l IFE: nº 2.032 - 10
de maio de 2007 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Rondeau defende fontes renováveis O ministro
Silas Rondeau afirmou ontem que o crescimento econômico do Brasil não
poder ser refém do aumento da oferta de energia elétrica. De acordo com
o ministro, o País deve explorar sua vocação hidráulica para continuar
ampliando o uso de fontes renováveis de energia. "Nós temos muita energia
hidráulica, utilizamos basicamente um quarto. Vamos - e temos a convicção
-, por meio de programas especiais de incentivo a fontes alternativas,
estimular essas fontes", disse Rondeau. "Mas elas serão sempre fontes
complementares", acrescentou o ministro. O ministro de Minas e Energia
informou ainda que atualmente o Brasil tem 264 mil MW inventariados, dos
quais pouco mais de 28% estão em operação. "O desafio é manter o fornecimento
de energia para o Brasil dentro de limites desejáveis da participação
de fontes renováveis - não abrir mão da nossa vocação hidrelétrica", disse.
O objetivo do Plano Nacional de Energia até 2030 (PNE-2030), lembrou o
ministro Rondeau, é manter a proporção entre fontes renováveis na matriz
energética brasileira. (Agência Brasil - Gazeta Mercantil) 2 Aneel quer análise do Ibama em todas as fases Na audiência
pública de ontem na Comissão de Minas e Energia da Câmara, o presidente
da Aneel, Jerson Kelman, disse considerar ser "um equívoco tratar projetos
de interesse público da mesma maneira que se trata projetos de interesse
essencialmente privados". Kelman citou como exemplo de obras de interesse
público as usinas hidrelétricas do Rio Madeira: Santo Antonio e Jirau.
Kelman insistiu que o Ibama deve acompanhar todo o processo de análise
do impacto ambiental, e não apenas a fase final. Ao falar sobre o impasse
em relação à concessão de licenciamento para as obras do Madeira, Kelman
afirmou: "Não há conhecimento que certifique, que permita dizer que haverá
problemas com a questão dos sedimentos, mas é possível dizer que vai faltar
energia ou que a energia ficará mais cara (se as hidrelétricas não saírem
do papel)." Na tentativa de sensibilizar os representantes do ministério
do Meio Ambiente em relação à necessidade da construção de hidrelétricas
no País, Kelman afirmou que o custo Brasil é de 15% e que nele está embutido
a questão ambiental. (Jornal do Commercio - 10.05.2007) 3 MP cobra explicações a Kelman O presidente
da Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados, José Otávio
Germano (PP-RS), enviará um ofício ao procurador da República Marcelo
Ribeiro de Oliveira criticando os procedimentos administrativos movidos
por ele para investigar declarações feitas pelo diretor-geral da Aneel,
Jerson Kelman, sobre o processo de licenciamento ambiental. Ontem (8/5),
Kelman foi notificado pela terceira vez pelo Ministério Público Federal
do Pará (MPF-PA) para justificar suas declarações num prazo de dez dias,
sob pena de ser acusado por apologia ao crime. No documento, assinado
por Oliveira e outros procuradores, o MPF-PA alega que o diretor-geral
da Aneel tirou proveito de seu cargo para emitir opiniões pessoais ao
defender o fim do licenciamento ambiental. "Lembramos que a questão possui
caráter institucional e não meramente pessoal", dizem os procuradores
no documento. "Requisita-se que sejam esclarecidas as razões pelas quais
a infra-estrutura da agência foi empregada para fins pessoais", completam.
(Brasil Energia - 09.05.2007) 4
Capobianco admite despreparo do Ibama 5 Rio Madeira: governo admite contratar térmicas como solução A ministra-chefe
da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta quarta-feira, 9 de maio, que
a construção das usinas hidrelétricas do Complexo Hidrelétrico do Rio
Madeira (6.450,4 MW) poderá ter a oferta da energia retardada em um ano
caso a licença prévia do empreendimento não saia neste mês de maio. Segundo
Dilma a alternativa para suprir um eventual atraso na licitação da energia
da usina será a oferta de energia térmica, por meio de gás, óleo ou carvão.
Ela negou que o governo esteja marcando data para que o Ibama emita a
licença prévia. "O governo jamais marcou data [para a licença das usinas].
Quem marca data é a realidade. Nós precisamos de energia em 2012. Se não
sair até o final de maio [a licença], essa energia será prorrogada para
2013", avaliou. Na avaliação da ministra, o debate sobre um eventual tradeoff
entre oferta de energia e meio ambiente está distorcido, pois não há contradição
entre os dois temas. (Agência Canal Energia - 09.05.2007)
6 Dilma: atrasos não têm relação com a ausência de recursos privados A ministra
Dilma Rousseff disse que eventuais atrasos em projetos de energia previstos
pelo PAC não têm relação com a ausência de aportes de recursos privados.
A ministra explicou que há empreendimentos privados como a hidrelétrica
de Estreito (TO/MA, 1.087 MW) que estão enquadrados numa classificação
considerada como "amarela", ou seja, demandando atenção por parte do governo,
em função de liminares. "A usina está com o cronograma completamente em
dia. Ela tem equipamentos contratados, possui licenças de instalação,
têm montado o canteiro de obras, mas teve algumas liminares do Minstério
Público Federal, cuja situação é que é possível de ser solucionada. Sinalizamos
de amarelo porque há conflitos", contou. Na avaliação da ministra, há
neste momento inicial do PAC uma mudança de postura em relação aos últimos
dez anos, quando havia a preocupação por parte do governo com o controle
dos gastos. Agora, ressaltou, os planos envolvem a realização de gastos
eficientes, em parceria com o setor privado, tido como elemento central
de realização dos aportes. (Agência Canal Energia - 09.05.2007) 7 Agências reguladoras terão menos dinheiro em caixa Dos R$ 7,1 bilhões autorizados em orçamento para todas as agências reguladoras do País este ano, R$ 5,3 bilhões (75%) fazem parte da chamada "reserva de contingência", uma espécie de "poupança orçamentária" imposta pelo Executivo para garantir o superávit primário no fim do ano. Ou seja, três quartos da verba destinada aos órgãos reguladores para gastos com pessoal, despesas correntes e investimentos estão congelados em 2007. Os dados são do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) e foram compilados pela ONG, Contas Abertas. Especialistas alertam para o aumento do grau de dependência das agências com o governo. De acordo com o levantamento feito pela ONG, a ANP é o órgão regulador que dispõe de maior verba para este ano. Porém, 90% da quantia faz parte da reserva de contingência, isto é, dos R$ 3,2 bilhões autorizados para 2007, R$ 2,9 bilhões estão congelados. A Aneel também não escapou das limitações impostas pelo Executivo. Dos R$ 414,9 milhões, R$ 256,3 (62%) não podem ser utilizados, para contribuir com as metas superavitárias do ano. (DCI - 10.05.2007) 8
Empresa de referência em agosto 9 Rio Madeira: valor de tarifa de usinas só sai após licença Independentemente
do aumento do custo das usinas hidrelétricas do rio Madeira previsto pelo
consórcio Furnas-Odebrecht - cerca de R$ 10 bilhões acima dos investimentos
previstos pelo governo -, a estimativa de custo da tarifa de energia elétrica
a ser gerada no empreendimento só será calculada após a emissão de licença
ambiental, informou ontem a EPE. A empresa é responsável pelo cálculo
da tarifa máxima a ser cobrada num dos principais empreendimentos de geração
de energia previstos no PAC. Com base nesse teto, os interessados em disputar
o leilão das duas usinas apresentarão os preços a serem repassados aos
consumidores. Ontem, o ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) disse
que qualquer estimativa que se faça sobre o custo das usinas é só "referência"
para o leilão, que segue sem data marcada. (Folha de São Paulo - 10.05.2007)
10
Curtas
Empresas 1 Light vai alongar dívida com Deutsche Bank A Light
vai exercer a opção de alongar o prazo de pagamento de uma dívida de US$
170 milhões com o Deutsche Bank que tem prazo de vencimento em 2010. Segundo
Ronnie Vaz Moreira, vice-presidente de Relações com Investidores, a empresa
tem até outubro próximo para efetivar a decisão. Com isso, a distribuidora
reduzirá o montante de R$ 580 milhões de amortização previsto para ser
quitado em 2010. (Agência Canal Energia - 09.05.2007) 2 Light prevê crescimento de 5,5% no mercado de energia A Light tem expectativa de um crescimento de 5,5% na quantidade de energia faturada para este ano, segundo José Luiz Alquéres presidente da distribuidora. A previsão é que a quantidade de energia física distribuída suba 4,39% este ano. A Light está atuando para não perder mais mercado com o reposicionamento da Light Esco, como comercializadora. A subsidiária já conseguiu fechar acordos com grandes consumidores, como Ambev e Unilever. (Agência Canal Energia - 10.05.2007) 3 Cemig: lucro de R$ 406,6 mi no 1º tri A Cemig
teve lucro líquido de R$ 406,6 milhões no primeiro trimestre, contra R$
339,7 milhões no mesmo período do ano passado, segundo balanço divulgado.
A receita bruta da empresa ficou em R$ 3,6 bilhões de janeiro a março
deste ano, ante R$ 3 bilhões em igual meses de 2006. A Cemig obteve receita
líquida de R$ 2,3 bilhões nos três primeiros meses de 2007, acima dos
R$ 2 bilhões no ano passado. O resultado bruto ficou em R$ 856,3 milhões
no primeiro trimestre, ante R$ 645,1 milhões do mesmo trimestre de 2006.
A Cemig teve resultado operacional de R$ 622 milhões de janeiro a março
deste ano, contra R$ 534,8 milhões em igual período de 2006. (Agência
Canal Energia - 09.05.2007) 4
Terna lucra R$ 57,8 mi 5 Neoenergia lucra R$ 255,2 mi A NEOENERGIA
obteve um lucro líquido consolidado de R$ 255,2 milhões no primeiro trimestre
de 2007, o que representa um aumento de 7,4% sobre o resultado do mesmo
período do ano anterior. O EBITDA/LAJIDA (Lucro antes dos juros, impostos,
depreciação e amortização) no período findo em 31 de março deste ano foi
de R$ 570,9 milhões, representando aumento de 1,15% com relação ao mesmo
período do ano anterior. A receita operacional bruta consolidada totalizou
no período de três meses do ano R$ 2.1 milhões, aumentando 8,82% em relação
à receita bruta obtida no primeiro trimestre de 2006. A receita líquida
acumulada nos três meses somou R$ 1.3 milhões, 8,20% superior à receita
líquida apurada no mesmo período do ano passado. Os investimentos totais
do Grupo no primeiro trimestre de 2007 atingiram o montante de R$ 294,8
milhões. (Neonergia - 09.05.2007) 6 Grupo Engevix vai construir nova hidrelétrica O grupo
Engevix anuncia hoje investimentos de R$ 220 milhões em uma nova usina
hidrelétrica, a Central Hidrelétrica Alzir dos Santos Antunes (UHE Monjolinho),
da Monel. A usina terá 67 MW e os investimentos de R$ 220 milhões serão
parcialmente financiados pelo BNDES. A operação comercial deve iniciar
até dezembro de 2009. O grupo também inaugura a sua primeira PCH, a Esmeralda.
A PCH Esmeralda, de 22,2 MW, recebeu investimentos de R$ 71 milhões e
iniciou a geração no final de 2006. A implantação do empreendimento ficou
a cargo da Engevix. As empresas do grupo Engevix apostam firme no crescimento
do setor energético. Cerca de 80% da companhia tem origem nesse segmento.
Para este ano a expectativa é faturar R$ 650 milhões, em função dos investimentos
realizados, de novos contratos e negócios principalmente com a Petrobras.
Segundo o vice-presidente de Energia da Engevix, uma das metas da empresa
para os próximos cinco anos é contar com um parque gerador próprio de
400 MW. (Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 2)(Juliana Wilke) 7 Eletronorte apresenta projeto inédito Projeto
inédito de produção de energia elétrica a partir do hidrogênio retirado
do etanol e da água foi apresentado na Eletronorte. A técnica inovadora
será utilizada para fornecer energia elétrica para a comunidade isolada
de Pico do Amor, até agosto de 2007. O projeto, custeado por meio do Programa
Eletronorte de P&D, com investimentos de R$ 800 mil, é desenvolvido em
parceria com a Unicamp e outras instituições de pesquisa. A quantidade
de energia produzida na usina será de cinco kWh. (Eletronorte - 08.05.2007)
8 Celpe: lucro líquido de R$ 62,2 mi no 1º tri A Celpe teve lucro líquido de R$ 62,2 milhões no primeiro trimestre deste ano, contra R$ 39,2 milhões no mesmo período do ano passado, segundo balanço divulgado. A receita bruta ficou em R$ 795,4 milhões de janeiro a março deste ano, ante R$ 725,9 milhões em igual período de 2006. A distribuidora obteve receita líquida de R$ 490,2 milhões nos três primeiros meses de 2007, acima dos R$ 445,9 milhões no ano passado. O resultado bruto ficou em R$ 161,8 milhões no primeiro trimestre, ante R$ 130,8 milhões do mesmo trimestre de 2006. (Agência Canal Energia - 09.05.2007) No pregão do dia 09-05-2007, o IBOVESPA fechou a 51.300,13 pontos, representando uma alta de 2,03% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 4,78 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,35% fechando a 16.118,87 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 48,33 ON e R$ 46,41 PNB, alta de 2,20% e 0,59%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 10-05-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 48,25 as ações ON, baixa de 0,17% em relação ao dia anterior e R$ 46,00 as ações PNB, baixa de 0,88% em relação ao dia anterior. (Investshop - 10.05.2007)
Leilões 1 Leilão de Fontes Alternativas: MME define garantias físicas de empreendimentos O MME definiu
nesta quarta-feira (09/05) os montantes de garantia física dos empreendimentos
de geração de energia térmica à biomassa, eólica e PCHs, que vão ao leilão
de Fontes Alternativas de energia. A decisão foi publicada no Diário Oficial
da União, através da portaria nº 79. A garantia física definida na portaria
será válida para os empreendimentos que celebrarem os Contratos de Comercialização
de Energia no Ambiente Regulado (CCEARs). (Brasil Energia - 09.05.2007)
2 Leilão de Fontes Alternativas: 70 empreendimentos habilitados A EPE divulgou a lista com setenta novos empreendimentos habilitados tecnicamente para participar do Leilão de Energia de Fontes Alternativas, que se realizará no dia 24 de maio. A licitação será destinada à comercialização de energia elétrica proveniente de três tipos de fontes: hídrica a partir de PCHs, térmica a biomassa e eólica. As usinas habilitadas somam potência instalada de 2.022 MW. Das 70 habilitadas, 49 são de PCHs, que juntas representam 751 MW de capacidade de geração. As usinas termelétricas movidas a bagaço de cana-de-açúcar e rejeitos de criadouros avícolas totalizam 15 habilitações, com potência de 649 MW. Também foram habilitadas seis usinas eólicas, com potência de 622 MW. (Jornal do Commercio - 10.05.2007) 3 Tolmasquim: leilão de fontes alternativas garantirá complementação da oferta de energia para 2010 Na avaliação
do presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, o leilão de fontes alternativas
é um importante instrumento visando ao atendimento das necessidades de
complementação da oferta de energia elétrica para 2010, garantindo assim
segurança e confiabilidade no tocante ao abastecimento energético brasileiro
para os próximos anos. (Jornal do Commercio - 10.05.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 86,2% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 86,2%, apresentando
queda de 0,1% em relação à medição do dia 7 de maio. A usina de Furnas
atinge 99,3% de volume de capacidade. (ONS - 8.05.2007) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 83,6% O nível de armazenamento na região Sul apresentou alta de 1,1% no nível de armazenamento em relação à medição do dia 7 de maio, com 83,6% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 69% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 8.05.2007) 3 NE apresenta 95% de capacidade armazenada Sem apresentar
alteração significativa em relação à medição do dia 7 de maio, o Nordeste
está com 95% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 96,3% de volume de capacidade. (ONS - 8.05.2007) 4 Norte tem 99,4% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 99,4% com variação de 0,3% em
relação à medição do dia 7 de maio. A usina de Tucuruí opera com 99,5%
do volume de armazenamento. (ONS - 8.05.2007)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras anuncia descoberta de gás na Bacia do Espírito Santo A Petrobras anunciou a descoberta de mais um poço produtor de gás natural na Bacia do Espírito Santo. A descoberta se deu por meio do poço 6-ESS-168, que ainda está em fase de perfuração pela companhia. A Petrobras ressalta, porém, que a importância do resultado da descoberta desse novo poço está na confirmação das grandes espessuras de reservatórios portadores de gás - "que deve resultar no aumento dos volumes recuperáveis esperados na área". As informações indicam que o bloco é operado pela Petrobras, com 65% de participação, em parceria com a empresa americana El Paso, que detém os 35% restantes. (Agência Brasil - 10.05.2007) 2 Governo Evo dá resposta hoje A Petrobrás
e o Palácio do Planalto esperam receber hoje a resposta do governo da
Bolívia à sua oferta de venda de 100% das duas refinarias que a companhia
brasileira possui no país vizinho. Ontem, havia sinais que um acordo teria
sido fechado. Um ministro chegou a divulgar que estava concluído, com
aval do presidente Lula, um acerto pelo qual as refinarias seriam vendidas
por US$ 110 milhões. Na manhã de ontem, ao longo das três horas de negociação,
em La Paz, o presidente da Petrobrás Bolívia, José Fernando de Freitas,
reiterou ao ministro boliviano de Hidrocarbonetos e Energia, Carlos Villegas,
que a empresa brasileira não aceitaria um valor menor que US$ 112 milhões.
Se não houver acerto, insistiu Freitas, o caminho seria a arbitragem internacional.
(O Estado de São Paulo - 10.05.2007) 3 Brasil tem Plano B, diz Rondeau O ministro
de Minas e Energia, Silas Rondeau, disse ontem não acreditar que a situação
com a Bolívia chegue a um limite no qual seja necessário aplicar um plano
de contingenciamento para o consumo de gás natural no Brasil. Ele não
acredita que o novo impasse possa comprometer o abastecimento de gás importado
da Bolívia. 'Não acredito que nós chegaremos a um limite de ser necessário
aplicar o plano de contingenciamento.' Rondeau referiu-se a um 'Plano
B' de contingenciamento do gás natural, que vem sendo elaborado há um
ano pelo governo brasileiro, para eventuais quedas no abastecimento do
gás boliviano. A estrutura do plano, que ainda está sendo negociado, prevê
a criação de um comitê de crise, como no racionamento de 2001, que será
responsável por definir os volumes de corte em cada Estado da federação.
E como previa o racionamento de 2001, aqueles que excederem os volumes
determinados serão punidos. O governo começou a elaborar esse plano depois
do rompimento de um duto na Bolívia, em abril do ano passado, por causa
das chuvas. (O Estado de São Paulo - 10.05.2007) 4 Comgás: reservas do Nordeste pode minimizar risco de desabastecimento O Brasil
pode reduzir a dependência externa do gás ampliando a exploração de reservas
existentes no Nordeste. A sugestão foi dada pelo presidente da Companhia
de Gás do Estado de São Paulo, Comgás, Luis Domenech, ao proferir ontem
(08) palestra para os participantes do V Congresso Brasileiro de Regulação,
que reúne até hoje, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda,
representantes das agências federais, estaduais e municipais de regulação
e fiscalização de serviços públicos. Domenech indicou como alternativa
de produção de gás natural para assegurar fornecimento futuro do produto
bacias existentes na Bahia e no Rio Grande do Norte. "O Brasil possui
muito gás mas ainda precisa investir recursos significativos para que
o produto possa ser disponibilizado aos consumidores com tranqüilidade",
disse ele. (Agência Brasil - 09.05.2007) O CNPE deverá discutir a retomada do projeto de construção da usina nuclear de Angra 3 (1.350 MW) na reunião do próximo mês. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, a construção da usina poderá ser financiada BNDES. "Angra 3 vai ser construída, a questão é quando vai ser construída". Rondeau defendeu mudança nas leis que tratam sobre o licenciamento ambiental. "Temos uma velocidade no meu ministério aquém daquela que nós esperávamos. As dificuldades são todas compreensíveis e se entende que é uma questão de cumprimento de prazos legais, inclusive, mas essa discussão tem que ser feita de uma forma muito mais transparente e aberta", afirmou. Para o ministro, é preciso estabelecer um prazo nessas concessões. "Qual é o tempo necessário, o limite que nós teríamos que dar para licenciamento de uma hidrelétricas?, indagou. O ministro afirmou ainda que a fixação de um prazo é fundamental para se ter uma previsão em relação ao início e ao fim da instalação das hidrelétricas. "Planejamento se faz com previsão, se não tiver previsão, fica uma variável sem controle", acrescentou. Entre os dias 14 e 18 de maio, a Eletronuclear vai realizar uma série de reuniões para prestar esclarecimentos sobre a usina nuclear. Os encontros acontecem nos municípios de Angra dos Reis, Paraty e Rio Claro e têm como objetivo incentivar a participação da população nas audiências públicas, previstas para o mês de junho. (Brasil Energia - 09.05.2007)
Grandes Consumidores 1 CRM investe em carvão menos poluente A Companhia
Riograndense de Mineração (CRM) vai investir R$ 240 milhões nos próximos
três anos para abastecer com carvão a Fase C da termelétrica Presidente
Médici (Usina de Candiota), localizada a 400 quilômetros ao Sul de Porto
Alegre. Por exigência do Ibama, a CRM produzirá um carvão que resulte
em uma emissão até 50% menor de enxofre. Segundo o superintendente de
expansão da CRM, Rui Dick, serão aplicados R$ 80 milhões para elevar a
capacidade de mineração da mina da companhia, localizada ao lado da termelétrica,
e os outros R$ 160 milhões serão destinados a um a planta de beneficiamento
de carvão, pátios de estocagem e correias para interligar todo o complexo.
Do montante necessário para o investimento, os R$ 80 milhões referentes
à mineração devem sair do caixa da CRM. Os outros R$ 160 milhões estão
sendo negociados com a CGTEE e a Eletrobras. A CRM quer começar a entregar
o carvão para a fase C em outubro de 2009, para que a usina comece a formar
estoque. (Gazeta Mercantil - 10.05.2007) 2 CRM planeja Fase D da usina de Candiota para exportar energia Os negócios
com a usina de Candiota renderam em 2006 95% da receita da CRM, que chegou
a R$ 90 milhões, com um lucro de R$ 15,5 milhões. Com a nova demanda,
deve chegar a R$ 200 milhões. Quanto a novos negócios, a CRM espera a
possibilidade de ser construída uma Fase D da usina de Candiota, com a
energia sendo exportada para o Uruguai. Os governos dos dois países estão
estudando o projeto e é possível que uma decisão saia este ano. A usina
seria construída pela CGTEE ou pela Tractebel. Existe expectativa também
para a térmica que a CTSul pretende erguer em Cachoeira do Sul (RS). Para
este projeto, já existe um contrato para o fornecimento de 1,3 milhões
de toneladas/ano de carvão. (Gazeta Mercantil - 10.05.2007) 3 RioPol melhora resultado da Unipar A Unipar,
um dos maiores grupos petroquímicos do País, teve um lucro de R$ 41,2
milhões no primeiro trimestre de 2007, o que representa um aumento de
26% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento acompanhou
a evolução do Ebitda (lucro antes de impostos, juros e amortizações) consolidado,
que ficou 25% acima da faixa alcançada no ano anterior, chegando a R$
102,9 milhões e uma margem de 16,1%. A receita líquida foi de R$ 642,8
milhões neste primeiro trimestre, o que também significou um aumento em
relação ao ano anterior, de 30%. Em seu balanço, a Unipar explica o desempenho
pelo efeito combinado da elevação das vendas físicas, de 13%, e do incremento
de 16% do preço médio das vendas, principalmente pela entrada em operação
da RioPol. (Gazeta Mercantil - 10.05.2007) 4 CVM quer que a CSN pague dividendo apesar de bloqueio O presidente
da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), Marcelo Trindade, disse ontem
que, se a CSN já tiver aprovado o pagamento de dividendos em assembléia
de acionistas, terá de distribuir os recursos independentemente do bloqueio
de bens determinado pela Justiça. Anteontem, a 6ª Vara Federal de Execuções
Fiscais no Rio de Janeiro penhorou R$ 1,188 bilhão da companhia para garantir
o pagamento de uma dívida tributária da com a Receita Federal que está
em discussão na Justiça. Desse total, R$ 685,262 milhões foram repassados
da conta corrente da CSN para o Tesouro Nacional e seriam destinados à
distribuição de dividendos aos acionistas, marcada para ontem. Com o bloqueio,
o pagamento foi suspenso. A Procuradoria da Fazenda Nacional, que moveu
a ação contra a CSN, também obteve penhora de ações da empresa de posse
da própria companhia no valor de R$ 503,893 milhões. Trindade disse ainda
que a Justiça não bloqueou o pagamento dos dividendos, mas sim recursos
em caixa da empresa. "É dinheiro da companhia. É um patrimônio. Estava
no caixa da companhia. Não é dinheiro carimbado", declarou. (Folha de
São Paulo - 10.05.2007) 5 VCP faz parceria com finlandesa Ahlstrom para produzir papéis A associação
anunciada ontem entre Votorantim Celulose e Papel e a maior fabricante
do mundo de papéis adesivos, a finlandesa Ahlstrom Corporation, a operar
no Brasil, será interessante para a estratégia da VCP de focar-se em celulose
e ao mesmo tempo diminuir sua dívida e aumentar sua margem de geração
de caixa (Ebitda). Segundo analisas e empresários do setor, o negócio
está na media certa também para a finlandesa, que consegue atingir o mercado
brasileiro de embalagens de papel flexível para alimentos. A área vem
deslanchando desde o ano passado e está apresentando alta extra na demanda
desde janeiro deste ano. "A VCP ficará com 40% do negócio e poderá se
desfazer desta participação em dois anos. Isso porque há ainda nestes
ativos de Jacareí (SP) uma linha de produção de celulose. Assim, não seria
interessante se desfazer dela agora, o que pode ocorrer mais tarde. A
VCP demonstra a intenção de estar totalmente focada apenas em celulose
para a exportação", avaliou o analista de investimentos da Corretora Spinelli,
Daniel Gorayeb. Além disso, a VCP passa a ter participação em uma linha
de produção de um tipo de papel - adesivo voltado principalmente a embalagens
de alimentos - de valor agregado alto. (Gazeta Mercantil - 10.05.2007)
6 Petrobras inicia obras do centro de capacitação do Complexo Petroquímico do Rio A Petrobras
lançou ontem (8), em São Gonçalo (RJ), a pedra fundamental que marca o
início das obras de construção do Centro de Integração do Complexo Petroquímico
do Rio de Janeiro (Comperj). O centro vai qualificar e capacitar mão-de-obra
para aproveitamento futuro no Comperj - um empreendimento que deverá gerar
mais de 200 mil empregos diretos e indiretos. O diretor de Abastecimento
da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirma que o centro trará um impacto
positivo para os 11 municípios da região. "O Comperj veio para mudar essa
região para melhor, através da qualificação de trabalhadores, da geração
de emprego e renda, das obras de infra-estrutura e da circulação de recursos
financeiros", diz Costa. (Agência Brasil - 09.05.2007)
Economia Brasileira 1 Cai arrecadação de Imposto de Renda sobre rendimentos Enquanto a arrecadação federal de impostos e contribuições bate seguidos recordes, o mesmo não é permitido dizer sobre impostos sobre rendimentos de capital. A arrecadação com o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos de capital, por exemplo, teve recuo de 1,77% no período. Foi de R$ 3,79 bilhões no primeiro trimestre de 2006 e caiu para R$ 3,72 bilhões no mesmo período deste ano. O principal motivo para a arrecadação do imposto não ter seguido a média dos demais é a taxa Selic. Como ela estava mais alta no ano passado (16,5% em março) do que hoje (12,5%), a rentabilidade que o investidor consegue em títulos públicos cai, portanto paga-se menos imposto. Outro fator importante para a queda foi a isenção do Imposto de Renda dado para estrangeiros investirem em títulos públicos, que entrou em vigor em junho de 2006. (DCI - 10.05.2007) 2 BC: saldo do acúmulo de reservas é positivo O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou ontem que o saldo dos custos e benefícios da política de fortalecimento das reservas internacionais do País é positivo. Ele disse isso após ser indagado sobre as críticas de alguns analistas à estratégia do BC. "Não há dúvida de que há custos para o carregamento das reservas, mas também gera economias", disse ele, na Embaixada do Brasil em Londres. Segundo Meirelles, o acúmulo de reservas reduz o prêmio de risco do País e, conseqüentemente, o custo de financiamento do Tesouro. Sobre os leilões de swap cambial reverso, o presidente do BC disse que os custos só serão conhecidos quando os contratos forem liquidados. Ontem, o BC anunciou o prejuízo de R$ 2,057 bilhões com operações de swap neste ano, até 27 de abril. (Jornal do Commercio - 10.05.2007) 3
Febraban: queda do spread não depende apenas do compulsório 4 Brasil perde cinco posições em ranking de competitividade O Brasil
caíu para a 49ª posição no ranking mundial de competitividade elaborado
pela IMD, escola de negócios da Suíça. A lista engloba 55 países e regiões
econômicas. O Brasil recuou cinco posições em competitividade, de acordo
com o rol da IMD. O ranking, liderado pelos Estados Unidos, apontou uma
queda de posição das seis maiores economias da América Latina. (DCI -
10.05.2007) 5 Indústria acelera vendas e contratações no 1º trimestre A indústria
de transformação apresentou no primeiro trimestre do ano dados que indicam
a consolidação de um cenário favorável, com expansão das vendas e aumento
do emprego e dos salários, segundo o boletim "Indicadores Industriais",
da CNI. O indicador das vendas reais do setor apresentou crescimento de
4% em março e de 4,1% no primeiro trimestre -ambos em relação ao mesmo
período de 2006. O desempenho positivo das vendas esteve concentrado em
cinco setores: alimentos e bebidas, máquinas e equipamentos, produtos
químicos, refino de petróleo e metalurgia básica. Esses setores explicam
quase 90% de todo o crescimento das vendas no primeiro trimestre de 2007.
(Folha de São Paulo - 10.05.2007) 6 Realizar 60% do PAC já é avanço, diz Dilma A ministra Dilma Rousseff disse que "se 60% [do plano] der certo" será uma grande diferença em relação ao que se fazia antes. A chefe da Casa Civil fez a previsão ao falar sobre suas expectativas de sucesso do PAC. Afirmou que o governo vai trabalhar com a meta de 100% e que há um "altíssimo risco" de se cumprir 70% do programa, lançado em janeiro e que prevê investimentos de R$ 503,9 bilhões até 2010. Na segunda-feira, Dilma e outros seis ministros fizeram o primeiro balanço do programa -52,5% das 1.646 medidas avançaram e 47,5% enfrentam dificuldades, segundo o governo. (Folha de São Paulo - 10.05.2007) 7
Inflação ao consumidor de SP sobe 0,38% na 1a leitura de maio 8 Inflação semanal sobe em três de sete capitais Das sete
capitais pesquisadas pela FGV para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor
- Semanal , três registraram aceleração de preços na passagem do indicador
de 30 de abril para 7 de maio. Entre as cidades que apresentaram elevação
mais intensa estão Belo Horizonte (de 0,31% para 0,50%); Rio de Janeiro
(de variação zero para 0,28%); e Salvador (de 0,18% para 0,22%). (Jornal
do Commercio - 10.05.2007) 9 Dólar perto de romper a marca de R$ 2 O BC comprou
US$1,3 bilhão, mas não conseguiu impedir a queda de 0,25% na cotação.
O BC voltou a comprar pesado no mercado à vista, mas não conseguiu compensar
o forte fluxo de dólares em direção ao Brasil. Ao final do dia, a moeda
americana fechou em queda de 0,25%, negociado a R$ 2,018, o menor valor
desde fevereiro de 2001. Os mercados, apesar terem atuado com cautela
à espera do Fed, foram favoráveis aos emergentes. O risco-país fechou
com queda de 2,58%, a 151 pontos-base. Os juros futuros, negociados na
BM&F, também caíram. O contrato de DI de janeiro de 2009, o mais líquido,
apontou juro anual de 10,72%, ante 10,77% do ajuste anterior. .(Gazeta
Mercantil - 10.05.2007) O dólar
comercial abriu as operações apreciado perante o encerramento de ontem,
a R$ 2,0210. Às 9h45, a moeda tinha pequena alta, de 0,04%, a R$ 2,0170
na compra e a R$ 2,0190 na venda. Ontem, o dólar comercial caiu 0,24%,
a R$ 2,0160 na compra e R$ 2,0180 na venda. O giro interbancário somou
US$ 2,9 bilhões, de acordo com informações do mercado. (Valor Online -
10.05.2007)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|