l IFE: nº 2.072 - 09
de julho de 2007 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE Regulação e Reestruturação do Setor 1 Lei das Agências: questão pode entrar em votação nesta terça-feira O Projeto da
Lei Geral das Agência de Regulação deverá entrar em votação em regime
de urgência na Câmara dos Deputados na próxima terça-feira, dia 10 de
julho, segundo o presidente da Associação Brasileira de Agências de Regulação,
Álvaro Machado. Ele considera que alguns pontos do projeto ainda precisam
ser corrigidos. "Não é bom para as agências que exista a figura do ouvidor.
Ele tem um poder maior que o do diretor e acaba tirando autonomia das
agências", afirmou. Para ele, o contrato de gestão, previsto no Art.17
do projeto, também compromete a independência das agências. Outro ponto
destacado por Machado se refere à outorga. De acordo com ele, esse item
não está claro e não dá nenhuma garantia e segurança aos investidores,
como deveria acontecer. Machado explicou que não há tempo para o relator
propor mudanças nesses itens, mas que os deputados podem entrar com emendas
substitutivas. (Agência Canal Energia - 06.07.2007) 2 Aprovado o financiamento da Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó Foi aprovado
pelo BNDES o financiamento da Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó. O empreendimento,
que possui um investimento total de R$ 2,2 bilhões, será financiado em
cerca de 70% pelo próprio BNDES e por um consórcio de bancos privados.
Os outros 30% do investimento são de responsabilidade dos acionistas:
a paulista CPFL, a gaúcha CEEE e Furnas Centrais Elétricas. A obra começou
em dezembro do ano passado e até aqui havia utilizado somente os recursos
dos acionistas. (Gazeta Mercantil - 09.07.2007) 3 Reuniões debatem Hidrelétrica de Tijuco Alto Duas audiências
públicas a serem realizadas hoje, no município de Eldorado, a 235 quilômetros
de São Paulo, e amanhã, em Registro, no Vale do Ribeira, a 185 quilômetros
da capital paulista, encerram uma das fases mais importantes do processo
de licenciamento para a construção da Usina Hidrelétrica de Tijuco Alto,
no Rio Ribeira, entre São Paulo e Paraná. O projeto, da Companhia Brasileira
de Alumínio (CBA), do grupo Votorantim, aguarda aprovação há 18 anos.
(Eletrosul - 09.07.2007)
Empresas 1 Tractebel contrata banco Pactual como formador de mercado A Tractebel
Energia informou que contratou o banco Pactual para exercer a função de
formador de mercado para suas ações ordinárias "TBLE3", até o dia 1° de
setembro, prorrogável apenas por manifestção expressa das partes. O objetivo
do contrato é fomentar a liquidez das ações. A empresa disse ainda que
204.229.559 ações ordinárias se encontram em circulação no mercado e que
não celebrou qualquer contrato regulando o exercicio do direito de voto
ou a compra e venda de valores mobiliarios de sua emissao com o banco.
(Agência Canal Energia - 06.07.2007) 2 Multas são mantidas pela Aneel A Aneel recusou os recursos interpostos pela Eletronorte, Celpe e Celpa, que terão que pagar multas que somam R$ 371,7 mil. A Eletronorte foi multada pelo atraso na implantação de reforços na subestação Imperatriz. Os processos da Celpe e da Celpa foram abertos em razão do descumprimento das metas dos indicadores que apuram a duração (DEC) e a freqüência (FEC) das interrupções de energia. A distribuidora pernambucana foi multada em R$ 85,9 mil. A Celpa ultrapassou as metas de DEC e FEC, relativas a dezembro de 2004 e foi multada em R$ 52 mil. (Brasil Energia - 06.07.2007) A Terna Participações
adquiriu 52,58% do capital social da Empresa de Transmissão do Alto Uruguai
S.A. (Etau). O valor da transação não foi divulgado, já que ainda depende
de condições como a aprovação da operação pela Aneel, pelo BNDES e pelos
acionistas. (Gazeta Mercantil 09/07/07) 4 Alstom fornece para Estreito 5 Guascor investe para aumentar capacidade O grupo espanhol
Guascor anunciou investimentos de R$ 15 milhões no Brasil em 2007. Desta
forma, a Guascor do Brasil, especializada na geração de energia elétrica
para regiões isoladas do País, espera ampliar a capacidade de produção
instalada de suas 68 usinas termoelétricas distribuídas pelos estados
do Acre, Pará e Rondônia. O presidente da Guascor no País, Joaquim Augusto
Sanches Pereira, prevê que até o final de 2007 a capacidade de produção
instalada da empresa na região Norte atinja 180,7 MW. Para 2008, a previsão
é de crescimento de aproximadamente 11%, para 200 MW. Com a expansão da
capacidade, a empresa elevou a perspectiva de faturamento no ano para
R$ 150 milhões. (Gazeta Mercantil 09/07/07) 6 Itaipu gera US$ 104,1 mi de royalties O Tesouro Nacional
brasileiro recebeu, de janeiro a junho deste ano, US$ 104,1 milhões de
royalties da Hidrelétrica Itaipu Binacional. Estes recursos representam
um aumento de 11,7% sobre a previsão inicial. A estimativa para 2007 é
de que sejam repassados US$ 393 3 milhões ao governo brasileiro e ao governo
paraguaio 50% para cada país. A previsão para 2007 também deve ser superada.
(Jornal do Commércio - 9.7.2007) O presidente da AES Eletropaulo, Britaldo Pedrosa Soares, e o prefeito de São Paulo, Giberto Kassab, vão assinar um convênio para modernização da iluminação do túnel 9 de Julho. A distribuidora vai investir a fundo perdido R$ 1,26 milhão no projeto, que prevê gerar uma economia anual no consumo de energia no túnel de R$ 200 mil por ano. (Agência Canal Energia - 06-07.2007) Furnas terá direito a parcelas da Receita Anual Permitida (RAP) no valor total de R$ 1,3 milhão pela implantação de reforços em instalações de transmissão localizadas em Macaé. Os reforços vão permitir o atendimento ao acréscimo de carga das indústrias petrolíferas que operam na região. A previsão de entrada em operação das instalações é de 18 meses. (Brasil Energia - 06.07.2007) A Manaus Energia foi autorizada pela Aneel a instalar sistema de medição eletrônica externa em unidades consumidoras comerciais e industriais de sua área de concessão atendidas na faixa de tensão entre 2,3 kV e 25 kV. O prazo da autorização é de 24 meses, período em que os resultados alcançados serão avaliados. (Brasil Energia - 06.07.2007)
Leilões 1 Ministro interino do MME descarta novo adiamento de Leilão A-3 O ministro interino
de Minas e Energia, Nelson Hübner, descartou novo adiamento do leilão
de energia nova A-3, previsto para o dia 26 de julho. Segundo ele, alguns
dos impasses envolvendo agentes térmicos e a Petrobras estão solucionados,
enquanto os pontos pendentes estão sendo discutidos. Um dos pontos refere-se
ao suprimento firme de gás natural, uma vez que a proposta da Petrobras
prevê suspensão do abastecimento com rescisão de contrato e pedido de
geração com antecedência de 90 dias. Hübner contou que a Aneel elaborou
resolução que permite geração térmica fora da ordem de mérito como forma
de compensar eventuais indisponibilidades futuras de combustível. O leilão
A-5 ainda não tem data definida, segundo informou Hübner. (Agência Canal
Energia - 06.07.2007) 2 Leilão de Energia Nova: Hubner descarta entrada de Angra 3 O ministro Nelson Hübner afirmou que Angra 3 não terá a energia comercializada no leilão de energia nova A-5. De acordo com o ministro, para que a usina tivesse energia negociada nesse modelo de negócio, seria necessário alteração na legislação para que a Eletronuclear, responsável pelas usinas, atue como comercializadora. Hübner contou que os próximos passos para a implantação da usina será a reavaliação de contratos de fornecimento e de serviços, assinados na década de 80. A estimativa do governo é que a conclusão de Angra 3 demande investimentos da ordem de R$ 7 bilhões. (Agência Canal Energia - 06.07.2007) 3 Leilão de Energia Nova A-3: pré-qualificação será realizada dia 17 A Aneel informou
que a entrega dos documentos para pré-qualificação e o depósito das garantias
financeiras ou de proposta para o leilão A-3 deverão ser feitas no dia
17 de julho na sede da CCEE. Os preços-teto do certame serão R$ 124/MWh
para fonte hídrica e R$ 140/MWh para térmica. A lista dos aptos para participar
do leilão será divulgada no dia 18. O cronograma completo do leilão está
em www.aneel.gov.br. (Agência Canal Energia - 06.07.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Mercado livre: consumo cresce 6% no primeiro quadrimestre Pesquisa
realizada com empresas integrantes do mercado livre demonstra que o consumo
de energia elétrica desse segmento cresceu 6% no primeiro quadrimestre
de 2007 em relação a igual período de 2006, tendo passado de 25.048 GWh
(1Q06) para 26.489 GWh (1Q07). Nesse mesmo período, o aumento registrado
no Sistema Interligado Nacional (SIN) foi de 5%, subindo de 135.920 GWh
(1Q06) para 142.810 GWh (1Q07). Os dados são da COMERC Energia. De janeiro
a abril de 2007, a economia acumulada estimada do mercado livre foi de
R$ 1,2 bilhão ou de 23%, em média, em relação às tarifas do mercado cativo,
pagas às concessionárias locais de energia elétrica. No mesmo período
de 2006, esse valor foi R$ 941 milhões, o equivalente a 22% de economia
relativamente às tarifas cativas. Para realização do estudo, a COMERC
analisou 95 consumidores livres, de diferentes portes e ramos de atividade,
em todo o País, que representam aproximadamente 10% do mercado livre.
(Comerc - 06.07.2007) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 07/07/2007 a 13/07/2007. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Flexibilização para térmicas O MME e a Aneel estão estudando uma flexibilização do termo de compromisso assinado pela agência com a Petrobras para o suprimento de gás natural para térmicas do SIN. A informação foi dada pelo ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner. A idéia é facilitar a contratação de suprimento por parte das usinas para participarem dos leilões de energia nova. O termo de compromisso assinado entre a Aneel e a Petrobras prevê o despacho de 24 usinas até 2011, gerando 6.737 MW médios . Para 2007, seriam disponibilizados 2.200 MW médios no primeiro semestre e mais 340 MW médios no segundo semestre, totalizando 2.540 MW médios. O documento tem como objetivo garantir a oferta de gás natural e é reflexo de problemas ocorridos em 2006. O termo prevê que a Petrobras poderá ser multada caso seja constada a indisponibilidade de geração de uma ou mais usinas por falta de gás, destacou Hubner. Caso o contrato seja descumprido por 60 dias, será cancelado o termo de compromisso e as usinas retiradas da programação do ONS. (Brasil Energia - 06.07.2007) 2 Ministro anuncia para novembro licitação para exploração de petróleo e gás em 300 blocos A 9a Rodada
de Licitações de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural
nas bacias sedimentares do país deverá ser realizada em novembro com a
participação de mais de 300 blocos exploratórios. A exploração estará
voltada para a manutenção da auto-suficiência na produção de petróleo
e não para a descoberta de gás natural. Segundo o ministro de Minas e
Energia, a resolução que define a 9a Rodada de Licitações já está pronta
e aguarda apenas a solução de impasse ambiental para ser assinada pelo
presidente Lula. "A ANP já esta trabalhando em cima das áreas que serão
licitadas. Elas já foram definidas e têm uma única pendência em relação
a uma região que ainda depende de manifestação favorável do órgão ambiental.
Ela deverá ter mais de 300 blocos e acontecerá em novembro", disse Hubner.
Os blocos estão localizados nas bacias de Campos, Santos, Espírito Santo,
Potiguar, Pernambuco-Paraíba, Pará-Maranhão, Parnaíba e Recôncavo. (Agência
Brasil - 06.07.2007) 3 País terá mais térmicas a carvão em 10 anos O Plano Decenal
para o período 2007-2016 evidencia um aproveitamento bem maior do carvão
para a geração de energia elétrica. Nos dois cenários traçados pelo planejamento
desenvolvido pela EPE, são considerados uma adição de 1.100 MW e de 1.750
MW de capacidade instalada oriunda de termelétricas movidas a carvão mineral.
Com isso, a participação do carvão na matriz termelétrica nacional vai
pular para 14,1% em 2016. O gás natural verá sua participação ser reduzida
para 48,1%. A projeção para 2016, no chamado cenário inferior, com PIB
médio de 4,2% ao ano, é de 79% para hidrelétricas e de 21% para térmicas.
Já o cenário superior, com PIB médio de 4,9% ao ano, estima 76% de potência
instalada em hidrelétricas contra 24% de geração térmica. O Brasil possui
reservas estimadas de 32 bilhões de toneladas, dos quais pelo menos 89%
estão situadas na Região Sul do País. De acordo com a EPE, se considerado
um fator de recuperação das minas de 60%, um percentual aproveitável de
50%, um fator de capacidade médio de 55% e uma eficiência de 35%, as reservas
nacionais de carvão seriam suficientes para suprir termelétricas que totalizem
28 mil MW, durante 100 anos. Fernando Zancan, presidente da ABCM, afirma
que há possibilidades de novas descobertas de carvão, nas regiões Norte
e Nordeste, mas que a falta de pesquisas faz com que esse possível potencial
não seja conhecido. (jornal do commercio - 09.07.2007) A térmica Araucária
vai aumentar a partir do dia 07/07 sua geração em 14 MW para atender à
demanda da Argentina. Atualmente, a usina está gerando 466 MW. Com a medida
serão gerados 480 MW, próximo a capacidade total do empreendimento, que
é de 486 MW. A totalidade da energia gerada pela térmica será despachada
ao país vizinho. A unidade pertence a Copel e está arrendada à Petrobras.
(Brasil Energia - 06.07.2007) 5 Construção de Angra 3 levará a maior produção e exportação de urânio, diz ministro A construção da usina nuclear de Angra 3 permitirá ao país produzir mais urânio e exportar o produto enriquecido, afirmou o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner. Ele lembrou que o Brasil possui a sexta maior reserva de urânio do mundo, já domina a tecnologia do ciclo de processamento e explora apenas 30% da área com potencial para a ocorrência do mineral. E acrescentou que o governo "não quer estar associado a um apagão do setor elétrico, não quer que falte energia para o país crescer, e pretende manter o mesmo percentual de energia renovável na matriz para os próximos anos". Sobre o cronograma de retomada das obras de Angra 3, Hubner afirmou que a Eletronuclear e a Eletrobrás estão analisando os contratos já existentes, de aquisição de equipamentos e de serviços, além dos custos. E que o preço da energia produzida ainda será definido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). (DCI - 06.07.2007) 6 Nucleares vão vender energia no mercado As quatro usinas nucleares que devem ser construídas até 2030 no país venderão sua energia diretamente às distribuidoras nos futuros leilões, competindo com as outras fontes, segundo o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner. A nova regra não valerá para Angra 3. Para isso, o governo vai alterar a legislação a fim de permitir que a Eletronuclear atue como uma comercializadora de energia. Atualmente, a Eletronuclear vende a energia de Angra 1 e 2 à também estatal Furnas, que faz um mix de preço com a energia hidrelétrica produzida por ela e a vende em bloco. Pelos planos do governo, serão instaladas duas centrais nucleares, com duas usinas cada uma. Uma ficará no Nordeste, a ser construída primeiro, até 2017. A outra será no Sudeste e deve estar pronta até 2030. No caso de Angra 3, a energia será vendida por "rateio" entre as distribuidoras, respeitando o tamanho do mercado de cada companhia, que será determinado pela Aneel. "A Aneel vai definir o valor da tarifa, dentro do limite de custo compatível com outras fontes térmicas [gás natural e diesel]. E vai ser feito um rateio de acordo com o mercado de cada uma das distribuidoras", disse Hubner sobre a regra estabelecida para Angra 3. Segundo Hubner, os estudos mostram que o custo da energia de Angra 3 será "competitivo" com o das outras termelétricas. (Folha de São Paulo - 07.07.2007) 7 Angra 1 volta ao sistema dia 14 A usina nuclear Angra 1 retomará as operações no dia 14 de julho. Esta é a terceira vez que a Eletronuclear adia a entrada em operação da usina, desligada desde o dia 2 de junho para substituição de cerca de 1/3 do combustível nuclear. O cronograma inicial previa a volta a operação no dia 7 de julho, sendo prorrogado para o dia 13, em seguida, para o dia 14. Durante o desligamento seriam iniciadas as obras de preparação para a troca dos geradores a vapor da unidade. (Brasil Energia - 06.07.2007)
Grandes Consumidores 1 Vallourec & Sumitomo consolidam parceria A pedra fundamental
da nova usina siderúrgica da Vallourec & Sumitomo Metals foi lançada na
manhã de sábado, no município de Jeceaba, a 100 quilômetros de Belo Horizonte.
O evento consolidou o projeto que terá suas obras iniciadas nos próximos
40 dias e conclusão em 2009. No total, serão investidos US$ 1,6 bilhão
na nova planta que compreenderá uma aciaria, com capacidade para produzir
1 milhão de toneladas por ano e uma fábrica capaz de produzir anualmente
600 mil toneladas de tubos sem costura premium. Segundo Marco Antônio
Castelo Branco, diretor do grupo Vallourec no Brasil, os tubos sem costura
serão voltados para o mercado internacional petrolífero: "Vamos abastecer
este mercado com um produto de alto valor agregado para um segmento que
se encontra em ampla expansão." O executivo salienta que a siderúrgica
de Jeceaba vai ser a mais moderna no mundo, tanto na sua linha de produção
quanto em sua logística. Na fase de construção, a siderúrgica vai gerar
cerca de 4 mil empregos. Já em operação, serão 1,5 mil pessoas empregadas.
(Gazeta Mercantil 09.07.2007) 2 Exportação de papel e celulose aumenta 16% Decisão da Rússia
de taxar exportação de madeira e greves no Canadá favorecem o Brasil.
As exportações da indústria brasileira de papel e celulose cresceram 15,9%
no período de janeiro a maio deste ano sobre igual intervalo de 2006,
com receita de US$ 1,829 bilhão, segundo dados da Associação Brasileira
de Celulose e Papel (Bracelpa). A venda de celulose no mercado internacional
cresceu mais, 18,5%, para US$ 1,128 bilhão. Papel teve alta de 11,89%
e alcançou US$ 701 milhões. Os preços da celulose têm se mantido em alta
no exterior diante de um cenário de fechamento de unidades, greves, valorização
do euro frente ao dólar, inverno fraco na Europa que reduziu a produção
de madeira e, no mês passado, a decisão da Rússia de impor alíquotas para
exportação de madeira. O país, grande fornecedor das fabricantes da Finlândia
e da Suécia impôs taxas entre 12 e 13%, mas que podem chegar a 20%, com
a intenção de atrair para lá as fabricantes de celulose e papel. Com isso,
essas concorrentes reorganizaram a produção, reduzindo particularmente
a oferta de celulose de fibra curta, na qual o Brasil concorre. (Gazeta
Mercantil 09.07.2007) 3 Aracruz lucra 38% mais no trimestre A Aracruz Celulose
obteve um volume de vendas recorde no primeiro trimestre deste ano e encerrou
o exercício com lucro líquido de R$ 318,5 milhões, valor 38% maior em
relação ao obtido no mesmo período de 2006. "O resultado positivo se deve
basicamente ao grande volume de vendas, que foi bastante superior ao do
primeiro trimestre", disse o diretor financeiro da Aracruz, Isac Zagury.
O volume de vendas atingiu o nível recorde de 832 mil toneladas, resultado
23% maior em relação ao primeiro trimestre do ano e 15% na comparação
com 2006. Os preços líquidos de celulose mostraram melhora de 5%, em dólares,
em relação ao segundo trimestre de 2006. A combinação de maior volume
de vendas e alta dos preços, em dólares, elevou a receita líquida da empresa
em 11% em comparação com o segundo trimestre de 2006, para R$ 980 milhões.
O Ebitda foi de R$ 430 milhões, valor 3% maior ante os R$ 416 milhões
do primeiro trimestre de 2007. O lucro líquido por ação da Aracruz cresceu
38% do segundo trimestre deste ano em relação a 2006. (Gazeta Mercantil
09.07.2007) 4 Disparada de matéria-prima pode afetar setor Uma nova disparada
dos preços das matérias-primas (petróleo e nafta petroquímica) do setor
Petroquímico nos últimos meses levantou uma ponta de preocupação em relação
à atividade no País. Isso porque, depois de um ano de margens de lucro
apertadas, as indústrias do Pólo de Capuava iniciaram em 2007 um processo
de recuperação dos resultados. Para a Standard & Poor's, os insumos em
alta vão continuar a restringir a competitividade das empresas latino-americanas
dessa atividade. "Com a elevação de custos, a tendência geral é de margens
mais estreitas", afirma o analista da agência de avaliação de risco de
crédito, Reginaldo Takara. Takara ressalta, no entanto, que se a cotação
sobe (em dólares), o câmbio apreciado é um fator positivo para a aquisição
de insumos importados, embora haja perda de rentabilidade nas exportações.
O derivado petrolífero tradicionalmente equivale a nove vezes o valor
do barril do petróleo (que está atualmente na casa dos US$ 70).Em junho,
o item chegou ao recorde de US$ 708 a tonelada e neste mês caiu para US$
670. (Diário do Grande ABC - 09.07.2007) 5 Rodoanel é vital ao Pólo Petroquímico A recente retomada
das obras do Rodoanel, em seu trecho Sul, encheu de expectativas as empresas
do setor químico e petroquímico da região. Esse trecho fará a interligação
da Rodovia Régis Bittencourt com as rodovias Anchieta e Imigrantes e com
o prolongamento da Avenida Papa João XXIII (em Mauá). O Dersa (Desenvolvimento
Rodoviário S.A.) estima que quando a nova etapa do anel viário estiver
pronta haverá uma redução de 43% no movimento de caminhões na Marginal
Pinheiro e de 37% na Avenida dos Bandeirantes. |Sendo assim, se prevê
ganhos significativos no tempo de entrega e nos custos das operações das
empresas. No caso do Pólo Petroquímico de Capuava, a obra vai permitir
que muitos veículos deixem de circular pelas avenidas do Estado e Aricanduva,
o que vai facilitar o escoamento de produtos. O gerente de produção da
Unipar Comercial, Jorge Garcia Peixoto, calcula que haverá ganhos de competitividade
para todo o Pólo. Ele explica que atualmente as pressões sobre custos
e sobre os resultados fazem com que os clientes operem com estoques muito
baixos, "o que transfere a responsabilidade pela disponibilidade da matéria-prima
ao nosso sistema de distribuição". (Diário do Grande ABC - 08.07.2007)
6 Metalurgia básica e papel e celulose lideraram a disputa por investimento externo Os setores industriais
nos quais o Brasil apresenta grande vantagem competitiva no exterior foram
os que mais se beneficiaram da entrada de IED (Investimento Estrangeiro
Direto) no país em 2006, em detrimento dos segmentos de produtos de média
e alta tecnologia, como equipamentos de comunicação e de informática.
Os segmentos de metalurgia básica, que inclui siderurgia, e o de celulose
e papel lideraram a lista em 2006: ambos absorveram 40% dos US$ 8,74 bilhões
em IED destinados à indústria. A metalurgia é favorecida pela grande oferta
de minério de ferro no Brasil, enquanto a indústria de papel e celulose
ganha competitividade por usar como matéria-prima o eucalipto, cortado
em tempo menor do que árvores utilizadas por indústrias de outros países.
(Folha de São Paulo - 07.07.2007) 7 Mineradora de Eike compra AVG por US$ 224 mi A MMX Mineração
e Metálicos, empresa de mineração brasileira controlada por Eike Batista,
adquiriu a concorrente AVG Mineração por US$ 224 milhões em dinheiro.
A MMX fará cinco pagamentos durante quatro anos e disse que poderá pagar
US$ 50 milhões adicionais se a AVG receber autorização do governo brasileiro
para desenvolver uma mina. A produtora de minério de ferro AVG, que opera
em Minas Gerais, deve produzir 2,5 milhões de toneladas da commodity neste
ano. A AVG controla a Mina Azul. (Folha de São Paulo - 07.07.2007) Economia Brasileira 1 Desembolsos do BNDES caem 17% Os desembolsos do BNDES para o financiamento à exportação foram de US$ 1,9 bilhão no primeiro semestre, queda de 17% em relação ao igual período de 2006. Em todo o ano passado o banco liberou US$ 6,37 bilhões pelas linhas do BNDES-Exim, um crescimento de 9% em relação aos US$ 5,86 bilhões do ano anterior. A perspectiva para 2007 é de um resultado um pouco menor, na casa dos US$ 6 bilhões, diz o superintendente da área de comércio exterior do banco, Luiz Antonio Dantas. "A demanda pelos recursos do banco está menor graças à maior disponibilidade de crédito no mercado. Empresas de primeira linha estão tendo cada vez mais facilidade em obter recursos no exterior. O importante é que as empresas brasileiras sejam competitivas no mercado internacional, independente da origem dos financiamentos ser o BNDES", observa. (Jornal do Commercio - 09.07.2007) 2 Balança mostra exportação de serviços 20,8% a mais no ano O governo terminou neste mês o primeiro levantamento da balança comercial do setor de serviços. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o setor de serviços exportou cerca de US$ 14,8 bilhões em 2006, um aumento de 20,8% sobre o mesmo período de 2005. Por outro lado, as importações atingiram o montante de US$ 27 bilhões, aumento de 21,2%, gerando um déficit de US$ 9 bilhões. Este é o primeiro levantamento feito pelo governo sobre o setor. "Quando começamos a conhecer o segmento, surgem novas propostas", comentou o secretário de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Edson Lupatini. (DCI - 09.07.2007) 3 Cenário otimista prevê dívida em 32% do PIB em 2010 4 Indústria melhora, mas segue "sob ataque" Mesmo pressionada
pelo forte aumento das importações, a indústria nacional atingiu um patamar
de crescimento superior nos primeiros cinco meses de 2007 em relação a
2006. Mas o dólar barato e um salto de 34% no ano nas importações de bens
de consumo acabados ainda afetam alguns setores e colocam em risco a continuidade
dessa recuperação. Setores como têxtil, vestuário e calçados são os mais
atingidos. Mas há inúmeros produtos industriais específicos sob forte
concorrência de fora. Para grande parte da indústria, porém, a produção
cresce em 2007 em ritmo superior ou perto da média de 4,4% acumulada entre
janeiro e maio. Em 2006, a evolução no período havia sido menor, de 3,3%.
(Folha de São Paulo 08.07.2007) 5 Serviços devem crescer 4,3% em 2007 Setor recebeu,
de janeiro a maio deste ano, 53,9% do total do IED, segundo o BC. No ano
em que a economia ensaia uma nova retomada - a última expansão significativa
foi em 2004, com uma expansão de 5,7% - o setor de serviços caminha para
consolidar-se como carro-chefe do crescimento. O Banco Central (BC) alterou
a estimativa de expansão do setor para este ano de 2,3% para 4,3%. Se
a previsão se confirmar, os serviços serão os principais responsáveis
pela elevação do PIB em 2007, cujo aumento está estimado em 4,7%. (Gazeta
Mercantil 09/07/07) 6 Cresce remessa de lucros pela indústria As empresas estrangeiras que atuam no setor industrial brasileiro ampliaram em 65,8% o valor de lucros e dividendos que enviaram ao exterior neste ano, enquanto encolheram as remessas das companhias de serviços, justamente as que concentram a maior quantidade de IED (Investimento Estrangeiro Direto) no país. Os setores campeões no envio de lucros ao exterior foram o de metalurgia básica, que inclui siderurgia, e o automotivo, que deve ter recorde de vendas neste ano. Juntos, os dois segmentos responderam por 27% das remessas até maio -o equivalente US$ 1,465 bilhão. (Folha de São Paulo - 07.07.2007) 7 Meta de exportações deve ser elevada 8 IPC-S tem alta de 0,47% na primeira semana de julho O IPC-S registrou
alta de 0,47% na primeira semana de julho, de acordo com levantamento
divulgado nesta segunda-feira pela FGV. Na última semana de junho, a taxa
havia sido de 0,42%. Mais uma vez, o principal vilão para essa ligeira
alta foi o grupo Alimentação, que registrou incremento de 1,24%. Na contramão,
Transportes teve deflação de 0,39%. (Diário do grande ABC - 09.07.2007)
9 IPCA sobe 2,08% no primeiro semestre Pressionada
pela forte alta dos alimentos (3,93%), a inflação medida pelo IPCA, índice
oficial de preços, fechou o primeiro semestre deste ano em 2,08%, variação
maior do que à registrada no mesmo período de 2006 -1,54%. A alta do grupo
alimentação e bebidas foi mais que três vezes superior à computada durante
todo o ano passado: 1,23%. Só o preço do leite cresceu 24,92% de janeiro
a junho, o maior impacto no índice. Em 2006, o produto subiu 3,4%. Em
junho, o IPCA ficou estável em 0,28%, mesma variação de maio. (Folha de
São Paulo - 07.07.2007) 10 Mercado vê alta do IPCA de 3,68% em 2007 O mercado financeiro
elevou ligeiramente sua previsão para o comportamento da inflação em 2007,
de acordo com pesquisa semanal do Banco Central divulgada nesta segunda-feira.
Os cálculos indicam que o IPCA vai fechar o ano com alta de 3,68%. Há
uma semana, o mercado esperava avanço do IPCA de 3,64% em 2007. Ainda
conforme o relatório Focus do BC, a economia brasileira crescerá 4,33%
este ano e 4,14 por cento em 2008. (Jornal do Commercio - 9.7.2007) A inflação brasileira
para a terceira idade desacelerou no segundo trimestre do ano, de acordo
com dados divulgados nesta sexta-feira pela FGV. A principal pressão veio
dos custos de vestuário, enquanto os transportes contribuíram para a queda.
O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC3i) registrou alta
de 1,18% no período, ante variação positiva de 1,57% registrada nos três
primeiros meses de 2007. Foi a menor variação desde o quarto trimestre
do ano passado, quando subiu 0,86%. Entre os sete grupos que formam o
índice, a maior alta foi registrada por vestuário, de 1,91%. Saúde e cuidados
pessoais e habitação também se destacaram, com avanços de 1,56% e 1,49%.
(Gazeta Mercantil 09.07.2007) O dólar comercial
registrava estabilidade por ora. A moeda era cotada a R$ 1,9010 na compra
e a R$ 1,9030 na venda. Na abertura, marcou R$ 1,9080. Vale notar que
hoje é feriado na capital paulista, em homenagem à Revolução Constitucionalista.
Em razão disso, as operações no segmento cambial nesta segunda-feira devem
ser reduzidas. Na última sexta-feira, o dólar comercial cedeu 0,62%, a
R$ 1,9010 na compra e R$ 1,9030 na venda - no menor valor desde 30 de
outubro de 2000. O giro interbancário atingiu cerca de US$ 2 bilhões.
Na semana, a moeda recuou 1,35%. (Valor Online - 09.07.2007)
Internacional 1 Hidrelétricas argentinas podem parar A Argentina
começou nesta semana uma fase crítica da crise energética. A falta de
eletricidade e gás se agravará intensamente, afirmam os especialistas,
já que a onda de frio polar que começou a assolar a Argentina no sábado
à noite - com temperaturas ao redor de zero graus Celsius na maior parte
do país - está provocando uma disparada do consumo residencial Além disso,
na quinta-feira, segundo prevê a Autoridade de Bacia da Região Comahue,
praticamente deixarão de funcionar (por causa dos baixos níveis de água
das represas) as hidrelétricas de Alicurá, Piedra del Águila e Pichi Picún
Leufú, responsáveis em conjunto pela geração de 1.200 MW. Também por causa
da seca que reduziu o volume dos rios em boa parte do território argentino,
corre-se o risco de deixar de funcionar a hidrelétrica binacional de Salto
Grande sobre o rio Uruguai. As usinas termelétricas tampouco contam com
gás. (Gazeta do Sul - 09.07.2007) 2 Argentina intervém em distribuidora de gás natural Coerente com
o discurso de atribuir às empresas distribuidoras de gás a maior responsabilidade
pela crise energética na Argentina, o governo de Néstor Kirchner interveio
ontem na Metrogas, maior empresa do setor, obrigada a substituir seu diretor-geral.
Pela manhã, o secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, fez uma
visita à empresa e ameaçou com sanções. Moreno disse que as explicações
da Metrogas sobre cortes de fornecimento a indústrias "não pareceram prudentes",
motivo pelo qual se reuniu com os acionistas da companhia. (Folha de São
Paulo - 07.07.2007) 3 América Latina e Europa querem construir "sonho" de integração estratégica Legisladores da América Latina e da União Européia (UE), que finalizaram hoje em Quito uma Assembléia Parlamentar das duas regiões, se comprometeram a construir, "a sério", o "sonho" de uma integração estratégica entre elas. "Este é um sonho difícil de concretizar, mas não podemos perder essa capacidade de sonhar", assegurou o senador chileno Jorge Pizarro, que preside o Parlamento Latino-americano, ao avaliar a Assembléia Parlamentar inaugurada ontem. A integração estratégica entre UE e América Latina, segundo Pizarro, foi difícil de ser concretizada pela falta de vontade política, pelas diferenças que, às vezes, impede a atuação em conjunto". No entanto, destacou que os Parlamentos das duas regiões não vão retroceder nesse empenho e vão continuar trabalhando para conseguir a integração. América Latina e UE também querem concretizar uma "aliança estratégica" que busque o desenvolvimento sustentável das duas regiões, com uma atenção especial à preservação ambiental, e para o qual será buscada uma harmonização de suas legislações sobre a matéria. (Jornal de Brasília - 07.07.2007) 4 Greenpeace: energias renováveis custarão menos que fósseis 5 Energia é fator estratégico e chave para China A energia é
um fator-chave e estratégico para a China, afirmou ontem Jia Qinglin,
presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC),
principal órgão assessor do GovernoO 11º Plano Qüinqüenal da China (2006
-2010) definiu os objetivos que devem ser seguidos nos setores de recursos
energéticos e meio ambiente. O Banco Popular da Chinapaís, informou que
o país restringirá empréstimos a setores que são usuários intensivos de
energia, a fim de melhorar a proteção ambiental. Os bancos receberão ordem
para limitar a concessão de crédito a empresas poluentes. Serão estimulados
financiamentos dirigidos a empresas dotadas de tecnologias inovadoras
que aumentem o grau de eficiência dos combustíveis. (DCI - 09.07.2007)
Biblioteca Virtual do SEE 1 NETTO, Antônio Delfim. "Muito além do meio ambiente". São Paulo. DCI, 06 de julho de 2007. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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