l IFE: nº 2.200 - 11
de fevereiro de 2008 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE Regulação e Reestruturação do Setor 1 Consumidores de baixa renda podem ter isenção do ICMS na conta Os consumidores
de da subclasse residencial de baixa renda têm direito a isenção do ICMA
nas tarifas de energia elétrica. Esse é o entendimento do procurador-geral
da República, Antonio Fernando Souza, em parecer contrário à Ação Direta
de Inconstitucionalidade nº 3973, movida pelo Democratas, que questiona
um convênio que autoriza os estados da Bahia e de Rondônia a conceder
isenção de ICMS nas tarifas desses consumidores. A Adin, que está em tramitação
no STF, é contra o convênio ICMS nº 60/2007, editado pelo Conselho Nacional
de Política Fazendária. O DEM, afirma a Procuradoria-Geral, alega que
o convênio autoriza a cobrança de ICMS sobre a parcela de energia elétrica
subvencionada aos consumidores de baixa renda, porque a isenção só pode
ser concedida quando o tributo é efetivamente cobrado. (CanalEnergia -
08.02.2008) 2 BID aprova empréstimo de US$ 200 mi para projeto de transmissão de energia O BID anunciou
a aprovação de um empréstimo de US$ 200 milhões para apoiar um projeto
de transmissão de energia no Brasil. Um comunicado do organismo financeiro
regional indicou que o projeto apoiará o programa "ATE III", para o desenvolvimento,
construção, operação e manutenção de linhas de transmissão nos estados
do Pará e do Tocantins. Segundo o comunicado, este é um projeto "vital"
para facilitar a integração das regiões Norte e Sudeste do Brasil. A operação
incluirá um "empréstimo A", no valor de US$ 95,4 milhões procedentes do
capital ordinário do Banco, e um "empréstimo B", de US$ 104,6 milhões,
através de recursos de outras instituições financeiras que assinarão acordos
de participação com o BID. (Gazeta Mercantil - 11.02.2008) 3 Seguradoras disputam obras de R$ 275 bi em energia Os investimentos
de R$ 275 bilhões previstos pelo governo brasileiro no PAC até 2010 para
o setor de energia, que abrange geração, transmissão e distribuição, petróleo
e gás, fez com que as seguradoras e resseguradoras criassem novas estruturas
para atender a demanda de seguro que tais projetos demandam. São dezenas
de apólices para viabilizar e garantir o investimento, com custos estimados
em 10% do valor total da obra. O seguro começa na garantia de que o investidor
vai manter o valor da proposta apresentada no leilão até as perdas e danos
quando o projeto estiver concluído. Pesquisas do setor mostram mais de
250 projetos de usinas para serem aprovados pela Aneel. (Gazeta Mercantil
- 11.02.2008) 4 Lula define nomeações para cargos na Eletrobrás
O ministro
de Minas e Energia, Edson Lobão, visitou nesta quinta-feira (7/2) a CCEE.
Lobão foi conhecer os mecanismos de funcionamento e os procedimentos operacionais
dos leilões de energia promovidos pela entidade. De acordo com o presidente
da CCEE, Antônio Carlos Fraga Machado, que apresentou os procedimentos
ao ministro, o que mais chamou a atenção de Lobão o foi a estabilidade
do mercado de energia elétrica. (Brasil Energia 11.02.2008)
Empresas 1 Eletrobrás investirá R$ 21 milhões em modernização de laboratórios do Cepel A Eletrobrás
vai investir R$ 21 milhões nos próximos três anos na modernização dos
laboratórios do Cepel da unidade Adrianópolis (RJ). Além desse recurso,
o projeto contará com mais R$ 15 milhões da Financiadora de Estudos e
Projetos (Finep), ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, e com
R$ 5,6 milhões do próprio Cepel. O objetivo do projeto de modernização
é dar apoio às pesquisas que estão sendo realizadas em parceria com as
empresas da Eletrobrás para aprimoramento de tecnologias para transmissão
de grandes blocos de energia elétrica a longas distâncias, tanto em corrente
contínua como alternada, explorando o conceito de Linha de Potência Natural
Elevada. (CanalEnergia - 08.02.2008) 2 Duas liminares ameaçam atrasar privatização da Cesp Duas liminares ameaçam atrasar o cronograma de privatização da Cesp, prevista para acontecer em março. A juíza Margarida Elisabeth Weiller, de Anaurilândia (MS) determinou que o edital de privatização só seja publicado após a realização de uma audiência pública na cidade. Isso porque, afirma a juíza, a cidade sul-mato-grossense sofre até hoje o impacto ambiental causado pelo lago formado pela usina Porto Primavera, da Cesp. A empresa que comprar a Cesp herdará a responsabilidade, disse Weiller. A segunda liminar foi expedida pela juíza Renata Carolina Nicodemus Andrade, da 2ª Vara Cível de Pereira Barreto (interior de São Paulo), que também determina a realização de uma nova audiência pública na cidade, evento em que os coordenadores expõem números da empresa e ouvem eventuais sugestões de interessados. (Folha de São Paulo - 09.02.2008) 3 Terna lucra R$ 214 mi em 2007 A Terna Participações
apurou lucro líquido de R$ 214,25 milhões em 2007, alta de 47% em comparação
a 2006. O resultado foi influenciado positivamente pelas aquisições da
TSN, Novatrans, Gtesa e Patesa, além da entrada no controle acionário
da ETAU, cuja aquisição de 52% da participação foi concluída no fim de
dezembro do ano passado. Segundo balanço publicado no dia 8, a receita
bruta da transmissora aumentou de R$ 378,42 milhões para R$ 531,664 milhões
entre 2006 e 2007, enquanto a receita líquida ficou em R$ 508,689 milhões,
contra R$ 374,456 milhões na mesma base comparativa. (Brasil Energia -
11.02.2008) 4 Fitch atribui IDRs de longo prazo "BB-" para Energisa
e subsidiárias 5 Celpa combate furtos de energia A Celpa iniciou
nesta quinta-feira (7/2) uma campanha contra o furto de energia elétrica
no Pará que demandará investimento de R$ 200 milhões. Os recursos envolvem
a instalação de postes mais altos, cabos com fiação protegida e medidores
digitais para 200 mil clientes até meados de 2009. No ano passado, a Celpa
realizou 698.742 fiscalizações que resultaram no flagrante de 66.654 irregularidades.
(Brasil Energia 11.02.2008) 6 Trabalhadores terceirizados e Furnas têm audiência de conciliação A audiência
de conciliação entre as entidades sindicais representantes dos trabalhadores
terceirizados e a direção de Furnas Centrais Elétricas prossegue dia 8,
a partir das 9h, no TST. Os empregados objetivavam também a suspensão
da sentença da 8ª Vara do Trabalho de Brasília (DF), a qual determinou
a substituição, em 30 dias, de todos os trabalhadores terceirizados da
concessionária de energia. (APMPE - 08.02.2008) Para aprimorar
as atividades de relacionamento com os consumidores, a Eletropaulo instalará,
a partir de 11 de fevereiro, um sistema de Gestão Comercial Integrada
que promete unificar as áreas financeira, contábil e operacional da companhia.
O sistema exigiu investimento de R$ 173 milhões. Apesar da preparação,
a Eletropaulo orienta clientes a aguardar o recebimento da fatura de energia
ou confirir na conta corrente o débito. Caso haja atraso, haverá prorrogação
do prazo para quitação da conta. (Brasil Energia 11.02.2008) No pregão do dia 08-02-2008, o IBOVESPA fechou a 59.075,98 pontos, representando uma alta de 0,19% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 4,67 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,42% fechando a 15.908,74 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 22,05 ON e R$ 22,30 PNB, alta de 0,23% e baixa de 0,89%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 11-02-2008 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 22,00 as ações ON, baixa de 0,23% em relação ao dia anterior e R$ 22,50 as ações PNB, alta de 0,90% em relação ao dia anterior. (Investshop - 11.02.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Preços da energia despencam 51% com volta das chuvas O bom volume
chuva registrado no Sudeste e Centro Oeste do Brasil encheu os reservatórios
das hidrelétricas e fez despencar o valor do PLD. Em uma semana, o preço
do insumo recuou de R$ 256,05 por MWh para R$ 124,75/MWh - uma desvalorização
de 51%. Na semana anterior, o PLD, que é calculado e divulgado semanalmente
pela CCEE, já havia caído 53%, também refletindo a recuperação do nível
de armazenamento dos reservatórios. (Gazeta Mercantil - 11.02.2008) 2 Consumo de energia sobe 3,4% no mês passado Apesar das temperaturas inusitadamente baixas para o período de verão nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, o consumo de energia elétrica, representado pela carga disponibilizada pelo ONS, cresceu 3,4% em janeiro deste ano em relação ao mesmo período de 2007. Na comparação com o mês anterior, o aumento foi de 0,6%. Os dados, preliminares, constam do Boletim de Carga Mensal de janeiro do ONS. A carga representa o consumo, menos as perdas no processo de transmissão e as comerciais. (Valor Econômico - 08.02.2008) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 09/02/2008 a 15/02/2008. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Estatal bate recorde de geração A Petrobras registrou no último domingo (3/2) um recorde de geração de energia, com a produção de 4.040 MW. A produção, que foi disponibilizada para o SIN, é fruto da entrada em operação do gasoduto Cabiúnas -Vitória, que começou a operar na última sexta-feira (1/2) e está disponibilizando 5,5 milhões de m³/dia de gás para térmicas no Rio de Janeiro. As usinas responsáveis pelo recorde de geração de energia elétrica foram a Norte Fluminense, Aureliano Chaves, Mário Lago, Leonel Brizola, Luiz Carlos Prestes, Barbosa Lima Sobrinho, Fernando Gasparian, Piratininga, TermoPernambuco, Celso Furtado, Rômulo Almeida, Bahia I, Petrolina, Termocabo e a Sepé Tiaraju. (Brasil Energia 11.02.2008) 2 Cresce batalha judicial que ameaça gasoduto A briga jurídica
que impede a conclusão do gasoduto Campinas-Rio, um dos projetos da Petrobras
incluído no PAC e orçado em quase R$ 900 milhões, ganhou mais um capítulo.
O advogado José Maurício de Barcellos, que há três anos questiona nos
tribunais supostas irregularidades no projeto, desenterrou e furou parte
do duto que passa por uma estrada de acesso à sua propriedade, na zona
rural de Resende (RJ). Barcellos estava protegido por um alvará judicial
do juiz Flávio Pimentel de Lemos Filho, da 1ª Vara Cível do Fórum de Resende,
que o autorizava a desfazer a obra. Quando soube do dano, a Petrobras
conseguiu decisão da juíza Isabel Teresa Pinto Coelho, da 2ª Vara Cível
de Resende, que obrigou Barcellos a parar a retroescavadeira usada para
desenterrar o duto, mas o trabalho já havia sido feito. (Valor Econômico
- 11.02.2008) 3 Alunorte testa térmica no Pará A Aneel autorizou
a entrada em operação em teste dos geradores dois e três, de 31,8 MW cada,
da térmica Alunorte, instalada no município de Barcarena, no Pará. A decisão
da agência foi publicada nesta sexta-feira (8/2) no Diário Oficial da
União. A empresa foi autorizada no começo deste ano a ampliar a capacidade
instalada da térmica com a utilização de dois novos geradores. A usina,
que opera a óleo combustível, teve a potência elevada de 27,8 MW para
91,4 MW. (Brasil Energia 11.02.2008) 4 Térmicas despachadas emergencialmente têm CVU de R$ 616,33 por MWh A Aneel estabeleceu
o custo variável unitário de 12 termelétricas despachadas emergencialmente
entre 19 e 31 dezembro passados. As usinas receberão R$ 616,33 por MWh
produzido no período, segundo despacho publicado nesta sexta-feira, 8
de fevereiro, no Diário Oficial da União. As usinas contempladas são Marambaia,
Nazária, Campo Maior e Altos, da empresa Enguia Gen PI, Caucaia, Baturité,
Crato, Aracati, Iguatu, Enguia Pecém e Juazeiro do Norte, da empresa Enguia
Gen CE, e Jaguari, da Enguia Gen BA. (CanalEnergia - 08.02.2008) 5 Petrobras bate recorde de geração de termelétricas A Petrobras registrou no último domingo, 3 de fevereiro, novo recorde de geração de energia elétrica para o SIN. Foi produzido um total de 4.040 MW em usinas a gás natural, óleo diesel e óleo combustível, contra o recorde anterior de 2.900 MW, registrado em 4 de novembro de 2007. O novo recorde resultou da entrada em operação do gasoduto Cabiúnas (RJ) -Vitória (ES) na última sexta-feira, 1º, além da redução da demanda por gás natural registrada no período do Carnaval. (CanalEnergia - 08.02.2008)
Grandes Consumidores 1 Fábrica da Coteminas pára com energia cara A Coteminas,
presidida por Josué Gomes da Silva (filho do vice-presidente da República),
decidiu paralisar as atividades de uma de suas quatro unidades industriais
em Montes Claros, no norte de Minas Gerais, e reduzir a jornada de trabalho,
alegando que o preço da energia elétrica está muito alto. Cerca de 800
dos quatro mil funcionários da companhia na cidade serão demitidos. A
jornada aos domingos será suspensa nas outras fábricas. De acordo com
o presidente da Coteminas, a paralisação da fiação Cotenor foi definida
também em razão da necessidade de modernização e troca de equipamentos
da unidade. Ele classificou as decisões como "medidas administrativas
do dia-a-dia" da empresa e disse que futuramente a fábrica será reaberta,
embora não tenha uma previsão para o reinício das atividades. (DCI - 11.02.2008)
2 Aços Villares registra lucro recorde no ano A Aços Villares
registrou lucro líquido recorde de R$ 317 milhões em 2007, alta de 26%
sobre o ganho obtido pela companhia no ano anterior. As vendas consolidadas
da empresa avançaram 17% em 2007, para 703 mil toneladas, impulsionadas
pela comercialização, no mercado interno, da unidade de aços especiais
para construção mecânica. As vendas desta divisão foram responsáveis por
94% do volume comercializado e 79% da receita líquida consolidada do ano
passado, que somou R$ 1,998 bilhão, um crescimento de 20% sobre 2006.
(DCI - 11.02.2008) 3 Governo sinaliza apoio aos planos da Vale para a compra da Xstrata O presidente
do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que a operação de compra da mineradora
anglo-suíça Xstrata pela Vale pode ser "compatível com o interesse nacional"
-manutenção do controle da empresa nas mãos de brasileiros e dos investimentos
locais. O banco está analisando o mérito do negócio e as condições financeiras
da operação a pedido do presidente Lula. "Pelas características preliminares
[do negócio] que nós vimos, é perfeitamente compatível com essa preocupação
do governo, que é absolutamente correta e legítima, de salvaguardar e
ter certeza de que o interesse nacional está sendo preservado", disse
Coutinho. O valor da operação de compra da Xstrata foi estimado inicialmente
em US$ 90 bilhões. (Folha de São Paulo - 08.02.2008) Economia Brasileira 1 Mercado mantém projeções econômicas para este ano O mercado financeiro ajustou ligeiramente seu prognóstico para a inflação do Brasil em 2008, passando de 4,44 por cento há uma semana para 4,45 % agora, mostrou o relatório Focus do BC divulgado nesta segunda-feira. A previsão para a inflação pelo IPCA em 2009 manteve-se em 4,20 %.Ambos os números seguem abaixo do centro da meta de inflação perseguido pelo governo, de 4,5 %.A estimativa para a taxa de juros no final deste ano permaneceu em 11,25 % --o atual patamar. Para o final de 2009, a projeção ficou em 10,25 %.A previsão para o crescimento econômico em 2008 ficou estável em 4,50 por cento e para 2009 foi mantido em 4,06 %. (Reuters - 11.02.2008) 2 Focus ignora ata e mantém Selic A pesquisa Focus com projeções de cem instituições divulgada ontem pelo BC mostra que o mercado não se intimidou com a retórica pesada da ata do primeiro Copom, publicada na semana passada. Os bancos, assets e consultorias pesquisados mantiveram em 11,25% sua expectativa de taxa Selic para o fim do ano apesar dos alertas de que o Copom poderá "ajustar os seus instrumentos de política monetária" caso as expectativas inflacionárias não cedam. A interpretação dos analistas é de que talvez não seja necessário desfechar um ciclo de alta do juro básico porque as expectativas já começam a refluir. Por enquanto, o arrefecimento é tímido. (Valor Econômico - 07.02.2008) 3 Estabilidade e consumo em alta fazem produção de bens de capital
crescer 19,5% 4 Indústria brasileira tem maior crescimento desde 2004 A indústria
brasileira teve no ano passado o maior crescimento desde 2004 e, apesar
de uma queda na produção em dezembro, a perspectiva para o setor em 2008
é favorável.A atividade aumentou 6% em 2007, o terceiro melhor desempenho
do Plano Real, atrás apenas de 2004 (8,3%) e 2000 (6,6%), informou o IBGE
nesta sexta-feira.A indústria cresceu 4,8% no primeiro semestre e 7,1%
na segunda metade do ano"A expansão do ano passado parece ter uma base
mais consistente. Agora há uma relevância maior do mercado interno, enquanto
em 2004 e 2000 as exportações empurraram." (Reuters - 11.02.2008) 5 Indústria deve manter ritmo acelerado em 2008, diz IEDI O dinamismo
registrado pela indústria brasileira no último ano, como indicam os estudos
publicados desde o início de janeiro, deve continuar movendo o setor ao
longo de 2008. Esta é a conclusão da análise feita pelo IEDI para avaliar
a trajetória do segmento produtivo. Das 27 áreas pesquisadas, apenas sete
devem sofrer uma retração das atividades e outras três se manterão estáveis.
As 17 restantes continuarão crescendo, embaladas principalmente pela forte
demanda no mercado interno. Essa demanda também sustentará segmentos que
sofrem com o enfraquecimento das exportações, em função do câmbio. "O
mercado interno hoje é capaz de compensar as perdas com o mercado externo",
afirma Julio Gomes de Almeida, consultor do IEDI. Os juros, porém, podem
ajudar ou prejudicar setores que estão em franco crescimento, mas que
precisam do financiamento para impulsionar suas vendas. (Gazeta Mercantil
- 11.02.2008) 6 Superávit primário reduzirá investimento Os investimentos previstos no PAC podem estar ameaçados, mesmo em um ano eleitoral, pois o governo terá que fazer uma forte manobra para cumprir a meta do superávit primário, que em 2007 atingiu R$ 101,6 bi, 3,98% do PIB. A crise internacional poderá refletir na economia brasileira fazendo que o PIB não tenha um crescimento tão brilhante como no ano passado. E o aumento da arrecadação tributária deve ser insuficiente para compensar parte, ou R$ 10 bi, da arrecadação da CPMF. Além disso, o governo se depara com ameaças inflacionárias, o que pode interferir também no crescimento do País. Para ele, a economia brasileira deve crescer apenas entre 3% e 3,5% este ano, ante o aumento vigoroso de 5,2% no ano passado. A primeira estimativa do economista Raul Velloso já indica uma redução de 0,5 ponto percentual nos investimentos públicos este ano, principalmente os voltados para infra-estrutura, alcançando apenas 0,4% do PIB. (Gazeta Mercantil - 11.02.2008) 7 BNDES projeta orçamento recorde de R$ 80 bi 8 País registra saída de US$ 2,4 bi em janeiro Após o recorde
positivo de 2007, o fluxo de dólares ao Brasil voltou a ficar negativo
em janeiro. Segundo dados do BC, as remessas de dólares ao exterior superaram
os ingressos em US$ 2,357 bi.O valor inclui todas as transações fechadas
no mercado de câmbio nacional -exportações, importações, pagamentos da
dívida externa, investimentos estrangeiros, entre outros itens. Foi o
maior déficit registrado pelo BC desde dezembro de 2006.No ano passado,
o fluxo havia atingido o valor recorde de US$ 87,454 bi. No mês passado,
as turbulências dos mercados e a redução no saldo da balança comercial
colaboraram para reduzir esse resultado.Ao longo de janeiro, os exportadores
instalados no Brasil trouxeram US$ 15,307 bi, enquanto os importadores
enviaram US$ 11,134 bi ao exterior.O saldo resultante foi de US$ 4,173
bi, menos da metade do valor de janeiro de 2007. Além disso, houve também
uma piora no saldo das chamadas operações financeiras. Nessa conta, o
resultado negativo de janeiro chegou a US$ 6,530 bi, ante saldo positivo
de US$ 2,121 bi observado em dezembro. (Folha de São Paulo - 08.02.2008)
9 IPCA de janeiro pode estourar meta A inflação de
janeiro pode furar o centro da meta oficial de 4,5% perseguida pelo BC,
causando desconforto e desconfianças no mercado monetário. Após expressivos
ajustes para baixo em suas projeções de CDI para os próximos anos, o pregão
de juros futuros da BM&F aguarda, com certa apreensão, a divulgação pelo
IBGE, na quarta-feira, do IPCA fechado de janeiro. Se o primeiro índice
mensal de 2008 acomodar-se no prognóstico consensual de 0,6%, a inflação
acumulada em 12 meses alcançará 4,62%. O consenso dos analistas relata
que a diminuição de velocidade do IPCA será possível por duas razões:
1) a crise externa irá atuar para amortecer o crescimento brasileiro,
sobretudo aparando excessos cometidos na área do crédito; 2) a âncora
cambial permanecerá intacta, com dólar abaixo de R$ 1,80. (Valor Econômico
- 11.02.2008) 10 IPCA pode confirmar cenário para manutenção da Selic A tendência
de desaceleração dos índices inflacionários deve se confirmar nesta semana,
com a divulgação do IPCA de janeiro. A expectativa é de que o indicador,
usado para balizar o regime de metas de inflação, registre uma alta em
torno de 0,6% nos preços no mês passado, inferior aos 0,74% de dezembro.
O dado pode contribuir para que a Selic, hoje em 11,25% a.a., continue
a ser mantida estável pelo Copom nas próximas reuniões. Apesar da forte
instabilidade nos mercados financeiros globais, por conta do medo de uma
recessão nos EUA, a principal preocupação do colegiado é a inflação corrente,
pressionada pelo setor de alimentos. (Gazeta Mercantil - 11.02.2008) 11 FGV prevê alta de IGP no 1º- semestre A inflação medida
pelos IGP vai se aproximar dos 9% nas leituras em 12 meses ao longo do
primeiro semestre e só deve ceder a partir da segunda metade do ano, de
acordo com o economista da FGV, Salomão Quadros. Isso é importante, acrescentou
ele, porque esses índices são indexadores de contratos, entre os quais
os que determinam as tarifas de energia elétrica. A FGV informou na sexta-feira
que IGP-DI desacelerou a alta para 0,99% em janeiro, depois de avançar
1,47% em dezembro, mas no período de 12 meses o indicador sobe 8,49%.
A tendência dos IGP é oscilar perto de 8,5% até o meio do ano, com possibilidade
de escorregar para perto de 9%, afirmou Quadros ao lembrar que no primeiro
semestre do ano passado as taxas do IGP-DI estavam abaixo de 0,5% ao mês.
(Gazeta Mercantil - 11.02.2008) O dólar comercial
diminui no início dos negócios. Há pouco, a moeda estava a R$ 1,765 na
compra e a R$ 1,767 na venda, com redução de 0,11%. Na abertura, marcou
R$ 1,767. No mercado futuro, os contratos de março negociados na BM &
F perdiam 0,22%, a R$ 1,771. Na sexta-feira, o dólar comercial fechou
com alta de 0,62%, a R$ 1,767 na compra e R$ 1,769 na venda. (Valor Online
- 11.02.2008)
Internacional 1 Sem gás para Argentina, Bolívia quer negociar com Brasil A Bolívia pretende
abrir uma negociação envolvendo o Brasil que poderia levar à redução da
exportação de gás natural para o mercado brasileiro. Autoridades da Bolívia
admitem que o país não terá condições de fornecer os volumes acertados
para 2008 e 2009 com a Energia Argentina S.A. (Enarsa). Para minimizar
o impacto da redução do fornecimento à Argentina, o governo boliviano
tenta organizar uma reunião entre os presidentes Evo Morales, Cristina
Kirchner e Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo seria buscar "um equilíbrio
no fornecimento de gás entre os três países, sobretudo para os períodos
de alta demanda (inverno), quando o Brasil teria que ceder algo do que
lhe corresponde para a Argentina", afirmou o jornal "La Razón", citando
fontes não identificadas no governo. (Valor Econômico - 11.02.2008) 2 Bancos criam "princípios do carbono" Três dos maiores
bancos de investimento dos Estados Unidos anunciaram nesta semana a criação
de um conjunto de diretrizes para os empréstimos ao setor elétrico voltadas
especificamente às emissões de gases do efeito estufa. Os chamados "Princípios
do Carbono" foram desenvolvidos em parceria pelo Citibank, JPMorgan Chase
e Morgan Stanley após nove meses de consultas com organizações ambientais
e representantes do setor elétrico do país. É a primeira vez que um grupo
de bancos se reúne com outros atores para tentar elevar o entendimento
sobre o "risco carbono" no setor energético, associado sobretudo a investimentos
em carvão. Os princípios trazem à tona a preocupação com as emissões de
dióxido de carbono, mas apenas do ponto de vista do risco financeiro -
a análise é incorporada ao estudo do empréstimo. (Valor Econômico - 07.02.2008)
Biblioteca Virtual do SEE 1 GOVERNO do Estado de São Paulo - Secretaria de Saneamento e Energia. Boletim Informativo. São Paulo, dezembro de 2007. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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