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IFE: nº 2.086 - 30 de julho de 2007
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Diretores querem estabilidade nas agências reguladoras
2 Ministro do STJ defende papel das agências reguladoras
3 Agências reguladoras: Abradee defende criação de instância recursal
4 BC revisa previsões para as tarifas de energia
5 Mercado livre economiza 30%
6 BNDES financiará usina hidrelétrica Batalha
7 Curtas

Empresas
1 Aneel estuda redução de 15,31% em tarifas da Elektro
2 BNDES aprova financiamento de R$ 764,2 mi para Cteep
3 Light multada em R$ 3 mi
4 Receita extra para Eletronorte
5 Copel terá alcoolduto até Paranaguá
6 Celesc realiza leilão de venda de energia
7 Cotações da Eletrobrás
8 Curtas

Leilões
1 Abrace diz que leilão A-3 tem vantagem de adicionar lastro para 2010
2 Anace considera leilão A-3 satisfatório
3 Andrade & Canellas avalia que térmicas a óleo têm custo real de geração maior

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Diretor do Cepel descarta um novo apagão elétrico
2 Preço Spot - CCEE

Gás e Termelétricas
1 Lucro da Comgás cresce 11,9% no trimestre
2 Usaciga Açúcar, Álcool e Energia Elétrica: R$ 60 mi em cogeração

Grandes Consumidores
1 Petroquímicas miram a expansão econômica
2 Braskem investe em projetos na Venezuela e Bolívia

Economia Brasileira
1 Indústria prevê forte expansão no 2º semestre
2 Focus: cenário mais otimista para as indústrias

3 Pesquisa do Banco Central estima inflação em 3,72% no ano
4 Setor privado cobra política externa ativa
5 Superávit com vizinho deve ter redução de US$ 2 bi
6 Brasil será credor externo líquido até 2009, afirma Deutsche Bank
7 Inflação de julho pelo IGP-M fica em 0,28%
8 Mercado prevê câmbio abaixo de R$1,90 no fim de 2007
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Bolívia esnoba eventual investimento chileno
2 Superaquecimento chinês pode ser ilusório
3 Areva construirá reatores na China por € 6 bi

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Diretores querem estabilidade nas agências reguladoras

Os diretores de agências reguladoras defendem que a estabilidade no cargo, sob ataque por causa da atuação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) no apagão aéreo, seja mantida para garantir o fluxo de investimentos privados para o setor de infra-estrutura. Na visão dos dirigentes, não se trata de um privilégio pessoal mas de uma garantia institucional. "As agências não são um fim em si mesmo. Existem para criar um ambiente propício para o investimento privado", afirmou Jerson Kelman, diretor-geral da Aneel. "A estabilidade do mandato não é um direito individual, não é uma conquista pessoal. É uma necessidade para a independência decisória", acrescentou Jerson Kelman. De acordo com o diretor-geral da Aneel, as agências precisam ter independência em relação ao governo, em relação aos investidores e em relação à sociedade. "A agência olha o interesse de longo prazo dos consumidores e funciona como um juiz dos contratos de concessão assinados entre o governo e as empresas concessionárias de serviços públicos", disse. Kelman defende que o governo faça nomeações de diretores com alta capacidade técnica. Para Haroldo Lima, diretor-geral da ANP, a estabilidade dos diretores é importante, mas não é absoluta, e o governo pode aproveitar a votação do projeto que consolida a lei das agências reguladoras para estabelecer regras para a demissão de diretores. (Folha de São Paulo - 30.07.2007)

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2 Ministro do STJ defende papel das agências reguladoras

As críticas à atuação da Agência Nacional de Aviação Civil e a proposta de mudança na lei das agências reguladoras fizeram o ministro do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio de Noronha, defender o papel dos órgãos reguladores. Para o magistrado, as agências trazem a segurança jurídica necessária para atrair investimentos necessários aos setores essenciais da economia, como energia elétrica. Noronha afirmou nesta sexta-feira, 27 de julho, que a finalidade das autoridades reguladoras é defender o equilíbrio, ou seja, balancear os interesses de investidores e consumidores. "O ambiente de segurança jurídica é aquele no qual a regulação é eficiente e respeitada. Não aquele que se modifica as regras a cada crise. Regulação é estabilidade e respeito às regras", afirmou o ministro do STJ. O ministro criticou ainda possíveis mudanças na legislação para permitir a demissão de diretores das agências reguladoras. (Agência Canal Energia - 27.07.2007)

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3 Agências reguladoras: Abradee defende criação de instância recursal

A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica defendeu a criação de uma instância recursal para as decisões das diretorias das agências reguladoras. O órgão poderia fazer parte das estruturas dos órgãos com a participação dos próprios diretores e de outras partes, segundo explicou Braz Pesce Russo, diretor jurídico da Abradee. "Deveria, sem ferir a autonomia da instituição, haver um grau recursal acima da diretoria, sem interferência do executivo", explica. O objetivo é ter a possibilidade de as decisões da diretoria poderem ser reformadas. Russo salienta que as agências reguladoras devem ser autônomas para solucionar os problemas dos respectivos setores regulados. "Seria como a justiça onde se pode recorrer para se debater as suas teses em um colegiado mais amplo", exemplificou o executivo. A Abradee defende ainda a criação de uma vara judicial especializada em serviços públicos. (Agência Canal Energia - 27.07.2007)

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4 BC revisa previsões para as tarifas de energia

O Banco Central revisou as suas previsões para as tarifas de energia na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), quando a taxa básica de juros caiu de 12% para 11,5% ao ano. Segundo o BC, a energia vai ficar 3,6% mais barata em 2007. A previsão feita anteriormente apontava uma redução de 0,9%. O motivo da mudança foi a divulgação do reajuste da conta de luz na Grande São Paulo, que vai ficar cerca de 12% mais barata para os consumidores residenciais. (Eletrosul - 27.07.2007)

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5 Mercado livre economiza 30%

Durante o mês de maio, o custo de energia para os consumidores do mercado livre foi, em média, de R$ 152,42 MWh. Esse valor representou uma economia de 29,5% em relação às tarifas no mesmo período no mercado cativo de energia, que em média foram de R$ 216,29 MWh. Em reais, essa diferença de tarifas eqüivaleu a uma economia de aproximadamente R$ 422,7 milhões em maio para as 664 empresas que fazem parte do mercado livre. Se forem considerados os primeiros cinco meses do ano, o valor economizado sobre para R$ 1,6 bi. Os dados fazem parte de estudo realizado pela Comerc, que analisou 100 consumidores livres, de diferentes portes e ramos de atividade, em todo o país. As empresas analisadas representam 10% do mercado livre. (Brasil Energia - 27.07.2007)

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6 BNDES financiará usina hidrelétrica Batalha

O BNDES financiará a usina hidrelétrica Batalha, no trecho do Rio São Marcos, que divide os municípios de Cristalina e Paracatu. A operação, submetida ontem ao Conselho Monetário Nacional, inclui o financiamento de outras três usinas no País, e os recursos para os projetos chegam a R$ 1,8 bilhão. O Ministério de Minas e Energia estima que as usinas passarão a gerar energia a partir de 2010. Mauá, no Paraná, foi leiloada em 2006 e terá capacidade de 361 MW. As outras três usinas foram leiloadas em dezembro de 2005. Batalha, em Goiás, terá potência instalada de 52 MW. Passo São João, no Rio Grande do Sul, terá capacidade de geração de 77 MW e a usina Simplício, que ficará na divisa do Rio com Minas Gerais, será de 330 MW. Todas as unidades estão previstas no Programa de Aceleração do Crescimento. Os quatro empreendimentos prevêem investimentos totais de R$ 2,96 bilhões, com recursos próprios das empresas e financiamento do BNDES. Para o assessor da Coordenação de Estatísticas Fiscais do Tesouro Nacional, Sérgio Machado, o dinheiro será liberado entre 2007 e 2010. (Eletrosul - 27.07.2007)

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7 Curtas

A Aneel lança nesta sexta-feira, 27 de julho, a 16ª cartilha "Por Dentro da Conta de Luz", destinada a 917,7 mil unidades consumidoras da Cosern. Os consumidores da companhia poderão acessar informações sobre a composição das tarifas e dados do último reajuste tarifário, que começou a vigorar no último dia 22 de abril, segundo a Aneel. (Agência Canal Energia - 27.07.2007)

A Eletrobrás, por meio do Procel, fechou um convênio de cooperação técnico-financeira com a Universidade de Caxias do Sul (UCS). O projeto prevê investimentos de R$ 900,5 mil para a aquisição de equipamentos para a montagem do Laboratório de Otimização de Sistemas Motrizes na Indústria (Lamotriz). Do montante a ser aplicado, R$ 754,7 mil serão aplicados pela Eletrobrás e os demais R$ 145 mil serão custeados pela UCS. (Brasil Energia - 27.07.2007)

A Fiesp e o Ciesp vão discutir na próxima quarta-feira, 1° de agosto, em Ribeirão Preto (SP), o quadro atual do setor de energia elétrica do país. O ciclo de debates inclui seis encontros que vão discutir os principais aspectos mercadológicos e regulatórios que condicionam a disponibilidade, a qualidade e a modicidade da energia elétrica no Brasil. Informações e inscrições pelo telefone (16) 3632-9994. (Agência Canal Emergia - 27.07.2007)

A Câmara analisa o Projeto de Lei 397/07, do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), que acaba com o horário de verão em todo o País. Na avaliação do parlamentar, adiantar o relógio em uma hora durante o verão, além de mudar a rotina de milhões de brasileiros, é pouco efetivo na redução do consumo de energia. O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Minas e Energia; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (MS Notícia - 28.07.2007)

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Empresas

1 Aneel estuda redução de 15,31% em tarifas da Elektro

Durante audiência, técnicos da Aneel explicaram aos consumidores os cálculos realizados no processo de revisão da Elektro que resultaram no índice preliminar de redução das tarifas da distribuidora em 15,31% (-15,31%). A Agência recebeu contribuições de 13 consumidores, representantes de sindicatos, de instituições públicas e privadas que participaram da reunião em Rio Claro. O índice negativo proposto é resultante da maior produtividade da empresa e do menor custo médio de capital (que define a remuneração das concessionárias). Esse índice também apresenta a influência da redução de custos com encargos tarifários como a CCC e ESS. (Aneel - 27.07.2007)

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2 BNDES aprova financiamento de R$ 764,2 mi para Cteep

O BNDES aprovou na última quinta-feira, 26 de julho, financiamento de R$ 764,2 milhões para reforços e melhorias no sistema de transmissão da Transmissão Paulista. As obras constam no plano de investimentos plurianual da companhia, segundo o BNDES, e é relativo ao período 2006/2008. O BNDES terá participação de 76% do custo total do projeto, de R$ 1 bilhão. O objetivo do projeto é possibilitar a melhoria das condições do sistema de transmissão da companhia, ampliar a confiabilidade do Sistema Integrado Nacional e aumentar a qualidade do fornecimento de energia elétrica, principalmente na região centro-sul do país. (Agência Canal Energia - 27.07.2007)

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3 Light multada em R$ 3 mi

A Aneel negou recurso interposto pela Light e manteve a multa de R$ 3,43 milhões da empresa. A punição deve-se a formação das subsidiárias Energy Limited e Light Overseas Investments Limited sem a aprovação da agência. Outro motivo para a penalidade foi a ausência de anuência prévia da Aneel para as operações financeiras realizadas. As empresas foram criadas nas Ilhas Cayman com o objetivo de captar recursos financeiros no exterior. Em sua defesa, a Light alegou que os recursos captados seriam voltados para a execução de investimentos necessários para a melhoria e ampliação do sistema elétrico em sua área de concessão. (Brasil Energia - 27.07.2007)

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4 Receita extra para Eletronorte

A Aneel autorizou a instalação de reforços nas subestações Peritoró e Nova Mutum da Eletronorte. Para remunerar os investimentos, a empresa terá direito a parcelas adicionais da Receita Anual Permitida no valor de R$ 4,41 milhões. Na subestação Peritoró, localizada no município de Peritoró, será implantado um banco de capacitores que vai contribuir para compensar os problemas de queda de tensão na região central do Maranhão. De acordo com previsão da Eletronorte, o reforço deverá entrar em operação em 20 meses. A subestação Nova Mutum, localizada no município de Nova Mutum, será ampliada com a instalação de módulos de conexão para transformadores e entrada de linha, e implantação de transformadores. Os novos equipamentos irão adequar a subestação aos procedimentos de rede e permitirão a conexão de novas linhas de transmissão de 230 kV. A previsão para entrada em operação dos equipamentos é 24 meses. (Brasil Energia - 27.07.2007)

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5 Copel terá alcoolduto até Paranaguá

Com produtores do Estado, a Copel trabalha na conclusão de um projeto que prevê a construção de um alcoolduto com 528 quilômetros de extensão da região de Maringá ao porto de Paranaguá. Os investimentos previstos são de R$ 630 milhões e a indústria sucroalcooleira planeja ter 25% do consórcio, que poderá contar com outros investidores, como a Compagas, concessionária de gás associada da Copel, Mitsui Gás e a Gaspetro. O governo espera que o alcoolduto esteja pronto em 2010. Os dutos terão capacidade para transportar 300 mil metros cúbicos de álcool por mês, o dobro da produção atual das 31 usinas em operação no Paraná. (Valor Econômico - 30.07.2007)

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6 Celesc realiza leilão de venda de energia

A Celesc Geração vai realizar no próximo dia 3 de agosto um leilão de venda de energia elétrica de curto prazo para consumidores livres e agentes de mercado. A energia é proveniente de suas pequenas centrais hidrelétricas para o período de 1º de julho a 31 de julho. As inscrições vão até o dia 2 de agosto às 18 horas. Caso haja disponibilidade, será realizada outra rodada no dia 10 de agosto, com período de adesões do dia 6 ao dia 9 de agosto, no mesmo horário. O resultado da habilitação, do preço mínimo e da quantidade de energia ofertada para as duas rodadas estarão disponívei no dia dos leilões até as 12 horas. Os resultados serão divulgados nos dias dos certames até as 18 horas. Os interessados deverão enviar os documentos necessários para habilitação via fax (48) 3231-5099. (Agência Canal Energia - 27.07.2007)

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7 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 27-07-2007, o IBOVESPA fechou a 52.922,23 pontos, representando uma baixa de 1,80% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 4,62 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,46% fechando a 16.786,09 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 49,30 ON e R$ 48,90 PNB, baixa de 1,97% e 0,04%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 30-07-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 49,71 as ações ON, alta de 0,83% em relação ao dia anterior e R$ 49,97 as ações PNB, alta de 2,19% em relação ao dia anterior. (Investshop - 30.07.2007)

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8 Curtas

Os mais de 6 milhões de antigos relógios de luz usados há décadas pela Cemig vão ser substituídos em residências e no comércio pelo medidor eletrônico. Fabricado com tecnologia avançada, o novo equipamento reduz a margem de erro na leitura do consumo e, associado a sistemas informatizados, ajuda a conter furtos e permite também a leitura a distância. (Estado de Minas - 28.07.2007)

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Leilões

1 Abrace diz que leilão A-3 tem vantagem de adicionar lastro para 2010

O leilão de energia A-3 apresentou pontos positivos, mas também demonstrou a necessidade de ajustes para que a oferta de energia seja mais consolidada, na avaliação da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Induistriais de Energia e Consumidores Livres. Segundo o vice-presidente da Abrace, Marcos Vinícius Gusmão Nascimento, um dos pontos positivos foi a contratação de lastro efetivo real para 2010, o que poderá implicar na redução do risco de apagão. O leilão teve negociação de 1.304 MW médios, o equivalente a 1.781 MW de potência instalada. Nascimento destacou que a geração por meio de usinas a óleo combustível não deixa de ser uma boa solução, desde que seja utilizada como complemento da produção de energia de base, como um seguro. Nesse sentido, disse, o ponto negativo do leilão foi a ausência de outras fontes, como o gás natural e usinas hídricas, além de térmicas a biomassa. Nascimento ressaltou que o leilão era tipicamente térmico, mas observou que a geração a óleo é mais cara do que outras fontes, o que pode refletir no preço final em caso de necessidade de despacho dessas usinas. Como há ausência de projetos hidrelétricos e problemas relativos à novos projetos a gás natural, avalia, o leilão sinaliza que em caso de problemas de abastecimento, essas usinas têm mais chance de serem despachadas, impactando no preço final. Nesse caso, Nascimento sugeriu a instituição de preço especial para o combustível voltado à produção de energia, já que a Petrobras, principal fornecedora, tem volume suficiente para atender aos empreendimentos. (Agência Canal Energia - 27.07.2007)

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2 Anace considera leilão A-3 satisfatório

A Associação Nacional de Consumidores de Energia considerou satisfatório o resultado do leilão de energia A-3, que ocorreu na última quinta-feira, 26 de julho, pela internet. Segundo a entidade, a necessidade das distribuidoras foi totalmente atendida e a competição entre os geradores permitiu redução do preço de venda. O preço inicial do leilão era de R$ 140 poir MWh e o certame encerrou negociação por R$ 134,67 por MWh, sendo que o valor mínimo ficou em R$ 132,80 por MWh. No entanto, um dos pontos negativos do leilão foi a falta de oferta de energia de hidrelétricas e PCHs e de térmicas a gás natural., uma vez que o leilão teve apenas negociação de usinas a óleo combustível, mais cara e poluente do que as outras fontes. (Agência Canal Energia - 27.07.2007)

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3 Andrade & Canellas avalia que térmicas a óleo têm custo real de geração maior

O custo real de geração das usinas a óleo combustível será maior do que o valor de lance fechado no leilão de energia A-3, ocorrido na última quinta-feira, 26 de julho. Segundo cálculos da empresa de consultoria Andrade & Canellas, o valor do MWh que fechou negócios pode elevar-se ao dobro, quando se considera o cálculo do custo variável. O preço médio de negociação de térmicas no certame ficou em R$ 134,67 por MWh. Segundo o superintendente comercial da Andrade & Canellas, Luis Fernando Manzano, o valor fechado por usina representa na verdade o valor flat para o empreendimento ficar disponível. Cálculos feitos pela Andrade & Canellas indicam que o valor pago pela disponibilidade é metade do valor de lance. Somado com o custo variável, o custo real pode ser maior do que o dobro do lance. Ele estima que o valor real médio pago pela disponibilidade de usinas a óleo esteja entre R$ 60 por MWh e R$ 65 por MWh, enquanto o custo variável pode ficar por volta de R$ 250 por MWh. Caso essa usina receba ordem de despacho pelo ONS, o empreendimento receberá, a título de custo variável, o equivalente a R$ 267 por MWh, totalizando quase R$ 330 por MWh. (Agência Canal Energia - 27.07.2007)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Diretor do Cepel descarta um novo apagão elétrico

O diretor de pesquisa e desenvolvimento do Cepel, Albert Cordeiro de Melo, descartou a possibilidade do Brasil sofrer um novo apagão energético. Melo garantiu que, mesmo com o aumento da demanda, o Plano Nacional de Energia atenderá as necessidades do País nos próximos anos. "Estamos prevendo o aumento da participação relativa do gás natural na matriz energética de 9% para 15% e a redução da utilização de lenha e carvão vegetal de 13% para 5%, resultado da evolução tecnológica e de pressões ambientais", afirmou o engenheiro. Melo explicitou as políticas do MME na gestão de curto prazo do abastecimento através de contratos e leilões, com o complemento de energia elétrica de geração térmica. Nas projeções futuras, ele lembra que além dos projetos nas áreas de energia térmica, biomassa e nuclear, a expansão da geração de energia elétrica no Brasil está concentrada em novas usinas nas bacias hídricas da região Norte. (Gazeta Mercantil - 30.07.2007)

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2 Preço Spot - CCEE

De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 28/07/2007 a 03/08/2007.

Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)

Sudeste/Centro Oeste
Sul
Nordeste
Norte
 pesada                             61,74  pesada                      57,95  pesada                     61,74  pesada                    61,74
 média                               60,44  média                        57,95  média                       61,66  média                      61,66
 leve                                  57,95  leve                           57,95  leve                          61,66  leve                         61,66
  
    Fonte: www.ccee.org.br


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Gás e Termoelétricas

1 Lucro da Comgás cresce 11,9% no trimestre

A expansão da vendas e o reajuste concedido pela CSPE às tarifas da Comgás contribuíram para companhia elevar sua receita líquida para R$ 788,5 mi no segundo trimestre deste ano, alta de 4,4% sobre o mesmo período do ano passado. O lucro líquido chegou a R$ 120 milhões, o que representou um crescimento de 11,9% na mesma base de comparação. As vendas da empresa cresceram 4,5% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2006. No total, foram comercializados 1,254 bilhão de m³ de gás. "O resultado mostra o bom desempenho do volume, sobretudo nos mercados residencial, industrial e automotivo", destacou o diretor de finanças e relações com os investidores da empresa, Roberto Lage. (Gazeta Mercantil - 30.07.2007)

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2 Usaciga Açúcar, Álcool e Energia Elétrica: R$ 60 mi em cogeração

A Usaciga Açúcar, Álcool e Energia Elétrica vai investir de R$ 60 milhões na instalação de uma central de cogeração a biomassa, com capacidade de 40 MW. O investimento faz parte do plano de expansão da empresa, que recentemente recebeu um aporte de US$ 130 milhões da Clean Energy Brazil, que agora detém 49% de participação acionária na Usaciga. Do total de energia produzida pela Usaciga, aproximadamente 32 MW serão comercializados no Proinfa. A quantidade é suficiente para abastecer uma cidade com mais de 100 mil habitantes. Com o novo sistema de cogeração, a usina prevê ampliar em 20% sua capacidade de moagem de cana a partir de 2008, com uma produção de 2,5 milhões de toneladas/ano. A inauguração do sistema de cogeração acontece na próxima segunda-feira (30/7), na sede da Usaciga, em Cidade Gaúcha. (Brasil Energia - 27.07.2007)

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Grandes Consumidores

1 Petroquímicas miram a expansão econômica

O crescimento da economia brasileira, mais do que simplesmente impulsionar a demanda doméstica por transformados plásticos, abriu a possibilidade para que as petroquímicas instaladas no País acentuem o projeto de ampliar a participação dos produtos de maior valor agregado no total de suas vendas, além de ampliar margens fazendo lançamentos voltados ao mercado interno agora aquecido. Outro processo resultante desse crescimento da economia interna, destaca o presidente do Sindicato da Indústria de Resinas Plásticas (Siresp), José Ricardo Roriz Coelho, é haver um direcionamento de parte das exportações para o mercado doméstico. Para ele, a principal preocupação das petroquímicas brasileiras, no momento atual, é garantir o abastecimento às indústrias da construção civil e automotiva. Já para as empresas, a área de embalagens alimentícias também é um símbolo do crescimento da demanda interna, que deverá chegar ao final do ano com expansão de 8% a 12%. Não por coincidência, são para esses setores grande parte dos lançamentos da petroquímica brasileira deste ano. O aumento da demanda interna também estimulou as empresas a intensificarem o lançamento de novas resinas para substituir o uso de materiais como cobre, cimento e aço, entre outros. (Gazeta Mercantil - 30.07.2007)

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2 Braskem investe em projetos na Venezuela e Bolívia

A Braskem anunciou em abril duas joint-ventures para desenvolver o mais moderno projeto petroquímico integrado das Américas, o Complexo Petroquímico de Jose, na Venezuela. Os investimentos são de US$ 2,5 bilhões, para produzir 1,3 milhão de tonelada/ano de eteno, 1,1 milhão de t/ano de resina de polietileno (PE) e outros produtos petroquímicos. O segundo projeto envolve a construção de uma fábrica de resina de polipropileno (PP) com capacidade de 450 mil t/ano. Para o presidente da Braskem, a Venezuela é estratégica para atingir o mercado norte-americano. Agora a Braskem negocia com o presidente boliviano, Evo Morales, um pólo gás-químico na fronteira entre os dois países utilizando o gás natural. Em 2007, o setor vai investir quase R$ 1,1 milhão, ultrapassando em quase R$ 100 milhões o aporte realizado no ano passado. Um dos investimentos anunciados supera a marca de 300%. É a Ipiranga Petroquímica, recém comprada por Braskem, Petrobras e Ultra, que vai partir de um aporte de R$ 16,3 milhões para R$ 60 milhões este ano. (Gazeta Mercantil - 30.07.2007)

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Economia Brasileira

1 Indústria prevê forte expansão no 2º semestre

Depois do desempenho acima do previsto registrado de janeiro a junho, a indústria entrou no segundo semestre confiante na manutenção de um ritmo forte de crescimento na segunda metade do ano. Setores importantes, como os de papelão ondulado, siderúrgico e petroquímico, mostram uma expansão robusta. O bom momento da economia fica evidente no resultado da pesquisa realizada pelo Ciesp. De 608 empresas ouvidas, 48% disseram que os negócios de janeiro a junho foram melhores do que no mesmo período do ano passado, ao passo que 25% relataram desempenho igual, e 27%, resultado pior. Além disso, 67% informaram estar otimistas ou muito otimistas quanto às perspectivas para o segundo semestre. (Valor Econômico - 30.07.2007)

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2 Focus: cenário mais otimista para as indústrias

A atividade industrial deve continuar em expansão no segundo semestre do ano, impulsionada pela forte demanda do mercado doméstico. A projeção de analistas para 2007, segundo a pesquisa Focus do Banco Central, é de crescimento de 4,5% da produção industrial, ante 3,1% em 2006. O cenário é considerado otimista, mas ainda está longe dos níveis de 2004 - alta de 8,3% -, ano em que o setor também foi beneficiado pelo aquecimento das exportações, agora freado pela valorização do real. (Jornal do Commercio - 30.07.2007)

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3 Pesquisa do Banco Central estima inflação em 3,72% no ano

O IPCA, que serve de parâmetro para as metas oficiais, deve encerrar o ano em 3,72% de acordo com a expectativa média de uma centena de analistas de mercado consultados pelo Banco Central, na última sexta-feira (27). A projeção teve ligeiro aumento em relação aos 3,70% calculados na pesquisa da semana anterior, como mostra o Boletim Focus, divulgado hoje (30) pelo BC, e se mantém abaixo do centro da meta de 4,50% de inflação anual definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Segundo a pesquisa do BC, o IPCA deste mês deve ficar em 0,23%, com leve aumento em relação à previsão anterior, de 0,21%, e comportamento semelhante de preços deve se repetir em agosto. Movimento que eleva de 3,59% para 3,62% a projeção de IPCA para os próximos 12 meses. (Agência Brasil - 30.07.2007)

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4 Setor privado cobra política externa ativa

Diante das incertezas crescentes na Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil terá de calibrar logo as prioridades de sua agenda de negociações comerciais. Esse exercício deverá ocorrer em meio a críticas de parte do setor privado sobre o "condicionamento da política comercial aos objetivos de maior protagonismo da política externa brasileira". No próximo dia 9, o governo reunirá o setor privado para discutir a negociação global e o futuro. A CNI já avisou que espera que o país adote uma agenda comercial "pragmática" para abrir mercados "relevantes" às exportações brasileiras. (Valor Econômico - 30.07.2007)

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5 Superávit com vizinho deve ter redução de US$ 2 bi

Em julho, pelo segundo mês seguido, as vendas de produtos do Brasil à Argentina crescerão menos do que as vendas dos argentinos ao mercado brasileiro, o que contribuirá para reduzir ainda mais o grande superávit acumulado pelos brasileiros no comércio com o país vizinho, que chegou a US$ 3,7 bilhões em 2006. Neste ano, à exceção de abril, os superávits comerciais do Brasil com os vizinhos têm sido, mês a mês, repetidamente inferiores aos registrados em 2006, e somaram, no primeiro semestre, um total inferior em US$ 200 milhões aos resultados no mesmo semestre do ano passado. "A Argentina deve diminuir o déficit em até US$ 2 bilhões, em 12 meses", prevê o diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Carlos Cavalcanti, que comemora o fato. (Valor Econômico - 30.07.2007)

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6 Brasil será credor externo líquido até 2009, afirma Deutsche Bank

O Deutsche Bank prevê que o Brasil será credor externo líquido por volta de 2009, após décadas em que o endividamento externo era um risco para a estabilidade econômica do país. A análise foi divulgada na sexta-feira, em plena turbulência do mercado financeiro global, que derrubou os títulos da divida externa brasileira e o real, além de elevar o risco-país. O autor da avaliação, o analista de riscos para América Latina, Markus Jaeger, sediado em Nova York, insistiu que o aumento da volatilidade no mercado global não alterava a perspectiva para o setor externo brasileiro. (Valor Econômico - 30.07.2007)

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7 Inflação de julho pelo IGP-M fica em 0,28%

A inflação medida pelo IGP-M foi de 0,28% em julho, ante a taxa de 0,26% em junho. O resultado, anunciado nesta segunda-feira pela FGV, ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro, que esperavam um resultado entre 0,20% e 0,30%. A FGV anunciou os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-M. O IPA teve aumento de 0,26% em julho, ante elevação de 0,01% em junho. O IPC na formação da taxa do IGP-M, apresentou elevação de 0,34% em julho, ante alta de 0,35% em junho. Já o INCC, que representa 10% do total do IGP-M, registrou elevação de 0,21% em julho, ante avanço de 1,67% no mês passado. (Estado de Minas - 30.07.2007)


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8 Mercado prevê câmbio abaixo de R$1,90 no fim de 2007

Nem mesmo as recentes turbulências no mercado norte-americano, que tiveram impacto pelas bolsas de valores de todo o mundo, convenceram o mercado financeiro de que o dólar vai voltar a subir no Brasil. Na última semana, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central, os agentes do mercado baixaram de R$1,90 para R$1,89 a sua estimativa para a taxa de câmbio no fim de 2007. Para o fim de 2008, a projeção também caiu. Passou de R$1,98 para R$1,95 por dólar. Os dados foram obtidos com pesquisa realizada pelo BC com mais de cem instituições financeiras. (O Liberal - 30.07.2007)

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9 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial abriu as operações em alta perante o fechamento de sexta-feira, a R$ 1,9290. Em mais de 20 minutos de atividades, porém, a moeda estava cotada a R$ 1,8940 na compra e a R$ 1,8960 na venda, com decréscimo de 0,05%. Na sexta, o dólar comercial recuou 1,55%, a R$ 1,8950 na compra e R$ 1,8970 na venda. Na semana, porém, registrou valorização de 2,15%. (Valor Online - 30.07.2007)

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Internacional

1 Bolívia esnoba eventual investimento chileno

A Bolívia não quer investimentos do Chile em seu setor de gás e petróleo, disse no sábado o ministro dos Hidrocarbonetos boliviano, Carlos Villegas, após confirmar um encontro hoje em La Paz com o ministro de Energia chileno, Marcelo Tokman. Villegas afirmou que o encontro com Tokman "terá caráter eminentemente informativo" e foi convocado por "uma solicitação do Chile". O chanceler chileno, Alejandro Foxley, disse em Santiago que a reunião foi marcada por causa de um pedido expresso do presidente boliviano, Evo Morales. O Chile confirmou que Enrique Dávila, gerente-geral da estatal de petróleo chilena Enap, participaria da reunião para discutir a possibilidade de "eventualmente fazer investimentos na Bolívia que sejam úteis para todos". Amanhã termina o prazo para que as empresas estrangeiras que atuam no setor de gás e petróleo na Bolívia - entre elas a Petrobras - apresentem seus planos de investimento no país. O governo boliviano ameaça cassar as concessões das empresas que não cumprirem suas promessas de investimento. (Valor Econômico - 30.07.2007)

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2 Superaquecimento chinês pode ser ilusório

As estatísticas econômicas chinesas são notoriamente suspeitas. Novos números mostrando que o crescimento do PIB chinês acelerou para 11,9% no ano até o segundo trimestre - o mais rápido ritmo desde meados da década de 90 -, enquanto a inflação saltou de 3,4% em maio para 4,4% em junho, alimentaram as preocupações de que a economia chinesa esteja agora em grave superaquecimento. Porém, um exame mais detido dos números sugere não haver razões para pânico - ainda. O crescimento da produção de eletricidade caminhou alinhado com o PIB na primeira metade desta década, mas o aparente surto da economia a partir de 2004 não foi acompanhado por crescimento mais rápido na produção de eletricidade. (Valor Econômico - 30.07.2007)

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3 Areva construirá reatores na China por € 6 bi

A França e a China assinam na nesta terça-feira, em Pequim, um acordo para a construção, na China, de dois reatores EPR, fabricados pela Areva, informou fonte ligada às indústrias de equipamentos nucleares. A ministra da Economia da França, Christine Lagarde, estará em Pequim, para a assinatura de uma "carta de intenção". A empresa de eletricidade francesa EDF que deve explorar esses reatores, não assinou a carta de intenção, mas pode concluir um acordo como investidor, afirmaram as mesmas fontes. Dirigentes da Areva e da EDF ouvidas pela AFP, se recusaram a comentar o assunto. A Areva também está prestes a construir um EPR na Finlândia e vai desenvolver o canteiro de um segundo na França, no final do ano, em Flamanville, como fornecedora. O grupo francês ainda é candidato à construção de um reator nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha. (Gazeta Mercantil - 30.07.2007)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro mailto:nivalde@ufrj.br
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Bianca Reich, Carolina Tavares, Felipe Botelho e, Igor Briguiet.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


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