l IFE: nº 1.987 - 01
de março de 2007 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Lei Geral das Agências Reguladoras é essencial para o PAC, diz relator O projeto
que cria a Lei Geral das Agências Reguladoras já está "passando do tempo
de ser aprovado", avalia o relator do projeto na Câmara, deputado Leonardo
Picciani (PMDB-RJ). O projeto é do Poder Executivo e chegou ao Congresso
Nacional em abril de 2004. Segundo Picciani, recebeu quase 140 emendas,
das quais, segundo o relator, mais de 30% foram aproveitadas. "Vamos começar
com força total. O projeto irá diretamente ao plenário, o que agilizará
muito sua votação". Ele destacou a importância das agências para dar segurança
ao investidor que participará do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC). "As agências dão homogeneidade e segurança. Investimentos em geração
de energia, por exemplo, são longos, de 25 ou 30 anos. Você precisa ter
regras claras do jogo", disse. Para Picciani, a maior dificuldade das
agências reguladoras é intermediar a relação entre poder público, concessionárias
e consumidores. Essa deficiência na mediação, segundo ele, está fazendo
com que as agências percam legitimidade. "Por isso, é necessário fazer
a reforma dos marcos regulatórios". (Agência Brasil - 28.02.2007) 2 Audiência Pública para debater metodologia na fixação da Tust termina em março A audiência
pública da Aneel, aberta até 16 de março, para debater mudanças nos procedimentos
para fixação de Tarifas de Uso dos Sistemas de Transmissão tem como objetivo
reduzir o risco da volatilidade tarifária para o segmento de geração.
Segundo a nota técnica emitida pela agência, a precificação da volatilidade
aumenta de forma desnecessária o custo de geração. Uma das preocupações
da Aneel é com a alocação de custos de empreendimentos novos, que negociarão
energia em leilões. A proposta é de estabelecer horizonte de cálculo de
15 anos, com fator de ajuste para eventuais perdas de receita. Nesse caso,
a Aneel estabelecerá uma seqüência de 15 tarifas, tanto para usinas térmicas,
quanto para hidráulicas, passando a assumir a responsabilidade pelo cálculo
da Tust de forma prospectiva. Para os empreendimentos existentes, é proposta
a criação de um mecanismo de convergência para as tarifas, atualmente
estabilizadas pela Resolução Normativa nº 117/2004, de 3 de dezembro de
2004, e mantidas até o ciclo tarifário 2012-2013, quando entra em vigor
a nova forma de reajuste. Os interessados em participar da audiência podem
enviar contribuições para o endereço eletrônico ap003_2007@aneel.gov.br.
(Agência Canal Energia - 28.02.2007) 3 Candidato do Paraguai reafirma intenção em renegociar Tratado de Itaipu O ex-bispo
e pré-candidato à presidência do Paraguai Fernando Lugo disse que, se
vencer as eleições de 2008, vai renegociar com o Brasil o Tratado de Itaipu,
que possibilitou a construção da hidrelétrica sobre o Rio Paraná. "A energia
que o Brasil consome poderia ser comprada a preço mais justo", disse Lugo.
(O Estado de São Paulo - 01.03.2007) 4
PCH São João recebe autorização para operação em teste O Institute
for International Research promove, nos dias 29 e 30 de março, a 3ª Conferência
de Tributação e Comercialização de Energia. O evento pretende discutir
as melhores oportunidades em comercialização de energia e as principais
alternativas para minimizar o alto custo tributário. Serão abordadas as
perspectivas sobre a regulamentação no setor de energia, a extensão do
mercado livre, o lastro das térmicas e seus impactos, entre outros temas.
(Agência Canal Energia - 28.02.2007)
Empresas 1 STJ retoma julgamento de compulsório da Eletrobrás A disputa
do empréstimo compulsório da Eletrobrás recomeçou com um racha no Superior
Tribunal de Justiça (STJ). Retomado ontem, o julgamento iniciou com um
conhecido voto de Eliana Calmon, pelo qual os contribuintes continuam
com chances de recuperar ao menos parte dos R$ 3 bilhões em créditos em
disputa. Contudo, o ministro Luiz Fux abriu divergência com uma posição
que leva a praticamente zero as chances de as empresas - e advogados -
verem algum dinheiro. Iniciada em meados dos anos 90, a disputa do empréstimo
compulsório da Eletrobrás envolve, pelos dados da estatal, R$ 3 bilhões
e duas mil empresas, sobretudo grupos industriais da região sul, que entraram
na Justiça para reaver diferenças de correção monetária no empréstimo
compulsório cobrado de grandes consumidores de energia entre 1964 e 1994.
Inicialmente apenas uma disputa sobre aplicação de índices de inflação,
a briga se deslocou para a questão da prescrição. Isso porque, ainda que
os créditos sejam antigos, a disputa é nova. Segundo o advogado Renato
Bettiol, especializado no tema, a maioria das empresas só entrou na Justiça
entre 1999 e 2000. É sobre a prescrição que discordam Luiz Fux e Eliana
Calmon, divergência suspensa por pedido de vista de João Otávio de Noronha.
(Eletrosul - 01.03.2007) 2 Grupo CEEE investirá em fontes alternativas O Grupo CEEE planeja expandir seu parque gerador de energia investindo não apenas em hidrelétricas de médio e grande porte, mas também em fontes alternativas de energia, como usinas de biomassa, PCHs e até mesmo biocombustíveis. A afirmação é do novo presidente da estatal, o economista Delson Luiz Martini. Uma das intenções de Martini é definir estratégias para diminuir as perdas comerciais e técnicas do Grupo CEEE, que chegam a atingir 20% do faturamento da estatal. A expectativa da concessionária é de conseguir uma redução de cerca de R$ 800 milhões em suas perdas em quatro anos. Outro ponto defendido pelo novo presidente do Grupo CEEE é intensificar as ações do Luz Para Todos na área de concessão da empresa. A previsão de investimento do Grupo CEEE para este ano, feita pela antiga diretoria, é de cerca de R$ 350 milhões. Esse número pode ser alterado se a companhia praticar a nova idéia de investir em fontes alternativas de energia. Para atuar nessa área foi criada uma diretoria de planejamento e projetos especiais, que será responsável por estudar as oportunidades disponíveis no mercado. (Eletrosul - 01.03.2007) 3 Duke: investimentos na América Latina América
Latina deverá receber aportes entre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões
neste ano da empresa. Mesmo sendo difícil prever se o Brasil vai obter
algum pedaço desta cifra, o fato é que o país está pronto para concorrer
aos investimentos. Mickey J. Peters, presidente da empresa, explicou que
pretende diversificar sua matriz energética. Tanto que está na mira da
subsidiária, que registrou um faturamento líquido de R$ 615 milhões em
2005, projetos de térmicas a carvão ou a gás natural, além de fontes alternativas,
como biomassa. Além disso, o portfólio de oportunidades ainda inclui PCHs
e empreendimentos de geração de médio porte, cujas potências oscilam ao
redor de 200 MW. "Estamos em fase avançada de análise de quatro PCHs,
que estão localizadas nos Estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul e Santa Catarina", informa o executivo. Peters não revela o tamanho
das PCHs, mas assegura que uma decisão deverá ser tomada ainda no segundo
trimestre de 2007. A Duke não tem interesse no projeto hidrelétrico do
rio Madeira e em grandes empreitadas. Mas isso não significa que a companhia
ficará fora dos leilões de energia nova que o governo federal fará em
maio próximo; o presidente da operação local afirma que pretende participar
desses pregões. Peters explica que existe a possibilidade de a empresa
começar a prospectar novos potenciais hídricos em parceria com alguma
companhia. Seriam projetos que não teriam sido mapeados pela EPE, do MME.
(Eletrosul - 01.03.2007) 4
Cemig lança ADR 5 Energias do Brasil: lucro cai mais de 10% em 2006 A Energias
do Brasil divulgou seus números relativos ao ano de 2006, período em que
a elétrica experimentou um recuo de mais de 10% em seu lucro, número que,
entretanto, ficou acima das expectativas dos analistas consultados pela
InfoMoney. Entretanto, a elétrica ressaltou que, excluindo-se os efeitos
extraordinários nos períodos analisados, o lucro líquido teria apresentado
um crescimento da ordem de 34%. Segundo a companhia, o volume de energia
distribuída no quarto trimestre de 2006 cresceu 4,5% em relação ao mesmo
período de 2005. Já no acumulado de 2006, a evolução foi de 3,8%. Entre
os destaques, a companhia ressaltou ainda a economia de R$ 13,7 milhões
em 2006 proporcionada pela conclusão do PDV. (Infomoney - 01.03.2007) 6 Celesc é condenada por cobrar taxa indevida A JF condenou
a Celesc a devolver aos consumidores catarinenses os valores referentes
à Recomposição Tarifária Extraordinária (RTE), cobrada entre janeiro e
agosto de 2004. A RTE foi instituída em 2002 para compensar as perdas
de receita das concessionárias acumuladas entre janeiro e outubro de 2001,
em função do apagão no setor elétrico. A cobrança implicou um aumento
de 2,9% para os consumidores residenciais e de 7,9% para os demais. A
JF considerou que os consumidores catarinenses não poderiam ter sido submetidos
à cobrança, porque o Estado não foi afetado pelo racionamento imposto
à época da crise. A devolução aos consumidores deverá ser feita mediante
compensação nas faturas de energia elétrica, no prazo de 60 dias, contados
a partir da data em que a ação transitar em julgado. A Celesc vai acatar
os termos da decisão judicial, mas recorrerá à instância superior, no
caso o TRF-4. (O Diário Catarinense - 01.03.2007) 7 Celesc Distribuição instala transformadores que usam óleo vegetal como isolante A Celesc
Distribuição instalou os primeiros transformadores subterrâneos de SC
que utilizam óleo vegetal como isolante na rede elétrica que atende a
região central de Florianópolis. O óleo vegetal alcança o seu ponto de
combustão aos 360° C e tem taxa de biodegradação de 97%, enquanto a queima
do óleo mineral se dá aos 160°C e sua biodegrabilidade é de apenas 25,2%.
Além disso, o óleo vegetal, produzido a partir da semente de girassol,
é atóxico, oferece menor risco de acidentes no manuseio e armazenamento,
possui melhor tolerância à umidade, tem boa rigidez dielétrica, melhor
eficiência na troca térmica pelas excelentes características térmicas
e amplia a vida útil do equipamento. (Agência Canal Energia - 28.02.2007)
8 Ajuste de dólar garante novo repasse de Itaipu para pagamento de royalties A Itaipu Binacional repassou dia 28, ao Tesouro Nacional, mais uma parcela de US$ 6.5 milhões em royalties, referente ao pagamento do ajuste do dólar. Neste último repasse, cujos valores são idênticos aos pagos em janeiro deste ano, a maior parte ficará no Paraná, sendo US$ 2,48 milhões para o governo do Estado e US$ 2,46 milhões para os 15 municípios paranaenses diretamente atingidos pela construção da usina. O Estado do Mato Grosso do Sul receberá US$ 58,6 mil e US$ 35,1 mil vão para o município de Mundo Novo. Outros órgãos beneficiados com royalties de Itaipu são o MMA, o MME e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, que receberão o equivalente a US$ 654,8 mil. Estados localizados a montante ficarão com US$ 401,8 mil e municípios a montante com US$ 442 mil. (Itaipu - 28.02.2007) 9 Elektro inicia doação de 15.300 lâmpadas fluorescentes no Guarujá Dia 28/02/2007, a Elektro inicia a doação de 15,3 mil lâmpadas fluorescentes de 15 watts a clientes baixa renda da cidade do Guarujá. Essa ação integra o Programa de Eficientização Energética e beneficiará 5,1 mil clientes, classificados como residenciais sociais baixa renda adimplentes em outubro de 2006. Esses clientes receberam um cupom que pode ser trocado em um dos quatro pontos de troca. O cupom, que é intransferível e não pode ser vendido, dá direito ao Kit da Economia Elektro, composto por três lâmpadas fluorescentes de 15 watts e material informativo sobre economia de energia elétrica. A doação de lâmpadas fluorescentes a clientes baixa renda será promovida em toda a área de concessão da Elektro. Em 2007, as cidades das regiões do Guarujá, Atibaia e Itanhaém serão beneficiadas com 205 mil lâmpadas fluorescentes de 15 watts. Em 2008, essa doação ocorrerá nos demais municípios atendidos pela empresa. A Elektro, atendendo à exigência da Aneel, investe 0,5% de sua receita operacional líquida em projetos de Eficientização Energética para promover o uso racional de energia elétrica nas comunidades onde atua. (Elektro - 27.02.2007) 10 CEEE empossa nova diretoria A governadora
do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, empossou, dia 27/02/2007, a nova diretoria
da CEEE. O novo presidente da estatal é o economista Delson Luiz Martini.
Durante solenidade na CEEE, tomaram posse também os diretores Financeiro
Caio Tibério Rocha, o de Transmissão, José Francisco Braga, e o de Distribuição
Paulo Roberto de Castro Gonzales. (Agência Canal Energia - 28.02.2007)
No pregão do dia 28-02-2007, o IBOVESPA fechou a 43.892,31 pontos, representando uma alta de 1,73% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 4,64 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,60% fechando a 13.761,64 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 45,00 ON e R$ 44,60 PNB, baixa de 1,10% e 0,89%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 01-03-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 44,39 as ações ON, baixa de 1,36% em relação ao dia anterior e R$ 44,19 as ações PNB, baixa de 0,92% em relação ao dia anterior. (Investshop - 01.03.2007)
Leilões 1 Publicado decreto que cria leilões para venda de energia de fontes alternativas O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva autorizou, em decreto publicado no Diário Oficial
da União, que a Aneel realize leilões de venda de energia produzida exclusivamente
por fontes alternativas. O decreto faz alterações em outro ato, baixado
em 2004, que instituiu as atuais regras de comercialização de energia
elétrica no país. Até então, a energia gerada por fontes alternativas
só podia ser comercializada em leilões com outros tipos de energia, como
a gerada por usinas hidrelétricas e termelétricas, por exemplo. O governo
marcou para 24 de maio a realização do primeiro leilão de energia produzido
por fontes alternativas. (Jornal do Commercio - 01.03.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS registra aumento de 2,2% na carga de energia em fevereiro O Operador
Nacional do Sistema Elétrico informou nesta quarta-feira, 28 de fevereiro,
que a carga de energia verificada em fevereiro aumentou 2,2% em relação
ao mesmo mês no ano passado, e de 5% em comparação com janeiro deste ano.
Segundo dados preliminares do ONS, a carga do Sistema Interligado Nacional
no mês ficou em 49.832 MW médios. No acumulado dos últimos 12 meses, a
variação ficou em 3,4%. O ONS explicou que a elevação de 5% na carga ante
janeiro deve-se às condições climáticas que ocorrem nos submercados Sudeste
- Centro-Oeste e Sul, que correspondem a cerca de 80% da carga do SIN.
Ainda de acordo com o ONS, o mês de fevereiro registrou temperaturas mais
elevadas, ao passo que no mês anterior, foram registradas temperaturas
mais amenas, conforme os dados preliminares. (Agência Canal Energia -
28.02.2007) 2 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 84,5% O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 84,5%, sem apresentar alteração significativa em relação à medição do dia 26 de fevereiro. A usina de Furnas atinge 96,7% de volume de capacidade. (ONS - 27.02.2007) 3 Sul: nível dos reservatórios está em 69,3% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,7% no nível de armazenamento
em relação à medição do dia 26 de fevereiro, com 69,3% de capacidade armazenada.
A usina de Machadinho apresenta 64,9% de capacidade em seus reservatórios.
(ONS - 27.02.2007) 4 NE apresenta 84,5% de capacidade armazenada Apresentando
alta de 0,3% em relação à medição do dia 26 de fevereiro, o Nordeste está
com 84,5% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 84,7% de volume de capacidade. (ONS - 27.02.2007) 5 Norte tem 90,8% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 90,8% com variação de 0,7% em
relação à medição do dia 26 de fevereiro. A usina de Tucuruí opera com
90,5% do volume de armazenamento. (ONS - 27.02.2007)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras recebe autorização para ampliar termelétrica em Minas Gerais A Aneel aprovou dia 27 de fevereiro, a ampliação, pela Petrobras, da termelétrica Gabriel Passos, que abastece a refinaria de mesmo nome, localizada em Betim (MG). Segundo o processo, a usina receberá um novo turbogerador, de 48 MW, com entrada em operação prevista para novembro de 2009. A usina recebeu autorização da agência para comercializar os excedentes de energia elétrica, eventual e temporariamente, por um prazo de cinco anos a contar da data de entrada em operação comercial da ampliação. A termelétrica passará a ter 57,2 MW de capacidade e utilizará gás natural e gás de refinaria como combustíveis principais. Como combustível secundário, diesel e querosene. Além disso, a Aneel autorizou a Petrobras a alterar o sistema de transmissão associado. Ainda de acordo com o processo, a usina deverá iniciar as obras civis a partir do dia 28 de fevereiro. (Agência Canal Energia - 28.02.2007) 2 Parlamentares cearenses entram na briga do gás Depois de
mais de três meses de impasse, a bancada cearense no Congresso decidiu
mediar a disputa pelo preço do gás, que está sendo travada entre a Petrobras
e a Usina Siderúrgica do Ceará (USC). A Petrobras quer receber acima de
R$ 5 pelo metro cúbico do produto a ser consumido pela siderúrgica, mas
o pool de empresas controladoras do projeto não admite pagar acima de
R$4,30. A idéia é cobrar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a promessa
de campanha de que a siderúrgica teria todo o apoio do governo federal,
inclusive a garantia do fornecimento de energia por 20 anos. A Usina Siderúrgica
do Ceará, está sendo construída no município de São Gonçalo do Amarante.
A sua construção estava prevista para terminar em meados de 2009, com
o atraso no cronograma das obras, os investidores não arriscam fixar um
novo prazo. A USC terá investimentos de US$ 754 milhões e deverá produzir
1,5 milhão de toneladas de aço por ano, com receita estimada em US$ 450
milhões. Três empresas estão á frente do projeto: Dongkug Steel, a Danielli
e a Companhia Vale do Rio Doce. (Gazeta Mercantil - 01.03.2007) 3 Bagaço de cana já produz 3% da eletricidade brasileira Os usineiros,
que por enquanto só queimam 20% do bagaço de cana para gerar energia,
já produzem 3% de toda a eletricidade brasileira, no sistema de co-geração,
além de sete bilhões de litros de álcool. A constatação é do diretor da
Associação de Produtores de Cana do Vale do Mogi, Antonio de Azevedo Sodré,
para quem a cana tem tudo para garantir o crescimento que o governo federal
tanto almeja. Para isso, porém, é preciso que a diplomacia do País seja
pragmática e consiga que os Estados Unidos baixem o imposto sobre o álcool
importado do Brasil. Quem sabe com a visita do presidente Bush e sua pretensão
de montar uma Opep do etanol. (Eletrosul - 01.03.2007) 4 Presidente de comissão pede mais investimento em energia nuclear A construção
das sete usinas nucleares incluídas na revisão do Programa Nuclear Brasileiro
poderia elevar a participação desse tipo de energia na matriz energética,
hoje em torno de 2,5% para 5% em 2030. O cálculo é do presidente da Cnen,
Odair Dias Gonçalves, que defende mais investimentos no setor. "Com as
sete usinas, a gente quer chegar entre 5% a 6%", diz Gonçalves. Pelos
cálculos dele, toda a operação nuclear, que envolve essas sete novas usinas
de grande porte, teria um custo total de cerca de U$ 20 bilhões. Sobre
o combustível, afirmou ainda que "nós temos uma reserva de urânio, que
é a sexta do mundo e pode chegar à ser a segunda porque só prospectamos
30% do nosso território até 100 metros. Portanto, isso nos permite ter
uma fonte de energia absolutamente endógena e autônoma." Gonçalves diz
que não há problemas de segurança em relação às usinas nucleares brasileiras.
O tipo de usina nuclear (PWR) em operação no Brasil, de água pressurizada,
só tem registro de um acidente sério no mundo, na Pensilvânia (EUA), em
1979, sem mortes. (Agência Brasil - 28.02.2007)
Grandes Consumidores 1 Mossi & Ghisolfi abre em Suape a maior usina de PET do mundo O Grupo
Mossi & Ghisolfi inaugurou ontem, na zona industrial do Porto de Suape,
em Ipojuca (PE), a maior fábrica mundial de resina PET. A nova fábrica
tem capacidade operacional de 450 mil toneladas por ano. O grupo investiu
R$ 700 milhões na unidade. Segundo a empresa italiana, o Brasil não terá
mais de importar o material, com o funcionamento da fábrica. Em 2006,
o País comprou mais de US$ 200 milhões de resina de outras nações e, conforme
estimativas, teria de gastar cerca de US$ 500 milhões em 2009. Também
ontem, foi lançada a Pedra Fundamental do Pólo Petroquímico de Suape,
na mesma cidade pernambucana, que será integrado por uma indústria de
ácido tereftálico purificado (PTA) a ser construída pela Companhia Petroquímica
de Pernambuco (PetroquímicaSuape) e por uma unidade industrial de polímeros
e filamentos de poliéster da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco
(Citepe). Ambas têm participação da Petrobras Química S.A. (Petroquisa),
subsidiária da Petrobras, e da Companhia Integrada Têxtil do Nordeste
(Citene). A planta da Petroquímica Suape terá capacidade para produzir
640 mil toneladas por ano e entra em operação em 2009. A da Citepe, de
215 mil toneladas ao ano e começa a funcionar no início de 2008. (DCI
- 01.03.2007) 2 Usiminas Mecânica amplia produção A Usiminas
Mecânica, empresa controlada pela Usiminas, colocou em operação sua quinta
unidade de blanks (chapas cortadas sob encomenda), que exigiu investimentos
de R$ 20 milhões na compra e reforma de equipamentos de estamparia. A
fábrica foi instalada dentro do complexo da Cosipa em Cubatão (SP), onde
são produzidas chapas grossas usadas pelas demais unidades da empresa.
Em maio, quando estiver em plena operação, a unidade terá capacidade de
processamento de 4 mil toneladas mensais. Porém, dependendo do mix de
produtos encomendados, a produção poderá chegar a 10 mil toneladas. A
unidade espera a chegada de equipamentos de jateamento e pintura para
funcionar a plena carga. A fábrica levou pouco mais de um ano para ser
projetada e construída. (Valor Econômico - 01.03.2007) 3 Bahia Mineração pretende investir US$ 1,6 bi A Bahia
Mineração, companhia que tem como foco a mineração de ferro, vai investir
US$ 1,6 bilhão no estado da Bahia, na construção de uma mineradora de
ferro, tendo como foco tornar-se um fornecedor importante para a indústria
siderúrgica. O projeto, que terá três estágios (mineração e beneficiamento,
minero-duto de 400 km de Caetité para a costa, e operação de porto), contribuirá
quando em plena operação, dentre outras formas, com mais de mil empregos
diretos e 8 mil indiretos. O minério de ferro é matéria-prima essencial
do aço. Quase tudo o que é extraído (98%) é usado na produção deste metal,
indispensável para as indústrias. O comércio global de minério de ferro
aumentou de 470 milhões de toneladas em 2000 para 680 milhões em 2005,
e deve chegar a 800 milhões em 2007. Estima-se que o consumo mundial deve
aumentar para aproximadamente 1.400 bilhão de toneladas nos próximos três
anos. De acordo com o presidente da Bahia Mineração, Armando Santos, o
investimento, além de trazer um projeto novo para a Bahia, contribuirá
para o fortalecimento do Brasil como maior produtor de minério de ferro
do mundo. (Canal Executivo - 01.03.2007) 4 Acesita investe R$ 260 mi e amplia produção Investimentos
do País em sistemas de transmissão e geração de energia aumentam demanda.
A Acesita, companhia que apresentou um lucro líquido de R$ 632,1 milhões
em 2006, irá investir R$ 263,4 milhões em 2007, conforme perspectiva apresentada
pela empresa. Esse montante será utilizado na ampliação do portfólio de
produtos - como a produção de bobinas de inox mais largas e de menor espessura
- e na fabricação de produtos com maior valor agregado, como os aços siliciosos.
Apenas nesse último segmento, para o seu projeto de ampliação, serão destinados
R$ 64,7 milhões. Conhecidos também como aços elétricos, os aços siliciosos
terão a capacidade elevada das 190 mil toneladas do ano passado para 270
mil toneladas este ano. Segundo Jean Philippe André Demael, diretor-presidente
da Acesita, a alta tem sido causado pelo aumento da demanda desse tipo
de aço, principalmente, no mercado interno. "O Brasil está investindo
mais no segmento de energia e, por isso, cresce a procura pelos aços elétricos",
afirmou Demael. Os aços silícios, tanto o orientado (GO) - considerado
o produto de maior complexidade da siderurgia -, quanto o não orientado
(GNO), são utilizados em equipamentos de geração, transformação e distribuição
de energia. (Gazeta Mercantil - 01.03.2007)
Economia Brasileira 1 Indústria e consumo puxam PIB no fim de 2006 Os números do PIB brasileiro de 2006, divulgados ontem pelo IBGE, revelam que houve forte recuperação da economia no quarto trimestre do ano, comandada pelos investimentos, pelo consumo das famílias e pela indústria. Em relação ao trimestre anterior, o crescimento foi de 1,1%, com aumento de 1,6% da produção industrial, de 1,5% do consumo das famílias e de 2% dos investimentos medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo , todos na série livre de influência sazonais. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o crescimento foi de 3,8%, com 3,7% da indústria, 6% da agropecuária, 4% do consumo das famílias e 6,9% dos investimentos. Como as importações cresceram 23,7% e as exportações apenas 4,3%, a contribuição do setor externo foi negativa. (Valor Econômico - 01.03.2007) 2 Reservas ultrapassam os US$ 100 bi As reservas internacionais do Brasil ultrapassaram a marca histórica de US$ 100 bilhões graças às pesadas compras de moeda feitas diariamente pelo Banco Central . Na última terça-feira, as reservas aumentaram em US$ 644 milhões, para US$ 100,36 bilhões. O BC vem intensificando as compras de dólares no mercado à vista nos últimos meses. Só em fevereiro, foram adquiridos US$ 9,27 bilhões. No ano, já são US$ 14,52 bilhões. A presença do BC no mercado de câmbio, além de levar as reservas a sua máxima histórica, também ajudou a impedir uma queda maior na cotação da moeda. No entanto, o custo da operação é elevado. (Gazeta Mercantil - 01.03.2007) 3
Mantega: juro menor fará o país crescer mais 4 Dornelles defende que fundo de infra-estrutura seja gerido pela Caixa Apesar de
manifestar seu apoio à utilização do FGTS para investimentos em infra-estrutura,
como pretende o governo federal no PAC, o senador Francisco Dornelles
(PP-RJ) posicionou-se ontem contra a proposta de criação de um fundo de
investimentos para a aplicação dos recursos. Ele defendeu que os recursos
sejam geridos pela Caixa Econômica Federal, que assumiria os riscos das
operações. O fundo de investimentos está previsto na Medida Provisória
349/07, que prevê a utilização de recursos do FGTS em investimentos em
infra-estrutura. Ela autoriza a transferência de R$ 5 bilhões do patrimônio
líquido do FGTS para um fundo de investimento destinado a financiar projetos
nas áreas de energia, transporte e saneamento. O montante final investido
poderá chegar até 80% do patrimônio líquido do FGTS, que registrava mais
de R$ 22 bilhões no final de 2006. (Jornal do Commercio - 01.03.2007)
Em Brasília,
o representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o País, Max
Alier, elogiou ontem os fundamentos da economia brasileira ressaltando
a sua força para superar as turbulências que possam ocorrer no cenário
externo. A declaração foi dada após encontro com o ministro da Fazenda,
Guido Mantega. O novo diretor-executivo do Brasil no Fundo, Paulo Nogueira
Batista, também participou da reunião. Trata-se de uma visita de rotina
para monitorar a economia brasileira. (Gazeta Mercantil - 01.03.2007)
6 Empresários apostam no mercado interno As expectativas dos empresários industriais para os próximos meses já refletem a aposta em um maior crescimento do PIB em 2007. É o que revela a Sondagem da Indústria de Transformação divulgada ontem pela FGV. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) aumentou 5,8% em fevereiro em relação a janeiro, passando de 104,6 para 110,7 - maior patamar desde abril de 2005. Na comparação com igual período do ano passado, a evolução foi maior, de 6,2%. "Pode ser que a economia comece a engatar com aumento moderado ao longo do primeiro semestre", diz o coordenador de sondagens conjunturais do Instituto de Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), Aloisio Campelo, para quem o mercado interno continuará puxando o crescimento do PIB. Segundo ele, é possível que o PAC tenha alguma influência sobre a atividade econômica, "ainda que setorial". Entre os setores com melhor evolução do ICI, destacam-se material para construção - cujo crescimento em 12 meses evoluiu de 11,4% em janeiro para 23,4% em fevereiro, estimulado pelo aumento do crédito e do volume de investimentos - e bens de consumo (de 3,2% para 9,9% no mesmo período). (Gazeta Mercantil - 01.03.2007) 7
Recuo da relação dívida/PIB surpreende 8 Inflação desacelera e IPC-S sobe 0,34% em fevereiro O IPC-S
fechou fevereiro com alta de 0,34 %, reforçando os cenários traçados por
analistas que esperavam uma desaceleração dos indicadores de inflação
ao longo do mês. O avanço registrado ao final de fevereiro foi o menor
registrado desde a primeira leitura de dezembro e ficou abaixo do ganho
de 0,43% registrado na terceira leitura do índice no mês, divulgada na
última semana. (Reuters - 01.03.2007) O dólar
comercial abriu as operações em baixa relação ao encerramento de ontem,
a R$ 2,1180. Em quase 40 minutos de atividades, contudo, a moeda subia
0,37%, cotada a R$ 2,1270 na compra e a R$ 2,1290 na venda. Na jornada
passada, o dólar aumentou 0,04%, a R$ 2,1190 na compra e R$ 2,1210 na
venda. Em fevereiro, houve baixa de 0,14%. (Valor Online - 01.03.2007)
Internacional 1 Senadores americanos querem acordo amplo para promover etanol Um grupo
de senadores americanos pede mais ambição do governo Bush e do presidente
Lula na formulação de uma aliança para promover o etanol. Eles vão propor
ao Congresso dos Estados Unidos uma lei que proporciona o financiamento
de projetos em toda a América Latina, liderados pelo Brasil e pelos EUA.
O projeto de lei será enviado nos próximos dias pelo senador republicano
Richard Lugar. A idéia é que instituições regionais, como o BID, financiem
projetos. O dinheiro, em parte, viria do Orçamento dos EUA. Em carta aberta
publicada no início da semana nos EUA e endereçada a setores envolvidos
com a produção do etanol, Lugar afirma que as negociações não podem se
limitar ao acordo que será anunciado na próxima semana. "Esse é um bom
primeiro passo, mas acreditamos que os dois países podem ser bem mais
ambiciosos", disse o senador, do Comitê de Relações Exteriores do Congresso
americano. (O Estado de São Paulo - 01.03.2007) 2 Laboratório constrói novo formato de turbina para geração de energia eólica Engenheiros
dos Laboratórios Sandia, nos Estados Unidos, construíram o primeiro protótipo
em escala industrial de uma nova turbina de vento capaz de operar em situações
de ventos muito fracos. A nova turbina de vento possui uma pequena curvatura
em suas pontas, um detalhe que a torna capaz de gerar energia sob a ação
de ventos de apenas 5,8 metros por segundo. Os pesquisadores calculam
que esse avanço poderá aumentar em 20 vezes a área disponível para a instalação
de fazendas de vento. A nova turbina de vento é quase três metros mais
longa do que as atuais, chegando a 27,1 metros. "Esse design permite que
a lâmina gire mais do que nos designs tradicionais, eliminando alguns
dos efeitos dos ventos turbulentos de tempestades sobre a vida útil da
turbina," diz o engenheiro Tom Ashwill. (Inovação Tecnológica - 28.02.2007)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|