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IFE: nº 2.062 - 25 de junho de 2007
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
BNDES torna mais atrativos financiamentos ao setor elétrico
2 Novas regras para o Proinfa
3 Contratação em análise
4 Taxa de luz rende R$ 660 mi em quatro anos em SP
5 Curtas

Empresas
1 Faturamento de GTD cresce 25% no primeiro trimestre
2 Bandeirante Energia recebe consultas de indústrias interessadas em retornar ao mercado cativo
3 Tractebel assume a Cess
4 Eletronorte implementa reforços
5 Celpe, Cemig, Escelsa e Piratininga têm CDE corrigida para baixo
6 CCC gera multa à Eletroacre
7 Ecom realiza leilão para compra de energia para o Carrefour
8 Cotações da Eletrobrás

Leilões
1 Leilão de Ajusta: CCEE habilita 13 empresas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Preço Spot - CCEE

Gás e Termelétricas
1 Pantanal Energia faz acordo de fornecimento com Bolívia
2 CNPE deve decidir hoje construção de Angra 3
3 Licenciamento ambiental para construção de Angra 3 sai neste ano
4 Organização ambientalista critica condução do processo de licenciamento de Angra 3
5 Eletronuclear: impactos ambientais são imperceptíveis para a população
6 Editorial daFolha de São Paulo discute Angra 3

Grandes Consumidores
1 Produção de aço bate recorde em maio no Brasil

Economia Brasileira
1 Mercado eleva estimativa de crescimento do PIB para 2007 e 2008
2 Gasto público cresce muito acima do PIB

3 Medida do PAC contra gastos não avança
4 IPCA: Definição da meta gera divergências
5 IPC-S sobe 0,40% na 3a leitura de junho
6 Laticínios puxam inflação pelo IPCA-15
7 Medidas para compensar câmbio visam setor sem competitividade
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina já admite racionar energia

Biblioteca Virtual do SEE
1 EDITORIAL. Por que Angra 3. São Paulo: Folha de São Paulo, 24 de junho de 2007.

Regulação e Reestruturação do Setor

1 BNDES torna mais atrativos financiamentos ao setor elétrico

O BNDES aprovou condições financeiras mais atrativas para a implementação de projetos de investimento em geração e em transmissão de energia elétrica. As novas medidas, aprovadas pela diretoria do Banco, já serão válidas para os projetos do leilão de geração de energia, a ser realizado pela ANEEL no próximo dia 10. No caso dos projetos de transmissão, as novas políticas operacionais do BNDES ampliaram o prazo de amortização dos financiamentos, de até 12 anos para até 14 anos. Também foi ampliado para até 14 anos o prazo de amortização dos projetos de geração de energia elétrica por meio de termoelétricas (co-geração a gás e bioeletricidade). Os investimentos nas demais fontes de geração de energia, como geração hídrica, já contavam com prazo de amortização de até 14 anos, que permanece inalterado. Além disso, o BNDES reduziu o nível de exigência do índice mínimo de cobertura do serviço da dívida (ICSD) dos projetos de transmissão e de geração com todas as fontes de energia elétrica: PCHs, UHEs e UTEs. A partir de agora, o ICSD dos projetos cai de um mínimo de 1,3 para 1,2, desde que a taxa interna de retorno do empreendimento seja maior ou igual a 8% ao ano, em termos reais. Caso contrário, prevalece o ICSD mínimo de 1,3. No caso da geração hídrica, o ICSD mínimo já era de 1,2. (BNDES - 25.06.2007)

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2 Novas regras para o Proinfa

A Aneel aprovou esta semana a resolução que prevê o aperfeiçoamento dos mecanismos de definição da energia passível de contratação pelo Proinfa. Com isso, as usinas eólicas e as térmicas participantes do Programa terão sua energia de referência revista sempre que o montante gerado pelo empreendimento for inferior a 70% da energia contratada pela Eletrobrás. O objetivo é reduzir os impactos financeiros negativos para o Proinfa e para o consumidor. O novo regulamento estabelece também que a revisão da energia de referência definida para cada empreendimento poderá ser feita nos primeiros 24 meses de operação comercial da usina, se a média da energia gerada no período for inferior a 85% do montante aprovado inicialmente para a usina. Essa medida dará consistência ao planejamento da oferta de energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A proposta que alterou os critérios de revisão da energia do Programa esteve em audiência pública na modalidade intercâmbio documental de 9 de abril a 9 de maio deste ano, quando recebeu contribuições por escrito de agentes interessados. (Brasil Energia - 22.06.2007)

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3 Contratação em análise

Consumidores livres, produtores independentes, autoprodutores e agentes de importação e de exportação de energia elétrica poderão realizar a contratação do acesso temporário aos sistemas de transmissão e de distribuição pelo prazo máximo de um ano, renovável por até 12 meses. A proposta faz parte de minuta de resolução disponível (21/6) no site da Aneel (www.aneel.gov.br), em processo de audiência pública documental. As contribuições e sugestões para a proposta poderão ser enviadas até 6 de julho. O documento sugere o aperfeiçoamento da Resolução 715/2001, que disciplina o acesso temporário. A contratação temporária do acesso, que pode chegar atualmente a três anos, é condicionada à existência de folga no sistema. Pela proposta de resolução, os interessados deverão solicitar o acesso com antecedência mínima de 60 dias, e não mais de 90 dias, conforme estabelecido na atual resolução. A proposta também prevê que os usuários paguem as tarifas de uso dos sistemas de transmissão e de distribuição (Tust e Tusd) correspondentes ao período da contratação ou proporcionalmente ao número de dias de uso. Se aprovada, a nova regulamentação vai permitir que geradores possam se conectar temporariamente às redes e serem despachados pelo ONS. (Brasil Energia - 22.06.2007)

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4 Taxa de luz rende R$ 660 mi em quatro anos em SP

Criada em 2003, a taxa de luz rendeu aos cofres públicos de São Paulo mais de R$ 660,6 milhões em quatro anos (valores não atualizados). No mesmo período, o investimento na ampliação da rede não ultrapassou R$ 32,8 milhões, seguindo os mesmos critérios. A iluminação é a principal reclamação à Ouvidoria do município. Em imóveis residenciais, a taxa cobrada é de R$ 3,50 e, nos comerciais, de R$ 11. O Ilume (Departamento de Iluminação Pública) afirma que a maior parte do dinheiro vai para o custeio do consumo de energia elétrica, que é de 600 mil MWh por ano. Todos os meses, de acordo com o Ilume, são pagos cerca de R$ 10 milhões à Eletropaulo para custear o consumo de luz. Nos últimos quatro anos a prefeitura investiu R$ 80,5 milhões em manutenção. Mensalmente, o Ilume ainda gasta mais R$ 3,3 milhões com o contrato de manutenção. O diretor do Ilume, Walter Bellato, acredita que "em breve" a taxa será auto-sustentável. Isso será obtido, diz, com a economia de energia a partir da troca de lâmpadas. (Folha de São Paulo - 25.06.2007)

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5 Curtas

As empresas Foz do Rio Claro e Gerdau obtiveram nesta semana declarações de utilidade pública para desapropriação de terras necessárias à implantação das futuras usinas hidrelétricas Foz do Rio Claro, Barra dos Coqueiros e Caçu, em Goiás.

A Aneel aprovou duas declarações de utilidade pública. Elas permitirão o uso de faixas de terra para passagem de linhas de transmissão (LTs) da Eletrosul Centrais Elétricas e da Santa Fé Energética. (Brasil Energia - 22.06.2007)

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Empresas

1 Faturamento de GTD cresce 25% no primeiro trimestre

O faturamento do segmento industrial de Geração, Transmissão e Distribuição cresceu 25% no primeiro trimestre deste ano, segundo a avaliação trimestral da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica divulgado nesta sexta-feira, 22 de junho. A indústria eletroeletrônica teve um crescimento nominal de 6% em relação ao mesmo período do ano passado. A área de GTD iniciou o ano com negócios decorrentes, principalmente, dos segmentos de transmissão e geração. Na transmissão, o crescimento, de acordo com a Abinee, foi conseqüência das encomendas geradas pelos leilões de linhas realizados nos últimos dois anos. Já na distribuição, permaneceram os negócios em função do aumento da demanda e do programa Luz para Todos. A geração apontou desempenho mais modesto, classificou a associação. Contudo, as expectativas são consideradas favoráveis para o ano, em função da realização dos leilões de energia nova e de fontes alternativas. (Agência Canal Energia - 25.06.2007)

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2 Bandeirante Energia recebe consultas de indústrias interessadas em retornar ao mercado cativo

A Bandeirante Energia vêm registrando volume significativo e crescente de consultas por parte de indústrias interessadas em retornar ao mercado cativo, por falta de contratos de longo prazo no ambiente de livre negociação. O diretor Comercial da concessionária paulista controlada pelo grupo Energias do Brasil, Dorel Ramos, informa que nesse movimento predominam empresas de grande porte. Ele explica que não vê problemas em receber de volta consumidores atualmente livres, mesmo antecipando o prazo acordado de cinco anos. É necessário, porém, disponibilidade de energia para atender essa demanda extra, argumenta. O problema, segundo ele, é que a companhia ainda não conseguiu contratar nos leilões realizados até o momento uma quantidade mais folgada de energia, necessária ao suprimento da sua área de concessão para os próximos anos. Havia bom nível de estoques até pouco tempo, mas aconteceu a redução da cota-parte de Itaipu, além de frustração de expectativa em relação ao cronograma do Proinfa. "Não tivemos até agora uma sinalização segura do governo de que poderemos comprar esse volume em leilão, mesmo que por valores mais elevados, mantendo o direito de repassar os custos à tarifa". Enquanto isso, a Bandeirante Energia tem procurado uma saída alternativa para essas empresas. Ou seja, firma-se agora um compromisso que dá liberdade à companhia para garantir energia no leilão de A-5 e, enquanto isso, o suprimento será garantido via comercializadora do grupo, por meio de contratos mais curtos. (Brasil Energia - 22.06.2007)

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3 Tractebel assume a Cess

A Aneel autorizou a Suez Energy America (Sesa) a transferir o controle acionário da Companhia Energética São Salvador (Cess) para a Tractebel Energia. A operação deverá ser concluída em até 90 dias. A Cess é responsável pela construção e exploração da hidrelétrica São Salvador, que terá 241 MW de potência instalada, e ficará localizada entre as cidades de Paranã e São Salvador, ambas em Tocantins. (Brasil Energia - 22.06.2007)

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4 Eletronorte implementa reforços

A Aneel autorizou a Eletronorte a implementar reforços em instalações de transmissão de energia na subestação Marabá (PA). Os reforços nas instalações da Eletronorte fazem parte do planejamento governamental descrito no Plano de Ampliações e Reforços (PAR) e no Programa da Expansão da Transmissão (PET) - Obras Consolidadas, referentes ao ciclo de 2006 a 2008. Os empreendimentos deverão ser concluídos em até 25 meses. De acordo com os valores do custo de referência da Aneel, os investimentos estão estimados em R$47,18 milhões, dos quais R$ 34,45 milhões na subestação Marabá. A Agência estabeleceu os valores de parcela da Receita Anual Permitida (RAP) para a remuneração dos investimentos de responsabilidade da Eletronorte. Para as obras no Pará, a RAP foi fixada em R$ 5,89 milhões. No Maranhão, em R$ 1,13 milhão. No Pará, as obras irão melhorar o intercâmbio de energia com as LTs provenientes da usina hidrelétrica de Tucuruí que suprem a subestação Marabá. Já no Maranhão, o objetivo é reforçar o atual suprimento de energia elétrica na região urbana do município de São Luís. (Brasil Energia - 22.06.2007)

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5 Celpe, Cemig, Escelsa e Piratininga têm CDE corrigida para baixo

A Aneel aprovou esta semana a alteração das quotas anuais da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) definidas para as distribuidoras Celpe, Cemig, Escelsa e Companhia Piratininga de Força e Luz. O valor da conta após a retificação passou de R$ 2,469 bilhões anuais para R$ 2,454 bilhões anuais, no período de 2007 a 2010. O ajuste foi feito após revisão dos dados de consumidores localizados nas áreas de concessão das quatro empresas. Os valores anuais serão corrigidos pelo IPCA do IBGE. A CDE é o encargo pago por todos os consumidores de energia elétrica, com a finalidade promover investimentos em energia de fontes alternativas, financiar os programas de acesso à energia elétrica e possibilitar a aplicação dos descontos da tarifa social à população de baixa renda. A conta foi criada pela Lei nº 10.438/2002. (Brasil Energia - 22.06.2007)

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6 CCC gera multa à Eletroacre

A Eletroacre pagará R$ 2,16 milhões pelo descumprimento de determinação da Aneel. A multa é relativa à reposição para a Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC) de 2,27 milhões de l de óleo diesel consumidos acima dos limites estabelecidos para o período de 1999 a 2005. Na última terça-feira (19/6) a Aneel confirmou a multa, aplicada no ano passado. Os limites de consumo foram definidos pela Eletrobrás (gestora da Conta) e pelo Grupo Técnico Operacional da Região Norte (GTON) e aprovados pela Agência. A CCC subsidia a geração de energia térmica na região Norte. A Aneel também negou recurso da empresa AES Sul e manteve a multa de R$ 608 mil aplicada no ano passado. A concessionária não solicitou de 1999 a 2004 a anuência prévia da Agência a operações financeiras com as empresas AES Edeersa e AES Cayman Guaíba. A fiscalização constatou que a AES Sul fez alterações estatutárias nos anos de 1998 e 1999 sem anuência da Aneel. Também foi multada a Eletronorte, em R$ 38,88 mil, pela entrada em operação de mais de 32 unidades geradoras de 1,6 MW da termelétrica Santana (AP) em 2005, sem a autorização da Aneel. A ampliação somou mais 51,2 MW de potência à usina, que totaliza a capacidade de 178 MW. (Brasil Energia - 22.06.2007)

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7 Ecom realiza leilão para compra de energia para o Carrefour

A Ecom Energia realizará leilão para compra de energia para o Carrefour. Os produtores independentes e comercializadores de energia de fontes alternativas interessados deverão enviar propostas até 29 de junho. A intenção é contratar 33 MW médios com entrega programada para 2008. O objetivo da operação é a compra de energia elétrica proveniente de fontes alternativas para lojas do Carrefour que migrarão ao mercado livre a partir do próximo ano. A rede de supermercados pretende comprar 80% da sua energia de fontes renováveis até 2010. Os produtores independentes que não conseguiram negociar energia no leilão promovido pelo governo, no dia 18 de junho, poderão comercializá-la a preços mais vantajosos. O preço teto estipulado pelo governo foi de R$ 135 / MWh e no leilão do Carrefour será de R$ 140/ MWh. O leilão é uma oportunidade para que produtores independentes possam ofertar energias descontratadas ou para novas usinas em fase de viabilidade de construção, que ainda não tenham comercializado sua energia. O leilão será realizado com base na modalidade de reverso. (Brasil Energia - 22.06.2007)

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8 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 22-06-2007, o IBOVESPA fechou a 54.267,10 pontos, representando uma baixa de 0,71% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3,56 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 1,16% fechando a 17.661,68 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 57,30 ON e R$ 56,40 PNB, baixa de 1,46% e 1,67%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 25-06-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 56,50 as ações ON, baixa de 1,40% em relação ao dia anterior e R$ 55,06 as ações PNB, baixa de 2,38% em relação ao dia anterior. (Investshop - 25.06.2007)

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Leilões

1 Leilão de Ajusta: CCEE habilita 13 empresas

A CCEE habilitou 13 empresas para o 5º Leilão de Ajuste, previsto para quarta-feira (28/06). São seis compradores e sete vendedores. Como compradores foram habilitados CEB Distribuição, Celesc Distribuição, Cemar, Cemig Distribuição, Cosern e Saelpa. Os vendedores habilitados são Chesf, Copel Geração, Delta Comercializadora de Energia, Eletronorte, Furnas, Tradener e União Comercializadora. (Brasil Energia - 22.06.2007)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Preço Spot - CCEE

De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 23/06/2007 a 29/06/2007.

Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)

Sudeste/Centro Oeste
Sul
Nordeste
Norte
 pesada                             84,72  pesada                      81,49  pesada                     84,72  pesada                    84,72
 média                               83,53  média                        81,49  média                       83,53  média                      83,53
 leve                                  81,49  leve                           81,49  leve                          83,53  leve                         83,31
  
    Fonte: www.ccee.org.br


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Gás e Termoelétricas

1 Pantanal Energia faz acordo de fornecimento com Bolívia

A Pantanal Energia, que administra a termelétrica Mário Covas, em Cuiabá (MT), e o governo da Bolívia chegaram a um acordo para o fornecimento de gás. Até 2009, a usina deve receber 1,1 milhão de metros cúbicos de gás natural constantes por dia. Depois, segundo o MME, a YPFB deverá voltar a fornecer 2,2 milhões de metros cúbicos, como previsto no contrato assinado em 2002. Há uma semana, em plena negociação, a termelétrica parou de gerar energia, depois que a quantidade de combustível foi diminuída por alegados problema técnicos em uma bomba na base de Rio Grande, na Bolívia. À época, Fabio Garcia, no comando da Pantanal interinamente, não considerou a paralisação do envio de gás uma medida de pressão. Para ele, isso era resultado apenas de problemas com as máquinas de bombeamento. Ontem, a reportagem deixou um recado para ele, que não ligou de volta. Segundo os jornais bolivianos, o país andino vem enfrentando dificuldades para cumprir seus acordos com Brasil e Argentina. (Folha de São Paulo - 25.06.2007)

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2 CNPE deve decidir hoje construção de Angra 3

OConselho Nacional de Política Energética (CNPE) se reúne hoje e poderá decidir sobre a construção da usina nuclear de Angra 3. Dentro do governo, há oposição do Ministério do Meio Ambiente. Fora, questionamentos de especialistas e investidores sobre a oportunidade de se construir mais uma usina nuclear e sobre o custo da energia que poderá ser gerada. Com a retomada já anunciada pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o aval do CNPE é considerado pela ala do governo favorável à usina (ministérios de Minas e Energia e da Ciência e Tecnologia, principalmente) como uma mera formalidade. Se aprovada, a usina demoraria pelo menos cinco anos e meio para ser construída, consumiria aproximadamente R$ 7,2 bilhões e poderia gerar 1.305 MW. A principal linha de defesa do projeto dentro do governo é o aspecto estratégico: o Brasil precisaria estimular o conhecimento científico nessa área e de alternativas de geração de energia no longo prazo a partir de 2025, quando as melhores opções de construção de hidrelétricas já terão se consumado. (Jornal do Commercio - 25.06.2007)

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3 Licenciamento ambiental para construção de Angra 3 sai neste ano

Até o final do ano o Ibama deverá emitir o licenciamento prévio para a construção da usina nuclear de Angra 3, informou nesta semana a física Sandra Miano, responsável pela área nuclear na Diretoria de Licenciamento do instituto. Segundo Miano, "com certeza até o final do ano a licença prévia será emitida pelo Ibama e o empreendedor que estiver de posse das duas licenças poderá, com o aval do CNPE, dar início às obras". Ela informou ainda que o cronograma de avaliação técnico-financeira já foi aprovado pelo Ministério do Planejamento. (Agência Brasil - 23.06.2007)

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4 Organização ambientalista critica condução do processo de licenciamento de Angra 3

As audiências públicas realizadas nesta semana sobre a construção da usina nuclear de Angra 3 foram conduzidas de "de forma discricionária" pelo Ibama. A opinião é de José Rafael Ribeiro, conselheiro da Sociedade Angrense de Proteção Ecológica (Sapê). Ele afirmou que os grupos ambientalistas foram convocados a falar "depois de todas as entidades interessadas no projeto, o que na maioria das audiências ocorreu de madrugada" e os questionamentos ficaram sem respostas. A física Sandra Miano, responsável pela área nuclear na Direitoria de Licenciamento Ambiental do Ibama, e que presidiu a mesa das audiências, contestou o conselheiro e explicou que o regulamento de audiência pública do Ibama estabelece entrega à mesa, por escrito, das dúvidas durante os encontros. Segundo ela, a Sapê levou documentos impressos com 60 perguntas, "colados" no formulário do Ibama. (Agência Brasil - 23.06.2007)

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5 Eletronuclear: impactos ambientais são imperceptíveis para a população

O Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) referentes à usina nuclear de Angra 3 mostram que os impactos efetivos são reduzidos e imperceptíveis para a população. A afirmação é do superintendente de Licenciamento e Meio Ambiente da Eletronuclear, Iukio Ogawa. A estatal é responsável pela construção e operação das usinas nucleares no Brasil. "Na operação de uma usina nuclear, não existe um impacto significativo perceptível. Ou seja, desmatamento, liberação de efluentes, emissões atmosféricas, isso não ocorre em uma usina nuclear", explicou. Ogawa admitiu que o que há são impactos decorrentes da implantação das obras civis, como acontece em qualquer empreendimento de grande porte que gera resíduos. Esses efeitos estão previstos no EIA/Rima. "A questão mais sensível é decorrente da percepção do risco. É uma coisa do imaginário popular", analisou o superintendente. (Agência Brasil - 23.06.2007)

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6 Editorial daFolha de São Paulo discute Angra 3

O editorial do jornal Folha de São Paulo deste domingo, dia 24 de junho, discute a questão da construção de Angra 3. Segundo o editorial, "há razões energéticas e econômicas para concluir a terceira central nuclear, mas segurança e controle de custos são decisivos". Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 25.06.2007)

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Grandes Consumidores

1 Produção de aço bate recorde em maio no Brasil

A produção de aço no Brasil atingiu recorde histórico em maio, de 2,9 milhões de toneladas, informou ontem o IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia). Foi um aumento de 16,2% sobre o mesmo mês do ano passado e de 7% sobre abril de 2007. A produção de laminados e as vendas internas também atingiram volume inédito no mês passado, impulsionadas pela demanda em setores como construção civil e indústria automotiva. Foram produzidos 2,3 milhões de toneladas de laminados - 17,9% acima de maio de 2006- e as as vendas domésticas foram de 1,7 milhão de toneladas -crescimento de 16,9% na comparação anual. Em comunicado, o IBS diz que o aumento da oferta de crédito para imóveis e veículos está impulsionando o setor. (Folha de São Paulo - 23.06.2007)

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Economia Brasileira

1 Mercado eleva estimativa de crescimento do PIB para 2007 e 2008

Analistas e economistas do mercado financeiro brasileiro revisaram para cima suas projeções para a taxa de crescimento da economia do país em 2007 e 2008. De acordo com pesquisa feita pelo Banco Central, divulgada nesta segunda-feira, os analistas acreditam que o PIB brasileiro registrará neste ano uma expansão de 4,30% e uma de 4,10% em 2008. No levantamento anterior, essas estimativas eram de 4,25% e 4,0% , respectivamente. (Reuters - 25.06.2007)

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2 Gasto público cresce muito acima do PIB

Sustentados por recordes na arrecadação e por um potencial novo aumento da carga tributária em 2007, os gastos correntes do governo federal cresceram acima da variação do PIB no primeiro quadrimestre do ano. Entre janeiro e abril, houve um aumento de 11,8% nas despesas com pessoal e de 13,6% nos gastos da Previdência sobre igual período em 2006. Com a expectativa de um PIB em torno de 4,3% no ano e inflação ao redor de 3,4%, os gastos não-financeiros da União crescem hoje a um ritmo de cinco pontos percentuais acima do da expansão econômica. (Folha de São Paulo - 24.06.2007)

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3 Medida do PAC contra gastos não avança

Está parada na Câmara dos Deputados desde janeiro e com chances mínimas de ser aprovada a única medida do PAC destinada a controlar o aumento do gasto público. O projeto pretendia limitar os reajustes do funcionalismo a 1,5% ao ano acima da inflação. Cerca de 15 parlamentares foram procurados pelo Executivo para relatar a proposta, mas nenhum aceitou o ônus político de contrariar os sindicatos de servidores. No final, o governo apontou o deputado José Pimentel (PT-CE) como relator. ( Folha de São Paulo - 23.06.2007)

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4 IPCA: Definição da meta gera divergências

Apesar do cenário de inflação controlada e juros em queda, o mercado divide-se com relação à meta a ser fixada para a inflação medida pelo IPCA de 2009 e 2010. São duas correntes. Uma acredita que a manutenção da meta em 4,5% ao ano na reunião do CMN, na próxima quinta-feira possa abalar a credibilidade do governo e provocar alta dos preços. Outra, defende o conservadorismo, por temer a necessidade de elevação dos juros para conter a inflação, se a meta for reduzida. "O ideal seria reduzir a meta para 4% e torná-la permanente", aconselha o ex-presidente do BC Carlos Langoni. Isso daria maior segurança ao mercado e aumentaria a credibilidade do governo, com o compromisso duradouro de manter a inflação sob controle. (JB OnLine - 22.06.2007)

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5 IPC-S sobe 0,40% na 3a leitura de junho

O IPC-S registrou alta de 0,40% na terceira leitura de junho, mesma variação registrada na leitura anterior, informou a FGV nesta segunda-feira. "Das sete classes de despesa, quatro apresentaram decréscimos em suas taxas de variação, duas aceleraram-se e uma manteve o resultado da última apuração", informou a FGV em comunicado. (Reuters - 25.06.2007)

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6 Laticínios puxam inflação pelo IPCA-15

A alta nos preços de leite e derivados puxou a inflação de junho medida pelo IPCA-15. O índice apurou alta de 0,29%, após uma variação de 0,26% em maio. A quebra de safra e a alta cotação dos preços internacionais levaram a uma elevação de 7,85% nos preços do leite pasteurizado -principal contribuição individual na formação do índice. Os derivados acompanharam a escalada: os queijos ficaram 2,13% mais caros, o leite em pó teve alta de 1,98% e o creme de leite, de 1,95%. ( Folha de São Paulo - 23.06.2007)

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7 Medidas para compensar câmbio visam setor sem competitividade

O governo estuda novas medidas para compensar o efeito do câmbio valorizado sobre a indústria, mas o esforço e os recursos gastos podem ser insuficientes para garantir a competitividade internacional desses setores. Isso porque a produção nacional de manufaturados perdeu espaço nas exportações globais mesmo em períodos de câmbio favorável. De acordo com os dados reunidos num estudo feito pelo economista Sérgio Vale, da consultoria MB Associados, a exportação de madeiras, roupas femininas e aparelhos eletrônicos, entre outros, não tem vantagens em relação às vendas de outros países. Além disso, esses setores perderam o pouco mercado que tinham nas exportações globais entre 2001 e 2005. Como desde então a valorização do real em relação à moeda norte-americana apenas se acentuou, a situação desses setores piorou ainda mais. (Folha de São Paulo - 25.06.2007)


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8 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial iniciou esta sessão em queda, a R$ 1,9410. Em pouco mais de 30 minutos de atividades, a moeda era transacionada a R$ 1,9390 na compra e a R$ 1,9410 na venda, com recuo de 0,10%. Na sexta-feira, o dólar comercial saiu a R$ 1,9410 na compra e a R$ 1,9430 na venda. (Valor Online - 25.06.2007)

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Internacional

1 Argentina já admite racionar energia

Mesmo sem querer usar a palavra crise, o governo argentino finalmente admitiu ontem que o país enfrenta problemas no abastecimento de energia. "Estamos no limite. Temos de cortar onde dói menos", disse ontem o chefe-de-gabinete (Casa Civil), Alberto Fernández. Fernández disse que o governo prefere determinar um racionamento para as indústrias do que para as residências. E responsabilizou o frio pela escassez deste mês, que ampliou a demanda por energia elétrica e óleo para calefação. "Não chamaria de crise, mas um problema de conjuntura", disse Fernández. Cortes no fornecimento da energia elétrica e de gás já vêm paralisando centenas de fábricas diariamente na Argentina, principalmente entre 18h e 22h. Com a capacidade de produção e distribuição no limite, o governo argentino pediu às empresas que economizem para evitar o racionamento nas residências no horário de pico. (Folha de São Paulo - 23.06.2007)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 EDITORIAL. Por que Angra 3. São Paulo: Folha de São Paulo, 24 de junho de 2007.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro mailto:nivalde@ufrj.br
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Bianca Reich, Carolina Tavares, Felipe Botelho e, Igor Briguiet.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


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