l IFE: nº 2.063 - 26
de junho de 2007 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira
Regulação e Reestruturação do Setor 1 BNDES estuda participação acionária em usinas do rio Madeira O BNDES
poderá se tornar sócio das duas usinas do rio Madeira, de acordo com as
condições de gestão e de rentabilidade do projeto, afirmou o diretor de
Infra-Estrutura do banco, Wagner Bittencourt. Cada usina demandará investimentos
de cerca de R$ 10 bilhões. O banco estuda financiar o projeto em até 85%
do seu custo, segundo o executivo. Para aprovar o apoio, diz, o BNDES
aguarda o resultado do leilão que definirá quais grupos terão a concessão
das usinas. Se a licença ambiental sair neste mês, o leilão deve acontecer
em setembro. A estatal Furnas e a construtora Odebrecht já anunciaram
participarão na oferta. As duas empresas idealizaram o projeto e desenvolveram
os estudos técnicos e ambientais, com investimentos de R$ 150 milhões.
Wagner espera que até o final do ano o financiamento para a usina esteja
aprovado. "Já apresentamos quais são as condições que, se solicitado,
o banco financiará o projeto", disse. (Folha de São Paulo - 26.06.2007)
2 Odebrecht forma novo consórcio para o Madeira A Odebrecht
está discutindo uma nova composição acionária para o consórcio com que
pretende disputar a licitação das usinas hidrelétricas do rio Madeira.
A composição pode incluir grupos estrangeiros e, de forma paralela, os
bancos Santander e Banif estão estruturando um fundo que poderá entrar
como investidor no projeto, informou Henrique Valladares, diretor da Construtora
Norberto Odebrecht (CNO). De acordo com as novas políticas operacionais,
o banco poderá financiar até 85% do projeto. Perguntado sobre a expectativa
dele sobre o projeto, Valladares respondeu: "A informação é que o projeto
caminha para aprovação e, esperamos, no menor prazo possível." Ele afirmou
que, segundo dados do estudo de viabilidade, feito entre 2002 e 2004,
o investimento em cada usina seria de cerca de R$ 10 bilhões. (Valor Econômico
- 26.06.2007) 3 Firjan cobra investimentos em energia O presidente
da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, cobrou do governo federal a
necessidade de deslanchar os investimentos na área de Energia para não
colocar em risco a previsão de 4,5% de crescimento da economia ao ano.
O presidente da Federação criticou as dificuldades de licenciamento das
hidrelétricas do Rio Madeira e a indefinição a respeito da usina nuclear
de Angra 3. "Nós temos capacidade de produzir energia saudável e não poluente,
gerada a partir das hidrelétricas. Mas a sociedade se espanta em ver o
caso do Rio Madeira não ir adiante", reclamou. Para o executivo, a discussão
sobre Angra 3 é desperdício de dinheiro público, já que o País gastou
US$ 1,4 bilhão em equipamentos e não montou a usina. "Isso é ineficiência
de gestão. Todos os dias o governo diz que está examinando a questão.
Hoje a energia nuclear é muito mais segura", afirmou. Gouvêa também falou
sobre os programas de bioenergia brasileiros e acredita que o governo
deve estimular esse tipo de energia. (Brasil Energia - 25.06.2007) 4
Usina pode ganhar com gás emitido em represas 5 Aneel coloca em consulta proposta de metodologia para cálculo da TUSD A Aneel
disponibilizou em seu site (www.aneel.gov.br),
para discussão e consulta, a proposta de metodologia para o cálculo da
Tarifa de Uso dos Sistemas de Distribuição (TUSD) aplicável às unidades
geradoras conectadas ao sistema de distribuição nas tensões de 138 kV
e 88 kV, em redes de propriedade das distribuidoras ou às Demais Instalações
de Transmissão (DIT's). A Nota Técnica nº 0017/2007 que traz a proposta
de modificação da TUSDg tem por objetivo colher contribuições dos interessados
para subsidiar a futura minuta de resolução a ser submetida ao processo
de audiência pública, que precederá a aprovação pela Aneel. Em julho,
a Aneel vai realizar uma reunião técnica para debater internamente a proposta
de nova metodologia. No mesmo mês acontece um debate com os agentes interessados
em aprimorar o regulamento, em data a ser definida. O documento propõe
adequar a separação dos dois ambientes tarifários: transmissão (rede básica)
e distribuição. Com a mudança, os geradores conectados ao sistema de distribuição
serão responsáveis pelo pagamento apenas dos encargos de uso desses sistemas.
(Agência Canal Energia - 25.06.2007)
A Empresa de Pesquisa Energética divulga nesta terça-feira, dia 26 de junho, os resultados consolidados do Plano Nacional de Energia - PNE 2030, aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética nesta segunda-feira, dia 25 de julho. (Agência Canal Energia - 25.06.2007) A Federação das Indústrias de Santa Catarina convida para a reunião da Câmara de Assuntos de Energia, programada para o dia 04 de julho às 14hs em sua sede, em Florianópolis. Mais informações pelo telefone (48) 3231-4237 ou pelo e-mail coi@fiescnet.com.br. (GESEL-IE-UFRJ - 26.06.2007) A Justiça Federal de Florianópolis (SC) suspendeu a decisão que determinava destaque e seperação da Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip) na conta de energia elétrica. A decisão, no entanto, pode ser mudada no Tribunal Regional Federal (TRF) da 4a região. (Brasil Energia - 25.06.2007)
Empresas 1 Tractebel Energia conclui captação de R$ 350 mi A Tractebel
Energia concluiu a distribuição pública da segunda emissão de debêntures,
segundo comunicado publicado. A empresa captou R$ 350 milhões através
de 35 mil debêntures com valor unitário de R$ 10 mil. Os principais investidores
foram 46 fundos de investimentos que adquiriram 24.530 debêntures. No
total foram 58 investidores. A operação foi coordenada pelo Unibanco com
apoio do ItaúBBA e do Banco Santander. (Agência Canal Energia - 25.06.2007)
2 Energisa registra R$ 984,8 mi de receita bruta até maio A Energisa registrou receita bruta de R$ 984,8 milhões nos cinco primeiros meses do ano, 5,2% acima do obtido no mesmo período de 2006. As controladas Celb e CFLCL foram os destaques com crescimentos de receitas de 15,8% e 13,7%, respectivamente. A Celb teve receita de R$ 67,3 milhões e a CFLCL, de R$ 194,9 milhões. Entre as outras distribuidoras, a Cenf obteve receita de R$ 51,6 milhões; Energipe, R$ 257,9 milhões; e Saelpa, R$ 374,9 milhões. A receita foi puxada por uma demanda consolidada maior de energia na área de concessão das empresas do grupo Cataguazes-Leopoldina. (Agência Canal Energia - 25.06.2007) 3 Cemig realiza reforço nas linhas de transmissão do Rio Doce A Cemig
está implantando reforços no sistema de transmissão de energia que liga
a capital mineira à região do Rio Doce. Estão sendo investidos R$ 3,7
milhões de recursos próprios na implantação dos novos equipamentos, e
as obras estão previstas para terminar no segundo semestre deste ano.
Com isso, serão evitadas possíveis sobrecargas em decorrência do aumento
de demanda dos consumidores industriais, além de garantir o adequado atendimento
aos Vale do Aço e Rio Doce. Os investimentos serão recuperados mediante
parcelas adicionais da receita anual da Empresa, autorizadas pela Agência
Nacional de Energia Elétrica - Aneel, dentro do Programa de Ampliação
e Reforços - PAR/Programa de Expansão da Transmissão - PET, visando remunerar
os investimentos realizados pelas empresas de transmissão e também cobrir
os custos de operação e manutenção com esses empreendimentos. (Cemig -
25.06.2007) 4
Rede Comercializadora realiza leilão de compra dia 28 de junho No pregão
do dia 25-06-2007, o IBOVESPA fechou a 54.041,57 pontos, representando
uma baixa de 0,42% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
3,77 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização
de 0,76% fechando a 17.528,33 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o
seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 56,65 ON e R$ 55,60 PNB,
baixa de 1,13% e 1,42%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão
do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 26-06-2007 as ações da Eletrobrás
foram cotadas a R$ 56,89 as ações ON, alta de 0,42% em relação ao dia
anterior e R$ 55,80 as ações PNB, alta de 0,36% em relação ao dia anterior.
(Investshop - 26.06.2007) A Itaipu
Binacional lança nesta quarta-feira, dia 27 de junho, às 9h30, no auditório
do Treinamento, na usina, o Relatório de Sustentabilidade 2006 - Nós podemos
fazer um mundo melhor. O documento traz informações gerais sobre a gestão
da Itaipu, indicadores sociais, econômicos e ambientais. (Itaipu - 25.06.2007)
Leilões 1 Leilão de Energia Nova: CCEE realiza treinamento A Câmara
de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) realiza nos dias 2 e 3 de
julho treinamento para os vendedores que participarão dos leilões de energia
nova (A-3 e A-5), que será realizando no dia 10 de julho. Serão apresentadas
a sistemática dos leilões, as principais funcionalidades do sistema utilizado
nos processos de licitação, entre outras orientações. Podem participar
do treinamento até três representantes dos empreendimentos habilitados
tecnicamente pela EPE e os empreendedores interessados na licitação das
hidrelétricas Cambuci e Barra do Pomba . (Brasil Energia - 25.06.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 83,5% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 83,5%, sem
apresentar alteração significativa em relação à medição do dia 23 de junho.
A usina de Furnas atinge 97,3% de volume de capacidade. (ONS - 24.06.2007)
2 Sul: nível dos reservatórios está em 81,7% O nível de armazenamento na região Sul apresentou queda de 0,3% no nível de armazenamento em relação à medição do dia 23 de junho, com 81,7% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 73,6% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 24.06.2007) 3 NE apresenta 84,6% de capacidade armazenada Sem apresentar
alteração significativa em relação à medição do dia 23 de junho, o Nordeste
está com 84,6% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 82,6% de volume de capacidade. (ONS - 24.06.2007) 4 Norte tem 95,1% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 95,1% sem variação em relação
à medição do dia 23 de junho. A usina de Tucuruí opera com 93,8% do volume
de armazenamento. (ONS - 24.06.2007)
Gás e Termoelétricas 1 Distribuidoras vêem problemas em texto de projeto da Lei do Gás Na reta final para apresentações de emendas à Lei do Gás, as distribuidoras de gás apresentaram propostas de alteração do texto do relator do projeto. A Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) manifestou "profunda preocupação" com a definição, no projeto de lei, de termos como consumo próprio, gasoduto de transporte, gasoduto de transferência, comercialização e própria definição de gás natural e os relacionados a contingência no suprimento de gás. Para a Abegás, da forma como estão redigidos, esses conceitos ferem o artigo 25 da Constituição Federal, que estabelece que "cabe aos Estados explorar direta ou mediante concessão os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação". Quanto aos pedidos da indústria de ter uma compensação no caso de falta de gás ou sua destinação prioritária para geração termelétrica, a lei prevê a suspensão dos contratos. (Valor Econômico - 26.06.2007) 2 Bioenergia é vantajosa até 2013, diz técnico A energia
gerada a partir da biomassa é a mais barata que o Brasil poderá produzir
até 2013 para passar incólume pelo período crítico, quando não terá novos
projetos de hidroeletricidade para oferecer em leilão. Mário Veiga, presidente
da PSR Consultoria, vê uma "janela de oportunidade" para a bioeletricidade
com a escassez de novos projetos hidrelétricos em oferta no país. Segundo
ele, a biomassa pode ser uma alternativa eficiente para sustentar o crescimento
do consumo de energia elétrica. Veiga calcula que se forem instaladas
caldeiras mais eficientes para processar o bagaço de cana adicional, poderiam
ser gerados 3 mil MW de energia. Isso a um custo relativamente baixo,
já que seria necessário apenas comprar caldeiras mais eficientes para
as usinas. Além do volume expressivo de energia, os cálculos da PSR mostram
que a bioeletricidade custaria R$ 109 por MW/h, mais barato que a hidreletricidade
(R$ 112), que as PCHs, R$ 110 MW/h, as térmicas movidas a GNL (R$ 131
MW/h) e até carvão (R$ 145 MW/h) e óleo combustível (R$ 175 MW/h). (Valor
Econômico - 26.06.2007) 3 Sinal verde para retomada da construção de Angra 3 O CNPE decidiu
por oito votos a um, retomar as obras da usina nuclear de Angra 3, que
demandará investimentos de R$ 7 bilhões e terá capacidade para produzir
1,3 mil MW de energia. O único voto contrário foi do MMA. A decisão agora
será submetida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem manifestado
posição favorável à construção da usina. Segundo o ministro interino de
MME, Nelson Rubner, serão adotadas várias ações complementares para estabelecer
um marco legal para começar as obras. A previsão é que a usina entre em
operação em 2013. Com a retomada de Angra 3, o Brasil vai desenvolver
o ciclo completo da energia nuclear, que envolve o beneficiamento de urânio
enriquecido em toda a cadeia. Quando Angra 3 estiver operando, a previsão
da EPE é de que as três usinas nucleares respondam por 2% da matriz energética
nacional, já que prevê outras fontes de energia entrando no sistema elétrico,
como as hidrelétricas, térmicas e alternativas. (Gazeta Mercantil - 26.06.2007)
4 Após aprovação de conselho, obras da usina de Angra 3 tem três passos para cumprir Após a aprovação
da retomada da construção pelo Conselho de Política Energética (CNPE),
a usina nuclear de Angra 3 necessita de licenças ambientais para as obras
poderem ser concluídas e a unidade começar a funcionar. A primeira é a
licença prévia, a segunda é o licenciamento de instalação - as duas primeiras
concedidos pelo Ibama -, e a última é a licença nuclear, que garante a
construção, cuja competência é da Comissão Nacional de Energia Nuclear
(Cnen). O conselho aprovou por oito votos favoráveis e um contrário pela
retomada de obras. O único voto contra foi do Ministério do Meio Ambiente,
segundo informou o presidente da Agência Nacional do Petróleo, Haroldo
Lima. Até agora já foram investidos na usina U$ 750 milhões na aquisição
dos principais equipamentos importados que compõem a chamada "Ilha Nuclear".
A conclusão do projeto demandará mais R$ 7 bilhões. (Agência Brasil -
25.06.2007) 5 Eletronuclear acredita que licença de instalação de Angra 3 saia até o final do ano O superintendente de Licenciamento e Meio Ambiente da Eletronuclear, Iukio Ogawa, disse que vai analisar mais detalhadamente o estudo de impacto ambiental. Nesse mesmo tempo, serão solicitados pareceres de instituições parceiras do Ibama - Comissão Nacional de Energia Nuclear, Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente, Fundação Nacional do Índio, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, além dos três municípios envolvidos. Os pareceres irão mostrar a opinião das instituições sobre a viabilidade do empreendimento. Após esta etapa, o Ibama elabora um único parecer, que se for favorável, já emite a licença prévia. A expectativa da Eletronuclear é de que a licença de instalação saia ainda este ano. Para Ogawa, as audiências públicas mostraram que a população apoia a implantação da usina. (Agência Canal Energia - 25.06.2007) 6 Abdib diz que Angra 3 é importante para garantir segurança energética A Associação Brasileira de Infra-Estrtura e Indústrias de Base considerou "extremamente positiva" a decisão do Conselho Nacional de Política Energética, que, nesta segunda-feira, 25 de junho, aprovou a construção da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro. De acordo com a Abdib, a retomada das obras é fundamental para garantir mais segurança energética à matriz brasileira, bastante concentrada na energia hidrelétrica. Em nota, a associação manifestou que há viabilidade ambiental, tecnológica e tarifária para retomar as obras da usina. Segundo o presidente da Abdib, Paulo Godoy, além da segurança para o abastecimento elétrico, a construção da usina injetará mais de R$ 3 bilhões de encomendas entre os fornecedores de bens e serviços. Para ele, outro importante fator é a manutenção do conhecimento e da tecnologia já desenvolvidos por vários anos no Brasil pelas empresas de engenharia de projeto. "Se o Brasil perder essa base de conhecimento existente, no futuro, quando de decisões de ampliação da capacidade de geração de energia por fonte nuclear, será necessário contratar esses serviços fora do país, contribuindo para a geração de empregos no exterior", comentou Godoy. Outra importante decisão na avaliação da Abdib foi a confirmação da realização da nona rodada de licitação de blocos para exploração de petróleo e gás. (Agência Canal Energia - 25.06.2007) O Ministério do Meio Ambiente vai reafirmar nesta segunda-feira (25/6), durante a reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), em Brasília, sua posição contrária não só à construção da usina nuclear de Angra 3, mas a qualquer programa de energia nuclear. A ministra Marina Silva disse hoje que mantém a posição contrária à energia nuclear "em função da realidade do Brasil". Isso ocorre, segundo frisou a ministra, devido à possibilidade de se ter no País outras fontes renováveis sem "o risco da energia nuclear". "Se vamos fazer um investimento de altíssimo custo para uma fonte que não se sabe o que fazer com os resíduos, é melhor investir em outras fontes. Essa é a posição que eu tenho assumido e nós vamos defendê-la dentro do conselho", afirmou Marina Silva. (Brasil Energia - 25.06.2007) 8 Ambientalistas querem salvaguardas para construção de Angra 3 A Sociedade Angrense de Proteção Ecológica (Sapê) quer que a licença ambiental para a construção da usina nuclear de Angra 3 traga todas as salvaguardas que devem ser realizadas pelo governo federal. A licença foi abordada em três audiências públicas efetuadas na última semana pelo Ibama, com o objetivo de prestar esclarecimentos sobre o projeto. A Sapê defende que qualquer processo de licenciamento respeite as normas para as quais ele se propõe. Ou seja, ele deve apresentar todas as salvaguardas do ponto de vista ambiental. Entre elas, citou a questão do lixo nuclear e o plano de emergência. José Rafael Ribeiro disse que o valor do descomissionamento de uma usina nuclear no Brasil é de U$ 240 milhões, valor muito baixo em relação aos U$ 1 bilhão destinados internacionalmente para essa finalidade. Outro problema levantado pela Sapê é que não existe em Angra dos Reis um sistema de saúde adequado que atenda a região durante o ano e nos períodos de pico naquele município turístico. (Agência Brasil - 25.06.2007)
Grandes Consumidores 1 Gerdau interessada em complexo hidroelétrico A Gerdau
anunciou ontem o interesse em participar do processo de aquisição para
explorar o Complexo Energético São João/Cachoeirinha, localizado no rio
Chopim, no Paraná. As usinas possuem capacidade instalada mínima para
geração de 60 MW (São João) e 45 MW (Cachoeirinha). O interesse agora
será avaliado pela Enterpa, atual titular da concessão, e pela Aneel.
De acordo com comunicado publicado pela Gerdau na Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), o investimento total previsto para a construção das
usinas é de R$ 340 milhões. A previsão é que as obras se iniciem em janeiro
de 2008, para que entrem em operação em abril de 2011. (DCI - 26.06.2007)
2 MPX e Energias do Brasil anunciam desenvolvimento de usinas térmicas A Energias
do Brasil e a MPX Mineração e Energia anunciaram um estudo de parceria
para o desenvolvimento de duas usinas térmicas a carvão na Região Norte.
Cada uma das empresas ficaria com 50% de cada projeto das usinas que,
juntas, seriam capazes de gerar 1,1 mil MW. A holding portuguesa afirmouque
o projeto utilizaria carvão mineral importado. (DCI - 26.06.2007) 3 MMX autorizada a construir complexo no Porto do Açu A LLX Minas-Rio
Logística, subsidiária do Sistema MMX, recebeu da Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (Antaq) autorização para a construção e exploração,
por tempo indeterminado, do complexo portuário privativo de uso misto
do Porto do Açu, localizado no Município de São João da Barra (RJ). A
licença autoriza tanto a operação de carga própria da companhia, quanto
carga de terceiros. Como o projeto já havia recebido, em maio, a Licença
Ambiental de Instalação, a expectativa é de que as obras comecem dentro
dos próximos três meses. O Porto do Açu, com orçamento estimado de U$
800 milhões, é parte do sistema MMX Minas-Rio, que abrange sistema integrado
de produção e logística. A exploração do minério de ferro será feita no
Estado de Minas Gerais e o produto transportado por meio de um mineroduto
até o porto, onde será processado e embarcado para o exterior. Paralelamente
às licenças para a instalação do mineroduto, a MMX está negociando a compra
das terras por onde este passará. Dos pouco mais de mil proprietários,
cerca da metade já realizou a venda. (Jornal do Commercio - 26.06.2007)
4 Unipar leva fatia da Dow na PQU O grupo
Unipar deu ontem mais um passo no seu projeto de criação de uma grande
empresa petroquímica na região Sudeste que se contraponha ao poderio da
Braskem, enraizada nas regiões Sul e Nordeste. Por R$ 210 milhões, a Unipar
comprou os 13% do capital votante da Petroquímica União que pertenciam
à Dow Brasil, subsidiária da americana Dow Chemical, além da fábrica de
polietilenos que a Dow possuía em Cubatão (SP). "É mais um passo. Eu sempre
disse que via uma etapa após a outra", disse Roberto Garcia, presidente
da Unipar. A próxima etapa, complementou, seria a criação de uma só empresa
com Suzano e Petrobras. (Valor Econômico - 26.06.2007) 5 Com demanda chinesa, lucro de mineradoras cresce 1.423% Impulsionados
pela expansão da economia asiática, especialmente da China, os lucros
das principais mineradoras mundiais cresceram 64% no ano passado, para
US$ 67 bilhões, atingindo um nível 1.423% superior ao de 2002, segundo
estudo da PricewaterhouseCoopers sobre o setor. Com o PIB chinês crescendo
anualmente a taxas próximas a 10%, a demanda por minerais avançou em um
ritmo mais acelerado que o da oferta, elevando os preços das commodities.
Assim, apenas no ano passado, as 27 maiores mineradoras mundiais tiveram
uma receita de US$ 249 bilhões, um montante 37% superior ao de 2005. E,
de acordo com o gerente da PwC Flavio Teixeira, especialista na área de
mineração, a tendência é que essa expansão se repita pelo menos nos próximos
dois anos. "Poderá haver correções no curto e médio prazo, mas não será
nada significativo ou que possa gerar problemas. Haverá um bom período
de crescimento." A Vale é apresentada com destaque no estudo sobre as
40 maiores mineradoras do mundo em 2003, realizado pela PwC. Entre as
quatro grandes do setor (que inclui a BHP Billiton, a Rio Tinto e a Anglo
American), ela foi a que mais cresceu em 2006. (Folha de São Paulo - 26.06.2007)
Economia Brasileira 1 Volume de crédito chega a 32% do PIB As taxas de juros mais baixas e o aumento dos prazos das operações impulsionaram o volume de crédito do sistema financeiro, que subiu 2,4% em abril, chegando a R$ 777,329 bilhões, ante R$ 759,175 bilhões em março. A participação do crédito no PIB, em conseqüência, passou para 32% em abril, o maior patamar desde os 32,1% de dezembro de 1995, segundo o chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, Altamir Lopes. Segundo nota do BC, a expansão do crédito em abril foi sustentada basicamente pelos financiamentos com recursos livres, com destaque para os empréstimos para empresas, o que reflete o maior dinamismo da atividade econômica. Mesmo crescendo já por oito meses consecutivos, o volume de crédito em relação ao PIB ainda continua abaixo dos padrões verificados em outros países emergentes e mesmo em economias já desenvolvidas. No acumulado do ano até abril, as operações de crédito estão com crescimento de 6,1%. Em 12 meses até abril, a expansão do crédito está acumulada em 21,9%. ( Jornal do Commercio - 26.06.2007) 2 Importações têm alta de 34,5% na média diária A uma semana de fechar o mês, as importações brasileiras apresentam em junho ritmo de crescimento forte e bem superior ao das exportações. Os dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior registram uma alta de 34,5% na média diária deste mês na comparação com junho de 2006. Por outro lado, as exportações crescem 19,7%. Mesmo assim, o superávit comercial acumulado no mês é de US$ 2,723 bilhões, resultado de vendas externas de US$ 9,803 bilhões e importações de US$ 7,080 bilhões. (Jornal do Commercio - 26.06.2007) 3
Projeção do PIB é revista 4 Taxa média de juros bancários recuou para 38,1% no mês de abril Apesar dos
sucessivos cortes na Selic, a taxa básica de juros da economia, a redução
das taxas para o consumidor ainda é muito lenta. E mais lenta ainda é
a queda do spread bancário - diferença entre o juro de captação e a taxa
cobrada pelos empréstimos. De acordo com pesquisa mensal do Banco Central,
enquanto a taxa média de juros para o consumidor caiu em abril ante março
de 38,5% para 38,1% ao ano, o spread ficou praticamente estável. Em março,
estava em 26,5 p.p.. Em abril, caiu para 26,4 p.p.. (DCI - 26.06.2007)
5 CNI cobra medidas para reduzir spread bancário A CNI reclamou
ontem novas medidas do governo para reduzir o spread bancário. "A necessária
redução dos spreads bancários exige uma série de medidas que devem ser
avaliadas e executadas de maneira concomitante", afirma o documento "Redução
consistente do spread bancário requer ações coordenadas e do foco na execução",
divulgado ontem pela entidade. O documento lembra que em setembro de 2006,
o governo anunciou um pacote de medidas para estimular a eficiência no
mercado de crédito bancário, mas que duas das mais promissoras ações -
a conta-salário e o cadastro positivo de crédito - tiveram suas implementações
adiadas. (Jornal do Commercio - 26.06.2007) 6 Mercado revê para baixo previsão de IPCA de 2008 O mercado financeiro promoveu pequena modificação na estimativa média para o índice oficial de inflação de 2007. Pelo relatório de mercado mais recente do Banco Central, divulgado ontem, a mediana das projeções para o IPCA deste ano é de 3,60% em vez de 3,59% como o contemplado no documento anterior. Para 2008, os analistas consultados pela autoridade monetária fizeram a primeira alteração na previsão do IPCA, que passou de 4% para 3,99%. (Valor Econômico - 26.06.2007) 7
Inflação pelo IPC-S fica estável em 0,40% 8 Mercado prevê dólar a R$ 1,91 em dezembro As instituições
financeiras fizeram um pequeno ajuste, para baixo, nas previsões para
a taxa de câmbio no final do ano. Segundo a pesquisa semanal Focus divulgada
ontem pelo Banco Central, o mercado agora espera que a cotação do dólar
atinja R$ 1,91 em dezembro. O mercado vem reduzindo essa projeção nas
última ssemanas. Um mês atrás, a previsão para o dólar no final do ano
era de R$ 2,00. Num período mais longo, para o fim de 2008, as previsões
de câmbio estão em R$ 2,00 por dólar. (Jornal do Commercio - 26.06.2007)
O dólar
comercial iniciou esta jornada em baixa, a R$ 1,94. Às 9h40, a moeda era
negociada a R$ 1,9420 na compra e a R$ 1,9440 na venda, com recuo de 0,51%.
Ontem, o dólar comercial aumentou 0,56%, a R$ 1,9520 na compra e R$ 1,9540
na venda. (Valor Online - 26.06.2007)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO |
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