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IFE: nº 2.074 - 11 de julho de 2007
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Marina nega atraso na concessão das licenças
2 Indefinição sobre taxa de compensação ambiental preocupa
3 Bazileu Margarido: espera-se teto de 2%
4 Condições vão impactar custo, diz Odebrecht
5 Fiesp: novas hidrelétricas não são suficientes
6 Estatais fora do leilão do Madeira
7 Transmissão do Madeira ainda está no papel
8 Processo de licenciamento do Madeira expõe lacuna de informações sobre região amazônica
9 Entidades de Brasil, Peru e Bolívia fazem encontro para discutir reação às usinas
10 Ministério Público de Rondônia defende monitoramento contínuo das obras de hidrelétricas
11 Movimento contrário a hidrelétricas em Rondônia promete manter manifestações
12 Ambientalistas criticam concessão das licenças
13 ABCE sugere mudanças em projeto de lei das agências reguladoras
14 Lula nega que Silas Rondeau retorne ao ministério
15 Artigos publicados no boletim do GESEL analisam perspectiva de demanda de energia e usinas do Rio Madeira

Empresas
1 Energias do Brasil confirma interesse em usinas do Madeira
2 Equatorial Energia irá ao Novo Mercado
3 AES Sul recadastra ativos
4 Furnas reforça instalações
5 Ceran tem contratos de venda de energia de usinas anulado
6 NC Energia realiza leilão para compra de 20 MW médios
7 Cotações da Eletrobrás
8 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Reservatórios do Norte chegam a 90,6%
2 Reservatórios registram 80,1% do volume no Nordeste
3 Submercado Sul tem 72,1% do volume

4 Reservatórios atingem 81,2% do volume no Sudeste/Centro-Oeste

Gás e Termelétricas
1 Aneel aprova regra que reduz risco de multa para térmicas
2 Energias do Brasil anuncia parceria com MPX para térmicas no Nordeste
3 Governo libera R$ 1,04 bi para enriquecimento de urânio
4 TCU fiscalizará Angra 3

Grandes Consumidores
1 Gerdau compra a Chaparral por US$ 4,22 bi

Economia Brasileira
1 Programa de Aceleração do Crescimento está emperrado
2 Gastos consomem arrecadação recorde

3 FGV: produção industrial em SP deve crescer 1% em junho
4 Crescimento da demanda interna não impulsiona industria nacional
5 Sinalizador da produção paulista subiu 1% em junho
6 Vendas do comércio aumentam 9,6%
7 IGP-DI acelera como esperado e sobe 0,26% em junho
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina aperta racionamento de energia
2 Nicarágua está no escuro e quase paralisada por apagões
3 EDP assina contrato de compra da Horizon e entra nos EUA

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Marina nega atraso na concessão das licenças

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou ontem que a demora de dois anos na concessão da licença prévia para as obras da Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, acabou se mostrando benéfica para a sociedade, pois evitou a construção de uma terceira usina, prevista inicialmente no projeto. "Além do mais, serão usadas turbinas tipo bulbo (que ficam na vertical e não na horizontal, possibilitando a redução das áreas alagadas) e não mais as tradicionais e será construído um canal para a passagem dos peixes e dos sedimentos." Para ela, foi corriqueiro o fato de o Ibama fazer 33 exigências para a concessão das licenças prévias. "Isso é normal em qualquer processo", explicou Marina. O presidente interino do Ibama, Bazileu Margarido, disse que o número de condicionantes depende de cada projeto. Marina contestou os que criticam o Ibama pelo atraso na concessão das licenças. "Foi feita no tempo necessário para deixar bem claro que a viabilidade econômica não se sobrepõe à ambiental e vice-versa", disse. Ela disse que os dois últimos anos foram de muito trabalho. "Podemos considerar uma vitória da sociedade brasileira, que quer energia, mas quer proteção ambiental. Quer proteção ambiental, mas quer energia." (O Estado do São Paulo - 11.07.2007)

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2 Indefinição sobre taxa de compensação ambiental preocupa

A indefinição em torno dos novos valores pagos como compensação ambiental por empreendimentos de infra-estrutura tornou-se uma das maiores preocupações das empresas interessadas em arrematar a concessão das usinas hidrelétricas do Rio Madeira. O MME reconhece o problema: teme que, se o novo índice não for definido antes do leilão da usina de Santo Antônio, previsto para outubro, as empresas concorrentes façam propostas desnecessariamente conservadoras na disputa, justamente para evitar uma surpresa desagradável caso as compensações sejam mais elevadas do que o esperado. Os empreendedores pagam atualmente um índice mínimo de 0,5%, calculado sobre o valor total da obra, para amenizar os impactos ao meio ambiente. Esses recursos são destinados à preservação de unidades de conservação. Em alguns casos, a taxa cobrada foi maior, despertando a fúria do setor privado. Como não há um teto definido, chegou-se a um acordo para não aplicar taxas superiores a 0,5% enquanto a metodologia de cálculo estiver sendo negociada. (Valor Econômico - 11.07.2007)

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3 Bazileu Margarido: espera-se teto de 2%

O presidente substituto do Ibama, Bazileu Margarido, disse ontem que a publicação está próxima. Questionado se o novo teto seria de 2%, ele evitou ser taxativo: "É o que se espera." Paralelamente à emissão da licença prévia do Madeira, Bazileu explicou que o Ibama assinará um termo de compromisso com os empreendedores. Por meio do termo, os futuros vencedores do leilão se comprometem a pagar o valor definido com base na nova metodologia, que ainda não foi divulgada. Ao Ibama fica resguardado, dessa forma, o direito de cobrar mais pela compensação ambiental. No futuro, com o desdobramento da reestruturação da área ambiental do governo, essa responsabilidade ficará com o Instituto Chico Mendes. (Valor Econômico - 11.07.2007)

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4 Condições vão impactar custo, diz Odebrecht

Ao contrário do que afirmou o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, de que as condições impostas pelo Ibama não provocarão aumento nos custos de construção das hidrelétricas do rio Madeira, a construtora Odebrecht diz que haverá, sim, impacto no valor das obras. Segundo Irineu Meireles, diretor de investimentos em infra-estrutura da empresa, entre as 33 condicionantes estabelecidas pelo governo, há alterações significativas no projeto anterior, como a previsão de uma área de preservação permanente (APP) de 500 metros ao redor do reservatório, em vez de uma área de 100 metros, como prevê a legislação. "Os cálculos anexados ao EIA Rima foram feitos com base nos 100 metros. Teremos de fazer um novo levantamento para saber o número de famílias que terão de ser removidas, o custo de desapropriação e indenização da área adicional. A diferença é significativa: aumenta de 2.000 hectares para 10 mil." Outra nova condição que trará mais custos, segundo a Odebrecht, é um centro para a criação de filhotes de peixes, o chamado centro de ictiofauna. Ele deverá estar disponível para o caso de o sistema de transposição de peixes por canais não funcionar como previsto. (Folha de São Paulo - 11.07.2007)

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5 Fiesp: novas hidrelétricas não são suficientes

"Se o Brasil crescer 4% ao ano, o que é um desenvolvimento moderado, vamos necessitar, adicionalmente mais 40 mil MW entre 2007 e 2015. Hoje, estão sendo implantados 11 mil MW em empreendimentos em andamento, faltando 29 mil MW a serem colocados à disposição do sistema elétrico", disse o diretor da divisão de Energia da Fiesp, Luiz Gonzaga Bertelli. Para ele, somente os empreendimentos do Rio Madeira, que receberam licença prévia do Ibama ontem, não serão suficientes para atender às necessidades do País em crescimento, "pois representam 6 mil MW a mais somente". Bertelli é um incentivador do uso de bagaço de cana para gerar, até a segunda década do século, mais 24 mil MW, "o que é inteiramente possível". Segundo o especialista, em 2007, "de toda a energia gerada no Brasil, em torno de 45% é proveniente de fontes mais baratas, limpas e renováveis, contra aproximadamente 15% da média mundial. A carga tributária do setor elétrico já alcança cerca de 50%". Para Bertelli, a elevada carga tributária sobre energia poderá ser um dos fatores que contribuirá, negativamente, para a falta de atrativos para o investidor nacional ou estrangeiro. (Jornal do Commercio - 11.07.2007)

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6 Estatais fora do leilão do Madeira

O governo pretende mesmo tirar as estatais do Grupo Eletrobrás dos leilões das hidrelétricas do Rio Madeira. Segundo uma fonte oficial do setor, a orientação para tirar o grupo do leilão - garantindo ao vencedor a possibilidade de se associar à Eletrobrás, depois - tem apoio da Aneel, do MME e da ministra da Casa Civil, Dilma Roussef. Essa medida, cuja intenção é atrair mais investidores privados para o leilão, foi anunciada no mês passado pelo ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner. Na segunda-feira, porém, em coletiva para comentar as licenças ambientais das usinas do Madeira, Hubner evitou responder a questões sobre a formação de consórcios. Essa cautela, segundo a fonte, deve-se ao fato de o governo ainda estar analisando se, juridicamente, é possível tirar Furnas do leilão. (Jornal do Commercio - 11.07.2007)

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7 Transmissão do Madeira ainda está no papel

A distribuição para os grandes centros de consumo do país da energia a ser gerada pelas usinas hidrelétricas do rio Madeira (RO) depende de uma obra que, apesar de fazer parte do PAC, ainda não saiu do papel. Trata-se de uma linha de transmissão de 2.450 quilômetros que ligará Porto Velho (RO) a Araraquara (SP) e tem custo estimado entre R$ 7 bilhões e R$ 9 bilhões. Ela deverá ser licitada para a iniciativa privada, que poderá se associar a estatais até o limite de 49%. Segundo a EPE, a expectativa é licitar a usina oito meses depois do leilão da hidrelétrica de Santo Antônio, previsto para o final de setembro ou início de outubro deste ano. Ou seja, a licitação da linha de transmissão aconteceria em junho de 2008 e ela teria que ficar pronta até o final do segundo semestre de 2012, para que a energia que começasse a ser gerada no rio Madeira pudesse ser transmitida para o Centro-Oeste e o Sudeste. (Folha de São Paulo - 11.07.2007)

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8 Processo de licenciamento do Madeira expõe lacuna de informações sobre região amazônica

Com o reduzido potencial de expansão nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste, os especialistas não têm mais dúvidas de que, se quiser expandir a oferta de energia com base em uma matriz limpa e renovável, o país terá que enfrentar o desafio de construir usinas na Amazônia. Nesse contexto, o complexo do Madeira pode ser visto como somente o primeiro de uma série de licenciamentos ambientais igualmente complexos e polêmicos. "No processo de licenciamento do Madeira, ficou evidente a necessidade de aprimoramento das informações", afirma Cláudio Langone, ex-secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, que deixou o cargo em abril. "O conhecimento acumulado sobre a região amazônica é fruto, principalmente, de projetos pontuais." Para ele, é recomendável investir uma parcela dos royalties pagos pelas hidrelétricas para investir em produção de conhecimento por instituições que atuam na região, como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o museu paraense Emílio Goeldi. "Isso pode reduzir muito o custo do licenciamento e a insegurança dos técnicos para assinar pareceres." O novo diretor de licenciamento do Ibama, Roberto Messias Franco, concorda que faltam recursos e diz que, na Amazônia, estima-se em 50% a quantidade de espécies de fauna e flora que jamais foram catalogadas. (Valor Econômico - 11.07.2007)


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9 Entidades de Brasil, Peru e Bolívia fazem encontro para discutir reação às usinas

Na semana que vem, entre 19 e 21 de julho, um evento reunirá entidades indígenas, de ambientalistas, trabalhadores rurais e ribeirinhos em Guajará-Mirim, a 360 quilômetros de Porto Velho, para discutir as estratégias de ação frente à decisão do governo de conceder a licença-prévia às usinas do Rio Madeira. Na expectativa dos organizadores, serão 60 entidades brasileiras, bolivianas e peruanas. Na pauta, a bacia hidrográfica do rio Madeira e os desdobramentos da concessão de licença-prévia para as usinas de Santo Antônio e Jirau. "Já íamos debater as estratégias em cada país com ou sem as licenças das usinas", diz o historiador Iremar Antonio Ferreira, do Instituto Madeira Vivo e da campanha popular Viva Rio Madeira Vivo. "Vamos procurar potencializar linhas de ação conjuntas para ter a mesma diretriz." "Esta é uma luta difícil, o cenário da discussão é muito desigual", reconhece Ferreira. Em Porto Velho, segundo ele, a maioria da população apóia o projeto. Na linha pró-Madeira, diz, há empresários, o governo do Estado, lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT), comerciantes e a maioria dos meios de comunicação. "Acho que somos 0,1% contra a obra", imagina. (Valor Econômico - 11.07.2007)

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10 Ministério Público de Rondônia defende monitoramento contínuo das obras de hidrelétricas

A necessidade de um acompanhamento constante de todas as etapas da construção das hidrelétricas de Santo Antônio e de Jirau, no Rio Madeira, é fundamental para amenizar as consequências ambientais, sociais e econômicas do projeto, segundo o subprocurador-geral do Ministério Público de Rondônia, Ivo Benitez. Ele avalia que as condições impostas pelo Ibama vão ao encontro do que o órgão estadual determinou em estudos complementares realizados. "Os resultados preliminares dos estudos apontavam para essa situação: se houvesse o licenciamento, ele deveria ser seguido do monitoramento de alguns aspectos que ainda não foram pesquisados do Rio Madeira", afirma. O Ministério Público de Rondônia realizou estudos independentes sobre as possíveis consequências do empreendimento para o estado. Além dos aspectos ambientais, o órgão mostrou preocupação com os impactos sociais e econômicos do projeto. (DCI - 10.07.2007)

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11 Movimento contrário a hidrelétricas em Rondônia promete manter manifestações

O Fórum Independente Popular do Madeira, movimento contrário à instalação das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, garante que a concessão da licença prévia para a obra não vai cessar as manifestações do grupo. Eles já convocaram um ato público para a próxima semana, em Porto Velho, e estão estudando as possibilidades judiciais para embargar o processo. Um dos coordenadores do fórum, Luiz Novoa, diz que a colocação de exigências ambientais, sociais e econômicas apenas após a concessão do licenciamento ambiental é como um cheque em branco do governo para o empreendedor. Ele defende que essas condições deveriam ter sido dadas antes mesmo da primeira licença. "Em um empreendimento dessa magnitude, o não cumprimento dessas condicionantes é um desastre absoluto", afirma. No entanto, Novoa diz que as 33 condições impostas pelo Ibama são um avanço, porque contemplam o que o fórum defende e refletem o que já foi debatido pela população e por especialistas: "O governo está reconhecendo as lacunas que a sociedade civil e especialistas apontaram o tempo todo". (Agência Brasil -10.07.2007)

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12 Ambientalistas criticam concessão das licenças

A liberação das licenças ambientais para a construção das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, não agradou aos ambientalistas, que consideram as obras de grande impacto ambiental, apesar da fonte hidrelétrica ser considerada limpa. Para Karen Suassuna, da área de energia da ONG WWF, a liberação das licenças, seguidas da decisão do governo de retomar a construção da usina nuclear de Angra 3, mostra a prioridade dada pelo governo federal às grandes obras. "Fica claro que o governo prioriza grandes e polêmicas obras. Não se vê semelhante disposição em desburocratizar usinas de fontes renováveis, nem um plano mais audacioso de eficiência energética." Segundo ela, fontes como eólica, biomassa e solar não recebem a mesma atenção no planejamento estratégico do Ministério de Minas e Energia. (Eletrosul - 10.07.2007)

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13 ABCE sugere mudanças em projeto de lei das agências reguladoras

A Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica ainda não está satisfeita com o projeto de lei das agências reguladoras em tramitação na Câmara dos Deputados. A associação encaminhou quatro sugestões de emendas ao projeto 2633/2003, apensado ao PL 3337/04, conhecido como lei das agências, para aprimorá-lo. As propostas são sobre a definição e distinção das agências; criação da figura do diretor-ouvidor e da procuradoria-geral; além da exclusão de incentivos a associações e aprimoramento da hipótese de incidência para criar audiência pública. O PL 3337/04 está previsto para ser votado nesta terça-feira, 10 de julho, mas a pauta está trancada por duas medidas provisórias. O relator, deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ), apresentou substitutivo ao PL do governo federal. (Agência Canal Energia - 10.07.2007)

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14 Lula nega que Silas Rondeau retorne ao ministério

Mesmo considerando que o ex-ministro foi injustiçado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou nesta terça-feira a recondução de Silas Rondeau ao Ministério de Minas e Energia. "Não", respondeu Lula à pergunta sobre a possibilidade de uma nova nomeação. "Até foi engraçado porque eu estava em Bruxelas quando alguém me perguntou, e eu fiquei imaginando quem era o poderoso que estava indicando ministro por mim. Veja, eu nem pensei nisso, eu acho que o Silas foi injustiçado. Agora, tem um processo em andamento, nós vamos aguardar para ver o que acontece com o processo", completou. Nos últimos dias, rumores davam conta de que Silas Rondeau retornaria ao governo. (Reuters - 11.07.2007)

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15 Artigos publicados no boletim do GESEL analisam perspectiva de demanda de energia e usinas do Rio Madeira

O Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL) traz mais uma edição de seu boletim, que chega aos seus leitores com um novo nome: Boletim Setor Elétrico em Foco. Neste mês, publicamos dois artigos. O primeiro, escrito pelos professores do Instituto de Economia da UFRJ, Rubens Rosental, Nivalde José de Castro e Antônio Licha, analisa os impactos e perspectivas em relação à demanda de energia a partir da esfera econômica. O segundo, elaborado pelo professor e coordenador do GESEL, Nivalde de Castro, em conjunto com o engenheiro de Furnas, Paulo César Fernandes e o assessor da presidência da empresa, Zieli Dutra, analisa as usinas do Rio Madeira e o avanço da fronteira elétrica brasileira. No Boletim Setor Elétrico em Foco você poderá ainda conferir as novidades do GESEL. Para ler o boletim na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 11.07.2007)

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Empresas

1 Energias do Brasil confirma interesse em usinas do Madeira

A Energias do Brasil, confirmou que está estudando participar da disputa das usinas do complexo hidrelétrico do Madeira (RO, 6.450,4 MW). Segundo o presidente da holding, António Martins da Costa, o grupo português vem mantendo contatos com dois consórcios montados para a disputa dos aproveitamentos em leilão ainda sem data para acontecer. Em conferência para jornalistas da imprensa internacional, em Nova Iorque, Estados Unidos, nesta terça-feira, dia 10 de junho, Martins da Costa ressaltou que não conhece ainda todas as 33 condicionantes impostas pelo Ibama para obtenção da licença de instalação. "Vamos estudar as usinas do rio Madeira como uma opção de investimento, apesar do negócio não ser um dos mais atrativos para o nosso plano de expansão", revelou Martins. O executivo disse ainda que o grupo também estuda a compra da Cesp - caso venha a ser privatizada - e dos ativos da Brasiliana. (Agência Canal Energia - 10.07.2007)

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2 Equatorial Energia irá ao Novo Mercado

A Equatorial Energia quer levar suas ações ao Novo Mercado. A mudança resultará na pulverização do controle da empresa, hoje em poder do fundo de investimento Brasil Energia I -- do UBS Pactual junto com a GP Investimentos. Atualmente, a Equatorial possui ações preferenciais e ordinárias, negociadas na bolsa na forma de units. A listagem no Novo Mercado demanda que todos os papéis tenham direito a voto. Em comunicado, a empresa explica que essa conversão será feita na proporção de uma preferencial para uma ordinária. Assim, a fatia que cada acionista possui no capital total da empresa será mantida. Como o controlador detêm 30,7% do total da companhia, perderá a maioria do poder de voto com esse percentual. A decisão foi tomada ontem pelo conselho de administração. Porém, a implementação do projeto depende do consentimento da Aneel. O objetivo da Equatorial é valorizar suas ações com a adoção de melhores práticas de governança corporativa, segundo o fato relevante enviado à CVM. Caso a ida ao Novo Mercado seja aprovada, haverá um grupamento de ações após a conversão das preferenciais. A finalidade do grupamento é adequar o valor unitário da cotação dos papéis. Cada três ordinárias serão transformadas em uma única ação. O plano da Equatorial é atuar na distribuição de energia no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, seja pelo controle de companhias ou por fatias minoritárias. De janeiro a março deste ano, teve faturamento líquido de R$ 195,1 milhões, após alta de 13,6%. (Valor Econômico - 11.07.2007)

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3 AES Sul recadastra ativos

A AES Sul, distribuidora que atende 118 municípios gaúchos iniciou processo de recadastramento de ativos. A meta é concluir o trabalho ainda este mês. A empresa passará por revisão tarifária em 2008 e precisa contar com o seu perfil atualizado para que a Aneel possa fazer suas avaliações. A rede da companhia abrange uma área de 99,5 mil km por onde se estendem cerca de 53,4 mil km de redes de distribuição. Uma consultoria especializada está realizando o levantamento cadastral dos equipamentos, postes e demais instalações. A base de dados da AES Sul é de 1998 e até há pouco tempo somente a rede primária estava registrada em mapas, porém não georeferenciados. Exclusões e inclusões de equipamentos eram, até então, feitas à mão. O recadastramento da rede integra um programa mais amplo, com cinco outros projetos, e que objetiva readequar o ambiente tecnológico da concessionária. A renovação do cadastro de iluminação pública também está nos planos da AES Sul. (Brasil Energia - 07.10.2007)

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4 Furnas reforça instalações

A Aneel autorizou a realização de reforços em instalações de transmissão de Furnas. A empresa vai intervir na subestação Iriri (138 kV) e na linha de transmissão Rocha Leão- Campos (138 kV). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (10/7). Furnas vai instalar um módulo geral de 138 kV, de arranjo barra dupla, dois módulos de entrada de linha e um módulo de interligação na subestação Iriri, instalada no estado do Rio de Janeiro. A LT será seccionada por um cabo condutor tipo 556,5 MCM "Dove". Após as instalações, a empresa deverá atualizar o Contrato de Prestação de Serviços de Transmissão (CPST) junto ao ONS. (Brasil Energia - 07.10.2007)

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5 Ceran tem contratos de venda de energia de usinas anulado

A diretoria da Aneel anulou nesta terça-feira, 10 de julho, os contratos de venda de energia da Companhia de Energética do Rio das Antas, referentes as hidrelétricas de 14 de Julho, Castro Alves e Monte Claro. A decisão se deve a um erro no cálculo da diferença máxima do Uso do Bem Público no preço da energia comercializada no leilão de energia realizado em 2005. A empresa, do grupo CPFL, terá de assinar um novo contrato com a retificação do valor da energia. O erro, causado por um programa computacional da CCEE, fez o preço final da energia ficar em R$ 129,67/MWh para a usina 14 de Julho; R$ 129,44/MWh para Castro Alves; e R$ 129,41/MWh para Monte Claro. Com o recálculo, o preço final passa para R$ 117,68 para as duas primeiras e R$ 117,67 para Monte Claro. Segundo o processo, a empresa teria um ganho extra de R$ 44,392 milhões nos contratos de 30 anos. A diferença é apenas referente a UBP, a Aneel não mexeu no preço da oferta de R$ 114,68/MWh para 14 de Julho e Castro Alves e R$ 114,67/MWh para Monte Claro. (Agência Canal Energia - 10.07.2007)

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6 NC Energia realiza leilão para compra de 20 MW médios

A NC Energia vai realizar na próxima quinta-feira, 12 de julho, um leilão de compra de 20 MW médios, com período de suprimento de 1° de janeiro de 2008 a 31 de dezembro de 2017. De acordo com o presidente da comercializadora, Paulo Cunha, o montante de energia tem ponto de entrega a ser escolhido pelo vencedor entre os submercados Sudeste e Nordeste. O processo será via internet, às 15 horas, no site www.ncenergia.com.br. (Agência Canal Energia - 10.07.2007)

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7 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 10-07-2007, o IBOVESPA fechou a 55.882,70 pontos, representando uma baixa de 0,99% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 4,88 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 1,28% fechando a 17.876,31 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 56,00 ON e R$ 55,60 PNB, baixa de 2,05% e 0,71%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 11-07-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 56,00 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 55,80 as ações PNB, alta de 0,36% em relação ao dia anterior. (Investshop - 11.07.2007)

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8 Curtas

A Câmara aprovou na última quinta-feira, 5 de julho, substitutivo ao projeto de lei do deputado Marcelo Guimarães Filho (PMDB-BA), que obriga as concessionárias de energia elétrica, água e telefonia a informar, nas faturas mensais dos consumidores a inexistência de débitos anteriores. O projeto dispensa, na prática, o consumidor de guardar os comprovantes de pagamento das faturas. A proposta seguirá para o Senado. (Agência Canal Energia - 10.07.2007)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Reservatórios do Norte chegam a 90,6%

O nível dos reservatórios do submercado Norte chega a 90,6%, registrando baixa de 0,3%. A hidrelétrica de Tucuruí trabalha com 87,89% da capacidade de armazenamento. (ONS - 09.07.2007)

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2 Reservatórios registram 80,1% do volume no Nordeste

Os reservatórios do Nordeste registram 80,1% do volume, com queda de 0,4%. O índice está 46,6% acima da curva de aversão ao risco. A usina de Sobradinho opera com 76,50% da capacidade. (ONS - 09.07.2007)

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3 Submercado Sul tem 72,1% do volume

Os reservatórios do submercado Sul atingem 72,1% do volume acumulado, o que representa alta de 0,9%. O índice está 59,1% acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de G. B. Munhoz trabalha com 67,35% da capacidade armazenada. (ONS - 09.07.2007)

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4 Reservatórios atingem 81,2% do volume no Sudeste/Centro-Oeste

Com baixa de 0,1%, os reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste atingem 81,2% do volume. O índice está 46,4% acima da curva de aversão ao risco. As usinas de Espora e Caconde operam com 99,01% e 80%, respectivamente. (ONS - 09.07.2007)

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Gás e Termoelétricas

1 Aneel aprova regra que reduz risco de multa para térmicas

A Aneel aprovou ontem regra que flexibiliza a geração de energia por usinas termelétricas e diminui os riscos de elas serem multadas por falta de gás. As divergências em relação à multa foram um dos motivos do adiamento do leilão de energia, que passou de ontem para o dia 26. De acordo com a nova norma, as usinas termelétricas poderão gerar energia a qualquer hora, e não apenas quando acionadas pelo ONS, como acontece hoje. Dessa forma, as térmicas poderão aproveitar um momento em que têm gás disponível para criar uma espécie de "crédito virtual" de energia. Se quando a ONS determinar a geração de energia elétrica a usina não tiver gás, ela poderá recorrer a esse crédito e não ser multada. Além disso, diminuem os riscos de faltar energia para o consumidor. Como as térmicas trabalharam em um momento em que as hidrelétricas deveriam estar gerando energia, sobra água nos reservatórios dessas hidrelétricas que é usada para produzir energia depois. "Ninguém quer que o agente seja multado, o que queremos é a energia", declarou o superintendente de Regulação da Geração da agência, Rui Altieri. Segundo Altieri, a nova regra não altera o preço da energia elétrica para o consumidor. As térmicas receberão pelo preço da energia no momento em que for gerada, independentemente de elas terem sido acionadas ou não. (Valor Econômico - 11.07.2007)

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2 Energias do Brasil anuncia parceria com MPX para térmicas no Nordeste

O presidente da Energias do Brasil, António Martins da Costa, durante conferência para jornalistas em Nova Iorque, Estados Unidos, confirmou que a empresa realizará parceria com a MPX para desenvolvimento de duas térmicas no Nordeste, que totalizam 1.050 MW. O investimento será da ordem de US$ 2 bilhões e cada empresa terá 50% de participação na sociedade. "Precisamos esperar o leilão A-5, ainda sem data marcada, para vermos se vamos vender a energia destas usinas. Caso os projetos sejam confirmados, temos prazo suficiente para colocar as plantas em operação", adianta Martins da Costa. A empresa havia divulgado recentemente que o negócio poderia ser viabilizado por um preço de venda da energia de R$ 140,00 por MWh. "O teto para comercialização da energia de térmicas no leilão [A-5] é de R$ 141,00 por MWh, portanto precisamos aguardar o resultado do certame para pensar na implementação dos projetos", ponderou o executivo. (Agência Canal Energia - 10.07.2007)

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3 Governo libera R$ 1,04 bi para enriquecimento de urânio

Em visita ao Centro Experimental de Aramar, mantido pela Marinha em Iperó, a 120 km de São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem a liberação de R$ 1,04 bilhão para o programa de enriquecimento de urânio em escala industrial. Disse ainda que o projeto prevê a construção de novas usinas nucleares, além de Angra 3, que está em estudo. "Se for necessário construir mais [usinas nucleares], vamos construir. Até porque é uma energia limpa, está provado que hoje tem segurança e o Brasil não pode parar." O investimento na área atende a um pedido antigo do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), que afirma que há dez anos domina a tecnologia para a produção de pastilhas de urânio (o produto final, o combustível), mas que, sem dinheiro, mantém o projeto em estado "vegetativo". Hoje, a maior parte do urânio usado em Angra 1 e 2 é enriquecida no Canadá e concluída na Europa. "Temos condições de concluir o projeto e o Brasil pode se dar ao luxo de ser um dos poucos países do mundo a dominar toda a tecnologia do ciclo de enriquecimento do urânio. Penso que seremos muito mais valorizados enquanto nação e potência", afirmou Lula. (Folha de São Paulo - 10.07.2007)

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4 TCU fiscalizará Angra 3

O Tribunal de Contas da União vai acompanhar as obras da usina nuclear Angra 3. O órgão fará fiscalizações periódicas para apurar a legalidade, a economicidade e a regularidade operacional do empreendimento. Na última fiscalização, o TCU havia recomendado ao Ministério de Minas e Energia que decidisse, em tempo razoável, sobre a retomada da construção da usina, por causa do gasto com a manutenção e conservação dos equipamentos, o que nos últimos oito anos somou R$ 333 milhões. (Brasil Energia - 07.10.2007)

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Grandes Consumidores

1 Gerdau compra a Chaparral por US$ 4,22 bi

A siderúrgica brasileira Gerdau Ameristeel Corporation anunciou ontem um acordo para compra da Chaparral Steel Co. por US$ 4,22 bilhões à vista, numa transação para diversificar sua oferta de produtos de aço de alto valor agregado. A Gerdau pagará US$ 86 por ação da Chaparral, num acordo unanimemente aprovado pela diretoria da Chaparral, segundo comunicados das duas empresas. A Chaparral é a segunda maior produtora de aço estrutural na América do Norte e também uma grande fabricante de barras de aço. A empresa opera unidades em Midlothian, no Texas, e em Dinwiddie, na Virginia. A companhia emprega cerca de 1.400 empregados e tem capacidade instalada anual de 2,9 milhões de toneladas. Para o presidente da Gerdau Ameristeel, Mario Longhi, "a aquisição da Chaparral Steel é consistente com a estratégia da Gerdau Ameristeel de diversificar a oferta de produtos de maior valor agregado". (O Estado de São Paulo - 11.07.2007)

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Economia Brasileira

1 Programa de Aceleração do Crescimento está emperrado

Em seis meses, os projetos do PAC continuam em ritmo desacelerado. Segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), dos R$ 7,5 bilhões autorizados do orçamento do pacote econômico para investimentos em obras pelos órgãos do governo, apenas R$ 1 bilhão foi efetivamente aplicado, o que representa 13,8% do total. As reservas orçamentárias (empenhos) feitas pela União alcançam melhor desempenho: 39% do total inicial previsto. Foram R$ 3 bilhões comprometidos para serem investidos nos próximos meses. O levantamento foi feito pela ONG Contas Abertas. De acordo com o documento da entidade, apesar dessas liberações, existem órgãos que ainda não aplicaram um centavo da União para investir em obras do PAC. (DCI - 11.07.2007)

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2 Gastos consomem arrecadação recorde

O momento vivido pela economia brasileira é tão positivo que a tendência dos mercados é relevar os problemas. No que diz respeito às contas públicas e, portanto, à solvência do Estado, é exatamente isso o que está acontecendo. Desde o fim de 2005, a situação vem se deteriorando, apesar de os números, aparentemente, dizerem o contrário. De janeiro a maio deste, o superávit primário produzido pelas contas do governo central superou em 18,7% o resultado do mesmo período de 2006. Isso aconteceu graças ao crescimento recorde da receita líquida - 13,6% em termos nominais (sem descontar a inflação). No mesmo período, as despesas também cresceram de forma acelerada - 12,5%. Como a base das receitas é maior que a dos gastos, o superávit cresceu mais rápido. Há motivos para preocupação. Nos primeiros cinco meses do ano, a arrecadação de tributos federais, incluindo a receita previdenciária, cresceu quase R$ 30 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado. A expansão, de 14,21%, superou, com folga, o crescimento nominal do PIB, que foi de 9,7%. Ocorre que a maior parte desses ganhos decorreu, segundo a Receita Federal, de fenômenos atípicos. (Valor Econômico - 11.07.2007)

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3 FGV: produção industrial em SP deve crescer 1% em junho

A produção industrial no Estado de São Paulo deve crescer em junho frente a maio, de acordo com indicador apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a AES Eletropaulo. O Sinalizador da Produção Industrial (SPI) antecipa um crescimento de 1 por cento, com ajuste sazonal, para o período, segundo informou a FGV em comunicado. "Com este número, o crescimento do segundo trimestre sobre o mesmo período do ano passado chegaria a 3,8 por cento, um ponto percentual acima dos 2,8 por cento verificados no primeiro trimestre, nas mesmas bases de comparação", afirmou a FGV. O SPI é um indicador econômico mensal que antecipa tendências de atividade industrial em São Paulo. (Reuters - 11.07.2007)

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4 Crescimento da demanda interna não impulsiona industria nacional

Um estudo realizado pela CNI divulgado nesta terça-feira apontou que os produtos importados vêm atendendo o crescimento da demanda interna registrado desde o ano passado. Em 2006, houve crescimento de 5,1% na demanda, enquanto a produção da indústria de transformação cresceu 1,6%. Nos primeiros três meses de 2007, a demanda interna evoluiu 5,8%, ao passo que a indústria registrou crescimento de 2,8%. Segundo a entidade, tanto em 2006 quanto neste ano, o volume importado de bens e serviços cresceu a um ritmo três vezes maior do que o da demanda interna. Os dados vão na direção oposta às características históricas do crescimento do país. A indústria de transformação, historicamente, lidera o crescimento do PIB em períodos de expansão significativa da demanda interna. Segundo o estudo da CNI, em cinco ocasiões nos últimos 15 anos (1993, 1994, 2000, 2004 e 2006) a demanda interna aumentou mais do que 4%. Nesses períodos, a indústria de transformação sempre cresceu tanto ou mais do que a demanda interna. A exceção foi 2006. Para a entidade, o principal motivo disso é a valorização do real. (Diário de Grande ABC - 10.07.2007)

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5 Sinalizador da produção paulista subiu 1% em junho

O Sinalizador da Produção Industrial (SPI) subiu 1% em junho ante maio, em comparação com a elevação de 2% em maio ante abril. Essa foi a quarta edição desse indicador mensal, elaborado por meio de parceria entre a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a AES Eletropaulo. O objetivo do indicador é o de antecipar as tendências da atividade industrial no Estado de São Paulo. Com este resultado, o SPI subiu 3,8% no segundo trimestre deste ano, ante igual período no ano passado. Segundo as duas instituições, esse patamar de elevação seria um ponto percentual acima da taxa de 2,8% verificada no primeiro trimestre, nas mesmas bases de comparação. (Jornal do Commercio - 11.07.2007)

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6 Vendas do comércio aumentam 9,6%

O aumento no nível de emprego, dos salários reais e da oferta de crédito levou as vendas do comércio varejista a crescerem 9,6% no primeiro semestre, ante igual período do ano passado, segundo o Indicador Serasa de Atividade do Comércio. O varejo especializado (lojas de eletroeletrônicos, veículos, materiais de construção, entre outros) vendeu 11,9% a mais no semestre, em relação aos primeiros seis meses de 2006. As vendas dos hipermercados, supermercados e do varejo de alimentos e bebidas (mercearias, açougues, quitandas, distribuidoras de bebidas, entre outros) subiram 7,5%. O estudo da Serasa, feito com 6.000 empresas representativas do varejo em todo o País, também mostrou que houve queda das vendas em junho, em relação a maio desse ano, sobretudo no varejo especializado. Em junho, as vendas do varejo tiveram crescimento de 10,3% em relação a igual mês de 2006. O valor de vendas dos hipermercados, supermercados e do varejo de alimentos e bebidas cresceu 9,3%, ao passo que o varejo especializado registrou elevação de 11%. (Jornal do Commercio - 11.07.2007)

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7 IGP-DI acelera como esperado e sobe 0,26% em junho

O Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou inflação de 0,26 por cento em junho, uma aceleração frente ao avanço de 0,16 por cento apurado em maio, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira. Analistas consultados pela Reuters previam alta de 0,27 por cento para o índice no mês passado. Entre os componentes do IGP-DI, o Índice de Preços por Atacado (IPA) subiu 0,09 por cento, ante queda de 0,04 por cento em maio. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou 0,42 por cento, ante alta de 0,25 por cento no mês anterior. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,92 por cento, uma leve desaceleração depois da alta de 1,15 por cento em maio. (Reuters - 11.07.2007)


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8 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial avançava em quase 30 minutos de atividades. A moeda estava cotada a R$ 1,9030 na compra e a R$ 1,9050 na venda, com acréscimo de 0,63%. Na abertura, marcou R$ 1,9030. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM & F), o contrato cambial para agosto subia 0,55%, a R$ 1,907. Ontem, o dólar comercial teve queda de 0,26%, a R$ 1,8910 na compra e R$ 1,8930 na venda. (Valor Online - 11.07.2007)

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Internacional

1 Argentina aperta racionamento de energia

A firme determinação de não afetar o fornecimento de gás e eletricidade a consumidores domésticos em um ano eleitoral fez o governo argentino tomar novas medidas de racionamento ontem, primeiro dia útil daquela que deve ser a semana mais fria do ano no país -já são dez os mortos devido ao frio. A primeira delas foi voltar a restringir a exportação de gás natural ao Chile, como já havia acontecido no fim de maio. Naquela ocasião, o corte foi total; agora, a exportação está restrita a 1,1 milhão de m3 por dia, 500 mil m3 a menos do que o mínimo que o país vizinho necessita para abastecer os usuários domésticos e o comércio. O governo chileno disse, porém, que como tem reservas de 8 milhões de m3, os usuários não devem ser afetados nos próximos dias pela restrição. Como a medida não foi suficiente para suprir o aumento do consumo interno, também foi cortado o abastecimento de GNV aos postos de combustível. A YPF e a Petrobras anunciaram, porém, que nos próximos três dias venderão gasolina a taxistas pelo mesmo preço do GNV, que é cerca de 50% mais baixo. As novas medidas de restrição cumpriram o objetivo, ao menos ontem, de não transferir aos consumidores domésticos os efeitos da crise energética vivida pelo país e não afetar ainda mais as indústrias, que já estão submetidas a cortes de fornecimento de gás e racionamento de eletricidade. (Folha de São Paulo - 11.07.2007)

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2 Nicarágua está no escuro e quase paralisada por apagões

A crise energética mantém no escuro e praticamente paralisadas várias cidades da Nicarágua, gerando insatisfação crescente da população que teme um aumento da delinqüência. Os apagões atingem diversas áreas da capital e outras cidades, obrigando a população a usar velas e lamparinas ou até queimar pneus. Com medo dos delinqüentes se aproveitarem do escuro, os cidadãos se juntam em frente às suas casas para fazer companhia uns aos outros, enfrentando o calor e os mosquitos. O governo determinou que a empresa distribuidora, a espanhola Unión Fenosa, e outras empresas envolvidas, garantam o fornecimento de energia elétrica pela manhã na capital, mas os cortes continuam. (Diário do Grande ABC - 10.07.2007)

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3 EDP assina contrato de compra da Horizon e entra nos EUA

O presidente da Energia de Portugal, Antônio Mexia, assinou com a Goldman Sachs nesta terça-feira, 10 de junho, em Nova Iorque, Estados Unidos, o contrato de compra da Horizon Wind Energy, uma das maiores empresas de energia eólica dos Estados Unidos. Com o negócio, de aproximadamente US$ 3 bilhões, a elétrica portuguesa passa a ser a a quarta maior geradora eólica do mundo. Segundo o executivo, a maior parte do investimento glbal da empresa será na energia eólica. "Iremos investir 11 bilhões de euros até 2010, sendo que 60% deste valor será aplicado em geração eólica, nos Estados Unidos e Europa em igual proporção", revela Mexia. A holding já vem aportando recursos na Europa em energia eólica, notadamente em Portugal, Espanha e França, onde já existem incentivos importantes fornecidos pelos governos destes países. Com a compra da Horizon, a empresa entra agora no mercado norte-americano que, segundo Mexia, é o que mais cresce no mundo. A Horizon está presente em seis estados norte-americanos por meio de projetos já em operação comercial, totalizando 722 MW de capacidade instalada, além de pelo menos outros 9 mil MW em projetos a serem desenvolvidos. (Agência Canal Energia - 10.07.2007)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Jornalista: Juliana Lanzarini
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Bianca Reich, Carolina Tavares, Felipe Botelho e, Igor Briguiet.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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