l IFE: nº 2.175 - 11
de dezembro de 2007 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Consórcio da Odebrecht vence leilão do Madeira com um deságio de 35% Com uma
oferta inesperadamente baixa - R$ 78,90 o MWh - em relação ao preço teto
de R$ 122,00, o consórcio liderado pela Odebrecht e Furnas tirou os concorrentes
do páreo em poucos minutos e venceu ontem o leilão para erguer no Rio
Madeira a hidrelétrica de Santo Antonio. Compõem ainda o consórcio a Andrade
Gutierrez Participações, a Cemig e um fundo financeiro formado por Santander
e Banif. Da energia a ser gerada, 3,15 mil MW, 70% serão destinados ao
mercado cativo das distribuidoras. Os 30% restantes poderão ser vendidos
no mercado livre. Isso permitiu baixar a tarifa final para R$ 78,87, como
era previsto pelas regras do edital. As 31 distribuidoras - mercado cativo
- que participaram do leilão - pagarão R$ 32,18 bilhões pela energia da
hidrelétrica em valores de hoje. O cálculo considera a tarifa e a quantidade
de energia assegurada ao longo da duração do projeto, sem incluir a energia
que será vendida no mercado livre. A configuração final do grupo vencedor
pode mudar com a entrada dos fundos de pensão Funcef (dos funcionários
da Caixa Econômica Federal) e Petros (Petrobras). (Valor Econômico - 11.12.2007)
2 GESEL: redução de preço muda o paradigma Para o professor
Nivalde de Castro, coordenador do GESEL (Grupo de Estudos do Setor Elétrico),
da UFRJ, a redução de preço é uma boa surpresa e muda o paradigma: "Se
esse preço não fosse factível, eles não o colocariam, o que mostra que
o valor da energia da Amazônia pode ser bem inferior ao que todos imaginavam
(o temor era devido à distância e a custos ambientais)". Para ele, o resultado
indica uma modicidade tarifária muito firme para o setor elétrico, já
que o preço da energia será mais baixo do que os praticados no leilão
de energia velha. Segundo o professor, o que possibilitou um deságio nessas
proporções foi a parcela de 30% que será vendida no mercado livre. "Com
certeza, o mercado livre vai pagar um preço mais alto pela energia de
Santo Antônio do que os R$ 78,87/MWh definidos para o mercado cativo".
O professor disse que o preço da energia de Jirau deverá ser igual ou
menor do que Santo Antônio. "O projeto de Jirau é muito similar ao de
Santo Antônio e, por isso, não tem motivo para ser maior. Além do mais,
o consórcio Madeira Energia será o favorito na disputa por Jirau, pois
terá economia de escala ao construir duas usinas", explicou. (O Globo
e Agência Canal Energia - 11.12.2007) 3 Hubner: resultado de leilão foi "surpreendente" O ministro
interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, disse ter se surpreendido
e admitiu que o preço final foi muito menor que a aposta mais otimista
entre os apostadores de um "bolão" organizado no MME. Hubner disse que
sua aposta no "bolão" do MME era de um preço pouco abaixo de R$ 100,00.
"Isso (o resultado) mostra que não sabemos o preço da energia no país.
Conhecia-mos o preço dos equipamentos e de construção, mas não tínhamos
boas usinas colocadas em leilão. Esse preço vai colocar um monte de interrogações
para os projetos futuros", afirmou. Questionado sobre a viabilidade da
proposta vencedora, Hubner disse confiar plenamente em todos os concorrentes
que participaram do leilão. Para ele, não há motivos para temer pela má
execução das obras. (Valor Econômico e DCI - 11.12.2007) 4
Tolmasquim: marco do novo modelo do setor elétrico 5 Consórcio não descarta a possibilidade de o BNDES vir a ser sócio da usina De acordo
com o presidente do consórcio, Irineu Meirelles, está sendo negociada
a participação de fundos de pensão como Petros e Previ na composição acionária
do empreendimento. Meirelles também não descarta a possibilidade de o
BNDES vir a ser sócio da usina, por meio da BNDESpar. Para dar o lance
de R$ 78,9/MWh no leilão da hidrelétrica de Santo Antônio, Meirelles disse
que o consórcio tomou como base uma previsão de investimentos de R$ 10
bilhões. O valor é maior do que os R$ 9,5 bilhões previstos pela EPE,
mas bem abaixo das projeções iniciais, em que se falava que a usina custaria
R$ 12,5 bilhões. O percentual de financiamento deve ficar em 75%, via
BNDES. O consórcio já está negociando com consumidores livres a venda
de energia, correspondente aos 30% que não foram vendidos às distribuidoras,
num total de aproximadamente 618 MW médios. Segundo Meirelles, grandes
consumidores e autoprodutores estão interessados no negócio. O consórcio
estuda participar também da construção da linha de transmissão que vai
levar energia do Rio Madeira para o sistema interligado nacional, por
meio da LT Porto Velho-Araraquara, de 2.450 km de extensão. (Brasil Energia
- 10.12.2007) 6 Vale tem interesse em negociar A Vale do
Rio Doce está interessada em fechar um acordo com o consórcio Madeira
Energia, que construirá a hidrelétrica de Santo Antônio. A mineradora
tem interesse em usar parte da energia gerada pela usina para consumo
próprio. Do total de Santo Antônio, 30% poderão ser destinados ao mercado
livre. Em nota, a Vale afirmou que "está à disposição" para negociar com
o grupo vencedor. A Vale também avaliou o resultado do leilão: "A Vale
entende que a tarifa vencedora demonstra o sucesso do governo federal
na busca pela modicidade tarifária". A empresa confirmou que, no fim de
semana, tinha acertado acordo com o grupo da Camargo Corrêa, Chesf, CPFL
e Endesa. O acordo se tornaria efetivo caso o consórcio saísse vitorioso.
(Valor Econômico - 11.12.2007) 7 Presidente da Funcef: "se quiserem, estamos prontos para aderir ao consórcio" O presidente da Funcef, Guilherme Lacerda, disse ao Valor que já aprovou, com a Petros, a adesão ao consórcio com participação de 10% a 15% do capital próprio investido pelos sócios. "Se eles nos quiserem, estamos prontos para aderir ao consórcio vencedor", disse. Segundo Lacerda, a participação mais provável é de 10% e supondo-se que os investidores privados entrem com capital de R$ 3 bilhões - o restante seria financiado pelo BNDES - a Funcef pode ficar com R$ 300 milhões e a Petros com outros R$ 300 milhões. Ele explicou que os fundos foram procurados pelos três consórcios que disputaram a licença mas decidiram entrar só depois do leilão. Agora, o negócio interessa aos dois fundos de pensão. "Somos investidores estratégicos de longo prazo e temos folga para investir em renda variável", explicou Lacerda. (Valor Econômico - 11.12.2007) 8
Cemig: intenção de elevar sua participação no consórcio 9 Mantega diz que deságio muda cenário do setor O ministro
da Fazenda, Guido Mantega, disse que o deságio apresentado pelo consórcio
vencedor no leilão da hidrelétrica de Santo Antônio deve baratear o custo
da energia. Segundo ele, o deságio nesse leilão muda o cenário para as
próximas disputas no setor. "É um avanço porque sabemos que podemos ter
cada vez mais energia barata no país", afirma o ministro. De acordo com
Mantega, o valor de R$ 78,00 por MW hora estabelecido na disputa não deve
prejudicar investimentos futuros no setor, nem inibir outras empresas
de entrarem no mercado, porque a redução no preço da tarifa foi iniciativa
das próprias empresas. O ministro destacou que o leilão mostra que há
concorrência. "O bom é que a gente descobre quais são os verdadeiros patamares
de custo na economia." Mantega diz acreditar que as empresas estão mais
confiantes e considera que há um reconhecimento de que a economia está
indo "muito bem". (Folha de São Paulo - 11.12.2007) 10
Abdib: é viável investir no setor na região Norte 11 Consórcios derrotados não vão recorrer Representantes dos dois consórcios derrotados no leilão descartaram ontem a possibilidade de recorrerem da vitória do grupo liderado por Odebrecht e Furnas. Enquanto o resultado era anunciado, os demais concorrentes já cuidavam de esboçar a estratégia para disputar a segunda hidrelétrica do rio Madeira, com leilão previsto para maio de 2008. "O resultado foi legítimo", comentou Vitor Paranhos, representante da Suez Energy, multinacional que lidera o consórcio responsável pelo lance mais alto da disputa: R$ 98,05 por MWh. O consórcio liderado pela CPFL propôs R$ 94 por MWh, bem distante ainda do lance vencedor. "Eles foram mais agressivos", comentou logo após o anuncio do resultado Dilton da Conti, presidente da Chesf, estatal que se associou à CPFL e à empreiteira Camargo Corrêa. "O importante é que caiu a expectativa pessimista diante de grandes empreendimentos na Amazônia", completou, já de olho na hidrelétrica de Jirau. "Voltamos agora todos à estaca zero", disse. Segundo Conti, apesar do deságio apresentado pelo consórcio vencedor, Furnas e Odebrecht não levam vantagem antecipada no próximo leilão. O presidente da Chesf acredita que mudanças no projeto da usina de Santo Antônio viabilizem o preço apresentado pelo consórcio vencedor. "Ninguém faria nada de graça", concluiu Conti. (Folha de São Paulo - 11.12.2007) 12 Abiape: mercado livre vai ter que subsidiar o cativo Especialistas passaram o dia de ontem fazendo cálculos para tentar entender como os vencedores manterão sua margem de lucro com a tarifa que ofereceram. A saída mais provável é a cobrança de altos preços nos 30% de energia que a Santo Antonio poderá negociar no mercado livre de energia, onde estão os grandes consumidores, como siderúrgicas, mineradoras e fabricantes de papel. O preço de R$ 78,87 se aplica só aos 70% que serão destinados aos consumidores cativos, que são clientes das distribuidoras. "Vai haver um subsídio cruzado. O mercado livre vai ter que subsidiar o cativo", avaliou Mario Menel, presidente da Abiape (Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia Elétrica). "Isso é um tiro no pé da indústria", disse. A Abiape representa grupos como Alcoa, Vale, Gerdau, CSN e outros. (Folha de São Paulo - 11.12.2007) 13 Ambientalistas pretendem barrar projeto No que depender das organizações ambientais que atuam na região do Rio Madeira, a hidrelétrica de Santo Antônio não deverá sair com tanta facilidade do papel. Por enquanto, duas ações estão em trâmite na justiça e tentam impedir a validade do leilão realizado ontem. Uma foi enviada pelo Ministério Público de Rondônia e a outra, pela ONG Amigos da Terra. Esta última deverá ter um pedido de liminar julgado ainda nesta semana. Para Gustavo Pimentel, gerente da Amigos da Terra, um grande problema envolvendo o projeto foi a troca da diretoria do Ibama, ocorrida depois que o instituto soltou um parecer técnico, em março, contra a licença ambiental prévia para a usina. Glenn Switkes, diretor da ONG americana International Rivers para a América Latina, diz que o projeto do rio Madeira "é o pior caso de grande empreendimento realizado na Amazônia, feito contra pareceres de vários especialistas e técnicos da própria agência de proteção ambiental", também citando a troca da diretoria do Ibama. (Folha de São Paulo - 11.12.2007)
Empresas 1 Aneel aprova ciclo 2006/2007 do programa de P&D da Eletroacre A Aneel
aprovou o ciclo 2006/2007 do programa de pesquisa e desenvolvimento da
Eletroacre. A empresa deverá aplicar recursos no valor de R$ 472,425 mil,
o que representa 0,0034% da receita operacional líquida da estatal, que
ficou em R$ 140,539 milhões. A agência determinou ainda que sejam acrescidos
aos investimentos mínimos do programa de P&D para o ciclo 2007/2008 a
quantia de R$ 1,214 milhão e que o programa seja iniciado em 4 de fevereiro
de 2008 e tenha suas metas físicas atingidas em 3 de fevereiro de 2009.
A Aneel também aprovou o programa de P&D, ciclo 2006/2007, da empresa
Dona Francisca Energética, que deverá aplicar recursos no valor de R$
209,947 mil. A quantia equivale a 0,4364% da ROL, que chegou a R$ 48,107
milhões. Ainda ficou estabelecido que o programa seja iniciado e concluído
nas mesmas datas estipuladas para a Eletroacre. (Agência Canal Energia
- 11.12.2007) 2 Eletrobrás e a Bandeirante Energia: R$ 23 mi para o Reluz A Eletrobrás e a Bandeirante Energia assinam nesta quarta-feira (12/12) três contratos do programa Procel Reluz. As concessionárias pretendem melhorar a iluminação pública dos municípios de Taubaté, Suzano e Guarulhos, em São Paulo. O investimento será de R$ 23 milhões em projetos que começarão a ser executados em 2008. Os atuais pontos de iluminação pública serão substituídos por uma tecnologia mais moderna e eficiente. (Brasil Energia - 10.12.2007) No pregão
do dia 10-12-2007, o IBOVESPA fechou a 65.445,96 pontos, representando
uma baixa de 0,29% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
5,29 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização
de 0,66% fechando a 17.289,35 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o
seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 24,55 ON e R$ 24,51 PNB,
baixa de 5,18% e 3,50%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão
do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 11-12-2007 as ações da Eletrobrás
foram cotadas a R$ 24,69 as ações ON, alta de 0,57% em relação ao dia
anterior e R$ 24,60 as ações PNB, alta de 0,37% em relação ao dia anterior.
(Investshop - 11.12.2007)
Leilões 1 Abrate espera realização de até três leilões de transmissão em 2008 A Associação
Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica acredita
na realização de até três leilões de transmissão em 2008. Segundo o diretor-executivo
da Abrate, Cesar de Barros Pinto, o número de linhas existentes permite
a realização de pelo menos dois certames. "Podem ocorrer três leilões
de transmissão. Existe quantidade suficiente de linhas que justifica pelo
menos dois leilões no próximo ano", avaliou o executivo. Ele disse ainda
que são cerca de 30 linhas aptas para o processo e que novos empreendimentos
são disponibilizados todos os anos. Barros contou que a Abrate convidou
seis transmissoras a se juntar às oito empresas que fazem parte da entidade
desde a fundação há cerca de oito anos. A Eteo, Ate II, Terna Participações,
STN, Expansion e Transmissoras Brasileiras de Energia receberam convite
da associação, que ainda aguarda resposta. (Agência Canal Energia - 11.12.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 45,9% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 45,9%, sem
apresentar alteração significativa em relação à medição do dia 8 de dezembro.
A usina de Furnas atinge 57,1% de volume de capacidade. (ONS - 9.12.2007)
2 Sul: nível dos reservatórios está em 73,8% O nível de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,1% no nível de armazenamento em relação à medição do dia 8 de dezembro, com 73,8% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 79,8% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 9.12.2007) 3 NE apresenta 27,2% de capacidade armazenada Sem apresentar
alteração significativa em relação à medição do dia 8 de dezembro, o Nordeste
está com 27,2% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 12,8% de volume de capacidade. (ONS - 9.12.2007) 4 Norte tem 30,1% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 30,1% com variação de 0,2% em
relação à medição do dia 8 de dezembro. A usina de Tucuruí opera com 20,6%
do volume de armazenamento. (ONS - 9.12.2007)
Gás e Termoelétricas A Federação das Indústrias do Mato Grosso (Fiemt) notificou a presidência da República para uma solução sobre o corte do gás boliviano ao estado. Desde agosto a térmica Mário Covas (480 MW), da EPE, não opera por falta de gás natural. A entidade também pretende entrar com uma ação civil pública junto ao Ministério Público Federal (MPF) nesta segunda-feira (10/12) para incluir um representante do estado na próxima reunião entre os governos brasileiro e boliviano, prevista para ocorrer neste mês. O objetivo das ações é fazer com que a Bolívia cumpra o fornecimento firmado em contrato, que estará vigente até o fim de 2009. "O governo foi totalmente omisso em relação ao abastecimento de gás, em nenhum momento agiu em favor do Mato Grosso, por isso o inconformismo da Fiemt", disse o advogado da entidade, Victor Maizman. (Brasil Energia - 10.12.2007) 2 Energias renováveis: Petrobras investirá US$ 700 mi em pesquisas até 2011 A Petrobras
planeja investimentos de US$ 700 milhões em pesquisas em energias renováveis
e biocombustíveis até 2011. Segundo o consultor da Petrobras, Sócrates
José Silva, a meta de geração de energia nos projetos é de aproximadamente
240 MW, por meio de energia alternativa como eólica e solar, além de outras
fontes em pesquisa. "A Petrobras não quer ficar fora de outros tipos de
energia. Tudo o que é possível obter energia e que seja viável técnica
e economicamente faremos pesquisas", disse Silva. (Agência Canal Energia
- 11.12.2007) 3 Estatal pretende exportar urânio A Indústrias
Nucleares do Brasil espera obter o aval do governo para exportar urânio
como parte de um plano para quadruplicar a produção do material até 2011.
(Folha de São Paulo - 11.12.2007)
Grandes Consumidores 1 Decisão da disputa entre Vale e Cade será na próxima terça A 1ª Turma
do Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir somente na semana que vem
o recurso da Companhia Vale do Rio Doce contra a decisão do Conselho Administrativo
de Defesa Econômica (Cade) que lhe impôs restrições no mercado de minério
de ferro - a venda da Ferteco ou perda do excedente de minério produzido
pela mina Casa de Pedra. O caso estava previsto para ser analisado hoje.
(Valor Econômico - 11.12.2007)
Economia Brasileira 1 Indústria brasileira cresce 5,9% nos primeiros dez meses do ano, divulga IBGE A indústria brasileira fechou os dez primeiros meses do ano com crescimento acumulado de 5,9% - com expansão em todos os locais pesquisados, com exceção do Ceará, que registrou crescimento nulo (0,0%). Para a economista da coordenadoria de Indústria do IBGE, Denise Cordovil, o crescimento está ligado à demanda interna. "Ainda que as exportações continuem dando uma contribuição positiva, este crescimento da indústria de janeiro a outubro está diretamente associado à força da demanda interna. Alguns fatores que tem dado estímulos à atividade industrial este ano, como a ampliação do investimento, o aumento da oferta de crédito e a expansão da renda e do emprego têm contribuído para o avanço da produção nacional ao longo de 2007". (Folha de São Paulo - 11.12.2007) 2 Balança tem saldo comercial de US$ 761 mi A balança comercial brasileira apresentou na primeira semana de dezembro (dias 1 a 9) saldo positivo de US$ 761 milhões, com exportações de US$ 3,385 bilhões e importações de US$ 2,624 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento. No ano, o superávit comercial está em US$ 37,161 bilhões -queda de 11,2% na comparação com igual período de 2006. As exportações no período somam US$ 149,804 bilhões e as importações, US$ 112,643 bilhões, com crescimentos de 18,6% e 33,3%, respectivamente. O Ministério do Desenvolvimento tem uma meta de exportações de US$ 157 bilhões para este ano. (Folha de São Paulo - 11.12.2007) 3
Ritmo de crescimento das reservas internacionais será menor em 2008 4 Selic deve cair menos em 2008 O mercado
passou a acreditar num corte menor da taxa básica de juros da economia,
ao longo de 2008, após a última reunião do Copom do Banco Central. É o
que mostra a última pesquisa semanal de expectativas do BC junto a bancos
e empresas. Depois de ficar dez semanas estacionada em 10,25% ao ano,
a mediana das projeções para a Meta de Taxa Selic, ao final do próximo
ano, subiu para 10,5% anuais na nova pesquisa, cujo resultado foi divulgado
ontem. (Valor Econômico - 11.12.2007) 5 País pode manter crescimento de 5% ao ano até 2012, avaliam economistas O país tem
condições macroeconômicas de manter o seu ritmo de crescimento na faixa
de 5% até 2012, se as condições atuais de expansão de produção e demanda
se mantiverem e os investimentos em setor de bens de capital se consolidarem.
A conclusão é de economistas que participaram ontem de seminário realizado
pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP.
Régis Bonelli, pesquisador da Casa das Garças e do Instituto de Estudos
do Trabalho e Sociedade (Iets), prevê expansão crescente da produtividade
até 2012, saindo de 1,8% em 2007, para 1,83% em 2008, chegando a 2,4%
em 2012. Os motivos são a consolidação dos investimentos em capital (que
neste ano cresceram 10%) e o aumento do nível de ocupação (que cresceu
2,04% no ano). Ele também estima crescimento da poupança, que hoje representa
17,6% do PIB, para 22,5% em cinco anos. Esses fatores associados conduzirão
o PIB a um crescimento de 5,2% neste ano e de 4,7% em 2008, podendo chegar
a 5,48% até 2012. (Valor Econômico - 11.12.2007) 6 Mercado volta a elevar projeções para IPCA Analistas de mercado financeiro voltaram a alterar a estimativa de inflação. De acordo com o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, a inflação medida pelo IPCA deve chegar a 4,02% em 12 meses, ante 3,96% da previsão anterior. Para 2007, a projeção para o índice é de 4,10%, ante 3,96% da estimativa anterior. A previsão do IPCA para dezembro é de 0,40%, e para janeiro, de 0,41%. A projeção da inflação medida pelo IGP-DI da FGV para este ano é de 6,89%, diante de projeção anterior de 6,26%. Para o período de 12 meses, a estimativa subiu de 4,11% para 4,25%. Os analistas esperam que em dezembro esse índice chegue a 0,55% e em janeiro, a 0,40%. Para o IGP-M, a previsão para 12 meses ficou em 4,44% (ante 4,22% da pesquisa anterior) e para o fim do ano, em 6,37% (diante da última estimativa de 6,26%). Para os meses de dezembro e janeiro, a projeção ficou em 0,45% (Valor Econômico - 11.12.2007) 7
Inflação dobra na primeira semana de dezembro O dólar
comercial iniciou os negócios nesta terça-feira em baixa. Minutos atrás,
a moeda era cotada a R$ 1,760 na compra e a R$ 1,762 na venda, com queda
de 0,33%. Na abertura, marcou R$ 1,766. No mercado futuro, os contratos
de janeiro negociados na BMF cediam 0,28%, a R$ 1,764. Ontem, o dólar
comercial aumentou 0,39%, a R$ 1,766 na compra e R$ 1,768 na venda. (Valor
Online - 11.12.2007)
Internacional 1 CHINA: empresa investe US$ 400 mi em placas solares A Nantong
Qiangsheng Photovoltaic Technology Co Ltd (QS Solar), fabricante de uma
célula solar de silicone não cristalino, lançou um projeto de US$ 400
milhões. Este é o maior projeto do gênero na China e será desenvolvido
em três fases dentro de três anos. A primeira fase do projeto prevê a
construção de três fábricas com capacidade de produção de 25 MW, que terão
as atividades iniciadas na metade de 2008. Sha Xiaolin, presidente da
QS Solar, informou que a empresa investiu US$ 25 milhões na importação
da mais sofisticada linha de produção dos Estados Unidos para fabricar
os painéis solares de 25 MW. As outras duas fases, que custarão US$ 40
milhões, serão inauguradas também em 2008 a partir de investimentos de
instituições financeiras internacionais. A companhia informou que o seu
total de 12 fábricas terão capacidade para produzir 300 painéis solares
fotoelétricos de silicone não cristalino até 2009. (InvestNews - 11.12.2007)
2 Fontes renováveis somam investimentos de US$ 100 bi Os investimentos
anuais em energia renovável vão chegar à casa dos US$ 100 bilhões pela
primeira vez em 2007, de acordo com informações do relatório divulgado
no pela ONU. "Políticas para promover o uso de energia renovável cresceram
com grande rapidez em poucos anos", relatou no estudo a Rede de Políticas
de Energia Renovável, grupo que liga governos, indústrias e outros grupos.
A capacidade das energias renováveis totalizou 240 gigawatts em 2007,
excluindo grandes projetos hidrelétricos, e representou cerca de 6% da
geração energética mundial. "A fatia está aumentando", de acordo com o
relatório preliminar do grupo, apresentado nos bastidores da conferência
climática da ONU em Bali. O estudo não forneceu uma comparação geral com
2006, mas relatou que investimentos em novas capacidades de geração de
energia renovável aumentaram para US$ 66 bilhões em 2007 ante US$ 55 bilhões
em 2006 e US$ 39 bilhões em 2005. (Gazeta Mercantil - 11.12.2007) 3 Iberdrola tem autorização para comprar a Energy East Maior empresa elétrica da Espanha em valor de mercado, a Iberdrola já tem autorização da Comissão Federal de Energia dos Estados Unidos para comprar a Energy East. Anunciado em julho, o negócio, no valor de 3,4 bilhões, dependia da autorização do órgão regulador. (Gazeta Mercantil - 11.12.2007)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO |
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