l IFE: nº 2.008 - 30
de março de 2007 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Aneel e da Anatel: proposta de metodologia para contratos de compartilhamento vai à audiência pública As distribuidoras
de energia elétrica e as prestadoras de serviços de telecomunicações de
interesse coletivo deverão contar, futuramente, com um preço de referência
para contratos de compartilhamento de infra-estrutura que poderá ser usado
na solução de eventuais conflitos. A proposta de metodologia para o cálculo
desse preço será submetida à audiência pública documental conjuntamente
pela Aneel e pela Anatel, no período de 4 de abril a 4 de maio próximos.
A minuta de resolução que estabelece os critérios de cálculo do valor
de referência define os custos que devem ser compartilhados por concessionárias
de distribuição e empresas de telecomunicações para a instalação, a operação
e a manutenção dos pontos de fixação dos cabos de energia e de telefonia,
além da remuneração às distribuidoras pelo uso dos postes. A versão preliminar
do novo regulamento tem como objetivo definir parâmetros para que as duas
agências possam atuar como mediadoras na arbitragem dos contratos, sempre
que não houver acordo entre as empresas. (Aneel - 30.03.2007)
Empresas A Eletrobrás
lucrou R$ 1.161,3 milhão em 2006, 19% mais que em 2005. O resultado foi
creditado principalmente à estabilidade econômica, "que permite medidas
de reequilíbrio financeiro e de gestão nas empresas do grupo", segundo
nota da empresa. O lucro poderia ter sido maior, segundo a nota, se grande
parte dos recebíveis não estivesse indexada ao dólar, desvalorizado ante
o real. No comunicado, a empresa informa que "o resultado financeiro decorrente
da carteira de financiamentos e empréstimos concedidos pela Eletrobrás
levou ao ganho de R$ 2.504,5 milhões, fruto do programa de investimentos
ao longo dos anos e do baixo endividamento. O impacto negativo ficou com
os investimentos temporários em cinco empresas federais de distribuição,
mantidos pela Eletrobrás depois das privatizações". Juntas, essas empresas
produziram uma perda de R$ 532,6 milhões. A Eletrobrás detém parcela importante
dos seus recebíveis (R$ 15.157,1 milhões) indexada a moedas externas,
com destaque para o dólar, o que criou um cenário negativo para a companhia
em 2006. Nos 12 meses do ano passado, a empresa teve perda de R$ 1,6 milhão
relativa ao reconhecimento dos efeitos da variação cambial. No tocante
às variações monetárias decorrentes dos níveis internos de preços, no
exercício de 2006 a empresa verificou um ganho de R$ 330,6 milhões, mesmo
nível de 2005, quando foram reconhecidos ganhos de R$ 256,8 milhões. (O
Estado de São Paulo - 30.03.2007) 2 José Drumond Saraiva deixa a Eletrobrás José Drumond Saraiva não é mais o diretor financeiro e de relações com investidores da estatal Eletrobrás. A companhia informou que o executivo havia renunciado ao posto alegando motivos pessoais. Em seu lugar assume interinamente o funcionário de carreira, Luiz Augusto Pereira de Andrade Figueira. O executivo também deixará a presidência do conselho de administração e a presidência interina da Eletrosul, subsidiária da Eletrobrás. Com a nomeação interina de Andrade Figueira para o lugar de Drumond Saraiva, a Eletrobrás passará a ter dois executivos interinos em postos chaves. Desde que Aloísio Vasconcelos se desligou da presidência da Eletrobrás, o posto é também ocupado interinamente por Valter Cardeal. (Valor Econômico - 30.03.2007) 3 Copel registra crescimento de 3,5% no mercado de energia em 2006 A Copel
teve um crescimento de 3,5% na venda de energia no mercado fio, que inclui
os consumidores livres da área de concessão, no ano passado. A empresa
comercializou 20.554 GWh em 2006, no entanto, o consumo de energia elétrica
faturada ficou em 18.691 GWh, praticamente, nos mesmos patamares do ano
anterior. O desempenho da empresa foi prejudicado pela classe industrial
que acumulou retração de 5,7% na demanda. O segmento foi afetado pela
queda na produção em razão da retração nos preços internacionais de algumas
commodities, do câmbio defasado e da saída de consumidores para o mercado
livre. No lado oposto, a classe comercial registrou o melhor desempenho
com crescimento de 5,4% no consumo. O bom resultado deve-se ao cenário
positivo vivenciado pelo setor terciário, aliado ao aumento no número
de consumidores. (Agência Canal Energia - 29.03.2007) 4
Celesc registra lucro líquido de R$ 213,646 mi 5 Celesc faz leilão de energia de PCHs A Celesc
vai leiloar nesta sexta-feira, 30 de março, energia elétrica proveniente
de suas pequenas centrais hidrelétricas. Os interessados devem se habilitar
até as 18 horas desta quinta-feira, dia 29 de março, por meio do Termo
de Adesão disponível no site www.celesc.com.br. A concessionária vai ofertar
dois produtos, ambos no montante de 25 MW médios na modulação flat. O
primeiro produto está compreendido no período entre zero hora de 1º de
março de 2007 até às 24 horas de 31 de dezembro de 2007, e o segundo no
período entre zero hora de 1º de março de 2007 até às 24 horas de 31 de
março de 2007. Outras informações pelo e-mail leilaoenergia@celesc.com.br.
(Agência Canal Energia - 29.03.2007) 6 Copel: operação e reversão de recursos contribuíram para resultado A Copel
teve uma melhora no resultado operacional e reversões de provisão da Cofins
e de valores relativos ao contrato de gás, que influenciaram no balanço
final de 2006, segundo Paulo Roberto Trompczynski, diretor Financeiro
e de Relações com Investidores da companhia. O executivo disse que mesmo
sem as reversões o resultado da empresa seria expressivo. A provisão de
R$ 197,6 milhões referente à Cofins, incidente sobre operações relativas
à energia elétrica do período de setembro de 1998 a junho de 2001, foi
revertida, após sentença favorável do STJ. A outra reversão realizada
no ano passado se refere ao contrato de gás assinado entre Copel, Compagás
e Petrobras referente ao combustível da termelétrica Araucária. A companhia
reverteu R$ 416,4 milhões em maio passado. Com isso, o Lajida - lucro
antes de juros, impostos, depreciação e amortização - atingiu R$ 1,975
bilhão no ano passado. Sem os efeitos das reversões, seria de R$ 1,480
bilhão. Acima, portanto, do Lajida do ano anterior de R$ 1,218 bilhão.
O resultado operacional da Copel ficou em R$ 1,837 bilhão, diretamente
afetado pelas reversões, alta de 152,5% sobre o ano anterior. (Agência
Canal Energia - 29.03.2007) 7 Coelce registra lucro líquido de R$ 298,258 mi em 2006 A Coelce
registrou alta de 57,7% no lucro líquido de 2006, totalizando R$298,258
milhões contra R$ 198,124 milhões em 2005, segundo balanço divulgado nesta
sexta-feira, 30 de março. A receita bruta da distribuidora chegou a R$
2,336 bilhões no ano passado, ante R$ 2,224 bilhões em 2005. A companhia
teve uma receita líquida de R$ 1,691 bilhão, acima dos R$ 1,581 bilhão
no período anterior. A receita operacional da Coelce subiu 118%, alcançando
R$ 354,813 milhões, em 2006, contra R$ 162,648 milhões no ano anterior.
A Coelce obteve um resultado bruto de R$ 631,719 milhões no ano passado,
contra R$ 547,933 milhões em 2005. (Agência Canal Energia - 30.03.2007)
8 Produtores independentes no Pará têm novo controle acionário A empresa Mafe Energia e Participações S/A é a nova controladora dos produtores independentes Buriti Energia S/A e Curuá Energia S/A após operação, aprovada esta semana pela Agência, de transferência do controle acionário detido anteriormente pela sócia Maria Daisy Gil Dias. Com a operação, a Mafe passa a deter 99% das ações dos produtores independentes. As empresas Buriti Energia S/A e Curuá Energia S/A são responsáveis, respectivamente, pelas pequenas centrais hidrelétricas (PCH) Salto Buriti e Salto Curuá. Ambas as usinas estarão localizadas no município de Novo Progresso, no Pará, e deverão entrar em operação no dia 30 de novembro deste ano. A PCH Salto Buriti terá 10 megawatts (MW) de capacidade instalada e a Salto Curuá terá 30 MW. (Aneel - 30.03.2007) 9 Força e Luz João Cesa terá cinco meses para quitar multa A distribuidora Força e Luz João Cesa (SC), terá cinco meses sucessivos para quitar multa aplicada pela Aneel em abril do ano passado, no valor de R$ 25,4 mil, com os devidos acréscimos legais. A diretoria da Agência acatou parcialmente o pedido de parcelamento da multa. A empresa foi autuada pelo descumprimento, durante o ano de 2004, das metas estabelecidas para os indicadores de qualidade que medem a duração (DEC) e a freqüência (FEC) de interrupções no fornecimento de energia no município catarinense de Siderópolis. (Aneel - 30.03.2007) As empresas
Companhia Piratininga de Força e Luz, Lafarge Brasil S/A, Companhia
Energética Rio das Antas (Ceran), Carangola Energia S/A e Cemig
Distribuição S/A foram beneficiadas com declarações
de utilidade pública de áreas de terras destinadas à
passagem de linhas de transmissão que serão implantadas
nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. (Aneel
- 30.03.2007)
Leilões 1 Distribuidoras movimentam R$ 48,7 mi no 4º Leilão de Ajuste Um grupo
formado por 16 concessionárias de distribuição negociou na última quinta-feira
(29) 378 lotes de energia no valor global de R$ 48,7 milhões, no 4º Leilão
de Ajuste realizado pela CCEE. No total, foram contratados 189 MW médios
com redução média de 32% em relação ao preço inicial do produto. Esse
montante corresponde à totalidade da energia necessária ao atendimento
da demanda das distribuidoras participantes. Foi o maior leilão de ajuste
já promovido no Ambiente de Contratação Regulada. Do volume negociado,
108 MW médios referem-se a contratos com duração de quatro meses, com
deságio médio de 45,67% no preço final. Os restantes 81 MW médios são
relativos a contratos de nove meses, com deságio médio de 24,51%. Em ambos
os casos, o início de suprimento ocorrerá em abril deste ano. A Chesf
foi responsável pela maior quantidade de energia vendida no leilão (104
MW médios); seguida pela comercializadora Enertrade (24,5 MW médios);
e pela Copel (23 MW médios). Também negociaram contratos Furnas, com 16
MW médios; Eletronorte, com 11 MW médios; e União Comercializadora de
Energia (UCE) 2001, com 10,5 MW médios. (Aneel - 30.03.2007) 2 EPE descarta entrada de comercializadoras em leilões de energia O presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, descartou a participação de comercializadoras no leilão de fontes alternativas, marcado para o dia 24 de maio, pela internet, e nos leilões de energia nova, previstos para junho. Segundo o executivo, o tema não está em estudos no governo. Na avaliação dele, há possibilidade de se realizar leilões específicos para comercializadoras através da CCEE, mas ele não vê chances desse segmento participar de licitações para o ambiente regulado. O motivo é o porte da maioria das comercializadoras, que impede a concessão de garantias para os geradores, segundo ele. De acordo com Tolmasquim, no mercado existem desde comercializadoras de grande porte, que têm ativos ligados às distribuidoras, até um grande número de pequenas empresas. "Ninguém vai construir uma usina hidrelétrica ou termelétrica ou assinar um contrato, usando uma comercializadora como garantia. Os geradores não vão querer assinar um contrato de 15 anos ou 30 anos com uma comercializadora qualquer", destacou. (Agência Canal Energia - 29.03.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 EPE: país desperdiça menos energia A revisão
do crescimento do PIB de 2006 de 2,9% para 3,7% mostra que o Brasil consegue
crescer mais com uma oferta menor de energia elétrica. "O ajuste do PIB
nos fez ver que a produtividade, a eficiência da economia, é maior do
que imaginávamos antes, ou seja, que existe desperdício menor de energia",
disse ontem Maurício Tolmasquim, presidente da EPE. Ele avaliou que a
EPE tinha conhecimento de uma melhoria de eficiência, com menor desperdício
de energia, mas demonstrou surpresa: "Essa eficiência é maior do que pensávamos."
Tolmasquim disse que a revisão do PIB não levará a EPE a alterar sua previsão
sobre a demanda de energia elétrica para 2007. A empresa trabalha com
um crescimento de 5,2% para o consumo de energia elétrica este ano em
relação a 2006. "Por enquanto mantemos as projeções de consumo que haviam
sido feitas", disse Tolmasquim. A EPE projeta uma expansão de 4,5% para
o PIB neste ano. (Valor Econômico - 30.03.2007) 2 Tolmasquim: relação entre o crescimento do consumo e do PIB Tolmasquim também chamou a atenção para a relação entre o crescimento do consumo de energia e do PIB. Ele disse que, para cada ponto percentual de crescimento do PIB, o consumo de energia elétrica no Brasil precisa crescer 1,2 ponto percentual. Nos países desenvolvidos, comparou, o crescimento do PIB depende de um consumo menor de energia. "Estamos nos aproximando dos países desenvolvidos", disse o presidente da EPE. (Valor Econômico - 30.03.2007) 3 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste atingem 86,8% Mantendo-se
estáveis desde a última medição, os reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste
atingem 86,8% do volume. O índice está 49,1% acima da curva de aversão
ao risco. As usinas de Espora e Caconde operam com 100,59% e 97,44%, respectivamente.
(ONS - 29.03.2007) 4 Reservatórios do submercado Sul registram 81,6% do volume Os reservatórios
do submercado Sul atingem 81,6% do volume acumulado, o que representa
queda de 0,4%. O índice está 62,5% acima da curva de aversão ao risco.
A hidrelétrica de G. Ney Braga trabalha com 86,59% da capacidade armazenada.
(ONS - 29.03.2007) 5 Reservatórios do submercado Nordeste chegam a 94,4% Os reservatórios
do submercado Nordeste registram 94,4% do volume, com alta de 0,6%. O
índice está 55,7% acima da curva de aversão ao risco. A usina de Sobradinho
opera com 97,53% da capacidade. (ONS - 29.03.2007) 6 Reservatórios atingem 97,9% do volume no Norte O nível
dos reservatórios do submercado Norte chega a 97,9%, registrando queda
de 0,2%. A hidrelétrica de Tucuruí trabalha com 97,86% da capacidade de
armazenamento. (ONS - 29.03.2007)
Gás e Termoelétricas 1 Evo ameaça romper acordo do gás acertado com Lula O governo Evo Morales, da Bolívia, ameaça descumprir um dos acordos fechados com a Petrobrás durante a sua visita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em fevereiro, quando os dois países acertaram o aumento do preço do gás. Em nota divulgada ontem, o Ministério dos Hidrocarbonetos boliviano reforçou a sua posição a favor do cumprimento da resolução ministerial 255, que desloca parte da produção dos Campos de San Alberto e San Antonio, operados pela estatal brasileira, para o mercado interno. No encontro entre Lula e Evo, ficou acertado que a Petrobrás teria um prazo para se adaptar à resolução 255. A empresa alega que a medida passa por cima do contrato de exportações para o Brasil, assinado em 1996. Esse acordo garante à estatal fornecer 23 milhões dos 30 milhões de metros cúbicos enviados por dia ao Brasil. O presidente da Petrobrás Bolívia, José Fernando de Freitas, diz que a medida não afetará o mercado brasileiro, uma vez que a fatia da Petrobrás será suprida por outras empresas com operações na Bolívia. (O Estado de São Paulo - 30.03.2007) 2 Produtos de cana-de-açúcar são destaque no Energético Nacional 2007 Maurício
Tolmasquim, presidente da EPE, divulgou ontem o Balanço Energético Nacional
2007, um anuário estatístico com resultados preliminares de 2006. Um dos
destaques foi o crescimento dos produtos de cana-de-açúcar na oferta interna
de energia, no ano passado. "Em 2006, os produtos da cana-de-açúcar se
equipararam à energia hidráulica na matriz energética brasileira", disse
Tolmasquim. A matriz inclui petróleo e derivados, gás natural, carvão
mineral e urânio, além de energia renovável (hidráulica, lenha e carvão
vegetal, produtos de cana e outras). De acordo com o anuário, a oferta
interna de derivados da cana-de-açúcar respondeu por 14,4% da matriz energética
em 2006, muito próxima ao percentual da energia hidráulica, de 14,6%.
No ano passado, a produção de etanol no país chegou a 17,8 bilhões de
litros, o que significou um crescimento de 10,8% em relação a 2005. Tolmasquim
previu que a tendência é que o etanol supere a hidroeletricidade. Segundo
Tolmasquim, o plano decenal de energia elétrica para o período 2007-2016,
a ser divulgado em maio, terá uma parte dedicada à expansão do álcool.
A tendência é que o álcool e a geração de energia elétrica a partir do
bagaço de cana ganhem ainda mais relevância. (Valor Econômico - 30.03.2007)
3 Biomassa aumenta participação na geração termelétrica A biomassa
foi a principal fonte energética da geração termelétrica do país no ano
passado. Segundo dados preliminares do Balanço Energético Nacional 2007
- ano base 2006 -, divulgados nesta quinta-feira, 29 de março, a biomassa
representou 27,8% de toda a produção de energia das usinas térmicas do
país no ano passado. Em seguida, veio o gás natural, com 25,9%, e a energia
nuclear, com 15,9% de participação. No mix termelétrico, a geração por
derivados de petróleo ficou com 16,2% de participação, enquanto o carvão
mineral teve percentual de 10,5%. "Até eu me surpreendi com esse resultado.
Esperávamos um aumento, mas não dessa magnitude", afirmou o presidente
da Empresa de Pesquisa Energética, Mauricio Tolmasquim. Ele destacou que
a geração termelétrica registrou aumento de 7,4% na oferta interna de
energia elétrica no país, o que elevou a participação no total de eletricidade
gerada de 14,8% em 2005 para 15,2% em 2006. (Agência Canal Energia - 29.03.2007)
4 BEN 2007: gás natural reduz participação na geração termelétrica em 2006 O gás natural
apresentou redução de 3,1% na produção termelétrica no país em 2006, em
comparação com 2005. O motivo, segundo Mauricio Tolmasquim, é a menor
incidência de despachos, coordenados pelo ONS. Tolmasquim destacou que
as condições hidrológicas atuais e o aumento da geração nuclear em relação
ao ano passado influenciaram na menor produção pelas térmicas a gás. Segundo
dados do BEN, em 2005, a produção nuclear teve redução devido ao tempo
maior de paralisação de Angra 2, por motivos operacionais. Como em 2006
o tempo de parada foi menor e as centrais nucleares operaram na base,
o ONS pode ter optado a despachar menos as térmicas a gás, analisou Tolmasquim.
Porém, o insumo é o que tem apresentado uma das maiores taxas de crescimento
na matriz energética, tendo ficado atrás apenas dos produtos da cana-de-açúcar.
De acordo com os dados do BEN 2007, no item oferta interna de energia,
o gás natural fechou o ano passado com 21,8 milhões de toneladas equivalentes
de petróleo (tep), contra 20,5 milhões de tep em 2005 - elevação de 6,1%.
(Agência Canal Energia - 29.03.2007) 5 Angra 3: Tolmasquim diz que ainda falta consenso no governo pela construção O presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, disse nesta quinta-feira, 29 de março, que ainda não há consenso no goveno no sentido de se tomar uma decisão a respeito do destino da usina nuclear Angra 3 (RJ, 1.350 MW). Segundo ele, a usina, que tem investimento estimado em US$ 1,8 bilhão, está prevista no Plano Nacional de Energia 2030 - que deve ser lançado no segundo semestre - e no Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica (2007/2016), com divulgação prevista para maio. A decisão sobre uma eventual retomada das obras da usina está nas mãos do Conselho Nacional de Política Energética, que se reuniria nesta semana no Palácio do Planalto para debater o tema. A previsão é que o CNPE se reúna na próxima semana. A usina já dispõe de área para a construção, próxima à Angra 2, e os equipamentos demandam US$ 20 milhões por ano em armazenamento e manutenção. (Agência Canal Energia - 29.03.2007)
Grandes Consumidores 1 Suzano quer crescer via mercado de capitais Prestes
a completar um ciclo de investimentos de US$ 2 bilhões nos últimos três
anos, a Suzano, fabricante de papel e celulose da família Feffer, já decidiu
como financiar a próxima fase de expansão: o mercado de capitais. A intenção
é sustentar no mercado financeiro um novo ciclo, que deve envolver uma
nova fábrica de celulose no país. "Queremos ser um grande player e contar
com o mercado de capitais", disse o presidente da empresa, Antônio Maciel
Neto, no cargo há quase um ano. A Suzano é a última das grandes do setor
a procurar mais ativamente o mercado de capitais e se esforça para dar
mais liquidez à sua ação. Aracruz e Votorantim são os papéis preferidos
dos investidores. A Aracruz foi a primeira empresa do país a listar suas
ações em Nova York, em 1992. A VCP, desde 2000. Ambas têm 'investment
grade'. (Valor Econômico - 30.03.2007) 2 Jaraguá faz expansão em Sorocaba e analisa fábrica no Nordeste A fabricante
de bens de capital Jaraguá Equipamentos espera concluir até setembro a
expansão de sua unidade em Sorocaba, interior de São Paulo, que exigirá
investimentos de R$ 12 milhões. Com a ampliação, a empresa pretende ingressar
em novos nichos e aumentar o portfólio de produtos dentro dos segmentos
em que já atua - petróleo e gás, petroquímica, mineração, metalurgia,
entre outros. Dessa forma, a Jaraguá vai ter capacidade para fabricar
equipamentos de maior porte e alguns componentes que hoje são importados
ou comprados localmente de concorrentes. A direção não informou o percentual
de redução das importações. De acordo com Wagner Othero, vice-presidente
da Jaraguá, a expansão em Sorocaba é a primeira etapa de um plano de investimentos
da companhia, que inclui também a construção de uma nova unidade no Nordeste.
(Valor Econômico - 30.03.2007)
Economia Brasileira 1 Governo ajusta superávit ao novo PIB e adota meta de 3,83% A meta de superávit primário para este ano será de R$ 95,89 bilhões, o que equivale a 3,83% do PIB, segundo anunciou ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Com isso o governo abandonou o compromisso de realizar, neste e nos próximos anos, um esforço fiscal correspondente a 4,25% do PIB para pagar os juros da dívida. Na elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2008, que deve ser enviada ao Congresso até o fim de abril, o governo fixará as metas primárias até 2010 no lugar dos 4,25% do PIB estabelecidos anteriormente. Os gastos previstos no Projeto Piloto de Investimento (PPI) também serão mantidos no valor nominal de aproximadamente R$ 11 bilhões e não 0,5% do PIB. Esse valor poderá ser abatido do superávit nominal. Já foi enviado ao Congresso um projeto que muda a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e reafirma essa decisão. (Valor Econômico - 30.03.2007) 2 União reduz despesas e eleva receitas no bimestre Tesouro, Banco Central e Previdência realizaram, no primeiro bimestre, um esforço fiscal de R$ 15,14 bilhões para o pagamento dos juros da dívida. Esse superávit primário do governo central correspondeu a 3,94% do PIB. O resultado foi muito maior que o do mesmo período no ano passado. Nos dois primeiros meses de 2006, o resultado nominal foi de R$ 7,59 bilhões ou 2,13% do PIB. As principais variações reais na comparação dos primeiros bimestres de 2007 e 2006 foram uma elevação de 4,8% das receitas e uma queda de 4% nas despesas. No lado do gasto, a maior redução real foi no custeio e capital: 9,4%. As despesas de pessoal diminuíram 2,5% e o pagamento de benefícios recuou 1,4%. As receitas do Tesouro cresceram 4,8% e a arrecadação da Previdência elevou-se 5,2% nos dois primeiros meses deste ano. (Valor Econômico - 30.03.2007) 3
Esforço fiscal de Estados compensa resultado federal 4 Atividade na indústria de SP avança 4,3% em fevereiro O INA (Indicador
de Nível de Atividade) teve um crescimento de 4,3% em fevereiro, na comparação
com o mesmo mês de 2006. Com relação a janeiro, o acréscimo foi de 1%,
sem o ajuste sazonal. Na série com o ajuste, a variação foi de 1,2%, segundo
dados do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e da Fiesp
(Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). O segmento de metalurgia
básica, que inclui siderurgia, teve uma alta de 30,6% no confronto com
fevereiro do ano passado. No setor de máquinas e equipamentos, a alta
foi de 8,6% no mesmo comparativo, em parte por causa dos investimentos
sucroalcooleiros. O aumento na atividade da indústria paulista foi puxado
pelo acréscimo no número de horas trabalhadas na produção no confronto
com janeiro (3,3%) e com fevereiro de 2006 (6,5%). O destaque negativo
ficou para a fabricação de celulose e papel, com queda de 5,5% nesse indicador
na comparação com janeiro e de 6,6% no confronto com fevereiro do ano
passado. As vendas reais, que tiveram retração de 12,5% na comparação
com janeiro deste ano, resultaram em um INA de -14,2%. As vendas reais
da indústria paulista cresceram 5,1% na comparação com o mesmo mês de
2006, mas apresentaram queda de 1,1% no confronto com janeiro. (Folha
de São Paulo - 30.03.2007) 5 Renda aumenta em fevereiro para quem ganha mais Os trabalhadores
com salários mais elevados e mais escolarizados puxaram o crescimento
da renda média em fevereiro nas maiores regiões metropolitanas do país.
Os que ganham menos tiveram queda em seus rendimentos, apesar da renda
média ter subido 2,5% na comparação com janeiro e 6,1% em relação a fevereiro
de 2006, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE. "A alta
da renda se concentrou na população com salários mais elevados e mais
escolarizada e se localizou no setor da indústria de São Paulo", disse
o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo. Os trabalhadores que tinham 11 anos
ou mais de estudo (ensino médio completo) tiveram alta acima da média,
de 3,8%. Já a metade da população que ganhou menos teve uma redução de
0,4% em seus rendimentos. Azeredo explica que tal queda tem relação com
o salário mínimo. "Como os que ganham menos têm seus salários atrelados
ao salário mínimo, que não aumenta desde abril, seus rendimentos tendem
a não se movimentar", afirmou. (Valor Econômico - 30.03.2007) O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP- M) subiu 0,34% em março, em comparação com 0,27% em fevereiro. Com esse resultado, no ano o IGP-M acumula alta de 1,11%, e de 4,26% nos últimos 12 meses segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que calcula o indicador. Para abril, a estimativa é de estabilidade da taxa ou que ela seja ligeiramente inferior. Os três componentes do IGP-M apresentaram as seguintes trajetórias na passagem de fevereiro para março: Índice de Preços no Atacado (IPA), de 0,21% para 0,33%; Índice de Preços ao Consumidor (IPC), de 0,43% para 0,45%; e Índice Nacional da Construção Civil (INCC), de 0,26% para 0,17%. (Gazeta Mercantil - 30.03.2007) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Plano de energia renovável da UE pode custar 1,1 tri de euros O plano
da União Européia (UE) para "descarbonizar" a sua economia e liderar o
combate mundial contra as mudanças climáticas poderá custar 1,1 trilhão
de euros aos 27 países-membros até 2020. A estimativa foi feita pela consultoria
McKinsey e revelada esta semana em Berlim. No último dia 9, os governantes
da UE, impulsionados pela premiê alemã Angela Merkel, aceitaram o acordo
de reduzir as emissões de gases-estufa em 20% até 2020, em relação aos
níveis de 1990. O bloco prometeu chegar aos 30%, se outras nações seguirem
o exemplo. O estudo da McKinsey é o primeiro que dá uma indicação da conta:
entre 60 e 80 bilhões de euros por ano, podendo chegar a 1,1 trilhão de
euros nos próximos 14 anos. A McKinsey aponta em seu estudo uma boa e
uma má notícia para a estratégia energética e climática européia. A boa
é que a tecnologia atualmente disponível pode frear a deterioração climática
do planeta neste século. A má é gigantesca dificuldade política para transformar
essa ambição em realidade. Vários dos países do ex-bloco soviético que
entraram na UE em maio de 2004 estão bem atrasados no desenvolvimento
de energia. (Valor Econômico - 30.03.2007)
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de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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