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IFE: nº 2.175 - 11 de dezembro de 2007
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Consórcio da Odebrecht vence leilão do Madeira com um deságio de 35%
2 GESEL: redução de preço muda o paradigma
3 Hubner: resultado de leilão foi "surpreendente"
4 Tolmasquim: marco do novo modelo do setor elétrico
5 Consórcio não descarta a possibilidade de o BNDES vir a ser sócio da usina
6 Vale tem interesse em negociar
7 Presidente da Funcef: "se quiserem, estamos prontos para aderir ao consórcio"
8 Cemig: intenção de elevar sua participação no consórcio
9 Mantega diz que deságio muda cenário do setor
10 Abdib: é viável investir no setor na região Norte
11 Consórcios derrotados não vão recorrer
12 Abiape: mercado livre vai ter que subsidiar o cativo
13 Ambientalistas pretendem barrar projeto

Empresas
1 Aneel aprova ciclo 2006/2007 do programa de P&D da Eletroacre
2 Eletrobrás e a Bandeirante Energia: R$ 23 mi para o Reluz
3 Cotações da Eletrobrás

Leilões
1 Abrate espera realização de até três leilões de transmissão em 2008

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 45,9%
2 Sul: nível dos reservatórios está em 73,8%
3 NE apresenta 27,2% de capacidade armazenada

4 Norte tem 30,1% da capacidade de armazenamento

Gás e Termelétricas
1 Indústria quer garantir gás
2 Energias renováveis: Petrobras investirá US$ 700 mi em pesquisas até 2011
3 Estatal pretende exportar urânio

Grandes Consumidores
1 Decisão da disputa entre Vale e Cade será na próxima terça

Economia Brasileira
1 Indústria brasileira cresce 5,9% nos primeiros dez meses do ano, divulga IBGE
2 Balança tem saldo comercial de US$ 761 mi

3 Ritmo de crescimento das reservas internacionais será menor em 2008
4 Selic deve cair menos em 2008
5 País pode manter crescimento de 5% ao ano até 2012, avaliam economistas
6 Mercado volta a elevar projeções para IPCA
7 Inflação dobra na primeira semana de dezembro
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 CHINA: empresa investe US$ 400 mi em placas solares
2 Fontes renováveis somam investimentos de US$ 100 bi
3 Iberdrola tem autorização para comprar a Energy East

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Consórcio da Odebrecht vence leilão do Madeira com um deságio de 35%

Com uma oferta inesperadamente baixa - R$ 78,90 o MWh - em relação ao preço teto de R$ 122,00, o consórcio liderado pela Odebrecht e Furnas tirou os concorrentes do páreo em poucos minutos e venceu ontem o leilão para erguer no Rio Madeira a hidrelétrica de Santo Antonio. Compõem ainda o consórcio a Andrade Gutierrez Participações, a Cemig e um fundo financeiro formado por Santander e Banif. Da energia a ser gerada, 3,15 mil MW, 70% serão destinados ao mercado cativo das distribuidoras. Os 30% restantes poderão ser vendidos no mercado livre. Isso permitiu baixar a tarifa final para R$ 78,87, como era previsto pelas regras do edital. As 31 distribuidoras - mercado cativo - que participaram do leilão - pagarão R$ 32,18 bilhões pela energia da hidrelétrica em valores de hoje. O cálculo considera a tarifa e a quantidade de energia assegurada ao longo da duração do projeto, sem incluir a energia que será vendida no mercado livre. A configuração final do grupo vencedor pode mudar com a entrada dos fundos de pensão Funcef (dos funcionários da Caixa Econômica Federal) e Petros (Petrobras). (Valor Econômico - 11.12.2007)

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2 GESEL: redução de preço muda o paradigma

Para o professor Nivalde de Castro, coordenador do GESEL (Grupo de Estudos do Setor Elétrico), da UFRJ, a redução de preço é uma boa surpresa e muda o paradigma: "Se esse preço não fosse factível, eles não o colocariam, o que mostra que o valor da energia da Amazônia pode ser bem inferior ao que todos imaginavam (o temor era devido à distância e a custos ambientais)". Para ele, o resultado indica uma modicidade tarifária muito firme para o setor elétrico, já que o preço da energia será mais baixo do que os praticados no leilão de energia velha. Segundo o professor, o que possibilitou um deságio nessas proporções foi a parcela de 30% que será vendida no mercado livre. "Com certeza, o mercado livre vai pagar um preço mais alto pela energia de Santo Antônio do que os R$ 78,87/MWh definidos para o mercado cativo". O professor disse que o preço da energia de Jirau deverá ser igual ou menor do que Santo Antônio. "O projeto de Jirau é muito similar ao de Santo Antônio e, por isso, não tem motivo para ser maior. Além do mais, o consórcio Madeira Energia será o favorito na disputa por Jirau, pois terá economia de escala ao construir duas usinas", explicou. (O Globo e Agência Canal Energia - 11.12.2007)

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3 Hubner: resultado de leilão foi "surpreendente"

O ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, disse ter se surpreendido e admitiu que o preço final foi muito menor que a aposta mais otimista entre os apostadores de um "bolão" organizado no MME. Hubner disse que sua aposta no "bolão" do MME era de um preço pouco abaixo de R$ 100,00. "Isso (o resultado) mostra que não sabemos o preço da energia no país. Conhecia-mos o preço dos equipamentos e de construção, mas não tínhamos boas usinas colocadas em leilão. Esse preço vai colocar um monte de interrogações para os projetos futuros", afirmou. Questionado sobre a viabilidade da proposta vencedora, Hubner disse confiar plenamente em todos os concorrentes que participaram do leilão. Para ele, não há motivos para temer pela má execução das obras. (Valor Econômico e DCI - 11.12.2007)

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4 Tolmasquim: marco do novo modelo do setor elétrico

Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, comemorou o que chamou de "fim do modelo de transição e um marco do novo modelo do setor elétrico". Tolmasquim também atribuiu à competição a redução da tarifa da energia no leilão de ontem. E admitiu que ele vai interferir nos cálculos da EPE para fixar os preços da hidrelétrica Jirau, também no Madeira, a ser licitada em 2008. (Valor Econômico - 11.12.2007)

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5 Consórcio não descarta a possibilidade de o BNDES vir a ser sócio da usina

De acordo com o presidente do consórcio, Irineu Meirelles, está sendo negociada a participação de fundos de pensão como Petros e Previ na composição acionária do empreendimento. Meirelles também não descarta a possibilidade de o BNDES vir a ser sócio da usina, por meio da BNDESpar. Para dar o lance de R$ 78,9/MWh no leilão da hidrelétrica de Santo Antônio, Meirelles disse que o consórcio tomou como base uma previsão de investimentos de R$ 10 bilhões. O valor é maior do que os R$ 9,5 bilhões previstos pela EPE, mas bem abaixo das projeções iniciais, em que se falava que a usina custaria R$ 12,5 bilhões. O percentual de financiamento deve ficar em 75%, via BNDES. O consórcio já está negociando com consumidores livres a venda de energia, correspondente aos 30% que não foram vendidos às distribuidoras, num total de aproximadamente 618 MW médios. Segundo Meirelles, grandes consumidores e autoprodutores estão interessados no negócio. O consórcio estuda participar também da construção da linha de transmissão que vai levar energia do Rio Madeira para o sistema interligado nacional, por meio da LT Porto Velho-Araraquara, de 2.450 km de extensão. (Brasil Energia - 10.12.2007)

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6 Vale tem interesse em negociar

A Vale do Rio Doce está interessada em fechar um acordo com o consórcio Madeira Energia, que construirá a hidrelétrica de Santo Antônio. A mineradora tem interesse em usar parte da energia gerada pela usina para consumo próprio. Do total de Santo Antônio, 30% poderão ser destinados ao mercado livre. Em nota, a Vale afirmou que "está à disposição" para negociar com o grupo vencedor. A Vale também avaliou o resultado do leilão: "A Vale entende que a tarifa vencedora demonstra o sucesso do governo federal na busca pela modicidade tarifária". A empresa confirmou que, no fim de semana, tinha acertado acordo com o grupo da Camargo Corrêa, Chesf, CPFL e Endesa. O acordo se tornaria efetivo caso o consórcio saísse vitorioso. (Valor Econômico - 11.12.2007)

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7 Presidente da Funcef: "se quiserem, estamos prontos para aderir ao consórcio"

O presidente da Funcef, Guilherme Lacerda, disse ao Valor que já aprovou, com a Petros, a adesão ao consórcio com participação de 10% a 15% do capital próprio investido pelos sócios. "Se eles nos quiserem, estamos prontos para aderir ao consórcio vencedor", disse. Segundo Lacerda, a participação mais provável é de 10% e supondo-se que os investidores privados entrem com capital de R$ 3 bilhões - o restante seria financiado pelo BNDES - a Funcef pode ficar com R$ 300 milhões e a Petros com outros R$ 300 milhões. Ele explicou que os fundos foram procurados pelos três consórcios que disputaram a licença mas decidiram entrar só depois do leilão. Agora, o negócio interessa aos dois fundos de pensão. "Somos investidores estratégicos de longo prazo e temos folga para investir em renda variável", explicou Lacerda. (Valor Econômico - 11.12.2007)

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8 Cemig: intenção de elevar sua participação no consórcio

A Cemig já manifestou intenção de elevar sua participação no consórcio dos atuais 10%. Para ficar com essa fatia, Furnas teve que abrir mão de parte dos 49% que detinha inicialmente, ficando com 39%. A explicação à época era que uma participação acionária adicional à de Furnas levaria as duas empresas estatais a ter mais de 50% do consórcio, descaracterizando o modelo de controle privado. (Valor Econômico - 11.12.2007)


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9 Mantega diz que deságio muda cenário do setor

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o deságio apresentado pelo consórcio vencedor no leilão da hidrelétrica de Santo Antônio deve baratear o custo da energia. Segundo ele, o deságio nesse leilão muda o cenário para as próximas disputas no setor. "É um avanço porque sabemos que podemos ter cada vez mais energia barata no país", afirma o ministro. De acordo com Mantega, o valor de R$ 78,00 por MW hora estabelecido na disputa não deve prejudicar investimentos futuros no setor, nem inibir outras empresas de entrarem no mercado, porque a redução no preço da tarifa foi iniciativa das próprias empresas. O ministro destacou que o leilão mostra que há concorrência. "O bom é que a gente descobre quais são os verdadeiros patamares de custo na economia." Mantega diz acreditar que as empresas estão mais confiantes e considera que há um reconhecimento de que a economia está indo "muito bem". (Folha de São Paulo - 11.12.2007)

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10 Abdib: é viável investir no setor na região Norte

O presidente da Abdib (Associação Brasileira da Indústria de Base), Paulo Godoy, afirmou que o resultado da licitação abre perspectiva de o Brasil explorar o potencial hidrelétrico de forma bastante competitiva, além de mostrar que é viável investir no setor na região Norte. O resultado do leilão em si não foi considerado uma surpresa. O consórcio liderado por Odebrecht/Furnas foi o que mais investiu e acreditou na operação. Só para o estudo de viabilidade, as duas empresas investiram R$ 150 milhões. (Folha de São Paulo - 11.12.2007)

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11 Consórcios derrotados não vão recorrer

Representantes dos dois consórcios derrotados no leilão descartaram ontem a possibilidade de recorrerem da vitória do grupo liderado por Odebrecht e Furnas. Enquanto o resultado era anunciado, os demais concorrentes já cuidavam de esboçar a estratégia para disputar a segunda hidrelétrica do rio Madeira, com leilão previsto para maio de 2008. "O resultado foi legítimo", comentou Vitor Paranhos, representante da Suez Energy, multinacional que lidera o consórcio responsável pelo lance mais alto da disputa: R$ 98,05 por MWh. O consórcio liderado pela CPFL propôs R$ 94 por MWh, bem distante ainda do lance vencedor. "Eles foram mais agressivos", comentou logo após o anuncio do resultado Dilton da Conti, presidente da Chesf, estatal que se associou à CPFL e à empreiteira Camargo Corrêa. "O importante é que caiu a expectativa pessimista diante de grandes empreendimentos na Amazônia", completou, já de olho na hidrelétrica de Jirau. "Voltamos agora todos à estaca zero", disse. Segundo Conti, apesar do deságio apresentado pelo consórcio vencedor, Furnas e Odebrecht não levam vantagem antecipada no próximo leilão. O presidente da Chesf acredita que mudanças no projeto da usina de Santo Antônio viabilizem o preço apresentado pelo consórcio vencedor. "Ninguém faria nada de graça", concluiu Conti. (Folha de São Paulo - 11.12.2007)

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12 Abiape: mercado livre vai ter que subsidiar o cativo

Especialistas passaram o dia de ontem fazendo cálculos para tentar entender como os vencedores manterão sua margem de lucro com a tarifa que ofereceram. A saída mais provável é a cobrança de altos preços nos 30% de energia que a Santo Antonio poderá negociar no mercado livre de energia, onde estão os grandes consumidores, como siderúrgicas, mineradoras e fabricantes de papel. O preço de R$ 78,87 se aplica só aos 70% que serão destinados aos consumidores cativos, que são clientes das distribuidoras. "Vai haver um subsídio cruzado. O mercado livre vai ter que subsidiar o cativo", avaliou Mario Menel, presidente da Abiape (Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia Elétrica). "Isso é um tiro no pé da indústria", disse. A Abiape representa grupos como Alcoa, Vale, Gerdau, CSN e outros. (Folha de São Paulo - 11.12.2007)

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13 Ambientalistas pretendem barrar projeto

No que depender das organizações ambientais que atuam na região do Rio Madeira, a hidrelétrica de Santo Antônio não deverá sair com tanta facilidade do papel. Por enquanto, duas ações estão em trâmite na justiça e tentam impedir a validade do leilão realizado ontem. Uma foi enviada pelo Ministério Público de Rondônia e a outra, pela ONG Amigos da Terra. Esta última deverá ter um pedido de liminar julgado ainda nesta semana. Para Gustavo Pimentel, gerente da Amigos da Terra, um grande problema envolvendo o projeto foi a troca da diretoria do Ibama, ocorrida depois que o instituto soltou um parecer técnico, em março, contra a licença ambiental prévia para a usina. Glenn Switkes, diretor da ONG americana International Rivers para a América Latina, diz que o projeto do rio Madeira "é o pior caso de grande empreendimento realizado na Amazônia, feito contra pareceres de vários especialistas e técnicos da própria agência de proteção ambiental", também citando a troca da diretoria do Ibama. (Folha de São Paulo - 11.12.2007)

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Empresas

1 Aneel aprova ciclo 2006/2007 do programa de P&D da Eletroacre

A Aneel aprovou o ciclo 2006/2007 do programa de pesquisa e desenvolvimento da Eletroacre. A empresa deverá aplicar recursos no valor de R$ 472,425 mil, o que representa 0,0034% da receita operacional líquida da estatal, que ficou em R$ 140,539 milhões. A agência determinou ainda que sejam acrescidos aos investimentos mínimos do programa de P&D para o ciclo 2007/2008 a quantia de R$ 1,214 milhão e que o programa seja iniciado em 4 de fevereiro de 2008 e tenha suas metas físicas atingidas em 3 de fevereiro de 2009. A Aneel também aprovou o programa de P&D, ciclo 2006/2007, da empresa Dona Francisca Energética, que deverá aplicar recursos no valor de R$ 209,947 mil. A quantia equivale a 0,4364% da ROL, que chegou a R$ 48,107 milhões. Ainda ficou estabelecido que o programa seja iniciado e concluído nas mesmas datas estipuladas para a Eletroacre. (Agência Canal Energia - 11.12.2007)

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2 Eletrobrás e a Bandeirante Energia: R$ 23 mi para o Reluz

A Eletrobrás e a Bandeirante Energia assinam nesta quarta-feira (12/12) três contratos do programa Procel Reluz. As concessionárias pretendem melhorar a iluminação pública dos municípios de Taubaté, Suzano e Guarulhos, em São Paulo. O investimento será de R$ 23 milhões em projetos que começarão a ser executados em 2008. Os atuais pontos de iluminação pública serão substituídos por uma tecnologia mais moderna e eficiente. (Brasil Energia - 10.12.2007)

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3 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 10-12-2007, o IBOVESPA fechou a 65.445,96 pontos, representando uma baixa de 0,29% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 5,29 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,66% fechando a 17.289,35 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 24,55 ON e R$ 24,51 PNB, baixa de 5,18% e 3,50%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 11-12-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 24,69 as ações ON, alta de 0,57% em relação ao dia anterior e R$ 24,60 as ações PNB, alta de 0,37% em relação ao dia anterior. (Investshop - 11.12.2007)

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Leilões

1 Abrate espera realização de até três leilões de transmissão em 2008

A Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica acredita na realização de até três leilões de transmissão em 2008. Segundo o diretor-executivo da Abrate, Cesar de Barros Pinto, o número de linhas existentes permite a realização de pelo menos dois certames. "Podem ocorrer três leilões de transmissão. Existe quantidade suficiente de linhas que justifica pelo menos dois leilões no próximo ano", avaliou o executivo. Ele disse ainda que são cerca de 30 linhas aptas para o processo e que novos empreendimentos são disponibilizados todos os anos. Barros contou que a Abrate convidou seis transmissoras a se juntar às oito empresas que fazem parte da entidade desde a fundação há cerca de oito anos. A Eteo, Ate II, Terna Participações, STN, Expansion e Transmissoras Brasileiras de Energia receberam convite da associação, que ainda aguarda resposta. (Agência Canal Energia - 11.12.2007)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 45,9%

O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 45,9%, sem apresentar alteração significativa em relação à medição do dia 8 de dezembro. A usina de Furnas atinge 57,1% de volume de capacidade. (ONS - 9.12.2007)

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2 Sul: nível dos reservatórios está em 73,8%

O nível de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,1% no nível de armazenamento em relação à medição do dia 8 de dezembro, com 73,8% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 79,8% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 9.12.2007)

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3 NE apresenta 27,2% de capacidade armazenada

Sem apresentar alteração significativa em relação à medição do dia 8 de dezembro, o Nordeste está com 27,2% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho opera com 12,8% de volume de capacidade. (ONS - 9.12.2007)

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4 Norte tem 30,1% da capacidade de armazenamento

O nível de armazenamento da região Norte está em 30,1% com variação de 0,2% em relação à medição do dia 8 de dezembro. A usina de Tucuruí opera com 20,6% do volume de armazenamento. (ONS - 9.12.2007)

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Gás e Termoelétricas

1 Indústria quer garantir gás

A Federação das Indústrias do Mato Grosso (Fiemt) notificou a presidência da República para uma solução sobre o corte do gás boliviano ao estado. Desde agosto a térmica Mário Covas (480 MW), da EPE, não opera por falta de gás natural. A entidade também pretende entrar com uma ação civil pública junto ao Ministério Público Federal (MPF) nesta segunda-feira (10/12) para incluir um representante do estado na próxima reunião entre os governos brasileiro e boliviano, prevista para ocorrer neste mês. O objetivo das ações é fazer com que a Bolívia cumpra o fornecimento firmado em contrato, que estará vigente até o fim de 2009. "O governo foi totalmente omisso em relação ao abastecimento de gás, em nenhum momento agiu em favor do Mato Grosso, por isso o inconformismo da Fiemt", disse o advogado da entidade, Victor Maizman. (Brasil Energia - 10.12.2007)

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2 Energias renováveis: Petrobras investirá US$ 700 mi em pesquisas até 2011

A Petrobras planeja investimentos de US$ 700 milhões em pesquisas em energias renováveis e biocombustíveis até 2011. Segundo o consultor da Petrobras, Sócrates José Silva, a meta de geração de energia nos projetos é de aproximadamente 240 MW, por meio de energia alternativa como eólica e solar, além de outras fontes em pesquisa. "A Petrobras não quer ficar fora de outros tipos de energia. Tudo o que é possível obter energia e que seja viável técnica e economicamente faremos pesquisas", disse Silva. (Agência Canal Energia - 11.12.2007)

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3 Estatal pretende exportar urânio

A Indústrias Nucleares do Brasil espera obter o aval do governo para exportar urânio como parte de um plano para quadruplicar a produção do material até 2011. (Folha de São Paulo - 11.12.2007)

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Grandes Consumidores

1 Decisão da disputa entre Vale e Cade será na próxima terça

A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir somente na semana que vem o recurso da Companhia Vale do Rio Doce contra a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que lhe impôs restrições no mercado de minério de ferro - a venda da Ferteco ou perda do excedente de minério produzido pela mina Casa de Pedra. O caso estava previsto para ser analisado hoje. (Valor Econômico - 11.12.2007)

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Economia Brasileira

1 Indústria brasileira cresce 5,9% nos primeiros dez meses do ano, divulga IBGE

A indústria brasileira fechou os dez primeiros meses do ano com crescimento acumulado de 5,9% - com expansão em todos os locais pesquisados, com exceção do Ceará, que registrou crescimento nulo (0,0%). Para a economista da coordenadoria de Indústria do IBGE, Denise Cordovil, o crescimento está ligado à demanda interna. "Ainda que as exportações continuem dando uma contribuição positiva, este crescimento da indústria de janeiro a outubro está diretamente associado à força da demanda interna. Alguns fatores que tem dado estímulos à atividade industrial este ano, como a ampliação do investimento, o aumento da oferta de crédito e a expansão da renda e do emprego têm contribuído para o avanço da produção nacional ao longo de 2007". (Folha de São Paulo - 11.12.2007)

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2 Balança tem saldo comercial de US$ 761 mi

A balança comercial brasileira apresentou na primeira semana de dezembro (dias 1 a 9) saldo positivo de US$ 761 milhões, com exportações de US$ 3,385 bilhões e importações de US$ 2,624 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento. No ano, o superávit comercial está em US$ 37,161 bilhões -queda de 11,2% na comparação com igual período de 2006. As exportações no período somam US$ 149,804 bilhões e as importações, US$ 112,643 bilhões, com crescimentos de 18,6% e 33,3%, respectivamente. O Ministério do Desenvolvimento tem uma meta de exportações de US$ 157 bilhões para este ano. (Folha de São Paulo - 11.12.2007)

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3 Ritmo de crescimento das reservas internacionais será menor em 2008

O Banco Central e o Tesouro vão continuar a comprar dólares no mercado interno de câmbio em 2008, mas o ritmo de crescimento nas reservas internacionais brasileiras será menor, segundo os analistas ouvidos pelo Valor. Em 2007, as reservas mais do que dobraram, passando de um total de US$ 85,8 bilhões para US$ 180 bilhões. Em 2008, o crescimento nas reservas será de US$ 15 bilhões, segundo estima Edmar Bacha, consultor sênior do Itaú BBA. Para ele, a crise de hipotecas de alto risco nos Estados Unidos vai reduzir os investimentos externos diretos ao país para US$ 25 bilhões, na comparação com os US$ 35,6 bilhões deste ano. Já a conta corrente terá déficit de US$ 6 bilhões, por causa da redução no superávit comercial e aumento na remessa de lucros e dividendos, rendas e transferências internacionais. (Valor Econômico - 11.12.2007)

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4 Selic deve cair menos em 2008

O mercado passou a acreditar num corte menor da taxa básica de juros da economia, ao longo de 2008, após a última reunião do Copom do Banco Central. É o que mostra a última pesquisa semanal de expectativas do BC junto a bancos e empresas. Depois de ficar dez semanas estacionada em 10,25% ao ano, a mediana das projeções para a Meta de Taxa Selic, ao final do próximo ano, subiu para 10,5% anuais na nova pesquisa, cujo resultado foi divulgado ontem. (Valor Econômico - 11.12.2007)

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5 País pode manter crescimento de 5% ao ano até 2012, avaliam economistas

O país tem condições macroeconômicas de manter o seu ritmo de crescimento na faixa de 5% até 2012, se as condições atuais de expansão de produção e demanda se mantiverem e os investimentos em setor de bens de capital se consolidarem. A conclusão é de economistas que participaram ontem de seminário realizado pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP. Régis Bonelli, pesquisador da Casa das Garças e do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), prevê expansão crescente da produtividade até 2012, saindo de 1,8% em 2007, para 1,83% em 2008, chegando a 2,4% em 2012. Os motivos são a consolidação dos investimentos em capital (que neste ano cresceram 10%) e o aumento do nível de ocupação (que cresceu 2,04% no ano). Ele também estima crescimento da poupança, que hoje representa 17,6% do PIB, para 22,5% em cinco anos. Esses fatores associados conduzirão o PIB a um crescimento de 5,2% neste ano e de 4,7% em 2008, podendo chegar a 5,48% até 2012. (Valor Econômico - 11.12.2007)

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6 Mercado volta a elevar projeções para IPCA

Analistas de mercado financeiro voltaram a alterar a estimativa de inflação. De acordo com o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, a inflação medida pelo IPCA deve chegar a 4,02% em 12 meses, ante 3,96% da previsão anterior. Para 2007, a projeção para o índice é de 4,10%, ante 3,96% da estimativa anterior. A previsão do IPCA para dezembro é de 0,40%, e para janeiro, de 0,41%. A projeção da inflação medida pelo IGP-DI da FGV para este ano é de 6,89%, diante de projeção anterior de 6,26%. Para o período de 12 meses, a estimativa subiu de 4,11% para 4,25%. Os analistas esperam que em dezembro esse índice chegue a 0,55% e em janeiro, a 0,40%. Para o IGP-M, a previsão para 12 meses ficou em 4,44% (ante 4,22% da pesquisa anterior) e para o fim do ano, em 6,37% (diante da última estimativa de 6,26%). Para os meses de dezembro e janeiro, a projeção ficou em 0,45% (Valor Econômico - 11.12.2007)

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7 Inflação dobra na primeira semana de dezembro

O IPC-S apresentou forte alta na primeira semana de dezembro: 0,54%. Apesar da taxa significar o dobro da registrada na semana anterior (0,27%) e ser considerada elevada para a média dos últimos dois anos, ela não é assustadora, revela Paulo Picchetti, coordenador do IPC Brasil. "A alta não preocupa, porque o aumento está concentrado em um número pequeno de itens e é puxada pelo lado da oferta. Isso tende a ser normalizado", explica ele. (DCI - 11.12.2007)


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8 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial iniciou os negócios nesta terça-feira em baixa. Minutos atrás, a moeda era cotada a R$ 1,760 na compra e a R$ 1,762 na venda, com queda de 0,33%. Na abertura, marcou R$ 1,766. No mercado futuro, os contratos de janeiro negociados na BMF cediam 0,28%, a R$ 1,764. Ontem, o dólar comercial aumentou 0,39%, a R$ 1,766 na compra e R$ 1,768 na venda. (Valor Online - 11.12.2007)

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Internacional

1 CHINA: empresa investe US$ 400 mi em placas solares

A Nantong Qiangsheng Photovoltaic Technology Co Ltd (QS Solar), fabricante de uma célula solar de silicone não cristalino, lançou um projeto de US$ 400 milhões. Este é o maior projeto do gênero na China e será desenvolvido em três fases dentro de três anos. A primeira fase do projeto prevê a construção de três fábricas com capacidade de produção de 25 MW, que terão as atividades iniciadas na metade de 2008. Sha Xiaolin, presidente da QS Solar, informou que a empresa investiu US$ 25 milhões na importação da mais sofisticada linha de produção dos Estados Unidos para fabricar os painéis solares de 25 MW. As outras duas fases, que custarão US$ 40 milhões, serão inauguradas também em 2008 a partir de investimentos de instituições financeiras internacionais. A companhia informou que o seu total de 12 fábricas terão capacidade para produzir 300 painéis solares fotoelétricos de silicone não cristalino até 2009. (InvestNews - 11.12.2007)

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2 Fontes renováveis somam investimentos de US$ 100 bi

Os investimentos anuais em energia renovável vão chegar à casa dos US$ 100 bilhões pela primeira vez em 2007, de acordo com informações do relatório divulgado no pela ONU. "Políticas para promover o uso de energia renovável cresceram com grande rapidez em poucos anos", relatou no estudo a Rede de Políticas de Energia Renovável, grupo que liga governos, indústrias e outros grupos. A capacidade das energias renováveis totalizou 240 gigawatts em 2007, excluindo grandes projetos hidrelétricos, e representou cerca de 6% da geração energética mundial. "A fatia está aumentando", de acordo com o relatório preliminar do grupo, apresentado nos bastidores da conferência climática da ONU em Bali. O estudo não forneceu uma comparação geral com 2006, mas relatou que investimentos em novas capacidades de geração de energia renovável aumentaram para US$ 66 bilhões em 2007 ante US$ 55 bilhões em 2006 e US$ 39 bilhões em 2005. (Gazeta Mercantil - 11.12.2007)

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3 Iberdrola tem autorização para comprar a Energy East

Maior empresa elétrica da Espanha em valor de mercado, a Iberdrola já tem autorização da Comissão Federal de Energia dos Estados Unidos para comprar a Energy East. Anunciado em julho, o negócio, no valor de € 3,4 bilhões, dependia da autorização do órgão regulador. (Gazeta Mercantil - 11.12.2007)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Felipe Tavares, Gabriel Naumann e Paula Goldenberg.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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