l IFE: nº 2.120 - 17
de setembro de 2007 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Meio
Ambiente Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Reestruturação do Setor 1 Exclusividade exigida pela Odebrecht no Madeira é contestada A Odebrecht
não poderá mais firmar contrato de exclusividade com fornecedores de equipamentos,
para participar dos leilões das usinas de Santo Antônio e Jirau, a serem
construídas no Rio Madeira. A decisão foi tomada em caráter liminar na
sexta-feira pela Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério
da Justiça, e será final se esse também for o entendimento do Conselho
Administrativo de Direito Econômico (Cade), para onde o caso foi encaminhado
para análise mais profunda. A SDE entendeu que os contratos de exclusividade
assinados pela construtora com fornecedores de equipamentos para a construção
das hidrelétricas, impede a concorrência de ter acesso a vários tipos
de equipamentos necessários para a realização das obras. De acordo com
o contrato proposto pela Odebrecht, os fornecedores não podem vender esses
equipamentos para outras empresas, caso o consórcio liderado pela Odebrecht
não seja o vencedor do leilão de Santo Antônio, marcado para o dia 30
de outubro, e o de Jirau, previsto para março de 2008. Além de determinar
o cancelamento dos contratos, a SDE vai abrir um processo administrativo
contra a construtora, para apurar "ocorrência de infração à ordem econômica
consistente no suposto fechamento de mercado com relação a acesso por
parte de concorrentes". Se descumprir a determinação da SDE, a construtora
será multada em R$ 100 mil por dia. (Gazeta Mercantil - 17.09.2007) 2 Odebrecht deve recorrer de decisão A Construtora
Norberto Odebrecht não deverá aceitar tão facilmente a decisão da Secretaria
de Direito Econômico (SDE). A partir de segunda-feira, a empresa terá
cinco dias para apresentar sua defesa. E fará isso. Os advogados já analisam
as estratégias para recorrer da medida preventiva. Segundo o diretor da
Odebrecht Investimentos em Infra-Estrutura, Irineu Meireles, a notícia
sobre o processo administrativo e a anulação das cláusulas contratuais
foi recebida com grande surpresa. "Era um processo investigatório em que
SDE apenas pediu informações à Odebrecht. A medida preventiva só poderia
ser dada depois da nossa defesa e do nosso direito contraditório." Meireles
também afirmou que apresentou à SDE uma série de nomes de empresas que
poderiam fornecer equipamentos para os consórcios concorrentes. Portanto,
diz ele, não há infração à ordem econômica, como destaca a secretaria
no despacho publicado ontem. Para o executivo, o que os concorrentes querem
são as informações estratégicas do processo de construção do Madeira.
(Estado de São Paulo - 15.09.2007) 3 Tolmasquim diz que decisão da SDE deve incentivar competição por Santo Antônio O presidente
da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, disse que a decisão
da Secretaria de Direito Econômico vai aumentar a competição no leilão
da hidrelétrica de Santo Antônio (RO-3.164 MW). A SDE, órgão do Ministério
da Justiça, suspendeu preventivamente os contratos de exclusividade da
Odebrecht com fornecedores como Alstom, VA Tech e Voith Siemens. Para
Tolmasquim, um fator forte de desequilíbrio foi retirado do processo.
"Todos estarão em pé de igualdade porque não haverá restrição para a aquisição
de equipamentos, inclusive no Brasil", comentou. Tolmasquim disse que
a decisão do órgão do Ministério da Justiça não irá prejudicar o cronograma
do leilão previsto para o dia 30 de outubro. "Isso reduz o limitador do
ambiente de competição", reinterou. (Agência Canal Energia - 14.09.2007)
4 Tolmasquim: fatores poderão levar a um adiamento
da licitação 5 Concorrentes querem mais informações para a disputa A batalha
travada entre as empresas interessadas na usina hidrelétrica de Santo
Antônio, no Rio Madeira, ficou evidenciada ontem, durante reunião técnica
promovida pela Aneel para esclarecer dúvidas sobre o projeto. No encontro,
representantes de empresas como Camargo Corrêa e Suez - que deverão participar
da disputa - pressionaram os técnicos do consórcio Furnas/Odebrecht, responsável
pelo estudo de viabilidade da usina, a dar mais informações sobre o projeto.
Os representantes da Suez disseram que não foram fornecidos dados completos
sobre as famílias que terão de ser realocadas para construir a usina.
Também pediram que sejam revelados detalhes do orçamento da obra. "Sem
informações niveladas, não existe concorrência", disse Victor Paranhos,
da Suez. Após o debate, o assistente da superintendência de Geração de
Furnas, Márcio Porto, disse ter certeza de que as informações estão disponíveis.
Diante das divergências, o diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, que
mediava o debate, anunciou que a agência vai analisar se as informações
que foram disponibilizadas até o momento são suficientes. (Estado de São
Paulo - 15.09.2007)
6 Furnas/Odebrecht: Santo Antônio tem que ser iniciada entre março e setembro de 2008 As obras da
hidroelétrica de Santo Antônio têm que ser iniciadas entre março e setembro
de 2008 para a entrada em operação das duas primeiras turbinas em agosto
de 2012. A informação é de técnicos do consórcio Furnas/Odebrecht, responsável
pelo estudo de viabilidade do projeto. Segundo eles, se as obras forem
iniciadas no período chuvoso, novembro/dezembro, ou no período seco de
2009, o cronograma muda. A previsão é de 42 meses para o início da operação
das duas primeiras turbinas, e a concretagem iniciada no 21º mês das obras.
Durante a estiagem, a estimativa é de que mais de 20 das 44 máquinas da
usina fiquem paradas. (DCI - 17.09.2007) 7 Controladas da Eletrobrás poderão participar de leilão da usina de Santo Antônio As empresas controladas pela Eletrobrás estão liberadas para participar do leilão da usina hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, como concorrentes. Elas podem se consorciar com empresas privadas até o limite de 49% de participação no empreendimento. A confirmação foi dada hoje pelo diretor financeiro da Eletrobrás, Luiz Augusto Figueira. Ele esteve presente nesta quinta-feira do 2º Seminário Internacional de Reestruturação e Regulação do Setor de Energia Elétrica e Gás Natural, promovido pela UFRJ. "As empresas do sistema vão poder participar (do leilão), estão fazendo chamadas públicas para se consorciar. Elas têm patamares similares de rentabilidade, vão fazer seus cálculos e vão participar como qualquer outro player", afirmou Figueira, acrescentando não ter definição ainda se todas as controladas da Eletrobrás decidirão tomar parte. (Valor Online - 17.09.2007) 8 Grupo Russo pode participar do Madeira
9 BNDES: desembolso recorde para energia O BNDES espera
concluir a análise do financiamento para até dez hidrelétricas até o fim
deste ano. Segundo o chefe do departamento de Energia Elétrica do banco,
Nelson Siffert, caso esses empréstimos sejam aprovados ainda em 2007 serão
acrescidos cerca de R$ 3 bilhões de desembolsos para o setor elétrico,
que somados aos R$ 4 bilhões já alcançados até agosto totalizarão o montante
recorde de R$ 7 bilhões de recursos liberados para o segmento em um mesmo
ano. Entre os financiamentos previstos para sair ainda este ano, o destaque
é o da hidrelétrica de Estreito (TO), de 1.087 MW, cujo investimento previsto
é de US$ 2 bilhões. As obras da usina já estão em andamento. A equipe
de Siffert também espera encaminhar à diretoria do BNDES até o fim deste
mês a análise do financiamento da hidrelétrica de Simplício (MG/RJ), de
333,7 MW. A usina de Furnas tem investimento de R$ 1,2 bilhão. Já a usina
de Santo Antonio (RO), de 3.150 MW, que integra o complexo hidrelétrico
do Rio Madeira (6.450 MW), deve ter o financiamento aprovado somente em
2008, já que o projeto será licitado no fim de outubro. Siffert, que participou
nesta quinta-feira (13/9) do II Seminário Internacional de Reestruturação
e Regulação do Setor de Energia Elétrica e Gás Natural, no Rio de Janeiro.
(Brasil Energia - 13.09.2007) 10 Bolívia ameaça agir contra usinas do Rio Madeira 11 Apine propõe antecipação de recontratação de energia existente A Associação Brasileira de Produtores Independentes de Energia Elétrica sugeriu a antecipação da contratação, pelo mercado cativo, da energia que será descontratada a partir de 2013. Segundo o diretor de Regulação da Apine, Edson Luiz Silva, o grande bloco de energia existente com previsão de descontratação pode gerar instabilidade no mercado caso ocorra movimentação para o mercado livre. A preocupação da entidade, segundo ele, é com a movimentação de mercado iniciada por alguns consumidores livres diante do cenário de escassez e de elevação de preços nos próximos anos. Como a energia existente só pode ser contratada pelas distribuidoras apenas em leilões A-1, a Apine visualiza que o movimento implicará no crescimento do ambiente de contratação livre lastreado pela energia existente do mercado regulado. (Agência Canal Energia - 14.09.2007) 12 Energia incentivada: Abradee prega fim dos incentivos da Tusd A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica defendeu nesta quinta-feira, 13 de setembro, o fim do subsídio na tarifa de uso do sistema de distribuição por fontes incentivadas. Segundo Fernando Maia, diretor-técnico Regulatório da Abradee, o desconto dado, atualmente, representa R$ 240 milhões anuais, beneficiando 400 agentes, sendo 100 geradores e 300 consumidores livres. O subsídio, disse, representa de R$ 30 a R$ 60/MWh na tarifa de energia. De acordo com a Abradee, as pequenas centrais hidrelétricas e as térmicas a biomassa são competitivas a um preço de R$ 120/MWh. "A única que precisaria do incentivo é a eólica", destacou Maia, após participar do 4º Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico. Ele propôs que o governo limite um prazo para o benefício, incentivando, com isso, a viabilização dos projetos. "Uma proposta possível para acelerar esses projetos é fixar um prazo, dezembro de 2010, após o qual não teria direito a esse desconto. Limitaria assim esse atentado à modicidade tarifária", ressaltou o executivo. (Agência Canal Energia - 14.09.2007)
Empresas 1 Eletrobrás muda de depositário O Bradesco será
o novo depositário das ações de emissão da Eletrobrás, assumindo a função
antes exercida pelo Banco Itaú, informou a estatal por meio de comunicado
à Bovespa nesta sexta-feira (14/9). Aqueles com papéis sob custódia da
Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia continuarão a ser atendidos
pelas respctivas Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários. (Brasil
Energia - 14.09.2007) 2 Alstom planeja ter participação na Areva A Alstom S.A está interessada em uma associação com a Areva. No Brasil, as duas empresas fazem parte do consórcio comandado pela Odebrecht que vai disputar o leilão para construção do Complexo do Rio Madeira. Segundo a imprensa francesa, o presidente francês Nicolas Sarkozy definiu outubro como prazo final para que dois de seus ministros apresentem propostas para a possível venda de participação da Areva, que tem 93,4% de participação do governo francês. (DCI - 17.09.2007) 3 Alstom foca em usinas de geração de energia A Alstom espera
encerrar seu ano fiscal (abril 2008) no Brasil com cerca de R$ 200 milhões
em receitas de manutenção, operação e reformas em usinas de geração de
energia. Segundo o diretor-geral da área de serviços da companhia, José
Antônio Fernandes, o setor representa 25% dos resultados mundiais da Alstom.
No Brasil, entretanto, este percentual é de 10%, o que leva a empresa
a crer em ganhos maiores nos próximos anos. (Valor Econômico - 17.09.2007)
4 AES Brasil quer preferência em transação da Brasiliana
5 Aneel autoriza repasse do Parque Enacel A Aneel deu
sinal verde para que a empresa Energias Alternativas do Ceará transfira
a titularidade da central geradora Parque Eólico Enacel para a Servtec
Energia. Mudanças no cronograma de instalação e nas características técnicas
do empreendimento também foram aprovadas pela reguladora. Com potência
instalada de 31,5 MW, o Parque Eólico Enacel será implantado no município
de Aracati (CE). A previsão de entrada em operação comercial é novembro
de 2008. (Brasil Energia - 14.09.2007) 6 Copel quer atuar também na operação de rodovias O governo do
Paraná iniciou uma corrida contra o tempo para permitir que a Copel, estatal
de energia, amplie sua atuação e participe do leilão de concessão de rodovias
federais marcado para o dia 9 de outubro. Em sua luta contra o pedágio,
o governador Roberto Requião (PMDB) já havia avisado que o Estado entraria
na licitação para ficar com os trechos que cortam o Paraná. Em comunicado
enviado ao mercado na sexta-feira, a empresa informou "se ao final a conclusão
dos estudos for de que os empreendimentos terão a rentabilidade adequada,
a Copel irá avaliar a possibilidade de participar efetivamente do referido
certame". (Valor Econômico - 17.09.2007)
Leilões 1 Leilão de LTs: documentos de pré-qualificação devem ser entregues até dia 21 As empresas
interessadas em participar do próximo leilão de transmissão deverão apresentar
os documentos de pré-qualificação na próxima sexta-feira (21/09), na sede
da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). Segundo a Aneel,
o resultado final com as empresas qualificadas sai no dia 7 de novembro.
(Brasil Energia - 14.09.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS apresenta proposta de estratégia de operação O ONS encaminhará
até o fim de novembro ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE)
do Ministério de Minas e Energia uma proposta de estratégia de operação
visando à segurança do abastecimento bianual do País. A meta é definir
com um ano de antecedência que tipo de complemento hidrológico será usado
na geração de energia nos períodos de seca. Pelo documento que está sendo
elaborado no momento, o Operador, em conjunto com o governo federal, deverá
definir o tipo de fonte que será usada nos meses de janeiro a abril. As
medidas serão recomendadas em função da antecedência temporal e dos níveis
de armazenamento. Na prática, com o novo sistema, o Operador terá definido
no final do período úmido - maio a outubro - qual tipo de complemento
térmico será usado para garantir o nível dos reservatórios e não precisará
esperar para tomar a decisão com um mês de antecedência. "Temos que parar
de discutir e agir. Hoje é preciso uma postura séria para revolver o problema.
Só não é possível continuar dizendo que vai ter apagão em 2011 ou 2012.
As previsões climáticas não têm como nos precisar isso hoje", afirmou
o Chipp, durante o II Seminário Internacional de Reestruturação e Regualação
do Setor de Energia Elétrica e Gás Natural, promovido pelo Grupo de Estudos
do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ, no Rio de Janeiro. (Brasil Energia
- 14.09.2007) 2 Avanço do PIB acende sinal de alerta A garantia de abastecimento energético está no limite do crescimento econômico. O crescimento de 5,4% do PIB brasileiro registrado no segundo trimestre acendeu um novo sinal de alerta no setor energético e colocou em cheque os cálculos do governo federal, que em seu relatório sobre oferta e demanda de energia aponta garantia de abastecimento para um crescimento médio da economia de 4,8% ao ano. O fato do fornecimento de eletricidade estar no limite do crescimento econômico, entretanto, não assusta Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, órgão ligado ao ministério de Minas e Energia. Para o executivo, não há motivos para alarme, porque o atual nível hidrológico aponta para uma tranqüilidade no abastecimento das hidrelétricas nos próximos anos e o risco de falta de energia que o governo trabalha é de 5%, considerado por ele bastante rígido. (Gazeta Mercantil - 17.09.2007) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 15/09/2007 a 21/09/2007. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Meio Ambiente 1 EPE conclui AAIs das bacias do Uruguai e Parnaíba A EPE finalizou
os primeiros estudos de Avaliação Ambiental Integrada das bacias dos rios
Urugaui e Parnaíba. O conteúdo técnico gerado facilitará a montagem dos
Termos de Referência para estudos ambientais e oferecerá parâmetros para
a análise fundamentada desses estudos que serão base de procedimentos
como a expansão da oferta de energia elétrica e licenciamento ambiental
dos empreendimentos. (EPE - 12.09.2007)
Gás e Termoelétricas 1 Déficit de 700 MW médios de gás O atraso no cumprimento do termo firmado entre a Petrobras e a Aneel para o abastecimento de gás natural a térmicas pode representar um déficit de energia de 700 MW médios já no próximo ano. Para 2009, o déficit seria de 2.00o MW médios e de 1.000 MW médios, em 2010. Os cálculos foram feitos pelo ONS e levaram em consideração o descumprimento de todo o cronograma acertado com a Aneel, levando em consideração também a disponibilidade de Gás Natural Liqueifeito (GNL) para as usinas. O diretor do ONS, Hermes Chipp, destaca, no entanto, que o cumprimento do termo de compromisso vai agregar 4.200 MW médios térmicos ao Sistema Interligado Nacional (SIN), que passará de 2.200 MW médios térmicos para 6.400 MW médios térmicos. Hermes Chipp confirmou nesta sexta-feira (14/9), durante o II Seminário Internacional de Reestruturação e Regulação do Setor de Energia Elétrica e Gás Natural, promovido pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ, no Rio de Janeiro, que a Petrobras regularizou a operação das suas térmicas a gás natural. A Aneel havia solicitado novos testes de disponibilidade para a primeira quinzena de setembro, porém, as unidades acabaram despachadas pelo ONS por conta da ordem de mérito. (Brasil Energia - 14.09.2007) 2 Oferta de gás boliviano pode diminuir O Brasil corre
risco de ver diminuída a oferta do gás boliviano em 2008. O problema não
é político, é de falta de investimentos em infra-estrutura, apontam especialistas.
Segundo eles, a falta de aporte de recursos do governo da Bolívia nos
campos de gás e as restrições à empresas transnacionais no país, podem
gerar uma queda na produção do insumo. O problema é que a Bolívia é responsável
pela metade do fornecimento de gás consumido no Brasil. (Gazeta Mercantil
- 17.09.2007)
Grandes Consumidores 1 Petrobras e Vale entram em corrida por reservas O potencial
de descoberta de novas reservas de petróleo e de minério atraiu Petrobras
e Vale para o continente africano. As duas empresas ressaltam que a África
vai ganhar destaque nos seus processos de internacionalização nos próximos
anos. A Vale está presente hoje em Moçambique, Angola, África do Sul e
Gabão. Além disso, realiza pesquisas na região do Congo, na Guiné e na
Argélia de produtos como minério de ferro, platina, manganês, carvão,
bauxita, cobre e níquel. O maior projeto da mineradora na África é a mina
de carvão de Moatize, em Moçambique. (Folha de São Paulo - 16.09.2007)
2 Distribuidoras armam ofensiva contra reajuste de siderúrgicas Motivadas pela
decisão da 22ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte, que determinou
a busca e apreensão de 250 toneladas de aço para a construção civil da
Belgo Siderurgia, empresa controlada pela ArcelorMittal Brasil, as distribuidoras
de aço podem promover uma corrida à Justiça. A expectativa é de que o
movimento seja puxado pela Associação Mineira dos Distribuidores de Aço
para Construção Civil (Amida), que, no primeiro semestre deste ano, reclamou
de um reajuste "combinado" de 6% no preço do vergalhão. (DCI - 17.09.2007)
3 Produção mineral do País deve girar R$ 40 bi neste ano A produção mineral
brasileira deverá encerrar o ano acima dos R$ 40 bilhões, elevando em
11% o resultado obtido em 2006. A previsão é do Instituto Brasileiro de
Mineração (Ibram). A entidade destaca o aumento da produção do níquel,
metal que está em forte demandada e com estoques baixos em todo o mundo.
(DCI - 17.09.2007) 4 Stora Enso anuncia alta de US$ 55,60 no preço do papel A Stora Enso,
maior produtora de papel e papelão do mundo, planeja elevar os preços
da tonelada do papel não-revestido em 40 euros (55,6 dólares) na Europa
a partir de outubro. "Notificamos nossos clientes de um aumento no preço",
informou um porta-voz da empresa sexta-feira. (DCI - 17.09.2007) 5 Nafta dispara e pressiona cadeia petroquímica A nafta, principal
matéria-prima da petroquímica, quebrou a barreira de US$ 700 por tonelada
e essa alta terá reflexos em todos elos da cadeia produtiva do setor.
Pela previsão dos fabricantes de produtos plásticos, que compram resinas
produzidas a partir da nafta, o aumento do produto, que neste ano já supera
27%, será repassado a seus clientes, que incluem empresas do porte da
Nestlé e da General Motors. (DCI - 17.09.2007) 6 Minério poderá subir 25% em 2008, afirma J.P. Morgan Os contratos
de minério de ferro podem subir 25% em 2008, à medida que as mineradoras
não conseguem acompanhar a alta demanda, disse o JPMorgan após elevar
sua estimativa anterior de alta de 10%. (DCI - 17.09.2007) O níquel subiu
pelo quarto dia consecutivo em Londres, com a demanda da indústria que
produz aço inoxidável e consome dois terços do metal. O níquel para entrega
daqui a três meses na Bolsa de Metais de Londres subiu US$ 700, ou 2,5%,
para US$ 28.600 a tonelada. O cobre subiu US$ 12, ou 0,2%, para US$ 7.550
a tonelada métrica. (Gazeta Mercantil - 17.09.2007)
Economia Brasileira 1 Banco Mundial agora estima que Brasil cresça 5% neste ano A impulsão de investimentos e de consumo das famílias divulgada pelo IBGE nesta semana levou o Banco Mundial a revisar para 5% sua estimativa de crescimento da economia neste ano, superando os 4,7% previstos pela equipe econômica de Luiz Inácio Lula da Silva. "Fizemos um prognóstico de um crescimento de 4,5% no início deste ano, mas estamos revisando para 5%", afirmou Ethan Weisman, economista-chefe do Bird para o Brasil. A primeira estimativa do banco para o crescimento da economia brasileira, no início do ano, levou em conta apenas as promessas de investimentos contidas no PAC e fatores macroeconômicos. Outra avaliação positiva do Banco Mundial diz respeito ao impacto das turbulências vividas pelo mercado financeiro mundial. Para Weisman, o país não deve ser contaminado, como em outras ocasiões. "O crescimento brasileiro está baseado no consumo das famílias", analisou o economista. (Folha de São Paulo - 15.09.2007) 2 Lula diz que Brasil crescerá 5% ao ano até o fim de seu mandato Ao abrir um seminário sobre energia para empresários noruegueses, o presidente Lula afirmou ontem que o Brasil continuará crescendo 5% até o fim do seu mandato, com inflação no patamar de 4%. Dois dias depois de mostrar preocupação com um possível aumento da inflação diante do crescimento de 5,4% do PIB no segundo trimestre, ante igual período de 2006, Lula disse que encontrou o "jeito sério" de trabalhar com a economia. "No próximo ano cresceremos 5% e a inflação não passará de 4% e em 2009 também cresceremos 5% e a inflação não passará de 4%", afirmou, diante de cerca de 400 empresários. (Estado de São Paulo - 15.09.2007) 3 Projeção para o PIB em 2007 recua para 4,70% 4 Bernardo não crê em inflação de demanda O ministro do
Planejamento, Paulo Bernardo, avaliou na última sexta-feira que os alertas
sobre os riscos de aquecimento da demanda contidos na ata do Copom podem
deixar de "ter caráter imperioso" se a inflação refluir. Ele lembrou que
nos próximos dias serão divulgados dados mais recentes de inflação e que
a ata do Copom foi escrita antes da divulgação dos dados positivos do
crescimento econômico no primeiro semestre - o PIB cresceu 4,9% no período,
taxa mais alta desde o segundo semestre de 2004. No entanto, Bernardo
admitiu que a queda no ritmo de redução de juros, de 0,5 ponto para um
corte de 0,25 p.p. na última reunião, ocorreu muito mais em função do
aumento da demanda do que por causa das recentes turbulências nos mercados
internacionais. O ministro disse que, embora o consumo interno esteja
crescendo no País, o governo não acredita em uma inflação de demanda.
(Jornal do Commercio - 17.09.2007) 5 Presidente do BC afirma que país está mais preparado para enfrentar turbulências externas O Brasil é hoje
um país muito mais bem preparado para enfrentar turbulências financeiras
internacionais do que no passado, por que tem uma economia mais sólida
e impulsionada pela expansão da demanda doméstica. A avaliação foi feita
pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Para Meirelles,
porém, ainda é prematuro afirmar que o país não terá o seu crescimento
afetado nos próximos dois anos pela turbulência causada pelo mercado imobiliário
norte-americano, pois ninguém está imune a crises externas de liquidez.
(Jornal de Brasília - 15.09.2007) 6 Arrecadação federal cresce uma CPMF no 1º semestre A arrecadação tributária federal cresceu R$ 36,01 bilhões somente no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2006. Foram R$ 305,53 bilhões neste ano, contra R$ 269,52 bilhões em 2006. Em termos nominais, esse valor adicional equivale a toda a receita prevista com a CPMF neste ano, que deverá alcançar cerca de R$ 36 bilhões. Esse aumento indica que, mesmo se abrisse mão do tributo do cheque, o governo federal ainda teria folga de caixa. Os números sobre a arrecadação tributária no país foram divulgados ontem pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), entidade que reúne profissionais do setor que se dedicam a estudos tributários de natureza institucional, setorial e empresarial. (Folha de São Paulo - 15.09.2007) 7 Investimento em 2 anos é o maior desde o Real 8 Investimento em alta deve manter crescimento sustentado, diz BNDES O Brasil tem
condições de chegar ao fim da década com uma taxa de investimento do PIB
perto de 21,5%, 4 pontos porcentuais acima da prevista para este ano.
A estimativa é de Francisco Eduardo Pires de Souza, assessor da área de
Planejamento do BNDES. Segundo Pires de Souza, nesse nível a economia
brasileira teria chance de alcançar um crescimento sustentado de 5% ou
mais ao ano. Ele também informa que muitas empresas estão recorrendo ao
segundo ou terceiro turno de trabalho, para aumentar a capacidade de atendimento
à demanda. (Estado de São Paulo - 16.09.2007) 9 País cria 1,35 milhão de empregos formais entre janeiro e agosto O ministro do
Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse ontem que a quantidade de novos
empregos criados no País em 2007 pode superar o recorde apurado em 2004,
ano em que 1.523.276 vagas com carteira assinada foram criadas, de acordo
com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). De
janeiro a agosto, 1.355.824 novos empregos foram criados no Brasil. "Ainda
temos setembro, outubro e novembro, considerando que em dezembro temos
dispensa de trabalhadores temporários. Mas acredito que, se não batermos
2004, vamos ficar muito próximos", disse Lupi, após a divulgação dos dados
do Caged. A expectativa do ministério é de que o ano se encerre com a
criação de 1,5 milhão a 1,6 milhão de novos empregos. "Ainda acho que
batemos o recorde. Como sou otimista, continuo insistindo." (Estado de
São Paulo - 15.09.2007) 10 Taxa de desemprego foi a menor desde 1997 O mercado de
trabalho teve em 2006 um dos seus melhores anos na história recente, com
ampliação da população ocupada, queda acentuada do desemprego e aumento
da formalização. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) de 2006 mostram que a taxa de desocupação (desemprego) caiu de
9,3%, em 2005, para 8,4%, no ano passado. Este é o menor desemprego registrado
na Pnad desde 1997, quando foi de 7,8%. A redução do número absoluto dos
desempregados, de 2005 para 2006, foi de 742 mil pessoas. (Estado de São
Paulo - 15.09.2007) 11 Governo só concluiu 9,24% dos projetos do PAC este ano Os investimentos
do PAC controlados diretamente pelo governo estão ganhando volume. De
acordo com levantamento do site Contas Abertas, dos R$ 17,8 bilhões previstos
no Orçamento da União este ano para projetos do PAC, 44,74% já estão empenhados,
ou seja, comprometidos com o pagamento de produto ou serviço que, provavelmente,
já está em andamento. O volume de projetos concluídos e pagos, porém,
é bem menor: 9,24% do total. "É uma boa e uma má notícia", diz o economista
Gil Castelo Branco, responsável pelo levantamento. "A boa é que os investimentos
estão acelerando; a má é que eles continuam bem aquém do que o próprio
governo esperava gastar." O levantamento diz respeito a uma pequena parcela
do PAC, a que é paga com recursos do orçamento federal e cuja evolução
pode ser acompanhada pelo Sistema Integrado de Administração Financeira
(Siafi). Ela corresponde a menos de um quarto do valor previsto no PAC
para os próximos quatro anos (R$ 67,8 bilhões num universo de R$ 504 bilhões).
O restante está a cargo de estatais, setor privado e governos estaduais
e municipais, e o acompanhamento é mais difícil. (Estado de São Paulo
- 16.09.2007) 12 Preços no atacado têm forte alta e IGP-10 de setembro sobe 1,47% O IGP-10 subiu
1,47% em setembro, ante avanço de 0,64% em agosto, informou a FGV, nesta
segunda-feira.O IPA) teve forte alta, de 2,06%, ante ganho de 0,83% em
agosto. O IPC subiu 0,37%, ante alta de 0,28% no mês anterior.O INCC teve
ganho de 0,32%, ante ganho de 0,29% no mês passado. O IGP-10 foi calculado
com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do
mês de referência. (Reuters - 17.09.2007) 13 Mercado eleva mais uma vez projeção para o IPCA em 2007 O mercado financeiro
elevou mais uma vez sua estimativa para a inflação em 2007, mas mantém
a aposta de apenas mais um corte na taxa de juro este ano. De acordo com
pesquisa feita pelo Banco Central, divulgada nesta segunda-feira, analistas
e economistas consultados estimam que o IPCA encerrará o ano com alta
de 4,01%, levemente acima do avanço de 3,99% estimado no levantamento
anterior. Em termos de juros, os analistas acreditam que o Copom do BC
irá cortar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual em outubro, o que colocará
o juro básico em 11%, patamar que deve ser mantido, ao menos, até o final
do ano. (Reuters - 17.09.2007) 14 IPC-S desacelera e sobe 0,32% na 2a leitura do mês, mostra FGV O IPC-S registrou
alta de 0,32% na segunda leitura de setembro, uma desaceleração frente
ao avanço de 0,49% na abertura do mês, informou a FGV, nesta segunda-feira.
Quatro das sete classes de despesa que compõem o índice registraram decréscimos
em suas taxas de variação. A maior alta do período foi apurada pelo grupo
Habitação, onde os preços subiram 0,50%. (Reuters - 17.09.2007) O dólar comercial
iniciou esta jornada com valorização. Instantes atrás, a moeda estava
a R$ 1,909 na compra e a R$ 1,911 na venda, com alta de 0,57%. Na abertura,
marcou R$ 1,911. Na última sexta-feira, o dólar comercial recuou 0,26%,
a R$ 1,898 na compra e R$ 1,900 na venda. (Valor Online - 17.09.2007)
Internacional 1 Venezuela investirá US$ 18 bi para aumentar produção de gás O presidente
venezuelano, Hugo Chávez, anunciou neste domingo que seu governo investirá
US$ 18 bilhões nos próximos cinco anos em um plano para aumentar a produção
de gás dos atuais 7 bilhões de pés cúbicos diários para 11 bilhões de
pés cúbicos diários. Este domingo teve início a construção de uma usina
de compressão de gás em Anaco (oeste), com um investimento de US$ 800
milhões. (Jornal de Brasília - 16.09.2007) 2 Privatização faz México refém do capital estrangeiro Sob pretexto
de conter o déficit público, alguns setores estratégicos do México, como
os de energia, bancos e petróleo, preservados na onda de privatizações
ocorrida entre 1989 e 1994, foram abertos ao capital privado após a crise
financeira de 1995. As conseqüências foram dramáticas, de acordo com o
professor Gregório Vidal, catedrático da Universidade Autônoma do México
(MX), que esteve no Rio como palestrante no II Seminário Internacional:
Reestruturação e Regulação do Setor de Energia Elétrica e Gás Natural,
promovido no Rio pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), do Instituto
de Economia da UFRJ. "Após 1995, cinco dos seis maiores bancos mexicanos
foram incorporados pelo capital estrangeiro, que passou a controlar 90%
dos ativos financeiros do país", conta Vidal, acrescentando que, no setor
elétrico, a capacidade de geração de energia manteve-se estagnada e as
termelétricas (mais caras e poluentes, porém controladas pelo capital
privado) passaram a ter prioridade, em detrimento das hidrelétricas. (Monitor
Mercantil - 14.09.2007)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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