l IFE: nº 1.982 - 15
de fevereiro de 2007 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Amorim: Brasil e Bolívia discutem construção de hidrelétricas O ministro
das Relações Exteriores, Celso Amorim, confirmou ontem que Brasil e Bolívia
discutem a formação de parcerias para a construção de usinas hidrelétricas
em território boliviano e na divisa entre os dois países. Essa possibilidade
já havia sido levantada nesta semana pela ministra da Casa Civil, Dilma
Rousseff. Ao sair do almoço no Itamaraty que reuniu autoridades brasileiras
e bolivianas, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, alertou, entretanto,
que a construção de usinas binacionais na bacia do Rio Madeira pode mudar
as condições da avaliação ambiental que está sendo feita pelo Ibama a
respeito das duas hidrelétricas do Complexo do Madeira, em Rondônia. "O
que está se discutindo no ministério é Santo Antônio e Jirau. Mas é claro
que projetos de outros empreendimentos mudam a natureza do que está sendo
avaliado. É outro impacto, que precisa ser avaliado no mérito", disse
a ministra. Pelo menos dois projetos de parcerias em hidrelétricas foram
mencionados nesta semana por autoridades brasileiras. Um é o da hidrelétrica
de Cachuela Esperanza. Com capacidade para 800 MW, seria instalada em
território boliviano, no Rio Beni, um dos formadores do Madeira. Outra
usina, para 3 mil MW, poderia ser instalada num afluente do Madeira, na
divisa dos países, perto do município de Guajará-Mirim (RO). (Estado de
São Paulo - 15.02.2007) 2 Furnas: hidrelétricas na Bolívia não afetam Complexo do Rio Madeira Para o presidente
de Furnas Centrais Elétricas, José Pedro Rodrigues, a construção de hidrelétricas
na Bolívia "em nada afeta" a viabilização do projeto para o Complexo do
Rio Madeira. Segundo ele, os megawatts previstos para serem gerados com
essas usinas apenas seriam "agregados" ao complexo, "fazendo com que o
Brasil ganhe uma nova Itaipu". "Achar que os planos da Bolívia atrapalham
o projeto do Rio Madeira é pensar pequeno. A demanda da Bolívia poderá
ser atendida com muito menos do que a capacidade total da usina, que será
disponibilizada para o Brasil. Além disso, há a possibilidade de fornecedores
brasileiros atuarem na construção das hidrelétricas", afirmou. Rodrigues
disse que Furnas ainda não está confirmada para disputar o leilão para
a construção das hidrelétricas no Rio Madeira com a construtora Odebrecht.
(Estado de São Paulo - 15.02.2007) 3 Agências reguladoras ficam mais perto da autonomia O Senado
deu ontem o primeiro passo para garantir constitucionalmente a autonomia
financeira, administrativa, decisória e funcional das agências reguladoras,
como a Aneel (energia elétrica) e a Anatel (telecomunicações). A Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou, em votação simbólica, proposta
de emenda constitucional (PEC), de autoria do senador Tasso Jereissati
(PSDB-CE), que insere a autonomia das agências entre as exigências da
Constituição. Fruto de um acordo político entre governo e oposição, a
votação durou menos de dez minutos e a idéia é também apressar sua tramitação
no Senado. O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) garantiu ontem que a proposta
será votada "com a maior brevidade" pelo plenário. Mercadante é autor
de uma das duas emendas incluídas parcialmente na PEC pelo relator, senador
Demóstenes Torres (PFL-GO). (Jornal do Commercio - 15.02.2007) 4
Foz do Chapecó começa a ser construída 5 Aneel prorroga inscrição para tarifa social de luz A Aneel
decidiu ontem prorrogar mais uma vez o prazo para que as famílias de baixa
renda que consomem mensalmente entre 80 kWh e 220 kWh comprovem que têm
direito a pagar uma tarifa mais barata pelo consumo de energia elétrica
- a chamada tarifa social. O prazo terminava em 28 de fevereiro e foi
estendido de forma escalonada. Quem gasta por mês de 161 kWh a 220 kWh
tem até 31 de maio para comprovar à distribuidora que tem direito ao benefício.
Já as famílias que consomem entre 80 kWh e 160 kWh terão até 30 de setembro
deste ano. Quem consome até 80 kWh tem direito automaticamente ao benefício.
(Estado de São Paulo - 15.02.2007) 6 Aneel aprova aperfeiçoamentos em procedimentos para serviços ancilares A Aneel
aprovou na última terça-feira, 13 de fevereiro, alterações em dispositivos
da Resolução 265/2003, que estabelece procedimentos para prestação de
serviços ancilares de geração. Segundo o processo, o custo de operação
e manutenção de equipamentos de supervisão e controle, além de equipamentos
de comunicação, necessários à participação da usina no Controle Automático
de Geração, será ressarcido por meio dos Encargos de Serviços do Sistema.
Com isso, os agentes deverão firmar Contratos de Prestação de Serviços
Ancilares. A resolução aprovada pela Aneel também ajustou procedimentos
para contabilização da energia reativa de unidades geradoras que são solicitadas
a operar como compensadores síncronos, entre outros pontos. Com os ajustes,
o ONS deverá modificar os Procedimentos de Rede, bem como a CCEE terá
que ajustar regras e procedimentos de comercialização para se adequarem
à resolução. Ainda de acordo com o processo, a Aneel estabelece o Sistema
Especial de Proteção, que realiza ações automáticas para preservar a integridade
do Sistema Interligado, de equipamentos e linhas de transmissão, a partir
da detecção de anormalidades. (Canal Energia - 14.02.2007) 7 Parceria entre Cepel e centro italiano pode reduzir em 70% preço de certificação Uma parceria entre o Centro de Estudos de Energia Elétrica e o Centro Elettrotecnico Sperimentale Italiano Giacinto Motta SpA está tornando o processo de certificação de produtos mais rápido e barato. O acordo, firmado em março do ano passado, pode trazer uma redução de até 70% no preço da certificação de equipamentos elétricos para atmosfera explosiva. O tempo, que varia entre quatro e seis meses, pode cair para um ou dois. Essas reduções estimadas pelo gerente de certificação do Cepel, Carlos Sanguedo, são os maiores benefícios do convênio entre os centros. Sanguedo explica que os resultados dos ensaios feitos no Cepel serão aceitos pelo CESI e vice-versa, evitando que os equipamentos passem por novos testes. A parceria beneficia fabricantes de motores, luminárias e equipamentos eletrônicos de controle de processo destinados a atmosferas explosivas, como refinarias, indústrias químicas, petroquímicas, minas e plataformas de petróleo. (Canal Energia - 15.02.2007) 8
Transmissoras: Aneel divulga minuta de resolução para revisão tarifária
Empresas 1 Presidente de Furnas busca ajuda no BNDES O presidente
de Furnas se reuniu com a diretoria do BNDES para encontrar solução para
financiar os projetos da empresa, dentro das regras que limitam seu endividamento.
Segundo ele, o principal entrave está para a obtenção de crédito junto
ao banco para que a companhia possa tocar adiante as obras das usinas
de Simplício (333,7 MW médios) e Batalha (52,5 MW médios), respectivamente
localizadas nos Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em ambos os
casos, a companhia arrematou, sem parceiros, as usinas nos leilões da
Aneel e agora está impedida de tomar o financiamento, ao contrário de
outros empreendimentos, como Foz do Chapecó, Retiro Baixo e Serra do Facão,
que contam com parcerias com a iniciativa privada e por isso têm acesso
ao financiamento do BNDES. (Jornal do Commercio - 15.02.2007) 2 AES Sul planeja investimentos de R$ 745 mi para período 2007-2012 A AES Sul está em uma nova fase e pretende recuperar o tempo perdido com um volume expressivo de investimentos nos próximos anos. A distribuidora pretende aplicar R$ 745 milhões entre 2007 e 2012, sendo R$ 144 milhões este ano, para concluir o programa de universalização Luz para Todos até 2008 e eliminar os gargalos do sistema que sobrecarregam as linhas. As mudanças na empresa foram iniciadas no ano passado, com a reestruturação financeira que trocou as dívidas em dólares por reais. Com isso, o patrimônio da empresa passou de R$ 900 milhões negativos para R$ 600 milhões positivos.Somente este ano, os investimentos serão de R$ 35 milhões para ligar cerca de 6,5 mil propriedades rurais. (Canal Energia - 14.02.2007) No pregão
do dia 14-02-2007, o IBOVESPA fechou a 45.995,60 pontos, representando
uma alta de 1,77% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 14,29
bilhões. As empresas que compõem o EE apresentaram valorização de 1,71%
fechando a 14.127,94 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 47,85 ON e R$ 47,00 PNB, baixa de
0,83% e estável, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 15-02-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 47,71 as ações ON, baixa de 0,31% em relação ao dia anterior e R$
47,00 as ações PNB, estável em relação ao dia anterior. (Investshop
15.02.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 83,9% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 83,9%, apresentando
alta de 0,2% em relação à medição do dia 12 de fevereiro. A usina de Furnas
atinge 98,36% de volume de capacidade. (ONS - 13.02.2007) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 62,5% O nível de armazenamento na região Sul apresentou queda de 0,3% no nível de armazenamento em relação à medição do dia 12 de fevereiro, com 62,5% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 48,9% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 13.02.2007) 3 NE apresenta 79,7% de capacidade armazenada Apresentando
alta de 0,2% em relação à medição do dia 12 de fevereiro, o Nordeste está
com 79,7% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 79,3% de volume de capacidade. (ONS - 13.02.2007) 4 Norte tem 72,5% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 72,5% com variação de 2,4% em
relação à medição do dia 12 de fevereiro. A usina de Tucuruí opera com
70,5% do volume de armazenamento. (ONS - 13.02.2007)
Gás e Termoelétricas 1 Leilão de biodiesel tem preço maior e Granol vende 50% O quinto leilão de biodiesel promovido pela ANP terminou ontem com a aquisição de 45 milhões de litros a um preço médio de R$ 1,862 por litro. No último leilão, realizado em julho do ano passado, o preço médio havia ficado em R$ 1,747. "Os preços mais condizentes com a realidade de produção no quinto leilão denotam um amadurecimento dos participantes do mercado, o que pode dar alguma firmeza para o governo antecipar a mistura de 5% do biocombustível ao diesel de 2013 para 2010", avalia o analista da consultoria Safras & Mercado, Miguel Biegai. O último leilão, de 550 milhões de litros, havia sido aberto a fábricas em projeto. A Brasil Ecodiesel adotou uma estratégia agressiva de preços baixos e vendeu 70% do total, para ser fabricado em cinco unidades - quatro então inexistentes. No leilão de ontem, a Petrobras deveria ter adquirido 50 milhões de litros, mas uma proposta incorreta da Brasil Ecodiesel para um lote de 5 milhões de litros foi cancelada. A esmagadora de soja Granol foi a maior vendedora do leilão, com 23 milhões de litros (51% do total) indicando que, pelo menos por enquanto, a soja ainda tem força no biodiesel. A Brasil Ecodiesel vendeu 15 milhões de litros e a IBR 9 milhões. (DCI - 15.02.2007) 2 Evo consegue reajuste do gás enviado a Cuiabá O presidente
da Bolívia, Evo Morales, contrariou o protocolo diplomático e transformou
o Itamaraty em um atípico balcão de negociações para uma visita de Estado.
Geralmente, esse tipo de visita tem caráter mais formal e os presidentes
apenas firmam acordos previamente discutidos pelas suas respectivas diplomacias.
Evo conseguiu, pelo menos, o reajuste do gás fornecido para a usina termelétrica
Mário Covas, em Cuiabá, que abastece 70% de Mato Grosso. Dos US$ 1,19
pagos hoje, o preço subirá para US$ 4,20 por milhão de BTUs, informou
o MME. O reajuste vai gerar mais US$ 44,8 milhões anuais para os cofres
do país vizinho. Amorim anunciou a disposição brasileira em reajustar
o gás fornecido a Cuiabá. "O preço de Cuiabá era totalmente desatualizado
e injusto. Esse preço está sendo corrigido e isso é um resultado positivo",
disse o ministro. A térmica mato-grossense recebe 1,2 milhão de BTUs por
dia e é controlada pela Shell. A rigor, o contrato de fornecimento (válido
até 2019) é privado e o governo brasileiro não pode negociar preços fixados
no acordo, mas a preocupação do Palácio do Planalto é com a garantia de
energia em Mato Grosso, já que 70% de toda o consumo de eletricidade no
Estado é atendido por essa termelétrica. (Valor Econômico - 15.02.2007)
3 Petrobras vai manter regra para o aumento do gás A Petrobras
vai manter a sua posição sobre as negociações em torno do preço do gás
boliviano e não vai alterar a fórmula do reajuste do contrato. "A posição
clara do presidente da companhia e da diretoria e que não há nenhum motivo,
nenhum fato, que leve a desprezar a fórmula de reajuste do contrato",
disse o diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Para
o diretor da estatal, o contrato deve ser respeitado até o final de sua
vigência, em 2019. O contrato é ajustado de acordo com a variação de óleos
combustíveis. (Valor Econômico - 15.02.2007) 4 Indústria do Estado de SC teme novo reajuste O presidente
da Câmara de Assuntos Energéticos da Fiesc, Albano Schmidt, admitiu ontem
que o fato do governo brasileiro permitir à Bolívia reajustar o valor
do gás natural exportado para a termelétrica Governador Mário Covas, em
Cuiabá (MT), por meio de um ramal independente da Petrobras, deixa o setor
produtivo catarinense temeroso. Albano Schmidt alertou, todavia, que,
ao ceder à pressão de reajuste para uma região, o governo brasileiro já
pode estar sinalizando com igual atuação para os demais mercados consumidores
no futuro. "Estamos muito preocupados e acompanhando atentamente à questão.
O Evo (Morales) pode fazer movimentos independentes e acabar conseguindo
o que deseja", alertou. O presidente da SCGás, Ivan Cesar Ranzolin, garantiu
na semana passada que a distribuidora não trabalha com a hipótese de aumento
no preço, devido a contratos firmados com a Petrobras. (Diário Catarinense
- 15.02.2007) 5 Reajuste em termelétrica de MT pode custar até US$ 68 mi O acordo com a Bolívia para reajustar o preço do gás vendido para a usina termelétrica de Cuiabá (MT) deve gerar uma receita extra de US$ 44,8 milhões a US$ 68 milhões anuais. Esse valor é também o aumento de custo potencial para a Pantanal Energia. Só há dois caminhos para esse aumento de custo: ou vai parar na conta dos consumidores de energia ou é absorvido por Furnas -nesse caso, será pago pelos contribuintes, já que o Tesouro Nacional é o acionista controlador da estatal. No caso de impacto tarifário, a tendência é que ele seja muito pequeno, porque a quantidade de energia vendida pela termelétrica de Cuiabá não é muito grande em relação ao mercado total e o custo é rateado por todos os consumidores. De acordo com Carlos Baldi, presidente da Pantanal Energia, o aumento de custo seguirá adiante em cadeia. "Isso será transferido para os contratos com Furnas", afirmou. O executivo explicou que Furnas se beneficiou, ao longo do tempo, por poder colocar no mercado uma energia termelétrica que estava com preços muito competitivos, por conta do preço do gás comprado da Bolívia. (Folha de São Paulo - 15.02.2007) 6 Portugueses vão comprar biodiesel de Pernambuco O governador Eduardo Campos acertou ontem, durante visita de negócios à Espanha, um acordo com a portuguesa Galp Energia para aumentar a produção de biodiesel em Pernambuco. O encontro da comitiva estadual foi com o vice-presidente executivo da empresa, José Marques Gonçalves, e com o diretor da área internacional, Fernando Gomes. A Galp Energia deve aprovar em 15 dias o projeto de biocombustível que prevê a aquisição de 600 mil toneladas/ano de biodiesel até 2015 e a escolha de Angola e do Brasil como as principais fontes supridoras dessa demanda. Além da pauta do biocombustível, a missão pernambucana também discutiu com os executivos da Galp Energia a participação da empresa portuguesa no projeto do terminal de Gás GNL projetado para o Complexo Industrial Portuário de Suape. (Jornal do Commercio (PE) - 15.02.2007) 7 Rejeitos Nucleares merecem atenção Atualmente, os rejeitos de baixa e média atividade ficam estocados na central nuclear de Angra dos Reis. Os de alta atividade ficam inicialmente em piscinas dentro dos reatores, onde perdem parte da radioatividade. A questão dos depósitos definitivos ainda não foi definida. A CNEN opera três depósitos de rejeitos de baixa e média atividade. O presidente da CNEN, Odair Gonçalves defendeu mudanças amplas na legislação referente ao setor nuclear brasileiro, com o objetivo de tornar as leis da área mais efetivas e ágeis. (Estado de São Paulo - 15.02.2007) 8 Brasil tem urânio para 80 anos O Brasil tem reservas de urânio para garantir a produção de energia nuclear por pelo menos 80 anos, informou o presidente da CNEN, Odair Gonçalves. Segundo ele, há hoje 310 mil toneladas já descobertas, suficientes para gerar 8 mil MW, ou quatro vezes o volume atual, pelas próximas oito décadas. A auto-suficiência na cadeia do urânio é um dos principais argumentos dos defensores da retomada do programa nuclear brasileiro. Gonçalves calcula que há ainda 800 mil toneladas de urânio não aferidas no subsolo brasileiro, que necessitam de novos investimentos em exploração para serem confirmadas. (Estado de São Paulo - 15.02.2007)
Grandes Consumidores 1 Espanhola Añón anuncia usina para Suape Enquanto
a Gerdau faz aquisições na Espanha na área de aços especiais, a Añón acaba
de anunciar um plano de investimento de US$ 150 milhões em uma fábrica
no Brasil. O projeto envolve uma unidade para produção de vergalhões e
fios de aço no Porto de Suape (PE). O anúncio do projeto foi feito ontem
pelo governo pernambucano, que está em missão comercial na Espanha. O
grupo espanhol vai entrar exatamente num dos principais ramos de negócio
da Gerdau no Brasil, o de produção de aços longos voltados para o setor
da construção civil, no qual a Gerdau detém quase 50% das vendas locais.
A fábrica de Suape atingirá uma capacidade anual de 800 mil toneladas
em até dois anos após o início de sua construção, prevista para o fim
deste ano. (Valor Econômico - 15.02.2007) 2 Segundo semestre salva lucro da Suzano Empresa
fechou ano com ganhos próximos de zero e obteve até dezembro tudo o que
perdeu até agosto. A Suzano Petroquímica conseguiu equilibrar suas contas
no segundo semestre de 2006 para não fechar o ano no prejuízo. A empresa
reajustou preços na segunda metade do ano e aproveitou a elevação de preços
no mercado internacional para ganhar novos mercados na África e na Europa.
"Fechamos o ano com lucro de R$ 16 mil. Praticamente zero, pois o prejuízo
de R$ 29 milhões que tivemos no primeiro semestre devido aos picos no
preço do petróleo e preços baixos de resinas no mercado interno foram
compensados por outros R$ 29 milhões ganhos na segunda metade do ano",
explicou o vice-presidente da Suzano Petroquímica, João Pinheiro Nogueira
Batista. (Gazeta Mercantil -15.02.2007) 3 Ipiranga triplica investimento este ano e amplia produção A empresa
destinará recursos de R$ 60 milhões para suas fábricas; lucro cresce 17,6%.
A Ipiranga Petroquímica aumentará investimentos este ano com a meta de
ampliar sua escala na produção de resinas no médio prazo. A empresa, que
vem de investimentos de R$ 10 milhões em 2005 e R$ 16,3 milhões no ano
passado, subirá o aporte para US$ 30 milhões este ano (R$ 60 milhões a
um câmbio de R$ 2). Deste valor, US$ 20 milhões serão destinados à compra
de uma nova extrusora (misturadora de resinas) para seu pólo de produção
no Sul do País. A empresa também tem o objetivo de dar início, já no próximo
mês, a uma ampliação na produção de resinas de polipropileno (PP). A idéia
é aproveitar a capacidade máxima da fábrica, de 180 mil toneladas por
ano. (Gazeta Mercantil - 15.02.2007) 4 Canadense Kinross vai aumentar extração de ouro em Minas Gerais A Rio Paracatu
Mineração (RPM), controlada pela multinacional canadense Kinross Gold
Corporation desde 2005, decidiu ampliar o projeto de expansão da produção
de ouro na mina situada em Paracatu, no noroeste mineiro. A empresa irá
investir US$ 470 milhões visando a um maior aproveitamento da reserva.
Após concluído o projeto de implementação - a previsão é setembro de 2008
-, a mina terá capacidade para 15 toneladas de ouro por ano, o que representa
um faturamento de US$ 280 milhões, tendo como base a cotação de ontem
do metal. De acordo com o presidente da Kinross Brasil, Manoel Carlos
Lopes Cerqueira, assim que as pesquisas concluíram a possibilidade maior
de expansão, a companhia logo se empenhou para que o investimento fosse
aprovado. "Levamos aos acionistas o plano, mostramos as garantias e tivemos
o respaldo para implementarmos o projeto", afirmou Cerqueira, observando
que do montante do investimento 50% foi capital próprio da empresa e os
outros 50% são empréstimos. (Gazeta Mercantil - 15.02.2007) 5 Vale estuda parcerias na Rússia A Vale estuda
parcerias com siderúrgicas na Rússia, mas não considera o país essencial
a sua expansão, disse ontem Peter Poppinga, diretor-gerente da CVRD International
S.A. Segundo ele, as siderúrgicas russas já estão reduzindo as exportações
para atender grande parte da crescente demanda interna."Há algumas oportunidades
em termos de aquisições, mas não temos estratégia especifica de sermos
grande player na CIS", afirmou."Se formos procurados por siderúrgicas
da CIS que queiram parcerias, estamos prontos a estudá-las, e estamos
estudando uma ou duas delas. (Mas) não vemos nenhuma necessidade de olhar
para a CIS como se fosse nova China para nós", afirmou ele.A Vale pretende
investir neste ano US$ 6,3 bilhões na ampliação de suas atividades no
mundo inteiro, incluindo Brasil. (Jornal do Commercio - 15.02.2007)
Economia Brasileira 1 ICMS bate inflação e soma R$ 169,8 bi Recolhimento de estados e distrito federal em 2006 foi 9,7% superior ao do ano anterior. Estados e Distrito Federal bateram mais um recorde e arrecadaram no ano passado R$ 169,84 bilhões em Imposto sobre ICMS, crescimento de 9,7% em relação a 2005. De 2003 para 2006, o aumento na coleta do ICMS, que é a principal fonte de receita tributária das unidades da Federação, foi de 42,45%. Nos dois casos, o desempenho superou a inflação oficial registrada pelo IPCA, que foi de, respectivamente, 3,1% e 25,69%. Os dados são do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Segundo especialistas, reforçam a necessidade de aprovação de uma reforma tributária capaz de simplificar a vida dos contribuintes e reduzir o peso do fardo de impostos e contribuições. Afinal, a arrecadação da União também bate recordes sucessivos. No ano passado, atingiu R$ 392,54 bilhões, 8,83% a mais do que em 2005, desconsiderada a inflação. "Precisamos de uma reforma para desonerar a produção", diz Lina Vieira, coordenadora dos secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal junto ao Confaz. (Gazeta Mercantil - 15.02.2007) 2 IGP-M sobe 0,13% no 2º decêndio de fevereiro O IGP-M registrou, no segundo decêndio de fevereiro, variação de 0,13%. Em janeiro, no mesmo período de apuração, a taxa foi de 0,44%, segundo dados divulgados há pouco pela FGV. O IPA, passou de 0,35% para 0,02%; o IPC, de 0,69% para 0,37% e o INCC, de 0,38% para 0,28%. (InvestNews - 15.02.2007) 3
Sem ajuste fiscal, real se mantém forte O dólar
comercial iniciou as operações desta quinta-feira em baixa em relação
ao encerramento de ontem, a R$ 2,0880. Em meia hora de atividades, a moeda
mantinha essa trajetória, a R$ 2,0880 na compra e a R$ 2,0900 na venda,
com recuo de 0,09%. Na sessão anterior, o dólar comercial apresentou baixa,
a R$ 2,09 na compra e R$ 2,0920 na venda. (Valor Online - 15.02.2007)
Internacional 1 Chávez propõe "Opep do gás" a Morales O presidente
da Venezuela, Hugo Chávez, propôs ao presidente da Bolívia e seu aliado
próximo, Evo Morales, explorar a possibilidade de formar uma aliança internacional
de produtores e exportadores de gás. Morales, cujo país é o maior exportador
de gás da América Latina, e Chávez concordam sobre a importância de estudar
a proposta de criar o grupo. O presidente russo, Vladimir Putin, também
afirmou recentemente que o conceito para a formação de uma organização
é "interessante", mas que não queria um grupo como a Opep. O Irã, que
juntamente com a Rússia, é um dos principais exportadores de gás do mundo,
lançou a idéia de criar um grupo de produtores de gás. Analistas dizem
que Chávez, aliado do Irã, tem forte influência sobre Morales, argumentando
que ele esteve por trás da decisão da Bolívia de nacionalizar o setor
de hidrocarbonetos. Apesar de alguns dos principais produtores de gás
terem reprovado a idéia do Irã, a conversa de Chávez mostra que nem todos
os governos descartam a formação do grupo. (Gazeta Mercantil -15.02.2007)
2 China e Rússia vão cooperar mais em energia e mineração A China
e a Rússia devem assinar uma série de acordos nas áreas de tecnologia,
aviação, energia e mineração no próximo mês, criando laços mais próximos
entre as duas economias, no momento em que os dois países vizinhos afirmam
adotar o livre mercado. Os acordos serão concluídos nos dias 27 e 28 de
março em Moscou, durante uma feira comercial, disse o vice-ministro do
Comércio da China, Yu Guangzhou, ontem em Pequim. O comércio entre os
dois países cresceu 15% para US$ 33,4 bilhões no ano passado, segundo
Yu. As nações estão ampliando a dependência mútua, explorando os maiores
depósitos mundiais de petróleo e gás natural na Rússia para abastecer
a economia chinesa, a que mais cresce entre as maiores do mundo. "Energia
e recursos são duas das áreas chaves na cooperação entre a China e a Rússia",
disse o vice-ministro do Comércio chinês. "A série de contratos a serem
assinados no próximo mês será bastante encorajador para as duas partes
envolvidas na cooperação", acrescentou Yu. (DCI - 15.02.2007)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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