l IFE: nº 2.011 - 04
de abril de 2007 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor A Aneel
aprovou os estudos de viabilidade técnica (EVTE) das usinas do complexo
do Rio Madeira, em Rondônia. A licitação da concessão e contratos, além
da construção das hidrelétricas, ainda estão condicionadas à emissão da
licença prévia (LP), pelo Ibama. Pelos estudos aprovados, a hidrelétrica
de Santo Antônio terá um reservatório de 271,36 km² - sendo que 60% da
área já faz parte da calha natural do rio - para gerar uma energia firme
anual de 2.144 MW médios. Jirau terá área alagada de 258 km² - 46% de
calha natural - para gerar uma potência firme de 2.152 MW médios (nível
de armazenamento constante) e 1.908 MW médios (nível de armazenamento
variável). Usinas construídas no passado, como Samuel (217 MW) e Balbina
(250 MW), alagavam uma área de 2.360 km² e 584 km², respectivamente. Tucuruí
(8.370 MW) tem 2.414 km² de área alagada. O custo do kW instalado das
hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau será aproximadamente de R$ 4 mil.
Os investimentos previstos somente nas centrais serão da ordem de R$ 25
bilhões, já levando em consideração os juros durante a obra. A construção
das eclusas adiciona um custo de R$ 1,4 bilhão. O custo estimado de geração
é de aproximadamente R$ 91/MWh. O prazo de implantação total é de seis
anos e dez meses. (Brasil Energia - 03.04.2007) 2 Presidente do Equador viaja ao Brasil para consolidar aliança energética O presidente
do Equador, Rafael Correa, assinará na quarta-feira, em Brasília, uma
série de acordos energéticos com seu colega brasileiro, Luiz Inácio Lula
da Silva, informou nesta terça-feira a chancelaria equatoriana. Será a
primeira reunião de Correa com Lula desde que o presidente equatoriano
assumiu o poder, em 15 de janeiro. Correa vai assinar uma série de acordos
energéticos e comerciais, destacou o ministério das Relações Exteriores
equatoriano. "Vamos investir num programa agressivo de biocombustíveis.
Um dos acordos que serão assinados no Brasil, um país líder neste âmbito,
será sobre a produção de biocombustível", antecipou Correa na noite desta
terça-feira. O presidente equatoriano também promove uma integração energética
sul-americana através de um oleoduto e gazoduto passando por Brasil, Colômbia,
Equador, Peru e Venezuela. (Jornal Estado de Minas - 04.04.2007) 3 CCEE vai centralizar negociações do MCSD A CCEE vai
centralizar todo o processo de negociações do Mecanismo de Compensação
de Sobras e Déficits. A decisão foi tomada pela diretoria da Aneel, em
reunião na última terça-feira, 3 de abril. A Aneel terá ainda que analisar
as mudanças no estatuto da CCEE, provavelmente, na próxima reunião de
diretoria no dia 10, e fazer uma análise final do processo, ainda sem
data, segundo a diretora-relatora, Joísa Campanher. O processo foi iniciado
a pedido da Associação Brasileira de Empresas Geradoras de Energia Elétrica
e foi objeto de audiência pública no final de 2006. (Agência Canal Energia
- 03.04.2007) 4
Justiça do Pará autoriza estudo de licenciamento para usina Belo Monte
A Aneel aprovou nesta terça-feira, 3 de abril, convocação de audiência pública, na modalidade documental, para discutir mudanças na resolução 62/2004. A norma determinou revisões a cada dois anos, com base no histórico de geração observada, das usinas eólicas e térmicas inscritas no Proinfa. A audiência será realizada entre 9 de abril a 9 de maio no site da Aneel. (Agência Canal Energia - 03.04.2007) O ministro Silas Rondeau deverá ser convocado pela Comissão de Minas e Energia da Câmara de Deputados a dar esclarecimentos mais detalhados sobre a situação atual da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). O objetivo é saber em que estágio estão as investigações sobre desvios de produto praticados por empresas do setor elétrico. Após receber o comunicado, o ministro terá 30 dias para responder os questionamentos. (Brasil Energia - 03.04.2007)
Empresas 1 Tarifas da Cemig, CPFL, Enersul e Cemat são reajustadas A Aneel
reajustou nesta terça-feira (3/4) as tarifas de quatro concessionárias
de energia: CPFL, Cemig, Cemat e Enersul. Os novos valores entram em vigor
a partir deste domingo (8/4). As tarifas da CPFL foram reajustadas em
3,71%, em média - 6,5% para a baixa tensão e 2,89% para a alta tensão.
Para a Cemig, o reajuste médio foi de 5,16%. Para a baixa tensão houve
aumento de 6,5% e para alta tensão, 2,89%. As tarifas da Cemat foram reajustadas
em 9,83% - 7,81% para a baixa tensão e 13,3% para a alta tensão. A Enersul,
por sua vez, teve suas tarifas reajustadas em 3,2%. A baixa tensão sofreu
aumento de 3,46% e a alta tensão, aumento de 2,58%. (Brasil Energia -
03.04.2007) 2 Enersul perde na Justiça recurso contra o Cade O juiz Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara Federal de Brasília, concluiu sentença a favor do Cade num processo contra a Enersul. A Enersul alegou à Justiça que não precisava notificar a compra da Magistra ao órgão antitruste porque ambas faturam menos de R$ 400 milhões. Segundo a Lei de Defesa da Concorrência (nº 8.884), qualquer companhia que fature mais de R$ 400 milhões por ano deve apresentar as suas fusões e aquisições. Mas o Cade exigiu a notificação sob o argumento de que a controladora da Enersul faturou mais de R$ 400 milhões na época em que foi realizado o negócio. Como a Enersul não notificou a compra da Magistra, o Cade multou a empresa em R$ 191,5 mil, em março de 2000. (Valor Econômico - 04.04.2007) 3 Distribuidoras terão de recolher R$ 219,8 mi à CCC-ISOL As distribuidoras
terão de recolher, até 10 de abril, R$ 219,8 milhões referentes às quotas
do mês de março para a Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis dos sistemas
isolados. Segundo o despacho publicado no DOU, esse montante fica dividido
em R$ 13,7 milhões para as distribuidoras do Centro-Oeste; R$ 30,2 milhões
para as do Nordeste; R$ 40,2 milhões para as do Sul; R$ 8,8 milhões para
as do Norte; e R$ 126,7 milhões para as do Sudeste. (Agência Canal Energia
- 03.04.2007) 4
Ibama concede licenças de LTs para Cemig e Serra da Mesa A Ampla
inaugura a subestação Campos, no Norte Fluminense. A unidade, que contou
com investimentos de R$ 12,2 milhões, com capacidade de 66 MVA, vai substituir
uma SE antiga de 50 MVA. O empreendimento vai melhorar a regulação da
tensão e aumentar a disponibilidade de energia para a região. Em 2007,
a companhia deve manter o mesmo nível de investimento do ano anterior,
da ordem de R$ 465 milhões. (Brasil Energia - 03.04.2007) 6 Itaipu: prejuízo de US$ 365 mi A hidrelétrica
binacional de Itaipu registrou prejuízo de US$ 365,6 milhões em 2006,
o que significa uma redução de 46% sobre as perdas de US$ 675,3 milhões
verificadas no ano anterior, segundo o balanço divulgado. Itaipu teve
receita operacional de US$ 2,8 bilhões no ano passado, pouco acima dos
US$ 2,6 bilhões obtidos no ano anterior. A usina teve prejuízo operacional
de US$ 364,7 milhões em 2006, queda de 46,3% sobre os US$ 679,2 milhões
no ano passado. (Gazeta Mercantil - 04.04.2007) No pregão
do dia 03-04-2007, o IBOVESPA fechou a 46.288,16 pontos, representando
uma alta de 1,51% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 4,52
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,47%
fechando a 14.208,16 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 45,50 ON e R$ 45,04 PNB, alta de 1,11%
e 0,81%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 04-04-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 45,50 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 44,91
as ações PNB, baixa de 0,22% em relação ao dia anterior. (Investshop -
04.04.2007) Carlos Márcio Ferreira é o novo Diretor Presidente da Elektro. Ele assume o cargo deixado por Orlando González, que a partir de agora passará a se dedicar exclusivamente à presidência do CA da distribuidora. Ferreira ocupava o cargo de diretor-executivo da distribuidora. (Brasil energia - 03.04.2007)
Leilões 1 Leilão de fontes alternativas: minuta de edital é colocada em consulta pública A diretoria
da Aneel coloca em consulta pública, a partir de hoje, a minuta de edital
do primeiro leilão de energia elétrica proveniente de fontes alternativas,
previsto para 24 de maio. A consulta irá até o dia 13 de abril, período
em que poderão ser apresentadas sugestões ao edital. A energia a ser licitada
no leilão começará a entrar no mercado em 1º de janeiro de 2010. Os contratos
referentes à energia hidráulica (PCHs) terão a duração de 30 anos e os
provenientes de outras fontes, 15 anos. (Jornal do Commercio - 04.04.2007)
2 Leilão de fontes alternativas: Aneel critica não publicação de sistemática Os diretores da Aneel criticaram a não publicação da sistemática do leilão de energia proveniente de fontes alternativas pelo MME. "Antes do fechamento do edital temos que ter a sistemática. A audiência pública pode ser prejudicada pela falta da sistemática", afirmou Romeu Rufino, diretor da Aneel. "Com isso, os aperfeiçoamentos necessários terão que ser feitos durante a audiência", completou Jerson Kelman, diretor-geral da agência. A sistemática está em consulta pública até às 18 horas de hoje. A comissão de licitação da Aneel chegou a pedir o adiamento do leilão, mas não foi atendida pelo MME. A versão final do edital será disponibilizada apenas 20 dias antes do leilão. (Agência Canal Energia - 03.04.2007)
Gás e Termoelétricas 1 AES estuda biorefinaria no Brasil O Grupo AES está analisando a entrada no mercado de biocombustíveis no País. A idéia é construir um projeto com um novo conceito de biorefinaria, no qual seriam produzidos etanol e biodiesel, além de energia elétrica, a partir da cogeração do bagaço da cana-de-açúcar. De acordo com o coordenador do Departamento de Desenvolvimento de Tecnologia Climática do grupo, Late Shan, a empresa criou nos EUA um fundo para biocombustíveis que possui hoje US$ 1 bilhão para utilização desse projetos. A meta para 2012 é que o fundo tenha US$ 10 bilhões para projetos na área de biocombustíveis, crédito de carbono e eficiência energética. A empresa está estudando participação em projetos de biomassa e PCHs no país. (Brasil Energia - 03.04.2007) 2 Termopernambuco investirá R$ 2,2 mi em P&D A Termopernambuco
teve o programa de P&D para o ciclo 2005/2006 aprovado pela Aneel, por
meio do despacho publicado no DOU. A empresa investirá R$ 2,2 milhões
no programa, o equivalente a 0,41% da receita operacional líquida, e terá
de atingir as metas físicas até 3 de maio de 2008. (Agência Canal Energia
- 03.04.2007) 3 Sérgio Rezende: governo deverá anunciar retomada de Angra 3 O ministro
da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, afirmou ontem que o governo deverá
anunciar nos próximos dois meses a retomada da construção da usina nuclear
Angra 3. "O presidente Lula está examinando o assunto e vai anunciar em
breve a decisão. "A expectativa em torno do anúncio aumentou desde fevereiro,
quando uma delegação de diplomatas e empresários franceses visitou as
instalações da Eletronuclear em Angra dos Reis. A empresa francesa Areva
tem contrato para fornecer equipamentos para Angra 3. Sérgio Rezende negou
que esse novo prazo prejudique o andamento do projeto. "Com a escalada
dos preços do petróleo e o aquecimento global, todos os países estão se
voltando para a energia nuclear renovável, que é hoje muito mais segura
e nem sequer produz rejeitos", defendeu. No Brasil, entretanto, a tecnologia
usada é de enriquecimento de urânio, fonte de energia não renovável. De
2005 para 2006, a oferta de energia a partir de usinas nucleares foi a
que mais cresceu no País (39%). (O Estado de São Paulo - 04.04.2007) 4 Angra 1 completa 25 anos de operação com investimentos para aumentar vida útil Em 25 anos
de operação, período em que buscou a consolidação do uso da energia nuclear
no país, a usina nuclear Angra 1 (RJ, 657 MW) produziu 55 milhões de MWh.
Como presente de aniversário do início de operação, completado no último
domingo, 1° de abril, a unidade receberá investimentos para alongar a
vida útil de 40 anos para 60 anos, com a substituição de alguns dos principais
componentes. A primeira usina nuclear do país, segundo o superintendente
da Coordenação da Operação da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto,
João Carlos da Cunha Bastos, tem programado um investimento de US$ 150
milhões nos próximos quatro anos para a troca dos dois geradores de vapor
(US$ 130 milhões) e da tampa do vaso do reator (US$ 20 milhões). "Prevemos
um retorno sobre o investimento num período entre seis e sete anos. O
investimento se paga", destaca. A troca do gerador de vapor está prevista
para acontecer a partir do segundo semestre do ano que vem, numa parada
programada com duração estimada entre 90 e 120 dias. (Agência Canal Energia
- 03.04.2007)
Grandes Consumidores 1 Braskem anuncia incorporação da Politeno ao grupo A Braskem
anunciou ontem que a incorporação da Politeno à companhia foi aprovada
por ambas as empresas. Com a incorporação, a Braskem avança mais uma etapa
no seu processo de crescimento. "A incorporação da Politeno foi modelada
levando em conta o alinhamento de interesse de todos os acionistas e vai
permitir àqueles que migrarem para a Braskem acesso aos benefícios oferecidos
a todos os seus acionistas, como o tag along de 100% em caso de alienação
de controle", comentou o vice-presidente de Finanças da empresa, Carlos
Fadigas. Desde ontem, os acionistas minoritários da Politeno terão prazo
até 2 de maio para exercício do recesso, se não quiserem aceitar a troca
por ações da Braskem. (DCI - 04.04.2007) 2 Horizonte Minerals compra mina no Brasil A Horizonte
Minerals, empresa britânica que opera metais na América do Sul, comprou
uma mina de níquel no Brasil, depois que os preços do produtos bateram
recorde este ano. A Horizonte não informou o preço pago pela unidade brasileira.
A mina adquirida foi a Lontra Ni, próxima a Carajás, e fica a 80 quilômetros
ao sul de um depósito da Xstrata, quarto maior produtor de níquel do mundo.
Amostras de material da Lontra Ni indicaram uma porcentagem de 1,6% de
níquel, de acordo com a Horizonte. Segundo a companhia, existem dois depósitos
de níquel na área pertencentes à Vale do Rio Doce (Onça Puma e Níquel
Vermelho), que devem iniciar sua produção no próximo ano. A Horizonte
informou também que tem três licenças de exploração na área. (DCI - 04.04.2007)
3 Mudanças na Petroquímica União A lista
de obstáculos para a formação da Petroquímica do Sudeste não passa só
pelas divergências entre Unipar e Suzano. Também inclui os demais sócios
na Petroquímica União (PQU), que vão pedir alto para abrir mão do bloco
de controle da central paulista. Como a operação interessa mais à Unipar,
Suzano e Petrobras, que deverão ficar como únicas controladoras da PQU,
as demais empresas deverão formalizar sua saída mediante boas contrapartidas
financeiras e acordos que garantam o fornecimento firme de matérias-primas
para suas fábricas de segunda geração, naquela região. (Gazeta Mercantil
- 04.04.2007) 4 MMX negocia venda de 30% de mina de ferro em Corumbá A MMX Mineração
está discutindo com mais de dez interessados a formação de parceria estratégica
em sua mina de minério de ferro em Corumbá, Mato Grosso do Sul, informou
fonte da empresa. A mina de Corumbá, com capacidade anual de 4,9 milhões
de toneladas de minério de ferro, é a primeira operação da MMX no segmento.
Os investimentos da MMX em unidades de ferro-gusa somam US$ 148 milhões.
A MMX recentemente vendeu 30% de sua mina de minério no Amapá para a mineradora
americana Clevelands Cliffs, por US$ 133 milhões. A mina de Amapá deve
começar a operar em 2008, produzindo 6,5 milhões de toneladas por ano
de minério de ferro, para exportar para Barein, no Golfo Pérsico. A empresa
afirmou também ter planos de vender 30 por cento de participação na MMX
Minas-Rio, que deve produzir 26,6 milhões de toneladas por ano a partir
de 2009 em minas no Estado de Minas Gerais. (Jornal do Commercio - 04.04.2007)
5 Cobre sobe 4%, para maior nível em 5 meses Os preços
do cobre saltaram na Bolsa de Nova York mais de 4%, alcançando seu maior
nível em cinco meses, quando a queda dos estoques e as possíveis interferências
no abastecimento suscitaram especulações de que a produção nas minas pode
ser menor que a demanda, especialmente por parte da China. Os estoques
monitorados pela Bolsa de Metais de Londres (LME) caíram 1,22 mil toneladas,
ou 0,7%, para 179,85 mil toneladas ontem. No Peru, os trabalhadores entraram
em greve na segunda-feira em uma fundição de propriedade da Doe Run Resources.
Os preços acumularam alta de 23% no mês passado à medida que os estoques
monitorados pela LME caíam 13%. Os estoques registraram sete semanas de
queda, o mais longo declínio desde julho de 2005. (Gazeta Mercantil -
04.04.2007)
Economia Brasileira 1 Brasil capta US$ 525 mi com menor juro da história O Brasil captou ontem US$ 525 milhões no mercado internacional pelo prazo de vencimento em dez anos pagando a menor taxa de retorno ao investidor da história do país para papéis em dólar: 5,88% ao ano. O prêmio sobre os títulos do Tesouro dos Estados Unidos, de 122 pontos básicos, também foi o menor da história. "O Brasil já possui os fundamentos de grau de investimento e os investidores internacionais estão premiando o país por isso", diz Max Volkov, diretor em Nova York da Merrill Lynch, que, com o Morgan Stanley, liderou a operação. Segundo ele, apesar do rendimento "apertado", a demanda total pelos papéis ultrapassou US$ 2 bilhões. De acordo com Volkov, grande parte dos compradores nos Estados Unidos foram os chamados fundos de "real money", que compram os papéis para ficar com eles em carteira. Esses investidores apostam que os prêmios de risco Brasil vão cair ainda mais quando o país se tornar grau de investimento e querem ganhar com isso. Dos US$ 500 milhões emitidos ontem, 15% foram comprados por investidores europeus, 15% por brasileiros e latino-americanos e os outros 70% por norte-americanos. O Tesouro informou que a operação pode ter seguimento no mercado asiático, com emissão adicional de US$ 25 milhões ainda hoje, o que Volkov considerou o mais provável, dada a dimensão da demanda pelo papel. (Valor Econômico - 04.04.2007) 2 Relatório critica tarifas brasileiras O relatório do departamento de Comércio dos Estados Unidos (United States Trade Representative, USTR) divulgado ontem também fez críticas às barreiras tarifárias brasileiras, especialmente à Tarifa Externa Comum (TEC) praticada entre os países do Mercosul. "A TEC significativamente elevada impede o aumento das importações dos Estados Unidos de produtos agrícolas, de bebidas destiladas e de computadores e de equipamentos de telecomunicações", diz o documento. De acordo com o relatório, o Brasil aplica imposto de importação adicional e taxas que podem efetivamente duplicar o custo real dos produtos importados pelos EUA. "As altas tarifas que incidem sobre produtos de tecnologia da informação e componentes; além disso os elevados impostos levaram a um grande mercado paralelo de computadores pessoais". O Ministério das Relações Exteriores minimizou as críticas do USTR. "O Brasil também faz relatórios criticando os elevados e crescentes subsídios agrícolas dos EUA que acabam prejudicando as exportações brasileiras", informou uma fonte do Itamaraty. (Gazeta Mercantil - 04.04.2007) 3
Cesta básica ficou mais cara em 16 capitais 4 Índice de Preços ao Consumidor fecha o mês com alta, em 0,42% O IPC-S/SP
registrou variação de 0,42% na quarta semana de março, frustrando a expectativa
de 0,30% prevista pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio
Vargas (Ibre/FGV). O índice também apresentou alta em relação à semana
anterior, que tinha fechado em 0,39%. Segundo o professor Paulo Picchetti,
pesquisador do Ibre, a taxa mais elevada foi puxada por um aumento de
preços não esperado nos produtos agrícolas que elevou o peso das despesas
com alimentação no índice. "Temos uma lista de 14 itens que apresentaram
problemas de produção e defasagem na oferta, puxando o índice para cima.
Estes produtos, como o tomate e as frutas, são muitos sensíveis a variações
na oferta e, por isso, oscilam muito de preço", explica o professor. (DCI
- 04.04.2007) A inflação
medida semanalmente desacelerou em três das sete capitais pesquisadas
pela FGV, conforme levantamento divulgado hoje. O IPC-S recuou de forma
mais intensa no Rio de Janeiro, cuja taxa passou de 0,49% na última apuração
para 0,27%. De acordo com a FGV, a desaceleração foi puxada pelos preços
dos produtos in natura, como hortaliças, legumes e frutas. Eles apresentaram
tendência de alta menos intensa no final do mês, após terem registrado
elevação de preços por conta do período de verão, sobretudo em fevereiro
e início de março. O mesmo movimento de recuo no IPC-S foi observado em
Belo Horizonte (0,87% para 0,83%) e em Brasília (0,18% para 0,17%). Por
outro lado, os preços subiram num ritmo mais acelerado em Porto Alegre
(1,03% para 1,14%), Recife (0,62% para 0,79%), Salvador (0,33% para 0,37%)
e São Paulo, capital que tem maior peso no índice nacional (0,39% para
0,42%). A FGV informou ontem que IPC-S de 31 de março registrou variação
de 0,48% e ficou 0,02 ponto percentual abaixo da taxa divulgada na última
apuração. (Jornal de Brasília - 03.04.2007) 6 Queda do câmbio beneficiou menos a inflação em 2006 A contribuição da taxa de câmbio para a queda da inflação foi bem menos importante em 2006 que nos anos anteriores, mostra estudo do Banco Central divulgado no relatório de inflação. Já as expectativas de inflação tiveram efeito benéfico nos preços pela primeira vez desde 2002. Pelos cálculos do Banco Central, a valorização da moeda nacional teve um impacto positivo de 0,55 ponto percentual (pp) na inflação de 2006, pouco mais de um quarto dos 2,06 pontos percentuais verificados um ano antes. Do impacto positivo de 0,55 ponto do câmbio, 0,14 ponto percentual ocorreu nos preços livres e 0,41 ponto nos preços administrados. O BC diz que os números comprovam que não houve uso excessivo do câmbio na desinflação - reclamação muito comum entre os exportadores e empresas que enfrentam a concorrência de produtos importados. "Evidencia-se uma vez mais o papel desempenhado pelo câmbio como elemento importante, mas não dominante, do mecanismo de transmissão da política monetária", diz o relatório de inflação. (Valor Econômico - 04.04.2007) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 E.ON buscará expansão no mercado russo A E.ON AG,
a maior central elétrica da Alemanha, terá mais oportunidades de crescimento
em outros mercados. A declaração foi feita ontem por Wulf Bernotat, presidente
da gigante alemã. Na segunda-feira passada, A E.ON retirou sua oferta
pelo controle da maior companhia elétrica espanhola, EndesaSA depois de
fazer uma acordo com o consórcio Enel SpA e a Acciona SA. "Vamos ter mais
oportunidades para nosso crescimento futuro em outros mercados, como a
Rússia, por exemplo", afirmou. O acordo com seus concorrentes proporciona
ao grupo alemão um valioso ponto de partida em seus planos de expansão
na Europa, segundo os analistas. (DCI - 04.04.2007) 2 Ação contra a Espanha é mantida A Comissão
Européia levará adiante sua ação contra as autoridades espanholas perante
o Tribunal Europeu de Justiça (TEJ), embora a alemã E.ON tenha retirado
sua oferta de compra do grupo Endesa, disse ontem um de seus porta-vozes.
"Prosseguimos com nossa ação contra a Espanha no Tribunal", disse Jonathan
Todd, mostrando-se tão determinado quanto na véspera havia se mostrado
o ministro espanhol de Justiça, Joa Clos. Tanto a Espanha quanto a Comissão
estão decididas a demonstrar que têm razão e pediram a arbitragem do Tribunal
do Luxemburgo. Na semana passada, a Comissão decidiu processar as autoridades
espanholas por colocarem obstáculos à compra da Endesa pela E.ON. A comissária
da Concorrência européia, Neelie Kroes, recrimina Madri por não ter suprimido
umas vinte condições impostas pela autoridade reguladora espanhola de
energia (CNE) em julho de 2006. (Gazeta Mercantil - 04.04.2007) 3 Estatal PDVSA negocia controle sobre o gás A Venezuela negocia para transformar dois projetos privados de gás natural em joint ventures com maioria estatal, disse o presidente da Entidade Nacional do Gás (Enagás), Jorge Luis Sánchez. Os projetos que estão sendo negociados com a estatal venezuelana PDVSA pertencem à espanhola Repsol-YPF e à francesa Total. O governo mantém há dois anos uma campanha para nacionalizar os recursos naturais do país, e não se sabe se as multinacionais poderão manter o controle sobre projetos de gás natural. Em janeiro, o presidente Hugo Chávez propôs que haja maioria estatal em todo o setor energético. "A PDVSA precisa continuar fortalecendo sua presença na exploração e produção de gás, e há uma grande oportunidade para fazer isso com os projetos continentais", disse Sánchez. "Acho, e só estou dando a opinião do presidente da Enagás, que o Estado deveria ter maioria acionária nos projetos de gás natural", afirmou. (Gazeta Mercantil - 04.04.2007)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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