l IFE: nº 1.984 - 26
de fevereiro de 2007 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Reestruturação do Setor 1 Edição de fevereiro do Boletim Energia em Foco discute o PAC e seus efeitos no SE Neste mês o
Boletim Energia em Foco, produzido pelo Gesel, traz dois artigos que debatem
o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os pesquisadores do Gesel,
Nivalde de Castro, Rita Cavaliere, Rubens Rosental e Roberto Brandão analisam
o PAC sob o ponto de vista do setor elétrico brasileiro, apontando para
a consolidação de um novo padrão de financiamento para o setor. Já o economista
e professor do Instituto de Economia da UFRJ, João Sicsú, analisa o PAC
sob o ponto de vista macroeconômico, observando uma mudança de rumo do
governo Lula. "É necessário, contudo, adequar as demais políticas monetária
e cambial ao objetivo do crescimento", afirma o economista. Para acessar
o boletim na íntegra, clique aqui.
(GESEL-IE-UFRJ - 26.02.2007) 2 Ainda estão abertas inscrições para os cursos do Gesel Ainda estão
abertas as inscrições para os cursos de extensão em Análise Financeira
de Projetos, Economia Industrial, Economia da Regulação e Regulação em
Transmissão. As aulas introdutórias presenciais serão realizadas em março.
Os cursos oferecidos pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) do
Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ)
são direcionados a profissionais interessados em ampliar sua formação
e qualificação na análise do setor elétrico brasileiro através da metodologia
de educação à distância mesclada com aulas presenciais. Confira a lista
de cursos oferecidos pelo Gesel e a data das aulas inaugurais: Análise
Financeira de Projetos - 17 de março, 9h às 13h; 2 - Economia Industrial
- 24 de março, 9h às 13h; Economia da Regulação - 29 de março, 9h às 13h;
Regulação em Transmissão - 29 e 30 de Março, 9h às 18h; Operações Financeira
- 19 e 20 de abril, 9h às 18h. Para obter informações, clique aqui.
(GESEL-IE-UFRJ - 26.02.2007) 3 Paraguai deve ampliar atritos com Brasil "Preço justo
para a energia elétrica." Com esse lema, uma campanha exige que se cobre
mais pela energia de Itaipu que o Paraguai não usa e vende ao Brasil.
Haverá uma manifestação em abril, e o principal orador será o ex-bispo
Fernando Lugo, favorito para vencer as eleições presidenciais de abril
de 2008. Lugo sugeriu que o preço da energia vendida ao Brasil deveria
subir sete vezes para se fazer justiça. Até o jornal conservador "ABC
Color", o maior do país, escreveu em editorial que sentia inveja do "patriotismo"
do presidente boliviano, Evo Morales, por ele cobrar mais do Brasil pelo
seu gás. As cobranças não terminam aí. Na semana passada, o presidente
da principal associação de pecuaristas recorreu à Guerra do Paraguai para
dizer que a Tríplice Aliança (de Brasil, Argentina e Uruguai) ainda existia
e que o Mercosul não beneficiava o Paraguai. O vice-presidente, Luis Castiglioni,
o provável candidato governista, defendeu abertamente um acordo comercial
e de investimentos com os Estados Unidos, como o que vem sendo negociado
pelo Uruguai. Em ano eleitoral, os ataques ao Brasil devem crescer, mas
não são só retórica de campanha. Para vários especialistas, um novo Paraguai
está tomando forma, na política e na economia. Um Paraguai menos dependente
do "imperialismo brasileiro". (Folha de São Paulo - 25.02.2007) 4 Índios se rebelam contra usina 5 Aneel investiga fraude de R$ 1 bi A Aneel suspeita
que usinas da região Norte desviaram quase R$ 1 bilhão em óleo combustível
comprado com dinheiro dos consumidores de energia, incluindo os residenciais.
Os alvos da investigação são geradoras do grupo Eletrobrás. Dados preliminares
da Aneel mostram que cerca de 400 milhões de litros desapareceram dos
estoques das usinas entre 1995 e 1999. Reservados para consumo interno,
podem ter sido vendidos irregularmente a autoprodutores ou a usinas clandestinas
da região. A Eletrobrás não se manifestou. A investigação da Aneel tende
a ser concluída até o fim de abril, quando acaba o prazo para as empresas
se explicarem. (Eletrosul - 26.02.2007)
6 Aneel revoga dispositivo que limitava participação de agentes na geração A Aneel revogou
o artigo 3° da resolução 278/2000, que fixava os limites de participação
dos investidores na geração. Segundo a Aneel, o objetivo é estimular os
investimentos na produção de energia, além de adequar a legislação ao
modelo setorial em vigor. A medida, explicou a agência, não implica em
prejuízos à defesa da concorrência. Os processos que podem resultar em
concentração serão analisados pela própria Aneel e pelos órgãos de defesa
da concorrência. O artigo, revogado pela resolução 252/2007, publicado
no Diário Oficial do últio dia 15 de fevereiro, estabelecia que um agente
não poderia deter mais de 20% de participação na capacidade instalada
nacional. Além disso, a resolução estabelecia que o percentual não poderia
superar 25% da capacidade instalada das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Para as regiões Norte e Nordeste, o percentual fixado era de 35%. Na distribuição
os percentuais de participação continuam mantidos. (Agência Canal Energia
- 23.02.2007) 7 Câmara define relatores de projetos do PAC O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), anunciou na última quinta-feira, 21 de fevereiro, os nomes dos deputados relatores das medidas provisórias e projetos de lei que compõem o PAC. A previsão do parlamentar é que a votação das medidas ligadas ao PAC seja concluída ainda neste primeiro semestre. Chinaglia justificou as indicações com base na afinidade de cada parlamentar com os respectivos temas. Para a relatoria da MP 348/2007, que cria fundo de investimentos para infra-estrutura, o deputado escolhido foi Armando Monteiro (PTB-PE), enquanto a MP 349/2007, que destina R$ 5 bilhões do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço para projetos de infra-estrutura, será relatada pelo deputado Wilson Santiago (PMDB-PB). Já o relator indicado para a MP 351/2007, que concede incentivos fiscais para novos projetos em setores como energia e transportes, será o deputado Odair Cunha (PT-MG). O projeto de lei complementar 388/2007, que trata da definição de competências ambientais, ainda aguarda definição de relator.(Agência Canal Energia - 23.02.2007)
Empresas A Light aprovou
a redução do capital social, com o objetivo de absorver prejuízos acumulados
até 30 de setembro do ano passado. Segundo a ata da assembléia geral extraordinária,
os acionistas aprovaram a redução do capital social em R$ 288,3 milhões,
sem alteração no número de ações de emissão da companhia. Com a operação
o capital passa a ser de R$ 1,4 bilhão, totalmente subscrito e integralizado,
e representado por 133,9 bilhões de ações ordinárias, escriturais e sem
valor nominal. (Agência Canal Energia - 23.02.2007) 2 Light: substituição dos integrantes do CA A Light realizou substituições no CA da companhia. Segundo a ata da assembléia geral extraordinária, a acionista Rio Minas Energia destituiu o integrante Flávio Decat, membro suplente do conselho. Para o lugar do executivo, a AGE elegeu Luiz Fernando Rolla, que exercerá o mandato até a realização da assembléia geral ordinária de 2008. (Agência Canal Energia - 23.02.2007) 3 Light investe R$ 4,5 mi em eficiência energética de hospitais A Light investirá,
no ano, R$ 4,5 milhões na implantação de projetos de eficiência energética
em quatro hospitais públicos do Rio: Inca, Hospital dos Servidores do
Estado, Rocha Faria e Salgado Filho. O objetivo é tornar mais eficientes
os sistemas de iluminação e refrigeração dessas unidades, reduzindo a
conta de energia das instituições em até 30% para que mais recursos possam
ser aplicados de outra forma, como a compra de remédios. (Folha de São
Paulo - 19.02.2007) 4 Celesc promove leilão de energia de curto prazo
5 Celesc vai usar óleo vegetal como fluido A Celesc iniciou
o projeto de utilização de óleo vegetal como fluido isolante na rede subterrânea
de Florianópolis, substituindo o potencialmente poluente óleo mineral,
derivado de petróleo. Produzido a partir da semente de girassol, o óleo
oferece como maiores vantagens a segurança contra incêndios e o alto índice
de biodegradabilidade. (Diário Catarinense - 26.02.2007) 6 Empresas vão investir R$ 800 mil em P&D A Aneel aprovou
os programas de P&D das seguintes empresas do setor de energia elétrica:
Empresa Paranaense de Transmissão de Energia, Empresa Regional de Energia
Elétrica, Expansion Transmissão de Energia Elétrica e Empresa Catarinense
de Trasmissão de Energia. Segundo despachos publicados no DOU, as empresas
deverão investir em torno de R$ 800 milhões nos ciclos. Todas as empresas
deverão concluir os programas até o dia 31/03/2008. A ETEP refere-se ao
ciclo 2006/2007, enquanto as outras referem-se ao ciclo 2005/2006. A Expansion
Transmissão de Energia Elétrica investirá R$ 369 mil, seguida da ETEP
(R$ 179.9 mil), ECTE (R$ 177.9 mil) e ERTE (R$ 76.4 mil). (Agência Canal
Energia - 23.02.2007) 7 Cemig faz balanço do horário de verão Terminou a 33ª
edição do horário de verão brasileiro. Desta vez, foram, ao todo, 112
dias de duração, 13 a menos que na versão passada. Segundo avaliações
preliminares da Cemig, o objetivo de reduzir a demanda máxima do sistema
elétrico foi atingido. A informação é que houve redução de 3,8% na demanda
máxima, correspondendo a 230 MW, o equivalente a quase o dobro da potência
instalada da Térmica de Igarapé (131 MW), localizada em Belo Horizonte.
Até o final do horário, é esperada redução total do consumo de energia
de 0,6%, ou seja, 32 MW médios. (Tribuna de Minas - 26.02.2007) 8 Celg faz balanço do horário de verão O horário de verão 2006/2007 em Goiás, segundo análises preliminares da Celg, resultou na redução da demanda de ponta do sistema em torno de 4,5%, ou da ordem de 67 MW. Segundo o diretor técnico da Companhia, Rafael Murolo, quanto à redução mensal de energia, ela ficou em torno de 0,5 %, ou seja, 3.600 MWh. (Celg - 23.02.2007) No pregão do dia 23-02-2007, o IBOVESPA fechou a 46.015,79 pontos, representando uma baixa de 0,94% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3,03 bilhões. As empresas que compõem o IEE fecharam a 14.220,27 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 47,45 ON e R$ 46,80 PN. Na abertura do pregão do dia 26-02-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 47,45 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 47,00 as ações PNB, alta de 0,43% em relação ao dia anterior. (Investshop - 26.02.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS estima economia de 1.920 MW com horário de verão O horário
de verão, tem economia estimada em 1.920 MW para o país, segundo dados
preliminares divulgados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico nesta
sexta-feira, 23 de fevereiro. A economia do país com a medida está estimada
em R$ 50 milhões, referentes a gastos com combustíveis para geração térmica.
(Agência Canal Energia - 23.02.2007) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 24/02/2007 a 02/03/2007. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Produção de petróleo e gás da Petrobras em janeiro A produção de petróleo e gás natural da Petrobras em janeiro de 2007, no Brasil e no exterior, atingiu a média diária de 2 milhões 284 mil 160 barris de petróleo equivalente (boe). Esse resultado é 2,2% menor que o obtido no mês anterior e 0,8% acima da produção de janeiro de 2006. Considerados apenas os campos nacionais, a produção média de petróleo e gás alcançou 2 milhões 056 mil 093 barris equivalentes por dia, refletindo um aumento de 2,1% sobre o volume produzido em janeiro do ano passado e uma redução de 2,3% em relação a dezembro de 2006, que foi de 2.105.182 boe. Nesta mesma unidade (boe), a produção de petróleo e gás natural, proveniente dos oito países onde a Petrobras mantém ativos, chegou a 228 mil 067 barris/dia, volume 1,0% menor que o produzido no mês passado. A produção de petróleo dos campos localizados no Brasil atingiu, em janeiro, a média diária de 1 milhão 785 mil 690 barris, 2,5% abaixo do volume produzido em dezembro de 2006 (1.832,148 bpd). A redução de 46 mil barris em relação à média do mês anterior decorreu da parada programada da plataforma P-37, no campo de Marlim, na Bacia de Campos, a partir do dia 19 de janeiro. A produção de gás natural dos campos nacionais atingiu 42.991 mil metros cúbicos diários, 2,7% mais que o total produzido em janeiro de 2006 e 0,9% abaixo do volume obtido em dezembro último. Acesse aqui o quadro com a produção de óleo e gás natural, em terra e no mar, por estado brasileiro e por país. (Petrobrás - 22.02.2007) 2 Petrobras e Gazprom assinam memorando de entendimentos A Petrobras
e a companhia russa Gazprom, maior empresa do mercado mundial de gás,
assinaram nesta sexta-feira (23/02), no edifício sede da companhia brasileira,
um memorando de entendimentos visando à identificação de oportunidades
de cooperação para implementação de projetos nas áreas de óleo e gás.
Com o acordo, três iniciativas de possibilidades de cooperação já foram
identificadas nas áreas de GNL, armazenamento de gás natural e otimização
da operação de sistemas de transporte de gás natural. O cronograma de
atividades se estenderá até o próximo ano, mas espera-se que, já em 2007,
Petrobras e Gazprom concretizem parcerias, especialmente na área de GNL.
Aproveitando a oportunidade, também foram discutidas potenciais melhorias
nos processos de implementação de gasodutos brasileiros incorporando a
experiência da Gazprom neste campo. O acordo foi assinado pelo Diretor
de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, e pelo Diretor de Negócios
Internacionais da Gazprom, Stanislav Tsygankov. O encontro contou ainda
com a participação do presidente em exercício da companhia, Guilherme
Estrella, também Diretor de Exploração e Produção, e do Cônsul Geral da
Federação da Rússia no Rio de Janeiro, Alexey Labetskiy. Esta é a terceira
reunião ocorrida entre as empresas, que iniciaram, exatamente há um ano,
conversações com objetivo de aprofundar um acordo futuro. (Petrobrás -
23.02.2007) 3 SC terá estação de transbordo de gás liqüefeito A região de
São Francisco do Sul terá uma das três estações de transbordo de gás natural
liqüefeito (GNL) que a Petrobras deve construir em portos brasileiros
até o final de 2009 (as outras ficam no RJ e no CE). O anúncio foi feito
ontem, em Florianópolis, pela senadora Ideli Salvatti, para a diretoria
da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Ideli afirmou que
os estudos serão finalizados até meados do ano. A obra deve começar até
2008, e entrar em operação no final de 2009. Existem duas alternativas
para instalação dos equipamentos, que devem pôr fim à dependência do gás
natural boliviano. Uma é a construção de um píer no porto de Itapoá, que
também está em construção, investimento de US$ 125 milhões, fora a dragagem
do canal de acesso. A outra é a construção de uma espécie de bóia, que
ficaria a 35 quilômetros da costa. Navios fariam a regaseificação em alto-mar
e jogariam o insumo para um gasoduto subaquático até terra firme. Esta
proposta custaria US$ 223 milhões, segundo informações do diretor de gás
e energia da Petrobras, Ildo Sauer. (O Diário Catarinense - 24.02.2007)
4 Usinas e consumidores querem ampliar oferta Usinas de açúcar
e álcool e grandes consumidores de eletricidade de 80 municípios da região
de Ribeirão Preto estão unidos no objetivo de aumentar a cogeração de
energia elétrica através do bagaço da cana-de-açúcar. "Com o aumento da
oferta de energia, os reajustes seriam menores no mercado cativo e o mercado
livre se tornaria mais ativo", diz Eduardo Amorim, diretor da Fiesp em
Ribeirão Preto. Segundo Celso Zanatto, gerente de comercialização de energia
da Crystalsev , empresa que comercializa a produção de nove usinas paulistas,
o preço da energia no mercado livre é 15% menor do que no cativo. Daí
o interesse de empresários e usineiros em aumentar a cogeração através
do bagaço da cana. "Mas as usinas têm um grande problema, que é arcar
com os custos de conexão à rede da distribuidora, com torres e fios de
alta tensão", diz Zanatto. Segundo ele, esses custos de conexão variam
de 10% a 40% de todo o projeto de cogeração, podendo inviabilizar investimentos.
Outra questão, segundo Zanatto, é a "falta de transparência na metodologia
de conexão." (Gazeta Mercantil - 26.02.2007) 5 Biocombustíveis aquecem agronegócio Os biocombustíveis prosseguem como principal fonte de aquecimento do agronegócio. Grupos nacionais e estrangeiros disputam usinas de álcool como a Vale do Rosário, de Morro Agudo (SP). As gigantes Agrenco, holandesa, e Marubeni, japonesa, investem US$ 40 milhões em novas usinas no Brasil. Um mercado novo e em expansão, por outro lado, oferece também oportunidades várias para desvios. Um dos trunfos do Brasil está justamente no aprendizado obtido com o programa do álcool. Tal experiência será valiosa na sintonia fina do biodiesel, vedete do governo Lula. A meta fixada para janeiro de 2008 prevê substituir 2% do diesel comercializado com o combustível renovável, produzido com oleaginosas como soja, dendê e mamona. Estima-se, com isso, demanda firme de 800 milhões de litros anuais de biodiesel. A capacidade instalada das dez usinas em operação é de 630 milhões de litros, mas o MME projeta 1,5 bilhão de litros até dezembro. (Folha de São Paulo - 25.02.2007) 6 Biocombustível amplia atuação no Paraná O Paraná está se transformando em um pólo da área de biocombustíveis. Praticamente todas as regiões do estado já receberam projetos nessa área, em especial com o uso de soja como matéria-prima. Uma das unidades previstas pela parceria entre o conglomerado janponês Marubeni Corporation e o grupo holandês Agrenco, por exemplo, deve ser instalada em Céu Azul, no oeste do Paraná. Especialistas em mercado agropecuário afirmam que, com o desenvolvimento desse mercado, o perfil da produção poderá sofrer uma transformação, já que até hoje o setor de alimentos era o principal foco da agroindústria regional. (DCI- 26.02.2007) 7 Biodiesel atrai US$ 190 mi em investimentos O grupo franco-brasileiro Agrenco fez uma parceria com o grupo japonês Marubeni Corporation para investir US$ 190 milhões em energia, por meio da companhia Agrenco Bioenergia. As empresas construirão três complexos de bioenergia no Brasil, sendo três usinas de biodiesel, duas usinas de energia elétrica e duas indústrias de esmagamento de soja. Os locais escolhidos são as cidades de Alto Araguaia (MT), Caarapó (MS) e Céu Azul (PR), devido a parcerias com produtores locais e com a rede de ferrovias ALL, que também utilizará o biodiesel produzido. (Gazeta de Alagoas - 26.02.2007) 8 Parceria avalia projetos para exportar álcool A parceria entre Petrobras, a trading japonesa Mitsui e usineiros já avalia mais de 40 projetos de construção de destilarias de álcool para a produção do combustível a ser exportado, preferencialmente para o Japão. "Agora falta a ponta do comprador ser fechada, com a formalização dos contratos de compra de álcool e, pela posição do governo japonês, tudo leva a crer que será em breve", afirmou o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. O governo brasileiro prevê que o projeto garanta uma exportação, em 2011, de 3,5 bilhões de litros de álcool por ano para o Japão e ainda um excedente para ser enviado a outros países. Hoje o Japão compra do Brasil apenas álcool para outras finalidades e não para o uso como combustível. No ano passado, toda a exportação brasileira de álcool combustível somou 2,5 bilhões de litros, a maioria para os Estados Unidos. O projeto de parceria tripartite para a construção de destilarias de etanol no Brasil tem a finalidade de honrar os contratos de exportação de etanol combustível a serem firmados entre os dois países. Os contratos de fornecimento de álcool para o Japão seriam por 20 anos e os orientais também se beneficiariam de projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) para conseguirem créditos de carbono gerados pelas unidades produtoras. (Exame - 26.02.2007)
Grandes Consumidores 1 Suzano inicia vendas de crédito de carbono A Suzano Papel
e Celulose negociou semana passada 20 mil toneladas de crédito de carbono
na Chicago Climate Exchange. Foi a primeira venda da companhia neste mercado
e rendeu à empresa cerca de US$ 80 mil, já que a cotação média desta bolsa
este mês é de US$ 4 por tonelada. Este primeiro negócio significa o fim
de um processo de equacionamento de seu potencial total de captura de
créditos de carbono no período entre 2003 e 2010. Até lá a Suzano terá
cerca de 3 milhões de toneladas de carbono capturados por suas florestas
de eucalipto na forma de créditos. (Gazeta Mercantil - 26.02.2007) 2 Arcelor investirá US$ 2,2 bi em mina no Senegal A Arcelor Mittal,
a maior siderúrgica do mundo, comprometeu-se com o governo do Senegal
a desenvolver uma mina de minério de ferro, um porto e uma ferrovia no
sudeste do país, ao custo de US$ 2,2 bilhões, para abastecer as siderúrgicas
da Europa. A mina, que extrairá minério de ferro de quatro áreas da região
de Faleme, começará a produzir em 2011 e gerará até 25 milhões de toneladas
de minério de ferro ao ano. Esse volume reforçará a atual produção mundial
da Arcelor, de 69 milhões de toneladas de minério. (DCI- 26.02.2007) 3 VCP e Ahlstrom estudam projeto de joint venture para produção de papéis A VCP e a empresa
finlandesa Ahlstrom Corporation analisam a formação de uma joint venture
envolvendo os negócios de papéis produzidos na unidade da VCP em Jacareí
(SP). A possível criação da joint venture será destinada à produção de
papéis especiais para embalagens e auto-adesivos, possibilitando a ampliação
da linha de produtos da companhia brasileira, que também ganhará mais
competitividade frente ao mercado. Com a parceria, a Ahlstrom pretende
fortalecer a presença no mercado latino-americano e crescer em negócios
com países em desenvolvimento fora da Europa. A empresa prevê crescimento
anual de 3% a 4% no mercado global para seus produtos. Segundo nota divulgada
pela empresa brasileira, até que a joint venture seja confirmada, a planta
de Jacareí continuará com atividades normais. (DCI - 26.02.2007) 4 Villares Metals produzirá 40% a mais com nova máquina A Villares Metals
inagura nesta quinta-feira um novo equipamento, um laminador acabador,
em sua fábrica de Sumaré (SP). O objetivo é elevar a capacidade de produção
de laminados da empresa em 40%. A companhia investiu 50 milhões de euros
na nova máquina, que levou vinte meses para ser construída e terá capacidade
de produzir 50 mil toneladas por ano de produtos acabados. De acordo com
a empresa, com o novo equipamento, em 2008 a produção da companhia deve
se aproximar de sua capacidade total. (DCI - 26.02.2007)
Economia Brasileira 1 Fazenda vê 10% como patamar correto para a taxa nominal de juros no país A taxa de juros básica da economia poderia estar em 10% ao ano, e não nos 13% fixados em janeiro, na última reunião do Copom. Essa é a avaliação que a equipe do ministro Guido Mantega (Fazenda) faz internamente, tendo como base os bons indicadores da economia. Pelo raciocínio, a economia já superou a fase de dependência do capital estrangeiro e, portanto, não teria sentido manter juros elevados em comparação a outros emergentes. A equipe da Fazenda não trabalha, porém, com a hipótese de o país fechar o ano com uma taxa de juros nominal na casa dos 10%, mas em 11,25%. O principal impedimento a uma queda mais acelerada, na avaliação da Fazenda, é o perfil conservador dos diretores do BC, que fixam a Selic. É por isso que o presidente Lula quer influenciar a nomeação dos próximos diretores do banco. O objetivo é "mesclar" as correntes de pensamento na diretoria do BC. Na definição de um assessor de Mantega, o banco poderia ter menos economistas alinhados ao grupo ortodoxo da PUC do Rio, como Afonso Bevilaqua, e incorporar alguns de outras correntes, até com experiência no chamado mundo real da economia. A mudança na diretoria do BC deveria partir do pressuposto, na avaliação da Fazenda, de que o momento é de "ousadia" e que há condições técnicas para "correr um pouco de risco" diante de um cenário de reservas internacionais próximas a US$ 100 bilhões e inflação abaixo de 4% ao ano. (Folha de São Paulo - 26.02.2007) 2 BC: não há resistência real a mudanças no colegiado No BC não há resistência real a mudanças no colegiado que define os juros. De acordo com auxiliares do presidente do banco, Henrique Meirelles, já houve 11 trocas de diretores desde o início do governo. Mudanças não seriam, portanto, novidade, mas, até o momento, não haveria decisão de trocas. Para a próxima reunião do Copom, em 6 e 7 de março, não é possível alterar a composição do órgão. No máximo algum diretor, como Bevilaqua, pode deixar o banco, mas não há tempo para aprovar no Senado um substituto. Daí que, na Fazenda, a aposta é que haja novo corte de 0,25 ponto percentual. A expectativa de assessores de Mantega é que, na reunião seguinte, em abril, o BC possa analisar a hipótese de um corte de 0,5 ponto caso o cenário interno e externo siga favorável. No BC, no entanto, essa não é a tendência. O banco prefere trabalhar com quedas graduais e constantes, como expressado na última ata do Copom. A vantagem seria um processo mais longo de redução dos juros do que se o BC cortasse 0,5 ponto. (Folha de São Paulo - 26.02.2007) 3 FGTS e o fundo infraestrutura 4 PAC anima a construção pesada A retomada de
fôlego da construção pesada é um dos benefícios esperados com a concretização
dos projetos incluídos no PAC, que prevê, até 2010, investimentos de R$
503,9 bilhões, dos quais R$ 67,8 bilhões do Orçamento da União e R$ 436,1
bilhões das estatais e setor privado. A retomada de obras em setores como
transporte, energia e saneamento pode alavancar o setor, que nos últimos
anos esteve estagnado, levando grandes empreiteiras como a Construtora
Norberto Odebrecht a apostar suas fichas na exportação de serviços. Para
a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), instituição que
reúne todas as entidades de classe do setor, os projetos do PAC poderão
promover expansão de 8% a 9% nos negócios de construção no país. O diretor
da CBIC, José Carlos Martins, lembra, no entanto, que para que todos estes
investimentos aconteçam, existe uma série de questões a serem resolvidas.
(Jornal do Commercio - 26.02.2007) 5 Contas externas têm superávit em janeiro O ano começou
com recordes nas contas externas brasileiras. Com o maior volume em sete
anos de Investimento Estrangeiro Direto (IED), o resultado de transações
correntes ficou positivo em US$ 325 milhões em janeiro e reverteu déficit
registrado no mesmo mês do ano passado. Com a entrada cada vez maior de
dólares no Brasil, o Banco Central registrou outra marca histórica com
a compra de US$ 4,832 bilhões no mercado cambial para tentar conter a
valorização do real e ainda reforçar as reservas internacionais do País.
As contas externas mudaram de trajetória e voltaram a registrar superávit
em janeiro. No mês passado, o Brasil teve saldo positivo de US$ 325 milhões
na conta de transações correntes ante déficit de US$ 308 milhões em igual
período do ano passado. O saldo foi gerado pelo superávit comercial de
US$ 2,494 bilhões, déficit de US$ 2,519 bilhões em serviços e rendas e
o saldo positivo nas transferências unilaterais - favorável para o Brasil
- de US$ 350 milhões. (Gazeta Mercantil - 26.02.2007) 6 Brasil terá dois PIBs para 2006 O ano de 2006 terá duas taxas para o PIB. A primeira será divulgada na quarta-feira (28), pelo IBGE. Mas a variação constatada será válida por apenas um mês. No dia 28 de março, será apresentado um novo PIB do País para o ano passado, que será considerado oficial. A expectativa de analistas econômicos é que a mudança eleve a variação do crescimento econômico brasileiro não apenas de 2006, mas também de anos anteriores. A situação inusitada da apresentação de dois PIBs para um mesmo ano - no espaço de um mês - ocorrerá por causa da mudança na metodologia de cálculo do indicador. Será a transformação técnica mais profunda já ocorrida na contabilidade do desempenho da economia do País. Segundo o coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto, as mudanças - incluindo não só 2006, mas todos os anos desde 1995 - não serão de grande magnitude e não deverão mudar a avaliação sobre o desempenho econômico. (Jornal do Commercio - 26.02.2007) 7 Reservas devem chegar a US$ 100 bi nesta semana 8 Investimento no exterior é concentrado O Investimento
Brasileiro Direto (IBD) cresceu a passos largos nos últimos anos. Apesar
da investida cada vez mais forte das empresas nacionais em mercados estrangeiros,
dados do Banco Central mostram que a internacionalização ainda está extremamente
concentrada. Em 2006, quase 80% dos investimentos foram feitos por apenas
dois segmentos da economia: extração mineral e intermediação financeira.
Em 2007, a concentração continua, agora liderada pelo setor bancário.
De acordo com os dados do BC, 67,4% dos US$ 27,2 bilhões em investimentos
brasileiros no exterior realizados em 2006 foram feitos pelo setor de
extração de minerais metálicos. O percentual equivale a US$ 15,5 bilhões.
O resultado está diretamente ligado à compra da canadense Inco pela Companhia
Vale do Rio Doce, operação que envolveu US$ 14,6 bilhões. (Gazeta Mercantil
- 26.02.2007) O dólar comercial
abriu as operações estável em relação ao encerramento de sexta-feira.
Às 9h49, porém, a moeda era transacionada a R$ 2,0800 na compra e a R$
2,0820 na venda, com declínio de 0,33%. Na última jornada, o dólar comercial
aumentou 0,33%, a R$ 2,0870 na compra e R$ 2,0890 na venda. Na semana
passada, houve depreciação de 0,19%. (Valor Online - 26.02.2007)
Internacional 1 'Independência de energia' nos EUA é mito, diz saudita As declarações
do presidente George W. Bush no sentido de acabar com a dependência do
petróleo estrangeiro são parte de um "mito político" que se formou nos
EUA, disse um ex-enviado da Arábia Saudita a Washington e membro da família
real saudita. "Tornou-se moda para os políticos americanos usar termos
como 'independência energética' ou 'independência em relação ao petróleo
estrangeiro', mas isso é apenas uma mitificação comum que políticos e
tecnocratas usam", disse o príncipe Turki al-Faisal, durante um fórum
econômico ontem. A questão da energia acabou se tornando "um problema
político particularmente sensível e controverso em países como os EUA",
disse o príncipe Turki, em sua primeira aparição pública depois de um
relativamente curto mandato em Washington. "Não há como as pessoas, quer
estejam nos EUA quer estejam em outros países consumidores de petróleo,
simplesmente deixarem de usar o petróleo, pelo menos nas próximas décadas,
se não mais do que isso até", disse. O presidente dos EUA, George W. Bush,
disse no discurso sobre o estado da União que o país continua "viciado
em petróleo" e que deveria cortar as importações da commodity vinda do
Oriente Médio em 75% até 2025. A Arábia Saudita, que tem cerca de um quarto
das reservas mundiais de petróleo, é um dos três maiores fornecedores
da commodity para os EUA. (Eletrosul - 26.02.2007) 2 Evo Morales arrecada, mas não investe Em pouco mais
de um ano de mandato, o presidente da Bolívia, Evo Morales, provou ser
um hábil negociador. Experiente sindicalista, Morales exagera nas demandas
até o limite e, quando é preciso, recua. A combinação entre agressividade
e pragmatismo garantiu a renegociação de contratos com as empresas que
atuam no setor de hidrocarbonetos no ano passado e, agora, um aumento
no preço do gás pago pelo Brasil. Mas a destreza exibida pelo presidente-sindicalista
tem faltado ao Morales-gestor. Arrecadação recorde de impostos -graças
não somente aos maiores impostos pagos pelo setor de gás mas também aos
altos preços internacionais de minerais- não se traduziu em aumento substancial
dos investimentos públicos. O setor público da Bolívia encerrou 2006 com
um superávit fiscal nominal estimado em nada menos que 6% do PIB. Esse
é um nível de poupança exageradamente alto para um país com as necessidades
de investimento da Bolívia, país mais pobre da América do Sul que, embora
ainda exiba um nível alto de endividamento, tem se beneficiado das iniciativas
de perdão de dívidas dos organismos multilaterais. (Folha de São Paulo
- 18.02.2007)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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