l IFE: nº 2.076 - 16
de julho de 2007 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Meio
Ambiente Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Reestruturação do Setor 1 UFRJ realiza seminário sobre a competitividade das empresas estatais nos leilões do SE Sob o tema Competitividade
das empresas estatais nos leilões do Setor Elétrico, será realizada mais
uma edição do Seminário Dinâmica e Perspectivas do Setor Elétrico Brasileiro.
Desta vez, o seminário, que acontece na tarde do dia 19 de julho, será
ministrado por José Ailton de Lima, diretor de engenharia e construção
da Chesf. Inscrições com Linda ou Flora - (21) 3873 5249 ou pelo e-mail
nuca@nuca.ie.ufrj.br. (GESEL-IE-UFRJ - 16.07.2007) 2 Construção de Angra 3 e do Complexo do Madeira afastam cenário de escalada de preços Com a decisão
do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de aprovar a construção
de Angra 3 e com a concessão de licença prévia para a construção das hidrelétricas
do rio Madeira, uma fatia considerável do mercado de energia já começa
a afastar um cenário de escalada de preços no longo prazo. Mesmo porque
juntas, Angra 3 e seus 1,35 mil MW e os 6,5 mil MW de Madeira deverão
acrescentar uma potência de quase 8 mil MW ao Sistema Interligado Nacional
a partir de 2012. "As hidrelétricas do Madeira e Angra 3 pacificam o cenário
pós-2012. E o futuro em energia e o preço é sempre construído pelo menos
cinco anos antes", afirma Renato Volponi, diretor de comercialização e
risco da Enertrade. Muitos agentes do setor afirmam claramente que, em
virtude do cenário recém-construído, é possível imaginar que o preço do
MWh a partir de 2012 se mantenha entre R$ 130 e R$ 140. "Para mim, sem
esses projetos, a energia no mercado livre explodiria e alcançaria o preço
máximo estabelecido pela CCEE, que é de R$ 515", calcula Marcelo Parodi,
co-presidente da comercializadora independente Comerc. Todas as projeções
feitas obedecem a um crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB)
do Brasil entre 4,5% e 5% e contam com a disponibilidade de Gás Natural
Liqüefeito (GNL) para as usinas térmicas. (Valor Econômico - 16.07.2007)
3 Brasil pode enfrentar escalada de preços entre 2009 e 2011, segundo comercializadores Segundo os especialistas
do mercado de energia, mesmo que os preços de 2012 ou 2013 tenham uma
inclinação forte para a estabilidade, o Brasil ainda precisará enfrentar
o período entre 2009 e 2011. E nesse horizonte, o sentimento de escalada
de preços é presente, tanto que imagina-se uma tarifa a R$ 150 ou R$ 160.
"O Brasil vai passar por um aperto entre 2009 e 2011", afirma Walfrido
Avila, diretor-presidente da Tradener, acrescentando que a atual forma
de formatação de preço não é adequada. Nesse sentido, o mercado concorda
que as decisões tomadas em 2003 e em 2004 jogaram dúvidas no horizonte.
Para muitos agentes do setor, o Brasil viveu da sobra de energia do pós-racionamento
de 2001 e também trabalhou com preços muito baixos nos leilões do insumo,
o que desestimulou investimento privado na geração. (Valor Econômico -
16.07.2007) 4 Relatório da Aneel: 5.754 MW entravados por problemas
ambientais e jurídicos 5 Relatório da Aneel: 14 hidrelétricas estão liberadas para entrar em operação Boa parte
das hidrelétricas acompanhadas pela Aneel foi licitada entre 2001 e 2002,
nas antigas regras do setor. Ao contrário do modelo atual, naquela época
os projetos eram concedidos aos investidores sem a liberação da licença
prévia e sem a preocupação se o empreendimento tinha ou não viabilidade
ambiental. Hoje, das 36 hidrelétricas acompanhadas pela agência, 13 têm
graves problemas para a entrada em operação e nove têm algum tipo de impedimento.
Ou seja, apenas 14 estão liberadas. Mesmo assim, boa parte das unidades
está com o cronograma atrasado para o início de funcionamento. São essas
usinas que estão sendo consideradas pelo governo para aumentar a oferta
de energia até 2011. (Jornal do Commércio - 16.07.2007) 6 Relatório da Aneel: apenas 14 PCHs estão sem qualquer impedimento para operação Segundo o relatório
de fiscalização da Aneel, são 201 PCHs, sendo 109 com licença de instalação
e 92 sem licença de instalação. Mas, independentemente do estágio, a maioria
está com selo amarelo e vermelho no relatório da Aneel e soma 2.681 MW.
Apenas 14 PCHs estão sem nenhum tipo de impedimento para a entrada em
operação. Nesse caso, as usinas não são licitadas, apenas autorizadas
pela agência reguladora. Apesar de produzir até 30 MW, as pequenas centrais
têm de cumprir exigências semelhantes às das grandes, afirma o presidente
da Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE),
Ricardo Pigatto. Nas usinas abaixo de 10 MW, não é necessário fazer o
EIA-Rima, mas só um relatório simplificado. (Jornal do Commércio - 16.07.2007)
7 Lula convocou cientistas brasileiros para discutir viabilidade das usinas do Rio Madeira O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou um grupo de cientistas brasileiros especializados em reservatórios, doenças tropicais e na região amazônica para demonstrar ao núcleo ambiental do governo que a concessão da licença prévia para as usinas de Jirau e Santo Antônio, no Complexo do Rio Madeira, era viável. A reunião foi realizada no dia 25 de maio. Segundo uma fonte, o encontro foi fundamental para mostrar ao Ibama a sustentabilidade do projeto. Além de Lula e da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, participaram o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, a ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, e técnicos do Ibama. Entre os especialistas convocados estavam o especialista em zootecnia Claudio Ângelo Agostinho; o técnico do Banco Mundial, Sultam Alam; o membro do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Ronaldo Barthem; o especialista em reservatórios, José Galizia Tundisi; e o médico especialista em doenças tropicais, Luiz Hildebrando Pereira Silva. Todos defenderam o projeto e apontaram as mudanças necessárias para torná-lo sustentável. (Jornal do Commércio - 16.07.2007) 8 Rio Madeira: Governo da Bolívia pede
realização de EIA no território boliviano 9 Dilma: Brasil pode se reunir com Bolívia para tratar do Complexo do Rio Madeira A ministra-chefe
da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que os governos da Bolívia e do Brasil
poderão ter uma reunião sobre a construção das usinas do Rio Madeira e
os possíveis impactos ambientais da obra sobre o território boliviano.
"O Brasil não rejeita reuniões porque nos sempre apostamos no diálogo
como sendo a melhor estratégia", comentou a ministra "Por isso não vemos
obstáculos em nos reunirmos para discutir o assunto. Agora, para que isto
ocorra tem que haver base, porque nós não podemos discutir sem embasamento
técnico. O Itamaraty enviou uma resposta para a carta recebida esta semana
em que o governo da Bolívia manifesta preocupação com a obra e pede a
realização de estudo do impacto ambiental das hidrelétricas no território
boliviano. (Agência Brasil 13.07.2007) 10 Rio Madeira: Consórcios interessados já fecham contratos de seguro
11 Dilma: participação de Furnas no Complexo do Rio Madeira ainda indefinida Sobre a participação de Furnas como sócia nas usinas do Complexo do Rio Madeira, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que o governo também só vai se pronunciar em relação ao assunto quando houver definição sobre o modelo que será adotado no leilão. "Este é um assunto que requer muita tranqüilidade e objetividade. É preciso primeiro definir a modelagem do leilão - tanto na sua parte de engenharia financeira, como em relação ao modelo de licitação e aos níveis tarifários. A partir dessa definição nós divulgaremos a posição para todos". (Agência Brasil 13.07.2007) 12 CEF vai financiar R$ 730 mi para geração em 2007 A Caixa Econômica Federal vai financiar R$ 730 milhões para empresas de geração de energia elétrica até o fim de 2007. A empresa já aprovou financiamento de R$ 500 milhões para construção de oito PCHs. Dos R$ 230 milhões restantes, R$ 192 milhões serão destinados para Furnas e R$ 38 milhões para uma geradora no Centro-Oeste, cujo nome não foi divulgado. De acordo com o superintendente de Empréstimos de Pessoa Jurídica da Caixa, Jorge Pedro de Lima Filho, os R$ 230 milhões das geradoras já foram totalmente liberados. Os R$ 500 milhões restantes, segundo ele, estão em fase de liberação. Lima Filho contou que os projetos estão em construção e o primeiro a ser concluído será em Santa Catarina. Os valores do financiamento são referentes a 2006 e 2007. A pedido das empresas, o executivo preferiu não divulgar outros detalhes sobre os projetos. (Agência Canal Energia - 13.07.2007) 13 Camargo Corrêa cria empresa para estruturar projeto do Rio Madeira A construtora Camargo Corrêa, uma das empresas interessadas em participar dos leilões para a construção das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, afirma que já está procurando e sendo procurada por diversas empresas para estabelecer parcerias na participação da disputa. O grupo criou, inclusive, uma empresa para estruturar o projeto de participação no leilão, a Amazônia Madeira Energética Ltda. (Amel). Segundo João Canellas, diretor da Amel, entre as empresas interessadas estão produtores de energia independentes, distribuidoras de energia e empresas interessadas em produzir energia para uso próprio. (DCI - 16.07.2007) 14 Ceran terá de assinar novos CCEARs para hidrelétricas A Companhia Energética do Rio das Antas (Ceran) deve assinar novos Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado (CCEARs) para as hidrelétricas 14 de Julho, Castro Alves e Monte Claro. A medida foi determinada pela Aneel por causa de um erro no cálculo da diferença entre o Uso do Bem Público (UBP). Com o recálculo, o preço de venda da energia das hidrelétricas 14 de Julho e Castro Alves passará a ser de R$ 117,68/MWh; para a usina Monte Claro, o valor será de R$ 117,67/MWh. (Brasil Energia - 13.07.2007) 15 Eletrosul exporta produção excedente para a Argentina A Eletrosul disponibiliza um excedente de energia térmica para participar da exportação que o Brasil realiza para a Argentina, país que, em meio a uma onda de frio e aumento da demanda, enfrenta dificuldades de abastecimento. A estatal também opera com capacidade máxima na conversora de Uruguaiana (RS), que faz a integração elétrica entre os dois países. A conversora oferecerá uma potência diária de 50 MW. A exportação de energia excedente deve durar até o final do mês de agosto e vai gerar recursos extras para a empresa, já que a Eletrosul será remunerada pelo serviço. Conforme a empresa, a oferta dessa energia à Argentina não vai afetar a segurança do sistema integrado nacional. (O Estado de São Paulo 13.07.2007)
Empresas 1 S&P confere rating "brA-" para a Light A Standard &
Poor´s (S&P) atribuiu rating "brA-" na escala nacional à Light. A perspectiva
do rating é estável. Segundo a agência de risco, a elevação do rating
deve-se a melhora financeira da empresa, ao perfil dos consumidores, com
mais de 70% das receitas originadas de consumidores residenciais e comerciais.
Também influenciou o resultado a entrada da Rio Minas Energia (RME) como
grupo controlador da Light Sesa e redução da dívida, R$ 2,4 bilhões, entre
2005 e maio deste ano. A S&P também informa que o rating poderia ter sido
elevado para brA, se ocorresse uma melhora de arrecadação e diminuição
das perdas comerciais. (Brasil Energia - 12.07.2007) 2 Energisa vende ativos de geração para a Brascan Conforme previsto pelo mercado, a Energisa (Companhia de Força e Luz Cataguazes-Leopoldina) vendeu parte de seus ativos para a Brascan Energética. No negócio, no valor de R$ 292,9 milhões, estão 11 PCHs e quatro projetos. "Depois de muita competição, optamos pela Brascan. Consideramos essa transação muito positiva porque deverá refletir nos nossos próximos resultados. Nosso expectativa é reduzir nosso grau de endividamento", disse Mauricio Botelho, diretor financeiro da Energisa. As PCHs e os projetos são da Zona da Mata Geração - empresa criada pela Energisa para separar a área de geração e distribuição - e somam 45 MW. Já os projetos são de duas hidrelétricas Baú I (ainda sem licença prévia) e Barra do Braúna ( com licença de instalação), e outras duas PCHs, Cachoeira Escura e Juru Mirim, todas em Minas Gerais, somarão 188 MW de potência. Analistas calculam que para a execução destes projetos serão necessários aportes de aproximadamente R$ 700 milhões. Com a venda, a Energisa fica apenas com um ativo de geração, a usina termelétrica movida a gás natural, em Juiz de Fora (MG). (Gazeta Mercantil 13.07.2007) 3 Aneel mantém multas para Cemig GT e Cemat A Aneel manteve
as multas aplicadas a Cemig GT e Cemat pela fiscalização. As duas empresas
pagarão R$ 995,1 mil, com as devidas atualizações, pelas infrações cometidas.
A maior penalidade de R$ 776,7 mil foi para a Cemat referente à falta
de infra-estrutura de atendimento ao consumidor em todos os municípios
da área de concessão e descumprimento da data prevista para respostas
às solicitações dos clientes. A Cemig GT, por sua vez, foi penalizada
pelo atraso na entrada em operação comercial de reforços nas subestações
Jaguara, Emborcação e Outubro 2. A empresa terá que pagar R$ 218,4 mil
em multas emitidas em março de 2006 resultantes da fiscalização realizada
pela Aneel. (Agência Canal Energia - 13.07.2007) 4 Cotações da Eletrobrás A Chesf divulgou licitação para medidores registradores de qualidade de energia. O prazo vai até 27 de julho. (Agência Canal Energia - 16.07.2007) A Cemig retificou licitação para substituição do núcleo estatórico da unidade geradora n° 2 da pequena central hidrelétrica Salto Voltão. O prazo vai até o dia 29 de julho. (Agência Canal Energia - 16.07.2007) A Eletronorte
abriu licitação para a prestação de serviços de engenharia relativos ao
controle de qualidade das obras do sistema de transmissão de energia elétrica
do estado de Mato Grosso. O prazo vai até 26 de julho. (Agência Canal
Energia - 16.07.2007)
Leilões 1 Autoprodutores analisam usinas do Rio Madeira A entrada dos
autoprodutores no leilão das usinas do Rio Madeira (6.494 MW) só ocorrerá
após análises feitas pelos agentes em conjunto, sob intermédio da Associação
Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia Elétrica (Abiape).
Segundo o presidente da associação, Mario Menel, os 11 associados optaram
por analisar o edital e as principais questões em comum. "Os autoprodutores
estão estudando o Madeira, sim, mas não estão olhando individualmente
neste primeiro momento, pois não há sentido analisar separadamente questões
que são comuns a todos. As estratégias empresariais serão definidas posteriormente",
comentou Menel. Na avaliação do executivo, o interesse dos associados
é grande devido à alta demanda que apresentam. Além disso, salientou,
Santo Antônio e Jirau são algumas das poucas oportunidades de energia
de longo prazo existentes no momento. (Agência Canal Energia - 13.07.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 14/07/2007 a 20/07/2007. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Meio Ambiente 1 Nova taxa de compensação ambiental deve ser de 2% O governo
está para oficializar em 2% o percentual da taxa de compensação ambiental,
a ser aplicada sobre o valor dos empreendimentos que provocarem danos
ao ambiente. "A portaria passa pelos ajustes finais internos no governo",
disse ontem o presidente interino do Instituto Chico Mendes e secretário-executivo
do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco. A ministra Dilma
Rousseff (Casa Civil) não confirma o valor da taxa. A indefinição sobre
a nova metodologia da compensação ambiental é considerada um fator de
incerteza no preço da primeira usina hidrelétrica do rio Madeira, em Rondônia,
no leilão previsto para ocorrer até o início de outubro. Na licença ambiental
prévia concedida às hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau, o Ibama determinou
ao futuro empreendedor que se comprometa com a taxa de compensação ambiental
que for definida. (Folha de São Paulo 13.07.2007) 2 ABCE teme que licitação do Madeira ocorra antes de definição sobre compensação ambiental A Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica (ABCE) está preocupada com a possibilidade de as usinas do complexo hidrelétrico do Rio Madeira serem licitadas antes de uma definição sobre os limites percentuais de recursos para fins de compensação ambiental. Os valores estabelecidos no projeto de lei 266/2007, em tramitação, são de 0,10% como limite mínimo e de 0,5% como teto, porém, ainda não há previsão para votação pelos parlamentares. O Congresso Nacional estará em recesso de 18 de julho a 1° de agosto. A definição de limites mínimos e máximos deve ser feita apenas por meio de lei federal, observou a coordenadora de Meio Ambiente da ABCE. O percentual de conservação ambiental mais cogitado é de 2%, que tem sido rechaçado reiteradamente pela ABCE, uma vez que a elevação do índice em degraus de 0,5% equivale a um aumento de arrecadação de R$ 438,5 milhões. Caso o Ibama aplique metodologia que resulte em aplicação de percentual de 5%, o valor chega a R$ 636 milhões. (Agência Canal Energia - 12.07.2007) 3 Rio Madeira: Abdib considera que condicionantes encarecem empreendimentos A Associação
Brasileira da Infra-Estrutura e Indústria de Base avalia que as 33 condicionantes
para as usinas do complexo hidrelétrico do Rio Madeira (RO, 6.494 MW)
não inviabilizam a construção dos empreendimentos, mas prevê aumento de
gastos com meio ambiente por parte do investidor que vencer o leilão.
A legislação determina pagamento mínimo de 0,5% do valor do investimento,
mas o investidor terá que absorver um risco muito grande pelo fato de
não ter conhecimentos sobre o valor final. Outro ponto de apreensão é
a exigência de estabelecimento da cota de 500 metros para área de preservação
permanente. (Agência Canal Energia - 13.07.2007)
Gás e Termoelétricas 1 Aneel: Térmicas não vão bancar despacho de armazenamento virtual A Aneel explicou que o despacho do armazenamento virtual das térmicas despachadas fora da ordem do mérito não demandará nenhum desembolso por parte dos agentes térmicos. Segundo Rui Altieri, superintendente de Regulação da Geração da Aneel, as hidráulicas despachadas serão pagas pelo sistema. "Não há mudanças nos contratos comerciais. Esse é mais um passo para os empreendedores evitarem as penalidades", afirma. Agentes térmicos expressaram preocupação com o risco de pagar a diferença do PLD entre o despacho fora da ordem e o uso da energia armazenada nos reservatórios. Altieri frisa que isso não vai acontecer porque a energia é valorada no momento da geração. O superintendente observa que a os agentes ainda podem ser multados se não entregarem a energia pedida. A multa é definida com base no PLD máximo e são aplicadas aos agentes de forma escalonada. (Agência Canal Energia - 16.07.2007) 2 Emendas opõem indústrias e revelam conflitos na Lei do Gás Em fase final
de discussão na Câmara dos Deputados, a Lei do Gás encerrou na semana
passada a fase de recebimento de emendas parlamentares e teve 110 propostas
de mudanças. Os termos finais do novo marco regulatório para o gás natural,
que deverá ir a votação em agosto, opõem pesos-pesados da indústria. A
definição de como será feita a outorga dos futuros gasodutos, os prazos
de exclusividade que terão os construtores para explorar os dutos, a possibilidade
de consumidores industriais comprarem gás direto dos produtores e até
os conceitos usados no projeto têm sido alvo de forte atuação dos setores
envolvidos. Nas emendas, é possível ver essa disputa de interesses, e
o assunto não promete caminhar a uma decisão de consenso. Uma das disputas
está entre as distribuidoras de gás, que possuem contratos de concessão
com os Estados, e indústrias interessadas em comprar o combustível diretamente
do produtor. (Valor Econômico - 16.07.2007) 3 Regime de outorga é um dos pontos de discórdia na Lei do Gás O regime de
outorga dos novos gasodutos é um dos principais pontos de discórdia na
Lei do Gás. A CNI e a Abdib defendem o modelo de concessão, por meio de
licitações vencidas pelas empresas que pedirem a menor receita anual,
para definir quem será responsável por construir os futuros dutos. A Petrobras
resiste e luta por manter o regime de autorização - em que o governo estabelece
o empreendedor responsável, sem licitação pública. O relator do projeto,
João Maia (PR-RN), estabeleceu a concessão como praxe. Autorizações serão
admitidas em dois casos excepcionais: acordos entre países e gasodutos
de interesse específico de um único usuário final. Embora várias emendas
proponham mudanças nas definições de Maia sobre o regime de outorga, o
relator disse que não pretende acatar nenhuma sugestão. (Valor Econômico
- 16.07.2007) 4 Mercado de turbinas fica aquecido O mercado de
turbinas a vapor de pequeno porte, que equipam termelétricas movidas a
biomassa, como as que utilizam o álcool para a geração de energia elétrica,
começa a ficar aquecido. Por outro lado, o mercado de turbinas a gás para
geração de energia elétrica não se mostra tão confiante assim. A grande
causa disso é a incerteza em relação ao fornecimento do insumo, que paralisou
novos investimentos em termelétricas movidas por esse combustível. Mesmo
assim, é esperado o retorno das encomendas nesse mercado dentro de dois
anos. As turbinas a vapor de maior porte utilizam o carvão mineral como
combustível também terá um crescimento considerável no Brasil. No caso
do mercado de turbinas movidas a gás natural, o Brasil até apresenta um
crescimento considerável, de 7% até 2012, diante das condições gerais
para o aproveitamento do insumo no País. (Jornal do Commércio - 16.07.2007)
Grandes Consumidores 1 Rio Tinto oferece US$ 38,1 bi pela Alcan Em um anúncio
que movimentou os mercados mundiais, a anglo-australiana Rio Tinto fez
oferta de US$ 38,1 bilhões pela compra da canadense Alcan. Caso concretizado,
o negócio, que já foi aprovado pelo conselho da Alcan e ainda precisa
do aval dos acionistas, será o maior da história do setor. Com a transação,
a Rio Tinto vai se tornar a maior produtora de alumínio e alumina (matéria-prima
usada na fabricação de alumínio), superando a russa Rusal. Os rumores
de venda da Alcan circulavam havia meses no mercado e se intensificaram
há dois meses, depois que a americana Alcoa fez uma oferta hostil de US$
27 bilhões pela rival canadense. Com o anúncio de ontem da Rio Tinto,
a Alcoa disse que não prosseguirá na disputa pela Alcan. O setor deverá
ficar mais concentrado nas mãos das cinco grandes: BHP, Anglo American,
Rio Tinto, Vale do Rio Doce e Xstrata. (Folha de São Paulo - 13.07.2007)
2 Rio Tinto se antecipou para comprar a Alcan O principal
executivo da Rio Tinto, Thomas Albanese, disse que a compra da Alcan,
anunciada no dia anterior, foi uma ação rápida para evitar que seus competidores
conseguissem se antecipar e fazer a aquisição. A aquisição é uma tentativa
de recuperação da Rio Tinto. A companhia tomou a iniciativa depois que
a Companhia Vale do Rio Doce e a Xstrata ganharam fatias do mercado e
cresceram com maior rapidez que ela. A alta nos preços do produto deram
impulso ao valor de empresas como a Alcan, que tinha recebido outras ofertas
antes de fechar com a Rio Tinto. (DCI - 16.07.2007) 3 Acionistas querem a venda da Alcoa Acionistas da
fabricante de alumínio americana Alcoa estão pressionando para que a companhia
se coloque à venda, provavelmente para a BHP Billiton ou a Vale, numa
transação que pode ultrapassar US$ 50 bilhões, segundo o jornal Times.
Uma alternativa ao acordo seria a venda de alguns de seus ativos, como
suas operações de fabricação de painéis para aviões. Alguns dos acionistas
da Alcoa disseram ao Times que estão pedindo reuniões com executivos da
empresa para obrigá-la a fazer um acordo. As ações da Alcoa vinham registrando
desempenho abaixo da média do setor desde 2005, levando investidores a
exigir uma mudança radical no grupo para tirar vantagem do atual boom
das commodities. (Jornal do Commércio - 16.07.2007)
Economia Brasileira 1 Mercado prevê corte de 0,50 ponto na Selix O Copom do Banco Central deverá reduzir em 0,50 ponto percentual a taxa básica de juros na sua reunião que começa amanhã, dos atuais 12% ao ano para 11,50%. Pouca coisa mudou no cenário econômico desde o Copom de junho até agora, afirma o estrategista da Modal Asset, Alexandre Povoa - a não ser a discussão envolvendo a meta de inflação. Isso, para ele, é um forte argumento para que o Copom mantenha o ritmo de corte de 0,50 ponto percentual da Selic. O economista Sérgio Vale, da MB Associados, está entre os que esperam a redução de 0,50 ponto da Selic. Mas, para setembro, o economista acredita que o Copom voltará a cortar menos a taxa de juros por conta da alta que o mercado começou a colocar nas projeções para o IPCA. (DCI - 16.07.2007) 2 Carga tributária bate recorde pelo 3º ano A carga tributária bateu recorde pelo terceiro ano consecutivo em 2006. Os dados anunciados pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) mostram que o peso dos impostos na economia foi cerca de 34,5% do PIB no ano passado. Em 2005, a proporção foi de 33,7%. Com o novo aumento da carga, Lula terminou o primeiro mandato com elevação de 2,5 pontos percentuais desse indicador. Em 2002, conforme cálculo realizado de acordo com os novos dados do PIB do IBGE, o número ficou em 32% do PIB. Apesar da intenção de Mantega de cortar tributos, ele não pensa em abrir mão do imposto do cheque. O governo espera que o Congresso aprove a prorrogação dessa contribuição, cuja vigência termina em dezembro. Aos deputados da Comissão de Finanças, Mantega defendeu o projeto com a ameaça de corte de verbas. Ao ser questionado se o fim da CPMF poderia ser usado no esforço para reduzir a carga tributária, Mantega rejeitou a hipótese e disse que o governo prefere desonerar a folha de pagamento. (Folha de São Paulo - 13.07.2007) 3 Tarifa de energia cai e ajuda IPC-S a desacelerar alta 4 IPC da Fipe recua para 0,48% na 1ª prévia de julho Variação dos
preços dos alimentos ficou abaixo do que estava previsto. O Índice de
Preços ao Consumidor (IPC) da primeira quadrissemana de julho ficou em
0,48%, informou a Fipe da USP. A inflação na cidade de São Paulo recuou
em relação ao índice de 0,55% apurado no fechamento de junho e ficou abaixo
das expectativas dos analistas consultados pela Agência Estado, que iam
de 0,52% a 0,59%. A variação dos preços dos alimentos se deu a uma taxa
inferior à do fechamento de junho e contribuiu para fixar o IPC-Fipe da
primeira quadrissemana de julho em um nível abaixo do esperado. A avaliação
é da economista Marcela Prada, da Tendências Consultoria Integrada. (O
Estado de São Paulo 13.07.2007) 5 IGP-M sobe 0,15% na primeira prévia de julho O IGP-M registrou
alta de 0,15%, no primeiro decêndio do mês de julho. Para o mesmo período
de apuração no mês de junho, a variação foi de 0,31%. O primeiro decêndio
do IGP-M de julho compreendeu o intervalo entre os dias 21 e 30 do mês
de junho. O Índice de Preços por Atacado (IPA) avançou 0,11%, no primeiro
decêndio de julho, abaixo da taxa apurada no mesmo período de junho (0,15%).
O índice de Bens Finais subiu para 0,17%, frente deflação de 0,04% registrada
em igual período do mês anterior. Contribuiu para esta aceleração o subgrupo
alimentos processados, cuja taxa passou de -0,12% para 1,34%. No mesmo
período, o grupo Bens Intermediários caiu de 0,45% para -0,04%. O Índice
Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,09% no primeiro decêndio
de julho, abaixo da variação positiva (1,79%) registrada no primeiro decêndio
de junho. O índice relativo a Materiais e Serviços avançou 0,08%. No mês
anterior, a taxa havia sido de 0,68%. O índice que representa o custo
da Mão-de-Obra variou 0,10%, no primeiro decêndio de julho. Na apuração
referente ao mesmo período do mês anterior, o índice apresentou variação
de 3,04%. (Gazeta Mercantil 16.07.2007) 6 Os riscos da enxurrada de capitais de curto prazo De acordo com dados divulgados no início do mês pelo Banco Central, o ingresso de capitais de curto prazo atingiu US$ 9,119 bilhões em maio, valor que representa 58,7% do superávit do balanço de pagamentos. A preocupação dos analistas diz respeito aos reflexos deste movimento na economia real, em especial no desempenho da indústria e no crescimento da economia. Os números do BC também apontam que 72,5% dos recursos estrangeiros que inundaram o mercado de câmbio em maio, levando o dólar a cair abaixo de R$ 2, são capitais de curto prazo ou investimentos que buscam os altos juros dos títulos do Tesouro. (Jornal do Commércio - 16.07.2007) 7 Crédito pode quase duplicar até 2011 8 Indústria do Nordeste puxa alta do emprego As regiões Norte
e Nordeste, que concentram indústrias que fornecem para o interno e são
intensivas e mão-de-obra, estão puxando o crescimento do emprego na indústria.
De janeiro a maio deste ano, o emprego industrial cresceu 1,5% na média
do país, mas nestas duas regiões ele foi mais expressivo e aumentou 2,6%
e 2,4%, respectivamente. Como o Norte e o Nordeste concentram atividades
industriais intensivas em mão-de-obra, como a fabricação de alimentos
e bebidas e de produtos químicos, o ritmo de contratações supera o da
produção. Já nos Estados do Sul e Sudeste, o cenário é oposto. O aumento
da produção está apoiado no ramo de veículos e máquinas, setores que empregam
menos. Na média do Brasil, a produção aumentou 4,4% até maio, enquanto
no Nordeste a alta foi de 1,9%. (Valor Econômico - 13.07.2007) 9 País gera 1,1 milhão de empregos no 1º semestre A criação de
postos de trabalho no país bateu recorde no primeiro semestre deste ano,
com geração de 1,095 milhão de empregos, conforme dados do Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados. Esse saldo é 18,6% superior ao registrado
no mesmo intervalo do ano passado e é maior do que o verificado no mesmo
semestre de 2004, ano considerado um dos mais fortes para a economia brasileira
e que detinha o último recorde para o período (1,034 milhão de vagas).
Os setores agropecuário e de construção civil trouxeram a maior contribuição
para a criação de postos formais no país e apontaram também marca histórica
para o período. O estoque de vagas de trabalho no campo cresceu 16,55%
em relação ao começo do ano, com abertura de 238.437 novos empregos. Na
construção civil foram criadas 97.571 vagas, o que representa expansão
de 7,22% no estoque de postos para o segmento. No setor de serviços, o
país apurou abertura de 327.563 empregos, enquanto a indústria de transformação
abriu 299.509 vagas, com elevação de 2,95% e 4,62%, respectivamente, no
estoque apurado no início deste ano. (Valor Econômico - 16.07.2007) O dólar americano
avançava, por volta das 13h20, 0,48% sobre o real, a R$ 1,8690 na compra
e R$ 1,8710 na venda. Na sexta-feira passada, o dólar caiu 0,58%, a R$
1,86 na compra e R$ 1,8620 na venda, após oscilar da mínima de R$ 1,86
à máxima de R$ 1,8750. O giro interbancário (D+2) somou aproximadamente
US$ 1,8 bilhão. Na semana, houve declínio de 2,15%. (Valor Online - 16.07.2007)
Internacional 1 Governo argentino lança o programa "Energia Total" Após uma reunião
do presidente Néstor Kirchner com executivos das empresas YPF, Esso e
Petrobras, o governo anunciou um programa de substituição de gás por combustíveis
líquidos para a indústria, em mais uma medida para combater a crise energética
vivida pelo país. O programa "Energia Total", anunciado pelo ministro
do Planejamento, Julio de Vido, prevê que as petroleiras forneçam às indústrias
combustíveis líquidos (gasolina e diesel) para suas máquinas pelo mesmo
preço que cobrariam pelo gás natural. A duração inicial do plano é de
90 dias. Com isso, o governo espera que seja gerada uma economia diária
de 5,8 milhões de metros cúbicos de gás (mais do que os 4,6 milhões que
o país importa hoje da Bolívia), que seriam redeslocados para a produção
de eletricidade e o consumo residencial. A indústria responde por 35%
do consumo de gás em períodos normais, contra 20% das casas e 30% das
centrais elétricas. Sacrifício O programa é uma tentativa de resolver
os problemas da indústria, maior afetada pela crise energética que começou
no fim de maio. (Eletrosul - 13.07.2007) 2 Crise energética na Argentina ameaça atingir o Paraguai Depois de forçar
um corte no fornecimento de gás para o Chile, a crise energética da Argentina
ameaça atingir também o Paraguai. Segundo o vice-ministro do Comércio
paraguaio, Guillermo Alcaraz, a Argentina cortou o fornecimento de gás
propano, que alimenta as indústrias intensivas como as de cimento e cerâmica,
obrigando o país a trazer o insumo do Brasil. Não houve desabastecimento
em nenhum momento, afirmou Alcaraz, mas o custo quase duplicou. "No Brasil,
o propano é caríssimo. Enquanto pagamos para a Argentina US$ 600 a tonelada,
para o Brasil pagamos quase US$ 1 mil, fora os custos de transportes",
disse o vice-ministro. O presidente da Câmara Paraguaia de Gás (Capagas),
Pedro Balotta, disse que está preocupado com a lenta chegada do carregamento
de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) usado em todo país, principalmente
pelas residências. A Argentina é atualmente o maior fornecedor de GLP
do Paraguai. Segundo Balotta, deveriam chegar 15 caminhões por dia, em
média, mas esse número caiu pela metade esta semana. "Há uma certa escassez
de gás atualmente", afirmou Balotta. (Eletrosul - 13.07.2007)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
|
|