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IFE: nº 1.979 - 12
de fevereiro de 2007
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
1 Comitê
é contra usinas nucleares às margens do São Francisco
2 Parque eólico de Tramandaí fica para 2008
3 Gerador eólico 100% catarinense
4 Curtas
Empresas
1
Rio Sono é alvo de Eletronorte e da Energias do Brasil
2 Cotações da Eletrobrás
Leilões
1
MME: leilão de usina de Santo Antonio de ser realizado entre junho e julho
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Usinas hidroelétricas da Região Sudeste abrem as comportas
2 Preço Spot - CCEE
Gás e
Termelétricas
1 Leilão de Biodiesel: ANP realiza 5º leilão
2 Usina de Mato Grosso admite elevar preço de gás da Bolívia
3 Evo Morales visita o Brasil e discutirá preço do gás natural
4 Álcool brasileiro pode ser alternativa energética mundial
5 Lula inaugura nova usina de biodiesel na Bahia
6 Bagaço pode virar álcool a partir de 2009
7 Areva construirá seis usinas de biomassa
8 Projeto para novas usinas nucleares
9 Ambientalistas decidem rever questão nuclear
10 GESEL-UFRJ: energia nuclear pode contribuir para a redução
do efeito estufa
Grandes
Consumidores
1 Braskem reduz em quase 50% aportes em suas unidades
2 CSN retoma estudos para investir em Portugal
3 PAC deve gerar ganhos para Vedacit
4 Cobre deve cair
Economia Brasileira
1 PAC recebe 719 emendas
2 Meirelles: país não tem meta de câmbio
3 Desvalorização atinge 38,2% das exportações
4 OCDE quer iniciar negociação para a adesão brasileira
5 Demanda por bens de capital se mantém aquecida em 2007
6 BNDES fecha 2006 com lucro recorde
7 Desembolsos do BNDES devem chegar a R$ 61,2 bi
8 IPCA registra a menor alta em doze meses desde fevereiro de
1999
9 FOCUS: Aposta para Selic média cai para 12,22% ao final do
ano
10 FOCUS: Projeção do IPCA e preço administrado caem abaixo de
4%
11 Projeções de câmbio para o fim do ano são revisadas
12 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 China quer incentivar eficiência e vai mudar precificação da energia
2 Irã reafirma disposição de enriquecer urânio
Regulação e Reestruturação do Setor
1 Comitê é contra usinas nucleares às margens do São Francisco
O Comitê da
Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco é totalmente contrário à instalação
de usinas de energia nuclear às margens do rio. Essa possibilidade consta
do plano elaborado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear. Apesar de
não se dizer contrário a esse tipo de energia, o secretário-executivo
do comitê, Anivaldo Miranda, afirma que o Rio São Francisco não tem espaço
para as usinas. "O sistema ambiental do rio já está altamente impactado
e o governo ainda quer construir mais três barragens. Já se abandonou
o projeto de revitalização do rio e agora volta essa idéia das usinas",
critica. Miranda conta que, no ano passado, o comitê chegou a ser informado
da possibilidade de que duas usinas nucleares fossem construídas na região,
o que logo depois teria sido desmentido. "Agora já se fala em três. Acredito
que o mal do governo é a imposição de megassoluções que não são confrontadas
com a opinião pública." Miranda ressalta que o comitê não tem nada especificamente
contra a energia nuclear, "mas nos preocupa a seriedade dos projetos,
porque nesse tipo de usina não se pode ter nenhum risco de acidente, e
o impacto na região". Segundo ele, "escolher o São Francisco para isso
é absurdo." (Estado de São Paulo - 12.02.2007)
2 Parque eólico de Tramandaí fica para 2008
Um erro da empresa
responsável pela implantação da central eólica Tramandaí, o segundo parque
eólico do RS, fez com que a placa e uma torre de medição de ventos fossem
instaladas no balneário Jardim do Éden, adicionando mais um capítulo ao
histórico de atrasos do projeto, aprovado em 2003 e que agora deve ser
concluído no fim de 2008. Selecionado pelo Proinfa, o projeto receberá
recursos de R$ 320 milhões - 80% do BNDES e 20% dos investidores, um consórcio
entre as empresas Elebrás e Innovent. Uma ação pública movida pelo Ministério
Público Federal havia paralisado o projeto até novembro, quando o Tribunal
Regional Federal da 4ª Região derrubou o bloqueio. O MPF ainda mantém
aberto um inquérito que investiga o empreendimento. O diretor da Elebrás,
Roberto Jardim, afirma que o consórcio não pretende instalar os cata-ventos
próximos às áreas urbanas. (Zero Hora - 12.02.2007)
3 Gerador eólico 100% catarinense
Um projeto pioneiro
em Santa Catarina, que pretende atender às necessidades de energia elétrica
em pequenas localidades, já está em fase de testes em SC. O equipamento
eólico gerador de energia elétrica foi instalado há poucas semanas na
Lagoa do Faxinal, em Içara, Sul do Estado, e tem chamado atenção pela
economia. A matriz energética da Eletrobrás projetou para os próximos
10 anos pelo menos 20% de geração elétrica a partir do vento. Entretanto,
todos os equipamentos em funcionamento no Brasil são de tecnologia importada
(Estados Unidos, Holanda, China, Alemanha e Austrália - referência no
setor). Engajados em desenvolver um produto nacional, há cerca de dois
anos a UFSC, através da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária
(Fapeu), e a Assessoria para Projetos Especiais (APPE) projetam o gerador
eólico. A expectativa da equipe de engenheiros do projeto é que a partir
do mês de abril o equipamento já esteja pronto para comercialização. (Diário
Catarinense - 12.02.2007)
4 Curtas
A Aneel designou o
diretor Romeu Donizete Rufino a substitui o diretor-geral da agência,
Jerson Kelman, no caso de ausência ou impedimento no período
de 6 de fevereiro de 2007 a 6 de fevereiro de 2008. Se houver ausência
simultânea dos dois diretores durante o período citado, a
diretoria ficará a cargo de Edvaldo Alves de Santana. (Canal Energia
- 09.02.2007)
A Aneel nomeou José Guilherme Senna como novo diretor-ouvidor, também para o período entre 6 de fevereiro de 2007 e 6 de fevereiro de 2008. No caso de ausência ou impedimento, a diretora Joísa Campanher Dutra será sua substituta. (Canal Energia - 09.02.2007)
Empresas
1 Rio Sono é alvo de Eletronorte e da Energias do Brasil
A Energias do
Brasil e a estatal Eletronorte resolveram se unir para realizar um trabalho
de prospecção dos dois aproveitamentos na bacia do Rio Sono, no Tocantins.
O que está em jogo são 235 MW, distribuídos da seguinte forma: 160 MW
no aproveitamento Novo Acordo e 75 MW em Brejão. As companhias iniciaram
os estudos de viabilidade econômica em janeiro deste ano. "Deveremos gastar
entre R$ 5 milhões e R$ 7 milhões nesta fase, que deverá estar pronta
em 18 meses", afirma Antonio Sellare, vice-presidente de finanças e relações
com investidores da Energias do Brasil. (Valor Econômico - 12.02.2007)
No pregão do dia 09-02-2007, o IBOVESPA fechou a 44.284,40 pontos, representando uma baixa de 1,35% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3,24 bilhões. As empresas que compõem o EE apresentaram desvalorização de 1,32% fechando a 13.798,85 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 47,45 ON e R$ 45,91 PNB, baixa de 1,54% e 1,99%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 12-02-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 47,46 as ações ON, alta de 0,02% em relação ao dia anterior e R$ 45,85 as ações PNB, baixa de 0,13% em relação ao dia anterior. (Investshop - 12.02.2007)
Leilões
1 MME: leilão de usina de Santo Antonio de ser realizado entre junho e julho
O MME confirmou
que a nova previsão é de licitar a usina de Santo Antônio (3.150,4 MW)
entre junho e julho. Segundo o MME, o motivo da mudança é permitir a entrada
de novos players da iniciativa privada na disputa da usina, que compõe
o complexo hidrelétrico do Rio Madeira (6.450,4 MW). A previsão inicial
era de licitar a usina em maio, num leilão separado dos leilões de energia
nova A-5 e A-3. Ainda de acordo com o MME, a proposta em estudos é que
as estatais não participem do certame num primeiro momento, entrando no
negócio, junto com o consórcio vencedor, com participação limitada em
até 49%. (Agência Canal Energia - 09.02.07)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Usinas hidroelétricas da Região Sudeste abrem as comportas
A ocorrência
de chuvas acima da média na Região Sudeste vem obrigando o ONS a determinar
a abertura das comportas das principais hidroelétricas do País, que estão
com os reservatórios cheios. Em alguns rios, o volume de água que chega
às barragens é equivalente ao dobro da média histórica e, segundo o ONS,
é preciso deixar a água passar para evitar alagamentos às margens dos
reservatórios. Cenário tão positivo no Sudeste era impensável em meados
de 2006, quando a situação era diametralmente oposta, com diversos alertas
para o risco de racionamento. (DCI - 12.02.2007)
De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 10/02/2007 a 16/02/2007.
Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)
Sudeste/Centro Oeste |
Sul |
Nordeste |
Norte |
| pesada 17,59 | pesada 17,59 | pesada 17,59 | pesada 17,59 |
| média 17,59 | média 17,59 | média 17,59 | média 17,59 |
| leve 17,59 | leve 17,59 | leve 17,59 | leve 17,59 |
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas
1 Leilão de Biodiesel: ANP realiza 5º leilão
A ANP vai realizar esta semana o 5º Leilão Público de Biodiesel. As empresas produtoras de biodiesel oferecem o produto para compra da Petrobras e sua subsidiária a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap). Serão comprados 50 milhões de litros do produto. A venda do produto acontecerá pela internet por meio do endereço www.comprasnet.gov.br. (Jornal do Commercio - 12.02.2007)
2 Usina de Mato Grosso admite elevar preço de gás da Bolívia
A direção da
Usina Termelétrica Governador Mário Covas, que tem contrato de importação
de gás natural da Bolívia, admitiu que pode elevar o preço do produto,
como deseja o presidente Evo Morales, mas alertou de que teria de repassar
o aumento ao consumidor final. Hoje, o contrato de fornecimento de gás
entre a usina e a Bolívia tem validade até 2019 e a termoelétrica faz
a aquisição do produto a US$ 1,19 o milhão do BTU. O governo boliviano
está propondo uma alta de 344% no valor. A termoelétrica tenta chegar,
no máximo, a US$ 4,10, preço parecido com o que paga a estatal brasileira.
(DCI - 12.02.2007)
3 Evo Morales visita o Brasil e discutirá preço do gás natural
O presidente
da Bolívia, EvoMorales, confirma visita de Estado ao Brasil dia 14, diz
o Ministério das Relações Exteriores. Deverá ser discutido na visita o
aumento do preço do gás natural boliviano comprado pelo Brasil. A questão
nuclear também pode ser tema de debate, já que Evo Morales declarou ser
a favor de um uso mais intensivo da energia nuclear no Brasil. (Diário
do Grande ABC - 12.02.2007)
4 Álcool brasileiro pode ser alternativa energética mundial
A última edição
da revista Science tem como destaque um dossiê sobre sustentabilidade
e energia. O consumo energético global é considerado pela revista como
"o maior desafio para um futuro sustentável". Os 22 artigos da seção especial
da edição tratam de avanços científicos e de perspectivas em tópicos como
energia solar, biocombustíveis, células de hidrogênio, energia fotovoltaica,
seqüestro de carbono e produção de combustíveis a partir de microrganismos.
Um dos destaques do dossiê é o artigo Etanol para um futuro de energia
sustentável, de José Goldemberg, secretário do Meio Ambiente do Estado
de São Paulo. O combustível comum nos postos brasileiros é apontado pela
revista em editorial como a "principal alternativa energética viável a
curto prazo". Para o físico Goldemberg, o destaque para o Brasil na edição
da Science mostra que a comunidade científica norte-americana percebeu
as vantagens do etanol baseado em cana-de-açúcar em relação ao combustível
produzido a partir do milho. A Science é publicada pela Sociedade Norte-Americana
para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês). (Inovação Tecnológica
- 12.02.2007)
5 Lula inaugura nova usina de biodiesel na Bahia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou dia 10, em Iraquara (BA), nova usina de biodiesel da empresa Brasil Ecodiesel. A unidade recebeu investimentos de R$ 22 milhões e é considerada, juntamente com a de Crateús (CE), a maior do país, com capacidade de produção de 108 milhões de litros por ano. A Brasil Ecodiesel é responsável por 60% da produção nacional e utiliza, como matérias-primas principais, a mamona, a soja e o girassol. Quase 35 mil famílias de agricultores que produzem a matéria-prima terão a venda garantida com a nova usina. (Agência Brasil - 10.02.2007)
6 Bagaço pode virar álcool a partir de 2009
O Brasil disputa a corrida tecnológica que decidirá quem vai conseguir tirar etanol de celulose. A partir de 2009, o país poderá ter dominado uma via de obtenção da energia contida no bagaço e na palha da cana-de-açúcar, afirma um cientista da Unicamp. Em tempos de aquecimento global, a obtenção do álcool de celulose -que pode ser obtida até mesmo do papel e de parte do lixo orgânico- tem uma elevada importância estratégica. "No caso do Brasil, onde há uma situação privilegiada de custo de matéria-prima, existem grandes chances de viabilizar a hidrólise ácida comercialmente de dois a cincos anos" afirmou Carlos Rossell, do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético da Unicamp. Pelos cálculos de Rossell, a hidrólise poderá aumentar a produção de etanol, sem ter de aumentar muito a área plantada. Desde que a geração de resíduos seja otimizada - hoje a palha, por exemplo, é quase toda queimada no campo- haverá 240 toneladas de biomassa celulósica para ser utilizada. Superadas as barreiras tecnológicas, esse total pode ser convertido em quase 500 mil litros de álcool, calcula o cientista. (Folha de São Paulo - 12.02.2007)
7 Areva construirá seis usinas de biomassa
A Areva definiu a assinatura de contratos para a construção de seis usinas de biomassa. Quatro unidades serão instaladas no Brasil e duas, em território tailandês. Os contratos com a CCC Machinery, na Alemanha, e Bua Sommai Electricity Generating Company, na Tailândia correspondem a investimentos totais superiores a 70 milhões de euros. As usinas, com capacidade unitária de 10 e 12 MW, serão movidas com refugo de madeira ou com casca de arroz. Segundo a indústria de equipamentos para energia, essas novas usinas de biomassa fornecerão eletricidade competitiva para as regiões rurais onde serão instaladas e gerarão o Certificado de Redução de Emissão de Carbono, o que permitirá a comercialização de créditos conforme definição do Protocolo de Kyoto. (DCI - 12.02.2007)
8 Projeto para novas usinas nucleares
O governo federal avalia um programa de energia nuclear que prevê, além da conclusão de Angra 3, uma nova usina a cada três anos até que a tecnologia responda por 5% da geração brasileira de eletricidade. A idéia é construir entre quatro e seis usinas a partir da próxima década e até 2030, em duas centrais nucleares de porte parecido ao de Angra dos Reis. Uma delas ficaria junto ao Rio São Francisco, no Nordeste. O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, no entanto, é contrário à idéia. (Zero Hora - 12.02.2007)
9 Ambientalistas decidem rever questão nuclear
As resistências à energia nuclear por causa de riscos ao meio ambiente receberam um golpe certeiro há duas semanas, com a divulgação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. Diante do aquecimento global, alguns ambientalistas começaram a afirmar que o uso da energia nuclear é um "mal menor". A tese fez até mesmo com que o Partido Verde reabrisse a discussão sobre o assunto, conta o deputado Sarney Filho (PV-MA), ex-ministro do Meio Ambiente."Houve pedidos para que a questão fosse novamente discutida, o que deverá ser feito em breve." (Estado de São Paulo - 12.02.2007)
10 GESEL-UFRJ: energia nuclear pode contribuir para a redução do efeito estufa
Os argumentos favoráveis à retomada dos investimentos em energia nuclear no Brasil ganharam reforço com a divulgação, na semana passada, de novos alertas sobre o aquecimento global. Segundo cálculos do setor, uma usina nuclear emite 100 vezes menos gases do efeito estufa do que usinas a gás natural, por exemplo. A tecnologia ganhou um aliado de peso após os alertas: o cientista britânico James Lovelock, que ajudou a descobrir que o gás CFC danifica a camada de ozônio. Lovelock disse que, frente à dificuldade para desenvolver tecnologias mais limpas, a energia nuclear deve ser priorizada em relação a usinas a carvão ou derivados de petróleo. "No curto prazo, o Brasil pode contribuir com a redução do efeito estufa se investir em energia nuclear", aponta o professor Nivalde de Castro, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ. "Não queremos competir com as hidrelétricas, mas ser uma alternativa térmica para períodos de menos chuva", diz o presidente da CNEN, Odair Gonçalves. Atualmente, a base térmica é responsável por 5% da geração de energia no País. As usinas nucleares de Angra, por 2%. Segundo a CNEN, a energia nuclear poderia atingir 5% a 6% em 2030. (O Estado de São Paulo - 11.02.2007)
Grandes Consumidores
1 Braskem reduz em quase 50% aportes em suas unidades
Os investimentos
da Braskem em aumento de capacidade este ano totalizarão cerca de R$ 50
milhões abaixo dos R$ 93 milhões aportados para a mesma finalidade no
ano passado. "Esse valor representa apenas ajustes marginais em algumas
unidades", diz o vice-presidente de Relações Institucionais da Braskem,
Alexandrino Alencar. (DCI - 12.02.2007)
2 CSN retoma estudos para investir em Portugal
A CSN está mais
próxima de realizar um investimento de US$ 400 milhões em Portugal. Antônio
de Albuquerque Júnior, presidente da Lusosider, empresa portuguesa do
grupo CSN, afirmou que o reforço da capacidade em Portugal "volta a ser
muito importante no processo de internacionalização" da companhia brasileira.
Benjamim Steinbruch, presidente da CSN, afirmou que o projeto de expansão
de capacidade "está dependendo do grupo, é preciso estudar um pouco mais,
é muito investimento". "Existem compromissos que foram discutidos com
as autoridades portuguesas, uma agenda de ambas as partes, que estão sendo
trabalhados, alguns já foram concluídos, outros estão em andamento", disse
o presidente da Lusosider. (Gazeta Mercantil - 12.02.2007)
3 PAC deve gerar ganhos para Vedacit
Após faturamento
de R$ 200 milhões no ano passado, empresa prevê crescimento de 12%. A
nacional Vedacit/Otto Baumgart, líder no mercado de fabricação de produtos
químicos para a construção civil, teve no ano passado um faturamento líquido
de R$ 200 milhões. O valor é 7% superior aos R$ 190 milhões obtidos em
2005. No embalo do PAC e de outras medidas implementadas no ano de 2006
voltadas para o setor, a companhia estima para 2007 um crescimento de
12%. (Gazeta Mercantil - 12.02.2007)
O cobre deverá
cair nesta semana, pressionado por especulações de que o aumento dos estoques
do metal vai contribuir para uma superoferta do produto este ano, segundo
a Bloomberg. O metal subiu 2% na semana passada em Londres, reduzindo
sua queda deste ano a 14%. Na sexta-feira, ele foi cotado a US$ 5.450
a tonelada, alta de US$ 179,50 na Bolsa de Metais de Londres. (Valor Econômico
- 12.02.2007)
Economia Brasileira
As oito medidas provisórias que integram o PAC receberam 719 emendas parlamentares, ou seja, centenas de sugestões apresentadas por deputados e senadores para alteração dos textos originais enviados pelo Palácio do Planalto. Antes de brigarem pela aprovação de suas emendas, os deputados terão a oportunidade de discutir todo o PAC com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo. Os três vão participar de uma Comissão Geral, no Plenário da Câmara, com a participação de todos os deputados, que antes de fazerem perguntas aos ministros vão ouvir as explicações sobre o PAC. (Jornal do Commercio - 12.02.2007)
2 Meirelles: país não tem meta de câmbio
Em meio à contínua queda da cotação do dólar no mercado brasileiro, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou na sexta-feira que o Brasil não tem uma meta para a taxa de câmbio e que a volatilidade do real está diminuindo. "Nós não trabalhamos com meta de câmbio", afirmou Meirelles em meio a forte debate no País sobre o rumo do real e a atuação do BC. "O câmbio tem diminuído de volatilidade no Brasil. Se olharmos, vemos que tem se aproximado de outras moedas", acrescentou. As declarações foram feitas por Meirelles quando participava, em Lisboa, de um fórum organizado pela Fundação Luso-Brasileira. (Gazeta Mercantil - 12.02.2007)
3 Desvalorização atinge 38,2% das exportações
Um volume de 61,8% das exportações brasileiras do setor industrial podem
não estar sendo diretamente afetados pela valorização do real. Os 38,2%
restantes são formados por setores que não compram no exterior, como calçadista,
alimentos e bebidas e couro. São afetados pelo dólar mais barato porque
perdem competitividade. A conclusão é de um estudo do economista Fernando
Pimentel Puga, do BNDES, segundo o qual o efeito do câmbio sobre as exportações
industriais não deve ser medido apenas pelo impacto sobre o total exportado
e é cauteloso em se tratar de fixar uma cotação ao dólar. "É um preço
importante para a economia, tem que ser monitorado. Não vejo no horizonte
mais próximo nenhum risco para as exportações. Tem um cenário de tranquilidade
para os setores importadores." (Gazeta Mercantil - 12.02.2007)
4 OCDE quer iniciar negociação para a adesão brasileira
A Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), espécie de clube dos
países ricos, prepara-se para deflagrar seu processo de admissão de novos
membros e o Brasil está no topo da lista. O secretário-geral da entidade,
Angel Gurria, disse ao Valor que a decisão deverá ser aprovada em maio,
no conselho anual de ministros, por recomendação dele e após anos de hesitações
entre os membros atuais. Há um bom número de países candidatos, mas Gurria
afirmou que a prioridade é atrair o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China),
composto pelas principais economias emergentes, e foi enfático sobre a
adesão brasileira. "As portas da OCDE estão abertas para começar a negociar
a adesão formal do Brasil", disse. "O caso do Brasil se recomenda por
si só, não apenas porque é grande, como também por sua contribuição para
a economia mundial." (Valor Econômico - 12.02.2007)
5 Demanda por bens de capital se mantém aquecida em 2007
Em 2006, tanto
a produção como a importação de bens de capital cresceram com força e
impulsionaram o investimento na economia. A fabricação doméstica aumentou
5,7%, enquanto as compras externas avançaram 24%. Estimativas da LCA Consultores
mostram um crescimento de 10,3% no consumo aparente de máquinas e equipamentos
no ano passado, calculado pela soma da produção e das importações de bens
de capital, excluindo as exportações (que caíram 0,6% em 2006). Esse ritmo
de 10,3% é quase cinco vezes maior que os 2,1% registrados em 2005. (Valor
Econômico - 12.02.2007)
6 BNDES fecha 2006 com lucro recorde
O BNDES fechou 2006 com um patrimônio de referência ligeiramente menor que o do terceiro trimestre, embora tenha obtido um lucro recorde de R$ 6,3 bilhões, 97,7% superior ao obtido em 2005, de R$ 3,2 bilhões. A redução ocorreu em decorrência do pagamento obrigatório à União de 25% de dividendos sobre o lucro do Banco. Com isso, o patrimônio líquido ficou em R$ 19,1 bilhões contra R$ 19,2 bilhões alcançados até setembro do ano passado. Como o patrimônio de referência é o patrimônio líquido, mais 50% dele e mais R$ 5,3 bilhões (dívida transformada em capital híbrido pelo Tesouro para capitalizar o banco no ano passado), baixou de R$ 34,2 bilhões até setembro para R$ 33,8 bilhões no final de 2006. (Valor Econômico - 12.02.2007)
7 Desembolsos do BNDES devem chegar a R$ 61,2 bi
Em janeiro, enquanto o governo divulgava o PAC, empresas aumentavam em
88% os empréstimos tomados no BNDES. Os desembolsos de janeiro atingiram
R$ 4,6 bilhões e as aprovações, R$ 7,6 bilhões. O valor dos projetos enquadrados
atingiu R$ 10,2 bilhões no mês passado, enquanto as consultas para novos
empréstimos somaram R$ 9,6 bilhões. A instituição desembolsou R$ 54,4
bilhões nos últimos 12 meses movida principalmente pela indústria e pelo
setor de infra-estrutura. Os dois setores aumentaram o crédito em 36%
e 51% respectivamente. A tendência é crescer mais: 16 projetos de geração
elétrica equivalentes a seis mil MW estão na carteira do banco. Apesar
do aumento do ritmo dos investimentos, o presidente da instituição, Demian
Fiocca, prevê um aumento de 17% no total de desembolsos, de R$ 58,2 bilhões
a R$ 61,2 bilhões em 2007. O aumento foi definido como meta do BNDES na
sexta-feira pelo Conselho de Administração. (Gazeta Mercantil - 12.02.2007)
8 IPCA registra a menor alta em doze meses desde fevereiro de 1999
O IPCA, que
baliza a política de metas de inflação no País, subiu 0,44% em janeiro,
depois da alta de 0,48% em dezembro, informou sexta-feira o IBGE. A inflação
acumulada nos 12 meses encerrados em janeiro ficou em 2,99% - o menor
patamar desde fevereiro de 1999 - em comparação com 3,14% acumulados em
2006. A meta do ano é de 4,5%, com margem de variação de dois pontos percentuais,
para cima ou para baixo. (Gazeta Mercantil - 12.02.2007)
9 FOCUS: Aposta para Selic média cai para 12,22% ao final do ano
O mercado reduziu
ligeiramente a aposta para o nível médio do juro ao final de 2007. Conforme
relatório produzido pelo Banco Central em 9 de fevereiro, analistas apostam
que a taxa Selic termine o ano com média de 12,16% anuais contra cenário
que previa 12,22% da semana anterior. Apesar dessa ligeira redução, a
projeção para a Selic ao final de 2007 permanece em 11,5%. A despeito
do cenário de corte da taxa Selic e o menor gasto com o pagamento de juros
da dívida, o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor
público consolidado e o Produto Interno Bruto (PIB) subiu. O dado passou
de 48,9% para 49% do PIB ao final do ano. (InvestNews - 12.02.2007)
10 FOCUS: Projeção do IPCA e preço administrado caem abaixo de 4%
As projeções
do mercado financeiro para o comportamento dos preços em 2007 apresentaram
nova redução. Conforme o relatório de mercado produzido em 9 de fevereiro
pelo Banco Central, analistas acreditam que IPCA acumule 3,97% em 2007,
patamar inferior aos 4,07% observados na semana passada No IGP-M, que
deve terminar o ano em 4,10% contra 4,25% da semana passada. Para o Índice
Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), redução de 4,25% para
4,13%. Para o IPC da Fipe, o movimento foi contrário, com ligeira elevação
3,97% para 4%. (InvestNews - 12.02.2007)
11 Projeções de câmbio para o fim do ano são revisadas
A esperada valorização
do dólar no final deste ano, que seria a primeira após quatro anos de
apreciação do real, pode ficar para trás. Ainda que analistas não antevejam
com certeza se o movimento brusco de alta do real nas últimas semanas
será permanente, já começam a rever projeções para a cotação do câmbio
no fim do ano. O último Boletim Focus do Banco Central - com estimativas
de 100 consultorias e instituições financeiras - aponta, como expectativa
média do mercado, o dólar encerrando dezembro cotado a R$ 2,20. Em janeiro,
esta projeção era de R$ 2,25 e em novembro, de R$ 2,30. O câmbio fechou
2006 em R$ 2,136. "Com os últimos movimentos, o câmbio deve girar em torno
dos R$ 2,12 neste semestre. No segundo semestre, no entanto, com a diminuição
da taxa de juros real, a entrada de recursos estrangeiros tende a ser
menor e provavelmente teremos saldo comercial menor, diminuindo a pressão
sobre o câmbio, o que permitirá encerrar dezembro com uma taxa de R$ 2,25",
afirma o economista da LCA Consultores Ricardo Vieira. A estimativa anterior
da consultoria era de um câmbio a R$ 2,30 no fim de 2007. (Jornal do Commercio
- 12.02.2007)
O dólar comercial
iniciou as operações apreciado em relação ao fechamento de sexta-feira,
a R$ 2,1150. Às 10h11, a moeda estava a R$ 2,1170 na compra e a R$ 2,1190
na venda, com alta de 0,47%. Na sexta-feira, o dólar comercial subiu 0,71%,
a R$ 2,1090 na venda. Na semana, a valorização atingiu 0,19%. (Valor Online
- 12.02.2007)
Internacional
1 China quer incentivar eficiência e vai mudar precificação da energia
A China, maior
consumidor mundial de energia depois dos EUA, vai acelerar as mudanças
na maneira como precifica os produtos de energia. Além disso, vai restringir
o crédito bancário às indústrias que desperdiçam combustível e são poluentes.
Os chineses querem revisar sua política de preços de energia para assegurar
que os custos de consumo se tornem altos o bastante para encorajar a conservação
e deter o desperdício. A China controla o preço da gasolina, do diesel
e dos produtos energéticos como eletricidade e gás natural com o objetivo
de segurar a inflação. O governo vai mudar o modo como compõe os preços
para que eles reflitam melhor os preços praticados nos mercados internacionais.
"A reforma na precificação dos recursos naturais é urgente para criar
uma sociedade que economiza energia e assegurar o desenvolvimento sustentável",
disse o BC. "As reformas podem levar os preços a uma flutuação no curto
prazo, mas no longo prazo elas vão ajudar a mudar a economia estruturalmente,
melhorar as condições de mudança na política monetária e assegurar o desenvolvimento
econômico sustentável", completa. (Valor Econômico - 12.02.2007)
2 Irã reafirma disposição de enriquecer urânio
Durante as comemorações
do 28º aniversário da Revolução Islâmica, o presidente iraniano Mahmoud
Ahmadinejad disse em discurso que o país não irá desistir do enriquecimento
do urânio. Na Alemanha, na reunião do Conselho de Segurança, a disposição
do Irã foi reforçada por Ali Larijani, negociador-chefe do país para a
questão nuclear. Ele disse que a exigência para que o Irã suspenda o enriquecimento
como premissa para a negociação se equipara a "castigar alguém por crime
não-cometido". Larijani quase ofuscou a presença do novo secretário de
Defesa americano, Robert Gates, no Conselho de Segurança. Gates, porém,
conseguiu os holofotes ao declarar que "não haverá uma segunda Guerra
Fria", em resposta às críticas do presidente russo Vladimir Putin à Otan
e aos EUA. (Valor Econômico - 12.02.2007)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro mailto:nivalde@ufrj.br
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Bianca Reich, Carolina Tavares, Felipe
Botelho e, Igor Briguiet.
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vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte
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