l IFE: nº 1.988 - 02
de março de 2007 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Aneel aprova versão 2007 para regras de comercialização de energia A Aneel
aprovou a versão 2007 das Regras de Comercialização de Energia Elétrica
com os aperfeiçoamentos e as alterações submetidos pela agência ao processo
de audiência pública. As correções deverão ser incorporadas pela Câmara
de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) até o dia 14 de março. O
texto final é resultante de debates entre a Aneel e a CCEE, e das 98 contribuições
apresentadas por 24 empresas e instituições do setor elétrico. A versão
atualizada determina, entre outras questões, que as distribuidoras usem
o Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD) para compensar
as variações de mercado provocadas por alterações nas quotas de energia
adquiridas de Itaipu. As novas regras disciplinam questões relativas ao
tratamento de perdas para os contratos bilaterais de consumidores livres
e de autoprodutores, o cálculo da potência associada aos Contratos de
Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado (CCEARs) e a
adoção de novo critério de rateio de perdas da Rede Básica para os agentes
que usam instalações compartilhadas. (Aneel - 01.03.2007) 2 Aneel terá superintendência para ações de pesquisa e desenvolvimento A Aneel
terá uma superintendência destinada a acompanhar as ações de pesquisa
e desenvolvimento como as voltadas para a eficiência energética, tocadas
pelas empresas do setor. A superintendência foi oficialmente criada nesta
sexta-feira (02/03). (Jornal do Commercio - 02.03.20007) 3 MME publica portaria que fixa critérios de reajuste de contratos de compra de energia O MME publica
nesta sexta-feira (02/03) a Portaria nº 42 que fixa os critérios de reajuste
a serem aplicados nos contratos de compra de energia elétrica na modalidade
de disponibilidade e no cálculo do Custo Variável Unitário (CVU) dos novos
empreendimentos de geração térmica. As regras de reajustes incorporam
a volatilidade dos preços dos diferentes combustíveis sem aumentar a exposição
dos consumidores. A principal inovação é a contabilização do custo de
geração ao longo do ano, enquanto a sistemática anterior previa o reajuste
apenas em função das variações do preço dos combustíveis nos meses de
outubro de cada ano. O CVU, com a nova regulamentação, passa a ser vinculado
ao preço real do combustível e não mais à projeção de preços futuros que
os investidores realizariam no momento da contratação. (MME - 01.03.2007)
4
Curtas A EPE promoverá nos dias 6, 7 e 9 de março, nos estados de Goiás e Minas Gerais, seminários para consulta pública dos estudos que compõem a Avaliação Ambiental Integrada (AAI) do Rio Paranaíba. Os eventos têm como objetivo discutir os relatórios referentes à Avaliação Ambiental Distribuída - AAD e aos principais conflitos da Bacia do rio Paranaíba. (EPE - 01.03.2007)
Empresas 1 Energias do Brasil divulga resultados de 2006 A Energias
do Brasil contabilizou EBITDA de R$ 1 bilhão em 2006. O resultado é 17,6%
superior ao registrado em 2005. O lucro líquido totalizou R$ 394,1 milhões
no ano de 2006, contra R$ 439,4 milhões em 2005. A receita líquida obtida
em 2006 totalizou R$ 4,5 bilhões, 5,5% acima do resultado de 2005. O resultado
financeiro líquido acumulado no ano de 2006 foi negativo em R$ 377,8 milhões,
em comparação com R$ 279,2 milhões negativos em 2005. O investimento somou
R$ 830 milhões em 2006. O volume de energia produzida em 2006 alcançou
3.929 GWh, 42,6% acima da geração do ano anterior. A energia comercializada
pela Enertrade registrou crescimento de 5,1% em relação a 2005. No exercício
de 2006, as distribuidoras da Energias do Brasil desembolsaram um total
de R$ 60,4 milhões em programas de combate a perdas. O volume de energia
produzida pelas usinas do grupo Energias do Brasil atingiu 3.929 GWh em
2006, representando um acréscimo de 42,6% sobre a produção de 2005. Sua
capacidade de geração em 2006 expandiu, alcançando 1.018 MW. A Enertrade
comercializou um total de 6.702 GWh no último exercício de 2006, um crescimento
de 5,1% em relação a 2005. A dívida bruta consolidada, incluindo encargos,
da Energias do Brasil, totalizou R$ 3,2 bilhões, em comparação com R$
3,02 bilhões registrados em 2005. Em 2006, os investimentos da Energias
do Brasil totalizaram R$ 830 milhões - valor 27,9% inferior ao registrado
no mesmo período em 2005. (Energias do Brasil - 01.03.2007) 2 Energias do Brasil planeja investimento de R$ 763 mi em 2007 A Energias do Brasil planeja investir R$ 763 milhões em 2007, que serão divididos em R$ 466 milhões para distribuição, R$ 105 milhões para o programa Luz para Todos e R$ 192 milhões para geração, segundo informou o presidente António Martins da Costa. O executivo disse que a holding pretende aumentar a capacidade de geração (1.018 MW de capacidade instalada em 2006) ainda no primeiro trimestre deste ano, com o início da operação da PCH São João (25 MW. A holding investirá ainda cerca de R$ 105 milhões na construção da PCH Santa Fé (29 MW), que deverá entrar em operação no início de 2009. Há estudos em andamento para geração de energia eólica, aproveitando o know how da EDP, controladora portuguesa. (Agência Canal Energia - 01.03.2007) 3 Enersul: lucro líquido de R$ 50,3 mi em 2006 A Enersul
fechou o lucro líquido de 2006 em R$ 50,3 milhões, resultado 69,3% menor
que em 2005. A receita bruta do exercício passado ficou em R$ 1,1 bilhão,
sendo 1,5% maior que o ano anterior. A receita líquida da empresa alcançou
R$ 823,5 milhões no ano passado, uma queda de 5,5% em relação a 2005.
(Agência Canal Energia - 01.03.2007) 4
Escelsa: lucro líquido de R$ 139,6 mi em 2006 5 Bandeirante: lucro de R$ 142 mi em 2006 A Bandeirante
fechou 2006 com lucro líquido de R$ 142 milhões, valor 242,9% acima do
verificado em 2005. A receita bruta da distribuidora no ano passado ficou
em R$ 2,7 bilhões, elevando em 1,7% o resultado de 2005. A receita líquida
teve elevação de 3,3% no ano passado ao totalizar R$ 2 bilhões. (Agência
Canal Energia - 01.03.2007) 6 Enertrade reduz lucro líquido em 80,96% em 2006 A Enertrade
fechou o ano de 2006 com lucro 80,96% inferior ao apurado em 2005, ao
obter R$ 9,1 milhões. A receita bruta ficou em R$ 536,4 milhões no exercício
passado, superando em 16,72% o ano anterior. A receita líquida da Enertrade
alcançou R$ 494,7 milhões no ano passado. (Agência Canal Energia - 01.03.2007)
7 Cemig fará programa de ADRs lastreado em ações ordinárias A Cemig
informou que o CA aprovou a constituição de um programa de American Depositary
Receipts. Segundo o fato relevante da companhia, o programa de ADRs será
lastreado em ações ordinárias, e será registrado na CVM e na Securities
and Exchange Commission (SEC), além de ser listado na Bolsa de Valores
de Nova Iorque (NYSE). O programa ainda depende da conclusão de trâmites
legais antes de ser iniciado. (Agência Canal Energia - 01.03.2007) 8 Cemig encerra etapa de habilitação da licitação publicitária A Cemig encerrou a etapa de habilitação de sua licitação publicitária, que vai distribuir uma verba de R$ 100 milhões para três agências. Entre quarta e quinta, as 16 agências participantes entregaram suas documentações. A vencedora da licitação vai administrar verba de R$ 45 milhões, seguida pelas cotas de R$ 40 milhões e R$ 15 milhões da segunda e terceira colocadas. Uma das principais metas das agências escolhidas será desenvolver a campanha de comemoração dos 55 anos da estatal. (InvestNews - 02.03.2007) 9 Cemig: CA propõe aumentar capital em R$ 810,7 mi O CA da Cemig vai propor à assembléia geral de acionistas a realização de aumento de capital, no valor de R$ 810,7 milhões, com utilização da reserva de lucros. A assembléia tem prazo para ser realizada até o dia 30 de abril. O valor corresponde a um acréscimo de 50% do capital atual e resultará na bonificação de 500 novas ações da mesma espécie e direitos dos papéis antigos. Além disso, a operação resultará na bonificação de valor nominal de R$ 0,01 para cada grupo de mil ações existentes. O conselho propôs também a distribuição de R$ 1,3 bilhão em dividendos. Do montante a ser distribuído, R$ 884,7 milhões referem-se ao dividendo obrigatório, sendo R$ 169 milhões a título de juros sobre capital próprio, e R$ 715,7 milhões relativos a dividendos complementares. Os R$ 497 milhões restantes serão entregues sob a forma de dividendos extraordinários. (Agência Canal Energia - 01.03.2007) 10 Furnas prevê início de obras de Retiro Baixo em março Ainda neste
mês de março devem ser iniciadas as obras de Retiro Baixo (82 MW), enquanto
as de Batalha (52,5 MW) têm previsão de começar em abril. Além disso,
Furnas se prepara para negociar a energia da termelétrica Santa Cruz (500
MW) no leilão de energia nova A-3, segundo o presidente de Furnas, José
Pedro Rodrigues de Oliveira. Furnas tem programados investimentos que
totalizam R$ 3 bilhões na construção de seis hidrelétricas: A estatal
aguarda ainda a realização do leilão do complexo hidrelétrico do Rio Madeira
(6.450,4 MW. (Agência Canal Energia - 01.03.2007) 11 Cataguazes cria nova holding e planeja mais investimentos A CFLCL anunciou a constituição de uma nova holding que vai agregar todos os ativos do grupo. A Energisa, nome com o qual foi batizada, dá seguimento ao processo de desverticalização do grupo. O vice-presidente financeiro da Energisa, Maurício Botelho, revela que o processo deverá simplificar a estrutura do grupo. A partir de agora, o executivo informou que o grupo inicia uma nova etapa, que deverá ser marcada por novos investimentos em geração e distribuição de energia. Analistas do setor identificam dois projetos que devem sair do papel nos próximos meses, em Minas Gerais: as usinas hidrelétricas Barra de Braúna, com capacidade para gerar 39 MW, e Baú, com 110 MW. (Gazeta Mercantil - 02.03.2007) 12 Programas de eficiência energética de 15 distribuidoras somam R$ 55 mi Os investimentos
de 15 distribuidoras em programas de eficiência energética para o ciclo
2006/2007 aprovados pela Aneel já totalizaram R$ 55,4 milhões. Esses projetos
permitirão uma economia média estimada de 90 mil MWh/ano e a retirada
de 27,7 MW de carga da ponta de consumo. A aplicação desses recursos será
concentrada em ações voltadas a comunidades de baixa renda e na eficientização
de estabelecimentos industriais e comerciais e de prédios públicos. O
prazo para entrega dos programas de eficiência das outras 49 distribuidoras
vai até o dia 30 de abril próximo. (Aneel - 01.03.2007) 13 Multa aplicada a CPFL é mantida pela Aneel A diretoria
da Aneel negou recurso apresentado pela CPFL e manteve a penalidade de
multa no valor total de R$ 429 mil aplicada pela Comissão de Serviços
Públicos de Energia do Estado de São Paulo (CSPE) em julho de 2004. Esse
valor será corrigido monetariamente na data do pagamento. A decisão da
Agência esgota a possibilidade de recurso na esfera administrativa. A
distribuidora foi multada por ter realizado contrato de empréstimo com
empresas coligadas do grupo CPFL a partir de janeiro de 2002, sem aprovação
prévia da Aneel. (Aneel - 01.03.2007) 14 Audiência pública sobre revisão tarifária da Coelce é adiada A audiência
pública sobre o processo de revisão tarifária da Coelce foi adiada do
dia 30 de março para 4 de abril. A reunião será promovida pela Aneel com
o objetivo de apresentar aos consumidores da distribuidora os cálculos
relativos à tarifa de energia elétrica praticada na área de concessão
da empresa. Até dia 07/03, os índices preliminares para a correção da
tarifa estarão disponíveis para consulta na página eletrônica da Agência
(www.aneel.gov.br). A partir dessa data, os interessados poderão conhecer
o processo e enviar contribuições a Aneel. Na audiência pública do dia
4 de abril, haverá mais uma oportunidade para sugestões. As novas tarifas
começarão a vigorar no dia 22 de abril. (Aneel - 01.03.2007) No pregão
do dia 01-03-2007, o IBOVESPA fechou a 43.516,91 pontos, representando
uma baixa de 0,86% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
4,09 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização
de 0,04% fechando a 13.756,00 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o
seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 45,16 ON e R$ 44,15 PNB,
alta de 0,36% e baixa de 1,01%, respectivamente, em relação ao fechamento
do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 02-03-2007 as ações da
Eletrobrás foram cotadas a R$ 44,77 as ações ON, baixa de 0,86% em relação
ao dia anterior e R$ 43,90 as ações PNB, baixa de 0,57% em relação ao
dia anterior. (Investshop - 02.03.2007) A União Energia acaba de contratar Felipe Nunes Barroso para o cargo de diretor Comercial. O ex-executivo da Energias do Brasil tem como objetivo a reestruturação comercial da empresa, buscando maior eficiência e competitividade com o aprimoramento os controles de risco. (Canal Executivo - 02.03.2007) A Aneel retificou os cálculos tarifários que reduzem o preço da tarifa na Cooperaliança. O aumento médio de 23% anunciado no mês de fevereiro e que seria posto em vigor em março, diminui para 18%. O reajuste da energia elétrica para residências passa a ser de 15% e para indústrias, de 22%. (O Diário Catarinense - 02.03.2007)
Leilões 1 Tolmasquim: leilão de energia alternativa é última chance para PCHs O presidente
da EPE, Mauricio Tolmasquim, informou que o leilão de energias alternativas,
previsto para o dia 24 de maio, é a última oportunidade para que as PCHs
com outorgas, mas sem contratos, possam fechar negócios. Segundo ele,
após a licitação, as PCHs que estiverem descontratadas poderão perder
as outorgas. Segundo Tolmasquim, encontram-se descontratadas cerca de
1,5 mil MW destas usinas. O leilão foi a alternativa encontrada para permitir
que os empreendedores com outorgas obtidas a partir de 2004 possam contratar
energia, destacou o executivo. Tolmasquim revelou que, após o leilão,
as outorgas das usinas descontratadas poderão ser cassadas pela Aneel,
que avaliará qual destino esses empreendimentos terão. Uma das possibilidades
é a de colocar essas outorgas em licitação novamente, informou Tolmasquim.
(Agência Canal Energia - 01.03.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 84,5% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 84,5%, sem
apresentar alteração significativa em relação à medição do dia 27 de fevereiro.
A usina de Furnas atinge 96,7% de volume de capacidade. (ONS - 28.02.2007)
2 Sul: nível dos reservatórios está em 69,8% O nível de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,5% no nível de armazenamento em relação à medição do dia 27 de fevereiro, com 69,8% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 67,4% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 28.02.2007) 3 NE apresenta 84,8% de capacidade armazenada Apresentando
alta de 0,3% em relação à medição do dia 27 de fevereiro, o Nordeste está
com 84,8% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 84,9% de volume de capacidade. (ONS - 28.02.2007) 4 Norte tem 91,5% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 91,5% apresentando alta de 0.7%
em relação à medição do dia 27 de fevereiro. A usina de Tucuruí opera
com 91,3% do volume de armazenamento. (ONS - 28.02.2007)
Gás e Termoelétricas 1 Senado vai discutir acordo com Bolívia O Senado pretende questionar o acordo fechado pelo governo brasileiro para remunerar melhor o gás natural comprado da Bolívia. A Comissão de Infra-Estrutura aprovou ontem um requerimento de audiência pública com o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Eles deverão comparecer no Senado, em data ainda indefinida, por convite - não se trata, portanto, de convocação. Os parlamentares prometem uma postura bastante crítica em relação ao acordo. (Valor Econômico - 02.03.2007) 2 Petrobras compra reservas de gás na Argentina A Petrobras
Energía S.A. informou hoje que comprou de ConocoPhillips suas participações
de 25,67% e 52,37% nos ativos Sierra Chata e Parva Negra, respectivamente,
localizadas na Bacia Neuquina, Argentina. O preço de aquisição, segundo
nota distribuída à imprensa, foi de US$ 77,6 milhões e se estruturou através
da compra da companhia Burlington Resources Argentina Holdings Limited,
constituída em Bermuda. A operação permitirá à Petrobras, que já era o
operador de ambos os ativos, aumentar sua participação para 45,55% em
Sierra Chata e 100% em Parva Negra. Sierra Chata é um produtor ativo de
gás natural na província de Neuquén, com um total de reservas provadas
"de 56 milhões de barris equivalentes de petróleo", detalha a nota. Esta
aquisição, segundo a empresa, "está em linha com o objetivo estratégico
de crescer em produção de petróleo e gás". Também, continua a nota, representa
um incremento de participação nos ativos de gás "com alto potencial de
crescimento, para os quais Petrobras Energía já tem experiência e know-how
relevantes, tanto do ponto de vista técnico como de comercialização de
gás natural". (Exame - 02.03.2007) 3 Presença do gás natural aumenta e chega a 9,4% O gás natural
já responde por 9,4% da matriz energética brasileira, tendo triplicado
em relação a meados dos anos 90, quando esta participação era de apenas
3,1%. Segundo a Abegás, a indústria brasileira de gás natural vem crescendo
ano a ano e hoje já existem no País mais de 1,2 milhão de consumidores
do produto nos diversos segmentos que utilizam essa fonte de energia.
Somente entre 2003 e 2006, o crescimento acumulado do número de consumidores
chegou a 20%. Os dados da associação também mostram que de janeiro a dezembro
de 2006 o número de consumidores de gás natural cresceu significativa
nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, respectivamente, 54% e 57%. A grande
surpresa foi a Região Sul, onde o crescimento chegou a 312,5%. Este crescimento
se deve, principalmente, ao aumento do número de consumidores residenciais
da Companhia Paranaense de Gás (Compagas). Para os próximos três anos,
a Abegás estima que as empresas distribuidoras de gás natural planejem
construir juntas aproximadamente 5 mil quilômetros de rede distribuição,
68,4% dos quais no Sudeste, 16,9% no Nordeste, 4,9% no Centro-Oeste e
9,8% no Sul. (Agência Brasil - 02.03.2007) 4 Capacidade instalada da UTE Gabriel Passos será ampliada A usina
termelétrica Gabriel Passos foi autorizada pela Aneel a ampliar sua potência
instalada de 9,22 MW para 57,22 MW, mediante a instalação de um turbogerador
de 48 MW. O empreendimento, de responsabilidade da Petrobras, integra
o complexo da Refinaria Gabriel Passos no município de Betim, em Minas
Gerais. Como combustível principal, a térmica irá empregar gás natural
e gás de refinaria (resultante das operações de refino de petróleo) e,
como combustível secundário, óleo diesel e querosene. A entrada em operação
está prevista para 3 de novembro de 2009. A empresa também irá alterar
o sistema de transmissão de interesse restrito da central geradora, constituído
de duas subestações. A Aneel ainda autorizou a Petrobras a comercializar
os excedentes de energia elétrica de forma eventual e temporária por cinco
anos a partir da data de entrada em operação comercial da ampliação. (Aneel
- 01.03.2007) 5 Bush indica 8 países para programa Brasil-Estados Unidos O governo Bush indicou sete países do continente que considera "estratégicos" para o programa Brasil-Estados Unidos de cooperação em etanol, segundo uma proposta da Casa Branca enviada a integrantes do Congresso americano. De acordo com um alto funcionário republicano que teve acesso ao documento, esses países devem ser o destino de investimentos conjuntos para construção de usinas de etanol. Os recursos viriam do governo americano, da missão americana na OEA, do BID e da Fundação das Nações Unidas. A lista tem Peru, Colômbia, El Salvador, Honduras, Guatemala, São Cristóvão e Névis, República Dominicana e Haiti. Ontem, depois de uma audiência na Câmara dos Deputados americana, Thomas Shannon, secretário de Estado assistente, afirmou que "o governo ainda não está falando em volume de recursos para o programa de biocombustíveis". (O Estado de São Paulo - 02.03.2007) 6 Produtores pedem que Lula defenda fim da sobretaxa Os produtores de álcool pediram ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que interceda junto a George W. Bush pelo fim das barreiras ao etanol brasileiro. "É importante que o presidente possa transmitir ao presidente americano essa vontade inabalável nossa de abertura", disse Eduardo Pereira de Carvalho, presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar, que representa usineiros responsáveis por 70% da produção do País. "O mercado de petróleo é feito em livre comércio e nós não podemos aceitar que o comércio de etanol seja feito nos moldes do século XIX, com proteção de mercado", afirmou Carvalho, acompanhado no encontro por Rubens Ometto, presidente do Grupo Cosan, e Hermelino Ruete de Oliveira, presidente da Copersucar, entre outros. GUSTAVO PORTO (O Estado de São Paulo - 02.03.2007)
Grandes Consumidores 1 IBS pressiona contra projeto da Ceará Steel A indústria
siderúrgica nacional abriu oficialmente uma batalha contra o projeto da
Ceará Steel (associação da coreana Dongkuk e da italiana Danielli com
a Vale do Rio Doce), que terá gás a preço subsidiado pela Petrobrás. O
Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) encaminhou ontem ao presidente
Luiz Inácio Lula da Silva uma lista dos prejuízos que o projeto pode trazer
à indústria nacional, alertando para as restrições que as exportações
brasileiras de aço podem sofrer por causa do subsídio, por descumprir
regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). A Petrobrás preferiu
não comentar. A estatal tem se reunido com os acionistas da Ceará Steel
em busca de solução. No mês passado, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE),
disse que os investidores estrangeiros iriam desistir do projeto, se não
houvesse acordo até o fim de fevereiro. Em entrevista ao Estado no início
do ano, o diretor de Gás e Energia da Petrobrás, Ildo Sauer, disse que
uma das opções seria a entrada da estatal no empreendimento. Até agora,
não houve anúncio formal de acordo. (O Estado de São Paulo - 02.03.2007)
2 Votorantim lucra R$ 1 bi em 2006, e carteira de crédito cresce 38% O Banco
Votorantim registrou lucro de R$ 1 bilhão em 2006, ante R$ 805,8 milhões
em 2005. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido final ficou em 20,1%.
Os ativos cresceram 23%, para R$ 57 bilhões. A carteira de crédito cresceu
38%, para R$ 17 bilhões. Segundo Milton Roberto, responsável pelas áreas
que dão suporte às operações do banco, "todos os segmentos contribuíram
de forma homogênea para o bom resultado". No caso do crédito, porém, ele
destaca a expansão do banco num novo nicho, o de empresas com faturamento
entre R$ 20 milhões e R$ 500 milhões por ano, cuja carteira passou de
R$ 130 milhões para R$ 1 bilhão. Também merece destaque o segmento de
consumo, atendido pela BV Financeira, que evoluiu 41,5%, para R$ 10,6
bilhões. A BV ampliou participação no mercado de financiamento de veículos
para 15%. O volume de recursos administrados pela Votorantim Asset Management
cresceu 42%, de R$ 12,6 bilhões para R$ 17,9 bilhões. O banco também expandiu
sua atuação nos negócios de operações estruturadas num montante de R$
21 bilhões, entre debêntures e fundos de recebíveis (FIDC).As despesas
administrativas subiram 55%, somando R$ 717 milhões, com índice de eficiência
de 29%, um dos melhores do mercado. (Gazeta Mercantil - 02.03.2007) 3 Vale e Previ põem à venda ações da Usiminas A oferta
pública de ações da Usiminas - pertencentes à Companhia Vale do Rio Doce
(CVRD) e à Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil)
-, que foi anunciada em novembro, será concretizada nos próximos dias.
A intenção de pedir o registro foi comunicada ontem à Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) tanto pela Usiminas como pela Vale. Trata-se de uma
oferta pública de distribuição secundária de ações ordinárias não vinculadas
ao bloco de controle. Segundo a empresa, as demais condições da oferta
- que se estenderá aos Estados Unidos - serão brevemente informadas. Os
investidores estrangeiros compraram 93% do lote de 46,3 milhões de ações
da construtora PDG Realty, distribuídas em oferta pública primária e secundária,
que totalizou R$ 648,394 milhões. Esse valor inclui a subscrição de um
lote adicional de 1,31 milhão de ações pelo UBS Pactual,que coordenou
a venda. A operação acabou ficando menor do que a tranche inicialmente
vendida, porque os coordenadores da oferta recompraram 5,436 milhões de
ações para tentar segurar a cotação do papel. Apesar disso, PDG ON registra
queda de 6,4% desde sua estréia na Bovespa, em 26 de janeiro. No caso
da operadora de telefonia GVT, a fatia dos investidores externos (a oferta
totalizou R$ 1,07 bilhão, coordenada pelo Credit Suisse) foi de 76%. Desde
a estréia, em 16 de fevereiro, a GVT acumula desvalorização de 15,6%.
(Gazeta Mercantil - 02.03.2007) 4 Lucro da Suzano Papel e Celulose reduz-se 11,2%, a R$ 443,7 mi A Suzano
Papel e Celulose fechou 2006 com lucro líquido de R$ 443,7 milhões, 11,2%
inferior aos R$ 499,6 milhões obtidos em 2005. A queda é reflexo de vários
fatores, entre eles, segundo o diretor financeiro da companhia, Bernardo
Spigel, estão o aumento das despesas financeiras; maior nível de endividamento;
crescimento de despesas com Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira (CPMF) por maiores desembolsos financeiros; pagamento da dívida
da Ripasa -fábrica de papel cartão localizada em Embu, na Grande São Paulo
adquirida no fim de 2006 - , além dos prejuízos com contratos de exportação
por conta da variação cambial. A receita líquida, porém, somou R$ 3,099
bilhões, volume 11,% maior sobre os R$ 2,787 bilhões obtidos em 2005.
Este resultado foi alcançado pela maior participação de mercado da empresa
obtida após a incorporação de 50% da unidade da Ripasa, aumento do volume
de vendas de papel no mercado doméstico e exportação de celulose. A geração
de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes dos impostos, amortizações e
depreciações) atingiu R$ 1,039 bilhão, 13,9% acima dos R$ 913 milhões
de 2005. Uma maior participação no mercado interno com vendas de papéis
contribuiu para a margem Ebitda atingir 33,5% em 2006. Em 2005 ela estava
em 32,8%. "Isto é satisfatório, inclusive pelo fato de o mercado ter sinalizado
positivamente à esta margem", afirmou Spigel. Em 2007, o diretor espera
manter a marca Ebitda neste patamar e não acredita em cenário econômico
muito diferente. (Jornal do Commercio - 02.03.2007)
Economia Brasileira 1 PAC: governadores discutem pauta de reivindicações para apresentar a Lula A menos de uma semana da reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os 27 governadores para discutir o PAC, parte deles vem discutindo em encontros isolados os principais pontos da pauta de reivindicações dos estados. Os governadores Jaques Wagner (Bahia), Wellington Dias (Piauí) e Blairo Maggi (Mato Grosso) se reuniram na semana passada e concluíram que Lula precisa apresentar medidas concretas aos governadores para deslanchar a implementação do PAC nos estados. Segundo Dias, algumas reivindicações dos governadores têm condições de serem implementadas pelo governo no PAC, como a compensação das perdas dos estados com o Fundeb, alternativas para investimentos às unidades federativas, redução da carga tributária e repasse de recursos para a área social. (Jornal do Commercio - 02.03.2007) 2 Importação faz superávit da balança cair para US$ 5,36 bi Com as importações aumentando bem mais do que as exportações, o crescimento do superávit da balança comercial brasileira já desacelerou nos primeiros dois anos meses do ano. O saldo comercial fechou o primeiro bimestre de 2007 em US$ 5,36 bilhões, valor US$ 251 milhões inferior ao superávit de US$ 5,62 bilhões alcançado em igual período de 2006. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, é a primeira vez que isso ocorre no primeiro bimestre desde 2001. Apesar do superávit menor no primeiro bimestre, as importações e exportações bateram recordes históricos no período. Enquanto as importações totalizaram US$ 15,69 bilhões, com expansão de 26,6%, as exportações chegaram a US$ 21,06 bilhões, apresentando crescimento de 16,9%. (Jornal do Commercio - 02.03.2007) 3
Fiesp e Ciesp voltam a criticar os efeitos do real valorizado 4 Economia mantém ritmo do final de 2006 A economia
brasileira mantém neste início de ano o ritmo de crescimento do final
do ano passado, considerado moderado, na avaliação de economistas e de
representantes da indústria e do comércio. Em janeiro, cresceram a produção
de carros e de embalagens, o consumo de energia elétrica, a arrecadação
de IPI, o fluxo de veículos nas estradas e o ritmo de atividade da indústria
paulista, tanto na comparação com janeiro quanto com dezembro do ano passado.
O crescimento da massa real de salários, de 6,7%, em média, em 2006, a
expansão do crédito, o alongamento de prazos de financiamento e a formalização
de empregos puxaram o crescimento do país no ano passado e também neste
início de ano. "O país está, sim, em fase de crescimento, que não é grande.
É puxado por setores que têm apoio do crédito no mercado interno e de
preços de commodities no mercado externo", diz Claudio Vaz, presidente
do Ciesp. (Folha de São Paulo - 02.03.2007) 5 Gasto com investimento cresce 35,6% Os gastos
da União com investimentos atingiram R$ 1,552 bilhão em janeiro e fevereiro
deste ano, 35,6% a mais do que no primeiro bimestre de 2006. Os números
mostram uma clara aceleração dessas despesas em 2007, mas é preciso analisá-los
com cautela para não considerar o aumento como um efeito direto do PAC:
do total investido no primeiro bimestre, R$ 1,544 bilhão, ou 99,5%, refere-se
a pagamentos de valores inscritos como "restos a pagar" no fim de 2006.
É um dinheiro que sobrou de exercícios fiscais anteriores, relacionados
em geral a obras em andamento. O Ministério dos Transportes responde pela
maior parte dos gastos no bimestre: R$ 453,2 milhões, seguido pela Saúde,
com R$ 275,9 milhões, e pela Defesa, com R$ 161,7 milhões. Os números
são da ONG Contas Abertas, a partir de informações do Sistema Integrado
de Administração Financeira (Siafi), do governo federal. (Valor Econômico
- 02.03.2007) 6 Carga tributária atinge 38,8% do PIB e bate recorde A carga tributária brasileira atingiu 38,80% do PIB em 2006, o que representa um crescimento de 0,98 p.p. em relação a 2005, quando alcançou 37,82%, segundo projeções do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário). Os dados são baseados no PIB brasileiro que cresceu 2,9% em 2006, segundo divulgou ontem o IBGE. Em valores, o total da arrecadação tributária, nos três níveis do governo (federal, estadual e municipal), passou de R$ 732,87 bilhões para R$ 815,07 bilhões, de 2005 para 2006, crescimento nominal de R$ 82,2 bilhões. Segundo projeção do instituto, cada brasileiro pagou de tributos em média R$ 4.434,68 em 2006, ou seja R$ 447,23 a mais que em 2005. Em relação ao PIB, os tributos federais representaram 27,12%, os estaduais 10,08% e os municipais, 1,6%. Do total da arrecadação, os federais são responsáveis por 69,91%, os estaduais 25,97% e, os municipais 4,12%. (A Notícia - 02.03.2007) 7
Mantega: "Câmbio é principal problema do País, mas não haverá artificialismo"
O dólar
comercial abriu as operações em alta perante o encerramento do dia anterior,
a R$ 2,1320. Às 9h20, a moeda avançava 0,80%, cotada a R$ 2,1330 na compra
e a R$ 2,1350 na venda. Ontem, o dólar comercial perdeu 0,14%, a R$ 2,1160
na compra e R$ 2,1180 na venda - na mínima do dia. (Valor Online - 02.03.2007)
Internacional 1 Governo americano vai investir US$ 385 mi em refinarias de celulose Para estimular
a produção de combustíveis a partir de material mais barato e abundante
do que o milho, o Departamento de Energia dos EUA anunciou que vai investir
US$ 385 milhões em seis refinarias para produzir etanol a partir de celulose,
um tipo de combustível que pode ser produzido sem cereais alimentícios
nem desgaste de áreas agrícolas. Os recursos, a serem distribuídos ao
longo de quatro anos, enquadram-se no plano do presidente George W. Bush
de tornar o etanol de celulose competitivo com a gasolina por volta de
2012 - e, além disso, reduzir o consumo de gasolina em 20% num prazo de
10 anos, adiantou o secretário de Energia, Samuel Bodman. (O Estado de
São Paulo - 02.03.2007) 2 China quer energia sul-americana A China
anunciou ontem a inclusão de nove países, entre eles Equador e Bolívia,
em sua lista de alvos prioritários para investimentos nos setores de gás
e petróleo. Além dos dois sul-americanos estão na lista Kuait, Qatar,
Omã, Marrocos, Líbia, Níger e Noruega. As empresas chinesas de energia
receberão isenção fiscal de Pequim e outros benefícios para investirem
nesses países, disse a Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento,
o principal órgão de planejamento econômico do país. "O catálogo é feito
para encorajar ainda mais e para orientar as companhias nacionais a investirem
no exterior", afirmou a comissão, sem dar mais detalhes sobre a seleção
dos novos países. (Valor Econômico - 02.03.2007)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|