l IFE: nº 2.057 - 18
de junho de 2007 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Ministro espera aval para Madeira ainda este mês Apesar das mudanças
na modelagem do leilão das usinas do Rio Madeira, o problema de licenciamento
ambiental continua. Depois de perder o prazo de 31 de maio, o governo
espera que a autorização prévia saia até o fim do mês. Se isso ocorrer,
o leilão da primeira usina, Santo Antônio, poderá ser realizado em setembro.
"O ideal é começar as obras até meados do ano que vem para que as primeiras
turbinas entrem em operação em 2012", disse o ministro interino de Minas
e Energia, Nelson Hubner. O presidente do Ibama, Bazileu Alves, disse
que o processo de licenciamento das usinas tem sido um desafio. "Tivemos
de incorporar os maiores especialistas do País e do mundo para que pudessem
dar mais segurança à equipe do Ibama para responder às questões do projeto",
explicou. O executivo destacou que é preciso ter muito cuidado com esse
processo para não repetir problemas do passado, como foi a construção
de Balbina. (O Estado de São Paulo - 18.06.2007) 2 Santo Antônio com custo reduzido Várias alternativas
de corte de custos poderão reduzir o orçamento inicial para a construção
da usina Santo Antônio de R$ 11,8 bilhões para cerca de R$ 9,5 bilhões.
As sugestões foram apresentadas nesta sexta-feira (15/6) pelo presidente
da EPE, Maurício Tolmasquim, e tomam como base o projeto de viabilidade
desenvolvido pelo consórcio liderado pela construtora Odebrecht. A iniciativa
de fazer a reavaliação mais aprofundada do complexo do rio Madeira partiu
da decisão da EPE de oferecer ao mercado uma quantidade maior de informações
sobre o projeto, antes dominadas somente pelo consórcio da Odebrecht,
justificou. Entre as várias opções apresentadas, o presidente da EPE apontou
desde a mudança dos arranjos envolvendo posição da casa de máquinas e
vertedouro até redução do número de turbinas de 44 para 40 unidades, considerando
um modelo mais potente, 81 MW e não de 71 MW como previsto. (Brasil Energia
- 15.06.2007) 3 BNDES divulga condições de financiamento para Santo Antônio O BNDES divulgou
nesta sexta-feira, dia 15 de junho, as condições para financiamento da
hidrelétrica de Santo Antônio (RO,3.150 MW), primeira usina do Complexo
Hidrelétrico do Rio Madeira a ser licitada. Segundo o chefe do departamento
de Energia do BNDES, Nelson Sifferti, as condições envolvem equity mínimo
de 25%. A remuneração do financiamento será atrelado à TJLP mais spread
de 0,5%, além de spread de risco que pode variar entre 0,8% e 1,8%. O
prazo de amortização será de 20 anos e o regime do crédito será em projet
finance, segundo Sifferti. Além disso, contou Sifferti, o banco exigirá
da Sociedade de Propósito Específico vencedora um índice de cobertura
da dívida de 1,2%, caso a taxa de retorno seja igual ou superior a 8%
ao ano. Já o patrimônio líquido do consórcio deverá ser superior a R$
10 bilhões e o ativo total, de R$ 23 bilhões. O gerente de Investimento
do BNDESpar, Renato Martins, contou que, caso o banco não entre no consórcio
como sócio estratégico, será exigida aplicação de cláusulas de governança
corporativa. No entanto, a idéia do BNDESpar é de apoiar o empreendimento
com uma participação entre 15% e 20% do capital total do projeto. Outra
exigiência do BNDESpar é a limitação da presença de fornecedores e construtores
no projeto, que não poderá ser maior do que o dobro da participação do
sistema BNDES. (Agência Canal Energia - 15.06.2007) 4 Odebrecht não vê problemas na saída de Furnas
da disputa pelo Rio Madeira 5 MME pode deixar decisão técnica sobre LT nas mãos dos empreendedores O ministro
interino de Minas e Energia, Nelson Hübner, afirmou nesta sexta-feira,
15 de junho, que o governo estuda deixar nas mãos dos empreendedores a
solução técnica para a linha de transmissão que interligará as usinas
do complexo hidrelétrico do Rio Madeira (RO, 6.450 MW) ao submercado Sudeste/Centro-Oeste.
Segundo ele, o traçado já está definido, mas a solução pode ficar a cargo
do mercado porque a competição pode definir o custo da linha. Segundo
ele, a linha em corrente contínua é, na teoria, considerada mais barata
do que a alternada, porém, pode não ter competitividade, ao passo que
a alternativa em corrente alternada, embora mais cara, pode ter redução
de custos em função da disputa de preços. "Em corrente alternada, a competição
é grande, enquanto em corrente contínua [a competição] é mais limitada",
observou Hübner. (Agência Canal Energia - 15.06.2007)
6 Kelman: entressafra de projetos hidrelétricos coloca o país em um beco sem saída A entressafra
de projetos hidrelétricos coloca o país em um beco sem saída em relação
a viabilização do complexo do Rio Madeira, segundo avalia o diretor-geral
da Aneel, Jerson Kelman. A EPE ainda não teve tempo, segundo ele, para
oferecer um estoque confortável de estudos de viabilidade. Por conta disso,
se houver problemas com a construção da usina Santo Antônio, será necessário
recorrer à térmicas poluentes e caras, incluindo energia nuclear, afirmou.
Kelman mais uma vez fez críticas veladas ao ritual de licenciamento ambiental.
Deu a entender que os técnicos estão muito mais preocupados com impactos
locais sem levar em conta prejuízos ao País diante de uma situação de
escassez de energia com sérias conseqüências sobre a economia. Ele disse
que a proliferação de usinas à fio d'água, ou seja, sem reservatório,
como saída para evitar maiores impactos ambientais, trata-se de uma opção
delicada. Isso vai exigir cada vez mais complementação térmica, além de
causar volatilidade no comportamento do custo marginal de operação (CMO),
com reflexos diretos no TLD. O custo da energia no Brasil está muito caro,
avaliou, porque os agentes embutem na taxa de retorno uma parcela muito
elevada do risco, representada, entre outras variáveis, pela diferença
nos custos ambientais entre a concessão da licença prévia e a licença
de instalação. (Brasil Energia - 15.06.2007) 7 CNI: dificuldades com licença ambiental aumentaram Pesquisa realizada pela CNI revela que 79% dos empresários consultados já tiveram problemas para obter licenciamentos ambientais. A maioria das queixas está relacionada com a demora na análise dos projetos e os altos custos financeiros para atender as exigências. Foram consultadas 1.491 empresas de todos os portes entre 30 de março e 20 de abril deste ano. Conforme dados da terceira Sondagem Especial sobre Meio Ambiente realizada pela entidade, esse percentual de empresários que reportaram dificuldades aumentou 5,7% em relação a 2005, quando havia sido feita pesquisa sobre o tema. Dentre as empresas consultadas que mantiveram contato com órgãos ambientais, 68,8% afirmaram ter tido problemas com essas entidades. Consultados sobre os principais problemas enfrentados, 66,9% dos empresários citaram em primeiro lugar a demora na avaliação dos processos. Em seguida aparecem os gastos para cumprir as exigências, item que foi apontado por 52% dos entrevistados. As dificuldades em identificar e atender os critérios exigidos pelas leis ambientais aparecem como o terceiro problema mais comum, assinalado por 42,6% das empresas. (Valor Econômico - 18.06.2007) 8 MME: energias alternativas vão atender
a 10% do consumo em uma década 9 Falta de linhas impede remessa de eletricidade A falta de conexão
com o sistema de transmissão de energia elétrica nas novas regiões produtoras
de cana tem limitado a participação de usineiros no mercado de venda de
energia elétrica. Para escoar os MW excedentes, o governo estuda instalar
"estações coletoras". Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim,
novas usinas de biomassa e PCHs em Goiás e no Mato Grosso do Sul não estão
conseguindo que as distribuidoras locais de energia dêem conexão a elas.
"A solução em estudo é instalar estações coletoras, que são subestações
ligadas à rede básica. Assim, essas usinas se ligariam à rede e não precisariam
depender da distribuidora". Segundo ele, as concessões para construir
essas estações poderiam ser leiloadas junto com as novas linhas de transmissão.
(O Estado de São Paulo - 18.06.2007) 10 Casa Civil tem projeto de criação da Secretaria Nacional de Agroenergia
Empresas 1 Governo muda regras para o leilão e garante Furnas nas usinas do Madeira Ao mudar as
regras de licitação para a construção das hidrelétricas do Rio Madeira
(Santo Antônio e Jirau) e impedir a participação de empresas públicas
no processo, o governo federal garantiu a participação da Eletrobrás no
empreendimento seja qual for o consórcio vencedor, segundo avaliação de
executivos da área de infra-estrutura. Furnas poderá ser convidada pelo
vencedor da licitação para participar do projeto e ficar com até 49% dele,
explicou o ministro interino de Minas e Energia Nelson Hubner. Entre agentes
do setor, porém, o comentário é que todos querem Furnas no projeto. A
decisão do governo, no entanto, acaba com os planos da estatal de formar
um consórcio com o grupo Odebrecht. Com a decisão de tirar Furnas da primeira
etapa, Hubner espera que pelo menos quatro grupos participem do leilão:
o capitaneado pela Odebrecht, outro liderado pela Camargo Côrrea, um terceiro
formado por estes autoprodutores e mais um pela Alusa. (Valor Econômico
- 18.06.2007) O Tribunal de Contas da União multou cinco funcionários da Manaus Energia e a empresa Macropeças Comercial por irregularidades em licitação realizada pela distribuidora para a compra de materiais para a termelétrica Aparecida. O órgão encontrou indícios de fraude no processo licitatório. O ministro relator do processo estipulou a multa individual de R$ 8 mil à Manaus Energia. Também foi determinada a punição por indícios de fraude para a Macropeças Comercial, que está impedida de participar de licitações da administração pública federal por dois anos. (Brasil Energia - 15.06.2007) 3 MME prorroga concessão de geradoras da Cemig O MME prorrogou
a concessão de nove usinas da Cemig pelo prazo de 20 anos, segundo portaria
publicada no DOU. As duas maiores hidrelétricas renovadas são Emborcação
e Nova Ponte. Os prazos para essas unidades contam a partir de 24 de julho
de 2005. (Agência Canal Energia - 15.06.2007) 4 Eletrosul investirá R$ 8,3 mi em obras de reforços
em subestação e LT 5 Transmissoras reforçam a rede A Aneel autorizou
as concessionárias Eletrosul, Transmissora Sudeste Nordeste (TSN) e a
Empresa de Transmissão Amazonense (EATE) a realizar reforços em suas redes
de transmissão. As obras demandarão R$ 9 milhões em investimentos, que
serão pagos através de parcelas da Receita Anual Permitida (RAP) das concessionárias.
A Eletrosul terá direito à parcela da receita no valor de R$ 1,3 milhão.
A TSN terá direito à R$ 2,7 milhões. A Eate vai aplicar R$ 4,9 milhões.
(Brasil Energia - 15.06.2007) No pregão do
dia 15-06-2007, o IBOVESPA fechou a 54.518,63 pontos, representando uma
alta de 1,50% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 4,78
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,42%
fechando a 17.645,18 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 53,88 ON e R$ 53,00 PNB, alta de 1,56%
e 2,32%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do dia anterior.
Na abertura do pregão do dia 18-06-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 53,80 as ações ON, baixa de 0,15% em relação ao dia anterior e R$
52,91 as ações PNB, baixa de 0,17% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 18.06.2007)
Leilões 1 Complexo Madeira: leilão será destinado exclusivamente para empesas privadas Segundo o ministro
interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, o leilão para a construção
do Complexo Madeira, que englobará as usinas Santo Antonio e Jirau, de
6.450 MW, será destinado exclusivamente para as empresas privadas. De
acordo com Hubner, a proposta para o projeto prevê um modelo privado de
negócio, com a entrada, após o leilão, de uma empresa estatal (sócio minoritário,
com teto de participação limitado a 49%), que pode ser a Eletrobrás ou
o BNDESPar, braço de participações do BNDES. A atuação do sócio estratégico,
portanto, será definida pelo consórcio que arrematar o projeto. O vencedor
também irá definir o percentual de participação estatal. "Se tiverem quatro
grupos participando da disputa, pra gente vai ser muito bom. Hoje não
dá pra saber", disse o ministro. (Gazeta Mercantil - 18.06.2007) 2 Odebrecht: saída de Furnas não altera proposta para Complexo Madeira Para Irineu Meireles, diretor da Odebrecht, a saída de Furnas do consórcio nada mudou. "Isso não altera nossa proposta de participação", disse. Segundo executivos da Amazônia Madeira Energética (Amel) - empresa criada pela Camargo Corrêa para participar da disputa pelo projeto -, a posição do governo foi correta e deverá incentivar o ingresso de novos participantes. (Gazeta Mercantil - 18.06.2007) 3 Leilão de Fontes Alternativas: oferta de energia abaixo do esperado O primeiro leilão
exclusivo de energia alternativa, programado para esta segunda-feira (18/06)
pela Aneel, terá uma oferta de energia abaixo do esperado. "Eu esperava
um pouco mais", admitiu o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. "Mas
a oferta não deixa de ser algo razoável", acrescentou. Ao todo, 36 empreendimentos
- 19 termelétricas movidas a biomassa e 17 PCHs - depositaram as garantias
necessárias para confirmar a participação no leilão. Somadas, essas usinas
têm capacidade para gerar 495,8 MW. Esse volume é cerca de 82% inferior
aos 2.803 MW dos 87 empreendimentos que haviam sido habilitados tecnicamente
pela EPE. Tolmasquim ficou desapontado com a baixa participação das usinas
de cana-de-açúcar, principais fornecedores de biomassa. "Podia ter um
pouco mais", lamentou. (O Estado de São Paulo - 18.06.2007) 4 Leilão de Fontes Alternativas: empreendedores reclamam de redução do CEC A participação
efetiva das usinas de biomassa tem sido cada vez menor. Onório Kitayama,
assessor técnico para assuntos de bioletricidade da União da Agroindústria
Canavieira do Estado de São Paulo (Unica), explica que governo tem reduzido
constantemente o valor do Custo Econômico de Curto Prazo (CEC). No primeiro
leilão, em dezembro de 2005, o valor foi de R$ 22,90. Nos últimos, o valor
ficou reduzido para algo próximo de R$ 5, disse Kitayama. O CEC é o valor
pago ao vendedor de energia sobre o teto do leilão. Na disputa, as PCHs
terão um valor máximo de R$ 135 por MWh, enquanto a biomassa terá valor
máximo de R$ 140. Os usineiros se queixam que o CEC baixo reduz o interesse
de participação das usinas, pois não compensa o investimento. (O Estado
de São Paulo - 18.06.2007) 5 Leilão de Fontes Alternativas: projetos de eólicas ficam de fora Nenhum empreendimento
de geração eólica irá participar do leilão de energia de fontes alternativas
do governo federal, previsto para esta segunda-feira (18/06). O prazo
e a forma de contratação afastaram os donos das licenças deste tipo de
energia do pregão. "Os empreendedores de eólicas consideraram o preço-teto
baixo e o tempo de contrato curto", explica Adão Muniz, presidente da
Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEE). Para este pregão, os nove
projetos de energia eólica, equivalentes a 939 MW, que haviam sido habilitados
pela EPE, vão ficar de fora. O setor de energia eólica considerou insuficiente
o contrato de 15 anos e o preço-teto fixado de R$ 140 por MWh, que vão
reger os acordos. (Valor Econômico - 18.06.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 16/06/2007 a 22/06/2007. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Petrobrás é única interessada em ampliar Gasbol A Petrobrás foi a única empresa a apresentar propostas para a ampliação do trecho sul do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), que liga São Paulo ao Rio Grande do Sul. A estatal informou à operadora do duto, Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), que pretende ampliar em 5,2 milhões de metros cúbicos por dia a capacidade de transporte do trecho. O objetivo é inserir na tubulação parte do gás que será importado na forma de GNL. O processo de ampliação do duto foi aberto a pedido da própria Petrobrás, uma vez que o trecho sul já se encontra perto do limite de capacidade de transporte, que é menor à medida que a tubulação avança rumo a Canoas (RS). No primeiro trecho, entre Campinas e Araucária (PR), por exemplo, a capacidade é de 6 milhões de metros cúbicos por dia; no último, entre Siderópolis (SC) e Canoas, é de 1,2 milhão de metros cúbicos por dia. Atualmente, por causa das dificuldades de abastecimento do combustível, não é possível ligar ao mesmo tempo as duas térmicas abastecidas pelo Gasbol na região - Araucária, no Paraná, e Canoas, no Rio Grande do Sul. O projeto não envolve aumento de compras do gás boliviano, uma vez que o combustível a ser inserido no trecho sul do Gasbol virá, principalmente, do terminal de GNL projetado para a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. (O Estado de São Paulo - 18.06.2007) 2 Térmica de Cuiabá paralisa geração de energia A Usina Termelétrica
Governador Mário Covas, de Cuiabá, em Mato Grosso, paralisou a geração
de energia no sábado devido à redução de gás natural fornecido pela estatal
boliviana YPFB. De acordo com o diretor Comercial e de Regulação da térmica,
Fábio Garcia, não há previsão para retorno da atividade e há perspectiva
de interrupção total da entrega de gás. Segundo Garcia, a YPFB informou
como motivo da diminuição "problemas operacionais na estação de compressão
de Rio Grande." A empresa brasileira tem recebido 600 mil metros cúbicos
por dia, insuficientes para a geração mínima da usina, de 135 megawatts.
Esta carga requer 700 mil metros cúbicos diários. "A existência de problemas
operacionais reduziu o fornecimento de gás natural para Cuiabá", explicou
o diretor. "Fomos notificados pela YPFB de que pode haver redução adicional
ou interrupção de gás à térmica de Cuiabá". A forte demanda do sistema
elétrico nacional e a falta de matéria-prima levam a um alerta de segurança
na geração de energia em Mato Grosso, disse Garcia. "Com a térmica parada,
o sistema elétrico nacional perde confiabilidade. A térmica é segurança
para o sistema", afirmou. Garcia disse que a redução da oferta de gás
pela boliviana não tem relação com a negociação de contrato de fornecimento,
em andamento entre a empresa e a YPFB. (Jornal do Commercio - 18.06.2007)
3 Portaria 125 pode reduzir PLD de forma imediata, avalia MME O ministro interino
de Minas e Energia, Nelson Hübner, avalia que a publicação do decreto
n° 125, que trata da garantia física das térmicas do acordo entre a Petrobras
e a Aneel, pode resultar na redução do Preço de Liquidação de Diferenças,
já para a próxima semana. De acordo com Hübner, o decreto permite que
essas usinas retornem ao deck do Operador Nacional do Sistema Elétrico.
Hübner participou nesta sexta-feira, 15 de junho, do workshop "O empreendimento
do Rio Madeira: o aproveitamento hidrelétrico de Santo Antônio", realizado
pela Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústria de Base, em
São Paulo. (Agência Canal Energia - 15.06.2007) 4 Eletronuclear apresenta relatório de impacto ambiental da usina de Angra 3 A Eletronuclear,
empresa do Grupo Eletrobrás, apresenta hoje (18), na Coordenaria dos Programas
de Pós Graduação de Engenharia da UFRJ (Coppe/UFRJ) o Relatório de Impacto
Ambiental (Rima) da Usina Nuclear Angra 3. O evento será no Centro de
Tecnologia da Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, no subúrbio do
Rio. Segundo informações da Eletronuclear, o encontro precede a realização,
nos dias 19, 20, e 21 de junho, de audiência pública para discussão e
apresentação do estudo de impacto, que constitui etapa obrigatória para
a obtenção do licenciamento ambiental da usina. Entre os representantes
da empresa, estarão o assistente da presidência, Leonam dos Santos Guimarães,
e o superintendente de Gerenciamento de Empreendimento, Luiz Manuel Messias.
(Agência Brasil - 18.06.2007)
Grandes Consumidores 1 Falta de gás na Argentina afeta fornecimento da Dow no Brasil A falta de gás
natural na Argentina está afetando as operações regionais da Dow Chemical,
a fabricante americana de resinas termoplásticas. Em conseqüência disso,
a empresa teve de suspender ou reduzir a operação de suas quatro unidades
industriais no pólo petroquímico de Bahia Blanca, ao Sul de Buenos Aires.
A falta de gás reduziu em 6% a produção da companhia nos últimos dias
de maio, afetando o suprimento de resinas embarcadas neste mês não só
para o mercado argentino como também para os clientes no Brasil. Trata-se
do primeiro caso conhecido de uma empresa com atuação na Argentina e forte
relação comercial com o Brasil que é afetada pela falta de gás natural,
naquilo que os argentinos já estão chamando de "apagão energético" e que
voltou a acontecer no fim de semana. A companhia é a principal importadora
de resinas termoplásticas no Brasil. (Valor Econômico - 18.06.2007)
Economia Brasileira 1 PIB revela encolhimento do setor externo O saldo externo de bens e serviços de R$ 10,2 bilhões no primeiro trimestre, apurado pelo IBGE no cálculo do PIB, é o menor desde o primeiro trimestre de 2003, quando foi de R$ 8,1 bilhões, e a tendência atual é oposta à daquela época. O saldo aumentou desde 2003, mas agora está em queda. Desde 2003, as exportações só cresceram, mas reduziram o ritmo depois de terem aumentado 15,3%, em 2004, no conceito do IBGE, que inclui serviços e é calculado em reais, diferindo dos dados da balança comercial divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento. (O Estado de São Paulo - 18.06.2007) 2 Investimento deve crescer 62% até 2010, prevê BNDES Impulsionados pela forte demanda externa e pelo aumento da renda e do consumo interno, 16 setores da economia brasileira planejam investir R$ 1,050 trilhão nos próximos quatro anos, 62% a mais do que os R$ 650 bilhões investidos entre 2002 e 2005. Os dados indicam um crescimento real de 10,1% ao ano nos investimentos desses setores, considerando inflação média de 4,5% no período. Eles representam 9% do PIB do país, mas respondem por 63% de todo o investimento da indústria e por 68% do da infra-estrutura. Resultado de um mapeamento de projetos de investimentos feito pelo BNDES, a previsão é considerada factível por economistas, mas recebe ressalvas, principalmente no setor de infra-estrutura. (Folha de São Paulo - 17.06.2007) 3 Indústria cresce abaixo do PIB desde 2004 4 Recuperação da demanda interna pode mudar tendência da indústria O coordenador
da área de indústria do IBGE, Sílvio Sales, afirma que a tendência de
diminuição da participação de setores mais sofisticados na indústria pode
sofrer alterações com o aumento da relevância do mercado interno sobre
o crescimento do PIB. "Agora é que o mercado interno está ganhando corpo
e começando a mostrar a que veio. Podemos ter novas tendências", afirma.
O PIB do primeiro trimestre de 2007 mostrou que a elevação do consumo
interno, que subiu 6% no período, foi o carro-chefe do crescimento. Ao
mesmo tempo, houve aumento nos investimentos em máquinas e equipamentos,
de 7,2%. O dado mostra que as empresas estão investindo mais para acompanhar
a demanda e acreditando na continuidade da recuperação. (Folha de São
Paulo - 17.06.2007) 5 FOCUS: Quadro para PIB em 2007 sobe para 4,25% As projeções
do mercado financeiro para o crescimento da economia em 2007 mudaram pouco,
de acordo com o relatório de mercado produzido pelo Banco Central em 11
de junho. As apostas dos analistas para a expansão do PIB avançaram de
4,20% para 4,25%. Já o PIB global, que mede o cenário para expansão do
setor industrial, caiu de 4,30% para 4,29% em 2007. Para 2008, o crescimento
do PIB foi mantido pela nona semana consecutiva em 4%. No entanto, para
o segmento industrial o cenário recuou de 4,50% para 4,33%. (InvestNews
- 18.06.2007) 6 FOCUS: Projeção do IPCA fica estável As projeções do mercado financeiro para o comportamento dos preços em 2007 apresentaram discreta variação. Conforme o relatório de mercado produzido em 15 de junho pelo Banco Central, os analistas mantiveram em 3,59% a expectativa para o IPCA ao final do ano. Já o IGP-DI subiu de 3,50% para 3,57% ao final de 2007. O IGP-M avançou de 3,45% para 3,55%. No IPC - Fipe, houve discreta alta de 3,73% para 3,78%. Já os preços administrados - as tarifas públicas - permaneceram em 3,20% como na semana passada. (InvestNews - 18.06.2007) 7 IGP-10 tem alta de 0,15% em junho 8 IPC-S sobe 0,40%, aponta FGV O (IPC-S de
15 de junho de 2007 registrou alta de 0,40%, taxa 0,01 p.p. acima da apurada
com base na coleta encerrada em 07 de junho. Mais uma vez, a maior contribuição
para a elevação do IPC-S partiu do grupo Alimentação. Em sentido inverso,
quatro das sete classes de despesa componentes do índice contribuíram
para que a elevação da taxa do IPC-S não fosse maior como,Transportes
e Saúde e Cuidados Pessoais, segundo divulgado pela FGV. (InvestNews -
18.06.2007) O dólar comercial
verifica decréscimo nesta segunda-feira. Pouco mais de 20 minutos de atividades,
a moeda norte-americana era negociada a R$ 1,9010 na compra e R$ 1,9030
na venda, com declínio de 0,57%. Na abertura, a divisa marcou R$ 1,9070.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM & F), o contrato cambial para julho
via perda de 0,57%, a R$ 1,904. Na última sexta-feira, o dólar comercial
recuou 0,67%, a R$ 1,9120 na compra e R$ 1,9140 na venda. Na semana, apurou
queda de 2,35%. (Valor Online - 18.06.2007)
Internacional 1 Gás natural é suspenso às indústrias, ao comércio e aos automóveis na Argentina A crise energética
na Argentina levou o governo federal a ordenar que as distribuidoras de
gás natural suspendam a provisão do combustível às indústrias, ao comércio
e às estações de serviço que fornecem aos automóveis na versão comprimida
(GNC). A medida visa garantir o fornecimento de gás natural às residências
devido à onda de frio que afeta o país. Trata-se da medida mais severa
adotada durante a atual crise energética. A provisão do gás natural está
garantida apenas às hidrelétricas para que o problema não se agrave. (DCI
- 15.06.2007) 2 Crise de energia afeta indústria argentina A falta de energia
é hoje o grande gargalo na Argentina para as empresas e a situação piora
a cada dia. A crise energética foi o tema principal da última reunião
da União das Indústrias Argentinas (UIA) na semana passada, já que todos
os setores de consumo intensivo estão sofrendo paralisação de produção
por falta de eletricidade, gás e diesel, situação que se repete a cada
pico de temperatura no país, seja de frio, seja de calor. O governo argentino
joga a culpa nas empresas. Após autuar a Petrobras e a Shell por falta
de diesel, a Secretaria de Comércio do Ministério da Economia ameaçou
cassar a concessão dos consórcios que constroem e administram os principais
gasodutos, Norte e Sul. A estratégia do governo argentino tem sido priorizar
o fornecimento às residências e aos serviços essenciais. As empresas são
convocadas a cortar o consumo em momentos de pico. O consumo de energia
elétrica bateu em 17.500 MW (quase equivalente à oferta total de cerca
de 18 mil MW) na sexta-feira, o que levou a Companhia Administradora do
Mercado Atacadista Elétrico a ordenar que as empresas diminuíssem seu
consumo em 1.200 MW, supostamente para evitar um apagão generalizado.
Tiveram o fornecimento cortado a petroleira Repsol, o grupo industrial
Techint e a graneleira Cargill. (Valor Econômico - 18.06.2007) O governo colombiano anunciou que venderá suas ações nas empresas do setor de eletricidade ISA e Isagen, na tentativa de captar cerca de 4,5 bilhões de pesos (US$ 2,4 bilhões). OEstado possui 56% das ações da empresa Interconexión Eléctrica (ISA) e 25% da geradora e comercializadora de energia Isagen. Anda não foi determinado o mecanismo que será utilizado para a privatização das duas entidades. (Gazeta Mercantil - 18.06.2007) 4 Nexans fornece para LT no Peru 5 Febre da energia limpa nos EUA atrai US$ 55 bi Um boom de empresas
de energia renovável, chamadas de "clean tech" (tecnologia limpa), tomou
conta dos Estados Unidos. No ano passado, fundos de capital de risco investiram
US$ 2,4 bilhões - o triplo de 2005 - em novas empresas de energia solar,
biodiesel de gordura animal, etanol de monóxido de carbono, de milho,
celulósico, de cana, hidrogênio , células de combustível e outros. As
cidades de Austin e Boston e o Estado da Califórnia estão se firmando
como os Vales do Silício da clean tech e muitos empreendedores da Internet
estão colocando dinheiro em energia alternativa. O setor de clean tech
movimentou US$ 55 bilhões no ano passado e será um mercado de US$ 226
bilhões em dez anos, segundo projeção da consultoria Clean Edge. Investir
em fontes de energia alternativas ao petróleo se tornou uma prioridade
econômica e uma questão de segurança nacional. A nova Lei de Energia que
tramita no Congresso deve estabelecer uma meta de uso de energia renovável
de 25% do consumo total do país em 2025 - hoje, o consumo é de 6%. Para
cumprir a meta de energia energia renovável, inúmeras empresas estão pesquisando
novas formas de clean tech. (O Estado de São Paulo - 18.06.2007) 6 China e Rússia negociam gasodutos A China e a
Rússia poderão construir três gasodutos para a condução de gás natural.
O primeiro deles terá capacidade para transportar 34 bilhões de metros
cúbicos de gás da cidade russa de Irkutsk para Daqing na China. O segundo
será capaz de levar 30 bilhões de metros cúbicos da Sibéria para Lunnan,
na província de Xinjiang. O terceiro liga a cidade de Sakhalin à China
e poderá transportar 15 bilhões de metros cúbicos. As negociações estão
e ritmo acelerado. (InvestNews - 18.06.2008)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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