidade instalada de usinas a carvão sem impacto significativo ao meio ambiente. Sales lembra que o carvão respondeu por 12% da energia vendida nos leilões de geração desde dezembro de 2005. "O Brasil está bem posicionado em relação a outros países em termos de expansão energética. Podemos investir em térmicas a carvão sem abrir mão do desenvolvimento sustentável", garante o presidente do Acende Brasil. (Brasil Energia - 21.05.2008)

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5 Apesar de ser contra energia nuclear, Minc não pretende rediscutir assunto

O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que, apesar de ser contra o uso da energia nuclear, vai acatar a decisão do CNPE favorável à conclusão das obras da Usina de Angra 3. Segundo ele, se integrasse o CNPE, assim como fez a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, também teria votado contra a continuidade das obras de Angra 3 - e também teria sido derrotado. (APMPE - 23.05.2008)

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Grandes Consumidores

1 Produção de aço subiu 7,1% em abril

A produção brasileira de aço bruto em abril atingiu 2,9 milhões de toneladas, representando crescimento de 7,1% na comparação a igual mês de 2007. No acumulado de janeiro a abril, a produção situou-se em 11,548 milhões de t, com elevação de 7,8% quando comparado aos primeiros quatro meses do ano passado. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), o faturamento das empresas do setor nos primeiros dois meses do ano foi de US$ 6,058 bilhões, superando em 42% o apurado no primeiro bimestre de 2006. No acumulado de janeiro a abril, a venda de aço ao mercado doméstico alcançou a marca de 7,508 milhões de toneladas, 21,9% maior que a dos quatro primeiros meses do ano passado. (Jornal do Commercio - 26.05.2008)

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2 CSN: expectativa é que os preços do aço voltem a subir

A Cia. Siderúrgica Nacional SA (CSN) disse que a sua expectativa é que os preços do aço voltem a subir este ano, além dos dois reajustes que já foram feitos este ano. Em maio, houve uma alta de 15%. A empresa vem registrando margens de lucro acima de 40% há sete anos. (DCI - 23.05.2008)

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3 Nova Petroquímica conclui ampliação

A Nova Petroquímica conclui em maio a ampliação de sua Unidade de Duque de Caxias (RJ), que passa das 200 mil toneladas/ano para 300 mil toneladas/ano de polipropileno. Em 60 dias de operação, a capacidade máxima deverá ser atingida. O investimento total foi de US$ 80 milhões. (DCI - 23.05.2008)

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4 Demanda chinesa eleva preços de matéria-prima

A Aracruz Celulose, a maior exportadora de celulose da América Latina, prevê que os preços da matéria-prima empregada na fabricação de papel subirão este ano, uma vez que a demanda por parte da China está crescendo a um ritmo mais acelerado que a produção. A celulose deverá aumentar para mais de US$ 900 a tonelada este ano, a partir de sua atual cotação de US$ 850 a tonelada, disse Carlos Augusto Aguiar, principal executivo da Aracruz. O emprego de celulose pelas fabricantes de papel da China e de outros países asiáticos está ultrapassando o crescimento da capacidade instalada em países como Finlândia, Indonésia e Brasil. As produtoras de celulose vão elevar os preços num momento em que a alta dos custos com fertilizantes e a depreciação do dólar corroem as margens geradas pelas exportações, disse Aguiar. (DCI - 23.05.2008)

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5 Gerdau Metalúrgica adquire 28% do capital da Aços Villares por R$ 1,3 bi

A Gerdau Metalúrgica vai comprar 28,88% do capital da empresa Aços Villares por R$ 1,302 bilhão, pertencente à BNDES Participações (BNDESPar). O pagamento será feito a partir de emissão de debêntures da Metalúrgica Gerdau que poderão ser trocadas por ações preferenciais da Gerdau S.A. Conforme fato relevante divulgado pela empresa, a proposta é emitir 131.280 debêntures, com valor nominal de R$ 9.923,85 e prazo de cinco anos. Cada debênture poderá ser trocada por 100 ações PN da Gerdau S.A. a qualquer tempo, a exclusivo critério da BNDESPar, desde a data da emissão até o o dia do vencimento. As debêntures pagarão juros de 0,75% ao ano, além da variação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). (DCI - 23.05.2008)

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Economia Brasileira

1 Crédito do momento é do mercado interno

Em 2007, a indústria brasileira teve o quarto maior crescimento de sua produção nos últimos 14 anos, 6%, segundo informações do Iedi a partir de dados do IBGE. Para 2008, a expectativa é de um crescimento ainda melhor. Não foi só do lado quantitativo que se notabilizou o desempenho, mas alguns fatores, na avaliação do Iedi. O primeiro deles é que 2007 apresenta um padrão de sustentabilidade que não havia em outros anos de grande crescimento. Em segundo é que se trata de uma evolução que não sucedeu um período ou um ano de crise aguda da economia. Em outras palavras, a evolução em 2007 não correspondeu a uma "descompressão" do setor industrial brasileiro após uma crise. Em terceiro lugar, analisa o instituto, esse ciclo não decorreu de variações bruscas do valor da moeda, e desvalorizações acentuadas do real, que em outras ocasiões impulsionaram a indústria pelo lado do mercado externo. Finalmente, não foi condicionado por medidas fortes de política econômica como em 1994, em função do Plano Real. Foi o mercado interno o grande promotor do crescimento. (DCI - 23.05.2008)

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2 Consumidor reage à alta dos alimentos

O brasileiro reagiu de forma racional à disparada dos preços dos alimentos nos últimos meses. Se no passado, na época da inflação galopante, ele comprava grandes volumes dos produtos majorados, fazia estoques para preservar o poder de compra do dinheiro que diminuía no dia seguinte, corroído pela inflação, hoje está cauteloso. "O consumidor reduziu as compras dos alimentos que tiveram reajustes expressivos nos últimos meses. A primeira reação foi não comprar", constata o vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Martinho Paiva Moreira. Levantamento preliminar feito pela entidade revela que os volumes vendidos de feijão e de massas caíram 10% e 5%, respectivamente, nos últimos seis meses. Na análise de Moreira, o brasileiro está reagindo a esse surto inflacionário de maneira mais inteligente do que no passado. Ele atribui esse movimento de freada nas compras de produtos majorados a um leque maior de opções tanto de marcas como de supermercados em relação ao que existia há 15 anos.(Jornal do Commercio - 26.05.2008)

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3 Crescimento maior depende de reformas

O Brasil terá dificuldades para elevar os atuais níveis de crescimento econômico se não conseguir aprovar reformas importantes, como a tributária e previdenciária. Para a diretora S&P, Lisa Schineller, daqui para frente o maior desafio do governo é melhorar a política fiscal, atrair mais investimento e expandir a atividade econômica. "Nossa avaliação é que nas condições atuais o nível de crescimento sustentável do País ficará entre 4% e 4,5%", diz. "O Brasil ainda não tem habilidade de crescer 5,4% por ano." Lisa Schineller reconhece que a parte fiscal é um dos pontos mais fracos do rating do Brasil. "A relação dívida/PIB de 47% é muito alta." A política do governo, para resolver esse problema, completa Lisa, é manter uma queda da dívida mais lenta. "Uma redução mais profunda teria um impacto mais favorável no ritmo de crescimento e facilitaria um nível maior de investimento. As reformas podem ajudar o País a ter uma economia mais forte." (Jornal do Commercio - 26.05.2008)

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4 Déficit externo de abril deverá superar US$ 3 bi

Divulgações importantes de resultados das contas externas e fiscais, assim como indicadores de inflação, vão dar o tom do mercado financeiro nacional esta semana. Hoje sairá o resultado das contas externas de abril. A expectativa do mercado é de que o País tenha tido um novo déficit nas transações correntes no mês passado, com resultado superior a US$ 3 bi. A projeção do BC para o resultado de abril é de um déficit de US$ 2,8 bi. Em março o déficit foi de US$ 4,4 bi e, em abril do ano passado, houve superávit de US$ 1,8 bi. A rápida deterioração do saldo de transações correntes é fruto do encolhimento da balança comercial combinado com a aceleração de remessas de lucros. Na quarta-feira, será conhecido o resultado das contas fiscais de abril. A expectativa é de que o resultado seja robusto devido ao bom desempenho da arrecadação e da Previdência. (Jornal do Commercio - 26.05.2008)

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5 Reservas devem passar de US$ 200 bi neste mês

As reservas em moeda estrangeira devem ultrapassar US$ 200 bi até o final do mês. Os dados mais recentes do BC mostram saldo de US$ 198,986 bi no dia 21. Se comparados com os US$ 100 bi de fevereiro de 2007, esse novo saldo recorde significa que as reservas duplicaram de tamanho em pouco mais de um ano.O aumento de lá para cá é reflexo do forte ingresso de capital estrangeiro no Brasil. Boa parte desses dólares tem sido comprada pelo BC.A política de compra de divisas do BC foi iniciada em janeiro de 2004, quando as reservas internacionais do país estavam perto de US$ 50 bi. Essas compras, por sua vez, foram possíveis por causa dos saldos positivos alcançados pelas contas externas do país. Em tese, um grande volume de reservas internacionais ajuda a proteger o país contra crises internacionais. (Folha de são Paulo - 25.05.2008)

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6 BC reafirma compromisso com meta de inflação

O BC vai continuar trabalhando para manter a inflação na meta estabelecida pelo CMN, que é de 4,5% para este ano. A afirmação foi feita pelo presidente do BC, Henrique Meirelles. "A Nação pode estar tranqüila de que o BC vai manter a inflação na meta". Nas últimas semanas, a subida da inflação derivada da alta dos preços internacionais dos alimentos e do petróleo motivou setores do governo a sugerir que o BC explicitasse que iria perseguir uma inflação ligeiramente maior do que o centro da meta, na casa dos 5%. A análise de Meirelles, porém, vai em outra direção. Ele afirma que a inflação não está concentrada em alimentos, mas tem um grau bastante grande de difusão, espalhando-se por matérias-primas, metais, produtos químicos, petróleo e serviços. Além disso, a economia aquecida gera risco de que os fortes aumentos de preços no atacado sejam repassados para o varejo. (Zero Hora - 25.05.2008)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial registrava leve desvalorização no começo dos negócios desta segunda-feira. Há pouco, a moeda estava a R$ 1,657 na compra e a R$ 1,659 na venda, com recuo de 0,06%. Na abertura, marcou R$ 1,660. No mercado futuro, os contratos de junho negociados na BM & F também registravam perda de 0,06%, a R$ 1,661. Na sexta-feira da semana passada, o dólar comercial fechou com leve alta de 0,12%, a R$ 1,658 na compra e R$ 1,660 na venda. (Valor Online - 26.05.2008)


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Internacional

1 Paraguai negocia energia com Uruguai

O Paraguai negociará com o Uruguai a venda de energia hidroelétrica e aspira poder firmar um acordo nesse sentido para o dia 15 de agosto, disse em Montevidéu Ricardo Canese, assessor do presidente eleito do Paraguai para assuntos de energia. Canese anunciou que se reuniu na quarta-feira com o ministro da Indústria e Energia uruguaio, Daniel Martínez, que manifestou o interesse do Uruguai em comprar a energia paraguaia, "nosso principal produto de exportação". De acordo com a conversa com Martínez, Canese anunciou que o Uruguai paga atualmente "mais de US$ 300 o MW", e acrescentou que o Paraguai vende 38 milhões de megawatts ao Brasil, que paga por eles cerca de US$ 300 milhões em vez dos US$ 10 bilhões que valem. "Sim, nós os venderíamos ao Uruguai por 50% do que paga atualmente, para o Uruguai seria negócio e para nós também", disse o assessor. (Gazeta Mercantil - 26.05.2008)

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2 Lugo acusa Argentina e Brasil de 'exploração'

O presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, quer renegociar os contratos de energia elétrica com Brasil e Argentina e acusou os governos dos dois países de "explorarem economicamente" o seu país. Lugo criticou o contrato de fornecimento de energia que mantém com os governos brasileiro e argentino. Em relação a Itaipu, Lugo afirmou ter "certeza" que o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva acabará renegociando o contrato entre os dois países, uma vez que, segundo ele, alguns ajustes já terão de ser feitos. O governo brasileiro, entretanto, não admite a renegociação, e especialistas defendem "revisão zero" como forma de criar uma segurança jurídica no setor elétrico na região. (Valor Econômico - 26.05.2008)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 CASTRO, Nivalde J. de. "Leilão de energia de reserva: razões, funções e perspectivas". Revista Brasil Energia, nº 330. Rio de Janeiro, maio de 2008.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bernardo Mattos Santana, Daniel Bueno, Gabriel Naumann, Isabela Barbosa, Juliana Simões, Márcio Silveira,Paula Goldenberg, Thauan dos Santos e Victor Gomes.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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