l IFE: nº 1.974 - 05
de fevereiro de 2007 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE Regulação e Reestruturação do Setor 1 Gesel promove seminário com Luiz Pinguelli Rosa Buscando traçar
uma análise sobre o setor elétrico no atual governo, o Grupo de Estudos
do Setor Elétrico (Gesel) do Instituto de Economia da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (IE/UFRJ), realiza, às 14h do próximo dia 8 de fevereiro,
quinta-feira, o Seminário Dinâmica e Perspectivas do Setor Elétrico: O
SETOR ELÉTRICO NO ATUAL GOVERNO. Na ocasião, o professor e Coordenador
do Programa de Planejamento Energético COPPE/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa,
falará sobre as perspectivas em relação ao setor a partir da avaliação
das políticas apresentadas pelo atual governo. O evento faz parte de uma
série de seminários sobre o setor elétrico organizados pelo Gesel desde
2005 e que já contou com a participação de inúmeros especialistas e pesquisadores
do Setor Elétrico brasileiro. O Gesel é um grupo de estudos do Instituto
de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ) que desenvolve
pesquisas e análises econômicas sobre o Setor de Energia Elétrica no Brasil
sob a coordenação do professor Nivalde de Castro. Mais informações pelo
e-mail nuca@nuca.ie.ufrj.br (GESEL-IE-UFRJ - 05.02.2007) 2 SÉRIES 2006 evidencia consolidação do marco regulatório O marco regulatório
do setor elétrico está consolidado. A conclusão é resultado da versão
2006 do livro "Séries Econômico-Financeiras das Empresas do Setor de Energia
Elétrica", lançado nesta segunda-feira (5/2) no Rio de Janeiro. A publicação
é desenvolvida pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ,
com financiamento da Eletrobrás. Segundo o coordenador do Gesel e um dos
autores do livro, o professor Nivalde de Castro, a consolidação das regras
do setor é comprovada pelo aumento do lucro e do faturamento das empresas
elétricas, em geral. Outro ponto destacado pelo acadêmico, foi a melhoria
do padrão de endividamento das empresas. As companhias estão renegociando
as dívidas, obtendo endividamentos com prazos de pagamento maiores e taxas
de juros menores. "Isso demonstra que o setor financeiro está confiante
no setor elétrico brasileiro", explica Castro. (Editora Brasil Energia
- 05.02.2007) 3 Seminário do Gesel sobre PAC: medidas ajudarão crescimento econômico do país Após uma análise
sistemática sobre o impacto do Plano de Aceleração do Crescimento no setor
elétrico brasileiro, os especialistas João Sicsú, professor de economia
da UFRJ, Elbia Melo, conselheira da CCEE, e Rubens Branco, consultor tributário
da Branco Consultoria, concluíram que as ações previstas no PAC irão,
de fato, ajudar no crescimento econômico do país. A análise foi feita
durante o seminário realizado nesta sexta-feira, 2 de fevereiro, pelo
Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ. Para Elbia Melo, que avaliou
o PAC na perspectiva do setor elétrico, o plano mostra um aspecto positivo
na questão do planejamento. "Apesar de os projetos que estão no PAC não
serem novidades, eles foram muito bem planejados e estão sendo muito bem
monitorados", salientou. Elbia destacou também o aspecto de financiamento,
que segundo ela, melhorou com as novas condições do plano. Segundo o professor
de economia da UFRJ, João Sicsú, "O PAC representa uma mudança de concepções,
no sentido de assumir que precisa de ações do governo para acelerar o
crescimento", comentou. O coordenador do Gesel, Nivalde de Castro, concluiu
que o plano favorece o capital privado e desfavorece as empresas estatais.
"As estatais estão amarradas ao superávit fiscal. Então, eu pergunto:
qual é, de fato, o papel das estatais?", indagou o coordenador. (Agência
Canal Energia - 02.02.2007) 4 Aneel prevê a entrada de 2,8 mil km de LTs em
2007 5 Ibama: análise da viabilidade ambiental do complexo do rio Madeira em fevereiro O diretor
de licenciamento do Ibama, Luiz Felippe Kunz Jr., afirmou que a autarquia
pretende concluir ainda em fevereiro a análise da viabilidade ambiental
do complexo do rio Madeira. Uma reunião com técnicos bolivianos está prevista
para ocorrer nos próximos dias, no Rio. A equipe do Ibama, funcionários
de Furnas e do Ministério de Minas e Energia vão explicar em detalhes
o projeto do complexo hidrelétrico. De acordo com Kunz, se ficar comprovado
que as usinas não causam impacto no território boliviano, conforme argumenta
o estudo ambiental feito pelo consórcio Furnas-Odebrecht, o Ibama não
dependerá de aval da Bolívia para emitir a licença prévia. "Mas ainda
não tenho um parecer dos técnicos sobre a viabilidade ambiental", informou
o diretor do Ibama. O governo se comprometeu apenas a informar detalhadamente
os bolivianos sobre a análise e o andamento do projeto, por meio do Itamaraty.
(Valor Econômico - 05.02.2007)
6 Relatório do Greenpeace: Brasil pode crescer impulsionado por fontes renováveis O Greenpeace
apresentou o relatório [R]evolução Energética - Brasil, um guia que mostra
a viabilidade de se ter uma matriz energética limpa baseada em fontes
renováveis - ventos, sol e biomassa - sem comprometer o crescimento econômico
do país e contribuir para piorar o efeito estufa. A conclusão é que o
país pode crescer até 2050 impulsionado por fontes renováveis de energia
e eliminar as fontes sujas - petróleo, carvão e nuclear. Para isso, é
preciso uma estruturação do setor em torno da conservação de energia e
políticas públicas de apoio a energias renováveis. Os dados do relatório
integram o capítulo brasileiro de um estudo global encomendado pelo Greenpeace
e pela Comissão Européia de Energia Renovável (Erec) ao Centro Aeroespacial
da Alemanha (DLR), um dos mais conceituados institutos de pesquisa na
área de cenários energéticos. No Brasil, a parceria foi com o GEPEA (Grupo
de Engenharia de Energia e Automação de Elétricas da Escola Politécnica
da USP) para projetar os cenários de geração de eletricidade no Brasil.
Para ler o estudo na íntegra, clique aqui.
(Greenpeace - 02.02.2007) 7 Eficiência energética reduz emissão de gás carbônico A busca por maior eficiência energética é a maneira mais eficaz de reduzir um possível aumento das emissões de gás carbônico pelo sistema elétrico brasileiro, apontam especialistas do setor. Estudo divulgado ontem pelo Greenpeace aponta um potencial de economia de até 413 mil GWh por ano em 2050, se houver incentivo ao consumo mais inteligente de energia. Em sua proposta de matriz energética brasileira, feita em parceria com especialistas da USP, o Greenpeace calcula que a melhoria no consumo de energia pode poupar R$ 70 bilhões por ano, a partir de 2050, no custo da energia no País. "Eficiência energética se traduz em redução da necessidade de expansão do parque gerador e evita o aumento das emissões de CO2 no futuro", afirma o professor de planejamento energético da Coppe/UFRJ, Roberto Schaeffer. Na opinião de Schaeffer, o tema ainda é tratado como o 'primo pobre' do setor elétrico brasileiro, relegado ao segundo plano em discussões que privilegiam a construção de usinas. "Infelizmente, eficiência energética não dá voto como anunciar grandes obras." (O Estado de São Paulo - 03.02.2007) 8 Investimento em termoelétricas deixa
de lado o critério de energia menos poluente 9 Consumidor terá de pagar por testes em usinas O teste realizado
nas usinas termelétricas para verificar sua real capacidade de geração
será pago pelos consumidores. O montante -aproximadamente R$ 37 milhões-
será rateado entre as distribuidoras de energia, que repassarão a conta
para seus clientes. "Quando o agente regulador [Aneel] determina o teste,
a legislação prevê o repasse. Vai chegar ao consumidor de forma escalonada,
na data normal do reajuste de cada distribuidora", afirmou Ronaldo Schuck,
secretário do MME. As usinas foram testadas em dezembro porque havia a
suspeita de que elas não tinham gás natural suficiente para produzir toda
a energia que afirmavam poder gerar. Após os testes, verificou-se que
as usinas termelétricas só podiam produzir 4.395 MW médios, de uma potência
total declarada de 8.020 MW. Com o resultado do teste, a Aneel determinou
que a energia inexistente fosse retirada dos cálculos do ONS. Dessa forma,
deixaram de fazer parte do sistema elétrico 3.624,55 MW médios -energia
equivalente a aproximadamente duas vezes a produção das usinas nucleares
(Angra 1 e 2, somadas) ou a 6,8% do que foi consumido no país na última
quinta-feira (exceto região Norte). A falta de gás natural para as usinas
termelétricas já era um fato conhecido pelo governo e pelo mercado. Com
a realização dos testes, essa informação foi oficializada, o que elevou
os preços da energia no mercado de curto prazo e aumentou a percepção
de risco de falta de energia nos próximos anos. O custo do teste vai ser
incorporado em um encargo do setor chamado Encargos de Serviços do Sistema
(ESS). (Folha de São Paulo - 03.02.2007) 10 Compensação Financeira: municípios arrecadaram R$ 440 mi em 2006
11 Fiesp busca espaço para setor privado participar do CMSE A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e o MME debateram a possibilidade de empresas do setor privado participarem, como convidadas, das reuniões do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico Brasileiro. Segundo a Fiesp, o objetivo de acompanhar as reuniões do CMSE é de permitir a participação mais ampla do setor privado nas discussões sobre oferta e demanda para poder, com base nas informações obtidas, tomar as medidas necessárias para evitar o déficit. O MME recebeu sugestões da entidade para implementar ações que seriam necessárias para evitar uma eventual elevação do risco de déficit em 2009 e 2010, diante de um crescimento do Produto Interno Bruto de, pelo menos, 4% ao ano, projetadas pelo PAC. (Agência Canal Energia - 02.02.2007) 12 Usina Campos Novos entra em operação A primeira turbina da Usina Hidrelétrica Campos Novos foi ativada neste fim de semana e marcou o início da operação comercial do empreendimento, considerado o maior em implantação no estado de Santa Catarina e a terceira barragem mais alta do mundo (202 metros de altura). Com a primeira máquina funcionando, serão colocados 293,3 MW no Sistema Interligado Nacional. Os investimentos chegam a R$ 1,5 bilhão, financiados com recursos próprios (45%) e pelo BNDES e BID, ambos com (55%). As outras duas unidades de geração, assim como a primeira, terão, cada uma, potência máxima instalada de 293,3 MW e devem entrar em funcionamento, respectivamente, dentro de 30 e 60 dias. Quando a terceira unidade estiver ativada, a usina alcançará a potência prevista de 880 MW. Esta usina entra em operação com atraso de um ano porque houve uma infiltração nos túneis de desvio do rio e, em junho de 2006, a empresa teve que esvaziar o reservatório e restituir todo o sistema de fechamento das comportas. (Gazeta Mercantil - 05.02.2007) A Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica elegeram nesta sexta-feira, 2 de fevereiro, os novos membros do conselho de administração da entidade. Renato Volponi Lício, da Enertrade, é o novo presidente do conselho da Abraceel. Ele substitui Paulo Cezar Coelho Tavares, do Grupo CPFL. Os novos conselheiros e vice-presidentes são: Geraldo Mota (Grupo Brascan); Luiz Otávio Henriques (Elektro); Paulo Cezar Coelho Tavares (CPFL); Paulo César Fernandes da Cunha (NC Energia); Rubens Takano Parreira (Delta); Walfrido Victorino Ávila (Tradener); e Walter Luiz de Oliveira Froes (CMU Energia). (Agência Canal Energia - 02.02.2007)
Empresas 1 Celesc quer reforçar relacionamento com Aneel A nova diretoria
da Celesc visita a Aneel dia 5 de fevereiro. O diretor de comercialização
da empresa, Carlos Alberto Martins, explica que a intenção do novo presidente
é estabelecer o relacionamento com a Aneel. Na pauta da reunião, está
a situação do processo de venda da Maesa, que aguarda pronunciamento da
Aneel, além do processo de desverticalização da Celesc. A possibilidade
de venda da energia das PCHs para consumidores livres, que também espera
decisão da agência, também será abordada. (Agência Canal Energia - 02.02.2007)
2 Celesc fatura R$ 1,4 mi com venda de energia de Machadinho A Celesc conseguiu comercializar toda a energia da hidrelétrica de Machadinho (1.140 MW), correspondente à participação, e que foi disponibilizada em leilão dia 1º de fevereiro. A empresa faturou R$ 1,4 milhão com a venda de dois produtos: um de 49,92 MW médios, flat, e outro de 58,073 MW médios, para carga pesada. A empresa conseguiu um ágio de 35% sobre o PLD no produto flat e de 38,1%, no produto pesado. A empresa poderá realizar ainda mais um leilão, dependendo do trâmite, na Aneel, da venda da participação na Maesa. A Celesc também tenta comercializar 25 MW de capacidade das PCHs do grupo. A empresa aguarda apenas autorização da Aneel para vender o produto. (Agência Canal Energia - 02.02.2007) No pregão do
dia 01-02-2007, o IBOVESPA fechou a 44.997,83 pontos, representando uma
alta de 0,41% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3 bilhões.
As empresas que compõem o EE apresentaram desvalorização de 0,33% fechando
a 13.940,93 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento:
ficaram cotadas a R$ 49,43 ON e R$ 47,23 PNB, baixa de 1,10% e 1,19%,
respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura
do pregão do dia 05-02-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$
49,43 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 47,23 as ações
PNB, estável em relação ao dia anterior. (Investshop - 05.02.2007) 4 Curtas
Leilões 1 União quer mais disputa em leilões do rio Madeira O governo desenha
um novo formato para os leilões das usinas hidrelétricas do rio Madeira,
previstos para 2007. A idéia desenvolvida pelo MME é acirrar ao máximo
a competição no setor privado e oferecer, ao consórcio que se comprometer
com as menores tarifas de geração de energia e vencer as licitações, uma
participação estatal para impulsionar a construção das usinas, por meio
da Eletrobrás ou do BNDES-Par. O que se busca é uma forma de superar eventuais
obstáculos jurídicos para a entrada de subsidiárias da Eletrobrás ou do
BNDES-Par no negócio somente depois dos leilões. Ambos possuem o mesmo
status legal de empresas privadas no momento de participar de uma licitação.
Por isso, o que se estuda é como viabilizar a participação das estatais
não apenas em um consórcio específico, como a ensaiada aliança entre Furnas
e Odebrecht, mas oferecer um "empurrão" ao grupo privado com a melhor
proposta. Em fase de estudos, esse modelo para os leilões do Madeira tem
dois objetivos principais. O primeiro é estimular a competição na busca
por tarifas mais baixas e um custo de construção menor. O segundo é afastar
as críticas de que os leilões serão um jogo de cartas marcadas para entregar
a concessão a Furnas e Odebrecht. (Valor Econômico - 05.02.2007) 2 Rondeau: nova estimativa de custos para usinas do rio Madeira O ministro Silas Rondeau deu uma nova estimativa de custos para as usinas hidrelétricas do rio Madeira, há duas semanas, na divulgação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo ele, a construção do complexo hidrelétrico poderia cair para algo entre R$ 12 bilhões e R$ 18 bilhões, por causa da competição. (Valor Econômico - 05.02.2007) 3 Novo consórcio deverá disputar usinas do rio Madeira Na semana passada,
a Abiape, associação de investidores em auto-produção de energia - que
reúne Camargo Corrêa, BHP Billiton e Gerdau, entre outros -, apresentou
formalmente a Rondeau a disposição das associadas em entrar nas licitações
das usinas hidrelétricas do rio Madeira, em parceria com os consórcios.
Agora, um novo grupo de empresas nacionais e estrangeiras promete esquentar
a disputa. O sócio-diretor da PLP Consultoria, José David Pons, um dos
articuladores do grupo, afirmou que a formação do consórcio deverá ser
fechada no fim do mês, quando representantes dos investidores vão se reunir
na China. A chinesa CTIC está disposta a investir US$ 2 bilhões em capital
próprio nas hidrelétricas, disse Pons. As demais empresas podem entrar
com 30% do valor das usinas, em recursos próprios, e pleitear financiamento
para o restante junto ao BNDES. O consórcio articulado por Pons tem outro
participante de peso: a Impsa, da Argentina, que recentemente comprou
a divisão de equipamentos hidrelétricos da General Electric. Segundo o
executivo, novos investidores potenciais são "bem-vindos", mas o atual
grupo de empresas já tem "inércia suficiente" para entrar nos leilões
com poder de fogo para arrematar as concessões. (Valor Econômico - 05.02.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Falta de gás natural aumenta risco de apagão A falta
de gás natural para termelétricas levou a projeção de níveis de risco
de falta de energia para patamares superiores a 20% a partir de 2010.
Esse percentual é três vezes maior do que o risco oficialmente tolerado
pelo governo, de 5%. Os números foram calculados por um agente do setor
elétrico a pedido da Folha, com base nos dados oficiais do ONS para o
mês de fevereiro de 2007, contidos no PMO (Programa Mensal da Operação).
O nível real de risco só foi revelado porque a Aneel decidiu testar as
termelétricas a gás, obtendo o seguinte resultado: dos 8.020 MW que afirmavam
poder gerar, as usinas só conseguiram produzir 4.395,45 MW médios. Isso
significa que, ao calcular o nível de risco, estavam sendo levados em
consideração 3.624,55 MW médios que não existem na prática. A agência
reguladora determinou então que o ONS retirasse a energia "fantasma" da
sua programação. Com menos energia, o risco de desabastecimento sobe.
O resultado prático pode ser visto quando o ONS fechou o PMO e os agentes
puderam rodar o modelo ("Newave") que indica o risco, já com a energia
inexistente fora dos seus cálculos. Os níveis de risco de falta de energia
superam o aceitável a partir de 2009, ficando mais críticos a partir de
2010. (Folha de São Paulo - 03.02.2007) 2 Chuvas recompõem os reservatórios As chuvas intensas que atingiram principalmente o Sudeste garantem, mesmo que haja uma forte estiagem daqui para frente, o atual patamar dos reservatórios e o abastecimento seguro pelo menos até o final do ano que vem, atesta o professor da Coppe/UFRJ Roberto Schaeffer. "Mesmo que daqui para frente enfrentemos o pior nível de chuvas dos últimos 100 anos, o abastecimento estará garantido. Temos que ter atenção é com 2009 e 2010, senão teremos que continuar torcendo para São Pedro", afirma. Depois de um período de intensa seca no Rio Grande do Sul, e uma queda dos níveis dos reservatórios no fim do período seco maior do que o constatado nos últimos anos, os reservatórios chegaram ao final de janeiro com média de ocupação superior ao verificado no mesmo período do ano passado. (Jornal do Commercio - 05.02.2007) 3 Indústria e residências desperdiçam mais energia Os brasileiros,
em suas casas, estão em segundo lugar no ranking de quem mais desperdiça
energia elétrica no País. De acordo com dados preliminares da Eletrobrás,
que vem realizando estudos para avaliar o consumo energético em parceria
com universidades, 25% da energia consumida nas casas é desperdiçada.
Ou seja, um em cada quatro reais gastos com a conta de luz é devido ao
desperdício. O setor industrial, porém, é o grande campeão, jogando fora
31% da energia que recebe. Esse resultado é responsável por perdas relativas
a R$ 1,193 bilhão, que poderiam ser evitadas se as empresas utilizassem
aparelhos e serviços mais eficientes. A lista de piores usos da energia
segue com comércio (19%), setor público (5%), saneamento (5%), e iluminação
pública (4%). Com o uso de equipamentos eficientes, a economia de energia
em todos esses setores somaria R$ 3,859 bilhões, estima a estatal. (O
Povo - 05.02.2007) 4 Grandes empresas desperdiçam menos energia para lucrar mais A maioria
das grandes companhias apresenta índices de eficiência razoáveis no aproveitamento
de energia, desperdiçando menos que pequenas empresas, porque sabem que
isso representa retorno financeiro, avalia o chefe da Divisão de Planejamento
e Conservação de Energia da Eletrobrás, Hamilton Pollis. Segundo ele,
outro fator que contribui para o bom aproveitamento é uma linha de financiamento
do BNDES para empresas de serviços de conservação de energia, além de
programas de crédito para a indústria em geral. O crédito vale para investimentos
em saneamento ambiental (aterros sanitários, projetos de água e esgoto),
redução do uso de energia e materiais por unidade de produto ou serviço,
recuperação e conservação de ecossistemas e biodiversidade, planejamento
e gestão ambiental, recuperação de passivos ambientais. (Agencia Brasil
- 05.02.2007) 5 Programa de combate ao desperdício prevê poupar duas Itaipu até 2015 O balanço
de 2006 do Procel, que é desenvolvido pela Eletronorte, ainda não foi
fechado. Em 2005, as ações do programa resultaram numa economia de cerca
de 2.158 gigawatts/hora no País, o que equivale ao consumo anual de 1,5
milhão de casas. A redução do desperdício garantiu uma economia de R$
2 bilhões, valor que se refere a investimentos que não precisaram ser
feitos em geração, transmissão e distribuição de energia em 2005. No ano
passado, a Eletrobrás estima números melhores. "Eu diria que nós teremos
um crescimento de pelo menos 5% em relação ao número do ano anterior",
afirma o chefe da Divisão de Planejamento e Conservação de Energia da
Eletrobrás, Hamilton Pollis. As metas de longo prazo do Procel prevêem
redução da demanda da ordem de 130 bilhões de quilowatts por hora em 2015,
evitando a instalação de 25 mil MW, o que corresponde a duas Itaipu. (Jornal
de Brasília - 03.02.2007) 6 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 79% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 79%, apresentando
alta de 0,6% em relação à medição do dia 31 de janeiro. A usina de Furnas
atinge 92,4% de volume de capacidade. (ONS - 1.02.2007) 7 Sul: nível dos reservatórios está em 63,3% O nível
de armazenamento na região Sul não apresentou diferença significativa
no nível de armazenamento em relação à medição do dia 31 de janeiro, com
63,3% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 53,6%
de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 1.02.2007) 8 NE apresenta 78% de capacidade armazenada Apresentando
alta de 0,4% em relação à medição do dia 31 de janeiro, o Nordeste está
com 78% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 77,7% de volume de capacidade. (ONS - 1.02.2007) 9 Norte tem 48,8% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 48,8% sem apresentar variação
significativa em relação à medição do dia 31 de janeiro. A usina de Tucuruí
opera com 42,6% do volume de armazenamento. (ONS - 1.02.2007) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 03/02/2007 a 09/02/2007. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 ANP elimina restrição para evitar disputas na 9ª Rodada A ANP voltou atrás e eliminou as restrições para a aquisição de blocos exploratórios da próxima rodada de licitações. Razão da briga judicial que levou à suspensão da oitava rodada, no fim do ano passado, a regra foi descartada para evitar que novas batalhas judiciais comprometam a realização do leilão. O edital da rodada será divulgado nas próximas semanas. Segundo fontes envolvidas na preparação da nona rodada, é possível que outros mecanismos sejam criados para se evitar a concentração de áreas por uma única empresa. A limitação para aquisição de blocos tinha justamente esse objetivo. A revogação da regra favorece a Petrobras, que tradicionalmente arremata a maior parte dos blocos ofertados. Com a supressão da norma, o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, afirmou que a empresa está empenhada em atuar de forma agressiva no próximo leilão para aumentar suas reservas de gás e, assim, garantir a relação reservas/produção de no mínimo 15 anos. (DCI - 05.02.2007) 2 Morales exige 'preço político' para vender gás O presidente
da Bolívia, Evo Morales, avisou ao governo brasileiro, por intermédio
de seus ministros, que só fará a visita oficial ao Brasil, prevista para
14 de fevereiro, se o governo brasileiro aceitar um "preço político" para
o gás boliviano fornecido ao país. O adiamento, por prazo indefinido,
da viagem de Morales, será, se confirmado, mais uma demonstração visível
da deterioração na relação entre os dois governos, alimentada pela crescente
tensão política no país vizinho. Autoridades bolivianas argumentam que
não há condições políticas internas para Morales viajar ao Brasil sem
obter, durante a visita, um sinal verde para o aumento do gás fornecido
ao Brasil. No fim de semana, foi preciso recorrer ao Exército para retomar
instalações da estatal distribuidora de gás Transredes, invadida por manifestantes
em Camiri. (Valor Econômico - 05.02.2007) 3 Brasil e EUA buscam uma estratégia comum para promover uso do etanol O Brasil e os
Estados Unidos estão em busca de uma estratégia comum para promover o
uso do etanol como combustível alternativo à gasolina. Dois altos funcionários
do Departamento de Estado dos EUA chegam ao Brasil amanhã para visita
de três dias em que o etanol estará no topo da agenda. A missão será liderada
pelo número três do departamento, o subsecretário de assuntos políticos,
Nicholas Burns, e incluirá o assessor especial da secretária Condoleezza
Rice na área de energia, Greg Manuel. Eles terão contatos com o governo
e o setor privado para discutir o assunto. (Valor Econômico - 05.02.2007)
4 França pleiteia construção de Angra 3 A ministra de
Comércio Exterior da França, Christine Lagarde, obteve na sexta-feira
um sinal favorável do governo brasileiro à retomada do projeto Angra 3,
de geração de energia nuclear. A França pleiteia que a companhia Areva,
de capital francês, conduza a possível construção da usina, que demandará
um investimento de R$ 7,2 bilhões. Christine tratou do tema com a ministra
da Casa Civil, Dilma Roussef, que coordenou a elaboração do PAC e que
é a principal responsável pela implementação do pacote. A usina de Angra
3 foi indiretamente incluída no capítulo do PAC que trata da elevação
da geração de energia elétrica no País. "Nossas perspectivas de parceria
irão muito além de Angra 3", resumiu Christine, ao lado do ministro do
Planejamento, Paulo Bernardo, que atua com Dilma Rousseff na implementação
do PAC. "Concluímos que é conveniente realizar estudos de curto, médio
e longo prazos nessa área. Tudo foi muito positivo", completou a ministra
francesa, que visitou no sábado as usinas de Angra 1 e Angra 2 (RJ) e
recebeu informações mais profundas sobre Angra 3. Mais cauteloso, Paulo
Bernardo afirmou que o governo decidirá sobre a retomada ou não do projeto
de Angra 3, paralisado há 20 anos, somente depois da conclusão de estudos
técnicos. (DCI - 05.02.2007)
Grandes Consumidores 1 Braskem e Petrobras investem em Paulínia A unidade industrial
de polipropileno de Paulínia, parceria entre a Braskem e a Petrobras receberá
investimentos de US$ 300 milhões até março de 2008, quando entrará em
funcionamento. A planta poderá produzir até 350 mil toneladas anuais do
composto, sendo de 20% a 25% destinados para o mercado internacional.
A pedra fundamental da obra foi lançada na última sexta-feira e contou
com a participação do presidente Lula. (Jornal do Commercio - 05.02.2007)
2 Petroquímica do RJ aguarda licenciamento ambiental A Petrobras
já obteve da Prefeitura de Itaboraí uma certidão reconhecendo que o Comperj
será instalado em uma ZEI (Zona Estritamente Industrial). O documento
é pré-requisito para o início do processo de licenciamento ambiental junto
as autoridades estaduais. Em operação, o Comperj terá capacidade para
processar 150 mil barris por dia de petróleo pesado proveniente da Bacia
de Campos e produzir matéria-prima petroquímica e derivados. Nele, a Petrobras
e seus parceiros vão implantar a Unidade Petroquímica Básica (central
petroquímica de primeira geração), com investimentos totais estimados
em US$ 3,5 bilhões, destinados à produção de matérias-primas básicas.
(Diário do Grande ABC - 04.02.2007) 3 Rio Tinto eleva para US$ 5 bi os gastos para expansão das minas O Rio Tinto
Group pretende aumentar seus investimentos em bens de capital em 28% este
ano. A empresa deverá investir US$ 5 bilhões este ano, mais que US$ 3,9
bilhões do ano passado, disse seu diretor executivo, Guy Elliot, em conferência
realizada em Melbourne, Austrália, com analistas. Cerca de metade do valor
será gasto em divisões de minério de ferro, disse ele. A Rio Tinto está
examinando a possibilidade de comprar os 51% de participação controlados
pela Mitsui & Co. na Sesa Goa Ltd., a maior exportadora privada de minério
de ferro da Índia, com pagamento de cerca de US$ 860 milhões. "Estamos
estudando a aquisição ao lado de outros projetos no mundo inteiro", disse
Tom Albanese, que vai assumir o cargo de principal executivo da empresa
e1º de maio. A Arcelor Mittal e a BHP Billiton também estão entre as pretendentes
à compra. (DCI - 05.02.2007) 4 Projeto da Vale no Goro é liberado pela justiça Uma corte francesa
derrubou na última sexta-feira uma decisão que exigia que a Vale interrompesse
os trabalhos em uma área de seu projeto de níquel de Goro, no território
francês da Nova Caledônia. A Corte de Apelação de Paris anunciou que não
há evidência de que a construção de Kwe Ouest, que é uma seção de Goro
que está sendo preparada para armazenar resíduos, apresente risco iminente
ao meio ambiente. "Estamos satisfeitos com a decisão da corte, que é favorável
ao nosso projeto e que vai permitir que retomemos totalmente as atividades
de construção em Kwe Ouest", informou o porta-voz da empresa brasileira,
Steve Mitchell. "Nós continuamos fortemente comprometidos a construir
um projeto em Goro que tem os melhores princípios ambientais e que seja
aceito pela comunidade", ele afirmou. (Gazeta Mercantil - 05.02.2007)
5 Gerdau terá usina de corte de aço em Brasília O Grupo Gerdau
acertou os últimos detalhes para iniciar as operações de sua primeira
usina no DF. A siderúrgica infomou que firmou contrato com o governo do
DF para a instalação de usina de corte e dobra de aço para atender à demanda
da construção civil na região. Serão investidos US$ 2 milhões na unidade,
no Pólo JK, cidade satélite de Santa Maria. A previsão é de que a unidade
abasteça o mercado a partir de meados do segundo semestre.A unidade terá
capacidade de atender mais de 50 obras simultaneamente. A Armafer deve
gerar 60 empregos diretos, com estimativa de que outros 180 postos indiretos
sejam criados. (Jornal do Commercio - 05.02.2007)
Economia Brasileira 1 Meirelles: demanda agregada continua crescendo O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou na sexta-feira que a demanda agregada no País continua crescendo, resultado do aumento da renda dos salários, do nível de emprego e da expansão do crédito. Para Meirelles - que falou durante sua exposição sobre a economia brasileira, na XI Reunião de Presidentes de Bancos Centrais do Mercosul - esse cenário possibilita a continuidade do processo de crescimento da oferta de forma consistente. Ainda no encontro com seus colegas do Mercosul, Meirelles fez uma análise sobre a situação da economia mundial que, a seu ver, deve desacelerar um pouco este ano, "embora crescendo a taxas acima da média histórica". (Gazeta Mercantil - 05.02.2007) 2 Finep financia projetos sem cobrar juros Em um cenário em que, segundo o Banco Central, as empresas fazem financiamentos durando, em média, um ano e pagando uma taxa de 2% ao mês, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) tem R$ 20 milhões disponíveis para projetos de inovação tecnológica desenvolvidos por micro e pequenas empresas, sem juros. A expectativa de sair na frente do mercado, aumentar o capital da empresa e garantir um lucro maior ao final do ano já levaram pequenas e micro empresas catarinenses a utilizar esse incentivo. Os financiamentos variam de R$ 100 mil a R$ 900 mil. Seis empresas do Estado tiveram seus projetos aprovados. Demétrius Ribeiro Lima, da Ilog Tecnologia, recebeu tal empréstimo e afirma: "Ganhamos competitividade a partir do acesso ao financiamento." Gastão Dias, da Intech Tecnologia, afirma que no Brasil havia dificuldade de obter créditos para a pesquisa. Com o Juro Zero, a empresa resolveu criar biodiesel a partir de óleos de origem animal da produção de frigoríficos. (A noticia - 05.02.2007) 3 PAC divide o empresariado da Região Norte 4 IPC Fipe registra alta de 0,66% em janeiro O IPC no município
de São Paulo subiu 0,66% em janeiro. Na terceira prévia do mês a elevação
foi de 0,85%. O grupo Educação foi o que mais teve alta, 3,23%, por ocasião
das matrículas escolares. Na pesquisa anterior, o grupo aumentou 2,09%.
(InvestNews - 05.02.2007) O dólar comercial
iniciou as operações em alta perante o fechamento de sexta-feira, cotado
a R$ 2,1060. Às 9h45, a moeda verificava estabilidade, saindo a R$ 2,1030
na compra e a R$ 2,1050 na venda. Na última sessão, o dólar comercial
avançou 0,19%, a R$ 2,1030 na compra e R$ 2,1050 na venda. Na semana,
contudo, viu-se depreciação de 1,59% frente ao real. (Valor Online - 05.02.2007)
Internacional 1 RWE planeja investir bilhões de euros no setor do gás A RWE planeja
construir uma nova central de gás na Grã-Bretanha e um gasoduto entre
a República Tcheca e a Bélgica. O grupo quer construir uma central de
gás na Grã-Bretanha com uma potência de 2 mil MW, um projeto que representa
um investimento de 1,2 bilhão de euros, informa o jornal. A central, que
entraria em funcionamento em 2009, será construída pelo grupo industrial
francês Alstom, segundo a publicação. A empresa se recusou a comentar
a informação. A RWE prevê ainda a construção de um gasoduto entre a República
Tcheca e a Bélgica. (Diário do Grande ABC - 04.02.2007)
Biblioteca Virtual do SEE 1 GREENPEACE. [r]evolução energética - Perspectivas para uma energia sustentável. São Paulo, fevereiro de 2007. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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