l IFE: nº 2.051 - 06
de junho de 2007 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Licença de usina deve sair logo, diz Dilma A ministra-chefe
da Casa Civil, Dilma Roussef, disse ontem que o licenciamento ambiental
da hidrelétrica do Rio Madeira deve sair em breve. "O Ministério do Meio
Ambiente deu sinalização de que a questão estava sendo encaminhada nos
próximos dias. Temos no Brasil a possibilidade de um encontro virtuoso
entre os requisitos ambientais e os energéticos. Acredito que o licenciamento
do Madeira irá sair", afirmou. Questionada sobre afirmações recentes da
ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, de que não teria prazo para avaliar
o projeto, Dilma Roussef disse que não cabia a ela intervir sobre as decisões
da ministra. (Valor Econômico - 06.06.2007) 2 Marina diz que ainda não há prazo para decisão sobre Rio Madeira A ministra
do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que, apesar de o ministério estar
trabalhando com urgência no processo de licenciamento referente à instalação
das hidrelétricas do Rio Madeira (Santo Antônio e Jirau), ainda não há
um prazo definido para a decisão sobre a viabilidade ambiental. No entanto,
o presidente da República em exercício, José Alencar, avaliou que as licenças
ambientais para as usinas serão liberadas ainda este mês. Alencar informou
que a ministra não estipulou uma data. "Eu acredito, mas ela não pode
falar, porque ela é muito cuidadosa", disse aos jornalistas. "Essas duas
usinas vão sair em tempo. É verdade que a licença ambiental respeita determinados
dispositivos legais. A ministra Marina tem feito tudo para que isso saia
o mais rápido possível." (Agência Brasil - 05.06.2007) 3 Consórcio toma medidas para acelerar a liberação no Rio Madeira Para acelerar
a liberação da licença que permite o prosseguimento do projeto das hidrelétricas
de projetadas para o Rio Madeira, o consórcio formado pela estatal do
setor elétrico Furnas e pela empreiteira Odebrecht concordou em retirar
do projeto uma mureta de contenção que impediria detritos como galhos
e pedras de passarem pelas 44 turbinas da usina de Santo Antônio. A decisão
consta da última rodada de esclarecimentos enviada ao Ibama. Segundo o
relatório do consultor, a ensecadeira (denominação técnica da mureta)
poderia reter a terra carregada pelas águas, o que poderia acarretar o
assoreamento próximo às barragens e agravar a inundação provocada pelas
hidrelétricas com o passar dos anos. Em parecer técnico divulgado no final
de abril, o Ibama também manifestou preocupação quanto à possibilidade
de a mureta tornar irreais as projeções da área a ser alagada. Em relação
à subida dos peixes para a reprodução, outra preocupação manifestada pelo
Ibama, o consórcio afirma que a construção de canais laterais ao lado
das barragens, imitando as corredeiras do Rio Madeira, resolverão boa
parte do problema. (APMPE - 05.06.2007) 4
Aneel aprova alteração no cálculo da Tust-G 5 BNDES: R$ 200 mi para estimular negociação de créditos de carbono O presidente
do BNDES, Luciano Coutinho, lançou nesta terça-feira, dia 5, o Programa
BNDES Desenvolvimento Limpo, que prevê a criação de fundos mútuos fechados
de investimento para apoiar projetos capazes de gerar RCEs (documentos
conhecidos como Redução Certificada de Emissões), no âmbito do Mecanismo
de Desenvolvimento Limpo (MDL), do Protocolo de Kyoto. Os RCEs são créditos
de carbono negociados no mercado internacional e estão vinculados a projetos
que adotem tecnologias limpas em detrimento de tecnologias poluentes.
O novo programa, a ser implementado pela BNDESPAR, terá dotação orçamentária
de R$ 200 milhões e prazo de vigência até 31 de dezembro de 2009. A participação
da BNDESPAR ficará limitada a no máximo 40% das cotas dos fundos selecionados.
Esses fundos de participação acionária em empresas que apresentem projetos
MDL poderão aumentar a atratividade econômica de atividades como a geração
de energia elétrica, a produção de suínos, aterros sanitários e de projetos
com foco na eficiência energética. O Programa BNDES Desenvolvimento Limpo
foi estruturado pelo Departamento de Meio Ambiente em conjunto com a Área
de Mercado de Capitais do Banco. (BNDES - 05.06.2007) 6 Especialistas comparam medidas de eficiência energética no Brasil e nos EUA Brasil e
Estados Unidos têm muito a avançar em matéria de eficiência energética.
Apesar de terem programas conceituados, o Programa Nacional de Conservação
de Energia Elétrica (Procel) e o Energy Star, as políticas para o segmento
foram consideradas tímidas por dois especialistas ouvidos pela Agência
CanalEnergia. O professor de política energética da Coordenação de Pós-gradução
de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ),
Roberto Schaeffer, e o diretor-executivo do Southwest Energy Efficiency
Project (Sweep), Howard Geller, fizeram um comparativo entre as tendências
na área em ambos os países. Para Schaeffer, a política brasileira peca
pela falta de continuidade. O especialista acredita que houve um afrouxamento
na questão da eficientização após o racionamento para se permitir a retomada
do consumo no país. Ele afirma que a única menção à eficiência energética
no Plano Nacional Energia 2030, atualmente em elaboração pela Empresa
de Pesquisa Energética, é como eficiência autônoma, ou seja, aquela promovida
pelos avanços tecnológicos. Howard Geller, que já assessorou o Procel,
diz que a situação dos Estados Unidos é muito similar à brasileira. Para
o especialista norte-americano, os EUA precisam de mais políticas apoiando
a eficiência energética com mais incentivos, educação e regulamentos mais
rígidos. (Agência Canal Energia - 05.06.2007) 7 Seminário dinâmica da matriz energética brasileira A Anace (Associação Nacional dos Consumidores de Energia) convida para o seminário Dinâmica da Matriz Energética Brasileira, a ser realizado no dia 14 de junho, no Novotel São Paulo Ibirapuera - São Paulo. O evento reunirá especialistas no setor e deputados federais para discutir a atual situação da energia no país e avaliar os principais impactos para os consumidores de gás e energia elétrica. Leilões de energia elétrica, impostos e encargos, infra-estrutura, regulação e racionamento de gás serão alguns dos temas abordados durante o seminário. Mais informações no telefone (11) 3323-1565. (Anace - 05.06.2007) 8
Curtas
Empresas O TCU multou
em R$ 2 mil, individualmente, os responsáveis pela licitação da Eletronorte
para expandir o sistema de transmissão de energia elétrica do Mato Grosso.
A subsidiária da Eletrobrás ainda pode recorrer da decisão. As obras têm
o objetivo de suprir a demanda de energia no estado e no País. De acordo
com relatório do Tribunal, houve falta de detalhamento na composição do
Bônus de Despesas Indiretas (BDI) e ausência da planilha orçamentária
de quantitativos e preços unitários. (Brasil Energia - 05.06.2007) A CER poderá cancelar o contrato vigente com o Programa Luz para Todos, que prevê o repasse de R$ 24 milhões para atender a demanda no estado. A proposta de interrupção do contrato foi sugerida pelo MME, já que o valor orçado em 2004 está defasado e não seria suficiente para atender as zonas rurais. A empresa não conseguirá cumprir a meta do programa com os recursos, já que o planejamento foi baseado em um estudo que considerava a interiorização da rede como concluída. A proposta apresentada pelo ministério seria atender as famílias em dois contratos: cada um contemplando 3.500 famílias. (Brasil Energia - 05.06.2007) 3 Bandeirante investirá no Luz Para Todos A distribuidora
Bandeirante Energia, até o fim deste ano investirá R$ 7,5 milhões para
desenvolver mais uma etapa do programa Luz Para Todos. O objetivo é atender
2 mil interessados, a grande maioria no meio rural, em obter ligações
de energia elétrica para suas moradias. A concessionária garante que,
entre 2004 e 2006, alocou um total de R$ 18 milhões no cumprimento do
programa coordenado pelo governo federal por meio da Eletrobrás. (Brasil
Energia - 05.06.2007) 4
Aneel aprova programa de eficiência de distribuidoras 5 Ceam aplicará R$ 542 mil em P&D A Ceam vai
investir R$ 542.3 mil no ciclo 2005/2006 do programa de P&D, segundo despacho
da Aneel publicado no DOU. A empresa começará o ciclo em 5 de agosto deste
ano com conclusão prevista para 4 de agosto de 2008. (Agência Canal Energia
- 05.06.2007) 6 Cemig inicia processo de repotencialização de PCHs A Cemig
iniciou o processo de repotencialização de 36 PCHs. A intenção é aumentar
a geração de energia através da substituição de turbinas e reformas nas
usinas. A companhia já tem os estudos energéticos de quatro PCHs prontos
e começou a produção dos estudos de viabilidade econômica. O objetivo
é saber o custo de aumentar em média em 12 MW a potência dessas usinas.
A expectativa é concluir as primeiras quatro usinas nos próximos dois
anos. Se a repontencialização se provar viável, a empresa pedirá autorização
da Aneel para aumentar a potência das usinas. Os estudos energéticos e
de viabilidade econômica das quatro primeiras PCHs têm custo estimado
de R$ 300 mil. (Agência Canal Energia - 05.06.2007) 7 Aneel propõe a caducidade da concessão da CEA A diretoria
colegiada da Aneel decidiu propor ao MME a caducidade da concessão outorgada
à CEA. A Agência concedeu prazo de 15 dias para manifestações da empresa.
(Aneel - 05.06.2007) 8 Copel investirá R$ 520 mi em PCH A Copel pretende construir pelo menos dez PCHs no estado até 2010, numa soma total de geração de energia de 260 MW. A informação é do presidente da empresa, Rubens Ghilardi. O investimento total nos projetos deverá se aproximar do R$ 520 milhões. Em muitos destes projetos a Copel terá de associar-se a empresas como a Brascan, J.Malucelli e a Foz do Chopin Energia porque estas se adiantaram a Copel no pedido de outorga de autorização a Aneel. Das 10 PCHs que interessam a estatal paranaense, apenas uma pertence completamente à companhia. (Gazeta Mercantil - 06.06.2007) 9 Celesc promove Jornada Jurídica A Celesc promove, com o apoio do Instituto Abradee, a Jornada Jurídica de Direito de Energia em Florianópolis, nos dias 22 e 23 de junho, no Jurerê Beach Village. A jornada discutirá temas de interesse do poder concedente, das concessionárias, dos tribunais, dos advogados e dos grandes consumidores. O fornecimento de energia elétrica gera uma quantidade muito grande de processos judiciais. As inscrições para o evento serão feitas apenas pela internet (www.praxis.srv.br). Outras informações podem ser obtidas pelo fone (48) 30285154. (Celesc - 04.06.2007) No pregão
do dia 05-06-2007, o IBOVESPA fechou a 53.162,21 pontos, representando
uma baixa de 0,15% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
4,05 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização
de 0,73% fechando a 17.063,76 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o
seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 51,90 ON e R$ 50,00 PNB,
baixa de 0,40% e 0,50%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão
do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 06-06-2007 as ações da Eletrobrás
foram cotadas a R$ 50,84 as ações ON, baixa de 2,04% em relação ao dia
anterior e R$ 49,95 as ações PNB, baixa de 0,10% em relação ao dia anterior.
(Investshop - 06.06.2007)
Leilões 1 Leilão de Fontes Alternativas: empresas habilitadas devem ser divulgadas dia 11 O governo
federal deve divulgar no dia 11 de junho a lista de empresas habilitadas
a participar do leilão de energia alternativa para entrega em 2010. O
leilão está marcado para o dia 18. Segundo o presidente da EPE, Maurício
Tolmasquim, essa será a última chance para as usinas venderem a produção.
"Se não venderem agora, essa energia passará a ser considerada velha",
disse Tolmasquim. A conseqüência será a redução de preços dessa eletricidade
num leilão futuro. (O Estado de São Paulo - 06.06.2007) 2 Tolmasquim: contratação para 2010 está praticamente concluída O presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, afirmou que a contratação da eletricidade para 2010 está praticamente concluída. Segundo ele, "'Já foram contratados cerca de 99% da demanda. Os volumes para 2011 e 2012 já estão quase todos contratados". A situação, diz Tolmasquim, dá tranqüilidade em relação aos riscos de falta de energia até 2012. A EPE trabalha com a perspectiva de ter ainda as capacidades das usinas Jirau ou Santo Antonio (complexo do Rio Madeira) negociadas em leilão para entrega em 2012 que ocorrerá neste ano. (O Estado de São Paulo - 06.06.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 85,4% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 85,4%, sem
apresentar alteração significativa em relação à medição do dia 3 de junho.
A usina de Furnas atinge 98,7% de volume de capacidade. (ONS - 04.06.2007)
2 Sul: nível dos reservatórios está em 91,4% O nível de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,1% no nível de armazenamento em relação à medição do dia 3 de junho, com 91,4% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 99% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 04.06.2007) 3 NE apresenta 89,9% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,1% em relação à medição do dia 3 de junho, o Nordeste está
com 89,9% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 89,4% de volume de capacidade. (ONS - 04.06.2007) 4 Norte tem 98,7% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 98,7% sem variação em relação
à medição do dia 3 de junho. A usina de Tucuruí opera com 98,6% do volume
de armazenamento. (ONS - 04.06.2007)
Gás e Termoelétricas 1 Tolmasquim: Brasil enfrenta escassez de gás até 2008 O Brasil enfrentará escassez de gás natural este ano e no próximo à medida que a demanda superar a oferta do produto, disse ontem Maurício Tolmasquim, presidente da EPEdo Brasil.Os problemas de fornecimento registrados no Brasil começarão a diminuir no final de 2008, segundo Tolmasquim. As empresas terão de utilizar substitutos como o óleo diesel durante os períodos de escassez de gás, disse ontem em evento em São Paulo. (Gazeta Mercantil - 06.06.2007) 2 Bolívia e MT não chegam a acerto sobre gás O governo
boliviano recuou mais uma vez e não aceitou assinar ontem um novo acordo
de fornecimento de gás natural à empresa Pantanal Energia, que opera a
termelétrica Governador Mário Covas, em Cuiabá, e é responsável por 70%
da energia produzida em Mato Grosso. O novo impasse preocupa o MME, que
informou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva do problema. Durante uma
reunião ontem em Santa Cruz, o lado boliviano disse que agora aceita assinar
um acordo provisório. Pela nova proposta de La Paz, o fornecimento de
cerca de 1,5 milhão de metros cúbicos diários de gás não ficaria assegurado
de forma contínua. Isto é, poderia ser interrompido por vários dias sem
que houvesse punição para a estatal boliviana YPFB. A proposta foi recusada
pela Pantanal Energia, que se negou a assinar o contrato provisório sem
que exista uma garantia de fornecimento contínuo do combustível. O acordo
original, assinado em 2002, era válido até 2019, mas foi revisto por determinação
do presidente da Bolívia, Evo Morales. (Folha de São Paulo - 06.06.2007)
A EPE prepara
uma proposta para conectar ao Sistema Interligado Nacional térmicas a
biomassa e PCHs sem linhas de transmissão, através da construção de Estações
Coletoras. As estações seriam leiloadas nos leilões de linhas de transmissão,
o que seria um investimento a mais a ser feito pelos empreendedores que
arrematarem um lote. O projeto foi anunciado pelo presidente do órgão,
Maurício Tolmasquim. A proposta da EPE prevê a construção das estações
próximas às usinas, utilizando linhas de transmissão próximas para que
a energia não passe pelo sistema das distribuidoras, sendo diretamente
despachada para a rede básica. O estudo avalia que estas unidades não
atraem o empreendedor a construir a linha de transmissão devido ao ônus
do projeto, já que não seria remunerado pela tarifa de energia. (Brasil
Energia - 05.06.2007) 4 Ministro confirma decisão política de retomar Angra O ministro
da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, disse ontem que a decisão pela
retomada da construção da usina nuclear de Angra 3 será formalizada ao
final deste mês, na reunião da Comissão Nacional de Política Energética
(CNPE), prevista para o dia 25. Segundo ele, a decisão política já está
tomada, "só falta formalizar". As obras de Angra 3 estão paradas há cerca
de 20 anos. "O caminho a partir dessa decisão será muito amplo. Com ela
e com os estudos que estão sendo feitos para construção de mais um conjunto
de usinas no País teremos um enorme campo pela frente. Isso representa
grandes desafios para todo o sistema nuclear. Teremos mais disposição
e energia", disse o ministro, durante a posse do presidente das Indústrias
Nucleares do Brasil (INB), o engenheiro mecânico Alfredo Tranjan Filho.
A idéia, de acordo com o ministro, é começar com usinas de grande porte,
aliando a tecnologia nacional aos parceiros estrangeiros. "A partir da
terceira ou da quarta usina, queremos usar apenas tecnologia brasileira".
(Agência Brasil - 06.06.2007) 5 Lula quer logo acordo que inclua tema nuclear com alemanha Não é só de biocombustível que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falará durante sua estada na Alemanha, onde chegou ontem à noite. A energia nuclear estará na agenda de seu encontro bilateral com a premiê alemã, Angela Merkel, nesta sexta. A discussão ganha mais importância porque entrou na fase decisiva a negociação de um acordo bilateral de cooperação energética, que inclui a reestruturação do acordo nuclear de 1975. O Brasil apresentou sua proposta de entendimento no mês passado e agora aguarda a resposta do governo alemão. Para o Brasil, o entendimento deve cobrir todos os campos de energia: hidráulica, eólica, solar, geotérmica, das marés, biocombustível (etanol, biodiesel e a segunda geração do combustível de biomassa), petróleo e gás, carvão, nuclear e hidrogênio. (Valor Econômico - 06.06.2007) 6 Índia e Brasil vão discutir uso de tecnologia nuclear O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse ontem que o Brasil e a Índia iniciaram discussão na visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para "cooperação futura na área nuclear". Ele afirmou que uma delegação da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear, do Brasil) visitará a Índia neste ano. Segundo o ministro Amorim, inicialmente haverá parceria para uso da tecnologia nuclear com finalidade medicinal. "Energia elétrica para o futuro não é de se excluir." Afirmou que, quando se discute "uma matriz energética limpa, a nuclear não pode ficar de fora". Lula e o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, debateram a tensão no Oriente Médio. (Folha de São Paulo - 06.06.2007) 7 Angra 1 ficará desligada até 7 de julho A usina nuclear Angra 1, no Rio, foi desconectada do sistema elétrico brasileiro no último sábado para reabastecimento. A previsão é de que retorne somente no dia 7 de julho, informou a Eletronuclear. Foi a 15ª parada para troca de combustível da unidade desde 1985, quando entrou em atividade. A usina Angra 1 tem capacidade para gerar 657 megawatts, metade do gerado por Angra 2 (1350 megawatts), que continua operando normalmente. "Cerca de um terço do combustível (urânio) será substituído e diversas manutenções serão realizadas. Durante o período, as obras de preparação para a troca dos geradores de vapor serão iniciadas", informou a estatal. (Gazeta Mercantil - 06.06.2007)
Grandes Consumidores 1 Carbocloro investe R$ 250 milhões no país Durante
alguns anos a Carbocloro se perguntou se era o momento de pisar no acelerador
no Brasil. Grande fabricante de cloro e soda cáustica no país, usada tanto
na siderurgia como na química, a empresa sempre teve dúvidas se o mercado
nacional absorveria uma ampliação de sua capacidade. "Nossa exportação
não supera os 5% do nosso faturamento, portanto incrementar a produção
significaria vender mais localmente", conta Mario Cilento, vice-presidente
da companhia. Mas com a solidificação da economia brasileira e seu conseqüente
aquecimento, a empresa, que é controlada pela brasileira Unipar (50%)
e pela americana Occidental Chemical (50%), resolveu tirar o projeto da
gaveta. E anuncia investimentos de R$ 250 milhões, que vão aumentar a
produção de sua única fábrica no país, instalada em Cubatão (SP), das
atuais 235 mil toneladas para 335 mil toneladas por ano de cloro. Cada
tonelada de cloro gera 1,12 tonelada de soda cáustica. (Valor Econômico
- 06.06.2007) 2 Vale paga Inco antes do previsto O faturamento
da mineradora Inco, que hoje integra a Vale do Rio Doce, disparou, puxado
pela rápida valorização do níquel no mercado internacional - o produto
subiu mais de 50% desde outubro do ano passado, quando foi anunciada a
compra da mineradora canadense pelo grupo brasileiro. A tonelada do produto
passou de US$ 32,7 mil em outubro para US$ 50,2 mil em abril. O resultado
é que, pelas projeções de mercado, a compra, um meganegócio de US$ 18
bilhões, estará equacionada em prazo inferior a três anos, como inicialmente
previsto pelas projeções de fluxo de caixa. Será algo mais próximo a 2008,
dois anos depois. "A Inco está se pagando com sua própria receita", comemora
uma fonte ligada ao grupo controlador da Vale. (O Estado de São Paulo
- 06.06.2007) 3 Vale vende duas unidades de ligas por US$23 mi A Companhia
Vale do Rio Doce vendeu por 23 milhões de dólares as unidades de liga
de cálcio silício (CaSi), localizada em São João Del Rei, no Estado de
Minas Gerais, e de ligas especiais ("cored wire"), localizada em Dunkerque,
França. As duas unidades de ligas, que são utilizadas na fabricação do
aço, foram compradas pelo Wellgate, um fundo de private equity com sede
na Suíça, informou a Vale em nota na noite de terça-feira. Em 2006, as
duas unidades produziram 23 mil toneladas de CaSi e 11 mil toneladas de
"cored wire", respectivamente. "Estes desinvestimentos são consistentes
com a diretriz estratégica da CVRD para o negócio de manganês, concentrando
seus esforços na produção do minério e de ligas de manganês", explicou
a mineradora na nota. (Reuteurs - 06.06.2007) 4 Usiminas importa aço para atender clientes Fornecimento
a projetos de distribuição de gás elevou a demanda da companhia. O sistema
Usiminas, formado por esta siderúrgica mineira e pela Cosipa, sua subsidiária
paulista, informou ontem, por meio de nota oficial que desde o primeiro
trimestre decidiu importar chapas grossas de aço para atender à demanda
de seus clientes do mercado interno, ao mesmo tempo que reduziu significativamente
os volumes de exportação. A produção desse tipo de aço é de cerca de 1,9
milhões de toneladas ao ano, das quais 90% são destinadas no momento ao
mercado interno, ante cerca de 73% no ano passado. Segundo o documento,
a ação combinada de redução de exportações com o início de importações
foi necessária face ao grande aumento de demanda verificada a partir de
outubro de 2006 com a segunda etapa do projeto Gasene, da Petrobras, que
interliga as regiões Sudeste e Nordeste. A estatal também intensificou
as obras de dois projetos de magnitude na Argentina, um da Transportadora
de Gás do Norte (TGN) e outro da Transportadora de Gas do Sul (TGS). (Gazeta
Mercantil - 06.06.2007) 5 Gerdau reajusta preços no País e exterior O grupo
siderúrgico Gerdau vê neste segundo trimestre uma reversão da baixa ocorrida
em suas margens durante 2006, principalmente no quarto trimestre. A empresa
começou a fazer reajustes de preços abaixo de 10% para o mercado interno
e acima deste percentual nos contratos de exportação. Para o presidente
e CEO da empresa, André Gerdau Johannpeter, os repasses serão responsáveis
pela melhoria nas margens durante o segundo trimestre. "O mais importante
para reforçar as margens são os reajustes de contratos de exportação.
Eles seguem os reajustes no mercado internacional e foram negociados entre
janeiro e março. Estamos entregando agora", disse o executivo. (Gazeta
Mercantil - 06.06.2007) 6 Votorantim vai produzir cimento em Tocantins A Votorantim
Cimentos assinou ontem contrato com o governo do estado do Tocantins,
por meio da Companhia de Mineração do Tocantins (Mineratins), de cessão
de direitos minerários da jazida de Xambioá. A iniciativa viabilizará
a implantação de uma fábrica de cimentos na cidade, localizada no norte
do estado. O novo complexo industrial explorará esta jazida que pertencia
à Mineratins - e foi passada a empresa por meio de um processo licitatório
- e outras duas na mesma região que já eram de posse da Votorantim, mas
não justificavam investimentos em virtude do tamanho. A nova fábrica receberá
aporte de cerca de R$ 180 milhões, terá capacidade de produção de 850
mil toneladas por ano e expectativa de vida útil de 60 anos. O presidente
da Votorantim Cimentos, Walter Schalka, afirmou durante a cerimônia de
assinatura do contrato, realizada ontem, em Palmas, que espera iniciar
as atividades da nova unidade em no máximo 18 meses. No entanto, a unidade
só deve atingir capacidade total em dois anos. (Gazeta Mercantil - 06.06.2007)
Economia Brasileira 1 BNDES financiará R$ 40 bi em 99 projetos do PAC A carteira do BNDES acumula 99 projetos do PAC, anunciado em janeiro pelo governo federal. "E vamos ter mais outros tantos chegando", afirmou hoje (5) o presidente da instituição, Luciano Coutinho. A participação nesses projetos alcança R$ 40 bilhões e o BNDES está integrado operacionalmente em sete das 11 salas de discussão do PAC na Casa Civil da Presidência da República, acrescentou. Coutinho assegurou que os investimentos em infra-estrutura estão sendo realizados e com isso rebateu crítica de que o programa de Parcerias Público-Privadas (PPP) ainda não teria deslanchado da maneira desejada. Exigências de natureza jurídica, em especial, segundo ele, impediram que a meta do governo federal já estivesse atingida. "Trata-se de um processo complexo, mas estamos chegando ao fim e é possível que as PPP deslanchem agora", disse. (DCI - 05.06.2007) 2 Exportações do agronegócio devem crescer 12,24% no ano O agronegócio brasileiro deverá continuar batendo recordes este ano. A expectativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) é de que as exportações do setor alcancem US$ 55 bilhões este ano. O desempenho será um crescimento de 12,24% em comparação aos US$ 49 bilhões exportados no ano passado e um novo recorde para o setor. "O setor continuará batendo recordes, embora o ritmo de crescimento seja menor", disse Antônio Donizete Beraldo, assessor técnico do Departamento de Comércio Exterior da CNA. (Jornal do Commercio - 06.06.2007) 3
Máquinas e construção puxam investimento 4 Otimista, mercado prevê boom econômico O ano ainda
não chegou à metade e os cenários imaginados para 2007 por economistas,
consultorias e instituições financeiras já foram substituídos por versões
mais otimistas. O que era bom ficou melhor. Tanto que um crescimento de
5% do PIB, sempre desejado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva,já
não é descartado tão peremptoriamente quanto no passado recente. Entre
as instituições com maior índice de acerto nas previsões, premiadas no
ranking da Agência Estado de Projeções, as perspectivas são bastante otimistas.
José Marcio Camargo, da Tendência Consultoria Integrada, vencedora do
Ranking AE Projeções de 2006 (Top 10 Geral), destaca duas surpresas deste
primeiro semestre de 2007: os preços das commodities e os prêmios de risco.
(O Estado de São Paulo - 06.06.2007) O resultado
da produção industrial de abril, que caiu 0,1% ante março (em termos dessazonalizados),
reforçou o otimismo da corrente de mercado que espera que o Copom corte
a Selic, a taxa de juros básica, em 0,5 p.p. na reunião que termina hoje.
Com isso, ela iria de 12,5 para 12%. 'O resultado sinaliza que a recuperação
da atividade ainda acontece de forma moderada', disse ontem o economista-chefe
da Votorantim Asset Management, Fernando Fix, à Broadcast, serviço da
Agência Estado. Na comparação com abril do ano passado, a produção industrial
cresceu 6%, mas tanto num critério como no outro o resultado ficou aquém
da média das expectativas de mercado. Em levantamento da Agência Estado
realizado na sexta-feira com 60 instituições, 44 projetaram um corte de
0,5 ponto na Selic; 16 apostam em 0,25. (O Estado de São Paulo - 06.06.2007)
6 IPCA sobe mais que esperado, mas variação ainda é baixa A inflação "oficial" do país subiu mais que o esperado em maio, mas ainda segue um ritmo moderado de variação, sem indicativos de comprometimento da meta fixada pelo governo. O IPCA subiu 0,28% no mês passado, uma leve aceleração frente ao avanço de 0,25% apurado em abril, informou o IBGE nesta quarta-feira. (Reuteurs - 06.06.2007) 7
Preços sobem 0,16%, mas IGP-DI mostra estabilidade 8 INPC mantém alta de 0,26%, aponta IBGE O INPC apresentou
alta de 0,26% em maio, mesmo resultado de abril. A taxa acumulada no ano
está em 1,88%, acima da do registrado em igual período de 2006 (1,13%).
Em maio de 2006, o índice havia sido de 0,13%. Os índice foi divulgado
nesta manhã pelo IBGE. Nos últimos 12 meses, o INPC acumula expansão de
3,57%, também acima do resultado de 3,44% relativo aos 12 meses imediatamente
anteriores. (InvestNews - 06.06.2007) 9 Câmbio leva BNDES a dar ajuda emergencial O BNDES
vai socorrer as empresas afetadas pela valorização do real em relação
ao dólar dentro do pacote de medidas a ser lançado pelo Ministério da
Fazenda. "A filosofia das medidas é dar um suporte emergencial aos setores,
mas com uma diretriz importante de estímulo à reestruturação", disse o
presidente do banco de fomento, Luciano Coutinho. A ajuda virá em forma
de concessão de crédito com condições mais favoráveis, incluindo o financiamento
às exportações das empresas. O dólar barato tem afetado diversos segmentos
exportadores do país, como calçados e vestuário, intensivos em mão-de-obra.
A valorização cambial tem ainda causado a redução das vendas da indústria
nacional voltada ao mercado interno devido à concorrência com os produtos
importados. O apoio financeiro do BNDES deverá ser acompanhado pela modernização
e implementação de inovações tecnológicas, com o objetivo de tornar as
empresas mais competitivas em relação aos concorrentes externos. (Valor
Econômico - 06.06.2007) O dólar
comercial abriu as operações valorizado em relação à jornada anterior,
a R$ 1,9570. Em 50 minutos de atividades, a moeda era negociada a R$ 1,9500
na compra e a R$ 1,9520 na venda, com elevação de 0,25%. Ontem, o dólar
comercial aumentou 0,98%, a R$ 1,9450 na compra e R$ 1,9470 na venda.
O giro interbancário (D+2) somou aproximadamente US$ 4,8 bilhões, de acordo
com dados do mercado. (Valor Online - 06.06.2007)
Internacional 1 Sem chuvas, Chile pode ter de racionar energia em 2008 O Chile
pode ter de enfrentar um racionamento de energia no ano que vem por causa
do regime de chuvas abaixo do normal, que afeta a geração de energia hidrelétrica,
e por causa da diminuição do fornecimento de gás natural vindo da Argentina,
segundo previsão foi feita pelo banco de investimentos americano Bear
Stearns. Analistas dizem que isso pode representar um freio de mão para
toda a economia chilena. E a falta de alternativas de curto prazo pode
levar o Chile a fazer concessões importantes à Bolívia, para superar a
oposição pública boliviana a uma eventual exportação de gás ao país vizinho.
(Valor Econômico - 06.06.2007) 2 Repsol põe à venda 45% da filial argentina YPF A Repsol
anunciou que está analisando a venda de 45% de sua filial argentina, a
YPF, privatizada nos anos 90 e comprada pela multinacional espanhola na
virada do século. Desse total, 25% seriam vendidos diretamente a empresas
instaladas na Argentina e os outros 20%, colocados na Bolsa de Valores.
Segundo um comunicado enviado às Bolsas de Madri e Buenos Aires, o processo
está em fase de 'estudo e análise'. Do total faturado anualmente pela
Repsol (mais de US$ 7 bilhões), a YPF é responsável por 60%. No entanto,
a Repsol fica com apenas 35% do lucro da YPF. Atualmente, 99,5% das ações
da YPF são controladas pela Repsol. Apenas 0,4% estão na bolsa, enquanto
que 0,1% pertece ao Estado argentino que, com a denominada 'ação de ouro',
pode bloquear decisões estratégicas. (O Estado de São Paulo - 06.06.2007)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO |
|