l IFE: nº 2.031 - 09
de maio de 2007 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Curso Mercado Europeu de Eletricidade e Gás Natural Hoje (9
de maio) e amanhã são os últimos dias para as inscrições no curso Mercado
Europeu de Eletricidade e Gás Natural, ministrado pela professora da Universidade
do Porto, Isabel Soares. O curso acontece nos dias 10 e 11 de maio e visa
melhorar a capacidade analítica dos profissionais do setor de energia
elétrica e gás natural, contribuindo para um melhor entendimento das perspectivas
do setor no contexto das tendências e estratégias internacionais. Aqueles
que tiverem efetuado a inscrição, mas não puderem comparecer presencialmente
ao curso, poderão participar pela internet, uma vez que as aulas serão
transmitidas em tempo real por broadcast. Além disso, posteriormente serão
enviados os DVDs das aulas. Informações e incrições pelo telefone (21)
3873 5249 ou pelo mail nuca@nuca.ie.ufrj.br. O investimento do curso é
de R$ 1.250,00. (GESEL-IE-UFRJ - 25.04.2007) 2 Preço das usinas do Madeira sobe para R$ 25,7 bi Em meio
à polêmica ambiental que cerca o empreendimento, as hidrelétricas do rio
Madeira ficaram pelo menos R$ 3 bilhões mais caras. Mudanças no projeto
de engenharia e atualização financeira aumentaram o orçamento da obra
de R$ 21,3 bilhões, como se previa em 2004, para R$ 25,7 bilhões. A atualização,
feita pela estatal Furnas e pela Odebrecht, diz respeito à construção
das usinas de Santo Antônio, com 3,16 mil MW, e de Jirau, com 3,32 mil
MW, ambas em Rondônia. O documento já está registrado na Aneel desde o
ano passado. O cálculo não inclui a linha de transmissão que levará a
energia até Porto Velho e nem as eclusas necessárias para viabilizar a
navegação no rio Madeira. Com essas duas obras, o custo estimado sobe
para R$ 28 bilhões. O documento protocolado na Aneel deixa claro que poderão
ser necessários recursos adicionais de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões para
a construção do linhão de 2 mil quilômetros que levará a energia de Porto
Velho (RO) a Cuiabá (MT). "Contemplamos mudanças de engenharia porque
o projeto é dinâmico e tem aspectos que sofrem alterações", disse José
Bonifácio Pinto Júnior, diretor de contratos da Odebrecht. O novo orçamento
também embute atualização do valor dos juros que serão pagos durante a
construção. Os custos socioambientais estimados para o empreendimento
oscilam entre R$ 500 milhões e R$ 800 milhões. (Valor Econômico - 09.05.2007)
3 Agências reguladoras: especialistas consideram positiva retirada do contrato de gestão A retirada
do mecanismo de contrato de gestão do projeto de lei 3.337/04, das agências
reguladoras, proposta pelo relator, deputado federal Leonardo Picciani
(PMDB-RJ), foi bem-recebida por especialistas da área de regulação. "A
proposta é um avanço, pois reconhece que o contrato de gestão não é adequado
para o controle e responsabilização das agências por ele ser vinculado
a metas quantitativas", comentou a professora Virginia Parente, do Instituto
de Eletro-Eletrônica da Universidade de São Paulo. A opinião da especialista
é compartilhada pelo presidente da Associação Brasileira de Agências Reguladoras,
Álvaro Machado, que avalia que a retirada do contrato reinicia o diálogo
do governo com os agentes interessados. "O contrato de gestão retira a
independência das agências. Com essa proposta, o deputado mostra maturidade
para conduzir o processo", diz. (Agência Canal Energia - 08.05.2007) 4
Câmara debate uso de energia renovável no país 5 Entidades assinam manifesto em defesa de pleno acesso à tarifa social de energia A Fundação
de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo, a Procuradoria Geral
do Estado e o Ministério Público Estadual, em parceria com cinco entidades,
assinam nesta terça-feira, 8 de maio, manifesto cobrando pleno acesso
dos consumidores de baixa renda à tarifa social de energia elétrica. O
objetivo é estabelecer critérios mais justos à concessão à tarifa social.
Segundo o Procon-SP, os requisitos para comprovação do perfil de baixa
renda não são adequados à realidade da população. O manifesto será encaminhado
à Aneel, ao Tribunal de Contas da União, à Comissão de Serviços Públicos
de Energia, ao MME, ao Ministério da Ação Social e à Casa Civil da Presidência
da República. Participam também da assinatura a Associação Pro Teste Consumidores,
o Instituto de Defesa do Consumidor, o Fórum dos Procons Municipais do
Estado de São Paulo, a União dos Movimentos de Moradia de São Paulo e
o Movimento Diadema e Moradia. (Agência Canal Energia - 08.05.2007)
6 Campos Novos: inauguração é cancelada A inauguração
da hidrelétrica de Campos Novos (SC, 880 MW) foi cancelada nesta terça-feira,
8 de maio. O motivo é o mal tempo que impede a chegada da comitiva presidencial
à usina. Segundo informações da CPFL, a nova data para a inauguração do
empreendimento ainda será agendada. O evento contaria com a presença do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acionaria de forma simbóloca
o dispositivo que marca o início da operação comercial. Na ocasião, estava
prevista a assinatura da ordem de serviço do início das obras da hidrelétrica
Foz do Chapecó (SC, 855 MW). (Agência Canal Energia - 08.05.2007) 7 Última turbina de Campos Novos está pronta para operar Mesmo com o cancelamento da inauguração simbólica da usina Campos Novos pelo Presidente Lula ontem, a programação do início da geração comercial da terceira turbina está mantida. A unidade três está na chamada operação assistida, aguardando apenas os trâmites legais da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para liberar a energia para o sistema interligado. Conforme o diretor superintendente da empresa responsável pela implementação da usina, a Campos Novos Energia (Enercan), Enio Schneider, o pedido para a geração comercial foi protocolado no fim da semana passada. O processo de liberação - pela Aneel, pelo ONS e a publicação no Diário Oficial - acontece geralmente em cinco dias. (O Diário Catarinense - 09.05.2007) 8
Curtas
Empresas 1 Eletropaulo defende a redução de impostos O presidente
da Eletropaulo, Eduardo José Bernini, defendeu a adoção de uma política
pública - coordenada pela União, com apoio de estados e municípios - que
resulte na desoneração da carga tributária das tarifas do setor elétrico,
pagas tanto por consumidores residenciais quanto empresariais. Segundo
Bernini, a energia elétrica não pode ser comercializada com 53% de impostos
e encargos setoriais. Na opinião do presidente, ficou mais fácil para
os estados cobrarem impostos por meio da venda da energia, porque todas
as receitas são auditadas e fiscalizadas, não havendo risco de evasão
fiscal. "As alíquotas de energia representam mais de 50% da arrecadação
em alguns estados. Tem que haver uma mudança. Não é possível continuar
essa situação em que, pelo fato de as distribuidoras atuarem como uma
coletora eficiente para os erários estaduais, o consumidor tenha que pagar
uma carga tributária tão elevada quanto à cobrada atualmente". De acordo
com o executivo, apenas 20% do total arrecadado pela distribuidoras fica
com elas para despesas de operação, manutenção, investimentos em expansão
e qualidade dos serviços, além da remuneração dos próprios acionistas.
(Gazeta Mercantil - 9.05.2007) 2 Light: lucro no 1º tri é de R$ 94,4 mi A Light obteve lucro líquido de R$ 94,4 milhões no primeiro trimestre, redução de 6,8% frente aos R$ 101,3 milhões apurados em igual período do ano passado. O lucro operacional registrado chegou a R$ 249,8 milhões, 19% acima dos R$ 209,9 milhões verificados no primeiro trimestre de 2006. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações), de janeiro a março, atingiu R$ 328,2 milhões, 14% a mais do que os R$ 287,8 milhões constatados em período correspondente no ano passado. A receita líquida do primeiro trimestre chegou a R$ 1,32 bilhão, variação negativa de 0,6% frente aos R$ 1,33 bilhão verificados de janeiro a março de 2006. (Jornal do Commercio - 9.05.2007) 3 Light pede ajuda ao BNDES para expansão A Light
entrou no dia 30 de abril com pedido de financiamento de R$ 660 milhões
no BNDES para bancar parte do seu programa de investimentos que engloba
o segundo semestre de 2006 até 2008. Esse financiamento corresponde a
60% do plano de investimentos programado para o período, que soma R$ 1,1
bilhão para centenas de projetos. A distribuidora já tem uma carta-compromisso
de financiamento dos R$ 660 milhões aprovada por um pool de repassadores
do BNDES-Finem, uma das linhas de crédito do banco estatal. O pool é formado
pelo Bradesco, Unibanco, Itaú BBA, Safra, Santander, Caixa Econômica Federal
e Banco Alfa. (Valor Econômico - 08.05.2007) 4
Celesc investe R$ 30 mi em novo sistema comercial 5 Celg-D detalha reembolso para acionistas dissidentes A Celg informou
que os acionistas da Celg Distribuição, que optaram pela dissidência em
função da incorporação das ações da distribuidora pela Goiáspar receberão
até o próximo dia 17 o correspondente a 80% do valor do reembolso, com
base no balanço de 2006 da companhia. O montante remanescente deverá ser
liquidado num prazo de 120 dias, contados a partir da data da assembléia
que aprovou a incorporação das ações. Vinte e cinco acionistas minoritários
manifestaram-se como dissidentes, que compreendem 452.771 ações ON, cujo
valor corresponde a R$ 13,4 milhões. As ações da Celg-D continuarão a
ser negociadas na Bovespa até que seja deferido o registro de companhia
aberta da Goiáspar pela CVM. (Agência Canal Energia - 08.05.2007) A Equatorial
Energia encerrou o primeiro trimestre de 2007 com aumento anual de 13,8%
no EBITDA, que ficou em R$ 77 milhões. Na mesma comparação, a receita
líquida teve crescimento de 13,6%, para R$ 195,1 milhões. O lucro líquido
do período foi de R$ 30,8 milhões, com alta de 245,2%. . (Gazeta Mercantil
- 9.05.2007) 7 Energisa reverte prejuízo no 1º trimestre A Energisa
obteve lucro líquido de R$ 30,4 milhões no primeiro trimestre, revertendo
prejuízo de R$ 1,4 milhão verificado de janeiro a março de 2006. Houve
ganho de equivalência patrimonial nas controladas, de R$ 47,1 milhões,
nos resultados do primeiro trimestre deste ano, contra R$ 16,9 milhões
no primeiro trimestre de 2006, o que indica um aumento de 178,7%. A receita
operacional bruta da companhia apresentou crescimento de 45,7% no primeiro
trimestre de 2007, chegando a R$ 580,5 milhões, ante R$ 398,4 milhões
constatados em igual período em 2006. O consumo do mercado cativo registrou
aumento de 3,8% em relação a trimestre semelhante em 2006. As controladas
da Energisa investiram R$49,2 milhões na ampliação das suas redes de distribuição
de energia elétrica, manutenção e melhoria na confiabilidade e qualidade
dos serviços prestados aos consumidores. Desse total, R$ 25,2 milhões
no programa Luz para Todos. (Jornal de Commercio - 9.05.2007) 8 Autorizado o reajuste das tarifas da Caiuá, CNEE, EEB e EDEVP A Aneel aprovou o reajuste de tarifas das distribuidoras Caiuá Distribuição de Energia, Companhia Nacional de Energia Elétrica (CNEE), Empresa Elétrica Bragantina (EEB); Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema (EDEVP). As novas tarifas passam a vigorar a partir do dia 10/05. Na Caiuá Os reajustes são de - 0,65% e 2,75% para consumidores de baixa tensão e para consumidores de alta tensão, respectivamente. Para a Nacional, o reajustes são - 5,30% e 1,23% para consumidores de baixa tensão e para consumidores de alta tensão, respectivamente. Na Bragantina os reajustes são - 6,06% e - 3,07% para consumidores de baixa tensão e para consumidores de alta tensão, respectivamente. Na Vale Paranapanema os índices ficaram em 0,31% e -0,57% para consumidores de baixa tensão e para consumidores de alta tensão, respectivamente. (Aneel - 08.05.2007) 9 Cemig: líder mundial de sustentabilidade Com um parque gerador formado por 56 usinas em operação, a estatal mineira foi eleita líder mundial em sustentabilidade em sua categoria pelo Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones - DJSI World. Todos os anos, a Cemig destina para projetos ambientais cerca de R$ 20 milhões de seu orçamento. Com um parque gerador formado basicamente por hidrelétricas, a empresa se prepara para entrar no mercado de créditos de carbono. A Cemig pretende investir ainda este ano em outros tipos de energia limpa, como solar para o aquecimento de água, novas PCHs, biomassa, célula de hidrogênio e eólica. (Gazeta Mercantil - 9.05.2007) No pregão
do dia 08-05-2007, o IBOVESPA fechou a 50.277,69 pontos, representando
uma baixa de 0,01% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
3,86 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização
de 0,25% fechando a 15.904,78 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o
seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 47,29 ON e R$ 46,14 PNB,
alta de 0,19% e 0,04%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão
anterior. Na abertura do pregão do dia 09-05-2007 as ações da Eletrobrás
foram cotadas a R$ 46,80 as ações ON, baixa de 1,04% em relação ao dia
anterior e R$ 45,70 as ações PNB, baixa de 0,95% em relação ao dia anterior.
(Investshop - 09.05.2007) Hoje, 7 de maio, a Celg recebe o novo presidente, Enio Andrade Branco, que chegou a Celg em 2005 como controller e, após ser diretor de Relações com Investidores, alcançou a presidência da Celg D e da Celg G&T. A transferência de cargo foi na Reunião do CA da empresa. Em deliberação, o CA resolveu que Enio Andrade Branco acumulará também a presidência da Celg G&T. (Celg - 07.05.2007)
Leilões 1 Leilão de energia nova: Minutas de leilões A-3 e A-5 em audiência pública A Aneel
aprovou, nesta terça-feira (08/05), a realização de audiência pública
das minutas dos editais dos leilões A-3 e A-5. As audiências documentais
serão realizadas a partir desta quarta-feira (09/05), até o dia 18 de
maio. O diretor da Aneel, Edvaldo Santana, afirmou que não há mudanças
significativas em relação aos editais dos leilões anteriores e do leilão
de fontes alternativas. Os leilões A-3 e A-5 estão marcados para o dia
26 de junho. (Agência Canal Energia - 08.05.2007) 2 Aneel aprova realização de audiência documental de metodologia do VR A diretoria da Aneel aprovou a audiência documental para apresentação da metodologia de cálculo do Valor Anual de Referência para os anos de 2008 e 2009. A consulta terá início nesta quarta-feira (09/05) com duração de 20 dias. O VR regula o repasse às tarifas dos consumidores finais dos custos de aquisição de energia elétrica pelas distribuidoras. (Agência Canal Energia - 08.05.2007) 3 Leilão de Fontes Alternativas: MME publica garantias físicas O MME publica
nesta quarta-feira (09/05) a Portaria Nº 79, que define os montantes de
garantia física dos empreendimentos de geração cadastrados no leilão de
fontes alternativas. As garantias físicas terão validade exclusiva para
o leilão do dia 24 de maio. (MME - 08.05.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Governo tem plano para enfrentar desabastecimento O governo
negocia com distribuidoras e consumidores a elaboração de um plano de
racionamento para o País. A estrutura do plano é praticamente a mesma
da utilizada pelo governo Fernando Henrique Cardoso para gerenciar o apagão
de energia elétrica de 2001. A base do plano está praticamente pronta
e deve ser enviada ao Congresso Nacional na forma de projeto de lei ou
medida provisória em breve. A estrutura prevê a criação de um comitê de
crise, como em 2001, que será responsável por definir os volumes de corte
em cada Estado da federação. Haverá penalidades para quem não cumprir,
da mesma forma que ocorreu em 2001. O plano também estipula prioridades
de consumo, além de mecanismos de compensação a consumidores que tiverem
de substituir o gás natural por outro combustível mais caro. Um mecanismo
de liquidação dessas compensações também está previsto no plano. Mesmo
se a Bolívia mantiver o fornecimento de 30 milhões de metros cúbicos de
gás natural por dia ao Brasil, continua o risco para o setor elétrico.
A oferta interna de gás natural não é suficiente, hoje, para que o ONS
ordene a geração pelas termelétricas a gás. (O Estado de São Paulo - 09.05.2007)
2 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 86,3% O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 86,3%, apresentando queda de 0,1% em relação à medição do dia 6 de maio. A usina de Furnas atinge 99,2% de volume de capacidade. (ONS - 7.05.2007) 3 Sul: nível dos reservatórios está em 82,4% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,1% no nível de armazenamento
em relação à medição do dia 6 de maio, com 82,4% de capacidade armazenada.
A usina de Machadinho apresenta 63,7% de capacidade em seus reservatórios.
(ONS - 7.05.2007) 4 NE apresenta 95% de capacidade armazenada Não apresentando
alteração em relação à medição do dia 6 de maio, o Nordeste está com 95%
de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho opera
com 96,3% de volume de capacidade. (ONS - 7.05.2007) 5 Norte tem 99,1% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 99,1% sem alteração em relação
à medição do dia 6 de maio. A usina de Tucuruí opera com 99,1% do volume
de armazenamento. (ONS - 7.05.2007)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras freia investimento em gás na Bolívia O ministro de Hidrocarbonetos e Energia da Bolívia, Carlos Villegas, reúne-se hoje em La Paz com o presidente da Petrobras Bolívia, José Fernando de Freitas. Se a Bolívia não concordar com a proposta da estatal, a reação deve ser uma reclamação contra o país no Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos, órgão para resolução de controvérsias do Banco Mundial. A resposta da estatal brasileira ao governo boliviano pode não se limitar à sua saída da atividade de refino. O diretor da área de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse que todos os investimentos naquele país estão "sub-judice", inclusive aqueles os que possam ser feitos com o objetivo de aumentar a produção de gás. Um dos investimentos que podem ser cancelados é o que previa o aumento da produção de gás no campo San Antonio em 3,6 milhões de metros cúbicos de gás por dia. A companhia estima em US$ 200 milhões os gastos nesse projeto, que teriam início em 2009 para começar a produzir esse gás em 2011. Agora, isso pode ser cancelado. "Eu diria que todos os investimentos vão ser reavaliados", disse. E reafirmou que se em 48 horas (que vencem hoje à noite) a empresa não chegar a um acordo sobre o preço das duas refinarias, a Petrobras vai à arbitragem internacional. (Valor Econômico - 09.05.2007) 2 Petrobras acelera projetos do Plangás A decisão
da Petrobras de acelerar os projetos do Plangás (Plano de Antecipação
da Produção de Gás) podem gerar, na opinião do diretor de Abastecimento
e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, 'mais 25 milhões de metros
cúbicos por dia, entre 2008 e 2009; além dos dois terminais para importação
de GNL [gás natural liquefeito]. Os projetos estão sendo hiper-hiper acelerados'.
Na avaliação do diretor da Petrobras, para minimizar os efeitos de uma
possível redução no fornecimento do gás natural importado da Bolívia a
empresa também está procurando viabilizar os projetos de construção de
duas plantas de GNL no Brasil. Segundo informou Costa, alguns projetos
do Plangás, com investimentos de aproximadamente US$ 11 bilhões até 2010,
deverão entrar em produção em 2008 e 2009. (InvestNews - 9.05.2007) 3 Governo decide retomar construção de Angra 3 O governo
federal decidiu retomar a construção da usina Angra 3, basta apenas a
formalização do projeto pelo Congresso Nacional de Política Energética.
Estima-se que a obra seja reiniciada ainda este ano. A usina deve ficar
pronta em cinco anos, a um custo de R$ 7 bilhões - sendo que R$ 2,1 bilhões
serão financiado pelo BNDES. (InvestNews - 9.05.2007) 4 AIEA termina inspeção em fábrica de Resende As Indústrias
Nucleares do Brasil (INB) já começaram a adotar as novas regras de segurança
recomendadas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para
as fábricas que detêm o ciclo do combustível nuclear. Uma equipe da agência
encerra hoje a vistoria à fábrica da INB. Os peritos e observadores integram
a Missão Sedo - sigla em inglês que significa Avaliação de Segurança durante
a Operação. Em três meses, os visitantes vão emitir o relatório, com as
recomendações que devem ser seguidas. A INB tem, então, prazo de 18 meses
para se adequar a essas novas regras. As normas definidas na visita serão
estendidas para as outras fábricas de combustível nuclear. As novas regras
serão apresentadas pela agência em junho. As sugestões iniciais da agência
começaram a ser implantadas já durante a missão. Entre as recomendações,
os técnicos da agência internacional sugeriram melhores práticas para
armazenagem dos detritos gerados pelo processo. (O Estado de São Paulo
- 09.05.2007)
Grandes Consumidores 1 Riopol pretende ampliar pólo, mas depende de gás A Rio Polímeros
aguarda definição da Petrobras sobre o Plano Nacional de Gás Natural (Plangás)
para decidir sobre a expansão de seu pólo petroquímico, em Duque de Caxias.
A empresa depende de oferta adicional da matéria-prima, em volume não
determinado, para aumentar a capacidade anual de produção de polietileno
de 540 mil toneladas para 700 mil toneladas. No curto prazo, o Plangás
prevê oferta de 40 mil metros cúbicos da commodity até o final do próximo
ano, dentro da política de reduzir a dependência brasileira do gás boliviano.
A Riopol tem contrato de 15 anos com a Petrobras para fornecimento de
gás produzido na Bacia de Campos. (Jornal do Commercio - 9.05.2007) 2 Papéis da Usiminas serão negociados na Europa As ações
preferenciais "A" da siderúrgica Usiminas serão negociadas na Latibex,
a partir do dia 5 de julho de 2007, de forma unitária, e sob o código
XUSI. O objetivo da empresa é facilitar o acesso à comunidade financeira
européia. A Espírito Santo Investment atuará como formador de mercado
(market maker). No dia 6 de julho, a companhia realizará também uma apresentação
na Bolsa de Barcelona. O índice Latibex reúne as ações de empresas latino-americanas
negociadas em euro na Bolsa de Madri . (DCI - 9.05.2007) 3 União bloqueia na Justiça R$ 1,189 bi da CSN A União
conseguiu ontem penhorar na Justiça R$ 1,189 bilhão da CSN, informou o
procurador-geral adjunto da Fazenda Nacional, Agostinho Netto. Os recursos
referem-se à cobrança de suposta dívida tributária da CSN com o Fisco
federal. Do total bloqueado, R$ 685,26 milhões referem-se a dividendos
que seriam distribuídos hoje pela CSN aos seus acionistas. Os R$ 503,890
milhões restantes serão de ações que estão na tesouraria da empresa. A
decisão foi tomada pela 6ª Vara de Execuções Fiscais da Justiça Federal
no Rio de Janeiro. Segundo o procurador, a CSN não recorreu do bloqueio,
e agora essa penhora só poderá ser revertida em instância superior. Netto
disse ainda que a União também pediu o bloqueio de recursos que estão
no caixa da siderúrgica, o que ainda não foi julgado pelo tribunal. Ele
afirmou que os recursos em caixa poderão substituir as ações bloqueadas
pela Justiça. (Jornal do Commercio - 09.05.2007) 4 Bolívia tenta acordo com Brasken para petroquímica O presidente
da Bolívia, Evo Morales, anunciou nesta terça-feira que o ministro dos
Hidrocarbonetos viajará ao Brasil para discutir com a empresa Brasken
a possibilidade de desenvolver um complexo petroquímico. Atitude contraditória,
já que seu governo enfrenta divergências com a Petrobras. Morales informou
que o titular da pasta, Carlos Villegas, se reunirá quinta-feira com a
Brasken, no Brasil, com o propósito de avançar na industrialização do
gás, nacionalizado em maio do ano passado. "Na Bolívia, propusemos criar
uma nova empresa de industrialização dos hidrocarbonetos que será uma
espécie de contraparte das empresas que quiserem investir na Bolívia e,
de maneira conjunta, nos beneficiarmos, sobretudo os bolivianos e as empresas
que investem em nosso país", ressaltou o presidente. (InvestNews - 9.05.2007)
Economia Brasileira 1 Compulsório só deve cair em 2008 Primeiro o Banco Central cumprirá a agenda de redução da taxa de juros básica, a Selic. Só depois de estar bastante avançado nessa tarefa é que a autoridade monetária deverá iniciar o processo de redução do recolhimento compulsório dos bancos no BC, asseguraram fontes da área econômica. O debate sobre compulsórios está em fase ainda "preliminar" e não deverá haver medida nessa direção em 2007. O Ministério da Fazenda iniciou um estudo sobre redução do "spread" bancário, diferença entre as taxas de captação e de aplicação do sistema financeiro, ainda muito elevado no país. Como resultado desse trabalho, que vinha sendo conduzido pelo BC desde 1999, o governo pretende ter uma agenda de medidas de curto, médio e longo prazo. (Valor Econômico - 09.05.2007) 2 Recursos externos incentivados com isenção de IR A forte entrada de recursos externos destinados a aplicações em títulos públicos é proporcionada pela isenção do capital estrangeiro de Imposto de Renda (IR). Concedido desde fevereiro do ano passado, o benefício fiscal já elevou de 0,74% para 3,56% a participação de investidores estrangeiros no total da dívida interna em títulos do governo federal. (Jornal do Commercio - 09.05.2007) 3
Juro é polêmica em debate sobre taxa de câmbio 4 Real valorizado prejudica o crescimento, dizem Iedi e AEB O câmbio
baixo prejudica o crescimento da economia na avaliação de entidades como
o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) e a Associação
de Exportadores do Brasil (AEB). A análise contrasta com o cenário traçado
pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega, para quem a taxa atual não está
afetando a economia. Na visão das duas entidades, o câmbio enfraquece
exportações, desestimula investimentos em aumento da capacidade e, junto
com as importações, traz risco ao emprego. (Jornal do Commercio - 09.05.2007)
5 Tesouro age para evitar que o real suba mais As operações
do Tesouro Nacional com títulos cujo valor é influenciado pelo câmbio
têm sido conduzidas de forma a não agravar ainda mais a valorização do
real ante o dólar. A estratégia tem surtido efeito: acompanhamento feito
pela área técnica do Tesouro indica que o resultado global dessas operações,
na prática, é um fluxo maior de saída do que de entrada de dólares no
mercado brasileiro. Isso vem ocorrendo apesar da expansão recorde de investimentos
estrangeiros que ingressam no País para serem aplicados em títulos do
governo. (Jornal do Commercio - 09.05.2007) O dólar comercial abriu as operações valorizado perante o encerramento de ontem, a R$ 2,0280. Às 9h46, a moeda subia 0,24%, a R$ 2,0260 na compra e a R$ 2,0280 na venda. Na jornada passada, o dólar comercial teve apreciação de 0,09%, a R$ 2,021 na compra e R$ 2,023 na venda. (Valor Online - 09.05.2007)
Internacional 1 China investirá US$ 5,92 bi em geração eólica O grupo
China Power, que controla a quinta maior geradora elétrica chinesa, espera
aumentar em 1.000 MW sua capacidade de geração energética anual graças
à implementação de novas instalações eólicas e hidráulicas. Além desta
ampliação para 2010, o plano prevê chegar a produzir outros 1.000 MW anuais
a mais na etapa seguinte. " A empresa está construindo um parque de aerogeradores
(moinhos de energia eólica) de 200 MW na província oriental de Jiangsu,
que se espera inaugurar em 2009. Outro projeto eólico está previsto para
a província de Gansu (centro-norte), que entrará em funcionamento este
ano. O objetivo do governo é chegar a 5.000 MW para 2010 e 30.000 para
2020, quando a energia eólica cobrirá 3% da necessidade energética do
país. Até 2010, a China investirá 45,6 bilhões de iuanes (? 4,36 bilhões
, US$ 5,92 bilhões) só para triplicar sua capacidade de geração elétrica
a partir da energia eólica. (Gazeta Mercantil - 9.05.2007)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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