l IFE: nº 2.179 - 17
de dezembro de 2007 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE
A equipe do
IFE deseja um Natal feliz e um Ano de 2008 próspero e com muita energia,
muita. Agradecemos a sua atenção e o estímulo que recebemos para
sempre buscar novas informações, realizar nossos seminários e elaborar
os artigos em que buscamos entender a dinâmica deste complexo e importante
setor de infra-estrutura. Esperamos contar com sua leitura, receber críticas
e sugestões para continuar aperfeiçoando nosso trabalho. Regulação e Reestruturação do Setor 1 Abraceel quer 50% da energia para mercado livre no leilão de Jirau Para a Associação
Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica, o leilão de Santo
Antônio (RO, 3.150,4 MW) realizado esta semana foi positivo por trazer
a energia a um preço mais baixo e mostrar que o mercado livre é capaz
de ajudar na expansão do parque gerador. Por isso, a Abraceel defende
que no leilão de Jirau (3.300 MW), programado para maio, o governo permita
que 50% da energia seja destinada ao mercado livre. Paulo Pedrosa, presidente
da Abraceel, pediu ainda que as comercializadoras possam entrar no leilão
comprando a energia dedicada ao mercado livre. Ele não acredita que o
preço da energia baixe nos próximos anos a ponto de comprometer a existência
do mercado livre. "Antes da entrada do Madeira em 2012, o mercado será
influenciado pelas térmicas a óleo, que venceram os últimos leilões. A
energia do Madeira vai entrar aos poucos", analisa. (Agência Canal Energia
- 17.12.2007) 2 Anace não acredita em riscos para o mercado livre O resultado
do leilão de Santo Antônio (RO-3.150,4 MW) e a descontratação de energia
nos próximos anos fizeram muitos analistas e agentes alertarem para perigos
que ameaçariam a existência do mercado livre. Mas essa visão catastrofista
não é seguida com a Associação Nacional dos Consumidores de Energia. A
entidade, que reúne cerca de 20 grandes consumidores com atuação nos mercados
livre e cativo, vê, ao contrário, chances de crescimento com a energia
incentivada e a possibilidade de contratação de energia em novos empreendimentos
no formato feito para a primeira usina do rio Madeira. (Agência Canal
Energia - 17.12.2007) 3 Indígenas querem frear o Madeira Representantes
de organizações indígenas de departamentos bolivianos solicitarão que
o presidente Evo Morales intervenha na construção das usinas do Complexo
do Rio Madeira (6.450 MW). A solicitação de paralisação do projeto deverá
ser feita na próxima reunião do presidente brasileiro ao país. De acordo
com as organizações, não houve consulta prévia às populações atingidas
no país vizinhos sobre a construção das usinas Os movimentos indígenas
e camponeses dizem que, apesar de terem solicitado medidas cautelares
à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Convenção Americana de
Direitos Humanos, Protocolo de São Salvador e princípios elementares do
Direito Internacional para evitar a construção das represas, o Brasil
pretende continuar com o projeto. O executivo da Federação Sindical de
Trabalhadores Camponeses de Pando (FSTCP), Manuel Lima, explicou que a
demanda foi apresentada aos organismos internacionais porque o governo
boliviano não assumiu seu papel de defender a soberania nacional e zelar
pelo meio ambiente. (Brasil Energia - 17.12.2007) 4 Aprovada na Câmara, tarifa social de energia só
deverá ir ao Senado em 2008 5 Distribuidoras poderão repassar custos do Programa Luz para Todos aos consumidores As distribuidoras
poderão repassar aos consumidores os custos da universalização do acesso
à energia na área rural, por meio do Programa Luz para Todos. A transferência
foi aprovada pela Aneel, que vai considerar os investimentos realizados
e os custos operacionais envolvidos na inclusão de unidades consumidoras.
Além das despesas, também é levada em consideração a receita obtida com
as unidades consumidoras atendidas pelo Programa Luz Para Todos, descontada
taxa de inadimplência de 0,5% do faturamento bruto. O impacto tarifário,
no entanto, para os consumidores será limitado a 8%. O texto final do
regulamento que estabelece os critérios de ressarcimento às distribuidoras
é resultante das contribuições incorporadas em processo de audiência pública
realizado pela Aneel entre abril e maio deste ano. Segundo a reguladora,
o ressarcimento levará em conta apenas as obras concluídas e o número
de unidades consumidoras atendidas até a data do reajuste anual ou da
revisão tarifária periódica das distribuidoras. (Brasil Energia - 17.12.2007)
A criação de
dois indicadores de qualidade da distribuição de energia será posto em
audiência pública pela Aneel. Os novos indicadores Duração Equivalente
de Atendimento à Reclamação do Consumidor (DEA) e Freqüência Equivalente
de Atendimento à Reclamação do Consumidor (FEA) medirão o tempo médio
de solução e a quantidade das reclamações de cada mil consumidores, respectivamente.
As concessionárias deverão submeter-se às metas estabelecidas ou poderão
ser punidas em caso de descumprimento. A resolução 382/1998 também prevê
alterações na classificação das ocorrências de clientes. A proposta complementa
as regras de qualidade existentes como os idicadores DEC, FEC, DIC e FIC,
que representam a quantidade e a freqüência de interrupções no fornecimento
de energia por conjunto e por unidade consumidora. (Brasil Energia - 17.12.2007)
7 Em Sobradinho, povoados ficam sem água O esvaziamento rápido da barragem de Sobradinho, na Bahia, que obrigou o governo a acionar termelétricas a óleo no Nordeste, está causando transtornos nos municípios em volta do reservatório. "A situação é caótica", disse ao Valor Welton Luiz Costa Rocha, vice-prefeito de Sento Sé e coordenador do Fórum de Desenvolvimento Integrado do Entorno do Lago de Sobradinho. Segundo ele, a queda rápida do nível da barragem, que estava praticamente na cota máxima em abril deste ano, deveu-se ao uso intensivo da água para geração de energia elétrica. Rocha acusa a Chesf e o ONS de terem mantido ao longo de todo o ano a vazão da barragem em volume superior a 2 mil metros cúbicos para permitir a manutenção de uma carga elevada nas hidrelétricas de Sobradinho, Itaparica (Luiz Gonzaga), Paulo Afonso I, II, III e IV e Xingó, todas instaladas a partir da barragem. Com o esvaziamento rápido de Sobradinho, segundo o vice-prefeito, grande parte das cidades e povoações em volta do lago está sendo abastecida precariamente com carros-pipas ou captando uma água de má qualidade porque suas tubulações não chegam à corrente do rio, onde está a água mais pura. (Valor Econômico - 17.12.2007) 8 Artigo estima maior crescimento do
PIB 9 UFRJ firmará convênio com UNISC A UFRJ, através
do GESEL - Grupo de Estudos do Setor Elétrico, e a UNISC - através do
CESPPASE - Centro de Estudos Sobre Serviços E Políticas Públicas Alternativas
Para o Setor Elétrico, do curso de mestrado de direito, estão negociando
os termos de um importante convênio para integrar as áreas de estudo de
economia e direito sobre o setor elétrico. O convênio buscará assim criar
sinergia entre e as duas equipes, conforme ressaltou o Prof. Rogério Leal
da UNISC. Já está sendo elaborado um programa de trabalho com atividades
de seminários e cursos que serão realizados em Santa Cruz a partir de
março de 2008 (GESEL-IE-UFRJ - 17.12.2007)
Empresas 1 Cosern aprova emissão de até R$ 179 mi em debêntures O conselho administrativo
da Cosern (RN) aprovou na última quarta-feira, 12 de dezembro, a distribuição
pública de até 17.900 debêntures simples, com valor nominal unitário de
R$ 10 mil, totalizando uma emissão de R$ 179 milhões. A data de emissão
das debêntures será 1º de dezembro de 2007, segundo comunicado da companhia
ao mercado financeiro. (Agência Canal Energia - 17.12.2007) 2 Transmissoras pagam R$ 46,5 mi em encargos As empresas de transmissão vão recolher R$ 46,510 milhões para o pagamento de três encargos: CDE, CCC e Conta Proinfa. As contas de Consumo de Combustíveis e de Desenvolvimento Energéticos, referentes a outubro, deverão ser quitadas até o dia 30 de dezembro. A CCC tomará R$ 24,859 milhões e a CDE, mais R$ 11,632 milhões, segiundo a Aneel. (Agência Canal Energia - 17.12.2007) 3 Eletrosul estuda disputar Jirau e LTs do Madeira Após perder
a disputa do leilão de Santo Antônio (RO, 3.150 MW) para o consórcio Madeira
Energia, a Eletrosul, que formava parceria com a Suez Energy, planeja
participar dos leilões de Jirau e de linhas de transmissão do Rio Madeira,
previstos para acontecer em maio de 2008 e no segundo semestre do mesmo
ano, respectivamente. (Agência Canal Energia - 17.12.2007) 4 Coelba estabelece regras de resgate de debêntures
da quinta emissão 5 Celesc: projeção de mercado leva distribuidora a liderar contratações de Santo Companhia que
fez a maior compra de energia no leilão de Santo Antônio (RO, 3.150 MW),
a Celesc Distribuição (SC) está se preparando para uma possível elevação
na demanda de energia em algumas das regiões do estado. Segundo o diretor
comercial da Celesc-D, Carlos Alberto Martins, a companhia contratou 33
milhões de MWh. (Agência Canal Energia - 17.12.2007) 6 Comerc: faturamento cresce 50% em 2007 A Comerc concluiu
este ano o processo de reorganização para focar melhor seus dois principais
negócios: gestão e comercialização. O grupo tem agora a Comerc Energia
e a Comerc Comercializadora. O objetivo das mudanças foi evitar qualquer
conflito de interesse entre as duas áreas. (Agência Canal Energia - 17.12.2007)
7 Após ganhar usina Santo Antonio, Furnas prepara novas expansões A hidrelétrica
Santo Antônio, no rio Madeira, vai aumentar em 25% a participação de Furnas
no mercado brasileiro de geração, mas isso é ainda pouco para a companhia,
avalia o novo presidente da estatal, o arquiteto Luiz Paulo Conde. Ele
diz que quer mais. "Vamos entrar em várias usinas, em tudo que aparecer.
Não necessariamente com a configuração atual", disse ele. (Valor Econômico
- 17.12.2007) 8 CEEE reforça sistema em Torres A CEEE irá desligar a linha de transmissão de Torres, de 69 kV, durante dois dias da próxima semana para as obras de individualização de três novas linhas de transmissão. O projeto demandará R$ 1 milhão em investimentos e reforçará o sistema de energia na região, evitando o desligamento das subestações da companhia. (Brasil Energia - 17.12.2007) No pregão do dia 14-12-2007, o IBOVESPA fechou a 62.444,97 pontos, representando uma baixa de 0,66% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 6,04 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,12% fechando a 16.623,08 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 23,45 ON e R$ 23,16 PNB, baixa de 3,46% e 3,30%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 17-12-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 24,00 as ações ON,e R$ 23,95 as ações PNB. (Investshop - 17.12.2007) A Aneel aprovou
esta semana as tarifas básicas para oito cooperativas de eletrificação
rural em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Segundo a Aneel, as tarifas serão aplicadas aos consumidores após enquadramento
como permissionárias e a assinatura dos respectivos contratos. As tarifas,
com base em 31 de dezembro de 2003, ainda serão atualizadas pelo IGP-M.
(Agência Canal Energia - 17.12.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Brasil ultrapassa potência instalada de 100 mil MW O Brasil
rompeu a barreira dos 100 mil MW de potência instalada neste mês de dezembro.
Segundo a Aneel, o país tem agora 100,3 mil MW instalados em fonte hidráulica,
térmica, eólica e solar. Somente em 2007 entraram em funcionamento usinas
que somam 3.164,4 MW de potência, dos quais 2.215 MW são de hidrelétricas,
758,7 MW de térmicas e 190,7 MW de pequenas centrais hidrelétricas. Entre
as hidrelétricas, a usina de Tucuruí ganhou mais 750 MW com a entrada
em operação de duas máquinas e Campos Novos passou a operar com três turbinas
totalizando 880 MW. A maior agregação térmica foi a entrada de três máquinas
da usina Governador Leonel Brizola que somaram 372 MW. As térmicas a biomassa
adicionaram ao parque gerador brasileiro mais 115,8 MW. (Agência Canal
Energia - 17.12.2007) 2 Nordeste receberá energia extra por causa da seca A partir de amanhã (15), mil MW de energia do Sudeste e do Centro-Oeste e da Hidrelétrica de Tucuruí (PA) serão transferidos diariamente para o Nordeste, para economizar água dos reservatórios da região, que tiveram os níveis reduzidos por causa da seca. O reservatório de Sobradinho (BA), por exemplo, está com apenas 12,7% de água. O ONS considera a medida preventiva. Segundo informações da assessoria de comunicação, a transferência não deve ser considerada como caso de emergência. O processo de deslocamento de energia de uma região para outra é considerado normal, de acordo com o ONS. (Agência Brasil - 17.12.2007) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 15/12/2007 a 21/12/2007. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Petrobrás fecha acordo e paga extra à Bolívia A Petrobrás deve pagar US$ 160 milhões anuais pelos líquidos extraídos junto ao gás natural que importa da Bolívia. O aumento do preço pago aos bolivianos pelo gás foi acertado em encontro entre os presidentes dos dois países no início do ano, mas ainda não havia sido detalhado. O assunto fará parte da série de acordos que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva firmará com seu colega Evo Morales em visita à Bolívia. O principal tema da pauta é a retomada dos investimentos da Petrobrás na Bolívia. O aumento do preço do gás é reivindicação antiga da Bolívia, sob a alegação de que a Petrobrás vem pagando preço de "gás pobre" por frações nobres do combustível, como o etano, matéria-prima da indústria petroquímica, o GLP, o gás de cozinha, e a gasolina natural. Por falta de instalações para separar os componentes, eles são enviados junto ao gás natural ao Brasil. (O Estado de São Paulo - 16.12.2007) 2 RS quer explorar mais o carvão O secretário
de Infra-Estrutura e Logística do Rio Grande do Sul, Daniel Andrade, disse
a empresários e especialistas do setor elétrico nesta quinta-feira (13/12)
que as reservas gaúchas de carvão justificam mais investimentos na construção
de térmicas no estado, além das três termelétricas em operação e quatro
ainda previstas. "Com controle cada vez mais eficaz da tecnologia sobre
a poluição ambiental, o carvão mineral se torna opção para o Rio Grande
do Sul aumentar a capacidade de geração de energia elétrica", disse, acrescentando
que a reserva gaúcha da matéria-prima, suficiente para 200 anos, chega
a 28,53 bilhões de toneladas, equivalente a 90% do total brasileiro. (Brasil
Energia - 17.12.2007) 3 Térmica São Domingos coloca 6 MW em operação A térmica São
Domingos iniciou operação comercial da segunda unidade geradora na última
quinta-feira, 13 de dezembro, segundo despacho da Agência Nacional de
Energia Elétrica publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira,
14. A turbina tem capacidade instalada de 6 MW. A térmica a biomassa pertence
a Usina São Domingos Açúcar e Álcool, localizada em Catanduvas, no estado
de São Paulo. (Agência Canal Energia - 17.12.2007) 4 Abraceel manifesta preocupação com despacho de térmicas no Nordeste A Associação
Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica manifestou preocupação
nesta sexta-feira, 14 de dezembro, com as medidas adotadas pelo Comitê
de Monitoramento do Sistema Elétrico para manter os níveis dos reservatórios
da região Nordeste. A entidade teme que o despacho de térmicas a gás natural
e óleo diesel e o aumento do intercâmbio impacte a formação de preço da
energia. Segundo Paulo Pedrosa, presidente da Abraceel, a intervenção
do CMSE não é previsível o que pode aumentar as incertezas sobre o preço.
"Os agentes hoje já convivem com as grandes incertezas do mecanismo de
formação de preços e com a adoção da CAR. Uma segurança adicional a partir
de decisões do CMSE não deveria impactar o mercado", afirmou Pedrosa,
que espera que seja editada uma resolução ou portaria disciplinando o
tratamento dos custos do despacho das térmicas. Ainda segundo a Abraceel,
caso os agentes de mercado tenham que precificar este tipo de incerteza
nas próximas contratações, particularmente nos leilões de expansão, os
preços da energia subiriam e os investimentos no setor seriam desestimulados.
Ele sugeriu que o ONS apresente os estudos elaborados que serviram de
base para esta tomada de decisão. Ele lembrou que durante a audiência
pública 47/2007 da Aneel diversas associações e agentes defenderam que
o despacho de térmicas em nome da segurança não seja considerado na formação
do PLD. (Agência Canal Energia - 17.12.2007) 5 Brenco inaugura segundo pólo de usinas de álcool e energia A Brenco (Companhia Brasileira de Energia Renovável), que é comandada por Henri Philippe Reichstul, ex-presidente da Petrobras, inaugura na próxima quinta, no município de Parnaíba, no Mato Grosso do Sul, o seu segundo pólo de usinas de álcool e energia elétrica na região Centro-Sul do Brasil.O investimento no segundo pólo soma R$ 1,2 bilhão e serão construídas três usinas com capacidade para processar 10 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e para produzir aproximadamente 900 milhões de litros de álcool anidro por safra e de 132 MW de potência instalada excedente.O início das operações das usinas está previsto para acontecer em 2010. Criada em maio deste ano, a Brenco tem planos de investir US$ 3 bilhões até 2012 em três pólos e 13usinas de álcool e energia elétrica. Quando foi lançada, o plano era investir US$ 2,2 bilhões. O grupo Semco e o Tarpon All Equities, um fundo de investimento administrado pela Tarpon Investimentos,também são grandes acionistas. (Folha de São Paulo - 16.12.2007)
Economia Brasileira 1 Crescimento tira milhões das classes D e E Nos últimos cinco anos e com forte aceleração a partir de meados de 2006, cerca de 20 milhões de brasileiros com mais de 16 anos migraram para a classe C. Eles vieram, em sua grande maioria, da classe D/E. Os números são resultado de pesquisas Datafolha. Nos últimos cinco anos, a classe D/E encolheu de 46% do total da população para 26%. Já a C cresceu de 32% para 49%. A classe A/B manteve-se praticamente estável. Seu tamanho oscilou de 20% para 23% do total da população. Para o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, "o movimento de ascensão da classe D/E deve continuar, muito apoiado na ampliação da oferta de crédito no comércio e no crescimento econômico". A aceleração da transição de membros da classe D/E para a C sugere que, se em um primeiro momento foram os programas sociais e previdenciários os responsáveis pela melhora de vida dos mais pobres, agora é o crescimento econômico que empurra os brasileiros para uma situação mais confortável. (Folha de São Paulo - 16.12.2007) 2 PIB forte deixa setor elétrico em alerta O robusto desempenho da economia no terceiro trimestre reacendeu o sinal de alerta no setor elétrico brasileiro. Embora o governo afaste qualquer risco de um novo racionamento, especialistas avaliam que o País passará apertado nos próximos quatro anos. "O crescimento maior vai elevar a tensão no setor", avalia o professor da USP José Goldemberg. Além do comportamento da atividade econômica, dois outros importantes fatores vão determinar o nível de risco do sistema elétrico daqui em diante: o nível de chuvas e o cumprimento do Termo de Compromisso da Petrobrás para o fornecimento de gás para as termoelétricas. Um deles - o crescimento da economia - já está fora até mesmo das previsões do governo. (O Estado de São Paulo - 16.12.2007) 3 Indústria inicia 2008 sem pé no freio 4 Faltam R$ 25 bilhões para cobrir perdas A União precisaria
de imediato de R$ 25 bilhões para cobrir a perda de R$ 40 bilhões que
seriam arrecadados com a CPMF, pois R$ 15 bilhões já são garantidos pelo
aumento da arrecadação tributária, com outros impostos, em decorrência
do aquecimento econômico que eleva os preços dos produtos. (Gazeta Mercantil
- 17.12.2007) 5 Mantega leva a Lula alternativas à CPMF O ministro da
Fazenda, Guido Mantega, apresenta hoje ao presidente Luiz Inácio Lula
da Silva um pacote de medidas para compensar o fim da cobrança da CPMF.
Ontem o presidente desautorizou, pelo segundo dia consecutivo, seu ministro
da Fazenda pela proposta um imposto permanente para a Saúde com base em
movimentação financeira, a ser criado por medida provisória com uma alíquota
de 0,20%. "Ele vai ter de me convencer da necessidade disso. Ele falou
para vocês, agora vai ter de colocar na minha mesa e eu vou decidir se
vamos ou não vamos, se precisamos ou não precisamos", disse ontem o presidente
ao deixar a sede do PT, em Brasília, onde participou da eleição interna
para a escolha da nova direção do partido. "Quero ver todas as contas.
Trabalho com a expectativa de que se a economia crescer mais nós vamos
arrecadar mais. Não existe nenhuma razão para que alguém faça alguma loucura
de tentar aumentar a carga tributária, de forma que nós vamos encontrar
a saída. Eu estou tranqüilo de que o país vive um momento bom e, portanto,
o governo precisa entender que o momento é mais de reflexão do que de
reação", disse. (Valor Econômico - 17.12.2007) 6 BNDES cria linha de crédito para importação de máquinas O presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei), Thomas Lee, disse sexta-feira que o BNDES atendeu à reivindicação do setor e deverá abrir uma linha de financiamento à importação de máquinas sem similares nacionais. A decisão já foi confirmada à entidade e deverá ser oficializada ainda no primeiro bimestre de 2008. De acordo com Lee, a nova linha deverá ter características semelhantes ao Finame, programa de financiamentos para a produção e comercialização de máquinas e equipamentos novos de fabricação nacional. A principal diferença será a moeda utilizada pela BNDES: ao invés de recursos em real, a instituição de fomento trabalhará com uma cesta de moedas, entre as quais o euro e o franco suíço. (Gazeta Mercantil - 17.12.2007) 7 Bancos oferecem créditos especiais para clientes 8 Ritmo forte da economia traz preocupação ao BC Impulsionada
pela alta do consumo e dos investimentos, a economia cresceu de forma
vigorosa no terceiro trimestre, registrando avanço de 5,7% em relação
ao mesmo período de 2006. Os números indicam que o PIB, depois de um longo
recesso, voltou a se expandir a uma taxa anual superior a 5%. A boa notícia
é que o país entrará em 2008 embalado, podendo repetir os bons resultados
de 2007. O que justifica o otimismo são indicadores como a FBCF, que mede
os investimentos das empresas na compra de máquinas e equipamentos. Entre
julho e setembro, a FBCF cresceu 14,4% em relação ao mesmo trimestre do
ano passado. Foi a maior expansão desde que o IBGE começou a apurar a
série, em 1996. Mais importante: essa foi a décima quinta alta trimestral
consecutiva. (Valor Econômico - 17.12.2007) 9 Produtividade na indústria acelera e tem avanço de 4,2% A produtividade
na indústria de transformação se acelerou neste ano. De janeiro a outubro,
ela cresceu 4,2% em relação ao mesmo período de 2006. Nos dois anos anteriores,
a expansão tinha sido bem mais modesta: 2,1% em 2005 e 2,5% em 2006. Outra
boa notícia é que o salto da produtividade neste ano manteve a tendência
de elevação simultânea de produção e do emprego, combinação que vigora
desde 2004. Segundo analistas, a alta forte do investimento desde o ano
passado é uma das principais responsáveis pelo aumento de eficiência da
indústria de transformação. A expectativa é de que a produtividade siga
em expansão firme no próximo ano, num cenário em que a economia deve continuar
a crescer com força, estimulando o investimento. (Valor Econômico - 17.12.2007)
10 Importação de bens de capital é generalizada Praticamente
todos os setores da economia brasileira estão aproveitando o dólar barato
para importar máquinas e equipamentos e se modernizar. De 38 setores analisados,
apenas três - rodoviário, vidro e naval - reduziram sua compras de bem
de capital no exterior de janeiro a outubro deste ano em relação com igual
período em 2006, conforme levantamento da Associação Brasileira de Máquinas
e Equipamentos (Abimaq). Essa importação generalizada, avaliam os economistas,
é um bom sinal para a oferta futura de bens industriais no país, pois
revela que o investimento produtivo não está concentrado em pouco setores.
"As importações de máquinas e equipamentos estão bem espalhadas pela economia.
As indústrias atendem as exigências do processo de esgotamento da capacidade
produtiva local", diz Claudio Considera, professor da UFF. O professor
da Unesp, Eduardo Strachman, ressalta que as importações de equipamentos
pesados, que são feitos sob encomenda, aumentaram 29%, abaixo da média
geral de 31,8%. Os bens de capital seriados - máquinas produzidas em série
e que atendem a diversos setores - crescem mais. (Valor Econômico - 17.12.2007)
11 Mercado eleva previsões de expansão do PIB e inflação em 2007 O mercado financeiro
elevou seus prognósticos para o crescimento econômico e para a inflação
do Brasil neste ano e no próximo, segundo o relatório Focus do Banco Central,
divulgado nesta segunda-feira. A estimativa para o avanço do PIB em 2007
foi revista de 4,71% na semana anterior para 5,06. A previsão para a inflação
IPCA aumentou de 4,10% na semana passada para 4,21% nesta. (Reuters -
17.12.2007) 12 Alimentos sobem mais e inflação pelo IPC-S acelera na 2a prévia O IPC-S registrou
alta de 0,68% na segunda leitura de dezembro, ante avanço de 0,54% na
primeira, informou a FGV nesta segunda-feira. "Esta foi a quarta aceleração
consecutiva do IPC-S, que registrou a maior taxa desde a primeira semana
de fevereiro, quando o índice variou 0,72%", informou a FGV em comunicado.
A maior contribuição para a alta do IPC-S veio do grupo Alimentação, cujos
preços subiram 1,83 por cento, ante alta de 1,48% na leitura anterior.
(Reuters - 17.12.2007) O dólar comercial
sobe no começo dos negócios nesta segunda-feira. Há pouco, a moeda estava
a R$ 1,807 na compra e a R$ 1,809 na venda, com acréscimo de 0,66%. Na
abertura, marcou R$ 1,809. No mercado futuro, os contratos de janeiro
negociados na BMF registravam aumento de 0,66%, a R$ 1,809. Na sexta-feira,
o dólar comercial fechou com ganho de 0,78%, a R$ 1,795 na compra e R$
1,797 na venda. (Valor Online - 17.12.2007)
Internacional 1 Rússia entrega ao Irã 1o carregamento A Rússia anunciou
na segunda-feira que entregou o primeiro carregamento de combustível nuclear
para a usina atômica iraniana de Bushehr, algo que potências ocidentais
haviam tentado convencer Moscou a não fazer. Antecipando-se a críticas,
o Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que Teerã deu garantias
de que o combustível mandado para Bushehr não será usado para outras finalidades.
(Reuters - 17.12.2007)
Biblioteca Virtual do SEE 1 LEMGRUBER, Antonio Carlos. Brasil, macroeconomia e política. São Paulo, Folha de São Paulo, 15.12.2007 Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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