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IFE: nº 1.985 - 27 de fevereiro de 2007
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Lugo ameaça levar Brasil à Corte de Haia para renegociar Itaipu
2 Ibama promove audiências públicas sobre LT Campos Novos-Nova Santa Rita

Empresas
1 Light registra prejuízo de R$ 150,5 mi em 2006
2 ABB fecha 2006 com lucro de US$ 1,390 bi
3 Chesf realiza leilão de venda de energia elétrica
4 BNDES aprova empréstimo de R$ 28,5 mi para Cemar
5 Energias do Brasil é autorizada a desenvolver estudos de viabilidade
6 Prorrogado prazo de recadastramento da Cemig
7 Afluente Geração e Transmissão tem quota da RGR fixada em R$ 1,2 mi para 2007
8 Cotações da Eletrobrás

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS: horário de verão reduziu em 5% consumo de energia
2 CSME: condições de reservatórios estão positivos no mês de fevereiro
3 Reservatórios atingem 89,2% no Norte

4 Sudeste/Centro-Oeste: 84,8% do volume

5 Reservatórios registram alta de 1,9% no Sul

6 Nível chega a 83,9% no Nordeste

Gás e Termelétricas
1 Bush e Lula devem assinar acordo de cooperação na área de biocombustíveis
2 Serra critica ação de Lula contra aquecimento global
3 Grupo vence leilão por gás de Gramacho

Grandes Consumidores
1 CVRD realiza aquisição no setor de carvão
2 CVRD: aquisição vai aumentar ativos de carvão de mineradora
3 CSN realiza embarque de minério de ferro para o Bahrein

Economia Brasileira
1 Arrecadação cresce 12,2% em janeiro e déficit cai 25%
2 FGTS terá de pagar para ter ganho mínimo

3 5 bi do FGTS para infra-estrutura estão aplicados em títulos públicos federais
4 Caixa: retornos dos projetos que terão parceiros privados serão mais atraentes
5 Previdência registra queda de 26% no déficit em janeiro
6 Editorial da Folha de São Paulo defende corte nos juros
7 Juro futuro recua à espera do Copom
8 IPC recua para 0,31% na cidade de SP
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 EUA quer sistema multinacional de produção de biocombustíveis
2 Estados norte-americanos assinam acordo para limitar emissões de gases

Biblioteca Virtual do SEE
1 EDITORIAL. Chuva de dólares. São Paulo: Folha de São Paulo, 27 de fevereiro de 2007.

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Lugo ameaça levar Brasil à Corte de Haia para renegociar Itaipu

O ex-bispo Fernando Lugo, pré-candidato presidencial no Paraguai, ameaçou levar o Brasil à Corte Internacional de Justiça de Haia caso o país se negue a revisar o Tratado de Itaipu. A principal bandeira da campanha do esquerdista é a revisão do tratado. Cada país tem direito a 50% da energia, e o Paraguai pode vender o que não consome ao Brasil. Em reunião com líderes empresariais no departamento (Estado) de Canindeyú, no domingo, Lugo disse que o Brasil paga a energia paraguaia a "preço de custo, não de mercado", e que o Paraguai poderia cobrar US$ 1,8 bilhão pelo excedente, sete vezes mais do que o Brasil paga atualmente. O ex-bispo disse que o país precisa recuperar a soberania cultural e energética. Lugo quer fazer o mesmo com a usina de Yacyretá, instalada na fronteira com a Argentina. Disse que os novos recursos derivados do "preço justo" seriam empregados em um plano de desenvolvimento que geraria trabalho para 120 mil famílias. "Vou falar ao presidente Lula que o Brasil não pode se desenvolver às custas do empobrecimento do país vizinho", disse. (Folha de São Paulo - 27.02.2007)

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2 Ibama promove audiências públicas sobre LT Campos Novos-Nova Santa Rita

O Ibama realiza audiências públicas nesta terça-feira, 27 de fevereiro, em Campos Novos (SC), e na quarta, 28, em Farroupilha (RS), para discutir a construção da linha de transmissão Campos Novos (SC)-Nova Santa Rita (RS), em 525 kV, com cerca de 258 quilômetros de extensão. A linha tem em sua área de influência no Rio Grande do Sul, os municípios de Barracão, Lagoa Vermelha, Capão Bonito do Sul, Muitos Capões, Ipê, Antônio Prado, Nova Roma do Sul, Bento Gonçalves, Farroupilha, Carlos Barbosa, Alto Feliz, São Vendelino, Feliz, Bom Princípio, São Sebastião do Caí, Capela de Santana e Nova Santa Rita. Em Santa Catarina, o projeto prevê uma área de influência nos municípios de Campos Novos e Celso Ramos. (Agência CanalEnergia - 26.02.2007)

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Empresas

1 Light registra prejuízo de R$ 150,5 mi em 2006

A Light registrou lucro de R$ 93,9 milhões no quarto trimestre. O resultado não foi suficiente para reverter o prejuízo da companhia, que fechou 2006 com prejuízo líquido de R$ 150,5 milhões, 38% abaixo do lucro registrado em 2005, que foi de R$ 242,8 milhões. O resultado foi impactado pelas provisões e ajustes contábeis de R$ 443,7 milhões feitos em julho de 2006, quando os novos sócios assumiram o comando da companhia. Sem a revisão, a distribuidora teria registrado lucro líquido de R$ 292,5 milhões. (Valor Econômico - 27.02.2007)

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2 ABB fecha 2006 com lucro de US$ 1,390 bi

A ABB alcançou lucro de 89% atingindo US$ 1.390 bilhão em 2006 devido a demanda por reformas das redes elétricas e melhorias da performance de produções industriais e eficiência energética. A receita bruta de 2006 cresceu 11% em relação a 2005, atingindo US$ 24,412 bilhões. O crescimento da receita bruta, a maior capacidade de produção e a redução dos custos favoreceram o aumento do EBIT em 45%, o que representou um recorde de US$ 2,586, em 2006, segundo a empresa. A empresa divulgou que as encomendas alcançaram US$ 28,401 bilhões, com crescimento de 22%. No final do quarto trimestre, as encomendas subiram 36%, enquanto o crescimento bruto foi 21% mais alto que no mesmo período de 2005. Os lucros no quarto trimestre foram de US$ 422 milhões, um aumento de 90% se comparado ao ano anterior. (Agência CanalEnergia - 27.02.2007)

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3 Chesf realiza leilão de venda de energia elétrica

A Chesf realiza nesta quarta-feira, 28 de fevereiro, leilão para a venda de energia elétrica voltado para o Ambiente de Contratação Livre. A empresa disponibilizará quatro produtos com ponto de entrega no submercado Nordeste. O período do produto 1 vai de 1° de fevereiro a 28 de fevereiro, enquanto que os demais vão de 1° de março a 31 de dezembro. Os produtos 1 e 2 têm flexibilidade flat e os produtos 3 e 4 têm flexibilidade de 5% e 10%, respectivamente. (Agência CanalEnergia - 26.02.2007)

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4 BNDES aprova empréstimo de R$ 28,5 mi para Cemar

O BNDES aprovou financiamento de R$ 28,5 milhões para a Cemar. Segundo o BNDES, os recursos serão destinados à implantação do programa de combate a perdas de energia, dos sistemas de gestão de redes e comercial da distribuidora. O valor do financiamento corresponde a 57% do investimento total de R$ 50 milhões a ser feito pela Cemar, ainda de acordo com o BNDES. (Agência CanalEnergia - 27.02.2007)

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5 Energias do Brasil é autorizada a desenvolver estudos de viabilidade

A Energias do Brasil foi autorizada pela Aneel a iniciar estudos de viabilidade para novos empreendimentos hidrelétricos nos estados de Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, que totalizam 330,5 MW. A autorização foi publicada no Diário Oficial do último dia 23 de fevereiro. Os estudos envolvem dez projetos: três referem-se a estudos de viabilidade técnica e econômica para aproveitamentos hidrelétricos no estado de Minas Gerais, somando 184,5 MW, e os outros sete relacionam-se ao desenvolvimento de projetos básicos para pequena centrais hidrelétricas nos quatro estados, num total de 146 MW. Além das iniciativas autorizadas pela Aneel, a holding também desenvolve, em parceria com a Eletronorte, estudos de viabilidade para duas usinas hidrelétricas: ­ Novo Acordo (160 MW) e Brejão (75 MW) ­ no Rio do Sono, em Tocantins. (Agência CanalEnergia - 26.02.2007)

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6 Prorrogado prazo de recadastramento da Cemig

A Cemig informa que o prazo de recadastramento para garantir o direito à Tarifa Baixa Renda foi prorrogado. Os consumidores que se enquadram nessa categoria teriam até 28 de fevereiro para regularizar a situação e, assim, continuar a receber o benefício, no entanto, por determinação da Aneel, o prazo foi ampliado de forma escalonada, de acordo com o consumo mensal. Os beneficiários que estão na faixa de consumo entre 161 kWh e 220 kWh por mês têm até o dia 31 de maio para garantir o direito à tarifa social; e para quem consome entre 80 kWh e 160 kWh por mês, o prazo termina em 30 de setembro. De acordo com o gerente de Coordenação do Faturamento e Arrecadação da Cemig, Sérgio Freesz, 80 mil pessoas ainda estão apenas autodeclaradas na condição de baixa renda. (Cemig - 26.02.2007)

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7 Afluente Geração e Transmissão tem quota da RGR fixada em R$ 1,2 mi para 2007

A Afluente Geração e Transmissão de Energia Elétrica teve a quota anual da Reserva Global de Reversão fixada em R$ 1,217 milhão pela Aneel por meio do despacho 475 publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 26 de fevereiro. A quota refere-se aos exercícios de competência de 2005 (novembro e dezembro) e 2006 em parcelas no valor mensal de R$ 101.486,67. A Aneel também fixou a quota anual de R$ 1,210 milhão referente ao exercício de competência de 2007, dividida em parcelas mensais de R$ 100.851,67. Segundo o despacho, esses montantes já foram deduzidos dos valores referentes à Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica e terão de ser recolhidos a partir do próximo dia 15 de março. (Agência CanalEnergia - 26.02.2007)

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8 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 26-02-2007, o IBOVESPA fechou a 46.207,40 pontos, representando uma alta de 0,42% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,95 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,24% fechando a 14.253,81 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 47,98 ON e R$ 47,00 PNB, alta de 1,12% e 0,43%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 27-02-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 46,00 as ações ON, baixa de 4,13% em relação ao dia anterior e R$ 45,75 as ações PNB, baixa de 2,66% em relação ao dia anterior. (Investshop - 27.02.2007)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS: horário de verão reduziu em 5% consumo de energia

Segundo estimativas preliminares do ONS, o horário de verão 2006-2007 propiciou uma redução de 4% na demanda de energia nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e de 4,4% na Região Sul. No Sudeste e Centro-Oeste, a diminuição foi de 1.480 MW. A aplicação do horário de verão terminou à meia-noite de sábado e se restringiu a essas três regiões. De acordo com o MME, a adoção do horário evitou o gasto de até R$ 50 milhões com a redução de geração térmica, não permitindo que esses custos fossem repassados às tarifas dos consumidores. (Valor Econômico - 27.02.2007)

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2 CSME: condições de reservatórios estão positivos no mês de fevereiro

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CSME) fez sua reunião mensal em Brasília e constatou que as condições dos reservatórios em fevereiro estão positivas. Segundo nota divulgada ao fim da reunião, "os principais reservatórios do SIN (Sistema Interligado Nacional) já estão vertendo os excedentes de água das bacias hidrográficas". "Mantidas as previsões atuais, estão asseguradas condições de atendimento do sistema em níveis elevados de segurança eletroenergética", completa a nota. (Valor Econômico - 27.02.2007)

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3 Reservatórios atingem 89,2% no Norte

Os reservatórios do submercado Norte atingem 89,2% do volume acumulado, o que representa alta de 1,3%. A hidrelétrica de Tucuruí trabalha com 88,82% da capacidade de armazenamento. (ONS - 25.02.2007)

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4 Sudeste/Centro-Oeste: 84,8% do volume

Mantendo-se estáveis desde a última medição, os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste registram 84,8% do volume. O índice está 50% acima da curva de aversão ao risco. As usinas de M.Moraes e Furnas operam com 95,35% e 97,05%, respectivamente. (ONS - 25.02.2007)

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5 Reservatórios registram alta de 1,9% no Sul

Os reservatórios registram alta de 1,9% no submercado Sul, atingindo 67,3% do volume acumulado. O índice está 47,4% acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Salto Santiago trabalha com 65,98% da capacidade armazenada. (ONS - 25.02.2007)

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6 Nível chega a 83,9% no Nordeste

O nível dos reservatórios do submercado Nordeste chega a 83,9% do volume, com alta de 0,3%. O índice está 48,2% acima da curva de aversão ao risco. A usina de Sobradinho opera com 84,20% da capacidade. (ONS - 25.02.2007)

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Gás e Termoelétricas

1 Bush e Lula devem assinar acordo de cooperação na área de biocombustíveis

A assinatura de um acordo de cooperação na área de combustíveis renováveis pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e George W. Bush, durante a visita do americano a São Paulo, em 8 e 9 de março, será o pontapé inicial para uma aliança entre os dois países na produção e expansão do etanol. O esboço do memorando de entendimentos já está pronto no Planalto e prevê, entre outros pontos, incentivos conjuntos para a instalação de usinas de biocombustíveis em outros mercados, com ênfase para América Central, Caribe e África. A atuação em terceiros países será marcada pela transferência de tecnologia brasileira na produção de etanol a partir da cana-de-açúcar, uma vez que se tratam de nações tropicais, assim como o Brasil. O texto que trata do memorando de entendimentos também prevê a criação de um grupo de trabalho permanente, com representantes dos dois países. Os técnicos serão encarregados de traçar programas bilaterais, regionais e multilaterais. Existe uma proposta de levar o etanol para a Rodada de Doha, na OMC. (O Globo - 27.02.2007)

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2 Serra critica ação de Lula contra aquecimento global

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), acusou ontem o governo federal de não ter uma política ambiental 'consistente' para enfrentar o aquecimento global. "O Brasil não tem nenhuma política consistente que possa receber este nome", criticou Serra. O governador ressaltou que, diante do problema, o que São Paulo pode fazer é muito pouco, mas contribuirá. "Não vamos deixar de dar nossa contribuição por São Paulo." O tucano classificou as queimadas promovidas no interior do Estado para o corte da cana-de-açúcar como um dos principais problemas a serem resolvidos para reduzir a emissão de gases que contribuem para o efeito estufa e o aquecimento global. (O Estado de São Paulo - 27.02.2007)

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3 Grupo vence leilão por gás de Gramacho

O grupo integrado pelo administrador do aterro de Nova Iguaçu, a S.A. Paulista, venceu a licitação para recolher o gás produzido no Aterro Sanitário de Gramacho, considerado o maior da América Latina, em atividade desde os anos 70. O consórcio é integrado ainda pela Biogás Energia Ambiental S.A. (formada pela Logus e pela Heleno Fonseca) e a paranaense J. Malucelli. O contrato vale por 15 anos e, além de capturar o gás metano que é produzido a partir da decomposição do lixo, prevê ainda o tratamento do chorume e controle da emissão de gases. O interesse de empresários no negócio é, no entanto, a produção de biogás a partir do metano, com potencial para geração de energia e venda de créditos no mercado de carbono. "O gás produzido no aterro tem potencial para gerar 200 MW, mas, ao final de 2007, quando toda estrutura industrial estiver operando, vamos decidir se vamos produzir energia numa termoelétrica ou se o mercado de biogás é mais rentável", explica João Francisco Bittencourt, diretor comercial da paranaense J. Malucelli. (Jornal do Brasil - 27.02.2007)

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Grandes Consumidores

1 CVRD realiza aquisição no setor de carvão

A Vale do Rio Doce tem planos de ser uma das cinco maiores produtoras de carvão do mundo até 2010, quando deverá alcançar uma produção de 30 milhões de toneladas. O passo inicial foi dado com o anúncio da aquisição de 100% da AMCI Holdings Australia, por 835 milhões de dólares australianos (US$ 660 milhões) mais dívidas de 157 milhões de dólares (cerca de US$ 100 milhões), pago à vista com recursos do caixa da CVRD. A operação estará concluída em 40 dias, prazo necessário para sua aprovação pelo governo australiano. Esta é a primeira aquisição da CVRD no setor de carvão, negócio considerado estratégico dada sua sinergia com o minério de ferro no contexto de atendimento às usinas de aço, afirmou Guilherme Stoliar, diretor -executivo de planejamento e gestão da Vale. (Valor Econômico - 27.02.2007)

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2 CVRD: aquisição vai aumentar ativos de carvão de mineradora

A compra de ativos de carvão da AMCI pela Companhia Vale do Rio Doce vai ampliar em mais 8 milhões de toneladas ao ano de carvão os ativos da mineradora brasileira nesta área. A mineradora possui 2 milhões de toneladas de carvão por conta de joint ventures com empresas chinesas. A partir de 2009, os quatro ativos em início de operação da AMCI estarão produzindo 12 milhões de toneladas de carvão, dos quais 8 milhões serão da Vale. Este volume, somado aos 12 milhões do projeto de carvão de Moatize, em Moçambique, por volta de 2010/2011 e mais 8,5 milhões de toneladas do projeto de exploração de Belvedere (na Austrália), vai permitir à companhia se destacar no mercado global do produto. Os principais clientes do carvão da AMCI serão do mercado asiático. José Lancaster, diretor executivo de não ferrosos da Vale, disse que a aquisição da AMCI insere a Vale no negócio de carvão, pois cria uma plataforma competitiva para a companhia. (Valor Econômico - 27.02.2007)

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3 CSN realiza embarque de minério de ferro para o Bahrein

A CSN fez sua estréia no mercado internacional de minério de ferro ao realizar o primeiro embarque, pelo seu terminal portuário de Sepetiba (RJ) no domingo (25/02). O navio partiu com 65 mil toneladas de minério em direção ao Bahrein, para um cliente cujo nome é guardado em segredo. O produto foi adquirido de mineradoras que operam em Minas Gerais. Para março, há previsão de novos embarques (cinco navios) e para abril pelo menos outros quatro. Todas essas cargas, acertadas com clientes da Ásia e Oriente Médio, são oriundas de material de terceiros adquiridos pela CSN. A siderúrgica investiu na expansão de seu porto para, ainda este ano, iniciar a exportação de minério próprio, oriundo da mina Casa de Pedra, em Minas. O terminal começa com capacidade de 7 milhões de toneladas, indo a 30 milhões em 2008. Poderá chegar a 50 milhões em 2010. (Valor Econômico - 27.02.2007)

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Economia Brasileira

1 Arrecadação cresce 12,2% em janeiro e déficit cai 25%

A Previdência Social registrou déficit de R$ 3,69 bilhões no mês passado, 25% a menos do que o valor registrado em janeiro de 2006 - R$ 4,98 bilhões. Segundo o governo, o resultado decorre do aumento do número de empregos com carteira assinada e da redução dos gastos com pagamento de decisões judiciais contra o INSS. Na comparação anual, a arrecadação previdenciária cresceu 12,2%, e as despesas com benefícios caíram 1,9%. "A receita cresce porque houve mais formalização do mercado de trabalho e maior fiscalização", disse o secretário da Previdência Social, Helmut Schwarzer. O secretário ressaltou que a criação da Super-Receita - que unificará as estruturas de fiscalização e cobrança dos Ministérios da Fazenda e da Previdência Social - contribuirá para dar ainda mais fôlego à arrecadação. O Ministério da Previdência prevê rombo de R$ 47,2 bilhões neste ano, em comparação com R$ 42 bilhões em 2006. A aposta está um pouco acima da "necessidade de financiamento" prevista no Orçamento da União, de R$ 46,3 bilhões. Segundo Schwarzer, a previsão do ministério pode estar superestimada. "Esse é um número móvel, a ser revisado ao longo do ano. Estou otimista." (Gazeta Mercantil - 27.02.2007)

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2 FGTS terá de pagar para ter ganho mínimo

O FGTS terá que pagar para garantir que não ficará no prejuízo e assegurar que os R$ 5 bilhões que o fundo emprestará para financiar obras do PAC por meio do novo fundo de infra-estrutura criado pelo governo tenham um retorno mínimo. Depois da pressão das centrais sindicais e do próprio presidente Lula para estabelecer um seguro e, assim, evitar perdas ao patrimônio do FGTS caso os projetos de investimento não sejam bem-sucedidos, a solução encontrada pelo governo prevê que a Caixa Econômica Federal garantirá uma rentabilidade equivalente à variação da TR mais juros de 3% ao ano. Para isso, a instituição cobrará uma taxa de risco do FGTS, que irá variar de acordo com cada projeto. "O presidente Lula pediu ao ministro Guido Mantega que garantisse esse rendimento mínimo. Era desnecessário, porque o fundo é do próprio FGTS, mas, para não pairar dúvida, nós vamos fazer. O que vai resultar é que vai ficar mais caro para o próprio fundo [FGTS]", disse o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. As garantias só valem para os R$ 5 bilhões que o FGTS vai investir em projetos de infra-estrutura. O recurso é parte do patrimônio líquido do FGTS. O trabalhador terá só a garantia da conta vinculada. "Se decidir aplicar num projeto, é uma decisão individual, vai correr os riscos naturais."A aplicação dos recursos individuais será decidida no Congresso. (Folha de São Paulo - 27.02.2007)

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3 5 bi do FGTS para infra-estrutura estão aplicados em títulos públicos federais

Os R$ 5 bilhões que o FGTS vai investir em projetos de infra-estrutura estão hoje aplicados em títulos públicos federais e, portanto, são corrigidos com base nos juros de mercado. Após serem transferidos para o fundo de investimento em infra-estrutura e aplicados em obras do PAC, os recursos serão remunerados com base na rentabilidade desses investimentos. Com isso, na prática, para não haver perda em relação ao que o dinheiro rende hoje, a taxa de retorno dos investimentos terá de ser maior que essa rentabilidade acrescida da taxa de risco que a Caixa irá cobrar. O valor ainda não foi definido pelo governo. Em outras operações, essa taxa de risco chega a 0,8% do valor aplicado. A proposta já foi encaminhada para Mantega, mas, para ser implementada, ainda precisa percorrer um longo caminho. Primeiro, será necessário definir o valor dessa taxa de risco e fechar o formato do fundo de investimento com o Conselho Curador do FGTS. Depois, o governo deverá enviar nova MP ao Congresso mudando as características do fundo em relação ao que foi criado no PAC. Além disso, a CVM terá que criar legislação específica, porque esse formato de fundo não existe hoje e as regras atuais proíbem, por exemplo, que o gestor de um fundo de investimento dê garantia de rentabilidade ou ainda cobre para oferecer um seguro. (Folha de São Paulo - 27.02.2007)

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4 Caixa: retornos dos projetos que terão parceiros privados serão mais atraentes

Na avaliação do vice-presidente de ativos de terceiros da Caixa, Wilson Risolia, os retornos dos projetos que terão parceiros privados serão mais atraentes e será possível cobrir esse custo. Ele cita como uma grande vantagem o fato de que os projetos de investimento que serão financiados terão mais transparência na administração que as operações atuais do FGTS. (Folha de São Paulo - 27.02.2007)

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5 Previdência registra queda de 26% no déficit em janeiro

O Regime Geral da Previdência Social (RGPS) apresentou redução do déficit no mês de janeiro, ao registrar R$ 3,69 bilhões em janeiro, resultado 25,9% menor que o registrado em igual período do ano passado. As receitas correntes foram de R$ 10,32 bilhões, o que significa aumento real de 12,1% sobre o mesmo mês em 2006. Segundo o secretário de Políticas de Previdência Social, Helmut Schwarzer, a queda teve como principal causa o aumento do emprego formal. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram criadas 1,2 milhão de vagas com carteira de trabalho assinada em 2006. A Previdência também teve, em janeiro, grande queda nos valores de pagamento de sentenças (R$ 167,1 milhões). A redução foi de 89,2% sobre igual período no ano passado (R$ 1,54 bilhão). Schwarzer informou que a previsão "superestimada" para este ano é a de pagamento de R$ 4,7 bilhões em sentenças. Em 2006 foram R$ 4,3 bilhões. No lado das despesas, os benefícios pagos pelo INSS (R$ 13 bilhões) tiveram valor 9,5% maior que o de janeiro de 2006. Segundo a Previdência, no mês passado foi registrado um total de 1.499.677 benefícios pagos. A queda foi de 4,46% sobre o estoque em dezembro. O Ministério da Previdência estima encerrar 2007 com déficit de R$ 47,26 bilhões no RGPS. Em 2006, foram R$ 42,06 bilhões. (Valor Econômico - 27.02.2007)

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6 Editorial da Folha de São Paulo defende corte nos juros

Em editorial, o jornal a Folha de São Paulo defendeu que o Banco Central deve considerar redução maior nos juros básicos, tendo em vista as reservas do país no patamar recorde de US$ 100 bilhões. Segundo o editorial, "o custo fiscal de manter reservas, já elevado, cresce na proporção do volume de dólares em poder do BC". O editorial ainda afirma que alguns analistas consideram que a compra de uma quantidade expressiva de dólares pelo BC "também estaria chancelando complexas operações nos mercados derivativos cujo alvo é o lucro proporcionado pela taxa Selic -e que acarretam mais pressão a favor da alta do real". Para ler o editorial na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 27.02.2007)

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7 Juro futuro recua à espera do Copom

A semana começou com juros e dólar em queda, e bolsa em alta. A agenda econômica foi fraca ontem, mas os próximos dias serão recheados de indicadores que deverão mexer tanto com os mercados internacionais quanto com os domésticos. Os juros futuros continuaram em queda. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o DI para janeiro de 2008, o mais líquido, encerrou com taxa de 12,05%, ante 12,09% na sexta-feira, enquanto o DI janeiro de 2009 caiu de 11,82% para 11,78%. O mercado segue otimista em relação aos cenários interno e externo e o noticiário desta segunda-feira ajudou. Antes da abertura dos negócios, os investidores já conheciam os resultados da pesquisa semanal do Banco Central (BC) com instituições do mercado financeiro. O levantamento mostrou que a estimativa para o IPCA, o índice oficial de inflação do País, em 2007 recuou de 3,97% para 3,94%. No câmbio, a expectativa para o dólar no fim de fevereiro passou de R$ 2,11 para R$ 2,10. (O Estado de São Paulo - 27.02.2007)


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8 IPC recua para 0,31% na cidade de SP

O IPC da Fipe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, teve variação de 0,31% na terceira prévia de fevereiro, ante 0,41% na semana anterior. Na primeira leitura do mês, o IPC foi de 0,52%. Houve redução na comparação com a segunda apuração nos grupos educação (de 2% para 1,11%), alimentação (0,94% para 0,54%) e transportes (de 0,45% para 0,36%). (O Estado de São Paulo - 27.02.2007)

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9 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial abriu as operações em alta perante o fechamento do dia anterior. Às 9h54, a moeda era transacionada a R$ 2,1020 na compra e a R$ 2,1040 na venda, com elevação de 0,95%. Ontem, o dólar comercial recuou 0,23%, a R$ 2,0820 na compra e R$ 2,0840 na venda. (Valor Online - 27.02.2007)

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Internacional

1 EUA quer sistema multinacional de produção de biocombustíveis

A decisão dos governos do Brasil e do Uruguai de criar uma comissão mista para as questões de energia - e, dentro dela, discutir os biocombustíveis - é o primeiro passo concreto do governo brasileiro na direção desejada pelo governo dos Estados Unidos: a de lançar bases para se implantar na América do Sul e no Caribe um sistema multinacional de produção de biocombustíveis, uma espécie de 'Opep do etanol'. O assunto será o mais importante da visita de George W. Bush ao Brasil, no próximo dia 9. Empenhado em reduzir seu consumo de petróleo e pressionado para adotar as regras de controle ambiental do Protocolo de Kioto, o governo Bush anunciou há um mês essa nova proposta, na qual o Brasil tem um papel decisivo. Os dois países respondem, juntos, por 70% da produção mundial de etanol. Mas, enquanto os americanos o produzem a partir do milho, os brasileiros o fazem com a cana-de-açúcar, que pode ser cultivada em países próximos, de clima tropical. De quebra, os Estados Unidos esperam, a médio prazo, reduzir sua dependência do petróleo da Venezuela, cujo presidente, Hugo Chávez, não pára de hostilizar Bush. O projeto de globalização do etanol foi o principal assunto da visita feita ao Brasil, no início do mês, pelo subsecretário de Estado americano Nicholas Burns. (Valor Econômico - 27.02.2007)

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2 Estados norte-americanos assinam acordo para limitar emissões de gases

Os Governadores de cinco Estados do oeste norte-americano assinaram acordo que prevê que uma ação conjunta para diminuir a emissão de gases que provocam aquecimento global. Os Estados do Arizona, Califórnia, Novo México, Oregon e Washington vão desenvolver uma meta regional de emissões e criar um programa com base em regras de mercado para ajudar empresas a atingirem os novos limites. O grupo espera que iniciativa conquiste a adesão de outros Estados. (Valor Econômico - 27.02.2007)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 EDITORIAL. Chuva de dólares. São Paulo: Folha de São Paulo, 27 de fevereiro de 2007.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Jornalista: Juliana Lanzarini
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Bianca Reich, Carolina Tavares, Felipe Botelho e, Igor Briguiet.

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