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IFE: nº 2.047 - 31 de maio de 2007
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
CCJ aprova mudança na Lei de Licitações
2 Interinidade no comando de estatais
3 Associação dos Servidores do Ibama diz que burocracia deve aumentar
4 Usinas no Rio Madeira têm dia decisivo
5 Setor perde R$ 1 bi com furtos
6 Problemática da produção de energia no Brasil é discutida em livro
7 Curtas

Empresas
1 Energias do Brasil avalia potencial eólico
2 Consórcio desvia rio para construção de barragem de Corumbá III
3 Endesa: mais uma usina modernizada
4 Cotações da Eletrobrás

Leilões
1 Leilão de Fontes Alternativas: EPE revisa CMO
2 Leilão de energia nova: EPE disponibiliza CMO
3 Leilão de energia nova: MME aprova sistemática de leilões

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 85,6%
2 Sul: nível dos reservatórios está em 90,6%
3 NE apresenta 91,6% de capacidade armazenada

4 Norte tem 98,9% da capacidade de armazenamento

Gás e Termelétricas
1 Produção de gás vai retomar crescimento
2 Falta de gás pára Uruguaiana

Grandes Consumidores
1 Minério de ferro deve ter novo reajuste em 2008
2 CSA é base para expansão da Thyssen
3 Governo prepara abertura de terras indígenas à mineração
4 Paranapanema paga R$ 1,4 milhão para tribo no Amazonas
5 Dono do grupo Tata vem ao Brasil para ampliar negócios
6 Grupo Votorantim anuncia expansão em duas unidades
7 CBA iniciará a produção de bauxita em Miraí em 2007

Economia Brasileira
1 Senado aprova uso do FGTS em obras
2 Produtividade cresce 3% no 1º trimestre

3 Salário não é elevado junto com a produtividade
4 Emprego industrial reage ao aquecimento da economia
5 Desemprego sobe para 16,9% em seis regiões
6 Mercado prevê corte de 0,50 nos juros
7 Capacidade instalada atual permite corte maior da Selic
8 Inflação atinge níveis internacionais
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Gazprom e Mol reavaliam acordo
2 Massachusetts, planeja criar centro mundial de energia renovável

Biblioteca Virtual do SEE
1 MME. Portaria no 91. Brasília, 29 de maio de 2007.

Regulação e Reestruturação do Setor

1 CCJ aprova mudança na Lei de Licitações

A Comissão de Constituição de Justiça do Senado aprovou, ontem, o relatório do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) sobre projeto que altera a Lei de Licitações. Várias modificações foram feitas em relação ao texto aprovado pela Câmara dos Deputados. Se a versão dada pelos senadores da CCJ prevalecer até a aprovação final do projeto, a administração pública ficará proibida de licitar obras sem obter previamente a respectiva licença ambiental, quando cabível. A obrigatoriedade explícita de licença ambiental prévia foi incluída pelo relator ao acolher emenda do senador Heráclito Fortes (DEM-PI). Segundo Heráclito, a publicação de editais de licitação sem a observação prévia desse requisito "tem sido causa de grande número de irregularidades nas obras do país e, por esse motivo, são justamente impugnadas pelo Ministério Público e órgãos de controle". O texto segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Se aprovado, segue direto para o Senado, sem a necessidade de ser votado em plenário. (Valor Econômico - 31.05.2007)

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2 Interinidade no comando de estatais

O Planalto está há uma semana para dizer quem é o substituto definitivo do ministro Silas Rondeau - o nome mais cotado é o de Márcio Zimmermann, atual secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético da pasta. Mas os investidores do setor elétrico convivem, ainda há mais tempo, com outros interinos em postos tão importantes quanto o do ministro. Estão nesse limbo da interinidade pelo menos três importantes cargos do sistema Eletrobrás. A indefinição mais importante envolve a própria presidência da holding estatal. O peemedebista Aloísio Vasconcelos deixou o comando da empresa em janeiro. E, desde então, o comando da Eletrobrás vem sendo exercido interinamente pelo diretor de engenharia do grupo, Valter Cardeal. Também na Eletrobrás, a vaga de diretor financeiro e de Relações com Investidores está aberta desde o fim de março, quando José Drumond Saraiva deixou o posto. Quem vem ocupando interinamente o cargo é Luiz Augusto Figueira, funcionário de carreira da estatal. (O Estado de São Paulo - 31.05.2007)

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3 Associação dos Servidores do Ibama diz que burocracia deve aumentar

A divisão do Ibama proposta pela Medida Provisória nº 366 e os Decretos nº 6.099, 6.100 e 6.101/07 pode aumentar a burocracia e atrasar o licenciamento ambiental de projetos de infra-estrutura, já que os processos terão que ser analisados tanto pelo Ibama quanto pelo recém criado Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Esta é uma das conclusões de um estudo elaborado pela Associação dos Servidores do Ibama (Asibama), que está sendo encaminhado a parlamentares de diversos partidos. De acordo com o estudo, diferentes áreas do órgão ambiental participam das análises para emissão de licenças para empreendimentos de infra-estrutura. (Brasil Energia - 30.05.2007)

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4 Usinas no Rio Madeira têm dia decisivo

Após mais de quatro anos de polêmica - contado apenas o período do governo Lula -, o licenciamento ambiental do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira chega ao Dia D (decisivo). É hoje (31) que expira o prazo citado como final por dois ministros. A exigência é atribuída ao calendário do PAC. A intenção é ter o empreendimento no leilão de energia de 24 de junho. Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau, a não-concessão de licença prévia ao projeto até 31 de maio exigiria a busca por outras fontes. (Agência Brasil - 31.05.2007)

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5 Setor perde R$ 1 bi com furtos

O setor elétrico brasileiro perde R$ 1,2 bilhão por ano com fraudes e furtos de energia. A informação foi dada nesta quarta-feira (30/5) pelo diretor Jurídico da Associação Brasileira de Concessionárias de Energia (ABCE), Luiz Antônio Sanches, durante o II Simpósio Jurídico de Empresas do Setor Elétrico, em Florianópolis. "A redução do furto e da fraude é o pote de ouro para as concessionárias melhorarem seus índices de eficiência, sejam públicas ou privadas, e se capitalizarem em um mercado cativo", disse Sanches. Ele acrescenta que o combate ao furto de energia representa hoje um dos maiores desafios para o setor elétrico. (Brasil Energia - 30.05.2007)

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6 Problemática da produção de energia no Brasil é discutida em livro

Um novo livro lançado pela FASE aborda a problemática da produção de energia no Brasil. "As Novas Energias no Brasil - Dilemas da inclusão social e programas de Governo" é organizado por Célio Berman, professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo e especialista no tema da energia. Berman é também coordenador do Projeto Brasil Sustentável e Democrático da FASE, que produziu a publicação. O livro reúne dois estudos feitos por pesquisadores e pós-graduandos da USP, um sobre a iniciativa de implementar o programa de biodiesel no nosso país, e o outro sobre o Proinfa, programa governamental de incentivo às energias alternativas - energia eólica (dos ventos); pequenas usinas hidrelétricas; e biomassa (resíduos agrícolas, biogás). (GESEL-IE-UFRJ - 31.05.2007)

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7 Curtas

O XIII Simpósio Jurídico da Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica vai debater temas importantes do setor elétrico como a renovação das concessões e a análise da carga tributária que incide sobre o segmento. As palestras acontecem nos dias 20 e 21 de agosto, em Brasília (DF). Inscrições pelo site: http://www.metodoeventos.com.br/xiiisimposio/ Mais informações no telefone: (16) 3979-7098 (Agência Canal Energia - 30.05.2007)

A Aneel liberou para início da operação em teste a primeira unidade geradora da pequena central hidrelétrica Gavião Peixoto. A unidade, de 2.400 kW, está localizada no município de Gavião Peixoto, em São Paulo. A PCH é de responsabilidade da CPFL Geração de Energia. A empresa deverá enviar à Aneel, no prazo de até 60 dias, o relatório final de testes e ensaios, ratificando ou retificando a potência da unidade geradora. (Agência Canal Energia - 30.05.2007)

Quem consome energia elétrica entre 161 até 220 kilowatts/hora (kWh) por mês tem até hoje (31) para entregar às concessionárias a documentação necessária que comprove situação de baixa renda, de modo a continuar a receber os descontos da tarifa social de energia elétrica. (Agência Brasil - 21.05.2007)

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Empresas

1 Energias do Brasil avalia potencial eólico

Com a proximidade da entrada em vigor do Protocolo de Kyoto em 2010, a procura por fontes limpas de energia ganhou relevância em boa parte das companhias de geração. E apesar de a matriz hídrica ainda ser a preferida, a produção de MW a partir da força dos ventos começa a ganhar corpo no mundo. "A Energias do Brasil tem interesse na energia eólica no país. Mas sabemos que o desenvolvimento dessa matriz por aqui é algo de longo prazo e não para os próximos dois ou três anos", afirma António Martins da Costa, o presidente da Energias do Brasil. Segundo o último plano estratégico desenhado pela EDP para suas atividades no mundo, a sua filial no país teria em torno de US$ 1 bilhão para investir em todo tipo de energia no Brasil. Dados da consultoria Camargo-Schubert mostram que o mercado desse tipo de fonte tem crescido ano após ano no mundo. Aesar de a Alemanha manter a primeira posição no ranking mundial dos países produtores, a maior companhia em energia eólica é uma americana. (Valor Econômico - 31.05.2007)

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2 Consórcio desvia rio para construção de barragem de Corumbá III

O Consórcio Corumbá III realizou um desvio no Rio Corumbá para a construção da barragem da hidrelétrica Corumbá III, com a entrada em operação prevista para o final de 2008. A UHE terá um investimento de cerca de R$ 340 milhões. A produção da hidrelétrica, com energia assegurada de 50,9 MW médios, já está contratada com a CEB. (Agência Canal Energia - 30.05.2007)

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3 Endesa: mais uma usina modernizada

A Endesa vai concluir em junho a modernização da unidade 3 da hidrelétrica Cachoeira Dourada, quando a máquina retomará a operação. A revitalização envolve investimentos de R$ 40 milhões. A empresa gastou cerca de R$ 10 milhões na substituição das pás motrizes da turbina. A Endesa pretende concluir até o fim de 2008 a modernização da usina. Com o processo, que prevê a automatização das dez unidades geradoras da hidrelétrica, a empresa reduzirá o tempo de manutenção das turbinas. (Brasil Energia - 30.05.2007)

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4 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 30-05-2007, o IBOVESPA fechou a 52.527,65 pontos, representando uma alta de 1,57% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 4,16 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,23% fechando a 16.899,87 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 52,80 ON e R$ 51,40 PNB, baixa de 0,17% e estável, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 31-05-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 52,85 as ações ON, alta de 0,09% em relação ao dia anterior e R$ 51,70 as ações PNB, estável em relação ao dia anterior. (Investshop - 31.05.2007)

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Leilões

1 Leilão de Fontes Alternativas: EPE revisa CMO

A EPE anunciou, nesta quarta-feira (30/05), a revisão do custo marginal de operação para o leilão de fontes alternativas. Segundo Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, a alteração do CMO se deve ao termo de compromisso assinado entre Petrobras e Aneel sobre disponibilidade do gás e a um pedido de várias associações do setor. "Os agentes pediram para usar o CMO do plano decenal de 2006-2015, já aprovado, do que o 2007-2016, ainda a ser divulgado", explicou o executivo. (Agência Canal Energia - 30.05.2007)

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2 Leilão de energia nova: EPE disponibiliza CMO

A EPE disponibilizou o CMO dos leilões de energia nova A-3 e A-5. O COP/CEC do leilão de energia nova já será calculado com o CMO correspondente ao período de 2006 a 2015, obtido da simulação com o modelo Newave. As duas variáveis são somadas a receita fixa para se chegar ao valor do lance. Para ter acesso aos valores definidos do CMO, clique aqui. (Agência Canal Energia - 30.05.2007)

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3 Leilão de energia nova: MME aprova sistemática de leilões

O MME publicou nesta quarta-feira (30/05) a Portaria Nº 91, que aprova as diretrizes para os Leilões de Energia Proveniente de Novos Empreendimentos de Geração, a serem promovidos pela Aneel. A portaria traz em anexo a sistemática definida para os leilões. Para acessar a íntegra da Portaria Nº. 91, clique aqui. (MME -30.05.2007)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 85,6%

O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 85,6%, não apresentando alteração em relação à medição do dia 27 de maio. A usina de Furnas atinge 98,6% de volume de capacidade. (ONS - 28.05.2007)

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2 Sul: nível dos reservatórios está em 90,6%

O nível de armazenamento na região Sul não apresentou alteração significativa no nível de armazenamento em relação à medição do dia 27 de maio, com 90,6% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 99,2% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 28.05.2007)

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3 NE apresenta 91,6% de capacidade armazenada

Apresentando queda de 2,2% em relação à medição do dia 27 de maio, o Nordeste está com 91,6% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho opera com 91,6% de volume de capacidade. (ONS - 28.05.2007)

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4 Norte tem 98,9% da capacidade de armazenamento

O nível de armazenamento da região Norte está em 98,9% com variação de 0,1% em relação à medição do dia 27 de maio. A usina de Tucuruí opera com 98,6% do volume de armazenamento. (ONS - 28.05.2007)

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Gás e Termoelétricas

1 Produção de gás vai retomar crescimento

Depois de um crescimento médio de 7,5% ao ano, entre 1993 e 2005, a produção interna de gás natural estabilizou-se no ano passado, mas deve recuperar o ritmo de crescimento este ano. O Brasil possui, em descobertas, cerca de 452,8 bilhões de metros cúbicos de gás, dos quais 331 bilhões de metros cúbicos já comprovadas. As reservas de gás brasileiras correspondem a 15% do total de reservas de petróleo e gás do País. "A recente crise com a Bolívia e a possibilidade de faltar gás no curto prazo trouxeram à tona novamente a necessidade de o País reduzir as perdas de gás natural em sua produção", afirma especialista da Universidade Estácio de Sá, Claudio Serra. A Petrobras prevê investimentos de US$ 17,6 bilhões de 2007 a 2010 na cadeia de gás natural para ampliar a produção e o suprimento futuro. A maior parte (US$ 11 bilhões) será voltada para os projetos de E&P, nos quais estão contemplados as plataformas que serão instaladas dentro do Plangás. Outros US$ 6,6 bilhões estão reservados para a área de Gás e Energia, na qual estão incluídos projetos relativos à ampliação da malha de gasodutos. (Jornal do Commercio - 31.05.2007)

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2 Falta de gás pára Uruguaiana

A AES confirmou que a termelétrica Uruguaiana está fora do sistema por falta de gás natural para acionar suas turbinas. Essa situação deverá se manter até setembro. Caso o ONS requisite a operação da usina, será necessário adquirir energia no mercado para atender a demanda. Como os reservatórios brasileiros estão bem abastecidos, a AES lida com a expectativa de que não será necessário acioná-la. A idéia, inclusive, é aproveitar o período para fazer manutenção. (Brasil Energia - 30.05.2007)

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Grandes Consumidores

1 Minério de ferro deve ter novo reajuste em 2008

O preço do minério-de-ferro deve continuar em alta no ano que vem por conta da manutenção da forte demanda pelo insumo em todo o mundo, previu Calum Baker, gerente da área de matérias-primas da consultoria inglesa CRU Strategies, durante o 20º Congresso Brasileiro de Siderurgia, concluído ontem, em São Paulo. Ele não revelou com que estimativa de reajustes trabalha, mas ressaltou que a alta do consumo de aço e os crescentes investimentos em ampliação da capacidade nas usinas siderúrgicas mantêm a pressão de alta. E destacou que nos últimos cinco anos o preço do minério-de-ferro 155%. Para os próximos anos, segundo ele a perspectiva é mais incerta, porque dependerá não apenas da manutenção das altas taxas de crescimento da demanda como também do aumento da produção. (Gazeta Mercantil - 31.05.2007)

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2 CSA é base para expansão da Thyssen

A construção da ThyssenKrupp CSA Cia. Siderúrgica do Atlântico, no Rio de Janeiro, um investimento superior a US$ 3 bilhões, integra a estratégia de crescimento da alemã ThyssenKrupp, para reforçar a sua presença internacional. "O projeto está dentro do cronograma e dos custos previstos", afirmou o membro do Conselho Executivo da Thyssen Krupp Steel AG, Hans-Ulrich Lindenberg. A previsão é de que a unidade, com capacidade de fabricação de 5 milhões de toneladas anuais de semi-acabado (placas), inicie a produção integrada em março de 2009. Segundo o executivo, no momento estão sendo feitas obras de engenharia e também as de construção do porto que irá escoar boa parte da produção da siderúrgica, que terá como prioridade o atendimento às demandas do mercado europeu e americano. (Valor Econômico - 31.05.2007)

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3 Governo prepara abertura de terras indígenas à mineração

O governo pretende permitir a exploração de terras indígenas por empresas mineradoras. Proposta de projeto de lei regulamentando esse uso já foi redigida pelos ministérios da Justiça, das Minas e Energia e pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Na próxima semana, ela será apresentada na primeira reunião da recém-criada Comissão Nacional de Política Indigenista, formada por representantes do governo e por 20 lideranças indígenas. O documento prevê que as empresas pagarão royalties sobre o faturamento para as comunidades indígenas. O argumento do governo é que a regulamentação é necessária para que se estabeleçam regras e controle sobre a exploração das terras indígenas, que hoje ocorre de forma desordenada por garimpeiros, causando grande impacto ambiental e social - e, muitas vezes, provocando conflitos sangrentos. Além disso, o Estado deixa de arrecadar tributos sobre a exploração dos recursos nacionais. Segundo o Serviço Geológico do Brasil, existem hoje 192 garimpos ilegais em terras indígenas. As companhias mineradoras defendem a iniciativa, pois hoje elas só podem explorar terras adjacentes às dos índios. A discussão, contudo, inquieta lideranças indígenas e entidades ligadas a eles. (Valor Econômico - 31.05.2007)

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4 Paranapanema paga R$ 1,4 milhão para tribo no Amazonas

Todos os dias, caminhões da mineradora Paranapanema cruzam os 60 km de estrada de terra que cortam a terras dos índios waimiri-atroari no Estado do Amazonas. São pelo menos três carretas que entram e saem da mina de Pitinga, onde a Mineradora Taboca, subsidiária da Paranapanema, extrai 10 mil toneladas de estanho por ano. A estrada dá acesso a uma rodovia federal, que liga Manaus a Boa Vista e serve de canal para o escoamento do estanho exportado pela empresa para EUA, Europa e para a América do Sul. O passagem pelas terras indígenas tem um custo: 0,5% do faturamento da empresa com a extração do minério. Este ano, o mínimo previsto é de R$ 1,44 milhão, segundo a assessoria de imprensa da empresa. O pagamento é fruto de um acordo com os índios. (Valor Econômico - 31.05.2007)

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5 Dono do grupo Tata vem ao Brasil para ampliar negócios

Como demonstração pessoal do forte interesse em ampliar suas atividades no mercado brasileiro, virá ao país, em setembro, o empresário Ratan Tata. Presidente do segundo maior grupo privado da Índia, ele despertou atenção no Brasil quando ganhou da CSN a disputa pela Corus, em janeiro, e transformou sua Tata Steel na quinta maior siderúrgica do mundo. A visita se destinará a acompanhar diretamente negociações que representantes do grupo Tata mantêm com potenciais sócios brasileiros, em ramos como a siderurgia, indústria alimentícia e setor automobilístico. (Valor Econômico - 31.05.2007)

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6 Grupo Votorantim anuncia expansão em duas unidades

O Grupo Votorantim anunciou ontem dois projetos de expansão: a Votorantim Metais vai dobrar a produção de aço de sua unidade na Colômbia (Acerias Paz del Rio) para 700 mil toneladas em dois anos; e a Votorantim Celulose e Papel redimensionou a meta de produção de celulose de sua unidade no Mato Grosso do Sul, passando de 1 milhão para 1,3 milhão de t por ano. Diretor de Operações Industriais da Votorantim Metais, Albano Vieira afirmou que a empresa poderá importar minério de ferro para ampliar a produção de aço na planta colombiana, da qual comprou participação de 52% em março último. Já a Votorantim Celulose e Papel reviu para cima a capacidade produtiva de sua fábrica em Três Lagoas (MS), que passará a expedir 1,3 milhão de toneladas, valor 30% superior ao estimado no início do projeto. (DCI - 31.05.2007)

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7 CBA iniciará a produção de bauxita em Miraí em 2007

O diretor de Mineração da Companhia Brasileira de Alumínio, Carlos Parisi, disse que a CBA vai iniciar até o fim do ano a produção de bauxita na mina de Miraí (MG). Os aportes previstos são de US$ 150 mi. (DCI - 31.05.2007)

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Economia Brasileira

1 Senado aprova uso do FGTS em obras

O plenário do Senado aprovou na noite de terça-feira a última medida provisória vinculada ao PAC que cria o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) para viabilizar investimentos nos setores de energia, rodoviário, ferroviário, hidroviário, portuário e de saneamento. A matéria deveria seguir para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas ontem ainda aguardava a assinatura do presidente do Senado, Renan Calheiros para que isso ocorresse. O fundo terá aplicação inicial de R$ 5 bilhões, a serem transferidos do patrimônio líquido do FGTS. (Hoje em Dia - 31.05.2007)

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2 Produtividade cresce 3% no 1º trimestre

Iedi mostra que, em 2006, mesmo com menor expansão da produção, o índice cresceu 2,5%. Como rebate às críticas de integrantes do governo de que a indústria brasileira está obsoleta e precisa saber reagir à atual situação do real apreciado frente ao dólar, levantamento divulgado pelo Ied) mostra que, no primeiro trimestre do ano, houve crescimento de 3% na produtividade, com recuperação de 0,8% nas horas pagas e alta de 1,2% no nível do emprego. "Esse ganho pode ser considerado mais saudável porque apresenta a melhora de três elementos concomitantemente: produtividade, horas pagas e trabalho", ressalta o economista-chefe do instituto, Edgard Pereira, complementando que, o aumento de produtividade ocorre pela modernização de equipamentos e ganhos de escala e pode ser atrelado a um ajuste que leve ao aumento ou diminuição da mão-de-obra. (Gazeta Mercantil - 31.05.2007)

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3 Salário não é elevado junto com a produtividade

Se pelo lado do industrial houve um movimento a favor da maior produtividade, a história não foi a mesma para a totalidade dos empregados na indústria. Levantamento do Iedi mostra que, na comparação com a remuneração média real dos trabalhadores industriais, os ganhos de produtividade em geral não são repassados aos salários. "Isso indica que o mercado de trabalho não está tão aquecido a ponto de elevar os salários. Isso também depende do ritmo de atividade", diz o economista-chefe do instituto, Edgard Pereira. (Gazeta Mercantil - 31.05.2007)

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4 Emprego industrial reage ao aquecimento da economia

O aquecimento da atividade econômica a partir do quarto trimestre do ano passado começa a refletir-se no emprego industrial. Empresas como AmBev, Embraer, Siemens e Volkswagen Caminhões e Ônibus, ouvidas pelo Jornal do Commercio, contrataram ou estão com se preparando para contratações, e já começam a enfrentar os primeiros desafios para encontrar mão-de-obra qualificada. O emprego na indústria fechou o primeiro trimestre com alta de 1,2% em relação ao último trimestre do ano passado, segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego do IBGE, que faz o levantamento nas regiões metropolitanas de Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Recife. Em março, as contratações cresceram 0,4% na comparação a fevereiro e 1,7% frente a igual mês de 2006. (Jornal do Commercio - 31.05.2007)

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5 Desemprego sobe para 16,9% em seis regiões

A taxa de desemprego da PEA de seis regiões metropolitanas do País - Distrito Federal, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo - aumentou de 16,6%, em março, para 16,9% em abril. O contigente de desempregados nesse período foi estimado em 3.238 mil, 67 mil a mais do que no mês anterior. Os dados se referem á Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Fundação Seade e do Diesse divulgada ontem. O número de ocupados foi estimado em 15.950 mil pessoas e a PEA em 19.188 mil. (Gazeta Mercantil - 31.05.2007)

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6 Mercado prevê corte de 0,50 nos juros

A apreciação do real inevitavelmente conduzirá a uma inflação menor e, em conseqüência, os juros cairão mais rapidamente, estimou o economista-chefe da Itaú Corretora, Guilherme da Nóbrega. O analista previu que a taxa Selic deve fechar 2007 em 10% e o dólar, no mesmo período, em R$ 1,85. "Com mais cinco encontros [do Copom] programados, esperamos cortes de 50 pontos-base por reunião", afirmou. "Estamos revisando nossa projeção que indicava taxa Selic em 11,25% no fim do ano." Para o analista, o Banco Central não conseguirá conter a apreciação do real. "Não contem que o Banco Central contenha a apreciação. Eles não vão conseguir conter", afirmou. Para o final de 2008, o analista projeta que o dólar estará em R$ 1,75 e a Selic fechará em 8%. (DCI - 31.05.2007)

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7 Capacidade instalada atual permite corte maior da Selic

Os dados de utilização da capacidade instalada no País indicam que o Copom poderia cortar, na reunião da semana que vem, a taxa Selic em 0,75 p.p. - o triplo da redução adotada nas três últimas vezes. A avaliação é do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). A LCA Consultores tem a mesma avaliação e fez um levantamento que mostra que metade dos setores está com um grau de uso abaixo dos 81% em março. O economista da LCA Bráulio Borges explica que em março do ano passado, metade das atividades industriais estava com uma utilização da capacidade instalada abaixo dos 84%, com base nos dados da pesquisa da CNI. Para Borges, "um corte maior não traria problemas à inflação", mas ele avalia que o Copom não faria isso sem avisar antes. (Jornal do Commercio - 31.05.2007)


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8 Inflação atinge níveis internacionais

A inflação brasileira está convergindo para um nível internacional, na faixa entre 2% e 3%. Diante disso faz pouca diferença a velocidade com que a taxa básica de juros atingirá 8% ao ano, ou seja, se as prestações serão de 0,25 ou de 0,50 p.p.. A avaliação é do sócio da Rio Bravo Investimentos e ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, que esteve ontem na Câmara do Comércio Brasil-França, em São Paulo que projeta Selic de um dígito para 2008 com conseqüências para o sistema financeiro, que será obrigado a se reorganizar. Segundo Franco, até agora, parece que só o Copom está prevendo o tamanho da encrenca de uma Selic abaixo de 10% ao ano e por isso tem sido cauteloso. Nos dias 5 e 6 de junho, o Copom se reúne para decidir sobre o novo patamar do juro, atualmente em 12,50% ao ano. (Gazeta Mercantil - 31.05.2007)

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9 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial abriu as operações em queda perante o fechamento anterior, a R$ 1,9360. Em pouco mais de 50 minutos de atividades, a moeda declinava 0,36%, transacionada a R$ 1,9330 na compra e a R$ 1,9350 na venda. Ontem, o dólar comercial recuou 0,46%, a R$ 1,94 na compra e R$ 1,9420 na venda. (Valor Online - 31.05.2007)

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Internacional

1 Gazprom e Mol reavaliam acordo

Os planos da húngara Mol de construir armazéns subterrâneos para estocar gás em parceria com a Gazprom, da Rússia, foram paralisados. As empresas envolvidas estão reconsiderando o plano depois que a Gazprom assinou um acordo com a OMV, rival autríaca da Mol, para cooperar em projetos de condução e armazenagem de gás. (InvestNews - 31.05.2007)

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2 Massachusetts, planeja criar centro mundial de energia renovável

Deval Patrick, novo governador de Massachusetts, planeja criar "o centro mundial de energia renovável" em seu Estado. Assim como o planeta, a corrida pelo título da "capital da tecnologia limpa" dos EUA está esquentando. As apostas são altas. Investimentos em negócios de risco (venture capital) em tecnologia limpa na América do Norte mais do que dobrou nos últimos dois anos, chegando a US$ 2,9 bilhões, segundo a empresa de pesquisa Cleantech Network. Isso faz com que o setor seja o terceiro maior receptor de investimentos, do tipo venture, perdendo apenas para biotecnologia e computação. Não surpreende que o Vale do Silício seja o líder em tecnologia limpa, com US$ 638 milhões investidos ao ano passado. Muitos empresários ficaram com a sensação de não ter investido tudo o que poderiam depois do fracasso das dotcom. Além disso, foram atingidos pelos blackouts na Califórnia. Então, quando Schwarzenegger anunciou incentivos, principalmente para energia solar, logo vieram as respostas. Vinod Khosla, um dos veteranos do Vale do Silício, agora está mergulhado em tecnologia limpa. Com a "onda verde", dois grandes fundos públicos de pensão do Estado se comprometem agora em investir US$ 1,5 bilhão em empreendimentos que respeitem o meio ambiente. A maioria dos produtos fabricados nos EUA com tecnologia limpa é exportada. (Valor Econômico - 31.05.2007)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 MME. Portaria no 91. Brasília, 29 de maio de 2007.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Jornalista: Juliana Lanzarini
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Bianca Reich, Carolina Tavares, Felipe Botelho e, Igor Briguiet.

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