l IFE: nº 2.164 - 26
de novembro de 2007 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Meio
Ambiente Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE Regulação e Reestruturação do Setor 1 Aneel deve acabar com limite de concentração do mercado de distribuição A Aneel deve
acabar no início de 2007 com o limite de concentração do mercado de distribuição
de energia elétrica, ora em 20% do total nacional. O limite para a geração
caiu em fevereiro. A distribuição é pulverizada por 64 empresas, a maioria
muito pequena, o que torna a operação do sistema mais ineficiente. Faz
tempo se prevê uma consolidação, como na Europa e nos EUA. No final do
processo, estima-se no setor que restaria meia dúzia de grandes distribuidoras.
Deve ainda ocorrer algum agrupamento na geração, em escala menor, pois
as estatais, na maioria federais, dominam 72% desse mercado, contra 34%
na distribuição. CPFL e Cemig pretendem liderar a consolidação. A gigante
francesa Suez, dona da Tractebel, também quer crescer. (Eletrosul - 26.11.2007)
Causou estranheza
entre os consumidores de grande porte as declarações do diretor-geral
do ONS, Hermes Chipp, divulgadas na última quinta-feira (21/11). Questionado
sobre o mercado livre a as flutuações dos preços da energia no curto prazo
(PLD), em entrevista sobre as perspectivas do suprimento elétrico para
2008, ele afirmou que os consumidores livres, além de evitar contratos
de longo prazo, são "especuladores" habituados a comprar "barato" para
vender "caro". Lúcio Reis, diretor de Assuntos Regulatórios e Tributários
da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), uma das entidades
que defende a liberação geral do mercado de eletricidade ficou surpreso
com a avaliação de Chipp. Negou que os consumidores livres especulem com
compra e venda de energia e lembrou que a classe vem buscando na verdade
formas de suprimento, já que está impedida de fazer contratações em leilões
regulares. "O consumidor livre não é comercializador de energia e não
tem sobrado nada porque a oferta e expansão estão justas", argumenta.
Reis admitiu que é melhor deixar o PLD e contratar no longo prazo, porém,
para que isso aconteça, é preciso haver válvulas de escape. Entidades
como a Anace, segundo ele, defendem a criação de dispositivos de proteção
que permitam às empresas repassar volumes excedentes de energia adquirida.
Esse mecanismo poderia ser utilizado em caso de queda de produção por
questões setoriais de demanda. (Brasil Energia - 26.11.2007) 3 Geração para comunidade isolada Termina nesta
sexta-feira (23/11) em sete capitais da região Norte, jornada simultânea
promovida pelo MME, com apoio da Celpa e Eletronorte, para apresentação
de alternativas de geração de energia em comunidades isoladas. A iniciativa
conta também com parceria do BID e Fundo Multilateral de Investimentos
(Fumin). O objetivo foi levar a conhecimento das comunidades locais propostas
técnicas diferenciadas de produção de eletricidade. De acordo com a Celpa,
o programa de universalização dos serviços de energia na região Norte
enfrenta grandes desafios para cumprimento das metas, em razão da dificuldade
de acesso. O atendimento convencional é inviável por conta da falta de
estradas e de linhas regulares de transporte fluvial. (Brasil Energia
- 26.11.2007)
Empresas 1 Setor elétrico é dos mais atuantes no mercado de debêntures A Cemig encerra
na quarta-feira uma série de reuniões com grandes investidores para apresentar
uma emissão de R$ 400 milhões em debêntures. Como a Cemig, outras empresas
do setor elétrico resolveram captar recursos por meio de debêntures nos
últimos dias. Somente na semana passada, três empresas anunciaram emissões:
Duke Energy, Coelba (da Bahia) e Cosern (do Rio Grande do Norte). Ao todo,
o setor tem R$ 2 bilhões no forno para emitir. O setor elétrico vem sendo
um dos mais atuantes no mercado de debêntures este ano. Até agora, sete
empresas já emitiram R$ 3,1 bilhões. O número pode parecer pequeno perto
das emissões bilionárias das empresas de leasing. Mas ao contrário do
setor de arrendamento mercantil, no qual os papéis são comprados pelos
bancos donos das empresas, as debêntures das elétricas vão efetivamente
para o mercado, normalmente para a carteira de fundos de pensão ou gestoras
de recursos. (Valor Econômico - 26.11.2007) 2 Dinheiro captado vem sendo usado para melhorar dívidas Nas elétricas, o dinheiro captado vem sendo usado principalmente para melhorar as dívidas das empresas. A Cemar e a CPFL Energia, por exemplo, estão entre as empresas que captaram este ano para reduzir ou alongar as dívidas. Para Ricardo Carvalho, diretor sênior de avaliação de empresas da Fitch Ratings, as companhias estão aproveitando um mercado mais favorável, onde é possível emitir papéis mais longos com custo menor, para trocar dívidas. Nas taxas, as empresas que chegaram a pagar incríveis 130% do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) em 2004, agora emitem em média a 104%. Já o prazo subiu da casa dos três anos para sete. Em algumas emissões, chega a dez anos, como é o caso da Cemig Distribuição, que está lançando papéis com vencimento final em 2017. (Valor Econômico - 26.11.2007) 3 Fitch: elétricas estão com os melhores fundamentos dos últimos sete anos A Fitch avaliou
várias emissões do setor este ano e, segundo Carvalho, as elétricas estão
com os melhores fundamentos dos últimos sete anos, ou seja, desde o apagão.
Consumo em alta aliado a reajuste de tarifas vêm provocando geração de
caixa crescente e melhorando os balanços. Várias destas empresas tiveram
aumento de rating recentemente. Para o analista da Fitch, a principal
preocupação agora é com relação à oferta de energia. O consumo vem crescendo
mais que o previsto, diferente da geração. Com isso, volta o risco de
um novo apagão e uma piora dos fundamentos do setor. No mercado de debêntures,
outras companhias vêm usando os recursos para, além de melhorar os passivos,
financiar investimentos. É o caso da Eletropaulo Metropolitana, que fornece
energia para 15 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo,
e já fez duas emissões de debêntures este ano. Uma de R$ 600 milhões e
outra de R$ 200 milhões, que foi aprovada na sexta-feira pela CVM. A Tractebel
Energia foi outra do setor que captou para investir. (Valor Econômico
- 26.11.2007) 4 Eletronorte vai sem parceiros ao leilão do Madeira
5 Participação 'solitária' da estatal intriga investidores A lista de inscrição
para participar do leilão da Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira,
divulgada ontem pela Aneel, intrigou os investidores. O maior temor, segundo
um investidor ligado ao processo, é que a estatal faça, no leilão do Rio
Madeira, o mesmo que o grupo Eletrobrás tem feito nos leilões de transmissão
de energia elétrica. "Ela pode dar lances baixos e jogar o preço lá embaixo,
já que não tem compromisso com taxas de retorno. Isso a gente tem verificado
nos leilões de transmissão", afirmou a fonte. (O Estado de São Paulo -
26.11.2007) 6 Camargo Corrêa tem baixa participação no Consórcio Santo Antônio Causou surpresa
a baixa participação da Camargo Corrêa, com 0,9% no Consórcio Santo Antônio,
integrado também pela Chesf (49%); CPFL Energia (25,05%) e Endesa (25,05%).
No caso da Eletronorte, havia um acordo entre a estatal e a Alusa (Alupar)
para participação conjunta na licitação, mas foi rompido. (Gazeta Mercantil
- 26.11.2007) 7 Outros três consórcios disputarão usina do Madeira A Odebrecht
está no Consórcio Madeira Energia, formado pela Odebrecht Investimentos
em Infra-estrutura (17,6%); Construtora Norberto Odebrecht (1%); Andrade
Gutierrez (12,4%); Cemig (10%); Furnas (39%); e Fundo de Investimentos
e Participações, integrado pelos bancos Banif e Santander (20%). A Suez
faz parte do Consórcio Energia Sustentável do Brasil, com participação
de 51% junto com a Eletrosul (49%). E a Alusa integra o Consórcio Norte
Energia, formado pela Alupar (37,5%), Indústrias Metalúrgicas Pescarmona
(15%), Schahin Holding (27,5%), UTC Engenharia (10%) e Schahin Engenharia
(10%). As empresas inscritas devem apresentar as garantias para participarem
do leilão na próxima sexta-feira, dia 30, na sede da Câmara de Comercialização
de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo. (Gazeta Mercantil - 26.11.2007)
8 Congresso Nacional aprova recursos para Furnas O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira (22/11) 32 Projetos de Lei para abertura de créditos suplementares e especiais ao orçamento da União de 2007. Do total, R$ 153 milhões serão destinados para Furnas modernizar as hidrelétricas de Furnas (6.000 MW), Itumbiara (2.082 MW) e Marimbondo (1.072 MW), todas em Minas Gerais. (Brasil Energia - 26.11.2007) O Conselho de Administração da Ampla aprovou a contratação de dois empréstimos no valor total de R$ 250 milhões. O primeiro empréstimo, no valor de R$ 150 milhões, será feito com o HSBC Bank Brasil e o segundo, no valor de R$ 100 milhões, com o Banco do Brasil. (Brasil Energia - 26.11.2007) 10 Trocas feitas por Conde abrem crise em fundo de Furnas Quatro meses
depois de assumir a presidência da estatal Furnas Centrais Elétricas,
por pressão do PMDB, Luiz Paulo Conde abriu uma crise no fundo de pensão
dos empregados, Real Grandeza, ao propor a substituição do presidente
e do diretor financeiro da entidade. O atual presidente, Sérgio Wilson
Fontes, tem mandato até agosto do ano que vem. (Eletrosul - 26.11.2007)
11 Celesc paga prejuízos por falta de energia A Celesc está obrigada a pagar R$ 3,1 mil de indenização por danos materiais para um criador de frangos, que alegou ter sido prejudicado por uma queda de energia. A decisão é da 3ª Câmara de Direito Pública do Tribunal de Justiça catarinense. Cabe recurso. (DCI - 26.11.2007) A Aneel manteve
as multas da Coelba e da Efljc, cobradas pelo não cumprimento das metas
dos indicadores de duração (DEC) e freqüência (FEC) das interrupções no
fornecimento de energia elétrica. (Brasil Energia - 26.11.2007) 13 Light adota medição eletrônica A exemplo da
vizinha Ampla, a Light decidiu adotar a medição eletrônica em residências
para reduzir o índice de perdas em sua área de concessão. A empresa vai
iniciar no próximo ano a implantação de um sistema de telemedição. (Brasil
Energia - 26.11.2007) A CEEE-GT inicia
nesta sexta-feira (23/11) atividades de inspeção aérea em suas principais
linhas de transmissão, de 230 kV, na rede básica Rio Grande do Sul. O
objetivo da operação é identificar e prevenir problemas nos cerca de 5
mil km de linhas existentes no estado, com o intuito de evitar possíveis
transtornos no fornecimento de energia elétrica nos meses do próximo verão.
(Brasil Energia - 26.11.2007) No pregão do
dia 23-11-2007, o IBOVESPA fechou a 60.970,90 pontos, representando uma
alta de 0,52% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3,58
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,29%
fechando a 16.648,11 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 24,90 ON e R$ 25,00 PNB, baixa de
1,03% e alta de 0,97%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão
do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 26-11-2007 as ações da Eletrobrás
foram cotadas a R$ 24,50 as ações ON, baixa de 1,61% em relação ao dia
anterior e R$ 24,64 as ações PNB, baixa de 1,44% em relação ao dia anterior.
(Investshop - 26.11.2007)
Leilões 1 Leilão de eólicas no Brasil deve ocorrer entre março e abril Os geradores
de energia eólica no Brasil deverão ganhar um leilão só para si no começo
do próximo ano. Apesar de o martelo ainda não ter sido batido, o fato
é que uma reunião na semana passada entre o ministro interino de Minas
e Energia, Nelson Hubner, e executivos ligados a entidades e empresas
do setor eólico indicou que um pregão de fontes alternativas, com um bloco
específico para a venda dos megawatts (MW) obtidos a partir da força dos
ventos, deverá acontecer entre o fim de março e início de abril de 2008.
(Valor Econômico - 26.11.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Coppe propõe plano para "racionalizar" o consumo de energia A Coppe
(Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia da UFRJ) vai
propor ao governo um plano para "racionalizar" o consumo de energia e,
dessa forma, conter o ritmo do aumento da demanda. "O aumento do consumo
é um bom indicativo do crescimento econômico, mas a gente tem problemas
no setor elétrico. Não está tudo céu de brigadeiro", afirmou Luiz Pinguelli
Rosa, diretor da Coppe e ex-presidente da Eletrobrás. "Pode acontecer
um descompasso entre oferta e demanda, mas isso ainda pode ser evitado",
disse. Segundo Pinguelli, o principal teste do setor será em 2009. "Se
passar pelo gargalo de 2009, dá para continuar crescendo nesse ritmo",
disse. Na avaliação do ex-presidente da Eletrobrás, os atuais problemas
do setor elétrico têm origem na forma como foram introduzidas no sistema
as termelétricas a gás natural e o mercado livre de energia (onde grandes
consumidores, como indústrias, compram energia). "As termelétricas foram
introduzidas de forma caótica."De acordo com o diretor da Coppe, o plano
que será apresentado ao governo não tem nada a ver com racionamento. "Não
é racionamento, não tem medidas de corte de energia. As sugestões estão
voltadas para uso mais eficiente da energia, como lâmpadas econômicas
e equipamentos mais modernos", disse. (Folha de São Paulo - 24.11.2007)
2 Consumo de energia elétrica cresce 5,2% em 2007, afirma EPE O consumo de energia elétrica no país, nos últimos 12 meses encerrados em outubro, foi recorde histórico. De acordo com dados divulgados pela EPE, o consumo atingiu 372.960 GWh, o que indica uma expansão de 5% em relação a igual período do ano anterior. No comparativo a outubro do ano passado, a expansão do consumo de energia foi de 6%. No ano, a taxa acumula crescimento de 5,2%. O aumento do consumo, puxado pela expansão maior da economia, gera temores de gargalo energético no curto prazo. O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, disse que o recorde não leva em consideração o ano de 2003, posterior ao racionamento. "Em razão da economia de energia em 2002, a base comparativa foi muito baixa. Tirando isso, temos esse recorde que indica um crescimento sustentável do consumo de energia elétrica", afirmou. O crescimento foi puxado principalmente pelo consumo residencial, que nos últimos 12 meses aumentou 6%, para 90.128 GWh. (Folha de São Paulo - 24.11.2007) 3 Tolmasquim diz que não há perigo de racionamento Apesar do
aumento no consumo de energia, Tolmasquim disse que não há perigo de racionamento,
uma vez que o incremento está previsto nos planos de expansão adotados
pelo governo federal. "A situação é muito tranqüila. Esse crescimento
forte já estava sendo previsto pelo setor. A oferta está crescendo a um
nível adequado para atender ao consumo e também há um aumento de produção
de geração de energia das próprias empresas consumidoras". Ontem, o diretor-geral
da Aneel, Jerson Kelman, cogitou a possibilidade de acionar termelétricas
em janeiro para evitar racionamento de energia no país. Segundo os dados
divulgados pela EPE, a produção de energia própria já responde por 8,5%
do total do sistema, devendo chegar a 13% nos próximos dez anos. Na indústria,
a geração de energia própria hoje é de 16%, com previsão de aumentar para
27% até 2017. Os principais setores que produzem sua energia são os de
siderurgia, papel e celulose, petroquímica e sucroalcooleiro. (APMPE -
23.11.2007) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 24/11/2007 a 30/11/2007. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Meio Ambiente 1 Brasil tem 66 projetos de redução de gás carbônico certificados pela ONU O Conselho
Executivo do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) das Nações Unidas
certificou até a última sexta-feira (23) 66 projetos brasileiros de crédito
de carbono. Os projetos são iniciativas que reduzem a emissão de gases
de efeito estufa, considerados responsáveis pelo aquecimento global. (Agência
Brasil - 26.11.2007)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras recebe licença de instalação para terminal de gás na Baía de Guanabara A Petrobras recebeu hoje (23) da Fundação Estadual de Engenharia e Meio Ambiente (Feema) a Licença de Instalação para o terminal de regaseificação de GNL que a estatal construirá na Baía de Guanabara. A previsão da Petrobras é de que o terminal entre em operação a partir de maio do próximo ano. O terminal exigirá investimentos de R$ 2,9 bilhões e terá capacidade para receber 20 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. (Agência Brasil - 26.11.2007) 2 Petrobras nega crise e garante ter gás suficiente para atender contratos em vigor A diretora de
Gás e Energia da Petrobras, Graça Foster, disse hoje (23) que não existe
crise no mercado brasileiro de gás natural. Segundo ela, a empresa tem
condições de atender ao volume de gás contrato pelas distribuidoras e
aos despachos previstos no termo de ajustamento de conduta assinado com
a Aneel para a geração de energia elétrica em caso da necessidade de despacho
das usinas térmicas. "Para o que temos de compromisso, o que há de contratos
em vigor, há gás suficiente.O que não podemos é fornecer, eventualmente,
acima do que está nos contratos". (Agência Brasil - 26.11.2007) 3 Petrobras pode cortar gás para distribuidora Sem acordo com
a CEG e a CEG-Rio, que fornecem gás natural para o estado do Rio, a Petrobras
anunciou que vai cortar novamente o fornecimento do insumo para as distribuidoras
estaduais, caso o consumo de energia demande o despacho das usinas termelétricas.
O aviso foi dado pelo presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, que
defendeu, em entrevista exclusiva à Gazeta Mercantil, a substituição do
gás natural veicular (GNV) por alternativas como o álcool e a própria
gasolina, mesmo em períodos de baixa do consumo energético. (Gazeta Mercantil
- 26.11.2007) 4 Petrobras e YPFB formarão empresa mista A Petrobras
e a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) formarão, durante
a visita a La Paz do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro,
uma empresa mista para explorar quatro jazidas de gás, informou a agência
"EFE". A notícia foi publicada sexta-feira pelo diário "La Razón" e confirmada
por fontes do setor petroleiro. Lula chegará a La Paz no dia 11 de dezembro
para se reunir com seus colegas Evo Morales, da Bolívia, e Michelle Bachelet,
do Chile, e anunciar as obras de um corredor bioceânico. No dia seguinte,
Lula e Evo anunciarão a sociedade entre Petrobras e YPFB. As empresas
irão explorar campos no leste e sul boliviano. (Gazeta Mercantil - 26.11.2007)
5 Royalties e concessões podem mudar com megacampo de Tupi A confirmação do potencial do megacampo de Tupi, em águas profundas da bacia de Santos, e a conseqüente retirada de 41 blocos com potencial de petróleo na faixa "pré-sal" do litoral brasileiro trouxeram novos desafios ao governo e ao setor privado. O volume de royalties e participações especiais vai quase dobrar só com esse megacampo, parte das empresas privadas comprou no passado concessões em áreas que agora se revelaram mais "ricas" e cresce a dicussão sobre o modelo de concessões e a distribuição dos impostos gerados pela extração do petróleo. (Valor Econômico - 26.11.2007) 6 Preço de gás em SP só deve subir em maio O preço do gás natural consumido no Estado de São Paulo não deve sofrer aumentos, pelo menos até 31 de maio de 2008, quando ocorre o reajuste anual do produto. A informação é da Comgás e da CSPE (Comissão de Serviços Públicos de Energia), órgão estadual que autoriza o aumento de tarifas. De acordo com a Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres), no entanto, em janeiro o preço do produto vendido pela Petrobras às concessionárias já estará 10% maior, devido à alta do valor do petróleo. (Folha de São Paulo - 25.11.2007) 7 Governo ignora críticas e mostra otimismo com 9ª Rodada de licitações O governo está confiante quanto ao resultado da 9ª Rodada de licitações de áreas de exploração e produção de petróleo e gás, que será promovida pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) amanhã e quarta-feira. Para o secretário de Petróleo e Gás no Ministério de Minas e Energia, João Souto, a decisão de retirar do leilão 41 blocos de grande potencial não deverá reduzir o apetite dos investidores. 'Acredito que o leilão será atrativo para as empresas porque algumas áreas de elevado potencial foram mantidas', disse. 'Além disso, temos bacias que devem atrair empresas de pequeno e médio porte.' (O Estado de São Paulo - 26.11.2007) 8 Novo limite para reservatórios pode antecipar uso de térmicas O presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, disse ontem que a elevação do índice que regula o nível de risco dos reservatórios brasileiros poderá se tornar um dilema, na medida em que poderá antecipar o acionamento das usinas termelétricas. Ele se referiu ao fato de a chamada curva de aversão ao risco de janeiro passar para 61%, nível considerado alto até mesmo para o primeiro mês do ano, quando os reservatórios, normalmente, estão cheios. Atualmente, o nível exigido para janeiro é de 38%. "Pode acontecer de no dia 1º de janeiro o nível estar em 58%, e nós sabermos que vai chover mais e esse nível vai subir. Será que deveremos acionar logo [as termelétricas], dado que há conseqüências eventuais sobre outros setores? Esse é o dilema", afirmou. (Folha de São Paulo - 24.11.2007) 9 Urânio do CE deve começar a ser explorado Escondida sob a vegetação seca e os mandacarus da caatinga do sertão do Ceará, a jazida de Itataia, maior reserva de urânio do país, está perto de começar a ser explorada, 31 anos depois de sua descoberta. O que hoje é sós uma montanha cheia de pedras avermelhadas irá se transformar em combustível para produzir energia nuclear na futura usina de Angra 3, com construção prevista no PAC, e em outras usinas que venham a ser construídas. Após anos de espera, o governo federal está viabilizando um sistema de parceria e, em dezembro, começa a negociar com três empresas -entre elas a Vale do Rio Doce- que demonstraram interesse em ficar com o fosfato, matéria-prima de ração animal ou adubo. São 80 mil toneladas de urânio e 8 milhões de toneladas de fosfato na jazida. (Folha de São Paulo - 26.11.2007) 10 Brasil avança no enriquecimento de urânio, diz ministro da Ciência Faltam duas etapas para o Brasil produzir todo o ciclo do combustível nuclear. O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, informou anteontem que o governo criará uma planta piloto de gaseificação até 2010 e que a fase de enriquecimento do urânio, ainda incipiente, será ampliada para 60% do combustível destinado às usinas de Angra 1 e 2 em 2011. A decisão do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) de retomar o Programa Nuclear Brasileiro levou a INB (Indústrias Nucleares do Brasil) a investir R$ 15 milhões em novos equipamentos para suprir a demanda de Angra 3, que deve entrar em operação em 2013, e para produzir um combustível mais eficiente, chamado 16 MGF, que será destinado à usina de Angra 1. (Folha de São Paulo - 25.11.2007) 11 Plano energético prevê construção de até 8 usinas nucleares no país Estudos já feitos no país e que integram o Plano Nacional de Energia prevêem a necessidade de instalação de quatro a oito usinas nucleares no país até 2030. Seriam no mínimo mais duas usinas no Sudeste e outras duas no Nordeste. A Eletronuclear, estatal responsável pelas usinas, ainda estuda quais seriam os melhores locais, mas um dos que estão sendo cogitados fica às margens do rio São Francisco. A usina de Angra 3 já está aprovada, e suas obras devem ser iniciadas no ano que vem. Sem ter sido enriquecido, o minério de urânio encontrado na natureza, apesar de já ser naturalmente um elemento radioativo, não traz muitos riscos à saúde, segundo a INB. (Folha de São Paulo - 26.11.2007)
Grandes Consumidores 1 Autoprodução de energia deve triplicar até 2017 O mercado de
autoprodução de energia elétrica, em que as companhias têm suas próprias
unidades de geração, vai triplicar nos próximos dez anos. A estimativa
é da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que prevê: o segmento de autoprodução
vai consumir o equivalente a 35 mil gigawatts por hora em 2007 e o total
vai subir para 93 GWh em 2017. Dessa forma, a autoprodução ampliará a
fatia no mercado dos atuais 8% do consumo total de energia elétrica (16%
do consumo industrial) para 13% em 2017 (27% do consumo industrial). De
acordo com o levantamento, os projetos de grande importância das indústrias
atualmente já são elaborados visando à autoprodução de energia. As siderúrgicas
estão entre os setores que se têm expandido, porém, sem aumentar o consumo
do sistema elétrico brasileiro. (DCI - 26.11.2007) 2 Suzano e Petrobras prestes a fechar acordo A Suzano Petroquímica
e a Petrobras estão prestes a concluir o acorda compra da Suzano. As empresas
acreditam que possam anunciar oficialmente o fechamento do negócio na
sexta-feira, dia 30. (DCI - 26.11.2007) 3 Votorantim Metais adquire direitos de zinco da Masa A Votorantim
Metais adquiriu os direitos minerários da massa falida da Mineração Areiense
(Masa), por US$ 35,5 milhões. O acordo abrange as reservas de zinco da
empresa, em Vazante (MG). (DCI - 26.11.2007) 4 Rio Tinto rejeita BHP e detalha planos de crescimento A Rio Tinto
irá investir 2,4 bilhões de dólares em novas minas, vai elevar seus dividendos
e gerar bilhões de dólares com a venda de ativos enquanto se defende da
proposta de 120 bilhões de dólares feita pela rival BHP Billiton . "Enquanto
a BHP pode precisar da Rio Tinto, a Rio Tinto não necessariamente precisa
da BHP", afirmou o presidente executivo da Rio Tinto, Tom Albanese, em
teleconferência de mídia, em Londres, nesta segunda-feira. Albanese reafirmou
que a oferta da BHP fundamentalmente subvalorizava a Rio Tinto. O executivo
afirmou também que, com as duas novas minas de ferro na Austrália, a produção
total dobrará para cerca de 430 milhões de toneladas até 2018. A Rio Tinto
também dever arcar com mais da metade dos custo de mais de 500 milhões
de dólares de expansão de uma mina de diamante no Canadá. (Reuters - 26.11.2007)
5 Negociação de preço de minério de ferro pode demorar, diz Vale A gigante da
mineração mundial, Vale, informou nesta segunda-feira que as negociações
globais sobre o preço do minério de ferro vão começar nos próximos dias
e que um acordo pode demorar. O vice-presidente financeiro da Vale, Fabio
Barbosa, afirmou que é muito cedo para comentar sobre o tamanho dos aumentos
de preços e que a Vale espera que eles reflitam condições de mercado.
(Reuters - 26.11.2007) 6 ArcelorMittal estuda aquisições em Minas Ao participar
na próxima quinta-feira da inauguração do terceiro alto-forno da Companhia
Siderúrgica de Tubarão (CST), localizada em Vitória, no Espírito Santo,
o indiano Lakshmi Mittal, um dos controladores da Arcelor Mittal, aproveitará
para avaliar aquisição de parte dos ativos das nove mineradoras de pequeno
e médio portes, localizadas no complexo Serra Azul, na parte oeste do
Quadrilátero Ferrífero, na região metropolitana de Belo Horizonte. (DCI
- 26.11.2007)
Economia Brasileira 1 Delfin prevê crescimento de 7-8% do PIB Em entrevista concedida ao Valor, Delfin Netto formula a hipótese de que o maior investimento nos setores de infra-estrutura irão possibilitar crescimento do PIB entre 7 e 8 % para os próximos 3 anos. Sobre energia, assinala que: "Há um problema de curto prazo óbvio, mas o entendimento de que há um problema de curto prazo é o primeiro passo para a solução do problema. Não adianta discutir, haverá problema de gás se não chover direito, mas ele não é suficiente para inibir ou abortar o crescimento. Hoje, estou muito mais confiante de que o único fator que poderia abortar o crescimento, que é a oferta de energia, aos trancos e barrancos será superado, infelizmente com custo marginal crescente". Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ e Valor - 26.11.2007) 2 Meirelles admite risco de déficit em balanço O presidente do BC, Henrique Meirelles, admitiu na sexta-feira que a queda no preço das commodities pode levar o Brasil a registrar um pequeno déficit em seu balanço de conta corrente em 2009. Segundo ele, isso não seria um problema para o País, que hoje tem um volume de reservas elevado e adota política de câmbio flutuante, que ajusta as cotações da moeda à expectativa de fluxo de capital. As reservas internacionais caíram US$ 48 milhões na quinta-feira. O montante passou para US$ 176,141 bilhões. (DCI - 26.11.2007) 3 63% das indústrias vêem 2008 melhor, segundo pesquisa 4 Empresários e economistas apostam em "círculo virtuoso' A expressão
que mais se ouve entre empresários, economistas, banqueiros e consultores
é "círculo virtuoso". Nunca o Brasil viveu uma confluência de fatores
positivos tão grande, alimentada pela onda de capital abundante que estimula
a formalização das empresas, a criação de empregos e a geração de novos
negócios. "O Brasil não é o país do futuro", afirma José Olympio Pereira,
diretor do Credit Suisse. "O futuro já chegou." Bancos de investimento
como o Credit Suisse viveram o melhor ano de suas histórias, com as 62
aberturas de capital e as 531 fusões e aquisições realizadas de janeiro
a setembro, segundo a consultoria KPMG. O setor bancário não foi o único,
e a expectativa de o país atingir o "investment grade", nota dada por
agências de risco que permitirá a mais fundos de investimento estrangeiros
aplicar no país, anima ainda mais as perspectivas para 2008. (Folha de
São Paulo - 25.11.2007) 5 Lula vê economia sem gargalos de infra-estrutura Na visão do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva a economia brasileira está operando
sem gargalos de infra-estrutura. Em entrevista exclusiva publicada neste
domingo pelo jornal O Globo, que durante a semana fez uma série de reportagens
sobre gastos públicos, o presidente pareceu ser direto e reto em questões
sobre gargalos na produção. "Não existe", disse Lula ao jornal do Rio.
(Reuters - 25.11.2007) 6 Analistas aumentam projeção para inflação oficial em 12 meses, mostra pesquisa A projeção para a inflação medida pelo IPCA para os próximos 12 meses subiu de 3,91% para 3,93%. A estimativa para o índice que serve de parâmetro para as correções oficiais está no Boletim Focus, divulgado hoje (26) pelo BC. Para este ano, a projeção para o IPCA passou de 3,92% para 3,94%, abaixo do centro da meta de 4,5% para 2007. A estimativa para novembro permaneceu estável (0,28%) e para dezembro subiu de 0,32% para 0,34%. (Agência Brasil - 26.11.2007) 7 Dólar ontem e hoje
Internacional 1 AL discute projetos de integração O recente surto
de crescimento mundial, que englobou também os países da América do Sul,
colocou toda a área sob a ameaça de um racionamento de energia. A crise
financeira dos anos 80 e 90, as disputas de fronteira e a instabilidade
de regras impediram o avanço dos projetos de integração energética. O
risco de uma crise, porém, lançou uma nova luz sobre os países sul-americanos.
Foi o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio
Garcia, quem apontou o paradoxo: a América do Sul é a região que possui
a maior reserva energética do planeta, se forem contabilizados os potenciais
de todas as formas de energia: hidrelétrica, de petróleo e gás, nuclear,
solar, eólica e de biocombustíveis. No entanto, todos os países da região
enfrentam escassez de energia. A solução, segundo avaliou Garcia, é impulsionar
projetos de integração nessa área. Não por acaso, projetos do setor de
energia são tema de conversas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
com praticamente todos os chefes de Estado da América do Sul. (Jornal
do Commercio - 26.11.2007) 2 Ecopetrol investe o dobro em petróleo e gás A Ecopetrol
SA, estatal do petróleo da Colômbia, pretende quase dobrar seus investimentos
em projetos de petróleo e gás natural no ano que vem para elevar suas
decrescentes reservas e produção, disse na última sexta-feira Javier Gutiérrez,
presidente da empresa colombiana. A Ecopetrol utilizará os US$ 2,7 bilhões
gerados em uma oferta de ações realizada em agosto passado para ajudar
a financiar os US$ 3,8 bilhões que serão aplicados em projetos de exploração
e de desenvolvimento, contra os US$ 2 bilhões investidos este ano, disse
Gutiérrez em entrevista concedida em Lima, no Peru, onde ele estava participando
de uma conferência sobre combustíveis. (DCI - 26.11.2007) 3 Areva fornece reatores e combustível para estatal chinesa CGNPC A Areva, estatal francesa de energia nuclear, deve fechar hoje contratos avaliados em US$ 10,4 bilhões para fornecer dois reatores nucleares à energética estatal chinesa CGNPC, bem como o combustível para alimentá-las por 15 anos e mais urânio para outras usinas, segundo autoridades chinesas e executivos franceses. (Valor Econômico - 26.11.2007)
Biblioteca Virtual do SEE 1 NETTO, Delfim. "Infra-estrutura pode dar fôlego para país crescer entre 6% e 7%". Valor Econômico. São Paulo. 26 novembro 2007. Especial. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. 2 EPE. "Consumo na indústria e no comércio demonstra firme dinamismo da atividade econômica em 2007". Ministério de Minas e Energia. 23 novembro 2007. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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