l IFE: nº 2.231 - 27
de março de 2008 Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Sai financiamento para Simplício O BNDES
e Furnas assinam amanhã (27/3) contrato no valor de R$ 1,03 bilhão para
construção da hidrelétrica de Simplício, no rio Paraíba do Sul, na divisa
dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. A usina, que faz parte do
PAC, terá 97% de sua energia produzida comercializada por meio dos CCEAR,
firmados com um pool composto por 31 distribuidoras. O projeto prevê a
construção de uma barragem no rio Paraíba do Sul, próximo à localidade
de Anta, onde será implantada uma PCH, com potência instalada mínima de
28 MW. Suas águas serão desviadas por sistema de túneis e canais, com
cerca de 10 km de extensão, que as conduzirá até a casa de máquinas da
hidrelétrica. (Brasil Energia - 26.03.2008) 2 Reforma tributária: Relator adia parecer A leitura
do parecer do relator do Projeto de Emenda Constitucional sobre a reforma
tributária na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados,
deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) foi adiada para a próxima quinta-feira,
27 de março. A apresentação do relatório aconteceria na última terça-feira,
25. Uma das mudanças propostas pelo relator é a reintrodução do dispositivo
que determina o recolhimento de 2% do ICMS para estados produrores de
petróleo e energia elétrica, excluída pela proposta do governo. A previsão
é de que a PEC seja votada na CCJ no próximo dia 1° de abril. (CanalEnergia
- 26.03.2008) 3 MME inclui empreendimentos de transmissão no Reidi O MME publica
no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 27 de março, a Portaria
nº 120, que enquadra ao Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento
da Infra-Estrutura alguns projetos de reforços e melhorias em instalações
de transmissão de energia elétrica. As seguintes obras foram enquadradas
ao Reidi: reforços na subestação Rio do Sul, de 230 kV, em Santa Catarina;
instalação de banco de transformadores na subestação Água Vermelha e conexões
associadas; recapacitação da linha de transmissão Andradina-Valparaíso,
em 138 kV; recapacitação/reconstrução da linha de transmissão Assis-Canoas
I-Canoas II-Salto Grande, em 88 kV; e recapacitação/reconstrução da linha
de transmissão Chavantes-Botucatu, em 88 kV. (CanalEnergia - 26.03.2008)
4
Falta de incentivo afasta investimentos em energia eólica 5 Abrage alerta para prazo de concessões A suspensão
do leilão de privatização da Cesp serviu de sinalizador para os riscos
que o setor energético poderá enfrentar, já a partir de 2015. O setor
mais afetado será o de distribuição, garante a Abrage. Com as incertezas
sobre as concessões, haverá falta de investimentos nas distribuidoras.
Segundo Flávio Neiva, presidente da Abrage, desde a criação da lei 10.438
referente ao novo marco regulatório, a entidade vem tentando discutir
esse tema com o governo federal. A soma de todas as usinas que terão prazo
de concessão vencidos em 2015 representa cerca de 20 mil MW. (Gazeta Mercantil
- 27.03.2008) 6 Artigo GESEL: "Leilão de Energia de Reserva e o papel da penalidade como fator determinante da eficiência" O GESEL
vem desenvolvendo uma linha de pesquisa específica sobre leilões de energia.
O ultimo resultado desta pesquisa é o artigo Leilão de Energia de Reserva
e o papel da penalidade como fator determinante da eficiência de autoria
dos Professores Nivalde J. de Castro e André Luís S. Leite, onde o foco
analítico é a questão da penalidade para os novos agentes que participarem
do leilão de energia de reserva. O artigo ressalta a importância do leilão
de energia de reserva, no próximo dia 30 de abril, que é a energia destinada
a aumentar a segurança do fornecimento de energia elétrica no SIN - Sistema
Interligado Nacional. Neste caso, as geradoras são remuneradas pela disponibilidade,
ou seja, se chamadas a gerar pelo ONS, devem entrar em funcionamento.
Assim, a principal hipótese do artigo é que deve haver penalidade para
os geradores que não estiverem disponíveis. O artigo conclui mostrando
que a imposição de uma penalidade pode estimular novos investimentos em
geração, aumentando a capacidade instalada do sistema. Para ler o texto
na íntegra, clique aqui.
(GESEL-IE-UFRJ - 27.03.2008) 7 Artigo "Águas de março vão levar o apagão?" Em artigo à Folha, Vinicius Torres Freire explora a questão de oferta de energia. Segundo o autor, a possibilidade de uma crise energética no curto prazo não existe mais. Entretanto, o preço da eletricidade aumentou consideravelmente, afetando grandes consumidores de energia, por exemplo. Mais ainda, o autor também aborda a questão do gás e da Petrobrás. Depois de alguns problemas relacionados ao insumo, a Petrobrás parece estar tomando algumas atitudes. Porém, a questão ainda não está resolvida. "A ameaça de apagão e o racionamento de gás ainda vão custar muito caro.", diz Vinicius. Para ler o artigo na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 27.03.2008)
Empresas 1 Eletrobrás pretende investir US$ 56 bi A Eletrobrás
está planejando investimentos da ordem de US$ 56 bilhões para os próximos
dez anos para atender a demanda interna - que segundo estimativas da própria
empresa deverá crescer 5% ao ano - e também para projetos externos. A
capacidade instalada do país deverá passar de 92 mil MW atuais para 140
mil MW em 2017, de acordo com o diretor de Administração da holding, Miguel
Colasuano. "A médio prazo, a empresa pretende buscar capital no exterior,
principalmente na China. Na América do Sul, vamos tocar projetos na Argentina
e no Perú", afirmou o diretor. Ele reiterou ainda que a Eletrobrás vai
passar a ser uma empresa voltada para a lucratividade e "que quer ter
lucro suficiente para atrair investidores". (CanalEnergia - 26.03.2008)
2 STJ analisa empréstimo compulsório da Eletrobrás O empréstimo compulsório da Eletrobrás foi cobrado da conta dos consumidores de energia em até 30% da tarifa no período entre 1964 e 1993. De 1978 a 1993, o compulsório foi cobrado de grandes consumidores, por meio da conversão em ações da Eletrobrás e é justamente este período que o STJ analisou ontem. As empresas foram à Justiça questionar a correção monetária de seus créditos, que eram recolhidos mensalmente, mas corrigidos apenas no fim do ano, causando uma diferença de até 400% entre o valor pago e o devolvido. A ilegalidade da correção já foi reconhecida no STJ, mas falta definir o prazo de prescrição. (Valor Econômico - 27.03.2008) 3 José Serra: "Fracasso do leilão não é tragédia" O governador
de São Paulo, José Serra, não considerou "nenhuma tragédia" para o Estado
o fracasso do leilão de venda do controle da Cesp. Segundo ele, não há
um "plano B" pronto e a estratégia será definida nas próximas semanas.
Ele confirma que a desistência da privatização da empresa é uma das opções.
"O governo de São Paulo não ficou mais pobre. Não perdeu nada. Vamos dar
um jeito de aproveitar esse ativo", afirmou. A possibilidade de colocar
à venda as ações do governo que excedem o controle da Cesp também é, segundo
ele, outra "das idéias que circulam". Mas ele avisa: "Não vou ficar vendendo
a preço de banana". Uma medida descartada pelo governador é a venda de
outro ativo. "O Estado não tem mais nada a privatizar." (Valor Econômico
- 27.03.2008) 4
Suplicy defende debate sobre a privatização da Cesp 5 Alternativas para a Cesp são de difícil execução, dizem analistas As alternativas
para o futuro da Cesp não são fáceis de serem colocadas em prática, avaliam
analistas do mercado. A cisão da empresa, por exemplo, exigiria estudos
minuciosos e demoraria cerca de um ano para que todo o processo fosse
concluído. Já a oferta pública de ações que excedem o controle enfrentaria
a desconfiança dos investidores, ainda por causa das incertezas na renovação
das concessões das hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira, que vencem
em 2015. A terceira opção, que seria transformar a empresa em produtora
independente de energia, dependeria de avaliação e da boa vontade da Aneel.
Portanto, neste momento, a melhor saída para o governo estadual seria
deixar a poeira baixar e estudar melhor as alternativas, avaliam especialistas.
(O Estado de São Paulo - 27.03.2008) 6 BNDES define empréstimo de R$ 1 bi para usina de Furnas O presidente
do BNDES, Luciano Coutinho, e o presidente de Furnas Centrais Elétricas
S.A., Luiz Paulo Conde, assinam hoje um contrato de financiamento no valor
de R$ 1,034 bilhão. Os recursos serão destinados à construção da Usina
Hidroelétrica Simplício, no rio Paraíba do Sul, na divisa dos municípios
de Sapucaia e Três Rios (RJ) e Chiador (MG). O valor compreende 62% do
investimento total previsto por Furnas para a construção da usina. A construção
de Simplício é uma das prioridades do PAC do governo federal. Do total
de R$ 1,6 bilhão da obra, Furnas vai investir R$ 1,034 bilhão. (DCI -
27.03.2008) 7 Duke Energy retira pedido para registro de oferta de debêntures As condições
desfavoráveis do mercado voltaram a atrapalhar os planos da Duke Energy
International, Geração Paranapanema SA de realizar uma oferta de debêntures.
A operação previa uma captação de R$ 750 milhões. Ontem, a Duke Energy
informou ao mercado que protocolou na última terça-feira junto à CVM a
solicitação de retirada de seu pedido de registro desta distribuição pública
de debêntures. No comunicado enviado ontem, a companhia explica que o
pedido foi feito "em razão da atual conjuntura desfavorável de mercado".
(DCI - 27.03.2008) 8 CEEE e a Petrobras assinam contrato para obras de nova unidade consumidora O Grupo CEEE e a Petrobras assinaram nesta quarta-feira (26/3) contrato no valor de R$ 8 milhões para execução de obras, serviços e obrigações necessárias para a operação da nova unidade consumidora da Estação de Interligação para Bombeamento, no município de Santo Antônio da Patrulha, no Rio Grande do Sul. As obras serão realizadas para aumentar a capacidade de vazão do oleoduto entre o Terminal em Osório (TEDUT) e a Refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas, ampliada recentemente. A parceria entre o Grupo CEEE e a Petrobrás vai construir uma linha de transmissão em 138 kV, com 11 km de extensão, interligando a subestação da CEEE de Santo Antônio da Patrulha e a nova Estação de Bombeamento da Petrobras. (Brasil Energia - 26.03.2008) 9 Eletropaulo inaugura estação A AES Eletropaulo inaugura na próxima quarta-feira (2/4) a Estação Transformadora de Distribuição (EDT) Itaim. Com investimento de R$ 38,3 milhões, totalmente digitalizada e com operação remota, a unidade deve beneficiar 160 mil pessoas cinco bairros da capital paulista. A estimativa da Eletropaulo é que a estação dê mais flexibilidade ao sistema de distribuição da empresa para atender novas demandas na região, que é uma das que mais cresce em toda área metropolitana do estado de São Paulo. (Brasil Energia - 26.03.2008) 10 Aneel conclui revisão tarifária de duas distribuidoras de SC A Aneel
concluiu na última terça-feira, 25 de março, o processo de revisão tarifária
das distribuidoras Empresa de Força e Luz João Cesa e Empresa de Força
e Luz de Urussanga, de Santa Catarina. As novas tarifas serão válidas
a partir de domingo, 30. Os consumidores de baixa tensão da EFLJC vão
pagar mais 2,43% e os de alta tensão, mais 3,45%. Já os clientes da EFLUL
tiveram reajuste de 6,01%, no caso dos de baixa tensão, e redução de 1,45%,
no caso dos de alta tensão. (CanalEnergia - 26.03.2008) 11 Engevix ambiciona PCHs na região Sul A região Sul se tornou estratégica para a paulista Engevix Engenharia. A companhia, que tem projetos nos segmentos de óleo e gás, indústria e infra-estrutura, quer aumentar sua participação no ramo de energia. Hoje este setor é responsável por 24% da receita de R$ 800 milhões alcançada no ano passado. Até 2009, somente a fatia correspondente à energia elétrica deve representar 35% do faturamento. A empresa planeja chegar a 2009 com plano de fornecer 200 MW, o que será possível mediante um investimento de R$ 700 milhões - com 70% deste total financiado pelo BNDES. A ambição da Engevix no setor elétrico se apóia no modelo das PCHs. (APMPE - 26.03.2008) 12 AES Corp nomeia novo presidente para América Latina A AES Corporation
anunciou nesta quarta-feira, 26 de março, o nome do novo presidente e
vice-presidente executivo para a América Latina. Os cargos serão acumulados
por Andrew Vesey, que antes era o Chief Operation Officer para a região.
Segundo o grupo norte-americano, Versey será responsável pela implementação
de programas que vão incrementar as operações regionais. A empresa quer
aumentar o portfólio de projetos de geração de fontes renováveis e desenvolver
projetos de redução de emissão de gases do efeito estufa. O foco da AES
para crescimento das atividades será em Brasil, Chile e Panamá. (CanalEnergia
- 26.03.2008) Um novo
centro administrativo para abrigar a diretoria brasileira da hidrelétrica
de Itaipu será construído em Foz do Iguaçu (PR), ao valor de R$ 82 milhões.
O projeto arquitetônico, de estilo futurista, é de Oscar Niemeyer e pretende
reunir todas as diretorias da usina, espalhadas hoje por três diferentes
pontos da cidade. Com 43 mil metros quadrados, ele será composto de dois
edifícios de concreto armado separados por uma lâmina d'água e interligados
por uma passarela. (Folha de São Paulo - 27.03.2008) A Eletrobrás
ON fechou em queda 2,98%. O Índice de Energia Elétrico encerrou em baixa
de 1,07%, aos 16.515 pontos. O Ibovespa fechou em alta de 0,30%, aos 61.415
pontos. (CanalEnergia - 26.03.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo de energia elétrica fecha bimestre com expansão de 4,2% Impulsionado
pela demanda das residências, o consumo de energia elétrica do país atingiu
o montante de 32,051 GWh em fevereiro deste ano. O resultado é 5,4% superior
ao de fevereiro de 2007.O consumo de energia fechou os primeiros dois
meses do ano com expansão acumulada de 4,2% frente ao primeiro bimestre
do ano passado, também impulsionado pelo aumento do consumo residencial.Os
dados foram divulgados ontem pela EPE e constatam que fevereiro manteve
"a dinâmica de crescimento verificada em 2007". (DCI - 27.03.2008) 2 Regiões Nordeste e Sul tem aumento superior a 6% no consumo em fevereiro O forte crescimento do consumo nacional de energia em fevereiro de 5,4% está refletido nas cinco regiões do país. O maior crescimento foi detectado na região Sul com 6,5% de alta na demanda no mês passado. No primeiro bimestre, o consumo sulista aumentou 6,1% e em 12 meses findos em fevereiro, 5,7%. A demanda foi puxada pelo setor industrial com crescimento de 8,2% no último mês. As outras duas classes de consumo - residencial e comercial - tiveram crescimento menor de 4,3% e 3,7%, respectivamente.A região Nordeste cresceu no mesmo ritmo com expansão de 6,2% em fevereiro. (CanalEnergia - 26.03.2008) 3 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 77,1% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 77,1%, apresentando
alta de 0,2% em relação à medição do dia 24 de março. A usina de Furnas
atinge 95,8% de volume de capacidade. (ONS - 27.03.2008) 4 Sul: nível dos reservatórios está em 43,5% O nível
de armazenamento na região Sul não apresentou variação significativa no
nível de armazenamento em relação à medição do dia 24 de março, com 43,5%
de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 24,7% de capacidade
em seus reservatórios. (ONS - 27.03.2008) 5 NE apresenta 61,7% de capacidade armazenada Apresentando
alta de 0,7% em relação à medição do dia 24 de março, o Nordeste está
com 61,7% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 52,2% de volume de capacidade. (ONS - 27.03.2008) 6 Norte tem 79,7% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 79,7% com variação de 1% em relação
à medição do dia 24 de março. A usina de Tucuruí opera com 84,1% do volume
de armazenamento. (ONS - 27.03.2008)
Gás e Termoelétricas 1 MPX Energia antecipa entrada de 700 MW da segunda fase de Porto do Açu A MPX Energia revisou o plano de negócios em termelétricas que serão construídas pela empresa no país e no Chile. Segundo fato relevante divulgado na última terça-feira, 25 de março, a companhia decidiu antecipar parcialmente da segunda fase da usina com a instalação de 700 MW adicionais na térmica a carvão Porto do Açu (RJ). Inicialmente, a térmica tinha potência máxima prevista de 1.400 MW, sendo 700 MW em 2012 e 700 MW em 2013. No entanto, a companhia protocolou estudos e relatórios de impacto ambiental da usina na Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente para uma capacidade de 2.100 MW. (CanalEnergia - 26.03.2008) 2 Bioger Energia recebe autorização para implantar térmica no Maranhão A Aneel
autorizou a Bioger Energia e Participações a atuar como produtor independente
de energia. A empresa vai implantar e explorar a térmica Chapadinha, no
Maranhão. A usina, que terá 29,9 MW de capacidade instalada, deve entrar
em operação em outubro de 2009 e vai utilizar duas unidades geradoras
de 14,96 MW cada, movidas a resíduo de babaçu e capim elefante. A Aneel
autorizou a redução de 50% nas tarifas de uso dos sistemas elétricos de
transmissão (TUST) e de distribuição (TUSD) da termelétrica. Entretanto,
a agência exige que a potência não ultrapasse os 30 MW de capacidade.
(CanalEnergia - 26.03.2008)
Grandes Consumidores 1 Vale e Xstrata vão em busca de novos ativos A Vale agora
vai focar no crescimento orgânico e buscar novas aquisições de empresas
produtoras de cobre, carvão e alumínio, como admitiu na terça-feira Roger
Agnelli, presidente da companhia. Para a Merrill Lynch, que divulgou ontem
relatório sobre o futuro da Vale pós-Xstrata, a mineradora brasileira
quer aumentar sua exposição ao ciclo positivo de commodities e continua
olhando outras possibilidades de compra no setor. Alguns alvos são a FreeportMcMoran
Cooper & Gold, empresa americana de cobre e a Norsk Hydro, norueguesa
de alumínio. Embora as duas companhias sintam que uma grande oportunidade
foi perdida, a Vale e a Xstrata quiseram insistentemente projetar a mensagem
de que a vida continua, e que a fusão não era crucial para nenhuma das
duas companhias. Um analista no setor disse que a Xstrata logo retomará
a busca de outros negócios. (Valor Econômico - 27.03.2008) 2 Xstrata seria risco para a Vale, dizem analistas Apesar da
longa negociação em torno da compra da Xstrata, a Vale acertou em não
fechar a aquisição, pelo menos por enquanto, dizem analistas. Eles avaliam
que foi melhor optar por manter metas de crescimento e rentabilidade do
que se arriscar com o negócio. Segundo Cristiane Viana, da Ágora, a "posição
da Vale é positiva", pois foca em sua expansão orgânica e mantém suas
metas de rentabilidade -o que é favorável para o acionista. Ainda que
a Xstrata representasse o ingresso em novos mercados (especialmente cobre
e carvão), o risco envolvido na transação, diz, era alto. (Folha de São
Paulo - 27.03.2008) 3 ArcelorMittal vende siderúrgica A ArcelorMittal
confirmou ontem que o agente de alienação designado pela Justiça concluiu
acordo para vender a siderúrgica Sparrows Point, da ArcelorMittal, à OAO
Severstal, por US$ 810 milhões, líquido de dívidas. Devido a compromisso
assinado em maio de 2007, no Juízo do Distrito de Columbia (EUA), para
cumprir decisão antitruste em relação à fusão de Mittal Steel e Arcelor
SA em 2006, foi requisitado ao agente Jospeh G. Krauss a busca da venda
da siderúrgica. (DCI - 27.03.2008) 4 Política industrial prevê benefícios para montadoras As montadoras
poderão ser beneficiadas com alongamento nos prazos de recolhimento de
tributos e maior velocidade no recebimento de créditos gerados pela aquisição
de máquinas e equipamentos. Essas medidas estão em estudo e, se aprovadas,
farão parte da nova política industrial, que o governo pretende anunciar
em abril. Para as montadoras, os fabricantes de autopeças e de bens de
capital seriados e por encomenda, a proposta em análise é encurtar para
um quinto os prazos nos quais as empresas contabilizam como despesa a
depreciação de máquinas e equipamentos novos. (O Estado de São Paulo 27.03.2008)
5 CVM fecha caso de 'insider' da Suzano A CVM e
o Ministério Público Federal (MPF) informaram ontem que assinaram um termo
de compromisso e ajustamento de conduta com a Vailly, empresa uruguaia
suspeita de ter usado informação privilegiada no mercado de ações na compra
da Suzano Petroquímica pela Petrobras, em agosto. O termo - que vale para
as esferas administrativa e judicial e encerra o caso em ambas - totalizou
R$2,2 milhões. Do valor, R$551 mil correspondem ao ganho irregular obtido
com a venda das ações logo após o anúncio da operação, e R$1,648 milhão
são equivalentes à penalidade máxima em dinheiro que a CVM poderia impor.
(O Globo - 27.03.2008)
Economia Brasileira 1 Banco Central vende US$ 2 bi em leilão de contratos de câmbio O BC vendeu o lote integral de 43.250 contratos de swap cambial reverso - as instituições que compram esses contratos recebem uma taxa de juros (Selic) e o BC ganha a variação cambial do período de validade dos contratos. Com o leilão realizado ontem, a instituição conseguiu rolar os contratos que venceriam no dia 1º de abril. Após essa operação, o BC assumiu posição credora no mercado futuro de US$ 2,046 bi. Na última vez em que realizou esse tipo de leilão, em 27 de fevereiro de 2008, o BC vendeu todo o lote de 34.100 contratos de swap cambial reverso, com posição credora no mercado futuro, na ocasião, de cerca de US$ 1,632 bilhão. (DCI - 27.03.2008) 2 Dívida pública federal sobe 2,65% e atinge R$ 1,34 trilhão Os juros e o aumento das emissões fizeram a dívida pública federal subir 2,65% em fevereiro, e acumular saldo de R$ 1,34 tri. Em janeiro, a dívida era de R$ 1,31 tri e o PAF prevê que a dívida pública federal irá variar entre R$ 1,480 tri e R$ 1,540 tri. Os dados foram divulgados ontem pelo Tesouro Nacional. O relatório do Tesouro mostra que o aumento da dívida pública no mês passado ocorreu somente por conta da dívida interna, que subiu 3,1%, para R$ 1,24 tri, por conta da incidência de R$ 7,8 bi em juros e também pela emissão de títulos públicos, acima do volume de resgates, em R$ 27 bi. A dívida externa, por sua vez, caiu 3,8% em fevereiro, para R$ 103 bi por conta, principalmente, do recuo do dólar, que também diminui o endividamento brasileiro lá fora. (DCI - 27.03.2008) 3
Perfil da dívida pública registra melhora em fevereiro 4 Demanda traz riscos à inflação, diz Ipea Os técnicos
do Ipea encamparam, ontem, durante divulgação da Carta de Conjuntura de
março, a preocupação com a inflação. Para os técnicos, a trajetória preocupa
principalmente devido ao aquecimento da demanda interna, à incerteza sobre
a trajetória dos preços dos alimentos da e ao nível elevado de utilização
capacidade instalada na indústria brasileira.. Para Miguel Bruno, um dos
coordenadores do Grupo de Análises e Previsões do Ipea, o governo deveria
buscar alternativas a uma alta dos juros para tentar conter a demanda
interna. "A Fazenda está certa ao tentar calibrar o crédito, porque aumentar
os juros afetaria não apenas a demanda, mas tudo o mais", frisou Bruno,
lembrando da dívida interna e do aumento de pressão no câmbio. (Valor
Econômico - 27.03.2008) 5 Ipea prevê alta de no máximo 5,2% no PIB O Ipea,
órgão ligado ao governo, estima que a economia crescerá menos neste ano
do que no ano passado. Na Carta de Conjuntura divulgada ontem, o instituto
avalia que o PIB crescerá entre 4,2% e 5,2% em 2008. O teto da projeção
é inferior ao crescimento do ano passado, de 5,4%.Segundo o instituto,
o ponto médio na faixa de crescimento prevista é uma expansão de 4,7%.
Para Marcelo Nonnenberg, coordenador do grupo de análises e projeções,
a contribuição negativa do setor externo, estimada em média em -2,6% seria
o principal fator a frear o crescimento. (Folha de São Paulo - 27.03.2008)
6 Ipea faz previsões para demanda e investimento, e alerta para capacidade instalada O Ipea divulgou suas previsões para a demanda interna do país e a sua expectativa é que ela continue aquecida. O instituto estima que o consumo das famílias crescerá de 6,1% a 6,7% neste ano. Este seria o fator responsável pelo aumento dos investimentos, estimado de 12,4% a 14,1%. Na carta divulgada ontem, o Ipea afirma que mais da metade do crescimento da economia neste ano é resultado de um efeito de "carry over" de 2,5%. Isto significa a herança estatística de crescimento do ano passado para cá. O instituto ressalta que o aumento do uso da capacidade instalada na indústria, que atingiu patamar de 83% nos últimos meses, ainda não teve impactos significativos na inflação. (Folha de São Paulo - 27.03.2008) 7
BC vê inflação acima do centro da meta neste ano 8 Indústria aquecida puxa a alta da arrecadação nos estados O crescimento
de 6,02% da indústria brasileira no ano passado, superior à expansão de
5,4% do PIB, ajudou também a engordar os cofres dos estados brasileiros.
A contribuição do setor industrial para as receitas do ICMS foi a que
mais cresceu em 2007, com variação nominal positiva de 15,08% em comparação
com 2006, acima de setores considerados grandes fontes de arrecadação
do principal tributo dos governos estaduais, como serviços, energia e
petróleo. Descontada a inflação, a variação positiva do total das receitas
obtidas com a cobrança de ICMS em 2007 em relação a 2006 é de 4,35%. A
variação real da contribuição da indústria para os ganhos de ICMS no País
no ano passado é quase o dobro da expansão da economia brasileira: 10,16%.
(DCI - 27.03.2008) 9 IOF não afetou interesse de estrangeiros em títulos brasileiros A cobrança
de IOF para os estrangeiros que aplicam em títulos do governo não afetou
a demanda dos investidores internacionais pelos papéis brasileiros. A
afirmação é do coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro
Nacional, Guilherme Pedras. Ao divulgar os resultados da dívida pública
em fevereiro, Pedras disse que os investidores estrangeiros estão interessados
em aplicações de longo prazo no Brasil. Isso, segundo ele, diminui o impacto
da cobrança de 1,5% de IOF sobre as aplicações de estrangeiros em renda
fixa e não afeta o interesse do capital internacional no país. (DCI -
27.03.2008) 10 Comércio Brasil Índia cresce 57% O comércio
entre a Índia e o Brasil cresceu 57% nos primeiros dois meses deste ano,
quase o dobro do índice de 2007. Se continuarem assim, as trocas comerciais
entre os dois países poderão atingir a meta de US$ 10 bi em 2010, disse
o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge. A Índia
importa do Brasil petróleo bruto, aço, ferro, óleo de soja e aviões. Em
contrapartida, vende diesel e substâncias orgânicas, além de produtos
farmacêuticos e de engenharia. (Jornal do Commercio - 27.03.2008) 11 IPCA-15 sobe 4,55% em 12 meses A inflação
acumulada nos últimos doze meses recuou e interrompeu a trajetória de
aceleração iniciada em dezembro. A alta acumulada até março de 4,55% medida
pelo IPCA-15 representa um alívio em comparação com os 4,74% do mês passado
e fica mais próxima do centro da meta de 4,5% estabelecida pelo governo
para 2008. Serviços e o núcleo da inflação, dois indicadores que mostram
pressão de demanda, apresentaram desaceleração na prévia de março. Para
o economista-chefe da Concórdia Corretora, Elson Teles, a situação continua
indefinida em relação ao comportamento dos preços das commodities, câmbio
e, ainda, equilíbrio entre oferta e demanda. (Gazeta Mercantil - 27.03.2008)
O dólar
comercial iniciou as operações com queda, a R$ 1,7250. Em pouco mais de
20 minutos de atividades, porém, a moeda tinha valorização de 0,05%, cotada
a R$ 1,7260, na compra e a R$ 1,7280 na venda. No mercado futuro, os contratos
de abril negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F) ganhavam
0,17%, projetando a moeda a R$ 1,729. Ontem, o dólar comercial foi negociado
a R$ 1,7250 na compra e R$ 1,7270 na venda, com declínio de 0,28%. (Valor
Online - 27.03.2008)
Internacional 1 Ministro britânico defende expansão da indústria nuclear Um ministro
trabalhista defendeu a expansão da indústria nuclear britânica, o que,
em sua opinião, criaria 100.000 novos postos de trabalho no país e beneficiaria
a economia local. Em discurso, John Hutton, ministro para as Empresas,
se declara partidário de que a indústria nuclear não se limite a substituir
os 23 reatores existentes quando cheguem ao limite de sua vida útil. Esses
reatores fornecem atualmente 23% da energia nuclear do Reino Unido, mas
Hutton considera que a indústria nuclear deveria fornecer no futuro uma
proporção muito maior das necessidades energéticas britânicas, e este
país deveria liderar o desenvolvimento da tecnologia atômica. (Gazeta
Mercantil - 27.03.2008) 2 EDF terão de tornar público seus planos para Iberdrola por ordem judicial Um tribunal
em Bilbao concedeu,com cautela, as medidas solicitadas pela elétrica.Serão
12.000 euros bem gastos,pelo menos do ponto de vista da Iberdrola.O tribunal
comercial número 2, em Bilbau,deu razão a Iberdrola na procura de aplicação
de medidas provisórias prévias que a empresa espanhola introduziu em 17
de março contra a empresa estatal francesa Electricité de France (EDF),
em meio a um mar de rumores, por alegada Concorrência desleal. Num prazo
de cinco dias, exigido pelo tribunal,a EDF terá que tornar público através
de anúncios na imprensa, os seus planos para a Iberdrola. (El País 27.03.2008)
3 Sá Fernandes força Wind Parade Lisboa 2008 contra vontade da maioria dos vereadores O vereador eleito pelo Bloco de Esquerda José Sá Fernandes e os socialistas que com a sua ajuda governam a Câmara de Lisboa foram ontem alvo de violentos ataques verbais na reunião da autarquia, depois de terem forçado a implantação de 15 ventoinhas de produção de energia eólica em vários pontos da cidade, contra a vontade da maioria dos vereadores. Os autarcas do PSD abandonaram a sala em protesto, não sem antes se terem manifestado contra esta "ausência de regras democráticas" e este "enxovalho". E não descartam a possibilidade de recorrerem a "outras instâncias", embora não especifiquem quais, para se queixarem do sucedido. (Publico - 26.03.2008)
Biblioteca Virtual do SEE 1 CASTRO, Nivalde José de; Leite, André Luis Da Silva. Leilão de Energia de Reserva e o papel da penalidade como fator determinante da eficiência. IFE n. 2.231, Rio de Janeiro, 27 de março de 2008. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui. 2 FREIRE, Vinicius Torres. "Águas de março vão levar o apagão?". Folha de São Paulo. São Paulo. 27 de março de 2008. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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