l IFE: nº 2.026 - 02
de maio de 2007 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Reestruturação do Setor 1 Marina isenta Ibama e diz que obra depende de empreiteiras A ministra do
Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou ontem que a viabilidade da construção
das usinas hidrelétricas no Rio Madeira depende, neste momento, apenas
dos empreendedores da obra, isentando assim o Ibama de responsabilidade
pelo atraso das obras. A construção das usinas está prevista no PAC, a
menina dos olhos do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. "Estamos em um processo proativo, mas a resposta, necessariamente,
cabe ao empreendedor em relação às questões que têm sido levantadas",
afirmou a ministra. Antes, em entrevista ao Bom Dia Brasil, da TV Globo,
Marina já havia salientado que depende dos empreendedores das hidrelétricas
do Madeira, o consórcio entre a Odebrecht e Furnas, a viabilidade das
obras. Nas entrevistas de ontem, ela deu a entender que o Ibama não exigirá
novos estudos de licenciamento, o que atrasaria ainda mais o início do
empreendimento. (O Estado de São Paulo - 01.05.2007) 2 Marina: "o Ibama não está acéfalo" Marina também
negou que o Ibama esteja acéfalo. Com as mudanças feitas pelo presidente
Lula na autarquia, seis dos sete diretores decidiram sair do órgão, num
gesto de solidariedade a Marcus Barros, cujo afastamento da presidência
do Ibama já fora anunciado. Medida Provisória editada sexta dividiu o
Ibama em dois, com a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade. "O Ibama não está acéfalo. O presidente Marcus Barros
ainda está à frente do Ibama e, no momento oportuno, será feita a substituição",
disse Marina depois de assinar termo de cooperação com a Comissão da Carta
da Terra Internacional. A ministra reiterou que Marcus Barros sairá do
cargo a pedido do próprio e não por decisão dela. "Ele tinha compromisso
de ficar durante essa gestão (os quatro primeiros anos do governo Lula).
Foi ele próprio quem pediu para voltar à academia. Ele é médico, pesquisador."
Marina disse ainda não ter nomes para a presidência da autarquia nem para
o comando do Instituto Chico Mendes. Antes, em discurso no evento do ministério,
Marina admitiu estar estudando espaço no governo para o secretário demissionário
Claudio Langone. Ele estava à frente da secretaria-executiva do ministério.
(O Estado de São Paulo - 01.05.2007) 3 Saída de diretor de licenciamento é confirmada O engenheiro
florestal Luiz Felipe Kunz Júnior não é mais diretor de Licenciamento
Ambiental do Ibama. Sua exoneração do cargo está em portaria assinada
pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, publicada na edição
de ontem do "Diário Oficial da União". Kunz Júnior e o presidente do Ibama,
Marcus Barros, que também está deixando o cargo, foram os responsáveis
pela emissão da Licença Prévia nº 200/2005, que declarou a "viabilidade
ambiental" das obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco. A
saída de Kunz e Barros se dá no contexto da reestruturação que a ministra
Marina Silva está fazendo no Ministério do Meio Ambiente. Além de Kunz,
também anunciaram que deixariam os cargos no Ibama os diretores Márcio
Freitas (Qualidade Ambiental), Rômulo Melo (Fauna e Recursos Pesqueiros),
Luiz Carlos Hummel (Florestas), Paulo Oliveira (Socioambiental) e Marcelo
Françozo (Ecossistemas). Todos decidiram sair, num gesto de solidariedade
a Marcus Barros. (O Estado de São Paulo - 01.05.2007) 4 Kelman vê tentativa de intimidação do Ministério
Público 5 Langone ão aceita ser responsabilizado pelo atraso na concessão das licenças O ex-secretário-executivo
do Ministério do Meio Ambiente Cláudio Langone disse que não aceita ser
responsabilizado pelo atraso na concessão das licenças ambientais para
a construção das hidrelétricas do Rio Madeira, em Rondônia. Langone e
outros funcionários graduados do ministério foram afastados há dez dias
pela ministra Marina. "Se o governo tivesse a compreensão de que eu era
contrário ao licenciamento, não teria delegado a mim a função de coordenar
o processo para a busca das soluções técnicas e legais adequadas para
solucionar o impasse, que resultou nos caminhos que ora estão sendo percorridos
para o licenciamento", disse Langone. Depois de ser nomeado pelo próprio
Lula para coordenar a busca de soluções para a questão do Madeira, visto
que o Ibama havia negado a licença ambiental para as obras, ele disse
que participou de três reuniões no Palácio do Planalto, duas delas com
o próprio presidente, mais os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Silas
Rondeau (Minas e Energia) e Marina Silva. Langone disse que tem conhecimento
de que alguém levou ao presidente Lula a "fofoca" de que era contrário
às licenças para as obras do Rio Madeira. "Sei que isso aconteceu." Por
esse motivo, acha que está sendo usado. "Depois de nomeado pelo governo
para coordenar o processo, fiz três reuniões, todas elas no Planalto,
duas com Lula.". (O Estado de São Paulo -30.04.2007)
6 Lula e Kirchner discutem energia Os presidentes
Luiz Inácio Lula da Silva e Néstor Kirchner analisaram em um breve encontro
em Buenos Aires os problemas energéticos regionais e suas eventuais soluções.
Poucos minutos antes de embarcar no avião presidencial rumo ao Brasil,
Lula disse que no dia 15 de maio será realizada em Brasília uma reunião
bilateral para avaliar as várias possibilidade energéticas, "entre elas
o etanol, a energia hidrelétrica, a nuclear e até a eólica". Segundo Lula,
tanto ele como Kirchner possuem "a certeza" de que ambos os governos precisam
"discutir a situação energética com mais profundidade". Lula afirmou que
o Brasil e a Argentina ainda não exploraram "o potencial que temos para
trabalhar". Segundo ele, o desenvolvimento de várias fontes de energia
é importante "para que os dois países possam aumentar sua independência
no setor energético". (O Estado de São Paulo - 28.04.2007) 7 Aneel inicia processo de retomada de outorgas de PCHs A Aneel já se movimenta para retomar outorgas de pequenas centrais hidrelétricas que não tenham iniciado a construção nem tenham negociado energia. A agência está emitindo 65 termos de notificação para empreendedores para que eles justifiquem a razão de as obras ainda não terem sido iniciadas. Segundo o diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, a idéia é dar mais competitividade ao mercado de PCHs e evitar especulação com ativos que pertencem, na realidade, à União. "O Uso do Bem Público não pode ser objeto de especulações", observou Kelman. Dados da reguladora relativos ao mês de março, mostram que o mercado tem potencial elevado de oferta. Considerando todos os empreendimentos listados, a Aneel contabiliza 257 usinas que somam 3.955,3 MW. O total considera 63 empreendimentos contratados no âmbito do Proinfa, num total de 1.192,1 MW.Excluindo as plantas do Proinfa, os dados da Aneel indicam que 107 usinas contam com licença de instalação, sendo que 90 ativos (1.264,2 MW) ainda não iniciaram as obras. Dessas plantas, 78 (1.030,6 MW) estão com cronograma comprometido, contra 12 com andamento normal do cronograma (233,6 MW). A idéia, contou Kelman, é que as outorgas autorizadas sejam ofertadas a outros agentes interessados no mercado. (Agência Canal Energia - 30.04.2007) 8 Estudo apóia tese de hidrelétrica
"limpa" A Subcomissão Temporária da Regulamentação dos Marcos Regulatórios, que funciona no âmbito da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, planeja para o próximo dia 7 de maio, às 18 horas, uma audiência pública sobre temas relacionados ao setor de energia elétrica. A subcomissão vai debater ainda petróleo, gás natural e biocombustíveis no dia 14; recursos hídricos no dia 28; e agências reguladoras no dia 27 de agosto. (Agência Canal Energia - 30.04.2007) O prazo para as inscrições da sétima edição do Simpósio de Automação de Sistemas Elétricos (VII Simpase), em Salvador, Bahia, vai até o dia 25 de julho através do site www.simpase.com.br. Segundo a organização, após essa data, os interessados só poderão se inscrever no local do evento, mediante consulta prévia, devido ao número limitado de vagas. (Agência Canal Energia - 02.05.2007) O Ibama realiza nos dias
8 e 9 de maio audiências públicas nos municípios de
São Geraldo do Araguaia (PA) e Araguaia (TO) para discutir o Estudo
de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental da linha
de transmissão Itacaiúnas-Colinas, em 500 kV, e subestações
associadas. A LT faz parte do trecho 1 da Interligação Norte-Sul.
(Brasil Energia - 27.04.2007)
Empresas 1 Peixe Angical melhora o lucro da Energias do Brasil A entrada em
operação dos 452 MW da hidrelétrica de Peixe Angical no ano passado deu
à Energias do Brasil um novo patamar. A companhia alcançou evolução do
faturamento, do lucro líquido e também do lucro antes de juros, impostos,
depreciações e amortizações (lajida) no primeiro trimestre de 2007. Um
dos indicadores que apresentou a maior alta foi o lucro líquido. Com alta
de 28,9%, a última linha do balanço fechou em R$ 128 milhões entre janeiro
e março de 2007, ante os R$ 99,3 milhões registrados em igual período
do ano passado. O lajida também não ficou atrás e deu um salto de 20,2%,
alcançando R$ 338,7 milhões. A receita foi de R$ 1,1 bilhão entre janeiro
e março de 2007, 13% maior que igual período de 2006. O volume total do
insumo distribuído pelas companhias da Energias do Brasil cresceu 3% entre
janeiro e março deste ano. Nos próximos anos, a Energias do Brasil foca
mesmo é na ampliação da fatia que a geração tem na sua receita. E a julgar
pela prospecção atual de projetos, a empresa poderá ter a chance de agregar
um bom volume aos atuais 1,043 mil MW de capacidade instalada. A companhia
tem 18 projetos de PCHs em estudo, os quais totalizam 438 MW, além de
sete projetos hidrelétricos que somarão um adicional de 590 MW. (Valor
Econômico - 01.05.2007) 2 Enersul tem lucro 43,12% maior no 1º tri A Enersul teve um crescimento de 43,12% no lucro líquido do primeiro trimestre, que chegou a R$ 19,2 milhões, ante R$ 13,4 milhões em igual período de 2006, segundo balanço divulgado. A distribuidora obteve receita bruta de R$ 311,4 milhões de janeiro a março deste ano, contra R$ 277,3 milhões nos mesmos meses de 2006. A receita líquida ficou em R$ 198,5 milhões no trimestre, acima dos R$ 189,4 milhões no mesmo trimestre do ano passado. (Agência Canal Energia - 30.04.2007) 3 Bandeirante Energia:lucro de R$ 34,4 mi no 1º tri A Bandeirante
Energia registrou lucro de R$ 34,4 milhões no primeiro trimestre deste
ano, contra R$ 31 milhões no mesmo período de 2006, segundo balanço divulgado.
A distribuidora teve uma receita bruta de R$ 735,6 milhões de janeiro
a março, ante R$ 663,7 milhões em iguais meses do ano passado. A receita
líquida da empresa ficou em R$ 473,4 milhões no trimestre, acima dos R$
420,4 milhões obtidos em 2006. (Agência Canal Energia - 30.04.2007) 4 Escelsa lucra R$ 40,5 mi no 1º tri 5 Aneel nega recursos de distribuidoras e mantém multas A distribuidoras
Celtins, Coelce e Celpa tiveram recursos negados pela Aneel, decidiu manter
as penalidades por descumprimento das metas dos indicadores de qualidade
e por falhas na prestação de serviços. Segundo a Aneel, a Celtins havia
recorrido contra multa no valor de R$ 353,3 mil, aplicada em 2003, por
ultrapassagem das metas dos indicadores que medem a duração (DEC) e a
freqüência (FEC) das interrupções no fornecimento de energia em 2002.
No caso da Celpa, os recursos questionavam duas multas nos valores de
R$ 8.075 e de R$ 6.950, também por descumprimento dos indicadores DEC
e FEC em 2004. A Coelce recebeu uma multa de R$ 440 mil em razão de falhas
de segurança durante interrupção de energia ocorrida em Riacho Novo (CE),
em março de 2002. (Agência Canal Energia - 30.04.2007) 6 Ações de CPFL e Renner integram prévia A Bovespa divulgou
na última segunda-feira a terceira prévia para a carteira teórica do Ibovespa
, o seu principal índice, que vigorará entre 2 de maio e 31 de agosto
de 2007. Em relação à carteira vigente entre janeiro e março deste ano,
as novidades são a entrada das ações ordinárias de CPFL Energia e Lojas
Renner. Nenhuma ação foi retirada. (DCI - 02.05.2007) 7 R$ 219 mi da AES para eficiência Desde que passou
para o controle da americana AES Corp, em 1998, a distribuidora AES Eletropaulo
investiu R$ 219 milhões em projetos de melhoria de eficiência energética.
Isso resultou numa economia anual de eletricidade de 632 mil MWh, o suficiente
para atender por um ano uma cidade do porte da paulista Osasco, ou ao
consumo de 210 mil residências-padrão, com demanda mensal na faixa 250
kWh. O objetivo é reduzir anualmente 86 mil MWh na área de concessão composta
por 24 municípios. O atual ciclo em execução prevê um dispêndio de mais
R$ 44,6 milhões, distribuídos em projetos diversos e que devem proporcionar
uma economia adicional de cerca de 52 MWh por ano, o equivalente a 17,2
mil residências padrão. No ano passado, a empresa destinou R$ 11,3 milhões
exclusivamente para clientes privados, seja a fundo perdido, seja por
meio de contratos de desempenho. A idéia é ajudar as empresas as melhorar
a competitividade por meio da aplicação de soluções integradas. (Brasil
Energia - 27.04.2007) 8 CFLC e CENF: R$ 1 mi em eficiência energética A Companhia de Força e Luz Cataguazes Leopoldina (CFLC) e a Companhia de Eletricidade de Nova Friburgo (CENF) vão investir R$ 1 milhão na implementação de seus programas de eficiência energética, ciclo 2006/2007. A autorização para os projetos foi concedida pela Aneel e publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (30/1). A CFLC vai investir a maior parte do montante, R$ 845,2 mil, oriundos de uma reserva de 0,2502% da receita operacional líquida da empresa. A CENF aplicará R$ 199,4 mil, o correspondente a 0,2500% de sua receita. Os projetos constantes nos programas de ambas concessionárias deverão ser concluídos até 30 de abril de 2008. (Brasil Energia - 30.04.2007) 9 Mudança de controle na Elektro A Aneel autorizou a transferência de 99,68% das ações que as empresas Energia Total do Brasil, Prisma Energy Brasil Finance, Empresa Paranaense Comercializadora e Prisma Energy Investimentos detêm na Elektro Geração para a ESP Agropecuária. A operação deverá ser concluída em até 90 dias. A geradora, resultante da segregação das atividades da Elektro Eletricidade e Serviços, é responsável pela concessão das hidrelétricas Emas, em Pirassununga, e Lobo, localizada entre os municípios de Itapira e Brotas, São Paulo. A hidrelétrica Emas tem capacidade instalada de 3,36 MW, mas encontra-se desativada. A usina Lobo opera comercialmente e tem potência instalada de 2 MW. (Brasil Energia - 27.04.2007) No pregão do
dia 30-04-2007, o IBOVESPA fechou a 48.956,39 pontos, representando uma
baixa de 0,55% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3,22
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,83%
fechando a 15.546,60 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 45,60 ON e R$ 47,79 PNB. Na abertura
do pregão do dia 02-05-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$
46,12 as ações ON, alta de 1,14% em relação ao dia anterior e R$ 48,00
as ações PNB, alta de 0,44% em relação ao dia anterior. (Investshop -
02.05.2007) A Light vai
promover, nos próximos dias 3 e 4 de maio, o Workshop Temático
de P&D com Enfoque Tarifário, no Rio de Janeiro. O evento terá
como foco projetos na área de regulação econômica
com ênfase em tarifas e aplicações tarifárias
no georeferenciamento. Informações pelo telefone (21) 2211-2563
(Agência Canal Energia - 30.04.2007)
Leilões 1 Funcef quer participar de leilões de hidrelétricas A Funcef, fundo
de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal, começou a avaliar
a sua participação nos leilões das usinas hidrelétricas do Rio Madeira,
inicialmente previstos para este ano, mas com data ainda incerta devido
a problemas de licenciamento ambiental. A idéia da fundação é ter uma
participação minoritária, aliada a um investidor estratégico (com experiência
em construção e/ou operação de empreendimentos de energia). Mas quer assegurar
poderes no negócio para definir suas principais estratégias. A Funcef
diz que, apesar de todos os interesses envolvido, não recebeu nenhuma
ordem ou orientação do governo para participar da disputa - sua decisão
se deve apenas às oportunidades de retorno no negócio. "O juro real deverá
chegar perto de 6% nos próximos anos e, quem se antecipar em oportunidades
como a do Rio Madeira, poderá sair ganhando", afirmou o presidente da
Funcef, Guilherme Lacerda. O diretor financeiro da Funcef, Demósthenes
Marques, diz que o interesse no leilão é um desdobramento de uma estratégia
adotada já a partir de 2004 de investir em empreendimentos de infraestrutura.
(Valor Econômico - 01.05.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Mantega: no curto prazo não há nenhuma perspectiva de apagão No curto
prazo, nada vai atrapalhar a trajetória do crescimento econômico, avaliou
o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista ao Estado. Ele acha
que, no médio e longo prazos, é possível que o País sofra com falta de
infra-estrutura, se não forem implementados os projetos que constam do
PAC. O risco de um novo apagão, reconheceu Mantega, exige "alerta" constante.
Segundo o ministro, "no curto prazo não há nenhuma perspectiva de apagão.
Mas é preciso ficar alerta, porque vamos ter de suprir, pensar nessas
questões no médio e longo prazos. É preciso se antecipar, ampliar a oferta
na frente da demanda. Muitas vezes, demora para poder fazer as construções.
Esta semana, houve o embargo, a interrupção de uma hidrelétrica. Então,
temos que ficar alertas, temos que fazer investimentos cada vez maiores,
mas tudo isso está no PAC. O PAC é um programa que visa a impedir que
haja gargalos de infra-estrutura." Ele afirmou ainda que não haverá problemas
se boa parte dos projetos que estão no PAC forem realizados. (O Estado
de São Paulo - 29.04.2007) 2 País está próximo de esgotar excedente de energia Para diretor da Cesp, as curvas de oferta e demanda se cruzarão já a partir de 2008. O excedente de 25% na oferta brasileira de energia elétrica gerado depois do racionamento obrigatório do começo da década - iniciado em julho de 2001 e encerrado em 1º de março de 2002 - está bem próximo de se esgotar, segundo avaliação feita por analistas ouvidos por este jornal. Para Silvio Roberto Areco Gomes, diretor de geração da Cesp - a principal geradora do estado de São Paulo e terceira maior do Brasil -, as curvas de oferta e demanda de eletricidade se cruzarão já a partir de 2008. "Desde o fim do apagão, a oferta de energia cresce em ritmo bem inferior ao do consumo. E agora, cinco anos depois do racionamento, estamos quase chegando a um ponto de equilíbrio", afirma. (Gazeta Mercantil - 2.05.2007) 3 Consumo de energia cresce 8,8% no Sudeste O consumo
de energia elétrica cresceu 8,8% nas regiões Sudeste e Centro-Oeste neste
mês em relação a abril de 2006. No país -excluindo a região Norte- o crescimento
foi de 8,1% no mesmo período. Segundo o ONS , foram consumidos 50.425
MW médios neste mês. Para o órgão, o crescimento do consumo de energia
nas regiões Sudeste e Centro-Oeste foi alto porque as temperaturas foram
mais elevadas neste mês. Com o calor, sobe o uso de ar-condicionado, eletrodoméstico
que consome muita energia.(Folha de São Paulo - 28.04.2007) O consumo
de energia no estado do Paraná no primeiro trimestre do ano foi de 5,3
milhões de MWh, um crescimento de 3,8% na comparação com os 5,1 milhões
de MWh demandados no mesmo período do ano passado. Os dados fazem parte
de pesquisa realizada pela Copel, que possui hoje cerca de 3 milhões de
consumidores, entre livres e cativos. (Brasil Energia - 30.04.2007) 5 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 86,6% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 86,6%, sem
apresentar alteração significativa em relação à medição do dia 25 de abril.
A usina de Furnas atinge 98,7% de volume de capacidade. (ONS - 26.04.2007)
6 Sul: nível dos reservatórios está em 79,3% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou alta de 2,7% no nível de armazenamento
em relação à medição do dia 25 de abril, com 79,3% de capacidade armazenada.
A usina de Machadinho apresenta 61,1% de capacidade em seus reservatórios.
(ONS - 26.04.2007) 7 NE apresenta 96,2% de capacidade armazenada Apresentando
alta de 1,1% em relação à medição do dia 25 de abril, o Nordeste está
com 96,2% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 96,7% de volume de capacidade. (ONS - 26.04.2007) 8 Norte tem 98,9% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 98,9% com queda de 0,1% em relação
à medição do dia 25 de abril. A usina de Tucuruí opera com 98,8% do volume
de armazenamento. (ONS - 26.04.2007) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 28/04/2007 a 04/05/2007. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Nacionalização do gás na Bolívia beneficia Petrobras A despeito do temor de um pacote de maldades para o Brasil, a execução do decreto de nacionalização do gás da Bolívia vai beneficiar a Petrobras. Pelo menos no que diz respeito à produção e exploração de gás, a estatal brasileira tende a pagar menos tributos do que desembolsou nos últimos doze meses, desde o decreto de nacionalização assinado em primeiro de maio do ano passado. O presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, afirmou que o imposto provisório de 82% sobre a produção será substituído agora por uma taxa de 50% mais uma alíquota sobre o lucro, que dependerá do valor dos ganhos. Além disso, a empresa desembolsa uma parte da receita para cobrir custos que são ressarcíveis. (Gazeta Mercantil - 2.05.2007) 2 Contrato não dá segurança para investir, diz Petrobrás A assinatura
dos novos contratos de exploração e produção de gás na Bolívia ainda não
cria segurança suficiente para novos investimentos. A afirmação é da Petrobrás,
maior operadora de campos de gás e petróleo em solo boliviano e principal
atingida pela nacionalização que completa um ano. Só a Petrobrás tem na
Bolívia investimentos de US$ 1 bilhão."Sabemos que o momento atual da
sociedade boliviana envolve mudanças que vão além dos contratos de exploração
e produção de gás. Há outros instrumentos legais, mais fortes que os contratos,
que afetam diretamente o ambiente de negócio", afirma a estatal. Segundo
a Petrobrás, há dois problemas básicos. Além da vigência da alíquota imposta
pelo decreto supremo (que aumentou em mais 32% o imposto, elevando a 82%
do faturamento bruto), forças políticas pró e contra o governo se enfrentam
na Assembléia Constituinte. A reforma projetada pelo governo Evo no setor
de hidrocarbonetos é extensa demais, e há dúvidas sobre a capacidade de
o Estado boliviano recriar o marco regulatório e discutir e implementar
uma nova política para o setor em curto prazo. (O Estado de São Paulo
- 30.04.2007) 3 Governo de SC garante que abastecimento será mantido O abastecimento
de gás natural boliviano em Santa Catarina não será afetado em função
da estatização de todos os processos da cadeia de petróleo da Bolívia,
disse ontem o presidente da SC Gás, Ivan Ranzolin. Segundo ele, o plano
de contingenciamento que foi determinado pelo governo federal não vai
atingir as distribuidoras estatais. Ranzolin, que estava em Brasília ontem,
onde deve permanecer, ressaltou que o plano de contingenciamento deve
atingir primeiro as refinarias e depois as termelétricas, mas não deve
ter impacto na distribuição de gás natural nos estados. A preocupação
do presidente da SC Gás é tranqüilizar os clientes empresariais do Estado,
que já transformaram sua matriz energética e hoje dependem do gás natural
boliviano para produzir. Ranzolin destacou que o aumento do gás natural
liberado ontem pela Petrobras não vai atingir os estados abastecidos com
o gás boliviano, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato
Grosso do Sul e grande parte de São Paulo. Apesar disso, Ranzolin destacou
que existem alternativas para reduzir a dependência do gás boliviano,
com a instalação de um usina de regaseificação de Gás Natural Liqüefeito
(GNL) no porto de São Francisco do Sul. (O Diário Catarinense - 02.05.2007)
4 Gabrielli diz que negociação de refinaria "avança" O presidente
da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse ontem que as discussões sobre
a indenização dos ativos das refinarias da empresa na Bolívia estão avançando.
Entretanto, ele não confirmou ter recebido da Bolívia uma oferta de cerca
de US$ 70 milhões por esses ativos, conforme divulgado na imprensa do
país vizinho. Disse apenas que as negociações seguem e que o valor ideal
da indenização seria o "justo", sem dizer o que é justo. O jornal "El
Deber" publicou nesta semana que o governo boliviano acelerou as negociações
para assumir o controle de duas refinarias -Gualberto Villarroel, de Cochabamba,
e Guillermo Elder, de Santa Cruz- da Petrobras por menos da metade dos
US$ 160 milhões pedidos pela empresa brasileira. Gabrielli lembrou também
que a demanda brasileira por gás em 2011 será de aproximadamente 120 milhões
de m3. Desse total, o Brasil deverá produzir 70 milhões de m3. Outros
30 milhões de m3 continuariam vindo da Bolívia e, o restante, cerca de
20 milhões de m3, seria GNL (gás natural liqüefeito). (Folha de São Paulo
- 28.04.2007) 5 Plangás é o trunfo da Petrobras para garantir oferta O Plangás, que visa a acelerar a oferta doméstica de gás natural, é a grande aposta da Petrobras para livrar-se dos sustos na tensa relação com a Bolívia. As medidas anunciadas recentemente para importação do GNL, mais caro, visam a garantir uma transição tranqüila até que entrem em operação os poços de gás da Bacia de Campos e do Espírito Santo, apoiados por uma estrutura de dutos que garantam a chegada do combustível à unidade de processamento de Cabiúnas, perto de Macaé, entre 2008 e 2009. De 2012 em diante, a expectativa é que a exploração dos campos BS-500 e Mexilhão, na Bacia de Santos, garantam a tranqüilidade das termelétricas, da Comgás e das indústrias que investiram pesadamente na adaptação de suas caldeiras, como as cerâmicas. (Jornal do Commercio - 2.05.2007) 6 Petrobras investe US$ 22 bi e quer guardar gás em caverna A Petrobras busca alternativas para diminuir a dependência em relação ao fornecimento de gás da Bolívia. Entre esses projetos, há um que está em estágio avançado: o armazenamento de gás natural em cavernas, desenvolvido em conjunto com a russa Gazprom. Outra aposta da Petrobras para o gás é a exploração do produto no Espírito Santo, segundo Edio José Rodenheber, gerente-geral de Operação de Ativos em Energia da estatal. Ele disse que os resultados foram "decepcionantes" na Bacia de Santos, mas que "tivemos uma grande sorte no Espírito Santo", o que anima a companhia a fazer previsões otimistas para o gás. O plano da Petrobras para o produto (Plangás) pretende colocar à disposição dos consumidores 40 mil metros cúbicos de gás por dia até o final de 2008 e, dessa forma, diminuir a dependência do gás boliviano. (DCI - 02.05.2007) 7 Abraceel propõe mecanismos de gestão de risco e transparência no mercado de gás A Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica enviou contribuição à audiência pública 006/2007 sobre os procedimentos para a operação de térmicas fora da ordem de mérito. A Abraceel considera que a proposta "aponta para uma boa direção que pode se desenvolver com a criação de mecanismos de mitigação de riscos", segundo o presidente da entidade, Paulo Pedrosa. Entre as recomendações da Abraceel estão a necessidade de maior transparência das informações do mercado de gás e a implementação de mecanismos de gestão de risco. Para a Abraceel, o despacho fora da ordem do mérito com a possibilidade de utilização de uma reserva hídrica feita pelas térmicas "permitirá uma maior sinergia" entre os setores elétricos e de gás, pois possibilitará o uso do insumo em momentos nos quais esteja com preços menores. A Abraceel ressalta que a participação das hidrelétricas no Mecanismo de Realocação de Energia é compulsória, mas deveria ser voluntária e livremente negociada. (Agência Canal Energia - 30.04.2007) 8 UTE Cerradinho e MB têm capacidade instalada regularizadas A ANEEL regularizou a capacidade instalada das termelétricas Cerradinho, de 75 MW de potência, e MB, de 16,4 MW. As usinas estão localizadas nas instalações industriais das empresas Usina Cerradinho Açúcar e Álcool e Usina Açúcar e Álcool MB, responsáveis pelos empreendimentos. A Aneel autorizou também a empresa Rhodia - Poliamida e Especialidades a se estabelecer como autoprodutora de energia mediante a exploração da termelétrica Rhodia Paulínea. A usina, localizada nas instalações industriais da empresa, no município de Paulínia (SP), opera com 10, 4 MW de capacidade instalada. (Agência Canal Energia - 30.04.2007) 9 Termelétrica Piratininga é arrendada pela Petrobras A Petrobras assinou na sexta-feira contrato de arrendamento da usina termelétrica de Piratininga, que pertence ao governo do Estado de São Paulo, pelo período de 17 anos e valor de R$ 45 milhões por ano. O contrato assinado com a estatal paulista Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A (EMAE), prevê ainda a opção de compra dos ativos da termelétrica. Esta é a 13ª usina termelétrica operada pela Petrobras no Brasil. A empresa já operou a unidade em consórcio, finalizado em 2001, e desde então negocia a operação total da usina. (Gazeta Mercantil - 30.04.2007) 10 Biogás a partir de dejetos suínos já move motores Perdigão e Sadia desenvolvem projetos de utilização do biogás, obtido com o tratamento de dejetos de suínos, para a geração de eletricidade. Elas estão de olho em créditos de carbono e testam no Sul do país motores de pequeno porte desenvolvidos pela empresa paranaense Branco. O Instituto Perdigão de Sustentabilidade deve concluir em maio projeto de viabilidade econômica para a construção de biodigestores em propriedades do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A primeira etapa vai abranger 91 produtores integrados, número que será ampliado no futuro. Esses biodigestores geram o biogás, que é rico em metano e provoca o efeito estufa, por isso precisa ser queimado. A Sadia informou que também testa motores movidos a biogás. (Valor Econômico - 02.05.2007)
Grandes Consumidores 1 Vale planeja 3 térmicas para consumo próprio de energia A Vale disse
que planeja construir três usinas térmicas movidas a carvão. Cada uma
das usinas terá capacidade de geração de 600 MW. O objetivo é assegurar
energia para sustentar seu crescimento. A Vale tem aumentado seu volume
de produção a um ritmo de 30 milhões de toneladas de minério de ferro
ao ano com o aquecimento do mercado. A proposta de construção das usinas
é controversa porque as térmicas a carvão são consideradas as mais poluentes.
A Vale já iniciou conversas com o Ministério de Minas e Energia para implantar
o projeto. O presidente da Vale, Roger Agnelli disse que EUA, China e
países da Europa ainda investem em térmicas a carvão. O primeiro projeto
será em Barcarena, no Pará. Os outros dois ainda não estão definidos.
A previsão é de entrada em operação antes de 2010. Segundo Nivalde de
Castro, coordenador do Gesel (Grupo de Estudo do Setor de Energia Elétrica)
da UFRJ, as dificuldades no licenciamento de novas usinas hidrelétricas
geram instabilidade em relação ao preço das tarifas, o que pode influenciar
especialmente os grandes consumidores. "Já que há dificuldade para novas
hidrelétricas, a Vale está optando por fazer a usina que pode no curto
prazo. O país tem energia renovável, limpa e barata na Amazônia, mas os
agentes econômicos acabam tendo que trazer uma energia suja e mais cara
para sustentar o crescimento", disse. (Folha de São Paulo - 28.04.2007)
2 CSN revisou para cima sua meta de vendas de minério de ferro neste ano A CSN realizou
na última semana uma visita, junto com investidores, à sua nova usina
no município de Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro. Analistas do Santander
afirmaram que empresa revisou sua meta de vendas de minério de ferro.
Com a nova unidade, o objetivo da siderúrgica é expandir sua capacidade
de produção de aço bruto, passando para cerca de 4,5 milhões no ano, dentro
de sua estratégia de internacionalização. Na usina de Itaguaí, o investimento
estaria próximo de US$ 3,1 bilhões. A CSN tem como meta a venda de mais
de 75 milhões de toneladas por ano de minério de ferro em período de 24
anos, com a produção da Casa de Pedra somado às operações da Namisa. Deste
75 milhões, 50 milhões corresponderiam às exportações. Atualmente a empresa
tem capacidade instalada para produção de 5,5 milhões de toneladas de
aço. Com expansão e criação de usinas, a empresa espera saltar esta produção
para 15 milhões de toneladas por ano. (Infomoney - 02.05.2007) 3 Suzano quer chegar a 4 milhões de toneladas A Suzano Papel
e Celulose quer aprovar, ainda este ano, um investimento, cujo valor está
em estudo, para iniciar uma nova linha de produção de celulose com capacidade
para 1,25 milhão de toneladas anuais. A linha ficaria pronta em 2011 e
a produção seria voltada principalmente para a exportação. O projeto é
ousado sendo que a empresa vai iniciar operações, este ano, de sua nova
linha com igual capacidade de 1,25 milhão de toneladas em Mucuri (BA).
Os investimentos somam US$ 1,3 bilhão. Atualmente a empresa já tem 1,5
milhão de capacidade. A Suzano apresentou lucro líquido 30,2% menor no
primeiro trimestre de 2007, com R$ 106,1 milhões. O principal motivo da
queda foi menor receita cambial e maior gasto com Imposto de renda e outros
impostos, que subiram 67% em relação ao primeiro trimestre de 2006. Apesar
do lucro menor a empresa manteve o crescimento almejado nas margens. (Gazeta
Mercantil - 30.04.2007) 4 Mittal define oferta por ações A Arcelor Mittal
anunciou os detalhes de sua oferta aos acionistas minoritários da Arcelor
Brasil, sua subsidiária brasileira. A Arcelor Mittal se propôs a pagar
13,7165 (R$ 37,70) por cada uma das 213,7 milhões de ações, que representam
34% do capital da Arcelor Brasil. A oferta começa a valer em 4 de junho,
segundo o comunicado do grupo siderúrgico. (O Estado de São Paulo - 28.04.2007)
5 Demanda por metais atrai mais investimentos estrangeiros diretos Os preços elevados
das commodities internacionais não estão só contribuindo para criar saldos
recordes na balança comercial brasileira, apesar da valorização do real.
Estão ajudando o Brasil a receber mais investimentos estrangeiros diretos
(IED), recursos do exterior aplicados no setor produtivo. De acordo com
dados do Banco Central , o setor de extração de minerais metálicos viveu
no primeiro trimestre deste ano uma nova rodada de investimentos significativos
vindos do exterior, recebendo 4,9% dos US$ 6,6 bilhões que ingressaram
no Brasil como IED. Banco Central. (Jornal do Commercio - 02.05.2007)
Economia Brasileira 1 Entraves às obras previstas no PAC Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, reconheceu que os entraves ambientais estão dificultando algumas obras, previstas no PAC, mas destacou que essa uma é "questão de legislação" e terá que ser analisada com cuidado. Isso porque, segundo ele, o governo busca um crescimento sustentado do país, que não pode ser construído "passando por cima das questões ambientais". "Temos que compatibilizar isso e achar uma solução", afirmou, sem dar mais detalhes. Na lista das principais obras do PAC, a construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira (RO), está empacada justamente por problemas ambientais. Nesta semana, a pressão do presidente culminou com a reestruturação da pasta do Meio Ambiente, que incluiu a divisão do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), responsável pela concessão das licenças ambientais das hidrelétricas. (Folha de São Paulo - 28.04.2007) 2 Brasil atrai pouco investimento em infra-estrutura, diz Banco Mundial Mesmo com a inflação e as taxas de juros em queda, a bolsa batendo recordes, as reservas internacionais elevadas como nunca e as famílias indo às compras, o Brasil é "pouco atraente" para os empresários que querem investir em infra-estrutura, porque as regras para o funcionamento de setores como telefonia, energia e transportes são muito instáveis. A opinião é do economista-sênior do Banco Mundial (Bird), Paulo Corrêa, para quem "é necessário retomar os investimentos privados em infra-estrutura, porque o setor público não tem como fazê-lo". "Esse é o nó górdio", disse Corrêa, acrescentando que a receita para desatá-lo é uma só: "O segredo é reduzir o risco regulatório". Enfático, o economista acrescenta: "O Brasil precisaria dar um sinal inequívoco em favor do investimento privado". Tanto Corrêa quanto outros economistas ouvidos pelo Estado admitem, cada um a seu modo, que não há PAC sem pesados investimentos privados e sem medidas que diminuam as incertezas jurídicas e regulatórias que permeiam as decisões dos empresários. (O Estado de São Paulo - 29.04.2007) 3 Meirelles diz que Brasil precisa manter abertura da economia 4 Estrangeiros vêem país menos vulnerável Para aplicações
no mercado ou no setor produtivo, o Brasil nunca foi tão atraente aos
olhos dos estrangeiros como neste momento. Todos os dias são divulgados
indicadores que provam isso. Neste ano, até o último dia 26, o saldo de
investimento estrangeiro na Bovespa estava positivo em US$ 1,572 bilhão,
movimentação que tem ajudado a Bolsa a atingir patamares inéditos. E,
segundo o Banco Central, o país recebeu US$ 6,578 bilhões em investimentos
diretos no primeiro trimestre de 2007 -o maior volume já registrado no
período descontando o que entrou na época das privatizações.(Folha de
São Paulo - 30.04.2007) 5 Mais investimentos em capital fixo Beneficiada
pelos cenários externo e interno favoráveis, a Formação Bruta de Capital
Fixo (FBCF) - basicamente, investimentos em máquinas e equipamentos e
construção civil -, deve manter neste ano o ritmo de crescimento retomado
em 2006. De acordo com as estimativas do mercado, a taxa pode apresentar
expansão de 8% a 10%, o que poderá ser uma consolidação do ciclo mais
duradouro de investimento para os próximos anos. A avaliação mais positiva
por parte dos analistas também foi influenciada pela mudança metodológica
utilizada IBGE para as contas nacionais, com construção civil perdendo
espaço, enquanto máquinas e equipamentos ganharam peso. (Jornal do Commercio
- 2.05.2007) 6 Fundamentos atraem mais que juro alto A valorização do real está muito mais atrelada à sustentabilidade do crescimento e evolução da estrutura econômica do que à atratividade da taxa real de juros. É o que mostra estudo realizado pelo economista-chefe da corretora Liquidez, Marcelo Voss. "É claro que os juros elevados ajudam no movimento, mas o Brasil está inserido em um contexto global de queda do dólar", afirma. Segundo o estudo, a moeda brasileira ocupa apenas o 16 lugar em valorização frente ao dólar entre as moedas mais negociadas nos últimos 12 meses, com apreciação inferior a emergentes europeus e à maioria dos emergentes asiáticos. Em 12 meses, o real se valorizou 3,93% frente ao dólar, avanço bem inferior ao desempenho de outras moedas como o euro, com alta 9,65%. (Gazeta Mercantil - 2.05.2007) 7 Dívida líquida cresce a 45% do PIB 8 Projeção da Selic mantém baixa e cai a 10% em 2008 Os juros projetados
pelo mercado financeiro entraram em um ciclo de baixa que, pelo que tudo
indica, seguirá pelas próximas semanas. Segundo a pesquisa de expectativas
feita pelo Banco Central, os analistas econômicos esperam uma taxa nominal
de juros de 10% ao ano no final de 2008, abaixo dos 10,5% projetados uma
semana antes. A taxa de juro antevista para o fim do ano permaneceu estável
em 11,25% ao ano, mas há indicações de que voltará a cair em breve. "Há
uma série de motivos que levam os analistas econômicos a reduzirem suas
projeções para a taxa de juros", disse a economista Solange Srour, da
Mellon Investment Brasil. (Valor Econômico - 02.05.2007) 9 IPC-S tem alta de 0,31%, aponta FGV O IPC-S de 30
de abril de 2007 registrou alta de 0,31%, taxa 0,07 p.p. abaixo da apurada
anteriormente, com base na coleta encerrada em 22 de abril. Das sete classes
de despesa componentes do índice, apenas Alimentação mostrou decréscimo
em sua taxa de variação, segundo dados divulgados pela FGV. (InvestNews
- 2.05.2007) 10 Previsão de inflação registra nova queda As instituições
financeiras reduziram de 3,78% para 3,69% a previsão para a inflação este
ano, medida pelo IPCA, do IBGE. Segundo o Boletim Focus, do Banco Central,
a taxa Selic deve chegar a dezembro deste ano em 11,25% ao ano. Para 2008,
o mercado ajustou suas projeções e as estimativas caíram de 10,50% para
10% ao ano. Já o câmbio estimado para o fim do ano passou de R$ 2,06 para
R$ 2,05 por dólar . O avanço projetado do PIB em 2007 se manteve em 4,1%.
(DCI - 02.05.2007) O dólar comercial
abriu as operações em baixa perante o fechamento de segunda-feira, cotado
a R$ 2,0340. Às 9h38, a moeda era transacionada a R$ 2,0290 na compra
e a R$ 2,0320 na venda, com decréscimo de 0,24%. Na segunda-feira, antes
do feriado de 1º de Maio, o dólar comercial subiu 0,24%, a R$ 2,0350 para
a compra e a R$ 2,0370 para a venda. No mês de abril, porém, o dólar acumulou
baixa de 1,12%. (Valor Online - 02.05.2007)
Internacional 1 Bolívia assume controle total de gás e óleo A Bolívia consolida
hoje uma nacionalização de hidrocarbonetos decretada há apenas um ano,
ao assumir pleno controle da produção e comercialização de gás e petróleo
bruto que na última década estiveram nas mãos de transnacionais, anunciou
ontem a estatal YPFB. A confirmação da hora zero dos novos contratos com
as transnacionais dominou a celebração do Dia do Trabalhador, na qual
o presidente Evo Morales aproveitou para pedir ao Congresso que acelere
a aprovação de um ambicioso pacto petrolífero com a Venezuela e para anunciar
outras novidades imediatas. O presidente acrescentou que, assim que o
Congresso aprovar o acordo entre a YPFB e a estatal venezuelana PDVSA
para criar a binacional Petroandina, "haverá mais investimentos para explorar,
produzir e industrializar", mesmo com os mais de US$ 3,5 bilhões comprometidos
pelos contratos de nacionalização. Além dos novos investimentos, a Bolívia
ainda tem pendentes a refundação da YPFB e a recompra de duas das refinarias
vendidas sete anos atrás para a Petrobras. O decreto de nacionalização
também estabelece, sem fixar prazos, a recompra da maioria acionária em
duas empresas petrolíferas locais, controladas pela Repsol-YPF e por uma
filial da americana Panamerican Energy, e de uma operadora de gasodutos
controlada pela anglo-holandesa Shell. (Jornal do Commercio - 2.05.2007)
2 Iberdrola tem lucro de 458,2 mi de euros no primeiro trimestre A Iberdrola
anunciou no fim da semana passada um aumento de 13,6% no lucro líquido
do primeiro trimestre, que chegou a 458,2 milhões de euros. O Ebtida do
grupo espanhol ficou em 1,087 bilhão de euros de janeiro a março deste
ano, alta de 2,9% sobre o resultado do ano anterior. A empresa teve lucro
operacional de 794,8 milhões de euros no período, ligeiramente superior
aos 788,4 milhões de euros em 2006. O Ebtida da Endesa foi afetado por
um cenário complexo na Espanha que conjugou forte queda do preço da energia,
41%, e crescimento moderado da demanda elétrica, 1,8%. A empresa teve
um crescimento de 6,9%, alcançando 24.750 GWh, a produção de energia de
janeiro a março deste ano. A Iberdrola concluiu também na semana passada
a fusão com a Scottish Power, que resultou em um conglomerado avaliado
em 67 bilhões de euros. (Agência Canal Energia - 30.04.2007)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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