l IFE: nº 2.019 - 18
de abril de 2007 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Presidentes criam Conselho Ministerial A I Cúpula
Energética Sul-Americana aprovou ontem a criação de um Conselho Energético
Sul-Americano que acompanhará o desenvolvimento dos acordos regionais
sobre a área, informaram os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da
Colômbia, Álvaro Uribe. "Foi uma cúpula perfeita, todos foram embora muito
felizes. Foi aprovada a criação de um Conselho Energético Sul-Americano",
declarou o líder venezuelano aos jornalistas após o fim da reunião plenária
entre os governantes. Foi "criado o Conselho ministerial para dirigir
todos os acordos sul-americanos sobre energia", completou Uribe. O evento
estabeleceu "as bases para um acordo sul-americano que inclua o tema do
petróleo, do gás, dos combustíveis alternativos, dos combustíveis a partir
de produtos agrícolas, como cana e palma africana, e a questão da energia
hidroelétrica", declarou o presidente colombiano. Além disso, estabeleceu
as bases para "a questão da interconexão energética com gás, com linhas
de transmissão de energia", acrescentou Uribe. Chávez disse que seu país
apresentou aos governos sul-americanos uma proposta "que promete ser o
primeiro documento de um tratado energético sul-americano". (Gazeta Mercantil
- 18.04.2007) 2 Lula: cúpula energética é importante para o futuro da América do Sul O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva considerou a 1ª Cúpula Energética dos Chefes
de Estado da Comunidade Sul-americana de Nações (Casa) uma reunião importante
para o futuro da América do Sul. "Nós consolidamos a união da América
do Sul. Nós fizemos, pela primeira vez, uma discussão muito forte sobre
o tema energético", afirmou o presidente em entrevista. O presidente Lula
ressaltou que o potencial de energia elétrica da América do Sul é equivalente
a todas as reservas de petróleo que existem no mundo: "Um potencial extraordinário,
que por falta de discussão nós não aprofundamos. E agora eu acho que vamos
discutir com mais clareza todo o potencial de gás, todo potencial de petróleo,
todo potencial de [energia] eólica, de biodiesel e de energia hídrica,
para que a gente possa dar ao nosso continente uma dimensão para se desenvolver".
(Agência Brasil - 17.04.2007) 3 Câmara aprova medida do FGTS na infra-estrutura Os deputados
aprovaram ontem a conversão em lei da Medida Provisória 349 que estabeleceu
as condições para, inicialmente, destinar R$ 5 bilhões do patrimônio líquido
do FGTS a um fundo de investimento em infra-estrutura. O projeto segue
agora para o Senado. O parecer do relator, Wilson Santiago (PMDB-PB),
acatou 36 das 89 emendas apresentadas. A principal mudança foi a garantia
de que os recursos aplicados terão remuneração mínima equivalente à variação
da TR mais 3% ao ano, o que é pago às contas vinculadas dos trabalhadores.
A Caixa Econômica Federal, gestora do FGTS, vai prestar essa garantia.
Outra importante mudança aprovada foi a obrigação de investimentos em
habitação popular, no ano subseqüente, na mesma proporção investida em
infra-estrutura. As hidrovias também foram incluídas por Santiago entre
os destinatários do benefício de investimentos com recursos do FGTS. Originalmente,
os fundos vão poder financiar projetos em energia, transportes, portos
e saneamento. O relator rejeitou em seu parecer a possibilidade de, no
âmbito individual, os trabalhadores investirem 5% dos valores depositados
no FGTS, livremente, no mercado de capitais. (Valor Econômico - 18.04.2007)
4
Fontes alternativas de energia são analisadas em audiência pública no
Senado Começa nessa
quarta-feira (18/4) a série de seminários técnicos que colocarão em consulta
pública os estudos de Avaliação Ambiental Integrada (AAI) da bacia do
rio Tocantins e seus formadores. Promovidos pela Empresa de Pesquisa Energética
(EPE), os eventos acontecem até sexta-feira nas cidades de Belém, Goiânia
e Palmas, respectivamente. No evento, serão discutidos os estudos de Caracterização
da Bacia Hidrográfica e os relatórios de Avaliação Ambiental Distribuída
(AAD) e Conflitos. As avaliações estão sendo realizadas pelo Consórcio
CNEC/ARCADIS Tetraplan, sob coordenação da EPE. Em uma próxima fase, a
Avaliação Ambiental Integrada (AAI) e as Diretrizes a serem incorporadas
aos futuros estudos sócio-ambientais de aproveitamentos hidrelétricos
também serão levadas a consulta. (Brasil Energia - 17.04.2007) 6 Minas e energia debaterá condições do mercado de energia A Comissão
de Minas e Energia decidiu realizar audiência pública para discutir as
condições do mercado de energia elétrica nos próximos dez anos. Segundo
o autor do requerimento para a realização do evento, deputado João Pizzolatti
(PP-SC), tem havido um amplo debate na comunidade acadêmica sobre as condições
de atendimento do mercado de energia elétrica e suas implicações nos outros
setores econômicos. A data do evento ainda não foi definida. O parlamentar
afirma que, quando planejamentos de setores econômicos relevantes para
a economia nacional são divulgados - como o de energia elétrica -, torna-se
necessário analisar suas repercussões sobre os agentes direta e indiretamente
envolvidos. Ele citou como exemplo de agentes envolvidos as empresas distribuidoras
de energia e seus consumidores, as concessionárias de geração e transmissão
de energia elétrica, os consumidores livres, e as empresas comercializadoras
de energia elétrica. (Agência Câmara - 17.04.2007) 7 Luz Para Todos pretende atender 2,250 mi em 2007 O programa Luz para Todos pretende atender 2,250 milhões de pessoas este ano, segundo o diretor nacional José Ribamar Lobato Santana. O total é menor que os 3 milhões atendidos no ano passado, pico das obras, somando 5,6 milhões de pessoas com acesso a eletricidade desde 2004. De acordo com Santana, o programa tem contratos assinados no valor de R$ 7,3 bilhões, sendo R$ 5,2 bilhões do governo federal e R$ 2,1 bilhões de distribuidoras e governos estaduais. Do montante já foram liberados R$ 3,2 bilhões, dos quais R$ 2,4 bilhões a fundo perdido. O investimento total no programa será de R$ 12,7 bilhões, dos quais R$ 9,1 bilhões advindos da União, para levar energia a 10 milhões de pessoas até 2008. O orçamento original do Luz para Todos era de R$ 9 bilhões, mas foi reajustado para atender as propriedades mais distantes das redes de energia. "O efeito da distância foi menor que o esperado já que essas propriedades estão, agora, próximas das novas redes instaladas pelo programa", explicou. O diretor do programa Luz para Todos confirmou que o uso de fontes de energia alternativas é cogitado desde que elas se mostrem competitivas. O Ministério de Minas e Energia lançará em breve um relatório sobre o programa, incluindo uma pesquisa com os atendidos. (Agência Canal Energia - 17.04.2007) 8
Curtas
Empresas 1 Celesc inaugura agência de distribuição A Celesc
inaugura dia 18/4 a Agência de Distribuição de São Francisco do Sul. Foram
investidos R$ 344,4 mil em reformas e modificações da agência, que passa
a ter 497 m² de área nova, 283 m² de reformas e 214 m² construídos, em
uma área total de 1,9 mil m². A modernização visa oferecer melhores condições
de atendimento aos clientes e de trabalho para os empregados. (Brasil
Energia - 17.04.2007) 2 Standard & Poor's eleva ratings da Eletropaulo A Standard & Poor's Ratings Services elevou, de 'brA-' para 'brA', em sua Escala Nacional Brasil, o rating de crédito corporativo atribuído à Eletropaulo. Os ratings 'BB-' da Eletropaulo na escala global não tiveram alteração. A perspectiva dos ratings em ambas as escalas é estável. A elevação dos ratings da Eletropaulo na Escala Nacional Brasil reflete o forte desempenho financeiro da empresa em 2006, o qual foi superior às expectativas, aliado à melhora no ambiente regulatório do setor elétrico. Tal desempenho também representa um maior conforto para que a Eletropaulo possa passar pelo 2° ciclo de revisão tarifária em 2007 e continuar apresentando indicadores de proteção de crédito adequados à atual categoria de ratingA perspectiva estável dos ratings da Eletropaulo reflete a expectativa de que a empresa continuará alongando o prazo médio de amortização da dívida, e conseqüente diminuição de sua dívida de curto prazo, bem como apresentando um desempenho adequado que resulte em indicadores de crédito relativamente favoráveis para a sua categoria de ratings. (Standard and Poor's - 16.04.2007) 3 Celesc promove leilão de venda de energia elétrica A Celesc
Geração promoverá, no próximo dia 23 de abril, leilão de venda de energia
elétrica proveniente de PCHs da concessionária. Segundo a empresa, o montante
previsto para ser comercializado é de 24,5 MW médios, com a celebração
dos contratos de compra e venda de energia elétrica pelo período compreendido
entre 1º de abril e 31 de dezembro de 2007. Os interessados podem acessar
o edital no site www.celesc.com.br.
(Agência Canal Energia - 17.04.2007) 4
Coelce: luz vai ficar até 7% mais barata 5 Energias do Brasil: ratings das distribuidoras em revisão A Moddy's
Latin America colocou em revisão para possível elevação todos os ratings
das distribuidoras do grupo Energias do Brasil. Segundo a agência classificadora
de riscos, a ação reflete a melhoria em geral dos indicadores de proteção
da dívida e da posição de liquidez da empresa. A revisão dos ratings será
focada na habilidade das companhias em sustentar os indicadores financeiros
e a posição de liquidez no médio prazo, enquanto executam os investimentos
mandatórios. A agência está revendo os ratings das emissões de debêntures,
realizadas no ano passado, pelas empresas, atualmente, em Ba3 - na escala
global em moeda local; e em A3.br na escala nacional brasileira. A Bandeirante
Energia e a Enersul estão com os ratings corporativos sem garantia de
ativo real. No caso da distribuidora paulista, a classificação está em
A3.br, na escala nacional; já para a sulmatogrossense, em A2.br. A Escelsa
tem sob revisão a emissão de notas seniôres no valor de US$ 114 milhões
em moeda estrangeira sem garantia de ativo real em julho, hoje, o rating
atual é Ba3. (Agência Canal Energia - 17.04.2007) 6 Cemig cria diretoria para novos negócios A Cemig
não está disposta a abrir mão da posição de consolidadora do setor de
energia no país. A empresa já prepara mudanças no seu organograma, cuja
meta é agilizar as tomadas de decisões. Sendo assim, o CA submeterá à
assembléia de acionistas, até o final deste mês, a criação de duas diretorias:
uma de Novos Negócios e outra Comercial. Na estrutura pretendida, a atual
Diretoria de Planejamento, Projetos e Construções será transformada em
Novos Negócios. Outra mudança proposta é a criação da diretoria Comercial.
Essa área reunirá as operações relacionadas à estratégia de venda de energia
pela empresa, nos diversos mercados possíveis, desde a composição do mix
de receitas até o estabelecimento dos preços. (Valor Econômico - 18.04.2007)
7 Light e Unibanco colocam política para ações no site Os recentes
episódios de uso de informação privilegiada e o bloqueio das operações
suspeitas chamaram a atenção de empresas e investidores, que estão cada
vez mais vigilantes com relação às políticas de negociações de ações.
Atentas a essa demanda, Light e Unibanco se preparam para tornar públicas
as práticas internas referentes a questão, em seus respectivos endereços
eletrônicos. O superintendente de finanças da distribuidora de energia,
Ricardo Levy, explica que, apesar de ainda não estar disponível na internet,
a política existe internamente. O Unibanco também se preparou para tornar
seu regimento público, elaborado há cerca de um ano. (Valor Econômico
- 18.04.2007) 8 Citibank preparará saída do BNDES da Brasiliana O BNDES contratou o Citibank para preparar a modelagem e venda de sua participação de 53,85% no capital total da Companhia Brasiliana de Energia. O grupo americano AES é sócio do banco estatal na Brasiliana. A expectativa da instituição de fomento é que em maio o Citi já apresente à área de mercado de capitais do BNDES o desenho do modelo de venda da sua fatia na Brasiliana. O Citi poderá recomendar uma oferta pulverizada dos papéis em poder do BNDES de emissão da empresa em bolsa ou uma alienação desta participação para um sócio estratégico. O BNDES comunicou oficialmente ao mercado sua disposição de alienar suas ações na Brasiliana em meados de março e espera fazê-lo ainda este ano. (Valor Econômico - 18.04.2007) No pregão do dia 17-04-2007, o IBOVESPA fechou a 48.755,48 pontos, representando uma baixa de 0,34% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3,56 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,16% fechando a 14.784,48 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 44,30 ON e R$ 45,50 PNB, baixa de 1,56% e alta de 0,04%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 18-04-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 44,40 as ações ON, alta de 0,23% em relação ao dia anterior e R$ 45,45 as ações PNB, baixa de 0,11% em relação ao dia anterior. (Investshop - 18.04.2007) A AES Eletropaulo passou a fornecer informações de consumo à FGV para cálculo do Sinalizador de Produção Industrial (SPI), índice exclusivo que medirá mensalmente a tendência de desempenho da atividade industrial paulista. (Brasil energia - 17.04.2007) A Copel vai investir R$ 938 mil em estudos de viabilidade técnica e econômica para a utilização de veículos elétricos. A concessionária passou a integrar o projeto de pesquisa, coordenado pela usina Itaipu Binacional, com o intuito de aperfeiçoar soluções para a fabricação no País de veículos movidos a eletricidade. (Brasil Energia - 17.04.2007) A Eletronorte conquistou na 9ª edição do Prêmio Nacional da Gestão Pública (PQGF) duas premiações na faixa Bronze. (O Estado de São Paulo - 18.04.2007)
Gás e Termoelétricas 1 Abraget: despacho térmico fora da ordem de mérito pode reduzir riscos no suprimento A Associação Brasileira dos Geradores Termelétricos considera importante a definição dos critérios de geração de termelétricas fora da ordem de mérito de custo econômico, como forma de reduzir riscos de problemas futuros de suprimento de energia. Segundo Xisto Vieira Filho, a Abraget está finalizando a proposta que será apresentada nesta quarta-feira, 18 de abril, à audiência pública da ANEEL que trata do tema. Para o presidente da entidade, o armazenamento virtual, como é conhecido no setor, é uma medida que vem ao encontro do conceito de operação coordenada e cooperativa do modelo atual. A audiência pública 006/2007 da Aneel, na modalidade intercâmbio documental, e que se encerra no próximo dia 27, propõe o estabelecimento de procedimentos operativos e comerciais para a geração termelétrica fora da fila de despacho, como forma de compensar eventuais indisponibilidades futuras, em especial devido ao suprimento de gás. A audiência pública é conseqüência da indisponibilidade de várias térmicas a gás, em setembro de 2006, após ordem de despacho determinada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico. (Agência Canal Energia - 17.04.2007) 2 Rondeau cobra da Bolívia fornecimento de gás para o Brasil O ministro
de Minas e Energia, Silas Rondeau, cobrou ontem da Bolívia o cumprimento
do acordo de fornecimento de gás para o Brasil. A remessa diária de cerca
de 30 milhões de BTUs está ameaçada por manifestantes de Tarija - região
ao sul do país, onde está instalada a planta de extração operada pela
Petrobrás -, que ontem tomaram a iniciativa de impedir o transporte do
insumo à Argentina. Rondeau tratou do assunto na manhã de ontem com o
ministro de Energia da Bolívia, Carlos Villegas, à margem da 1ª Cúpula
Energética Sul-americana. "Este tema depende exclusivamente da área de
segurança do governo da Bolívia. Nós temos um contrato de fornecimento
a ser cumprido", declarou Rondeau. "Eles têm de encontrar um meio de (os
manifestantes) não fecharem o gasoduto (Brasil-Bolívia)", completou. À
imprensa, ontem, Villegas informou que o governo boliviano estava tomando
providências e "protegendo a produção e o transporte" de gás em Tarija.
Como explicou, as autoridades de La Paz estavam naquele momento em plena
negociação com os líderes do movimento, com o objetivo de chegar a um
acordo e impedir a interrupção no fornecimento de gás para o Brasil e
a Argentina - país afetado na tarde de ontem. (O Estado de São Paulo -
18.04.2007) 3 Brasil endurece com Venezuela e Bolívia e ataca Opep do gás O governo
brasileiro trombou com Venezuela, Bolívia e Argentina ao se opor, ontem,
ao projeto dos vizinhos de formar um cartel no setor do gás. Com mais
essa divergência, a 1ª Cúpula Energética Sul-americana terminou marcada
por uma franca oposição do presidente Lula às idéias de seu colega venezuelano
Hugo Chávez. Eles já haviam discordado na questão do etanol e na criação
do Banco do Sul. "Não se discutiu a adesão do Brasil à 'Opep do Gás'.
O tema não foi discutido na reunião nem consta da declaração final", disse
Lula. "Agora, como somos presidentes livres e democratas, cada um fale
o que quiser pelos corredores", completou, em clara reprovação à atitude
dos governos de Chávez e de Evo Morales, da Bolívia. Segundo Silas Rondeau,
o governo brasileiro apenas defendeu uma profunda discussão sobre a criação
desse organismo, especialmente sobre a tendência de "formar preços" para
o gás na América do Sul. "Se tivermos essa organização, que ela defina
o melhor preço para que o gás promova a América do Sul, e não para criar
um cartel", disse. "O Brasil também é produtor de gás, assim como o Peru
e a Colômbia, que nos apóiam." (O Estado de São Paulo - 18.04.2007) 4 Decisão do governo sobre construção de Angra 3 deverá sair até julho O governo
brasileiro precisa decidir até julho se dará mesmo continuidade ao projeto
de construção da terceira usina nuclear (Angra 3), sob pena de comprometer
o cronograma de ampliação da oferta de energia, que prevê a operação de
Angra 3 para o início de 2013. A informação é do presidente da Eletronuclear,
Othon Luiz da Silva. A decisão sobre a construção da usina precisa ser
tomada pelo Conselho Nacional de Política Energética, órgão da Presidência
da República. Ao defender a retomada do programa nuclear, em audiência
pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara, Silva afirmou que a
energia gerada pelas usinas de Angra 1 e 2 foi a segunda opção no país
em 2006, considerando o preço da energia. Ele considera praticamente certa
a decisão do governo de retomar a construção da usina. Silva destacou
ainda que o Brasil é um dos três únicos países no mundo que possuem ao
mesmo tempo reservas e domínio tecnológico do ciclo do urânio, assim como
EUA e Rússia. (Valor Econômico - 18.04.2007) 5 Ibama deve decidir sobre o processo de Angra 3 Com a suspensão da liminar que impedia o licenciamento ambiental de Angra 3, cabe agora ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) retomar o processo, paralisado desde novembro do ano passado. A análise é do assistente da presidência da Eletronuclear, Leonam Guimarães. A estatal responde pela construção e operação das usinas nucleares brasileiras. A decisão que impedia o licenciamento ambiental de Angra 3 foi cassada na última semana, por unanimidade, pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Os magistrados entenderam que as obras da usina nuclear foram autorizadas por essa norma vigente à época e aceita pela Constituição de 1988. Leonam Guimarães destacou, entretanto, que a retomada do licenciamento de Angra 3 não está relacionada à construção da usina, cuja aprovação cabe ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), sendo que a palavra final sobre o tema é de competência exclusiva do presidente da República. "Isso não vai influir na decisão do presidente, acredito. Agora, isso facilita, caso o presidente dê uma decisão positiva", avaliou Guimarães. (Gazeta Mercantil - 18.04.2007)
Grandes Consumidores 1 Abimaq questiona o projeto da Ceará Steel A Associação
Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) enviou ofício
ao Ministério Público denunciando o acordo de exclusividade de fornecimento
de equipamentos à Ceará Steel pela acionista Danieli - empresa italiana
que detém 20% do capital da usina - com o benefício do ex-tarifário. Segundo
a entidade, a redução do Imposto de Importação na compra dos equipamentos
é prejudicial à indústria nacional de bens de capital mecânicos. "O projeto
da Ceará Steel é marcado por aspectos diferenciados do ponto de vista
de sua construção. Um exemplo para o qual sempre alertamos é o uso de
uma tecnologia que restringe seu abastecimento por gás, questionável não
apenas do aspecto tecnológico e financeiro, como do ponto de vista de
fornecimento do insumo, que demanda subsídios para sua viabilidade econômica,
o que pode provocar ações no mercado internacional", afirma o presidente
da Abimaq, Newton de Mello. (Jornal do Commercio - 18.04.2007) 2 Cade paralisa consolidação da compra da Ipiranga O Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu ontem impor proibições
temporárias no processo de fusão do grupo Petrobras/ Braskem/Ultra com
a Ipiranga. A medida tem o objetivo de assegurar que o negócio possa ser
revertido futuramente, se o conselho vetar ou adotar restrições à operação
no julgamento final do caso. A decisão anunciada pelo Cade no início da
noite de ontem atende a um pedido conjunto da Secretaria de Acompanhamento
Econômico (Seae) e da Secretaria de Direito Econômico (SDE), que, em uma
análise preliminar, avaliam que a operação pode causar danos à concorrência
no setor petroquímico e de distribuição. O descumprimento da decisão implica
multa diária de cerca de R$ 100 mil às empresas, além de sanções civis
e criminais. Para as secretarias, há alta concentração de mercado com
a operação e elevadas barreiras para a entrada de concorrentes no setor.
Argumenta-se ainda que será afetada a atividade de refino e petroquímica.
(Jornal do Commercio - 18.04.2007) 3 Lucro líquido da VCP cresce pouco no primeiro trimestre e soma R$ 163 mi A VCP, uma
das líderes do setor de papel e celulose do Brasil, divulgou nesta quarta-feira
(18) seus números referentes ao primeiro trimestre de 2007. Em geral,
o desempenho da empresa entre janeiro e março deste ano melhorou em relação
ao mesmo período de 2006. No segmento de celulose, a demanda permaneceu
robusta e, apesar da maior competição no mercado asiático e da formação
de estoques naquela região, as vendas totais cresceram 13% frente ao primeiro
trimestre de 2006. (Infomoney - 18.04.2007) 4 Votorantim vai investir R$ 385 mi em MG A Votorantim
Metais anunciou, ontem, um investimento de R$ 385 milhões para produzir,
em Juiz de Fora, chumbo metálico, uma liga de prata com ouro e polipropileno
que hoje o Brasil importa. A produção da unidade será de 75 mil toneladas
anuais e suprirá 40% da demanda doméstica por chumbo metálico, que é de
190 mil toneladas por ano. A expectativa é de que produção de chumbo metálico
tenha início em 2009. No total, a Votorantim investirá R$ 670 milhões
na fábrica de Juiz de Fora, a primeira de polimetálicos do país. O presidente
do conselho de administração da Votorantim Participações, Carlos Ermírio
de Moraes, e o superintendente da Votorantim Metais, João Bosco Silva,
estiveram ontem em Belo Horizonte para apresentar o projeto em primeira
mão para o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB). "O investimento
faz parte da estratégia do grupo de crescimento e aumento de competitividade,
assegurando a sustentabilidade do negócio", afirmou Moraes. (Valor Econômico
- 18.04.2007) A Comissão
de Valores Mobiliários (CVM) concedeu ontem o registro para a oferta pública
de aquisição (OPA) unificada das ações da Arcelor Brasil. Ao anunciar
a realização da OPA, a siderúrgica indiana Mittal informou que vai fechar
o capital da Arcelor no Brasil. (Gazeta Mercantil - 18.04.2007) 6 ThyssenKrupp toca as obras da CSA Apesar das
polêmicas em torno de questões ambientais e trabalhistas, envolvendo obras
de dragagem do porto e a vinda de 600 trabalhadores chineses para o Brasil,
a ThyssenKrupp CSA Companhia Siderúrgica mantém o cronograma de trabalho
para instalar o complexo siderúrgico no distrito de Santa Cruz, município
do Rio. A unidade siderúrgica com produção de 5 milhões de toneladas de
placas de aço por ano deve entrar em operação em março de 2009, conforme
afirmou ontem Aristides Corbellini, presidente da companhia. Segundo ele,
serão investidos 3 bilhões de euros no empreendimento, "um projeto ambicioso
demais, que está sendo cumprido". Em entrevista, o presidente da CSA confirmou
a vinda dos 600 trabalhadores chineses temporários para instalar a coqueria
a ser construída pela companhia chinesa Citic, que fornecerá os principais
equipamentos da coqueria. "Está confirmado que eles são necessários para
fazer a obra da coqueria dentro do prazo", disse. (Valor Econômico - 18.04.2007)
Economia Brasileira 1 Novo indicador revela alta de 0,3% na indústria A produção da indústria paulista deve registrar crescimento de 0,3% em março na comparação com fevereiro, segundo aponta o Sinalizador da Produção Industrial (SPI), lançado ontem pela FGV em parceria com a AES Eletropaulo. A previsão já considera o ajuste sazonal entre os meses analisados. O novo indicador tem como principal base a carga total de energia elétrica distribuída pela Eletropaulo em um mês. A idéia é que o SPI mostre as tendências da produção industrial do Estado um mês antes do resultado oficial, divulgado pelo IBGE. (Valor Econômico - 18.04.2007) 2 Vendas do comércio sobem 11,9% sobre fevereiro de 2006 O crescimento da renda real e da oferta de crédito aliado à inflação controlada e ao câmbio valorizado (real frente ao dólar) sustentaram a alta das vendas do varejo em fevereiro divulgadas pelo IBGE. Na comparação com fevereiro do ano passado, o comércio vendeu 9,4% a mais, maior taxa de crescimento para um mês de fevereiro desde 2001, quando foi iniciada a pesquisa. Na série ampliada (que inclui o comércio de veículos e peças e de materiais para construção civil) a alta sobre igual mês do ano passado foi de 11,9%. Trata-se do melhor resultado para meses de fevereiro desde 2001, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE. Nos últimos 12 meses, o crescimento chega a 6,6%. (Valor Econômico - 18.04.2007) 3
Empréstimos podem atingir 10% do PIB em cinco anos, prevê Abecip 4 Fiocca diz que BNDES vive bom momento como impulsionador da economia O BNDES
registrou "crescimento robusto" nos últimos 12 meses. A afirmação foi
feita hoje (17) pelo presidente da instituição, Demian Fiocca, em depoimento
na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Ele informou que,
de abril de 2006 a março último, os desembolsos para financiamento aumentaram
28%, e o volume de aprovação de projetos cresceu 49% em relação aos 12
meses anteriores. Segundo Fiocca, é uma evolução consistente com a aceleração
da economia. (Agência Brasil - 17.04.2007) 5 Mantega promete projeto de reforma tributária até setembro O governo
pretende apresentar um projeto de reforma tributária ao Congresso entre
agosto e setembro, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Em entrevista
em Nova York, Mantega afirmou que o governo está discutindo com governadores
e secretários estaduais de Fazenda e que irá debater a proposta com membros
da sociedade civil, Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "Queremos apresentar ao
Congresso projeto amadurecido e que possa ser aprovado", afirmou. "No
nível estadual queremos acabar com a guerra fiscal",declarou. (Jornal
do Commercio - 18.04.2007) 6 Cena externa favorece a expansão da economia O Brasil seguirá aproveitando, ao menos pelos próximos três anos, o ciclo favorável da economia mundial por conta da liquidez internacional aliada aos preços das commodities, que continuarão em alta. Na avaliação do sócio fundador da Quest Investimentos Luiz Carlos Mendonça de Barros, até 2010, há poucas chances de haver crises externas - à exceção das decorrentes de atentados terroristas - com impactos diretos sobre a economia brasileira como as que ocorreram na década de 90. A despeito da calmaria à vista, o grande risco para a maior expansão do PIB que o economista vislumbra é de ordem interna: a falta de energia elétrica. A exemplo do que ocorreu em 2001, um ano após o País ter crescido 4%, ainda há perigo de apagão caso agora a expansão chegue a 4,5%. (Gazeta Mercantil - 18.04.2007) 7
Preço por atacado sobe 0,03% em abril 8 IPC-Fipe acelera e aponta inflação de 0,16% na segunda prévia do mês O IPC-Fipe
referente à segunda quadrissemana de abril apontou inflação de 0,16%,
levemente acima da apuração do índice na primeira prévia deste mês (0,12%).
Dos sete grupos que compõem o indicador, apenas Alimentação apontou desaceleração
da inflação frente a apuração da primeira quadrissemana de abril. (Infomoney
- 18.04.2007) 9 Inflação medida pelo IGP-10 desacelera e atinge 0,18% no mês de abril A inflação
medida pelo IGP-10, no período de trinta dias até 10 de abril, foi de
0,18%, ou seja, 0,20 p.p. abaixo dos 0,38% apurados pelo indicador no
mesmo período do mês anterior. No acumulado de 2007, a alta nos preços
mensurada pelo índice atingiu 1,23%. (Infomoney - 18.04.2007) O dólar
comercial abriu as operações em alta perante o encerramento do dia anterior,
a R$ 2,0420. Em quase 30 minutos de atividades, a moeda era transacionada
a R$ 2,0390 na compra e a R$ 2,0410 na venda, com aumento de 0,24%. Na
última jornada, o dólar comercial terminou estável, a R$ 2,0340 para a
compra e R$ 2,0360 para a venda. O giro interbancário chegou a US$ 1,8
bilhão, segundo fontes de mercado. (Valor Online - 18.04.2007)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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