l IFE: nº 2.088 - 01
de agosto de 2007 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Meio
Ambiente Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Lula convoca reunião para discutir energia O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva convocou para hoje reunião extraordinária do
Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), no Palácio do Planalto.
Segundo fontes, os integrantes do conselho discutirão a situação do suprimento
de energia nos próximos anos. O fato de o presidente Lula participar da
reunião traz mais peso ao encontro. A última vez em que Lula reuniu-se
com o CNPE foi em maio de 2006, no auge da crise do gás com a Bolívia.
Na ocasião, o conselho aprovou planos para antecipar a produção de gás
no Brasil, com o intuito de diminuir a dependência do combustível boliviano.
Neste ano, o CNPE reuniu-se apenas uma vez, no fim de junho, para aprovar
o projeto de retomadas da construção da usina nuclear de Angra 3, no Rio
de Janeiro. Outro assunto que deverá ser discutido é a situação do projeto
das hidrelétricas do Rio Madeira. (O Estado de São Paulo - 01.08.2007)
2 Projeto de lei estabelece meta de geração por fontes alternativas Encontra-se
em análise na Câmara dos Deputados um projeto de lei que pretende estabelecer
uma política nacional de energias alternativas, com o objetivo de permitir
ampliação, desenvolvimento e disseminação do uso de fontes alternativas
aos combustíveis fósseis. Segundo o Projeto de Lei 523/2007, do deputado
Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), a meta é que 25% da produção de
eletricidade gerada no país até 2020 seja feita por combustíveis não fósseis.
O parque gerador nacional tem cerca de 100 mil MW instalados. O projeto
faz parte de um esforço para controle de emissões de gases que contribuem
para o efeito estufa, de acordo com a justificativa do deputado. O PL
determina, entre outros pontos, a participação do Brasil em atos e acordos
para contenção de emissões. De acordo com o documento, considera-se como
energia alternativa o biocombustível, a biomassa, a energia eólica e a
energia solar térmica e fotovoltaica, porém exclui a energia nuclear.
A proposta prevê também a suspensão da emissão de licenças ambientais
para novos empreendimentos de geração energética convencional, caso a
participação das fontes não atinja o percentual de 25% em 2020. O índice,
segundo o PL, deve ser aumentado para 35% até 2030. Além disso, o projeto
em tramitação também define diretrizes para financiamento da conversão
de usinas de fontes convencionais em renováveis. (APMPE - 31.07.2007)
3 Abdib entra com recurso administrativo contra resolução sobre qualidade da transmissão O comitê
de Transmissão da Associação Brasileira de Infra-estrutura e Indústria
de Base entrou com recurso administrativo na Aneel, com pedido de efeito
suspensivo contra a resolução normativa da agência que estabelece novos
procedimentos de gestão da qualidade para as instalações de transmissão.
Segundo a associação, as novas regras não deveriam sobrepor às condições
contractuais já pactuadas. A Abdib destacou que já vinha mantendo negociações
com a Aneel desde março, com o objetivo de alterar alguns pontos da minuta
de resolução, aprovada neste mês de julho. Na avaliação da entidade, algumas
das mudanças previstas na nova resolução entram em conflito com cláusulas
existentes em contratos de concessão. As novas normas, ressalta a Abdib,
abre espaço para conflitos no momento em que como determina se a indisponibilidade
é responsabilidade da concessionária, uma vez que o fato caracteriza em
penalidades. Uma das punições é a parcela variável, a qual é aplicada
por meio de desconto na receita mensal fixa a partir de uma fórmula paramétrica,
em função com a duração da indisponibilidade. (Agência Canal Energia -
31.07.2007) 4
Dilma anuncia projetos para Mato Grosso O tema do Energy Summit 2007, que vai acontecer entre os dias 7 e 9 de agosto no Hotel InterContinental Rio, é "A Segurança Energética em Xeque". Heller Redo Barroso, diretor da área de structured-finance e infra-estrutura do escritório Bastos-Tigre e especialista no setor de energia, preside a abertura e o encerramento do congresso. (Gazeta Mercantil - 1.08.2007) O Programa de Dinamização Regional do BNDES deve beneficiar 16 municípios do Mato Grosso do Sul. O programa pretende elevar o nível de investimento nas áreas menos desenvolvidas do país. Entre os setores não contemplados pelo Programa estão os empreendimentos de energia elétrica. (MS Notícia - 31.07.2007)
Empresas 1 BNDES financia R$ 1 bi para duas usinas da Eletrosul O CMN autorizou
a liberação, pelo BNDES, de até R$ 1,8 bilhão para financiar quatro usinas
hidrelétricas que fazem parte do PAC, segundo a Eletrosul. Entre elas
estão Mauá, que Eletrosul e Copel vão construir no Paraná, e Passo São
João, que a empresa constrói no Rio Grande do Sul. Os recursos serão liberados
entre 2007 e 2010. O financiamento para a Eletrosul (com juros anuais
de 10% e prazo de dez anos) deve chegar a cerca de 70% do orçamento total
de cada empreendimento -cerca de R$ 700 milhões para Mauá e R$ 190 milhões
para Passo São João. O restante virá de investimentos da Eletrosul. (Folha
de São Paulo - 1.08.2007) 2 Cooperativas rurais serão tratadas como distribuidoras de energia elétrica A Aneel deu nesta terça o primeiro passo para regularizar a situação de cooperativas rurais que vendem energia elétrica. Essas cooperativas que hoje compram energia com desconto de até 80%, passarão a ser tratadas como distribuidoras de energia elétrica e terão que se enquadrar nas normas da agência. A diretoria da Aneel aprovou hoje as tarifas básicas de 22 de 54 cooperativas que serão regulamentadas. A maioria delas atua nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Essas cooperativas, além de comprar energia para uso dos próprios cooperados, vendem para moradores de área rurais próximas e mesmo de cidades, o que as caracteriza como pequenas distribuidoras. A agência definiu ainda que os consumidores que comprarem energia das cooperativas pagarão, no mínimo, a mesma tarifa da distribuidora local. O valor pode chegar a até 20% a mais do cobrado pela companhia local. As distribuidoras poderão ainda comprar energia em leilões promovidos pelo governo e construir PCHs para gerar a energia que distribuirá. (Estado de Minas - 31.07.2007) 3 Odebrecht e Camargo Corrêa acirram briga pelo Madeira Representantes
da Camargo Corrêa e da Odebrecht estiveram no Conselho Administrativo
de Defesa Econômica (Cade), do Ministério da Justiça, em reuniões separadas,
para tratar da licitação das hidrelétricas do Rio Madeira. No primeiro
encontro, representantes da Camargo Corrêa alegaram ao Cade que o acordo
de exclusividade feito pela Odebrecht com fornecedores de produtos considerados
essenciais ao leilão torna extremamente difícil a competição na licitação.
Eles perguntaram ao órgão antitruste sobre a viabilidade de ser instaurado
um processo administrativo para investigar a suposta conduta anticompetitiva
por parte da Odebrecht. No segundo encontro, representantes da Odebrecht
apresentaram uma lista de fornecedores que podem vender turbinas à Camargo
Corrêa e outros interessados na licitação das duas hidrelétricas. Eles
admitiram que fizeram acordos de exclusividade com três fornecedores,
mas ressaltaram que existem mais de dez aptos a fornecer os produtos necessários
às obras do complexo Madeira. Os representantes da Odebrecht disseram
ainda que a Camargo Corrêa não apostou no leilão do Madeira, pois acreditava
que a licença ambiental às obras não sairia neste ano. (Valor Econômico
- 01.08.2007) 4
Chesf investirá R$ 26 mi em P&D 5 Furnas divulga projetos do programa de P&D do ciclo 2006/2007 Furnas divulgou
o conjunto de novos projetos candidatos a compor o ciclo 2006/2007 do
programa de P&D Tecnológico, que serão encaminhados para a Agência Nacional
de Energia Elétrica para avaliação, homologação e aprovação. A Aneel tem
até o dia 31 de agosto para emitir um parecer. (Agência Canal Energia
- 31.07.2007) 6 CLFSC recebe aprovação de programa de eficiência energética O ciclo
2006/2007 do programa de eficiência energética da CLFSC recebeu a aprovação
da Agência Nacional de Energia Elétrica. O programa prevê investimentos
de R$ 970,588 mil, o que corresponde a 0,5336% da receita operacional
líquida da empresa, de R$ 181,901 milhões. A Aneel determinou que o relatório
parcial seja entregue até o dia 1° de fevereiro de 2008 e que o programa
esteja concluído até o dia 1° de agosto do mesmo ano. (Agência Canal Energia
- 31.07.2007) 7 CEEE recebe lista de prioridades energéticas para RS O secretário
de Infra-estrutura e Logística do Rio Grande do Sul, Daniel Andrade, apresentou
ao grupo CEEE na semana passada, uma relação de obras necessárias para
garantir o abastecimento de energia elétrica aos empreendimentos previstos
no estado a partir de 2007. O Programa Gaúcho de Pequenas Centrais Hidrelétricas,
coordenado pelo grupo CEEE, e que visa a colocar energia nova para o estado
em 2010 é uma das prioridades. Segundo Andrade, o Rio Grande do Sul tem
potencial identificado de investimentos em PCHs da ordem de R$ 670 milhões.
(Agência Canal Energia - 31.07.2007) No pregão do dia 31-07-2007, o IBOVESPA fechou a 54.182,50 pontos, representando uma baixa de 0,71% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 5,6 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,42% fechando a 17.052,75 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 49,75 ON e R$ 48,90 PNB, baixa de 2,45% e 1,81%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 01-08-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 49,70 as ações ON, baixa de 0,10% em relação ao dia anterior e R$ 48,80 as ações PNB, baixa de 0,20% em relação ao dia anterior. (Investshop - 01.08.2007)
Leilões 1 Leilão A-3 reforça que preço do MW precisa ser mais caro, segundo Ativa Corretora A corretora
Ativa avalia que o leilão A-3 foi positivo para as empresas geradoras,
pois reforça o cenário de pressão de alta nos preços da energia dos próximos
leilões. Com o preço máximo fixado de R$ 124 por MWh, avalia a empresa,
houve desinteresse por parte das hidrelétricas de participarem do leilão,
pois este valor, segundo a Ativa, não viabiliza os investimentos. A corretora
também avaliou de modo positivo a manutenção das empresas estatais de
fora do processo, pois assim, elas não forçaram os preços para níveis
que afastassem a iniciativa privada dos novos empreendimentos. (Agência
Canal Energia - 31.07.2007) 2 Leilão A-3: Brascan considera resultado positivo em competitividade e segurança A Brascan Corretora avalia que o resultado do leilão de energia A-3 é positivo tanto pelo lado da segurança do abastecimento, em função da demanda atendida das distribuidoras, de 101,8%, quanto pelo aspecto da competitividade. Segundo a corretora, o novo paradigma de preços da energia de usinas a óleo combustível está associado a incentivos fiscais concedidos pelo Programa de Aceleração do Crescimento e à eficiência maior dos equipamentos. O leilão A-3, realizado na semana passada, teve negócios fechados apenas por usinas a óleo combustível, a umk preço médio de R$ 134,67 por MWh, conotra R$ 140 por MWh de preço inicial. Para a Brascan, entre outros aspectos, a ausência de negociação de fontes hídricas não deve ser interpretada como de forma negativa, uma vez que o perfil de leilões A-3 é voltado para termelétricas, mais rápidas de serem construídas. A corretora recorda ainda que as hidrelétricas Suíça (33,9 MW) e Mascarenhas (198 MW) iriam negociar montantes oriundos de processos de repotenciação. Além disso, a desistência de negociação de Serra do Facão (210 MW) pode estar associada a estratégia empresarial. (Agência Canal Energia - 31.07.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo de energia cresce 4% Dados preliminares
do ONS indicam que o consumo de energia elétrica em todo o País cresceu
4% em julho, em comparação com o mês correspondente do ano passado. Ao
todo, foram consumidos 48.019 MW/médios. Em relação a junho de 2007, foi
verificado um pequeno incremento de 0,5%. No acumulado dos últimos 12
meses, o consumo de energia elétrica aumentou 4,3%, em comparação ao período
correspondente anterior. Os números estão incluídos no Boletim de Carga
Mensal, divulgado ontem. As baixas temperaturas constatadas em julho do
ano passado, principalmente nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul,
tiveram influência direta no resultado, já que ocasionaram redução significativa
na carga de refrigeração, de acordo com o ONS. Além disso, o desempenho
da atividade industrial também contribuiu para o resultado. De acordo
com o ONS, o crescimento mantém o comportamento observado ao longo do
segundo trimestre, e tem influência dos efeitos dos baixos valores de
carga registrados no mesmo período no ano passado. (Jornal do Commercio
- 01.08.2007) 2 ONS: níveis de armazenamento estarão acima da curva de aversão ao risco Os níveis de armazenamento previstos para o final do período seco, em novembro de 2007, estarão acima dos definidos pela curva de aversão ao risco 2007/2008, ou seja, acima dos valores definidos pelos critérios de segurança. Segundo apresentação do Operador Nacional do Sistema Elétrico no Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico, os níveis estão acima da curva de aversão ao risco "mesmo considerando o pior cenário de afluência para as regiões Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste". Na reunião do CMSE, que ocorreu na última segunda-feira, 30 de julho, e tratou de diversos temas, o ONS apresentou as tendências climáticas apontadas pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os próximos meses. (Agência Canal Energia - 31.07.2007) 3 Carga de energia do SIN aumentou 0,5% em julho A carga
de energia do Sistema Interligado Nacional aumentou 0,5% em julho em relação
ao mês anterior, seguindo tendência sazonal já prevista pelo ONS. Em relação
a julho de 2006, o crescimento foi de 4,0% e, segundo a área técnica do
ONS, se justifica devido às baixas temperaturas ocorridas nos subsistemas
Sudeste/Centro-Oeste e Sul ao longo daquele mês. (Valor Econômico - 01.08.2007)
4 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 79,7% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 79,7%, com
redução de 0,1% em relação à medição do dia 29 de julho. A usina de Furnas
atinge 90,0% de volume de capacidade. (ONS - 30.07.2007) 5 Sul: nível dos reservatórios está em 79,7% O nível
de armazenamento na região Sul não apresentou variação significante de
armazenamento em relação à medição do dia 29 de julho, com 79,7% de capacidade
armazenada. A usina de Machadinho apresenta 99,5% de capacidade em seus
reservatórios. (ONS - 30.07.2007) 6 NE apresenta 74,1% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,1% em relação à medição do dia 29 de julho, o Nordeste está
com 74,1% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 67,7% de volume de capacidade. (ONS - 30.07.2007) 7 Norte tem 82,5% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 82,5% com redução de 0,4% em
relação à medição do dia 29 de julho. A usina de Tucuruí opera com 78,2%
do volume de armazenamento. (ONS - 30.07.2007)
Meio Ambiente 1 Ministro do Meio Ambiente propõe estruturação do Sistema Nacional do setor O ministro
interino do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, propôs ontem no 17º
Encontro da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente,
no Recife, um pacto para implementação rápida do Sistema Nacional de Meio
Ambiente. O objetivo é elaborar uma agenda para trabalhar na estruturação
do sistema. De acordo com Capobianco, o primeiro desafio é a implementação,
pelos municípios, dos conselhos municipais de meio ambiente para definir
prioridades. (O Estado de São Paulo - 01.08.2007)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras se desfaz de turbinas a gás A Petrobras iniciará em setembro as obras de uma subestação de energia no Terminal Portuário do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, litoral oeste do Ceará, projeto estratégico nos planos de mudança da fonte de geração das nove plataformas petrolíferas da estatal brasileira no estado. Na prática, a empresa vai retirar de operação as atuais cinco turbinas movidas a gás natural e substituir a geração própria por energia distribuída pelas empresas Chesf e Coelce. O projeto da Petrobras começou a ser implementado em 2005, com a licitação para fabricação dos cabos, e prosseguiu este ano, com a concorrência para a construção da subestação. A mudança, que possibilita maior estabilidade no sistema elétrico da região, evita transtornos provocados pela quebra de bombas e conseqüente interrupção do processo de extração do petróleo e gás. O novo sistema vai permitir ainda à Petrobras liberar o gás utilizado para mover as turbinas ao mercado brasileiro. (Gazeta Mercantil - 1.08.2007) 2 Usina Eldorado já processou 42% da safra de cana 2007/08 A Usina
Eldorado, localizada em Rio Brilhante/MS, foi uma das primeiras usinas
da região Centro-Sul a iniciar a safra 2007/08 de cana-de-açúcar. A Usina
começou a moer em março e já processou 750 mil toneladas de cana, que
corresponde a 42% da sua meta para esta safra, que é de 1,8 milhão de
toneladas. Auto-suficiente em energia elétrica, a unidade gera mais de
12 mil Mwh de energia por dia. O excedente de energia é exportado para
redes de distribuição elétrica. Construída com a mais alta tecnologia
do setor da bioenergia, a Usina Eldorado possui uma capacidade instalada
de até 1,9 milhão de toneladas de cana processadas por safra. Número que
deve crescer para até 4,8 milhões de toneladas nos próximos anos. (MS
Notícia - 31.07.2007)
Grandes Consumidores 1 Braskem exporta 27% a mais no semestre A Braskem,
viu o volume de exportações à Argentina crescer 27% no primeiro semestre
deste ano na comparação com igual período do ano passado, principalmente
nas vendas de polietilenos. A petroquímica, porém, informa que o aumento
das vendas não está relacionado à crise energética enfrentada pelo país
vizinho. "Essas taxas de crescimento já vinham antes da crise energética.
O impacto [da crise] foi pequeno", diz o diretor de exportações de poliolefinas
da Braskem, Walmir Soller. Ele diz que a crise energética afetou a oferta
local de resinas no início de julho, o que, segundo ele, levou os produtores
a administrar os estoques e a reduzir as exportações para outros mercados,
como Uruguai, Chile e Paraguai. Soller acha que os problemas também afetaram
a indústria de transformação de produtos plásticos, reduzindo a demanda
local por resinas. (Valor Econômico - 01.08.2007) 2 Lucro da Vale cresce 80% e chega a R$ 10,9 bi A CVRD registrou
lucro recorde de R$ 10,937 bi no primeiro semestre de 2007 -79,6% mais
do que os R$ 6,090 bilhões obtidos em igual período de 2006. O resultado
foi inflado pela aquisição da Inco. No segundo trimestre, a Vale lucrou
R$ 5,842 bi, com expansão de 14,7% ante o primeiro trimestre. Em relação
ao segundo trimestre de 2006, o crescimento foi de 49,6%. O resultado
trimestral também é o maior da história da companhia. O desempenho da
empresa ficou, porém, abaixo da maior parte das projeções de analistas,
que apontavam um lucro de R$ 6 bi a R$ 6,5 bi no segundo trimestre. Entre
os fatores que influenciaram diretamente o resultado, a companhia ressaltou
a expansão do lucro operacional, o aumento do resultado financeiro e os
ganhos com a venda de ações da Usiminas e com a abertura da capital da
Log-In Logística. Segundo a Vale, o volume de embarques de minério de
ferro e pelotas, principais produtos da companhia, cresceu 8,1% na comparação
com o segundo trimestre de 2006. A área de minerais não-ferrosos, que
ganhou espaço no faturamento da companhia com a aquisição da Inco, atingiu
novo recorde trimestral em receita: R$ 7,802 bi, com expansão de 42,9%
ante o segundo trimestre de 2006. O resultado poderia ser melhor não fosse
a desvalorização do dólar, dizem especialistas. É que quase a totalidade
das vendas da empresa é atrelada à moeda norte-americana. Por outro lado
há um impacto menor sobre as dívidas da empresa, denominadas principalmente
em dólar. (Folha de São Paulo - 1.08.2007) 3 Fusão Rio Tinto/Alcan deve levar dois anos O presidente
da Alcan, Dick Evans, disse ontem que a total integração com a mineradora
Rio Tinto deve levar dois anos. A Rio Tinto fez uma oferta de US$ 38,1
bi pela Alcan. "Normalmente, em operações desse porte, leva-se dois anos;
neste caso em particular, como há pouca sobreposição de negócios, pode
ser um pouco mais rápido". Segundo ele, a Rio Tinto é quem vai determinar
a revisão do portfólio do grupo combinado. (O Estado de São Paulo - 01.08.2007)
4 Ganhos da Acesita sobem 120%, para R$ 248 mi A Acesita
registrou lucro líquido 120,3% maior no segundo trimestre do ano, para
R$ 248,5 mi. A receita operacional líquida alcançou de R$ 1,13 bi no trimestre,
alta de 43,9% ante igual trimestre de 2006, apesar da queda de 4,5% no
volume de vendas do período, com a comercialização de 187 mil toneladas.
O presidente da Acesita, Jean-Philippe Demaël, destacou a reversão do
cenário no mercado internacional, com a queda nos preços do níquel e a
entrada em operação de novas capacidades. "A colocação de pedidos para
as usinas foi fortemente reduzida, pressionando os preços-base do produto.
Essas condições de demanda e preço já começam a ser sentidas no mercado
doméstico. Apesar disso, esperamos uma demanda aparente no mercado doméstico
ainda satisfatória, uma vez que estamos vivendo um período de aquecimento
do nível", declarou. (Gazeta Mercantil - 1.08.2007) A Alcan
anunciou ontem que seu lucro trimestral caiu 3,7%, pressionado por custos
relacionados à valorização do dólar canadense. No que pode ser a última
divulgação de resultado da companhia enquanto empresa com ações em bolsa,
a Alcan reportou lucro de US$ 438 mi, US$ 1,18 por ação, no segundo trimestre,
ante US$ 455 mi, ou US$ 1,21 por ação, há um ano. Excluindo efeito de
custos de US$ 193 mi gerados pela valorização do dólar canadense e ganhos
de US$ 28 mi, o lucro da companhia somou US$ 603 mi. Isso fica acima dos
556 milhões de dólares registrados um ano antes, quando os efeitos gerados
pela moeda foram de US$ 100 mi negativos. A receita subiu 8,2%, para US$
6,6 bi, principalmente por causa de preços mais altos do alumínio, maior
variedade de produtos e volumes maiores de venda. (Gazeta Mercantil -
1.08.2007)
Economia Brasileira 1 Dívida líquida recua para 44,3% do PIB O resultado positivo recorde das contas públicas em junho ajudou a baixar o saldo da dívida líquida, que atingiu 44,3% do PIB, contra 44,7% do PIB em maio. "Houve uma queda expressiva", disse o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes. "A tendência de desaceleração da relação dívida/PIB está mantida". Em reais, a dívida líquida atingiu R$ 1,095 trilhão em junho. Para julho, a expectativa é que a relação dívida/PIB permaneça estável, mantendo o saldo de 44,3% do PIB. A tendência, porém, é que a dívida líquida tenha ligeira elevação até o fim do ano, fechando 2007 em 44,5% do PIB. Segundo Lopes, essa alta é esperada porque as despesas do setor público vão crescer nos últimos meses do ano, reduzindo o volume de recursos disponíveis para quitar os juros sobre a dívida pública. Dessa forma, o saldo do endividamento do setor público deverá aumentar um pouco. (Jornal do Commercio - 01.08.2007) 2 Novo Sensor Fiesp indica estabilidade da indústria A Fiesp divulgou ontem pela primeira vez o Sensor Fiesp - nova pesquisa realizada pela entidade que mede a percepção da indústria sobre a atividade atual do setor. O Sensor de julho foi de 50,4 pontos, apresentando uma queda na comparação com junho, quando atingiu 52,7 pontos. O indicador é medido por uma pontuação de zero a 100; resultados acima de 50 revelam aceleração e expectativas positivas, e abaixo, negativas. "O Sensor de julho ficou muito próximo de 50, o que indica certa estabilidade do nível de atividade da indústria de transformação", analisou o diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas da Fiesp, Paulo Francini. A pesquisa é feita com 30 empresas de grande porte que representam nove macro-setores da indústria, agrupados a partir de 18 áreas, entre elas, alimentos e bebidas, vestuário, metalurgia e transportes. (Gazeta Mercantil - 1.08.2007) 3
Bancos: expansão do crédito continuará O setor
de serviços, inclusive o comércio, é o que tem gerado o maior número de
postos de trabalho, de acordo com vários levantamentos compilados pelo
Banco Central e divulgados ontem em uma edição especial do Relatório Focus,
publicado semanalmente pelo BC. Entre 1997 e 2004, serviços e comércio
foram responsáveis por 76% dos postos de trabalho gerados, enquanto a
indústria criou 17% das novas vagas e o setor agropecuário, 7%. (Gazeta
Mercantil - 1.08.2007) 5 Inflação pelo IPC-S desacelera em julho a 0,28% O IPC-S
registrou alta de 0,28% em julho, bem abaixo do avanço de 0,42% em junho,
informou a FGV nesta quarta-feira. O dado também apresentou desaceleração
em relação à leitura da terceira semana de julho, que foi de 0,35%. Dos
sete grupos que compõem o indicador, três apresentaram queda de preços
em julho: Habitação, Vestuário e Transportes. (Reuters - 01.08.2007) O dólar comercial iniciou as operações apreciado em relação ao encerramento da sessão anterior, a R$ 1,8940. Em quase 20 minutos de atividades, a moeda estava cotada a R$ 1,8930 na compra e a R$ 1,8950 na venda, com acréscimo de 0,63%. Ontem, o dólar comercial avançou 0,37%, a R$ 1,8810 na compra e R$ 1,8830 na venda. (Valor Online - 01.08.2007)
Internacional 1 Chile propõe à Bolívia criar anel energético andino O Chile
propôs à Bolívia um projeto de integração energética entre os dois países,
junto com Equador, Peru e Colômbia, afirmou o ministro da Energia chileno,
Marcelo Tokman, que esteve em La Paz reunindo-se com o ministro dos Hidrocarbonetos
boliviano, Carlos Villegas e outras autoridades. O projeto suscita preocupação
em diplomatas brasileiros consultados pelo Valor por alijar o Brasil dessa
cadeia. Apesar de o vice-presidente boliviano, Alvaro Garcia Linera, ter
dito no mês passado que o país precisa urgentemente atrair investimentos
externos, o ministro Villegas retomou a retórica de auto-suficiência antes
do encontro. Ele afirmou que a Bolívia tem fundos suficientes para cumprir
os compromissos de fornecimento de gás natural para os mercados interno
e externo. Além disso, o ministro disse ainda que não precisava de eventuais
investimentos chilenos. Durante a reunião, as autoridades chilenas também
propuseram que a sua estatal energética, a Enap, e a equivalente boliviana,
a Ende, analisem a possibilidade de um projeto de usina geotérmica na
fronteira entre os dois países. (Valor Econômico - 01.08.2007) 2 Crescimento das vendas eleva faturamento do Grupo Suez O Grupo
Suez anunciou nesta terça-feira, 31 de julho, que o faturamento no primeiro
semestre cresceu 6,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento
das vendas de energia na Europa e nos mercados internacionais e da atividade
em gás natural liquefeito, entre outros, contribuíram para a melhora do
resultado. O braço internacional, a Suez Energy International, teve um
faturamento 4,9% maior. Na América do Sul, o grupo verificou um aumento
de 11,7% nas vendas, elevando receita para 1,079 bilhão de euros. As maiores
vendas de energia, combinada com preços mais altos, no Brasil, Chile e
Peru, influenciaram os resultados no continente, segundo o balanço do
grupo. (Agência Canal Energia - 31.07.2007) 3 Merrill Lynch introduz novo índice de eficiência energética A instituição financeira Merrill Lynch introduziu um novo índice de eficiência energética que compreende cerca de 40 companhias que, segundo a instituição, devem aproveitar o momento para reduzirem as emissões de dióxido de carbono e a conta de luz. A instituição identificou a indústria automotiva, os bens de capital, os semicondutores e os materiais de construção como segmentos importantes na questão da eficiência. O novo índice da Merrill Lynch é dividido em quatro componentes: empresas integradas com foco em bens de capital; eficiência de combustível na indústria automobilística; isolação de edifícios; e soluções em eficiência energética incluindo produtos, aplicações e processos industriais. (Agência Canal Energia - 31.07.2007) 4
Parque solar de 553 MW na Califórnia
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO |
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