l IFE: nº 2.028 - 04
de maio de 2007 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Ibama faz mais exigências para liberar Madeira O consórcio
formado pela estatal Furnas Centrais Elétricas e a construtora Odebrecht
para estudar a construção de um complexo hidrelétrico de 6,5 mil MW no
rio Madeira, em Rondônia, terá que responder a pelo menos 40 questões
específicas sobre os prognósticos dos efeitos e impactos que os sedimentos
fluviais podem causar nas usinas de Jirau e de Santo Antonio, além de
suas implicações ao meio ambiente. O consórcio também precisará esclarecer
outras 24 perguntas sobre a chamada ictiofauna (peixes) presente na bacia
hidrográfica do Madeira e mais seis questões acerca de eventuais impactos
que a obra poderia provocar, na reativação do mercúrio usado em antigos
garimpos, sobre os peixes e a saúde de moradores da região. Em três memorandos
enviados ontem ao consórcio os técnicos do Ibama exigem a contratação
de "especialistas de notório saber, com conhecimento e experiência comprovadas"
nos assuntos e temas levantados. As informações adicionais servirão para
"complementar" o processo de licenciamento feito pela autarquia. As novas
questões atendem a uma determinação da direção do Ibama para a realização
de uma nova rodada de perguntas ao consórcio. (Valor Econômico - 04.05.2007)
2 Ibama: licenciamento do Madeira será feita "no menor tempo possível" Nomeado
presidente interino do Ibama pela ministra Marina Silva, o economista
Bazileu Margarido Neto afirmou, ontem, não ter "condições de estabelecer
prazos" sobre a emissão do licenciamento ambiental prévio para a construção
do complexo hidrelétrico de 6,5 mil MW no rio Madeira, em Rondônia. Balizeu
afirmou, no entanto, que a análise do licenciamento ambiental dos aproveitamentos
hidrelétricos do rio será feita "no menor tempo possível". Segundo ele,
"o empreendimento não é inviável, mas não se tem segurança, porque os
cálculos foram extremamente conservadores", avaliou. "Se há necessidade
de ser conservador com obras e equipamentos, porque não ser conservador
com a questão ambiental?" Bazileu reconheceu haver "consenso de que o
Brasil precisa gerar energia", mas reiterou que isso seja feito, "ao mesmo
tempo", com "sustentabilidade ambiental" das obras. Mas alertou: "O governo
não irá realizar nenhuma obra, inclusive estas, sem sustentabilidade do
meio ambiente". (Valor Econômico - 04.05.2007 e Brasil Energia - 03.05.2007)
3 Zimmermann: usinas terão "um impacto mínimo" O secretário
de Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann,
defendeu que as usinas do complexo hidrelétrico do rio Madeira terão "um
impacto mínimo" e que a sua construção é "uma decisão de nação que extrapola
o governo". "Não se faz usina, porque se quer, mas porque a sociedade
necessita", afirmou. Zimmermann disse que não construir as hidrelétricas
do Madeira provocaria um aumento da geração de energia térmica de carvão,
gás natural e energia nuclear. Pelas projeções do Ministério das Minas
e Energia, sem as usinas do complexo Madeira haveria uma redução da participação
hidreletricidade na matriz energética nacional dos atuais 84% para 64%
em 2016. Com as usinas, cairia a 69%. E sem a usina de Belo Monte (PA),
a fatia seria de apenas 61% em 2016. "O Brasil, de exemplo mundial, passa
a ser o contrário", afirmou. Segundo ele, o país aumentaria as emissões
de CO2 ao optar pelas usinas térmicas. O país, que emite hoje 40 milhões
de toneladas anuais de CO2, deve chegar a 106 milhões em 2016 com as três
novas usinas. "Sem elas, passaríamos a 243 milhões de toneladas." (Valor
Econômico - 04.05.2007) 4
Marina nega pressão sobre complexo do rio Madeira 5 Ibama do AM entra hoje em greve contra mudanças Os 280 funcionários
do Ibama no Amazonas entram hoje em greve por tempo indeterminado. A paralisação
dos servidores não é por reivindicações salariais, mas para pressionar
o governo federal a recuar na reestruturação do órgão. "Em vez de fortalecer
o Ibama depois de 19 anos de atividade, o governo Lula está destruindo
a estrutura", afirma o analista ambiental Marcelo Dutra, um dos coordenadores
da greve no Estado. A paralisação no Amazonas, de acordo com Dutra, deve
ser seguida nos próximos dias por outros Estados. Em Brasília, funcionários
do órgão estudam entrar em greve desde que oito analistas se recusaram
a conceder licença ambiental para a construção de duas usinas hidrelétricas
no Rio Madeira, em Rondônia. (O Estado de São Paulo - 04.05.2007) 6 Ibama em Brasília protestara contra a reformulação Ontem servidores
do Ibama em Brasília protestaram contra a reformulação empreendida pelo
Ministério do Meio Ambiente. Cerca de 300 funcionários passaram o dia
em manifestações contra a medida provisória que dividiu o Ibama e criou
o Instituto Chico Mendes. Eles foram ao Congresso pedir apoio dos parlamentares
para a derrubada da MP. Segundo Marcelo Dutra, um dos coordenadores da
greve no Amazonas, os analistas ambientais do Ibama entendem que essa
estratégia do governo federal "esconde" a intenção de começar a vender
terras indígenas. "Hoje já se compram terras no Amazonas sem necessidade
de passar pelo Congresso. Certamente será pior para as terras indígenas."
(O Estado de São Paulo - 04.05.2007) 7 Lula volta a defender uso de hidrelétricas O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a construção de usinas hidrelétricas no País, na inauguração da hidrelétrica Amador Aguiar (Capim Branco II), em Uberlândia (MG), nesta quinta-feira. Caso os projetos previstos pelo governo não saiam do papel, a alternativa será a instalação de unidades nucleares ou térmicas a gás e carvão, disse Lula. "Nenhum empresário virá investir no País se não dermos a certeza de que haverá energia. Ou se constrói hidrelétrica, ou usina nuclear ou termelétricas a partir de óleo diesel ou do gás, o que não temos, pois é importado. Não dá para pensar em produzir energia para tocar o País nem de energia eólica, nem solar, em que para cada 100 MW produzida, se perde 30 MW." Em relação às térmicas a carvão, Lula disse que elas são "contra-producentes e mais poluidoras". "Além disso, não temos a matéria-prima, teríamos que importar o carvão do Roger", disse Lula fazendo referência ao presidente da Vale, empresa que tem negócios na área de carvão fora do País. O presidente ponderou, no entanto, que estas também seriam uma opção às hidrelétricas. (Jornal do Commercio - 04.05.2007) 8
Curtas
Empresas 1 Câmara aprova MP que reduz juros da dívida da Itaipu O Plenário
aprovou hoje, por 234 votos a 84, a Medida Provisória 357/07, que autoriza
a União e a Eletrobrás a renegociarem com a Itaipu Binacional (controlada
pelo Brasil e pelo Paraguai) os contratos de dívida da empresa para excluir
a correção dos valores com base na variação anual da inflação norte-americana,
o chamado "fator anual de reajuste". A matéria será votada ainda pelo
Senado. A principal vantagem da proposta para o Paraguai é a compra de
energia mais barata da usina. A MP faz parte de um acordo assinado pelos
dois países em 19 de janeiro de 2007 cujo objetivo é "solucionar os reiterados
pleitos dos representantes do Paraguai". A urgência de sua edição foi
justificada com a necessidade de tempo para o trâmite operacional para
que o novo valor da tarifa da Itaipu passe a vigorar a partir de 1º janeiro
de 2008. A votação da MP seguiu o parecer do relator, deputado Giacobo
(PR-PR). (Agência Câmara - 03.05.2007) 2 ISA planeja explorar área de servidão da CTEEP A colombiana ISA, que no Brasil controla a CTEEP, está disposta a explorar boa parte das faixas de servidão que abrigam as suas linhas de transmissão no Estado de São Paulo. Fernando Rojas, o presidente da subsidiária colombiana no país, contou que um grupo de executivos da matriz deverá desembarcar por aqui até o final de maio para dar um formato ao projeto, entre a discussão de outros temas. A idéia é aproveitar essas faixas de servidão e construir, por exemplo, dutos que poderiam transportar gás natural. Caso a ISA resolva viabilizar esse projeto, ela teria a sua disposição 18,2 mil km de linhas pertencentes a CTEEP. (Valor Econômico - 04.05.2007) 3 Energias do Brasil espera economizar R$ 68,4 mi com Projeto Vanguarda A Energias
do Brasil espera encerrar este ano com uma economia de R$ 68,4 milhões
derivados do Projeto Vanguarda. O programa consiste na integração tecnológica
das empresas do grupo e em um programa de demissão voluntária. Além disso,
a empresa já começou a delinear um novo programa para incrementar a economia
do grupo em R$ 50 milhões. Segundo Antonio José Sellare, diretor vice-presidente
do grupo, as diretrizes do novo programa serão anunciadas em breve. A
economia registrada no primeiro trimestre foi de R$ 11,7 milhões, com
a expectativa de chegar a R$ 68,4 milhões até o fim do ano. (Agência Canal
Energia - 03.05.2007) 4
Eletropaulo inaugura subestações A diretoria
da Aneel manteve multa de R$ 1,3 milhão aplicada à Light, em 2005, pelo
descumprimento das metas de DEC e FEC, duração e freqüência dos cortes
de energia, em 16 dos 67 conjuntos consumidores em 2004. A distribuidora
afirmou, na defesa, que a violação das metas deve-se à peculiaridade da
área de concessão. A empresa só poderá recorrer na Justiça. (Agência Canal
Energia - 03.05.2007) 6 Abengoa reestrutura organização acionária no país A diretoria
da Aneel aprovou a reorganização societária da Abengoa no país. O grupo
espanhol criou a Abengoa Linhas do Brasil Holding que vai controlar as
participações em sete transmissoras de energia. A nova companhia deterá
50,01% da Nordeste Transmissora de Energia. A Abengoa tem 50,10% da Sul
Transmissora de Energia em sociedade. A Abengoa Holdings consolidará o
controle das ATE, ATE II e ATE III, nas quais o grupo espanhol é o único
acionista. Na Expansión Transmissão de Energia Elétrica e Expansión Transmissão
Itumbiara Marimbondo, a Abengoa detém 25% em cada. (Agência Canal Energia
- 03.05.2007) 7 Endesa projeta investimentos anuais de R$ 900 mi no Brasil A Endesa
Brasil planeja investir cerca de R$ 900 milhões por ano no Brasil. Segundo
o presidente da holding, Marcelo Llévenes, mais da metade desse valor
será destinada para o estado do Rio de Janeiro. A Ampla investiu R$ 6,6
milhões na implantação da subestação, que beneficiará 160 mil pessoas.
A unidade operará em tensão de 69 kV e 25 MVA de potência instalada. (Agência
Canal Energia - 03.05.2007) No pregão do dia 03-05-2007, o IBOVESPA fechou a 50.218,22 pontos, representando uma alta de 1,51% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3,7 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,60% fechando a 15.790,99 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 46,95 ON e R$ 45,70 PNB, alta de 2,60% e 1,24%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 04-05-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 47,01 as ações ON, alta de 0,13% em relação ao dia anterior e R$ 45,72 as ações PNB, alta de 0,04% em relação ao dia anterior. (Investshop - 04.05.2007) A Cemig pretende instalar até o final do ano, 709 esferas de sinalização aérea na sua área de concessão. Na última semana, a distribuidora concluiu a instalação de 129 unidades nas linhas de distribuição da região metropolitana de Belo Horizonte. Houve investimento de R$ 350 mil. (Brasil Energia - 03.05.2007) A Aneel aprovou a implementação experimental de medidores eletrônicos pela Cemig Distribuição. A autorização valerá por 24 meses após a publicação de resolução autorizativa. Os consumidores terão que ser avisados com 30 dias de antecedência mínima para a instalação. (Agência Canal Energia - 03.05.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica O ONS registrou
ontem (2/5) recorde de demanda instantânea no subsistema Norte, atingindo
4.043 MW às 18h56. De acordo com Boletim de Carga divulgado nesta quinta-feira
(3/5) pelo operador, o recorde é fruto das altas temperaturas registradas
na região. Também influenciou na demanda da região o elevado intercâmbio
praticado do Norte para o Sudeste e Nordeste, o que vem provocando aumento
de perdas na rede de transmissão do subsistema. (Brasil Energia - 03.05.2007)
2 Consumo de energia sobe 8,1% no mês Os dados preliminares do ONS apontam um crescimento de 8,1% na carga de energia elétrica no mês de abril em relação ao mesmo mês do ano passado. O sistema operou no mês passado com uma carga de 50.425 MW médios, contra 50.279 MW médios de janeiro a abril. No geral, o órgão responsável pela gestão do Sistema Interligado Nacional aponta as anormalmente elevadas temperaturas nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul como principal razão para o crescimento. A elevação foi bem maior do que a de março (5,4%) que já havia sido mais alta do que o esperado por conta do calor excessivo nas duas primeiras regiões. (Valor Econômico - 04.05.2007) 3 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 86,6% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 86,6%, sem
apresentar alteração significativa em relação à medição do dia 1º de maio.
A usina de Furnas atinge 99,2% de volume de capacidade. (ONS - 02.05.2007)
4 Sul: nível dos reservatórios está em 82,9% O nível
de armazenamento na região Sul sem apresentar alteração no nível de armazenamento
em relação à medição do dia 1º de maio, com 82,9% de capacidade armazenada.
A usina de Machadinho apresenta 59,8% de capacidade em seus reservatórios.
(ONS - 02.05.2007) 5 NE apresenta 95,4% de capacidade armazenada Não apresentou
alteração em relação à medição do dia 1º de maio, o Nordeste está com
95,4% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 96,7% de volume de capacidade. (ONS - 02.05.2007) 6 Norte tem 98,6% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 98,6% apresentando queda de 0,5%
em relação à medição do dia 1º de maio. A usina de Tucuruí opera com 98,5%
do volume de armazenamento. (ONS - 02.05.2007)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras firma acordo para aumentar oferta de energia elétrica ao País A Petrobras firmará Termo de Compromisso com a Aneel, visando agregar maior disponibilidade de geração em 24 usinas termelétricas para atendimento, inclusive, aos seus contratos atuais. O Termo de Compromisso está alinhado com a estratégia da empresa de desenvolver o mercado brasileiro de gás natural, atuando como uma empresa integrada de energia com vistas a rentabilizar sua carteira de ativos de geração termelétrica, cujo saneamento se concluiu recentemente com o arrendamento da Usina de Piratininga. Os esforços empreendidos pela Petrobras, assumidos no Termo de Compromisso, refletem o Plano de Negócios da Companhia para o período 2007-2011, no qual estão previstos investimentos totais da ordem de US$ 22,1 bilhões para permitir uma oferta de cerca de 70 milhões de metros cúbicos por dia de gás nacional até 2010, a importação de 20 milhões de metros cúbicos por dia de GNL até 2009, além da manutenção dos volumes atualmente contratados da Bolívia, de 30 milhões de metros cúbicos por dia. As ações a serem empreendidas proporcionarão, até 2011, uma disponibilidade adicional de energia elétrica de aproximadamente 4 GW, o que será alcançado não apenas com uma maior oferta de gás, mas também com a conversão de usinas para operação bicombustível e a disponibilização de usinas a óleo combustível. (Petrobras - 03.05.2007) 2 Petrobras corre para não depender do gás boliviano Uma missão
de executivos da Petrobras vai ao Catar, a Trinidad & Tobago e à Argélia,
na próxima semana, para visitar projetos de GNL em busca de novos fornecedores.
A iniciativa faz parte do esforço da estatal para reduzir a dependência
brasileira da Bolívia no abastecimento de gás. Recentemente, a companhia
assinou contrato com a empresa Nigerian LNG para fornecimento do combustível
a partir de 2009. O gás virá para duas plantas de regaseificação a serem
instaladas no Rio e Ceará. Ontem, o presidente da Petrobrás, José Sérgio
Gabrielli visitou instalações de regaseificação na costa do Golfo Americano.
A Petrobrás tem tido dificuldade de negociar contratos de suprimento de
GNL com fornecedores internacionais porque, enquanto eles preferem contratos
firmes, a demanda no Brasil será variável. A insegurança com o abastecimento
de gás natural pela Bolívia está levando a Petrobrás a buscar alternativas
de suprimento e de tecnologia. A Petrobrás estuda, ainda de maneira muito
preliminar, instalar novos pontos de recepção de GNL em São Luiz, Aratu,
Suape e São Francisco. Além disso, a empresa estuda uma área internacional
para esse fim no Uruguai. A empresa também está concentrada em desenvolver
tecnologias alternativas ao gás natural para abastecer as termoelétricas,
que possam vir a ser utilizadas em situações de emergência. (O Estado
de São Paulo - 04.05.2007) 3 Gás de Santos reduz dependência da Bolívia A Petrobras
espera produzir 22 milhões de metros cúbicos de gás na bacia de Santos
até 2010, o que, em tese, reduzirá a dependência em relação ao gás importado
da Bolívia. Hoje, o volume importado do país oscila de 24 milhões a 26
milhões de metros cúbicos diários. Para atingir tal volume de produção,
a estatal prevê investimentos de US$ 4,7 bilhões em três áreas produtoras
distintas. A Petrobras anunciou ainda que investirá U$ 9,5 bilhões em
suas operações internacionais nas Américas (menos o Cone Sul), na Ásia
e na África com o objetivo de elevar sua produção fora do Brasil a 300
mil barris diários até 2011. Desse total, metade será destinada aos EUA.
Para projetos em conjunto com a estatal venezuelana PDVSA, a Petrobras
reserva um investimento de US$ 2 bilhões. (Jornal do Brasil - 04.05.2007)
Grandes Consumidores 1 Vale garante que prioridade em energia é investir em hidroelétricas A CVRD está
alinhada aos interesses do governo de investir em novas usinas hidroelétricas,
mesmo sendo um potencial fornecedor de matéria-prima para usinas térmicas
a carvão. "Nossa primeira opção é investir em hidroelétricas. Não sendo
possível, vamos investir em novos projetos a carvão" disse ontem Roger
Agnelli, presidente da Vale, durante a inauguração da usina Capim Branco
II, em Uberlândia, da qual a empresa é a maior acionista. (DCI - 04.05.2007)
2 Braskem deve retomar o diálogo com Bolívia este mês A Braskem,
deve retomar conversas preliminares com o governo boliviano este mês.
"A reunião para o detalhamento de nosso projeto do pólo gás químico na
fronteira deve ocorrer agora em maio", disse o presidente da empresa,
José Carlos Grubisich. O executivo lembra que, embora a Braskem esteja
em compasso de espera para que cessem os conflitos entre os governos boliviano
e brasileiro, "estamos prontos para trabalhar com a YPFB na Bolívia, mas
queremos condições boas de fornecimento e econômicas", disse. De acordo
com o projeto feito inicialmente pela Braskem, a estatal boliviana poderá
ser sócia no projeto. "Isso nunca esteve descartado, mas ainda não estamos
neste nível de discutir o modelo societário", disse. A empresa necessita
de fornecimento garantido entre 30 e 32 milhões de metros cúbicos/dia.
O projeto visa a produção de 540 mil toneladas de resinas de polietileno
(PE) ao ano. (Gazeta Mercantil - 04.05.2007) 3 Braskem tem lucro 14% menor no trimestre O lucro
da Braskem no trimestre deste ano foi de R$ 107 milhões, queda de 14%
em igual comparação. O resultado, no entanto, foi devido principalmente
ao reconhecimento de receita não recorrente no valor de R$ 84 milhões
no início de 2006. Na comparação com o trimestre passado, o lucro cresceu
37%. Já o Ebitda de janeiro a março foi de R$ 432 milhões, alta de 4%
sobre o início deste ano. A receita líquida da Braskem atingiu R$ 12 bilhões
no período de 12 meses encerrados em março deste ano. O resultado foi
obtido após a empresa registrar receita líquida de R$ 2,86 bilhões no
primeiro trimestre, valor 5% superior a igual período do ano passado.
Outro número destacado pela direção da companhia foi a alta de 24% no
volume exportado no trimestre. Com vendas de US$ 329 milhões, a participação
do exterior na receita líquida da Braskem saltou de 21% no início de 2006
para 24% neste ano. (DCI - 04.05.2007) 4 Braskem e Suzano ficam em campos opostos na Bahia A Braskem
e a Suzano, duas das maiores petroquímicas, estão em campos opostos em
um dos pilares essenciais do setor: o fornecimento de matéria-prima. O
presidente da Braskem, José Carlos Grubisich, disse que um projeto a ser
implantado pela própria companhia no pólo petroquímico de Camaçari (BA)
será "prioritário" em relação aos demais. A Braskem tem planos de fazer
uma fábrica com capacidade de 300 mil toneladas de produção de polipropileno
por ano. A unidade, que exigirá US$ 300 milhões, deve começar a operar
até 2011. A Suzano pleiteia mais propeno para eliminar um gargalo na sua
unidade de produção situada no pólo baiano. "Há um contrato de longo prazo
com a Suzano, mas não temos nenhuma negociação em curso", disse Grubisich.
A Suzano Petroquímica prevê ampliar em 75 mil toneladas sua produção de
polipropileno em Camaçari, investindo US$ 58 milhões entre 2010 e 2011,
o que inclui a modernização da unidade. Um porta-voz da Suzano informou
que o contrato atual prevê o fornecimento adicional para a expansão. (Valor
Econômico - 04.05.2007) 5 Gerdau aumenta a produção de laminado em 11,7% no trimestre A Gerdau,
maior fabricante de aço da América Latina, expandiu sua produção de laminados
em 11,7% no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2006,
somando 3,4 milhões de toneladas. A informação foi dada ontem pelo presidente
do grupo, André Gerdau Johannpeter, ao anunciar os resultados da companhia
de janeiro a março. Ele informou também que a Gerdau registrou produção
de 4,4 milhões de toneladas de aço bruto no primeiro trimestre, um acréscimo
de 7,7% sobre o total produzido nos primeiros três meses do ano passado.
(DCI - 04.05.2007) 6 Lucro da Gerdau cai no país, mas melhora no exterior O grupo
siderúrgico Gerdau registrou lucro líquido de R$ 483 milhões em suas operações
no Brasil no primeiro trimestre de 2007, uma redução de 13,3% em relação
ao mesmo período do ano passado, quando o ganho foi de R$ 557 milhões.
O vice-presidente-executivo da empresa, Osvaldo Schirmer, afirmou que
a valorização do real diante do dólar teve influência na redução da margem
de lucro no país. "É difícil lutar contra isso [valorização do real],
porque a tendência é que o real continue forte ou até se valorizando.
No exterior, com bons resultados, uma coisa acabou compensando a outra."
O lucro global do grupo, que opera em nove países, refletiu o grau de
internacionalização da Gerdau. O resultado foi de R$ 869,4 milhões -desempenho
4,4% superior ao dos três primeiros meses de 2006. Contribuíram para esse
resultado o crescimento do lucro da Gerdau na Europa (84,7%), na América
do Norte (41,9%) e na América do Sul (23,6%). Até março, o faturamento
do grupo alcançou R$ 7,5 bilhões, superando em 13,5% os R$ 6,6 bilhões
registrados no mesmo período do ano anterior. (Folha de São Paulo - 04.05.2007)
7 Inco impulsiona lucro da Vale, que cresce 133% no trimestre A Vale registrou
mais um recorde este primeiro trimestre. O lucro líquido da companhia
de janeiro a março deste ano foi de R$ 5,095 bilhões, o que indica um
crescimento de 133% em relação ao mesmo período do ano passado, quando
o lucro líquido da Vale somou R$ 2,2 bilhões. De acordo com a empresa,
o lucro foi impulsionado pelo aumento dos preços dos metais - especialmente
o níquel, que a Vale passou a comercializar após a compra da Inco - e
pela elevação das vendas de minério de ferro e pelotas. A receita bruta
da Vale somou R$ 16,629 bilhões, com crescimento de 100,8% em relação
à registrada em igual período do ano passado, quando a receita totalizou
R$ 8,3 bilhões. O aumento de preços dos metais foi responsável por 77%
do crescimento. (DCI - 04.05.2007) 8 Vale obtém linha externa de US$ 650 mi A CVRD anunciou
ontem a contratação de uma linha de crédito rotativo junto a um consório
de bancos, no valor total de US$ 650 milhões. A operação será dividida
em duas tranches, uma de US$ 300 milhões, com prazo de três anos e custo
de 0,175% ao ano acima da Libor pelo uso; e outra de US$ 350 milhões,
prazo de cinco anos e custo pela utilização de 0,250% ao ano acima da
Libor. Em ambas, a comissão de manutenção é de 0,075% ao ano. As linhas
ofertadas somaram quase duas vezes o montante originalmente demandado
pela Vale. A operação foi estruturada de forma a não haver qualquer restrição
ao desembolso de recursos relacionada ao risco soberano. A Vale tem um
total de US$ 1,9 bilhão em linhas de crédito rotativo. (Gazeta Mercantil
- 04.05.2007) Economia Brasileira 1 Cai fatia da América Latina no investimento global O volume de investimento estrangeiro direto (IED) na América Latina teve um ligeiro crescimento em 2006, atingindo um total de US$ 72,439 bilhões. Mas o avanço não foi suficiente para aumentar a participação da região na captação mundial de investimentos. A fatia dos países latino-americanos em relação aos demais caiu para 8% - ante os cerca de 11% que vinham sendo registrados em anos anteriores. México e Brasil foram os que mais atraíram recursos. Os dados constam do relatório divulgado ontem pela Cepal, órgão das Nações Unidas, e mostram que, na América do Sul, em particular, os investimentos se concentraram na exploração de recursos naturais. (Valor Econômico - 04.05.2007) 2 Atividade industrial ganha força em abril O ambiente mais favorável ao investimento, a continuidade do aquecimento do mercado doméstico e a recuperação do setor agrícola fizeram com que a indústria fechasse o primeiro quadrimestre com produção em alta. E o movimento não ficou restrito em poucos setores. Aço, papelão, têxtil, autopeças e petróleo, por exemplo, estão produzindo mais. Os economistas acreditam que a expansão da indústria neste ano será marcada por uma maior dispersão (menor concentração) setorial. (Valor Econômico - 04.05.2007) 3
Indicadores sinalizam aquecimento vigoroso da economia 4 Agricultura terá PAC exclusivo, diz Stephanes Oministro
da Agricultura, Reinhold Stephanes, informou nesta quinta-feira que o
setor agrícola terá um PAC específico e admitiu que o projeto deverá prever,
entre outras medidas, juro menor para os financiamentos. "Vai sair uma
espécie de PAC com questões estruturantes para a agricultura. Só não posso
afirmar se nós vamos apresentá-lo em conjunto com Plano de Safra, em junho,
ou se vamos demorar um pouco mais", disse Stephanes, que visita a Agrishow,
em Ribeirão Preto (SP). Hoje a maior parte dos financiamentos agrícola
é feita com juros de 8,75% ao ano e os produtores pediram, por meio da
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), redução para até
4,5% ao ano. (Jornal do Commercio - 04.05.2007) 5 Inflação medida pela Fipe acelera e fecha abril em alta de 0,33% O IPC-Fipe
encerrou o mês de abril com alta de 0,33%, ante uma elevação de 0,11%,
em março. As maiores elevações ocorreram nos grupos Vestuário (+0,090%),
Transportes (+0,76%) e Saúde (+0,66%). A única queda foi constatada em
Alimentação, que teve recuo de 0,13%. Os demais grupos apresentaram as
seguintes variações: Habitação (+0,26%), Despesas Pessoais (+0,43%) e
Educação (+0,09%). (Agência Brasil - 04.05.2007) 6 FGV: inflação recua em cinco de sete capitais Cinco das sete capitais pesquisadas pela FGV para o calculo do IPC-S registraram desaceleração de preços. A inflação na cidade de São Paulo subiu 0,46% do IPC-S até 30 de abril, ante aumento de 0,56% na semana anterior, até 22 de abril. Além de São Paulo, as cidades que registraram elevações de preços menos intensas no período foram Belo Horizonte (de 0,45% para 0,31%); Porto Alegre (de 0,82% para 0,68%); Recife (de 0,57% para 0,45%); e Salvador (de 0,23% para 0,18%). (Jornal do Commercio - 04.05.2007) 7
BC compra US$ 4 bi em dia de enxurrada de dólares O dólar
comercial abriu as operações em baixa em relação ao encerramento do dia
anterior, a R$ 2,0210. Em quase 30 minutos de atividades, a moeda era
transacionada a R$ 2,0180 na compra e a R$ 2,0200 na venda, com decréscimo
de 0,39%. Ontem, o dólar comercial subiu 0,19%, a R$ 2,026 na compra e
R$ 2,028 na venda. O giro interbancário (D+2) somou aproximadamente US$
5,2 bilhões. (Valor Online - 04.05.2007)
Internacional 1 Faltam investimentos em gás natural, adverte AIE Agência
prevê que o combustível será o principal vetor do crescimento no consumo
energético. "O maior risco para a segurança energética é a falta de investimento",
disse ontem o diretor-executivo da AIE, Claude Mandil, durante a apresentação
da segunda edição do relatório da organização sobre o mercado do gás natural.
O diretor-executivo da AIE reconheceu que, nos últimos meses, a situação
no mercado mundial de gás foi mais tranqüila no que se refere a fornecimento,
mas isso deveu-se a um inverno que, no hemisfério norte, foi muito mais
leve que o comum. No entanto, num prazo mais longo, Mandil advertiu que
"é preciso ter muito cuidado", pois o gás continuará sendo, nos próximos
anos, o principal vetor de crescimento no consumo energético. (Gazeta
Mercantil - 04.05.2007)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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