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IFE: nº 2.039 - 21 de maio de 2007
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
UFRJ - Curso de Especialização Lato Sensu em Políticas Públicas
2 Proinfa já perdeu 88 de mi de euros em créditos de carbono
3 Lula vai assinar amanhã acordos sobre a energia
4 Últimas geradoras de Itaipu inauguradas hoje
5 Zimmermann confiante na realização das usinas do rio Madeira
6 Greve no Ibama atrasa licenças
7 Em meio à falta de projetos, carvão ganha espaço
8 Suspensão de processo de licenciamento no Paraná preocupa investidores em PCHs
9 Curtas

Empresas
1 Alstom: pedidos em carteira superam R$ 2,6 bi
2 Real forte congela projeto da ABB
3 Escelsa tem ratings atribuído pela Moody's
4 Light investe na troca de refrigeração e iluminação do Hospital Souza Aguiar
5 Cemig GT encerra distribuição de debêntures
6 Cesp reduz dívida bruta no 1º tri
7 Eletropaulo monitora mercado
8 Cotações da Eletrobrás

9 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Governo já tem plano B para evitar apagão
2 Preço Spot - CCEE

Gás e Termelétricas
1 Plano contra falta de gás preocupa Estados
2 Bolívia ameaça não vender gás à TermoCuiabá
3 Lula aprova construção de Angra 3 por R$ 8,7 bi
4 EIA exalta vantagens do nuclear
5 Modelagem prevê 30% de financiamento externo para Angra 3
6 Ibama retoma debates sobre licenciamento de Angra 3
7 Angra 2 é religada ao Sistema Elétrico Nacional e opera com 80% da potência

Grandes Consumidores
1 Fabricantes buscam alternativas ao petróleo em fontes renováveis
2 Custos de transporte ameaçam produção mineira de ferro-gusa
3 Câmbio desliga altos-fornos em MG
4 CSN preferirá mercado a sócio em Casa da Pedra
5 Votorantim tem crédito de US$ 550 mi
6 Petroquímicas elevam preços em até 10%
7 Produção de resinas tem alta de 4% no quadrimestre

Economia Brasileira
1 BNDES já tem 99 projetos do PAC
2 Para Bresser, Brasil está em ciclo vicioso

3 Para Mantega, país vive círculo virtuoso
4 Esforço fiscal cai e abre folga de R$ 33 bi
5 IGP-M tem deflação de 0,03% na 2a leitura de maio
6 Grau de investimento já chegou com 'promoção' da dívida interna
7 Bancos ampliam financiamento dentro das cadeias produtivas
8 Mercado interno forte faz analistas elevarem previsões para a alta do PIB
9 94% das indústrias planejam investir ainda este ano, revela pesquisa da FGV
10 Moedas de parceiros comerciais do país também perdem valor em relação ao real
11 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Cuba promove debate sobre fontes renováveis
2 Referendo poderá abrir venda de gás ao Chile
3 Chinesa extrairá gás no Golfo
4 Irã inicia construção de primeira central nuclear

Regulação e Reestruturação do Setor

1 UFRJ - Curso de Especialização Lato Sensu em Políticas Públicas

O Instituto de Economia da UFRJ oferece, a partir do final de maio de 2007, um curso de Especialização Lato Sensu em Políticas Públicas, para profissionais e estudiosos que atuam com gestão governamental e policymaking. O curso tem 376 horas e dura 12 meses. São oferecidas 14 disciplinas, entre elas Regulação, Tópicos Especiais em Políticas Públicas, Direito Administrativo. As aulas têm lugar três vezes por semana: segundas e quartas, das 18h30 às 22 horas, e sábados, das 9h00 às 12h30. Informações com Luisa Maciel nos telefones 38 73 52 83 ou 25 43 24 23. Ou por e-mail: cursoapp@gmail.com Inscrições no site do IE-UFRJ: www.ie.ufrj.br/app2007/ (GESEL-IE-UFR - 21.05.2007)

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2 Proinfa já perdeu 88 de mi de euros em créditos de carbono

O Proinfa poderia ter no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo uma ferramenta a mais, além dos contratos de energia, para remunerar os investimentos. Poderia porque até agora nenhum empreendimento apresentou projeto para lançar as Reduções Certificadas de Emissões, que equivalem aos créditos de carbono. Essa situação foi gerada pelo impasse entre a Eletrobrás e os empreendedores para saber quem teria direito aos benefícios. Um estudo da consultoria EcoSecurities Brasil, ainda preliminar, mostra que o país já perdeu 88 milhões de euros, equivalentes a 11 milhões de RCEs das usinas já em operação e que não poderão ser mais utilizados no MDL. O potencial remanescente, que ainda pode ser aproveitado, é de 12,142 milhões de RCEs. O potencial total era de 23,283 milhões, o correspondente a 186,2 milhões de euros, levando-se em conta o valor de 8 euros por RCE. Segundo Pablo Fernandez, gerente de implementação da EcoSecurities, a expectativa é que o estudo seja publicado em junho. (Agência Canal Energia - 18.05.2007)

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3 Lula vai assinar amanhã acordos sobre a energia

Em meio a críticas à postura "imperialista" do Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina amanhã, em Assunção, uma série de acordos para minimizar as queixas da imprensa e da oposição do Paraguai ao preço pago pela energia de Itaipu que o país não consome. Ontem foi anunciado um pacote de acordos, que inclui incentivo à produção de biodiesel, parcerias nas áreas de defesa e combate à febre aftosa. O conjunto de medidas, porém, não reduziu as reclamações à decisão do governo brasileiro de deixar de fora da agenda da viagem a renegociação do tratado de Itaipu, que estabelece as regras da venda de energia. A um ano das próximas eleições presidenciais no Paraguai, a imprensa do país e os opositores do presidente Nicanor Duarte defendem uma relação mais dura com o vizinho "poderoso". (Gazeta do Sul - 21.05.2007)

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4 Últimas geradoras de Itaipu inauguradas hoje

O presidente Lula inaugura nesta segunda-feira, em Foz do Iguaçu (PR), as duas últimas unidades geradoras da hidroelétrica de Itaipu, completando as 20 previstas no Tratado de Itaipu, assinado em 1973 entre Brasil e Paraguai para o aproveitamento hidroelétrico do rio Paraná. Com as novas geradoras, de 700 MW cada, a usina, considerada a maior do mundo em produção de energia, terá sua capacidade de produção ampliada de 12,6 mil MW para 14 mil MW. Com a entrada em operação das duas novas unidades geradoras, Itaipu poderá produzir 95 milhões de megawatts-hora por ano. Os 1.400 MW de que Itaipu passa a dispor são capazes de atender, por exemplo, a 5 milhões de residências que gastam, em média, 200 KW por mês. (DCI - 21.05.2007)

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5 Zimmermann confiante na realização das usinas do rio Madeira

Na expectativa de aprovação por órgãos ambientais, nas próximas semanas, do primeiro grande projeto hidrelétrico do governo Lula - as usinas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, em Rondônia -, o secretário-executivo do MME, Márcio Zimmermann, disse à Reuters estar confiante na realização da obra. "É a história de Itaipu que se repete", comentou Zimmermann. "Tenho um CD com todas as manchetes da época da construção de Itaipu: diziam que ia ter terremoto, que o eixo de rotação da Terra ia ser alterado pelo peso da água, e nada aconteceu". "Quando o Ministério considerou que rio Madeira estava apto a entrar em operação em 2012 foi porque, tecnicamente, atendia a todos os requisitos necessários. É um projeto bom, com preço compatível", defendeu. Rio Madeira prevê a geração de 6,4 mil megawatts (MW) nas duas usinas, avaliadas em cerca de US$ 9 bilhões. "O maior potencial hidrelétrico brasileiro está na Amazônia, cabe à sociedade decidir se quer aproveitar isso ou não", alertou Zimmermann. (Gazeta Mercantil - 21.05.2007)

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6 Greve no Ibama atrasa licenças

A greve dos servidores do Ibama causou a suspensão de quatro audiências públicas que seriam realizadas ontem para o licenciamento da hidrelétrica do Tijuco Alto, no Rio Ribeira, na divisa entre São Paulo e Paraná. Estava tudo pronto para os eventos nas cidades de Ribeira e Eldorado, no Estado de São Paulo, e em Cerro Azul e Adrianópolis, no Paraná. Os moradores vinham sendo convocados havia um mês para participar das audiências. O projeto da hidrelétrica, da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), empresa do grupo Votorantim, se arrasta nos órgãos ambientais há mais de 15 anos. Como as audiências estavam confirmadas, a empresa havia deslocado seu pessoal técnico para a região. Os preparativos foram perdidos. "Isso precisa chegar a um fim", cobrou o prefeito de Ribeira, Jonas Dias Batista (PSDB), inconformado com o novo adiamento. "Ou faz, ou cancela o projeto de uma vez. Toda a região vive uma situação de desconforto com essa indefinição." A não-realização das audiências, segundo Batista, fará o processo de licenciamento atrasar mais alguns meses. (O Estado de São Paulo - 19.05.2007)

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7 Em meio à falta de projetos, carvão ganha espaço

O setor elétrico vive uma grande contradição: sobra dinheiro no caixa das empresas e faltam projetos de qualidade, especialmente na área de hidrelétricas - a grande vocação do País. Nesse cenário, com as dificuldades ambientais e com a falta de gás natural, o carvão tem se mostrado uma alternativa enquanto os estudos de novas hidrelétricas não ficam prontos, o que deve ocorrer apenas em dois anos. "O setor está capitalizado. As empresas só não investem mais porque não há projetos", afirma o diretor-presidente da Energias do Brasil, António Martins da Costa. Na falta de hidrelétricas, a empresa buscou no mercado novas opções para ampliar seu parque gerador e não deixar o dinheiro parado. No mês passado, comprou a Diferencial Energia, que detém os direitos de construção da termoelétrica a carvão mineral importado a ser construída em São Luís, no Maranhão. O investimento deve ser de US$ 450 milhões. (O Estado de São Paulo - 21.05.2007)

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8 Suspensão de processo de licenciamento no Paraná preocupa investidores em PCHs

Empreendedores hídricos paranaenses estão preocupados com o que consideram um entrave à realização de investimentos em energia no estado: o governo estadual, com a assinatura de decretos que impedem o licenciamento ambiental de qualquer hidrelétrica ou pequena central hídrica. Segundo o presidente do conselho de administração da Associação Paranaense de Geradores de Energia (APGE), Gustavo de Brito Ribas, o problema, que já é de conhecimento do governo federal, implica no atraso da entrada de um montante estimado entre 400 MW e 500 MW. Em 2003, o governador Roberto Requião (PMDB) suspendeu, através do Instituto Ambiental do Paraná, a concessão de qualquer licenciamento para empreendimentos hídricos, seja prévio, seja de instalação. No ano seguinte, o IAP emitiu a portaria 120/2004, que condiciona a emissão de licenças à realização de avaliação ambiental estratégica e à execução do zoneamento ecológico-econômico do território paranaense. A entidade teve reuniões com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo - que é do Paraná -, com a EPE e buscou levar o problema para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Estão previstas ainda audiências com a Aneel e com o MME. (Agência Canal Energia - 18.05.2007)


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9 Curtas

A Eletrobrás vai premiar nesta segunda-feira, 21 de maio, em Brasília, as cidades que mais se destacaram no uso eficiente de energia elétrica em 2005, durante a entrega do Prêmio Procel Cidade Eficiente. A cerimônia será realizada durante o 2º Seminário Internacional de Federalismo e Desenvolvimento, promovido pela Associação Brasileira de Municípios, que contará com a participação de entidades brasileiras e do exterior. (Agência Canal Energia - 21.05.2007)

A Fundação Estadual de Proteção Ambiental emitiu, no final de abril, licenças ambientais para a instalação de dois parques de energia eólica em Palmares do Sul, no Rio Grande do Sul. A empresa Ventos do Sul Energia recebeu licença de instalação e a Ecoprojeto recebeu licença prévia. (Agência Canal Energia - 18.05.2007)

O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro, Júlio Bueno, foi eleito, nesta sexta-feira, 18 de maio, por unanimidade, e será o novo presidente do Fórum de Secretários de Estado para Assuntos de Energia. (Agência Canal Energia - 18.05.2007)

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Empresas

1 Alstom: pedidos em carteira superam R$ 2,6 bi

A subsidiária brasileira da Alstom terminou o ano fiscal 2006/2007 com faturamento de R$ 1,19 bilhão, o que representa uma queda de 20% frente aos R$ 1,5 bilhão apurados no exercício anterior. O ano fiscal já conta com 96 carros encomendados (cerca de R$ 500 milhões) pelo Metrô paulista, além de turbinas e geradores para a usina hidrelétrica de Estreito, no Maranhão. Outro foco da nova gestão da operação brasileira é a fabricação de equipamentos para controle ambiental. "É uma vertente forte em termos de mercado, pois o Brasil é forte na indústria siderúrgica, de mineração, cimento e papel e celulose", disse. Na área de geração de energia, o principal projeto em curso é o da hidrelétrica do rio Madeira, onde a Alstom é líder do consórcio. "Creio que até janeiro as obras comecem e, provavelmente, teremos uma unidade de produção perto à usina", estimou Aloísiso Vasconcelos, presidente. Os planos de expansão contemplam aquisições nas áreas de biomassa, energia hidrelétrica, carvão limpo e transportes. "Queremos crescer. Nos próximos dois anos teremos unidades de apoio no Espírito Santo, Minas Gerais e no Pará", disse. (Valor Econômico - 21.05.2007)

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2 Real forte congela projeto da ABB

Com a crescente desvalorização do dólar frente o real, Sergio Gomes, presidente da ABB resolveu engavetar dois empreendimentos que planejava colocar em prática no país. Juntas, as iniciativas consumiriam US$ 50 milhões. A idéia era usar os recursos para trazer duas linhas de produção de transformadores de energia que hoje estão alocadas em uma das fábricas que a empresa mantém nos Estados Unidos. Com a internalização da produção, que provavelmente seguiria para a unidade de Blumenau, a filial brasileira exportaria de volta o transformador pronto para o mercado americano. O presidente da ABB assegura que foi investido US$ 25 milhões no projeto. "Mas com esse patamar de dólar não consigo fazer ampliações. Apenas cumpro os contratos já existentes", acrescenta Sergio Gomes. (Valor Econômico - 21.05.2007)

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3 Escelsa tem ratings atribuído pela Moody's

A Moody's América Latina elevou o rating das debêntures seniores em moeda local sem garantia de ativo real da Escelsa para Ba2 de Ba3 na escala global e para Aa3.br de A3.br na escala nacional brasileira. Simultaneamente, a agência elevou as notas seniores em moeda estrangeira sem garantia de ativos reais com vencimento em 2007 da distribuidora para Ba2 de Ba3, e atribuiu um rating de emissor de Ba2 na escala global e Aa3.br na escala nacional brasileira. O rating Ba2 em moeda estrangeira das notas da Escelsa não é limitado pelo teto soberano do Brasil de Ba1. A perspectiva dos ratings é estável. (Agência Canal Energia - 18.05.2007)

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4 Light investe na troca de refrigeração e iluminação do Hospital Souza Aguiar

A Light investiu R$ 2,5 milhões na substituição do sistema de refrigeração e na troca de iluminação do Hospital Municipal Souza Aguiar. A economia na conta de luz do hospital pode chegar a 30%. O projeto faz parte do programa de eficientização energética em hospitais públicos. A empresa substituiu equipamentos antigos por outros mais econômicos e trocou lâmpadas e luminárias por outras mais eficientes. A Light está investindo também cerca de R$ 4,7 milhões na modernização dos sistemas de refrigeração e iluminação no Instituto Nacional do Câncer, no Hospital dos Servidores do Estado, no Rocha Faria, no Salgado Filho e na Santa Casa de Barra Mansa. (Agência Canal Energia - 18.05.2007)

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5 Cemig GT encerra distribuição de debêntures

A Cemig GT divulgou encerramento de distribuição pública de debêntures simples, da espécie sem garantia nem preferência, em duas séries. A primeira emissão da companhia teve subscritas e integralizadas 37.152 debêntures, não conversíveis em ação, sendo 22.348 debêntures da primeira série, com valor nominal unitário de R$ 15.641,490773, e 14.804 debêntures da segunda série, com valor de R$ 16.131,837123. A operação teve valor total de R$ 588,371 milhões. (Agência Canal Energia - 18.05.2007)

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6 Cesp reduz dívida bruta no 1º tri

A Cesp conseguiu reduzir em mais 7% a sua dívida bruta em relação a dezembro passado, que fechou em R$ 7 bilhões em 31 de março. O perfil do débito foi modificado para um prazo mais longo e cotado em reais, livrando a empresa dos problemas da variação cambial. A dívida de curto prazo da companhia caiu no período 12,6% para R$ 1,6 bilhão e a de longo prazo recuou 5,1% para R$ 5,3 bilhões. A mudança foi devido à captação em reais no exterior e à liquidação amigável antecipada de títulos integrantes do programa de notas de médio prazo. A empresa continuará o processo de reestruturação da dívida com o lançamento do quarto fundo de investimentos em direitos creditórios. A geradora fará um road show entre os dias 22 e 25 de maio para apresentação do Fidc a potenciais investidores. A Cesp fará o processo de greenfield no começo de junho. Espera captar R$ 1,2 bilhão no mercado, que junto com os US$ 350 milhões captados em reais no exterior, cobrirão a dívida de curto prazo. A receita bruta da Cesp cresceu 10,9% no primeiro trimestre, para R$ 586,3 milhões. O lucro líquido ficou em R$ 28,2 milhões de janeiro a março deste ano, menor 63,9% em relação aos R$ 78,2 milhões de igual período de 2006. A previsão da Cesp é realizar investimentos de R$ 280 milhões no triênio 2007-2009 nos ativos já existentes, dos quais R$ 100 milhões este ano. (Agência Canal Energia - 18.05.2007)

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7 Eletropaulo monitora mercado

A AES Eletropaulo montou no bairro do Cambuci um centro de medição de fronteiras. A unidade coleta dados para Aneel, ONS e CCEE, mas também subsidia uma área encarregada de interpretar informações e fazer projeções de mercado utilizadas para contratações futuras. Acompanhar o comportamento de consumo de grandes clientes é outra atribuição dessa base de monitoramento. Por meio de 122 pontos de conexão, a distribuidora controla a energia distribuída aos 24 municípios que compõem a área de concessão. Os operadores mantêm contato direto com as transmissoras para identificar manobras ou interrupções no suprimento. (Brasil Energia - 18.05.2007)

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8 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 18-05-2007, o IBOVESPA fechou a 52.077,68 pontos, representando uma alta de 0,86% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3,72 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,31% fechando a 16.396,56 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 49,42 ON e R$ 47,40 PNB. Na abertura do pregão do dia 21-05-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 49,42 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 47,50 as ações PNB, alta de 0,21% em relação ao dia anterior. (Investshop - 21.05.2007)

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9 Curtas

A Eletronorte vai implantar reforços nas instalações de transmissão da subestação Coxipó (230 kV), localizada em Cuiabá (MT). A autorização da Aneel para a operação foi publicada na sexta-feira (18/5), no Diário Oficial da União. (Brasil Energia - 18.05.2007)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Governo já tem plano B para evitar apagão

O governo já trabalha com um Plano B para garantir o fornecimento de energia elétrica caso o licenciamento ambiental das usinas do Rio Madeira (Santo Antônio e Jirau) não seja liberado até o fim do mês. A alternativa já viria no próximo leilão, previsto para 26 de junho, e está associada ao aumento de contratação de energia térmica movida a diversos combustíveis, especialmente a carvão mineral, óleo combustível/diesel e gás natural. Isso significa aumento na conta de luz dos consumidores, pois essa energia é mais cara. (O Estado de São Paulo - 21.05.2007)

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2 Preço Spot - CCEE

De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 19/05/2007 a 25/05/2007.

Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)

Sudeste/Centro Oeste
Sul
Nordeste
Norte
 pesada                             50,93  pesada                      17,59  pesada                     39,81  pesada                    39,81
 média                               50,60  média                        17,59  média                       39,73  média                      39,73
 leve                                  48,63  leve                           17,59  leve                          39,73  leve                         39,73
  
    Fonte: www.ccee.org.br


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Gás e Termoelétricas

1 Plano contra falta de gás preocupa Estados

Representantes das secretarias estaduais de energia cobram do governo federal maior participação nas discussões sobre a elaboração do plano de contingência para o setor de gás natural. A proposta de que o MME determinará quais setores serão prejudicados numa situação de escassez do combustível não agradou aos governadores. "O correto seria delegar para cada Estado a definição das diretrizes do contingenciamento", afirmou a secretária de Saneamento e Energia de São Paulo, Dilma Pena. Semana passada, o secretário de Desenvolvimento e Energia do Rio de Janeiro, Júlio Bueno, revelou a intenção de o governo federal editar uma medida provisória, delegando competência total ao MME sobre o plano de contingência. Diante da repercussão negativa, o Planalto parece ter recuado e agora pretende consolidar um capítulo sobre o tema na Lei do Gás, em tramitação no Congresso. (O Estado de São Paulo - 19.05.2007)

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2 Bolívia ameaça não vender gás à TermoCuiabá

A ausência de garantia da Bolívia quanto ao fornecimento do volume de gás necessário para a TermoCuiabá operar em capacidade máxima abriu uma nova "peleja" bilateral. O governo brasileiro ameaça desautorizar a usina térmica a pagar o preço redefinido em fevereiro passado - de R$ 4,20 por milhão de BTUs -, caso a administração de Evo Morales não se comprometa, por escrito, a manter um suprimento de 2,2 milhões de metros cúbicos diários. Trata-se do volume previsto no contrato da usina com seus fornecedores privados - hoje submetidos às deliberações da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). A situação torna-se crítica à medida que avança o período de seca no Centro-Oeste brasileiro. Nessa época, a TermoCuiabá funciona em plena carga e necessita dos 2,2 milhões de metros cúbicos para gerar cerca de 480 megawatts (MW) médios. A usina responde por 70% da demanda de energia elétrica de Cuiabá (MT). (O Estado de São Paulo - 19.05.2007)

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3 Lula aprova construção de Angra 3 por R$ 8,7 bi

Antes mesmo de ser aprovada no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a usina nuclear Angra 3 já recebeu o aval do presidente Lula e começou a tomar forma. A modelagem financeira para sustentar o projeto está desenhada - conta com 30% de financiamento externo - e já se planeja como será vendida a energia gerada. Desde 27 de abril, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) retomou a análise do Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima) e está correndo o prazo de 45 dias para consultas e manifestações públicas em relação ao projeto. Lula decidiu apoiar Angra 3 há cerca de um mês, em reunião realizada no Palácio do Planalto com a presença de poucos ministros. (Valor Econômico - 21.05.2007)

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4 EIA exalta vantagens do nuclear

No Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima) de Angra 3, apresentado pela Eletronuclear, a justificativa socioambiental do empreendimento embala a energia nuclear como a opção mais limpa - o argumento que tem quebrado a resistência ambientalista mundial em tempos de aquecimento global. Ali se faz uma comparação entre as emissões de uma termoelétrica moderna, a carvão, e uma central como Angra 3. A nuclear, defende o estudo, ganha disparado: evitaria a emissão anual para a atmosfera de 2,3 mil toneladas de material particulado (que causa problemas respiratórios), 14 mil toneladas de dióxido de enxofre (chuva ácida), 7 mil toneladas de óxidos de nitrogênio e 10 milhões de toneladas de dióxido de carbono (o grande vilão da mudança climática). No viés técnico, a comparação reconhece que "as hidrelétricas são as únicas opções viáveis técnica e economicamente para a geração de grandes blocos de energia elétrica firme." Diz que luz solar e ventos são "intermitentes" e que biomassa requer áreas "de extensão considerável." A vantagem da nuclear em relação à hidrelétrica, diz o estudo, está no fato de que as fontes hídricas mais econômicas e próximas do Sul-Sudeste já estão sendo utilizadas. E as novas, na Amazônia, exigem gastos "consideráveis na implantação e construção de linhas de transmissão", o que significa custos maiores. (Valor Econômico - 21.05.2007)

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5 Modelagem prevê 30% de financiamento externo para Angra 3

A modelagem financeira desenhada para a conclusão de Angra 3 prevê um crédito de 776 milhões de euros oferecido por um consórcio de bancos franceses, liderado pelo Société Générale. Por meio da Areva, a França fornecerá parte dos equipamentos da nova central nuclear brasileira - outra parte dos equipamentos já está comprada há mais de 20 anos e veio da Alemanha. O investimento necessário para terminar Angra 3 é estimado em R$ 7,2 bilhões - e 30% dos recursos virão do exterior. O restante, pouco mais de R$ 5 bilhões, terá financiamento nacional, capitaneado pelo BNDES (até 25%) e por recursos próprios ou captações da Eletrobrás. Não se prevê o uso de recursos orçamentários do Tesouro Nacional. Os equipamentos já comprados equivalem, hoje, a R$ 1,5 bilhão, o que indicaria um custo total da usina de R$ 8,7 bilhões. De acordo com Leonam dos Santos Guimarães, assistente da presidência da Eletronuclear, a idéia é usar ainda dinheiro da Reserva Global de Reversão (RGR), um encargo que incide nas contas de luz e financia programas de universalização do serviço de energia elétrica, como o Luz para Todos. Gerido pela Eletrobrás, a RGR arrecadou cerca de R$ 1,3 bilhão em 2006 e deve contribuir com até 10% dos custos de Angra 3. Ele ressalta que todo o investimento na usina se paga em 16 anos. Segundo o último estudo da Eletronuclear, de abril do ano passado, a energia de Angra custará R$ 138,14 por megawatt-hora (MWh), valor compatível com o das demais fontes de energia térmica e próximo das hidrelétricas recentes. (Valor Econômico - 21.05.2007)

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6 Ibama retoma debates sobre licenciamento de Angra 3

O estudo de impacto ambiental de Angra 3 voltou a circular nos corredores do Ibama. Três dias antes, uma decisão judicial havia permitido a continuidade do processo de licenciamento da usina nuclear. Desde 27 de abril, o EIA-Rima do projeto está disponível para consulta. Também está correndo o prazo de 45 dias para que prefeituras e representantes da sociedade civil solicitem audiências públicas sobre a obra. Até agora não há registro de pedido algum, mas o Ibama já pré-agendou audiências em Angra dos Reis, Paraty e Rio de Janeiro entre 18 e 21 de junho, diz Valter Muchagata, diretor-substituto de licenciamento ambiental do órgão. Depois disso, o rito ambiental segue seu curso - sugestões, dúvidas, pedidos de complementação dos estudos e análise do EIA-Rima- até a emissão da licença-prévia. Isso se o processo não sofrer contratempos. "O Ibama não discute a matriz energética brasileira", avisa Muchagata. "São outras esferas de governo que tomam este nível de decisão. Nós fazemos a análise do estudo de impacto ambiental." (Valor Econômico - 21.05.2007)

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7 Angra 2 é religada ao Sistema Elétrico Nacional e opera com 80% da potência

A usina nuclear de Angra 2 já está funcionando normalmente. A unidade foi religada dia 18 ao Sistema Elétrico Nacional depois de ficar sete dias parada para manutenção de um transformador não nuclear. A partir das 14h39, Angra 2 aumentou a potência e já está operando com 1.080 megawatts (MW), o que corresponde a 80% da potência nominal da usina, informou o superintendente de Angra II, físico Antonio Carlos Mazzaro. A produção em plena potência corresponde a cerca de 10 milhões MW/hora por ano. Mazzaro adiantou que a usina ficará três dias em testes, operando a 80% da potência, e na próxima semana irá para a potência total, que é de 1.350 MW. Atualmente, Angra 2 responde por 35% das necessidades de energia do estado do Rio de Janeiro. Junto com a usina de Angra1, sobe para 50%. (Agência Brasil- 18.05.2007)

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Grandes Consumidores

1 Fabricantes buscam alternativas ao petróleo em fontes renováveis

Seja aperfeiçoando tecnologias já existentes, seja partindo para a busca de novas alternativas técnicas, é fato que praticamente todas as empresas do setor petroquímico, e não apenas a Oxiteno e a Dow, estão de alguma forma voltadas para projetos alcoolquímicos. A Braskem já tem uma planta-piloto em Triunfo (RJ) e já projeta uma unidade comercial para Camaçari (BA). A própria Petrobras, ao mesmo tempo que corre a todo vapor para viabilizar o projeto da refinaria petroquímica de Itaboraí, peça central do Comperj que vai dar uso mais nobre ao petróleo pesado da bacia de Campos (RJ), deve inaugurar ainda este ano uma usina-piloto de etanol lignocelulóico no seu centro de pesquisas (Cenpes), no Rio de Janeiro. Segundo Manoel Carnaúba Cortez, diretor industrial da Unidade de Insumos Básicos da Braskem, por enquanto, o álcool ainda não é consistentemente competitivo com a nafta petroquímica. Cortez avalia também que a tecnologia da lignocelulose é o que vai assegurar, em cerca de cinco anos, competitividade da alcoolquímica com a petroquímica. A Suzano Petroquímica e a Unipar, os dois outros maiores grupos nacionais do setor, também estão voltando suas atenções para a alcoolquímica. (Valor Econômico - 21.05.2007)

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2 Custos de transporte ameaçam produção mineira de ferro-gusa

Os entraves à exportação do setor de ferro-gusa em Minas vão além do câmbio, afirmam os empresários. A reclamação mais recente se refere às dificuldades de logística em razão da concorrência com o minério de ferro. As empresas alegam que têm encontrado dificuldades para escoar o produto por meio do transporte ferroviário. A opção é a Estrada de Ferro Vitória a Minas, administrada pela CVRD. 'Estamos com a ferrovia sobrecarregada de minério', diz o empresário e diretor do Sindifer, Afonso Henriques Paulino. 'Isso é algo de um mês para cá, e vai criar mais problemas para nossas exportações.'Em razão dos custos menores, as empresas mineiras utilizam as ferrovias para escoar o produto destinado às exportações. O transporte rodoviário é a opção para as vendas domésticas. Os guseiros do Estado também começam a enfrentar a concorrência das empresas instaladas no Pará e Maranhão, que têm a vantagem da proximidade com o mercado americano. 'É mais um complicador', observa o empresário Antônio Pontes Fonseca, também vice-presidente do Sindifer. (O Estado de São Paulo - 20.05.2007)

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3 Câmbio desliga altos-fornos em MG

Enquanto as grandes empresas do setor têm crescimento nos lucros e projetam novos investimentos, nas chamadas indústrias não integradas ou independentes de ferro-gusa de Minas Gerais o cenário é de crise, com redução da produção e corte de empregos. A exemplo de outros setores exportadores, a desvalorização do dólar ante o real provocou perda de contratos de exportação e de competitividade dos guseiros mineiros, que respondem por cerca 60% da produção brasileira. Os empresários alegam que nem a curva ascendente do insumo no mercado internacional compensa a atual trajetória do câmbio. Historicamente, metade da produção mineira de ferro-gusa é destinada ao exterior, e os principais clientes estão nos Estados Unidos. O ambiente doméstico, por sua vez, não consegue absorver o excedente, já que o produto (ferro-gusa sólido) é utilizado pelas empresas que têm aciarias elétricas (mini steel mills). No Brasil, as grandes siderúrgicas são integradas, ou seja, possuem produção própria de gusa. O reflexo da perda de espaço internacional é o desligamento de altos-fornos e o corte de pelo menos 4,5 mil empregos em 2006 e início deste ano, segundo o Sindicato da Indústria de Ferro-Gusa de Minas (Sindifer-MG). A entidade calcula que a produção se encontra num ritmo 40% abaixo da capacidade instalada, de cerca de 7 milhões de toneladas/ano. Atualmente, 40 dos 105 altos-fornos das 56 pequenas e médias empresas nas regiões central e centro-oeste do Estado estão paralisados. (O Estado de São Paulo - 20.05.2007)

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4 CSN preferirá mercado a sócio em Casa da Pedra

A oferta pública inicial de ações (IPO) é o desfecho mais provável para a capitalização de Casa de Pedra e dos ativos de mineração e logística associada da CSN. A inclinação pela IPO teria duas razões principais: o desejo do presidente do grupo, Benjamin Steinbruch, de preservar a autonomia de sua gestão na área de mineração da CSN e a menor tolerância de investidores estratégicos ao direito de preferência detido pela Vale do Rio Doce sobre a produção de Casa de Pedra que exceda o consumo próprio da CSN. (Jornal do Commercio - 21.05.2007)

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5 Votorantim tem crédito de US$ 550 mi

O Grupo Votorantim obteve uma linha de crédito de US$ 550 milhões em duas parcelas de um grupo de 12 bancos. A primeira parcela, de US$ 150 milhões durante os próximos três anos, será utilizada para financiar o fluxo de comércio internacional do grupo. O empréstimo será garantido pelas exportações da empresa. A segunda, de US$ 400 milhões durante cinco anos, poderá ser usada para capital de giro ou para aquisições. (O Estado de São Paulo - 19.05.2007)

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6 Petroquímicas elevam preços em até 10%

A indústria petroquímica se prepara para realizar reajustes de até 10% nos preços das resinas plásticas, matéria-prima para a produção de peças e embalagens. Os planos de elevação de preços caíram como uma bomba nas pequenas produtoras do setor plástico da região, por conta do cenário atual em que a taxa cambial se mantém em contínua queda. Com escala de produção pequena e, por isso, menores condições de importar o insumo ou de negociar preços mais vantajosos, os chamados transformadores (produtores de peças e embalagens plásticas) do Grande ABC se queixam de que terão de apertar ainda mais suas margens de lucro. Uma das que anunciou que fará reajustes é a Suzano Petroquímica, produtora da resina polipropileno. O gerente de marketing da Suzano, Sinclair Fittipaldi, disse que há três variáveis favoráveis à intenção de elevar os preços. Duas delas são o aumentos de custos das matéria-prima (no caso, o propeno) nos EUA, na Europa e na Ásia e também elevações do polipropileno nessas três regiões. A terceira variável é a relação oferta e demanda, que está bastante equilibrada (Diário do Grande ABC - 21.05.2007)

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7 Produção de resinas tem alta de 4% no quadrimestre

A produção e as vendas de resinas plásticas se mostram aquecidas no início deste ano, o que favorece em parte os planos de elevação de preços do segmento. De acordo com dados do Siresp (Sindicato da Indústria de Resinas Plásticas), o setor totalizou 1,587 milhão de toneladas produzidas nos primeiros quatro meses do ano. Esse volume representa uma alta de 4% em relação ao mesmo período de 2006. Um dos principais impulsos para essa expansão vieram das exportações, que cresceram 39% ante o quadrimestre do ano passado. Somaram encomendas de 400 mil toneladas. Entre os itens mais exportados, um dos destaque foi a resina polietileno de alta densidade (alta de 72,15% do volume exportado). Já as vendas da indústria petroquímica para o mercado interno foram bem mais modestas. Tiveram ampliação de 3% em relação ao período janeiro-abril de 2006. Foram comercializados no País mais de 1,1 milhão de toneladas. (Diário do Grande ABC - 21.05.2007)

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Economia Brasileira

1 BNDES já tem 99 projetos do PAC

O BNDES já tem em carteira 99 projetos ligados ao PAC, que equivalem a um investimento total de R$ 74,6 bilhões. As áreas de logística e energia concentram a maior parte dos projetos, 81 operações num montante a ser financiado de R$ 37,1 bilhões. Diretor de Infra-Estrutura do BNDES, Wagner Bittencourt, afirma que a equipe do banco está "trabalhando a mil" para agilizar a análise dos projetos e garimpar novas oportunidades. "Esperamos aprovar o financiamento de mais quatro navios para a Transpetro até o fim do mês e incluir no rol de projetos em estudo, o mais rápido possível, a segunda usina do Rio Madeira e os sete trechos rodoviários a serem licitados pelo governo este ano", exemplificou. (Jornal do Commercio - 21.05.2007)

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2 Para Bresser, Brasil está em ciclo vicioso

O ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira lança nesta semana o livro "Macronomia da Estagnação". Resultado de sete anos de pesquisas sobre a economia brasileira, o livro faz sérias críticas ao modelo que orientou a política econômica nos últimos anos. Bresser propõe em seu livro o que chama de "terceiro discurso". O novo desenvolvimentismo, como foi batizado, seria um modelo intermediário entre a ortodoxia "ditada pelo Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial para os países em desenvolvimento" e o velho desenvolvimentismo, baseado na forte intervenção do Estado na economia. Para ele, o país vive hoje "numa armadilha, um ciclo vicioso formado por juros altos, baixa taxa de câmbio e ajuste fiscal frouxo". (Folha de São Paulo - 20.05.2007)

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3 Para Mantega, país vive círculo virtuoso

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, concorda que o Brasil vive hoje o melhor momento da história econômica, superior até ao da época do milagre econômico do período da ditadura militar. Segundo ele, a grande diferença entre o atual momento e o do milagre é que o país cresce hoje, apesar de a taxas menores, sem se endividar. "O Brasil vive hoje um círculo virtuoso de crescimento econômico", diz ele. "Está tão bom que estamos até enfrentando problemas com o câmbio." Para contornar o problema de sobrevalorização do câmbio, Mantega diz que a saída é mesmo incentivar a competitividade das empresas. (Folha de São Paulo - 20.05.2007)

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4 Esforço fiscal cai e abre folga de R$ 33 bi

A combinação de aumento da carga tributária e queda dos juros nos últimos anos abriu uma folga de mais de R$ 30 bilhões para a expansão de gastos no Orçamento da União. Se confirmadas as mais recentes projeções oficiais, o esforço fiscal deste ano, medido como proporção da receita total do governo, será o menor desde 1999, quando foi iniciada a política de superávits primários, pela qual uma parte da arrecadação é poupada para o abatimento da dívida pública. Apenas 7% da receita esperada se transformará, obrigatoriamente, em superávit. Em outras palavras, o governo poderá dispor de até 93% da arrecadação de impostos, contribuições sociais e outras fontes para despesas com pessoal, investimentos e programas sociais. (Folha de São Paulo - 21.05.2007)

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5 IGP-M tem deflação de 0,03% na 2a leitura de maio

O IGP-M registrou mais uma deflação em maio, reflexo da queda nos custos dos produtos vendidos no atacado, informou nesta segunda-feira a FGV.O índice teve deflação de 0,03%, seguindo a queda de 0,19% na abertura do mês. No mesmo período de abril, o índice teve variação nula. O IPA caiu 0,16%, ante queda de 0,21% no mesmo período do mês anterior. Na outra ponta, o IPC subiu 0,13% na segunda leitura de maio, uma desaceleração frente a alta de 0,34% no mesmo período de abril. O INCC registrou um aumento de 0,47%, depois da alta de 0,48% na segunda leitura do mês anterior. (Reuteurs - 21.05.2007)

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6 Grau de investimento já chegou com 'promoção' da dívida interna

A melhor notícia que o governo poderia ter recebido já foi dada - a Standard & Poor's elevou o rating da dívida interna em reais a grau de investimento. A equipe econômica não esconde seu otimismo, que já vinha sendo compartilhado pelo mercado na forma de maiores investimentos diretos e em portfólio, maiores compras de títulos em reais, com a queda dos juros desses papéis para menos de 10%. A mudança mais importante já ocorreu, para alguns membros do governo, e é ela que conta daqui para frente. O salto das reservas brasileiras - US$ 122,5 bilhões na posição de 2 de maio, a última oficial - fez a dívida externa pública virar pó. Se o país fosse recomprá-la toda, ainda sobrariam confortáveis US$ 60 bilhões em reservas, logo, obter o grau de investimento para ela tornou-se algo de menor importância relativa. (Valor Econômico - 21.05.2007)

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7 Bancos ampliam financiamento dentro das cadeias produtivas

Um novo modelo de concessão de crédito tem facilitado o acesso a recursos mais baratos para pequenas e médias empresas. Os bancos começaram a aproveitar o relacionamento com grandes clientes para fechar parcerias exclusivas e oferecer linhas de financiamento para os fornecedores dentro da cadeia produtiva dessas companhias. A idéia resolve dois problemas para os bancos. Primeiro, substitui os ganhos com crédito para as grandes empresas pela prestação de serviços. Segundo, ampliam a concessão para pequenas e médias, o grande nicho encontrado pelas instituições nos últimos anos, dentro de uma cadeia produtiva já conhecida e com a segurança do risco de crédito das grandes empresas, algumas delas com grau de investimento, diminuindo os riscos da operação. (Valor Econômico - 21.05.2007)


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8 Mercado interno forte faz analistas elevarem previsões para a alta do PIB

Com o forte desempenho das vendas no varejo nos últimos meses e a expectativa de reaceleração da queda dos juros, as previsões de um crescimento mais próximo de 4,5% do que de 4% em 2007 começam a ganhar mais força entre os economistas. O mercado interno é o grande destaque, com o consumo das famílias e o investimento impulsionados pela combinação da expansão da massa salarial, da oferta de crédito e da queda dos juros. Nesse cenário, as previsões do mercado coletadas pelo Banco Central devem subir nas próximas semanas - hoje, elas apontam para um avanço de 4,1% do PIB. (Valor Econômico - 21.05.2007)

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9 94% das indústrias planejam investir ainda este ano, revela pesquisa da FGV

Cerca de 94% das indústrias brasileiras têm investimentos programados para 2007. É o que mostra a FGV na pesquisa Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação. De acordo com o levantamento, esse percentual vem aumentando desde 2003, quando 86% dos empresários pretendiam investir em suas indústrias. "Consideramos esse dado muito favorável. Há uma confiança maior de que a economia vai continuar crescendo desde o segundo semestre de 2003" , comentou o coordenador de sondagens conjunturais do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Aloisio Campelo. (Valor Econômico - 21.05.2007)

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10 Moedas de parceiros comerciais do país também perdem valor em relação ao real

Além do dólar, que desaba em todo o mundo, as moedas dos principais parceiros comerciais brasileiros perderam valor de compra em relação ao real -só que num ritmo mais razoável. Os exportadores brasileiros, no entanto, enfrentam limitações técnicas para fecharem contratos em outras moedas, fato que diminuiria a exposição ao risco cambial específico do dólar americano. Caso de sucesso de diversificação de risco, os contratos expressos em euros já chegam a 30% do comércio exterior, segundo estimativa dos exportadores. Juntos, os países da União Européia são o maior parceiro comercial do Brasil, com exportações de US$ 11,76 bilhões e importações de US$ 7,51 bilhões de janeiro a abril. (Folha de São Paulo - 19.05.2007)

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11 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial recua sobre o real nos primeiros negócios desta segunda-feira. Em quase 10 minutos de atividades, a moeda norte-americana estava a R$ 1,9550 na compra e R$ 1,9570 na venda, com baixa de 0,25%. Na abertura, a divisa marcou R$ 1,9560. Na última sexta-feira, o dólar comercial subiu 0,46%, para R$ 1,9600 na compra e R$ 1,9620 na venda. O giro interbancário (D+2) somou aproximadamente US$ 2 bilhões, segundo informações do mercado. Na semana, o dólar cedeu 2,82%. (Valor Online - 21.05.2007)

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Internacional

1 Cuba promove debate sobre fontes renováveis

Cuba anunciou que espera a participação de 29 países na V Conferência Internacional de Energias Renováveis, Economia de Energia e Educação Energética (CIER 2007), realizada entre os dias 22 a 25, em Havana. Cerca de 130 especialistas debaterão temas como eficiência e gestão energética, combustíveis convencionais e alternativos e geração de eletricidade. O fórum é organizado pela Universidade Técnica de Energia Renovável. O CIER 2007 vai discutir as experiências do programa cubano de "Revolução Energética". O Governo está incentivando uma modernização do setor, com medidas como a renovação das fontes de produção elétrica, a melhora da distribuição e a substituição de artigos eletrodomésticos. (Gazeta Mercantil - 21.05.2007)

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2 Referendo poderá abrir venda de gás ao Chile

Um novo referendo poderá abrir a venda do gás para o Chile, reconheceu o vice-ministro boliviano das Relações Econômicas Internacionais, Pablo Guzmán Laugier. O governo boliviano está disposto a avançar numa integração em todas as áreas com o Chile, embora tenha esclarecido que antes de iniciar uma negociação energética deve-se levar em conta a limitação decidida pelo "referendo do gás em 2004". (Jornal do Commercio - 21.05.2007)

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3 Chinesa extrairá gás no Golfo

A petrolífera chinesa CNOOC foi autorizada a extrair gás natural da jazida de Pars Norte, no Golfo Pérsico, segundo acordo firmado. O acordo oficial entre a iraniana Pars Oil and Gas Company (PGOC) e a CNOOC será assinado em 31 de agosto. (DCI - 21.05.2007)

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4 Irã inicia construção de primeira central nuclear

O Irã começou a construir sua primeira central nuclear de concepção local, informou neste sábado uma fonte da OIEA (Organização Iraniana da Energia Atômica). "Começou a construção da primeira central nuclear local, com uma capacidade de 360 MW", anunciou Mohamad Saidi, vice-presidente da OIEA, citado pela televisão iraniana. Paralelamente, o Irã constrói em Arak (centro) um reator de pesquisas de água pesada, com uma capacidade de 40 MW, que estará operacional em 2009. (Diário do Grande ABC - 19.05.2007)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro mailto:nivalde@ufrj.br
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Bianca Reich, Carolina Tavares, Felipe Botelho e, Igor Briguiet.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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