l IFE: nº 2.035 - 15
de maio de 2007 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Presidente Lula faz balanço do PAC na área de Energia Em pronunciamento
realizado nesta segunda-feira (14/05), o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva fez um balanço do PAC na área de Energia, incluindo biocombustíveis,
petróleo e gás natural. São 459 ações em andamento, das quais 39% já estão
em fase de obras. Na área elétrica, Lula destacou que existem em desenvolvimento
37 projetos de transmissão e outros 56 ligados à implantação de hidrelétricas.
Desse total, 17 estão em estágio de elaboração e 18, em estudo de viabilidade.
Para o período de 2007 a 2010, anunciou a instalação de 8.819 km de linhas.
O presidente defendeu prioridade para a construção de empreendimentos
hidrelétricos não só por apresentarem um custo mais atrativo, mas principalmente
pelo potencial inexplorado ainda no País. (Brasil Energia - 14.05.2007)
2 Presidente Lula: construção de usinas do Madeira terá responsabilidade ambiental O presidente
Lula voltou a defender a importância da construção das usinas do Rio Madeira.
"Essas obras precisam sair por que o Brasil precisa delas e vão sair com
uma responsabilidade de um país que quer crescer economicamente", disse
o presidente. Lula afirmou que para a construção serão observadas as responsabilidades
ambientais. "Construir uma megahidrelétrica dessa precisa ter duas responsabilidades.
Uma em fazê-la, mas outra responsabilidade em fazê-la respeitando todas
as regras do meio ambiente". E completou: "Portanto, essa combinação entre
a pressa de fazer a obra e a pressa de cuidar com muito carinho do meio
ambiente precisam andar juntos". Respondendo a críticas de que o PAC estaria
andando em ritmo lento, o presidente afirmou que o país tem uma série
de órgãos de fiscalização encarregados de assegurar que os novos projetos
de produção de energia sejam instalados assegurando o respeito ao meio-ambiente,
sem desconsiderar a urgência de crescimento do parque elétrico brasileiro.
(Jornal do Commercio - 15.05.2007) 3 Rousseff: solução técnica para licenciamento ambiental de usinas do Madeira A ministra
da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que o governo está buscando uma solução
técnica para o problema do licenciamento ambiental das usinas hidrelétricas
do rio Madeira. "Para o Madeira estamos procurando uma solução técnica
envolvendo a questão dos sedimentos e um entendimento comum para o problema
da fauna, que inclui os bagres", disse Dilma. Segundo ela, o governo tem
o entendimento correto da relação entre meio-ambiente e energia. "Nós
precisamos de energia para crescer, mas não podemos repetir erros históricos
que resultaram em empreendimentos hidrelétricos desastrosos. É o caso
da usina de Balbina, no norte do país", disse Dilma. Ela afirmou que é
preciso buscar projetos que sejam renováveis, caso da hidrelétrica que
causa impactos cujos efeitos podem ser minorados. (Valor Econômico - 15.05.2007)
4
Justiça obriga grevistas do Ibama a manterem "regime normal de trabalho"
5 Ibama: greve pode atrasar licenciamento de hidrelétricas previstas no PAC Três empreendimentos
atrasados do PAC dependem de licença do Ibama. Os principais são as hidrelétricas
do rio Madeira, em Rondônia. O presidente interino do Ibama, Bazileu Alves,
não afastou a possibilidade de a greve atrasar o licenciamento das usinas,
que depende agora de explicações cobradas do consórcio Furnas-Odebrecht.
"Estamos tomando providências para que os processos mais urgentes não
sejam prejudicados", afirmou Alves, que anunciou o reforço do departamento
de licenciamento com 42 novos analistas. (Folha de São Paulo - 15.05.2007)
6 Governo descarta possibilidade de cancelar divisão do Ibama O governo
descarta a possibilidade de recuar da divisão do Ibama. "Não há nenhuma
hipótese [de aceitar a reivindicação dos grevistas]. Trata-se de uma greve
contra uma política pública definida pelo presidente da República, sem
base legal para ser mantida", insistiu o secretário-executivo do Ministério
do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco. (Folha de São Paulo - 15.05.2007)
7 Brasil e Argentina debatem cooperação energética Os ministros de Minas e Energia do Brasil, Silas Rondeau, e de Planejamento Federal, Investimentos e Serviços da Argentina, Julio De Vido, participam nesta terça-feira (15/05), da 4ª Reunião da Comissão Mista Bilateral Permanente em Matéria Energética. O encontro será realizado em Brasília. Serão discutidos temas como avaliação de projetos de hidrelétricas binacionais, importação e exportação de energia elétrica, integração energética sul-americana e cooperação bilateral na área de biocombustíveis. (MME - 14.05.2007) 8
Lula: Dados do programa Luz para Todos mostram melhorias no campo 9 Aneel: 184 projetos de PCHs em análise A Aneel
contabilizou 184 projetos básicos de PCHs em análise neste mês. As usinas
equivalem a 2.174 MW de potência. Depois de analisados pela agência, os
projetos podem ser ou não aprovados, cabendo aos investidores obter a
autorização para construí-los. Existem outros 202 projetos básicos em
elaboração pelos agentes do setor, que somam 1.514 MW. A agência contabiliza
mais 228 projetos básicos, que totalizam 3.253 MW. Para os próximos três
anos estão previstas as inaugurações de 61 PCHs, num total de 880 MW,
já com licença ambiental. Outras 122 PCHs autorizadas pela agência ainda
não têm previsão de entrada em operação. Existem ainda cerca de 600 eixos
disponíveis para que investidores possam elaborar projetos básicos. Esses
eixos indicam uma potência de 3.947 MW. (Brasil Energia - 14.05.2007)
10
PCH Flor do Sertão inicia operação comercial em julho Os municípios de Uberlândia e Araguari, em Minas Gerais, receberão recursos da Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos para Geração de Energia Elétrica e royalties de Itaipu Binacional, por terem áreas inundadas pela hidrelétrica Amador Aguiar II, antiga Capim Branco II. Foram considerados 43,55 km² de território inundado, dos quais 54,18% estão em Uberlândia e 45,82% em Araguari. (Agência Canal Energia - 14.05.2007)
Empresas 1 Eletrobrás lucra R$ 233 mi no primeiro trimestre de 2007 A Eletrobrás
encerrou o primeiro trimestre de 2007 com lucro de R$ 233 milhões, equivalente
a R$ 0,41por lote de mil ações, tendo registrado, em igual período de
2006, um prejuízo de R$ 142 milhões. A valorização do Real em relação
ao Dólar Norte-Americano e o fato de a ELETROBRÁS deter relevante parcela
de seus recebíveis indexados à moeda norte-americana criaram perda de
R$ 756 milhões para a Companhia, no primeiro trimestre de 2007, contra
perda de R$ 1.364 milhões no mesmo período de 2006. No primeiro trimestre
de 2007, o dólar teve desvalorização de 4,1%, cerca de 3 pontos percentuais
menor do que no primeiro trimestre de 2006. O reconhecimento dos resultados
obtidos pelas empresas investidas pela ELETROBRÁS impactou de forma positiva
o resultado da Companhia em R$ 393 milhões pela equivalência patrimonial.
No mesmo período do exercício anterior, o reflexo positivo foi de R$ 511
milhões. A influência no resultado da ELETROBRÁS das receitas financeiras
decorrentes dos financiamentos e empréstimos concedidos geraram ganho
de R$ 936 milhões, repetindo o nível de receita dessa natureza verificada
em igual período do exercício anterior. (Eletrobrás - 14.05.2007) 2 Comerc anuncia interesse em aquisição de energia de fontes alternativas A Comerc emitiu um aviso público ao Mercado, através de nota publicada no jornal Valor Econômico, anunciando o interesse em adquirir energia elétrica proveniente de fontes alternativas, a preços superiores aos "preços máximos" estabelecidos para o Primeiro Leilão de Energia Proveniente de Fontes Alternativas. Segundo a nota, prazos e condições dos contratos a serem firmados poderão ser negociados livremente entre as partes interessadas. (GESEL-IE-UFRJ - 15.05.2007) 3 Tractebel Energia registra lucro de R$ 242,1 mi no primeiro trimestre A Tractebel
Energia apurou lucro líquido de R$ 242,1 milhões no primeiro trimestre
desse ano, 29,6% abaixo dos R$ 343,8 milhões de igual período em 2006.
A receita líquida do primeiro trimestre somou R$ 675,5 milhões, resultado
7,2% acima dos R$ 630,4 milhões registrados de janeiro a março de 2006.
O Ebitda foi de R$ 451,1 milhões nos três meses iniciais de 2007, 13%
superior aos R$ 336,8 milhões apurados em igual período no ano passado.
(Jornal do Commercio - 15.05.2007) 4
Tractebel Energia planeja investir R$ 516 mi em 2007 5 AES Eletropaulo estima crescimento de 3,9% no mercado de energia A AES Eletropaulo
projeta expansão superior a 3,5% no mercado total na sua área de concessão
em 2007 e 2008. Para este ano, o crescimento será de 3,9%; enquanto para
2008, a previsão é de 3,7%. A expectativa é de aumento de 1,6% e 2,7%
no mercado cativo, respectivamente. De janeiro a março deste ano, o consumo
de todos os consumidores da região cresceu 2,7% e dos cativos, 0,5%. O
crescimento futuro do consumo refletirá o ritmo da economia do país e
a expansão econômica e vegetativa da cidade de São Paulo. A Eletropaulo
registrou queda de 4,8% no total de perdas, ficando em 12,2% no final
do primeiro trimestre. A empresa realizou R$ 88 milhões em investimentos
nos três primeiros meses do ano, sendo R$ 71 milhões em capital próprio.
(Agência Canal Energia - 14.05.2007) 6 AES Tietê: lucro líquido de R$ 160,4 mi no 1º tri A AES Tietê
teve lucro líquido no primeiro trimestre de R$ 160,4 milhões, contra R$
152,8 milhões no mesmo período de 2006, segundo balanço divulgado. A geradora
teve receita bruta de R$ 394,4 milhões de janeiro a março, em comparação
aos R$ 382,8 milhões nos mesmos meses do ano passado. A receita líquida
acompanhou e subiu de R$ 347,9 milhões para R$ 358,3 milhões entre os
primeiros trimestres de 2006 e 2007. (Agência Canal Energia - 14.05.2007)
7 AES Tietê: investimento de R$ 225 mi em PCHs A AES Tietê
prepara o início das obras de três PCHs no estado do Rio de Janeiro. Segundo
Eduardo Bernini, diretor-presidente da geradora, a empresa está concluindo
os contratos de construção das usinas. O investimento total estimado é
de R$ 225 milhões em dois anos. As três PCHs terão capacidade total de
52 MW e energia assegurada de 28,97 MW médios. A aquisição das licenças
custou R$ 2,6 milhões. Para este ano, a Tietê prevê investimentos de R$
75,5 milhões, dos quais R$ 10,2 milhões foram aplicados no primeiro trimestre.
O principal projeto é a construção de outras três PCHs no estado de São
Paulo, que vão agregar mais 8 MW de capacidade instalada ao parque gerador
da companhia. O investimento total será de R$ 22,4 milhões em 2007. A
AES Tietê aplicará ainda R$ 36,6 milhões na reforma e modernização das
usinas. (Agência Canal Energia - 14.05.2007) 8 Copel investe R$ 1,2 mi em ampliação de subestação A Copel investiu R$ 1,2 milhão na ampliação da subestação de energia elétrica de Loanda. Entre as iniciativas, foi instalado um segundo transformador, que duplicará a capacidade da SE. Com a ampliação, a SE passa a operar com dois transformadores de 41 MVA de potência cada. A Copel construiu também, na SE de Loanda, dois barramentos, com tensão de operação de 138 mil V e 34,5 mil V. A Copel prevê para 2013 obras de ampliação da capacidade de atendimento da SE de Nova Londrina, quando será preciso elevar o nível de tensão de funcionamento da linha. (Agência Canal Energia - 14.05.2007) 9 Itaipu Binacional inaugura 2 unidades geradoras Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicanor Duarte Frutos inauguram em Foz do Iguaçu, na usina de Itaipu, no dia 21 de maio, as duas novas unidades geradoras 9 A e 18 A, que representaram um investimento de US$ 184,6 milhões. Agora com suas 20 unidades em operação, Itaipu conclui o processo de construção da usina previsto no Tratado de Itaipu e dá início a uma nova fase, a de modernização das 18 unidades geradoras iniciais. A usina aumenta a potência instalada de 12,6 mil MW para 14 mil MW. (DCI - 15.05.2007 e Itaipu - 14.05.2007) 10 Standard & Poor's atribui rating B para Celtins A Standard
& Poor's Ratings Services atribuiu, em 11 de maio, seu rating de crédito
corporativo 'B' em moeda estrangeira e em moeda local à Celtins. A perspectiva
dos ratings é positiva. Os ratings da Celtins refletem a estrutura ainda
desfavorável do seu perfil de dívidas; os desafios de conduzir um programa
de investimentos robusto nos próximos quatro anos; e a capacidade limitada
da empresa para reduzir o volume de endividamento. Esses riscos são parcialmente
compensados pelas operações otimizadas da empresa, refletidas em sua forte
margem EBITDA de 34% e na tendência positiva de sua geração de fluxo de
caixa operacional A Celtins tem um plano de investimento agressivo para
os próximos quatro anos, que totaliza cerca de R$ 300 milhões, de acordo
com as projeções da companhia. A perspectiva positiva dos ratings da Celtins
reflete as expectativas de que a empresa continuará trabalhando em seu
gerenciamento de passivos para reduzir sua exposição aos onerosos empréstimos
de capital de giro. (Standard & Poor's 14.05.2007) 11 Alerj move ação contra a Ampla A Alerj está movendo ação civil pública contra a Ampla. O motivo é o descumprimento da lei que determina que os medidores de consumo de energia devam ser instalados em locais visíveis e de fácil acesso. A concessionária instalou e mantém em operação medidores eletrônicos no alto de postes que chegam a 9m de altura. (Brasil Energia - 14.05.2007) No pregão
do dia 14-05-2007, o IBOVESPA fechou a 50.510,76 pontos, representando
uma baixa de 0,77% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
2,84 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização
de 1,32% fechando a 15.899,29 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o
seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 49,25 ON e R$ 46,95 PNB,
alta de 0,08% e 0,11%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão
anterior. Na abertura do pregão do dia 15-05-2007 as ações da Eletrobrás
foram cotadas a R$ 49,02 as ações ON, baixa de 0,47% em relação ao dia
anterior e R$ 46,95 as ações PNB, estável em relação ao dia anterior.
(Investshop - 15.05.2007)
Leilões 1 Leilão de Fontes Alternativas é adiado para junho O MME decidiu
adiar do dia 24 de maio para o dia 18 de junho o leilão de energia produzida
a partir de fontes alternativas. Segundo o ministério, o adiamento foi
causado por problemas burocráticos. A Aneel informou que o adiamento vai
alterar as demais datas do cronograma. Para esse leilão, foram habilitados
70 empreendimentos geradores de energia elétrica, incluindo 49 PCHs. Ao
todo, as 70 usinas habilitadas para o leilão têm uma capacidade instalada
para gerar 2.022 MW. (DCI - 15.05.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Presidente Lula descarta risco de falta de energia até 2011 O presidente
Lula descartou o risco de falta de energia até 2011 e afirmou que, após
esse prazo, o abastecimento estará garantido pelos projetos do PAC. "Está
afastado o risco de apagão", afirmou. "Com toda garantia, não faltará
energia até 2011 e, depois disso, a garantia será o PAC", disse. "Estou
convencido de que o PAC será o mais extraordinário exemplo de gestão de
infra-estrutura neste país", completou. (Jornal do Commercio - 15.05.2007)
2 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 85,9% O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 85,9%, sem apresentar alteração significativa em relação à medição do dia 12 de maio. A usina de Furnas atinge 98,6% de volume de capacidade. (ONS - 13.05.2007) 3 Sul: nível dos reservatórios está em 85,6% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,3% no nível de armazenamento
em relação à medição do dia 12 de maio, com 85,6% de capacidade armazenada.
A usina de Machadinho apresenta 83,8% de capacidade em seus reservatórios.
(ONS - 13.05.2007) 4 NE apresenta 93,9% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,2% em relação à medição do dia 12 de maio, o Nordeste está
com 93,9% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 95,4% de volume de capacidade. (ONS - 13.05.2007) 5 Norte tem 99,4% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 99,4% com variação de 0,2% em
relação à medição do dia 12 de maio. A usina de Tucuruí opera com 99,3%
do volume de armazenamento. (ONS - 13.05.2007)
Gás e Termoelétricas 1 Bolívia não poderá usar gás para quitar dívida com Petrobras A Bolívia não poderá pagar com gás pela compra das duas refinarias adquiridas da Petrobras. Apesar da possibilidade ter sido levantada na semana passada em Brasília, essa operação não é possível, porque o dinheiro que paga pelo gás importado tem destinação específica na Bolívia. Assim como no Brasil, mais de metade é destinada ao pagamento de royalties e participações - divididas para o governo, províncias e até universidades - e o restante vai para os produtores pagarem seus custos. O que sobra é dividido entre as petroleiras e a estatal YPFB. O pagamento terá que sair do caixa do governo, que vem tendo alta extraordinária das receitas desde maio do ano passado, quando aumentou os impostos sobre a produção de gás dos maiores campos da Bolívia, San Alberto e San Antonio. (Valor Econômico - 15.05.2007) 2 Resolução de Ministério boliviano obriga Petrobras a vender 3 milhões de m³ de GN Os problemas
enfrentados pela Petrobras na Bolívia não acabaram com a venda das refinarias.
Sem alarde, o governo de Evo Morales está obrigando a estatal brasileira
a vender 3 milhões de m³ de gás natural por dia para o mercado interno
boliviano, que antes recebia 300 mil m³/dia da empresa brasileira. A medida,
que atende à resolução 255 do Ministério de Hidrocarbonetos e Energia,
contraria contrato que dá preferência para a estatal exportar seu gás
para o Brasil, dentro do acordo de suprimento firmado pelos dois países,
o GSA. Ao vender gás para o mercado interno da Bolívia - onde o preço
é subsidiado entre US$ 1 a US$ 1,50 por m³ - ao invés de exportar para
o Brasil, a Petrobras deixa de ganhar US$ 270 mil por dia. Ainda não é
possível falar em perda, porque o Brasil consome cerca de 26 milhões de
m³/dia, abaixo do contrato com o Brasil e da capacidade de transporte
do Gasbol, que é de 30 milhões de m³/dia. "Enquanto o Brasil não chegar
ao limite máximo de consumo, não tem problema. Mas já dissemos que, se
o Brasil pedir mais, vamos mandar. Se não aceitarem, será quebra de contrato",
explica o presidente da Petrobras Bolívia, José Fernando de Freitas. (Valor
Econômico - 15.05.2007) 3 Preço do gás boliviano para termelétrica de Cuiabá mais que triplica A tarifa
do gás que a Bolívia fornece para a Termelétrica de Cuiabá, em Mato Grosso,
será reajustado a partir de hoje, disse o ministro de Hidrocarbonetos
da Bolívia, Carlos Villegas. 'O novo preço passa a valer a partir de 15
de maio, conforme acordo com o ministro de Minas e Energia do Brasil Silas
Rondeau', afirmou. A termoelétrica compra da Bolívia 1,2 milhão de metros
cúbicos diários a US$ 1,09 por milhão de BTU (Unidade Térmica Britânica).
A partir de hoje, pagará US$ 4,20 por BTU, mesma tarifa cobrada dos bolivianos
pelo gás fornecido a São Paulo. (O Estado de São Paulo - 15.05.2007) 4 Greve no Ibama ameaça o Plangás A greve
dos funcionários do Ibama ameaça o andamento do Plangás, o plano emergencial
montado pela Petrobras para assegurar o rápido aumento da oferta de gás
natural. O alerta é do presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do
Senado (CAE), senador Aloizio Mercadante (PT-SP), presente ao primeiro
dia do XIX Fórum Nacional. O senador destacou a perfuração no litoral
do Espírito Santo como uma das atividades mais prejudicadas, caso a paralisação
se confirme sem preservar atividades essenciais. "No litoral capixaba,
a previsão é extrair 24 milhões de metros cúbicos diários de gás a partir
de 2008. Esse cronograma exige para ser cumprido um Termo de Ajustamento
de Conduta (TAC) com o Ministério Público Federal, o que demanda por sua
vez um parecer do Ibama, que está pendente", advertiu. Mercadante levou
ao Fórum levantamento das obras a medidas do Plangás dependentes do Ibama.
"A energia elétrica tem uma demanda que cresce 36% acima do PIB, e a curto
prazo as usinas térmicas a gás são a única opção mais à mão", argumentou.
(Jornal do Commercio - 15.05.2007)
Grandes Consumidores 1 Vale é empresa mais lucrativa da AL no primeiro trimestre A Petrobras
perdeu a posição de empresa mais lucrativa da América Latina no primeiro
trimestre do ano -após quatro anos e três meses na liderança- para a também
brasileira Vale do Rio Doce, diz estudo da consultoria Economática. Na
primeira colocação desde o quarto trimestre de 2002, a Petrobras lucrou
US$ 2,015 bilhões (R$ 4,1 bilhões) no primeiro trimestre do ano, contra
US$ 2,485 bilhões da Vale. Para Fernando Excel, presidente da Economática,
há "grandes chances" de a Vale se consolidar como a companhia mais lucrativa
da região porque elevou seu nível de faturamento com a aquisição da Inco
e costuma ter desempenho mais fraco no primeiro trimestre. O alto consumo
de minérios também elevou o lucro, que cresceu 133%. (Folha de São Paulo
- 15.05.2007) 2 Grupo Anglo American investe US$ 3,1 bi em negócios de níquel e ferro no Brasil O grupo
Anglo American está investindo US$ 3,1 bilhões no Brasil em negócios de
minério de ferro e de níquel, informou sua presidente-executiva, Cynthia
Carroll. A executiva assinou contrato de transação com a mineradora MMX
Mineração e Metálicos, numa parceria inicial de 49% - e depois com 50%
-, numa segunda etapa, devendo investir US$ 1,9 bilhão nas duas fases
do projeto Minas Rio. Mais US$ 1,2 bilhão estão sendo aplicados na usina
de níquel de Barro Alto (GO), que vai produzir 36 mil toneladas ao ano
de ferro-níquel a partir de 2009. Isso vai contribuir para a duplicação
do potencial de produção deste metal pela multinacional para 90 mil toneladas
até 2011. A meta da Anglo American é produzir 100 milhões de toneladas
por ano de ferro dentro de cinco anos. Para isso, planeja expandir a produção
de sua subsidiária Kumba, na África do Sul, das atuais 35 milhões de toneladas
para 60 milhões até 2011. Esta prevista ainda a ampliação dos 26 milhões
de toneladas anuais de capacidade da MMX Minas Rio para no mínimo de 30
milhões na segunda etapa do projeto. Os destaques na nova estratégia serão
minério de ferro e diamantes. (Valor Econômico - 15.05.2007) 3 Siderurgia puxa expansão de desembolsos do BNDES O BNDES
emprestou 40% a mais nos primeiros quatro meses do ano. Nesse período,
os desembolsos somaram R$ 14,852 bilhões. O principal destaque foi o setor
siderúrgico, que respondeu por quase metade (49%) do crescimento no volume
de recursos financiados. De janeiro a abril, os empréstimos para a siderurgia
cresceram 1.118% e somaram R$ 2,2 bilhões. De acordo com os dados do banco,
desde agosto a média mensal de liberações para a área é de R$ 450 milhões.
Segundo Francisco Eduardo Pires de Souza, assessor da diretoria de Planejamento,
os resultados representam a fase de expansão do setor e o grande volume
de operações com limite de crédito. Na prática, o montante inclui financiamentos
já aprovados no ano passado, mas que dependem do avanço do projeto para
ter os recursos liberados em parcelas. No ano passado, o banco aprovou
operações de volume significativo para CST, Gerdau, Usiminas e Cosipa,
entre outras. (Folha de São Paulo - 15.05.2007)
Economia Brasileira 1 Desembolsos do BNDES atingem R$ 56,5 bilhões em 12 meses até abril Os desembolsos do BNDES atingiram R$ 56,5 bilhões entre maio de 2006 e abril deste ano, valor 24% superior ao registrado nos 12 meses anteriores. As aprovações, que somaram R$ 82,9 bilhões, cresceram 49% na mesma base de comparação. Os projetos enquadrados e as consultas, pela ordem, chegaram a R$ 100,7 bilhões e R$ 116,9 bilhões nos últimos 12 meses, representando elevação de 18% e 32% no período. Os números apontam para a continuidade de alta nos desembolsos, uma vez que acentuam o descolamento entre o valor das liberações e dos projetos aprovados, o que já vem ocorrendo há dois anos. (BNDES - 14.05.2007) 2 Aumenta otimismo de analistas de mercado sobre queda dos juros Os sinais cada vez mais consistentes de queda da inflação levam mais otimismo aos analistas do mercado financeiro também quanto à possibilidade de o Copom reduzir mais ainda a Selic no decorrer do ano. A expectativa média dos analistas consultados pelo Banco Central, na última sexta-feira (11/05), caiu de 11,25% para 11% no final deste ano. A pesquisa, que deu origem ao Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (14/05), estima que a taxa atual, de 12,50% ao ano, cairá para 12,25% na reunião que o Copom fará no início de junho. A taxa de juros está no nível mais baixo da história do BC, mas ainda é considerada muito alta para os padrões internacionais, além de inibir investimentos internos, geradores de empregos e renda. (Agência Brasil - 14.05.2007) 3
Mercado prevê dólar a R$ 2,05 para dezembro 4 Mantega: Real não está entre os mais valorizados No dia em
que o dólar fechou no valor mais baixo nos últimos seis anos, o ministro
da Fazenda, Guido Mantega, disse que o "problema cambial é o desafio"
da economia brasileira hoje. Na abertura do Fórum Nacional, promovido
pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, Mantega
afirmou que o governo tem de trabalhar para "impedir maior valorização
do real". Em seguida, porém, fez questão de destacar que "não é o real
que está se valorizando, mas o dólar que está perdendo valor", acrescentando
que nos últimos 12 meses a moeda brasileira não aparece entre as que mais
se valorizaram. (Folha de São Paulo - 15.05.2007) 5 Emprego na indústria cresce no maior ritmo em dois anos O emprego
industrial reagiu com mais vigor em março e cresceu 0,4% em relação a
fevereiro e 1,7% na comparação com igual mês do ano passado - a maior
variação nesse indicador desde maio de 2005 -, fechando o primeiro trimestre
com expansão acumulada de 1,2% na comparação com igual período de 2006.
"Há uma melhora no cenário econômico e o ambiente mais favorável para
a produção está beneficiando também o emprego", disse a economista Denise
Cordovil, da coordenação de indústria do IBGE. (Jornal do Commercio -
15.05.2007) 6 Produtividade da indústria cresce 3% no 1º tri e supera índice de 2006 A produtividade da indústria brasileira cresceu 3% no primeiro trimestre de 2007. Já é um número superior ao resultado total de 2006, quando esse indicador subiu 2,5%. O avanço foi fruto de uma expansão tanto na produção, de 3,8%, quanto na quantidade de horas pagas aos trabalhadores, que foi 0,8% maior, segundo dados do IBGE. Esse padrão de crescimento dos dois indicadores que formam a produção tem sido observado desde 2004. (Valor Econômico - 15.05.2007) 7
Projeção para IPCA cai pela 8ª vez seguida 8 Missão do Fundo Monetário visita o Brasil Uma missão
do FMI está em São Paulo para a revisão anual da economia brasileira.
Mesmo não sendo mais devedor do Fundo, o Brasil é membro permanente do
organismo multilateral e, nessa condição, tem de passar por essa avaliação
todos os anos. Na semana que vem, a missão estará em Brasília para reuniões
em vários ministérios. Eles deverão ter uma audiência com o ministro da
Fazenda, Guido Mantega. (DCI - 15.05.2007) O dólar
comercial abriu as operações com pequena variação em relação ao encerramento
de ontem, a R$ 2,007. Em pouco mais de 10 minutos de atividades, a moeda
era transacionada a R$ 2,004 na compra e a R$ 2,006 na venda, com queda
de 0,14%. Na jornada passada, o dólar comercial cedeu 0,49%, a R$ 2,007
na compra e a R$ 2,009 na venda. O giro interbancário (D+2) somou aproximadamente
US$ 2,5 bilhões, segundo informações do mercado. (Valor Online - 15.05.2007)
Internacional 1 Bolívia abre espaço para a PDVSA O governo
Evo Morales anunciou que autorizou a Yacimientos Petrolíferos Fiscales
Bolivianos (YPFB) a fechar uma parceria com a Petróleos de Venezuela S.A.
(PDVSA) para exploração de campos de petróleo e gás no país. Com a PDVSA,
a Bolívia já tem uma associação, batizada de Petroandina. Sem novas descobertas,
a Bolívia não terá condições de cumprir os contratos com a Argentina a
partir de 2009, quando terá de iniciar a exportação de 27,7 milhões de
metros cúbicos de gás natural por dia, além de abastecer o mercado brasileiro
e absorver o crescimento do consumo interno. O governo boliviano espera
receber US$ 3 bilhões em novos investimentos nos próximos meses. A expectativa
é de que a YPFB e a PDVSA inaugurem essa parceria com a prospecção do
campo localizado ao norte de La Paz, chamado Madidi. A Petrobrás e a francesa
Total têm um contrato para explorar o campo Rio Hondo na mesma região.
A falta de licença ambiental, segundo Miranda, fez com que as duas empresas
interrompessem a exploração da área. (O Estado de São Paulo - 15.05.2007)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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