l IFE: nº 2.190 - 21
de janeiro de 2008 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Meio
Ambiente Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE Regulação e Reestruturação do Setor 1 Gesel: arcabouço legal e estrutural em 2008 é muito mais sólido que em 2001 O coordenador
do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ, Nivalde Castro,
afirmou que o arcabouço legal e estrutural em 2008 é muito mais sólido
que em 2001, ano do racionamento de energia. "Não dá para comparar um
ano com o outro. Em 2001, o planejamento do setor estava desarticulado,
o sistema tinha menos linhas de transmissão, a prioridade era a privatização
e o marco regulatório não estimulava investimentos", declarou. "O cenário
de médio prazo é muito favorável no setor de energia. O Madeira destravou
uma barreira ambiental que existia na Amazônia. Ainda temos o campo de
Tupi (da Petrobras), que tem muito petróleo e gás", exemplificou. (Reuters
- 18.01.2008) 2 Edison Lobão toma posse no MME O senador Edison
Lobão (PMDB-MA) toma posse nessa segunda-feira (21) no MME com a missão
pública de evitar um apagão energético e política de ampliar o domínio
do PMDB na área. Lobão discutirá com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma
Rousseff, as medidas necessárias para alcançar suas duas metas. Ele terá
como seu braço direito na pasta, na função de secretário executivo, o
engenheiro Márcio Zimmermann. Ligado ao PMDB, ele era secretário de Planejamento
e Desenvolvimento Energético do Ministério e é um técnico de confiança
da ministra. (DCI - 21.01.2008) 3 Lobão não descarta um aumento de tarifas para o consumidor Na sexta-feira
Lobão afirmou que não descarta um aumento nas tarifas para o consumidor.
Segundo ele, existe um sistema de compensação: quando chove mais, a energia
fica mais barata e sobra dinheiro. Esses recursos poderiam servir agora
para minimizar a diferença de preço a partir do uso das térmicas. Ele
também citou medidas que considera positivas para o quadro de fornecimento
de energia no país. Entre elas, a entrada em funcionamento de um gasoduto
no Espírito Santo, prevista para fevereiro. Segundo o novo ministro, isso
vai permitir a geração de mais mil MW de energia nas térmicas. (DCI -
21.01.2008) 4 Conta sobe com ação antiapagão 5 Compensação financeira rende R$ 900 mi para estados e municípios em 2007 Balanço divulgado
pela Aneel mostrou que em 2007, os recursos da Compensação Financeira
pela Utilização dos Recursos Hídricos chegaram a R$ 995,43 milhões, distribuídos
para 627 municípios e 21 estados. O montante é 13% superior aos R$ 880,6
milhões repassados em 2006. A compensação financeira é paga por 152 hidrelétricas
a estados, municípios e à União pelo uso dos rios para a geração de energia.
A metade dos recursos é destinada às prefeituras e os outros 50% aos estados.
(APMPE - 18.01.2008) 6 Programa de fonte alternativa está atrasado O Proinfa está
bem longe de atingir a meta de agregar 3.300 MW de energia até o final
do ano. Dados da Aneel indicam que estão em operação 40 usinas (eólicas,
pequenas centrais hidrelétricas e termelétricas de bagaço de cana), com
capacidade de gerar 1.048 MW, ou 32% do objetivo. A agência contabiliza
outros 105 empreendimentos inscritos no Proinfa, que poderiam agregar
2.346 MW se concluídos. Desse total, só 58 já começaram a construção da
usina. Segundo a agência, 48 têm problemas para entrar em operação (1.398
MW). Entre esses, 11 (283 MW) são considerados casos graves (sem perspectiva).
(Folha de São Paulo - 19.01.2008) 7 Aneel autoriza transferências de dez PCHs A Aneel homologou nesta semana mais um lote de transferências de ativos de cogeração em Minas Gerais e São Paulo. As empresas Energias Renováveis e GM Energy passam a controlar cinco PCHs, que ainda estão no papel. O direito de explorar o potencial das PCHs pertenciam à Eletroriver, mas a empresa desistiu de prosseguir com os projetos de cogeração. No estado mineiro, a responsabilidade da PCH Barra da Paciência (22 MW), entre Governador Valadares e Ipatinga (MG), ficará a cargo SPE Barra da Paciência, enquanto a Cristina Energia construirá uma pequena central hidrelétrica em município homônimo. A planta também tem capacidade instalada de 22 MW. (Brasil Energia - 21.01.2008) 8 Mercado livre estuda ampliar usinas
próprias 9 Excedente de consumo de energia fica isento de contribuição no MT O governo do
Mato Grosso, por meio da Sefaz-MT, prorrogou por um ano o benefício de
redução a zero da base de cálculo do ICMS sobre o excedente do consumo
de energia elétrica feito por estabelecimentos comerciais. O prazo, vencido
dia 31 de dezembro de 2007, foi estendido até 31 de dezembro de 2008.
O excesso de consumo é definido pela quantidade mensal de energia que
ultrapassar a média mensal consumida pelo comércio nos 12 meses anteriores
ao de referência. (DCI - 21.01.2008) 10 Carta COPPE ao MME
Empresas 1 Ampla assina termo com Aneel para regularizar metas de DEC e FEC A Ampla vai
assinar um Termo de Compromisso de Ajuste de Conduta com a Agência Nacional
de Energia Elétrica para a regularização das metas dos indicadores que
apuram a duração (DEC) e a freqüência (FEC) das interrupções de energia
na área de concessão da empresa. O termo, aprovado esta semana, é alternativo
ao pagamento da multa de R$ 18,7 milhões aplicada pelo descumprimento
das metas dos indicadores em 86 conjuntos de unidades consumidoras de
2003 a 2006. A distribuidora apresentou um plano de investimentos que
prevê a construção de novas subestações, instalação de equipamentos de
proteção e manobra e a construção de redes de distribuição. O TAC estabelece
que a concessionária realize investimentos no valor da penalidade, em
obras que reduzam o número de interrupções no fornecimento de energia
elétrica e suas durações. (CanalEnergia - 18.01.2008) 2 Funcionários de Furnas fazem assembléia amanhã para decidir se continuam em greve Os funcionários da empresa Furnas Centrais Elétricas vão realizar uma assembléia na tarde de amanhã (21) para decidir se vão manter ou não o calendário de greve. Caso optem pela greve, os trabalhadores farão sua segunda paralisação nos próximos dias 22 e 23 (terça e quarta-feira). A primeira paralisação ocorreu no dia 15 de janeiro e durou 24 horas. A greve é uma resposta dos funcionários à decisão judicial emitida pelo Ministério Público do Trabalho, que determinou a demissão em massa de mais de 4 mil contratados em até 30 dias. Segundo o Ministério Público, a contração de funcionários não-concursados é uma prática ilegal em empresas públicas. (Agencia Brasil - 21.01.2008) 3 Eficiência Energética: aprovado relatório final do ciclo 2005/06 da Cosern A Aneel aprovou
o relatório final do programa de eficiência energética da Cosern para
o ciclo 2005/2006. Segundo despacho 104 publicado no Diário Oficial da
União da última quinta-feira, 17 de janeiro, o programa aplicou R$ 3,681
milhões no período. O valor representa 0,4735% da receita operacional
líquida empresa e foi utilizado em três projetos. No ciclo anterior (2004/05),
a empresa aplicou R$ 4,195 milhões, valor correspondente a 0,7475% de
sua ROL, em nove projetos. Nesta semana, a Aneel havia aprovado o relatório
final do ciclo 2004/2005 da distribuidora. (CanalEnergia - 18.01.2008)
4 Francesa Velcan investe US$ 800 mi em PCHs no
Brasil
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Gesel: probabilidade de risco de apagão em 2008 é muito baixa Contrariando
algumas previsões mais pessimistas do mercado, o coordenador do Grupo
de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ, Nivalde Castro, considera
que o risco de um apagão esse ano é muito remota. Embora o nível dos reservatórios
tenha atingido na quarta-feira o nível mais baixo dos últimos dias, Castro
entende que a situação ainda é confortável e há folga para evitar um novo
racionamento em 2008. "A probabilidade de risco de apagão é muito baixa,
muitíssimo baixa. Talvez a probabilidade aumente em 2009, dependendo do
nível dos reservatórios ao fim desse ano", avaliou o economista. Para
ele, 15 de fevereiro será a data limite para se fazer uma projeção para
a oferta de energia em 2009. "Estaremos no meio do período úmido. O que
interessa é chover em Minas Gerais onde está o nascedouro de muitas bacias
importantes para o país. Ainda temos água nos reservatórios, mas o problema
é depreciar muito e começar janeiro de 2009 como chegamos em janeiro de
2001, com 22 por cento de nível", acrescentou Castro. (Reuters - 18.01.2008)
2 Brasil desperdiça 10% da energia elétrica gerada Enquanto pairam no ar rumores de um possível apagão energético, dados oficiais revelam que o Brasil desperdiça 10% de toda a energia gerada. Entre os responsáveis por este percentual estão os hábitos errados, a falta de programas educativos e o preço dos produtos que geram uma economia maior. O desperdício chega a quase R$ 10 bilhões, o equivalente ao consumo das residências de Nordeste, Sul e Centro-Oeste. (Zero Hora - 21.01.2008) 3 EPE: demanda de energia está evoluindo dentro das previsões O diretor
da EPE, Amilcar Guerreiro, disse não acreditar em um risco de apagão esse
ano. "A demanda de energia está evoluindo dentro das previsões. Há uma
tendência forte de aumento da autoprodução. O mercado regulado está quase
todo contratado e os preços desse mercado estarão estáveis nos próximos
anos", disse Guerreiro. "Os preços no mercado livre já estão sofrendo
o impacto das sobras de energia do período pós-racionamento de 2001. Os
500 reais o megawatt no mercado livre afeta um parcela mínima. É gente
que não estava lastreada e preferiu apostar. Esse é o jogo", finalizou.
(Reuters - 18.01.2008) 4 Alencar diz acreditar que chuva resolverá problema energético O vice-presidente
da República, José Alencar afirmou que tem chovido pouco, especialmente
no Nordeste do Brasil. No entanto, segundo ele, tudo indica que ainda
vai chover bastante em janeiro e fevereiro e o país vai atravessar tranqüilamente
esta fase, sem 'apagão' (racionamento de energia elétrica)."Paralelamente,
providências estão sendo tomadas", disse Alencar, citando a entrada em
funcionamento de usinas termelétricas e também, mais a médio e longo prazo,
as obras das usinas do Rio Madeira, que vão atender o Brasil a partir
de 2010. (Diário do Grande ABC - 19.01.2008) 5 ONS: volume de reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste não traz risco de racionamento Em comunicado
à imprensa, o ONS confirmou na ultima sexta-feira (18) que os reservatórios
do Sudeste e Centro-Oeste estão meio ponto percentual abaixo da Curva
Bianual de Aversão ao Risco (CAR) da região, mas descartou que haja risco
de racionamento diante do fato. "A violação da CAR não deve ser vista
como uma situação de emergência, nem de restrição à segurança do abastecimento
de energia", diz a nota. (Agencia Brasil 21.01.2008) 6 Chuva aumenta em cima de reservatórios A chuva
registrada nos últimos dias no Sudeste do Brasil já está se refletindo
na elevação do nível dos reservatórios. Até o final deste domingo, de
acordo com a Climatempo, entre o Estado de São Paulo e o Sul de Minas
Gerais, foram registrados pouco mais de 50 milímetros ."Esta semana a
chuva volta com mais intensidade no Sudeste. Segundo o mapa, a previsão
é para volumes acima de 100 milímetros e o que é melhor, em cima dos reservatórios",
disse Marcelo Pinheiro, meteorologista da Climatempo. Já o boletim do
Operador Nacional do Sistema (ONS), da última sexta-feira, no Sudeste,
os reservatórios ainda estavam com 44,8% de volume acumulado. A curva
de aversão ao risco estava em menos 1,1%. No Nordeste, o volume era de
27,1% e a curva estava em 17,1%. Somados o Norte Interligado e Tucuruí,
os reservatórios estavam com 49,9% de armazenamento. Já no Sul do País,
onde ficam os reservatórios menores, o volume acumulado era de 68,5% e
a curva de aversão ao risco, 48,8%. A queda deve-se à exportação de energia
para o Sudeste. (Gazeta Mercantil - 21.01.2008) 7 Inmet diz que índice pluviométrico ficará acima da média Nesta semana,
o Inmet e o Cptec informaram que até abril, o índice pluviométrico ficará
acima da média na Região Norte e nos estados do Ceará, Maranhão, Piauí
(litoral), Rio Grande do Norte e parte da Paraíba. (Agencia Brasil 21.01.2008)
8 USP: baixo volume em reservatórios só prejudica os grandes consumidores O baixo
volume de água nos reservatórios e as chuvas em nível inferior ao das
médias históricas do período não representam risco de racionamento, mas
acarretam problemas para grandes empresas industriais, que consomem cerca
de 25% da demanda total de energia do país. A avaliação é do professor
Dorival Gonçalves, da UFMT e doutor em energia pela USP. O professor explicou
que os consumidores comuns não serão afetados por comprarem das distribuidoras,
que têm energia assegurada em contrato e serão atendidas. Em relação ao
ano de 2001, quando ocorreu o chamado apagão, o professor disse não ver
paralelo com o volume atual dos reservatórios e apontou outra diferença
estrutural que torna o sistema elétrico brasileiro mais seguro: o aumento
das linhas de transmissão. (Agencia Brasil 21.01.2008) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 19/01/2008 a 25/01/2008. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Meio Ambiente 1 Governo instala Comitê Interministerial sobre Mudanças Climáticas O governo
instalou na última quinta-feira o Comitê Interministerial sobre Mudança
do Clima. O grupo será responsável por orientar a elaboração e implementação
da Política Nacional e do Plano Nacional sobre Mudança do Clima. O Plano
e a Política Nacional sobre Mudança do Clima fazem parte dos projetos
do governo de mitigar as emissões dos gases do efeito estufa, assim como
o Plano de Ação de Prevenção e Controle de Desmatamento, que resultou
na redução de 59% na taxa de desmatamento de 2004 a 2007. (CanalEnergia
- 18.01.2008)
Gás e Termoelétricas 1 Gesel: maior oferta de gás atende a demanda do mercado O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ, Nivalde Castro, afirmou que a Petrobras deve ampliar a oferta de gás no país e evitar futuros riscos no fornecimento de energia. A estatal deve colocar no mercado em 2008 mais 5,5 milhões de metros cúbicos de gás provenientes da bacia do Espírito Santo; outros 6 milhões de metros cúbicos das plantas de GNL no Ceará, e deve antecipar para esse ano a unidade de regaseificação de gás no Rio de Janeiro. "A oferta seria ampliada em 25,5 milhões de metros cúbicos esse ano e atenderia a demanda do mercado, incluindo o acordo feito pela Petrobras com a Aneel... Acho que a questão do gás é pontual", declarou o professor da economia da UFRJ. (Reuters - 18.01.2008) A Petrobras
vai reduzir o consumo de gás natural nas suas refinarias para atender
as térmicas do País. A informação foi dada nesta quinta-feira (17/1) pelo
ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, que preferiu não
adiantar o volume que será cortado pela petroleira, mas afirmou que o
gás que será destinado para as usinas vai agregar 700 MW ao SIN. As refinarias
substituirão o energético por nafta. Representantes da Petrobras se reunirão
nos próximos dias com a diretoria do ONS para discutir a logística de
abastecimento das usinas, que devem iniciar operação na próxima semana.
"O cenário que a gente vê é de melhora, mas é preferível trabalhar com
uma situação de segurança", afirmou Hubner. (Brasil Energia 21.01.2008)
3 MME aprova enquadramento de usinas no Reidi O Ministério
de Minas e Energia aprovou o enquadramento de duas térmicas e dois aproveitamentos
hidrelétricos no Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimento da Infra-Estrutura.
Segundo portaria n° 18, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira,
18 de janeiro, estão enquadradadas a UTE Iacanga (SP, 12 MW), UTE São
Martinho (SP, 19 MW), e as hidrelétricas Caçu e Barra dos Coqueiros, em
Goiás, que somam 155 MW. As térmicas são movidas à cana-de-açúcar e pertencem,
respectivamente, à Usina Iacanga e à Usina São Martinho. Os aproveitamentos
hidrelétricos são da Gerdau Aços Longos. (CanalEnergia - 18.01.2008) 4 Petróleo e gás concentram os investimentos das estatais Dos R$ 50,2
bilhões em investimentos que as estatais federais podiam gastar em 2007,
R$ 30,7 bilhões, 61% do total, foram gastos até outubro. Embora o investimento
das estatais abarque 70 empresas federais, a maior parte está concentrada
em projetos para produção de petróleo e gás natural. A segunda maior carteira
de investimento está nas estatais do setor elétrico. Nesse grupo, a execução
se mostrou mais lenta que a dos projetos de petróleo e gás natural. Até
outubro, as estatais do setor elétrico haviam usado 39% dos R$ 5,6 bilhões
de que dispunham. (Folha de são Paulo - 20.01.2008) 5 Duke Energy anuncia alterações na liderança executiva em geração nuclear Henry B. Barron, executivo de grupo e diretor executivo nuclear da Duke Energy anunciou sua decisão de se aposentar, a partir de 31 de março. Barron é executivo nuclear desde 2004.Dhiaa M. Jamil, vice-presidente sênior de suporte nuclear da Duke Energy no momento, assumirá a função de executivo e de CNO do grupo, a partir de 17 de fevereiro. (DCI - 18.01.2008)
Grandes Consumidores 1 Indústria faz ofensiva contra preço da energia Os grandes consumidores,
como Vale, Votorantim, Alcoa e Gerdau, iniciaram ofensiva para minimizar
os efeitos da atual crise no setor energético e os reflexos que a alta
no preço do megawatt causará aos consumidores livres, entre os quais elas
se incluem. O primeiro passo dessa ofensiva foi dado em reunião entre
Mário Luiz Menel, presidente da Associação Brasileira dos Investidores
em Autoprodução de Energia Elétrica (Abiape) - que reúne esses gigantes
da indústria -, a portas fechadas, com Maurício Tomalsquim, presidente
da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), para debater o problema na semana
passada. "O principal ponto que discutimos foi o modelo do leilão da usina
de Santo Antônio, no Rio Madeira. Nós, consumidores livres, não concordamos
com esse novo modelo", comenta. (DCI - 21.01.2008) 2 Laep compra unidades da Cooperativa Vale do Rio Doce A Laep, controladora
da Parmalat Brasil, anunciou na sexta-feira que fechou a compra das unidades
de industrialização e comercialização de leite e derivados da Cooperativa
Agro Pecuária Vale do Rio Doce. O faturamento das operações adquiridas
foi de R$ 166 milhões em 2007. A empresa diz que a aquisição "reforça
a posição da companhia nos mercados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Nordeste
e Espírito Santo". (DCI - 21.01.2008) 3 Braskem avança para a 11ª- posição do mercado A Braskem definirá
em breve uma meta mais ousada de crescimento. A empresa tinha como objetivo
estar entre as dez maiores petroquímicas do mundo até 2012. A quatro anos
do prazo, com as recentes aquisições, já ocupa a 11 posição do setor e
os novos projetos hoje em andamento ou sob análise de seu pessoal deve
facilitar que a petroquímica do Grupo Odebrecht alcance a desejada colocação.
"Com a nova formação da empresa, precisaremos aumentar o nosso nível de
ambição", afirmou na sexta-feira o presidente da Braskem, José Carlos
Grubisich, sem revelar qual será a nova meta da companhia. A próxima ampliação
na capacidade da empresa será com a Petroquímica Paulínia, unidade de
polipropileno da Braskem no interior paulista. (Gazeta Mercantil - 21.01.2008)
4 Alcoa investe em redução de emissões A Alcoa vai
investir US$ 150 milhões na unidade de Poços de Caldas para modernizar
o processo de produção de alumínio de forma a reduzir a emissão de gases
causadores do efeito estufa. Até 2014, a fabricante de alumínio vai instalar
novos equipamentos nos 288 fornos eletrolíticos das três linhas da unidade,
o que permitirá à companhia reduzir suas emissões de em quatro vezes,
para aproximadamente 250 gramas por tonelada de alumínio produzida. "Em
dez anos, nossa intenção é reduzir 933 mil toneladas as emissões de equivalente
em Poços de Caldas", afirmou o gerente de operações da Alcoa na unidade,
João Batista Menezes. A intenção da companhia é registrar a iniciativa
como um projeto de crédito de carbono e, assim, comercializar as reduções
certificadas de emissão (RCE), obtendo uma receita financeira que suporte
as atividades do programa. (Gazeta Mercantil - 21.01.2008)
Economia Brasileira 1 Indicadores mostram País mais 'preparado' A divulgação recente de indicadores de 2007 - que dão conta de um crescimento de cerca de 6% na indústria, 10% no comércio e 31% na geração de empregos formais em relação ao ano anterior - sinalizam que em 2008 os números devem continuar fortes para o Brasil. Em caso de agravamento da crise norte-americana, o País será afetado, mas a expectativa é de continue a apresentar boas taxas de crescimento. Segundo Antonio Corrêa de Lacerda, professor de economia da PUC São Paulo, nos últimos cinco anos o Brasil somou um superávit na balança comercial de US$ 53 bi, ante um déficit de US$ 114 bi registrados nos cinco anos anteriores a 2003. Produzindo superávit, reduzindo a dívida externa e aumentando reservas, o País tem hoje uma capacidade para enfrentar a crise dentro de uma situação mais favorável, diz. "O que não garante, porém, uma blindagem aos problemas externos, mas sim maior autonomia sobre a economia doméstica." (Gazeta Mercantil - 21.01.2008) 2 Crescimento de receita ameniza crise da CPMF A arrecadação de impostos e tributos federais bateu novo recorde. Em 2007, chegou a R$ 596,984 bi, registrando crescimento real de 12,19%. Trata-se de um resultado estupendo sob qualquer ponto de vista. Mostra que as receitas do governo central, incluída a arrecadação da contribuição previdenciária sobre folha, estão crescendo num ritmo duas vezes superior à taxa de expansão da economia.Em moeda sonante, a arrecadação cresceu, em termos reais, R$ 64,88 bi, um montante bem superior ao recolhimento da CPMF. Considerando-se, portanto, o ganho de arrecadação ocorrido em 2007, o governo não deveria, em tese, ter grandes dificuldades para equilibrar o orçamento em 2008, mesmo tendo perdido a receita da CPMF. É evidente que a questão orçamentária é um pouco mais complexa do que isso porque, em 2007, o governo aumentou fortemente os gastos correntes, apropriando-se de grande parte do ganho de arrecadação. (Valor Econômico - 21.01.2008) 3 Governo quer arrecadação mais eficiente sem aumentar imposto, diz
Lula 4 Copom realiza primeira reunião de 2008, sob ameaça de recessão nos EUA O Copom do BC
realiza dia 22 e 23, a reunião para avaliação da conjuntura econômica,
interna e externa, e para definir os rumos da Selic porque remunera os
títulos depositados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. A
taxa Selic em vigor, de 11,25% ao ano, é mantida há um semestre, e os
analistas de mercado ouvidos na última pesquisa do BC (dia 11 deste mês)
estimam que o Copom não vai mexer no índice. Mas, em virtude da turbulência
financeira no mercado norte-americano, no decorrer desta semana, começam
a aparecer defensores de ligeira elevação dos juros. É o caso, por exemplo,
do economista Istvan Kasznar, conselheiro da Acrefi, que advoga uma possível
elevação de 0,25 ponto percentual, que seria, segundo ele, "um pequeno
aperto monetário para cortar, na raiz, o indesejável repique da inflação".
(DCI - 20.01.2008) 5 Sem imposto, Banco Central tem espaço para cortar juros Na sua primeira
reunião de 2008, que começa amanhã, Copom do BC terá espaço para reduzir
a Selic em até 0,93 ponto percentual - dos atuais 11,25% para 10,32%.
O DCI teve acesso a tópicos do estudo CPMF, Transparência do BC e Taxa
de Juros, no qual o departamento econômico da Fiesp justifica o corte
com base na compensação dos recursos da extinta CPMF, que deixaram de
ser recolhidos por aplicadores em títulos públicos brasileiros remunerados
pela Selic. O documento, que será divulgado hoje, tem por objetivo cobrar
maior transparência do Copom nas discussões sobre o impacto do fim da
cobrança do imposto do cheque e seus efeitos sobre a política monetária.
(DCI - 21.01.2008) 6 Gasto com seguro-desemprego bate recorde em 2007 O gasto do governo federal com o pagamento do seguro-desemprego bateu recorde em 2007, quando cresceu 21%. O resultado representa um valor de R$ 12,5 bilhões, o maior da história. Ao total, 6 milhões de pessoas receberam o benefício. Essa alta ocorreu apesar do aumento na criação de vagas formais de trabalho. Segundo o governo, a rotatividade da mão-de-obra eleva a despesa com o seguro-desemprego. (Zero Hora - 21.01.2008) 7 Inadimplência dos consumidores sobe 1,7% em 2007, aponta Serasa
8 Mão-de-obra trava investimento de múlti Falta mão-de-obra
qualificada no Brasil, principalmente engenheiros, o que emperra o investimento
de multinacionais com filiais no país. Essa é a conclusão de um estudo
de pesquisadores da Unicamp, USP, Unesp e PUC-MG, que contou com o apoio
da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e da
Secretaria Estadual de Desenvolvimento paulista.O projeto, que durou dois
anos e terminou em setembro, visou identificar entraves para o investimento
de multinacionais no país, sobretudo em pesquisa e desenvolvimento.Em
uma etapa, 81,7% das 88 filiais das maiores multinacionais no país responderam
considerar que "a escassez de mão-de-obra qualificada será um fator crítico
ou muito importante nos próximos cinco anos". (Reuters - 21.01.2008) 9 Pesquisa do BC mostra todos os indicadores de inflação em alta Pesquisa realizada
na última sexta-feira pelo BC com uma centena de analistas de mercado
mostra que a tendência da inflação é de alta, tanto no varejo quanto no
atacado.A perspectiva do IPCA deste mês foi elevada de 0,53% para 0,58%
e a projeção de inflação de 2008, de 4,29% para 4,37%. A expectativa média
dos analistas de mercado e de instituições financeiras é de que o IPCA
de fevereiro fique um pouco abaixo do de janeiro, na casa de 0,50%, em
virtude do maior peso dos gastos das famílias com matrículas e material
escolar, neste mês. O IPC-Fipe, que mede a variação do varejo na capital
paulista, também teve projeção de alta: 4,01% para 4,07%. (Agencia Brasil
21.01.2008) 10 Inflação dá sinais de arrefecimento Dois indicadores
de preços divulgados na sexta-feira mostraram tendência de arrefecimento
da inflação. O IGP-10 de janeiro teve alta de 1,02%, um número razoavelmente
mais baixo que o 1,57% registrado em dezembro. O recuo do indicador se
deveu principalmente ao abrandamento das pressões cotações no atacado,
em especial dos produtos agrícolas. A inflação medida pelo IPC da Fipe
também deu sinais de perda de força na segunda medição do mês, ao ficar
em 0,71%. Na primeira quadrissemana de janeiro, o indicador, que mede
o comportamento da inflação na cidade de São Paulo, teve variação de 0,81%.
(Valor Econômico - 21.01.2008) O dólar comercial
abriu valorizado em relação ao fechamento de sexta-feira, a R$ 1,8190.
Perto das 9h40, a moeda subia 2,01%, negociada a R$ 1,8190 na compra e
a R$ 1,8210 na venda. No mercado futuro, os contratos de fevereiro negociados
na BMF aumentavam 1,87%, projetando a moeda a R$ 1,8121. Na sexta-feira
passada, o dólar comercial recuou 0,11%, a R$ 1,785 na venda. (Valor Online
- 21.01.2008)
Internacional 1 Única central elétrica de Gaza pára por falta de combustível A única central
elétrica da Faixa de Gaza, que fornece 30% do consumo no território palestino,
interrompeu suas atividades neste domingo por falta de combustível, provocada
pelo bloqueio imposto por Israel.Neste domingo, os moradores já haviam
começado a sofrer cortes de energia elétrica por causa do bloqueio. (Diário
do Grande ABC - 21.01.2008) 2 Zimbábue sofre apagão e fica sem serviços básicos Durante todo
o fim de semana, o Zimbábue ficou às escuras. O apagão fez com que serviços
básicos fossem comprometidos. A população ficou sem água, sem telefone,
lojas e hospitais foram fechados e todos os jornais não circularam. O
governo de Robert Mugabe não deu uma explicação oficial para o blecaute.
Cortes de energia e água acontecem diariamente no Zimbábue, mas raramente
em escala nacional. O Zimbábue importa 40% da eletricidade que consome
de países vizinhos. No início do ano, a HCB, empresa de energia elétrica
de Moçambique, anunciou cortes no fornecimento de eletricidade do país
por falta de pagamento. (O Estado de São Paulo 21.01.2008) 3 Cientistas debatem fontes renováveis de energia A primeira reunião do grupo de cientistas e especialistas internacionais criado pelo IPCC começa hoje (21) em Lubeck, na Alemanha. O objetivo é a elaboração de um relatório especial sobre fontes. Até sexta-feira (25), serão discutidos itens técnicos, socioeconômicos e ambientais de fontes como biomassa, energia solar, geotérmica, hidrelétrica e eólica, entre outras, bem como segurança e fontes de financiamento para a adoção dessas tecnologias. Também serão abordadas a capacidade de construção, transferência de conhecimentos e adaptação, utilização regional e barreiras de difusão. (Agencia Brasil 21.01.2008)
Biblioteca Virtual do SEE 1 ROSA, Luiz Pinguelli. Carta COPPE ao MME. Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2007. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
|
|