l IFE: nº 1.969 - 29
de janeiro de 2007 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Reestruturação do Setor 1 UFRJ: Seminário analisa impactos do PAC no setor elétrico Em busca de
uma análise sistemática sobre o impacto do PAC no SEB, o Grupo de Estudos
do Setor Elétrico (Gesel) do Instituto de Economia da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (IE/UFRJ) realiza, às 9h30 do próximo dia 2 de fevereiro,
sexta-feira, o Seminário Dinâmica e Perspectivas do Setor Elétrico: O
impacto do PAC no Setor Elétrico Brasileiro. Na ocasião, Elbia Melo, conselheira
da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), João Sicsú, do
Instituto de Economia da UFRJ, o consultor tributário, Rubens Branco e
o coordenador do Gesel, Professor Nivalde de Castro, analisarão o PAC,
em diferentes óticas: condicionante macroecômico e impacto sobre o PIB,
modelo estratégico público-privado, reforço no padrão de financiamento
do setor, o impacto direto sobre o SEB e da desoneração tributária. O
evento faz parte de uma série de seminários sobre o setor elétrico organizados
pelo Gesel desde 2005 e que já contou com a participação de inúmeros especialistas
e pesquisadores do Setor Elétrico brasileiro. Maiores informações e inscrições
no site www.nuca.ie.ufrj.br/gesel ou pelo e-mail nuca@nuca.ie.ufrj.br
(GESEL-IE-UFRJ - 29.01.2007) 2 Hidrelétricas demoram a sair do papel Dos 38 empreendimentos
hidrelétricos listados pela Aneel para entrarem em operação nos próximos
anos, apenas oito tiveram as obras de construção iniciadas. Além disso,
desse total de quase 40 hidrelétricas, que somam 8.860 MW, 17 apresentam
graves problemas para a entrada em operação, como suspensão do processo
de licenciamento ambiental e liminares na Justiça. Esses 17 projetos somam
3.711 MW, o equivalente a 41,8% do que a Aneel vislumbra para os próximos
anos. Se for considerada a liberação para a construção da hidrelétrica
de Estreito, que ainda enfrenta ações na Justiça, a soma da incerteza
cai para 2.624 MW. Outros 2.124 MW enfrentam impedimentos menores para
entrar, como obras atrasadas, comprometimento do cronograma de implementação
e atraso na obtenção de licenças ambientais. Essa previsão do órgão regulador
não inclui alguns projetos listados no PAC, anunciado na semana passada
pelo governo federal. Entre eles, as usinas do Rio Madeira - Jirau e Santo
Antônio, que somam 6.400 MW de potência instalada - e a usina de Belo
Monte, com 11 mil MW de capacidade de geração prevista. (Jornal do Commercio
- 29.01.2007) 3 PAC prioriza projetos de usinas hidrelétricas Colocado em
segundo plano na última década, o planejamento do setor elétrico ganhou
forte impulso com a divulgação do PAC, na semana passada. No anúncio das
medidas, recebeu pouca atenção a promessa do governo de renovar a carteira
de projetos de usinas hidrelétricas em análise para futura oferta à iniciativa
privada. O potencial de energia hidráulica ainda inexplorada no país já
vinha sendo mapeado pela EPE, que começou a funcionar em 2005, mas o PAC
colocou metas explícitas para a renovação dessa carteira. O governo assumiu
o compromisso de concluir estudos de viabilidade econômica e estudos de
impacto ambiental (EIA-Rima) de nove aproveitamentos hidrelétricos até
o fim de 2010. Esses aproveitamentos totalizam 25.768 MW de energia, o
equivalente a quase duas usinas de Itaipu. Com estudos concluídos, os
projetos estarão prontos para entrar com pedido de licença ambiental e,
em seguida, serem levados a leilão. São empreendimentos cuja operação
não poderá começar ainda no governo Lula, mas o caminho estará aberto
para que sejam licitados na próxima administração. (Valor Econômico -
29.01.2007) 4 Tolmasquim: recebemos o setor elétrico numa situação
muito difícil 5 Tolmasquim: país terá que encarar a discussão de entrar ou não na Amazônia Levantamentos
da EPE apontam que o Brasil usou apenas um terço de sua capacidade hidrelétrica
até agora, mas quase 70% do potencial ainda inexplorado encontra-se na
região amazônica. Inevitavelmente, o país terá que encarar a discussão
de entrar ou não na Amazônia para construir usinas. "Do ponto de vista
econômico, é interessante. Do ambiental, terá que haver uma discussão",
avalia Maurício Tolmasquim. (Valor Econômico - 29.01.2007) 6 Abiape: país não pode abrir mão do potencial da Amazônia Para o presidente
da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia Elétrica
(Abiape), Mário Menel, o país não pode abrir mão do potencial da Amazônia
na geração de energia. Com consumo per capita ainda baixo e uma indústria
com alta participação de setores eletrointensivos, ele considera que usinas
térmicas - seja a gás, carvão, nucleares ou de biomassa - não garantem
conforto para atender a uma aceleração do crescimento econômico. "Não
há um cenário possível em que se possa descartar a energia hidráulica",
comentou Menel. (Valor Econômico - 29.01.2007) 7 Proinfa: fixadas cotas relativas ao mês de março A Aneel fixou os valores das quotas de custeio referentes ao Proinfa para o mês de março de 2007 relativos às transmissoras que atendem consumidores livres e auto-produtores. Segundo despacho n° 145, publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 26 de janeiro, as quotas definidas deverão ser recolhidas a Eletrobrás até o dia 10 de fevereiro. As empresas CEEE, Cemig, Chesf, Copel, CTEEP, Eletronorte, Furnas e Celg deverão pagar um valor total de R$ 10.184.084,88. (Agência Canal Energia - 26.01.2007) 8 Aneel divulga minuta de resolução
sobre aumento de carga e novas ligações 9 Anace diz que nova metodologia para cálculo de tarifa-fio beneficia consumidores A nova regulamentação
da metodologia para o cálculo das tarifas-fio e de energia por distribuidoras
com mercado de até 500 GWh/ano trouxe benefícios aos consumidores conectados
nessas concessionárias, que compram energia de outras distribuidoras de
maior porte. Os novos parâmetros de cálculos prevêem a concessão de desconto
de 100% no chamado "Fio B" - a parcela B das tarifas de uso dos sistemas
de distribuição, conforme debatida na audiência pública 013/2006. Segundo
a Associação Nacional de Consumidores, há casos em que a aplicação da
metodologia anterior, sem o desconto, resultou em aumento de até 180%
nas contas de energia. Isso aconteceu, de acordo com o diretor da Anace,
Lúcio Reis, porque a metodologia em questão - estabelecida por meio das
resoluções 166/2005 e 205/2005 - não previa a aplicação do desconto, resultando
em um efeito cascata na arrecadação do custo do fio. (Agência Canal Energia
- 26.01.2007)
Empresas 1 Neonergia: lucro recorde de R$ 955 mi A Neonergia
obteve, no ano passado, um lucro líquido de R$ 995 milhões. Só em geração,
os investimentos previstos para os próximos quatros anos somam, inicialmente,
R$ 1,1 bilhão. Entre as três subsidiárias, só a Coelba registrou lucro
(R$ 540 milhões) 7% menor que o do ano anterior. Tanto a Celpe (R$ 217,8
milhões) quanto a Cosern (R$ 141,3 milhões) tiveram desempenho, respectivamente,
62% e 21% superior ao do ano anterior. O desempenho das distribuidoras
foi determinado pela diminuição das perdas com inadimplência e o aumento
do número de consumidores por meio do programa federal Luz para Todos.
Ao todo, as distribuidoras tiveram um aumento de 1,7% do consumo faturado
de energia, no ano passado. Foram incorporados 350 mil novos clientes,
no período, o que garantiu uma base de 7,7 milhões de consumidores de
energia, no total. Isso permitiu que a controladora obtivesse um Ebtida,
no mesmo período, de R$ 2,2 bilhões. A receita operacional líquida consolidada
(R$ 5,7 bilhões) do ano passado superou em 11,3% a alcançada em 2005.
No ano passado, as controladas investiram R$ 1,2 bilhão, 45% acima do
total desembolsado em 2005. (Gazeta Mercantil - 29.01.2007) 2 Energias do Brasil quer repotenciar usinas A Energias do Brasil estuda a implementação de projeto de repotenciação em suas PCHs, que poderão permitir a entrada de mais 51 MW na matriz geradora. A companhia decidirá nos próximos meses se adotará a modernização de tecnologia nas usinas para garantir maior capacidade a elas. A empresa prevê a construção de unidades de pequeno porte. Somados a mais duas PCHs que passarão a operar, a decisão pela repotenciação irá garantir incremento de 14% na capacidade instalada da Energias do Brasil até o início de 2009. A Energias do Brasil pretende operar termelétrica movida a carvão e participar de projetos de geração por biomassa, seja construindo ou adquirindo empreendimentos. A geração da Energias do Brasil subirá para 1.043 MW de capacidade. Até o início de 2009, poderá ir a 1.158 MW. (Jornal do Commercio - 29.01.2007) 3 Italianos buscam parceiros para PCHs no Brasil A STE spa, de
Padova, na Itália, líder no seu país na construção de PCHs, busca parcerias
com empresas brasileiras para sua estratégia de expansão. Outra empresa
do grupo, Font.e scrl, dona de concessões em parceria com empresas italianas
e foco na gestão de usinas, imagina um potencial de 300 a 400 megawatts
de PCHs a ser explorados no Brasil num horizonte de dois a três anos,
o que corresponderia a aplicação de recursos na ordem de R$ 1 bilhão.
(Gazeta Mercantil - 29.01.2007) 4 Ampla conclui procedimento do processo de cisão
5 Cesp divulga preço das notas de médio prazo em oferta pública A Cesp divulgou
o resultado da precificação da oferta de compra de todos os títulos em
circulação referentes as notas das séries 1, 2 e 6, emitidas sob o programa
de notas de médio prazo. A oferta de compra será encerrada no dia 29.
A data de liquidação está prevista para 2 de fevereiro. A empresa pagará
1.073,78 euros pelos títulos da série 1; US$ 1.066,67 pela série 2; e
US$ 1.108,15 pela série 6. Os valores se referem ao preço total de aquisição
para cada 1 mil euros e US$ 1 mil de valor nominal. Terão direitos os
detentores das notas que aderiram a oferta nos prazos fixados. (Agência
Canal Energia - 26.01.2007) 6 Santa Elisa investe em nova usina A Companhia
Energética Santa Elisa, de Sertãozinho (SP) pretende investir R$ 408 milhões
na instalação de uma nova unidade em Campina Verde, no Triângulo Mineiro,
para produção de açúcar, álcool e geração de energia elétrica. O projeto
das instalações agroindustriais, batizado de Campina Verde Bioenergia,
começará este ano, e o início da produção está previsto para 2009, com
expectativa de atingir 2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra
2011-2012, além da co-geração de 51 MW de energia elétrica, sendo 16 MW
para consumo interno e o restante para comercialização. O faturamento
previsto é de R$ 265 milhões. Na implantação do parque industrial, bem
como nas obras civis e instalações, serão investidos R$ 250 milhões. Para
a aquisição de equipamentos serão destinados R$ 76 milhões e para a implantação
de lavouras serão reservados R$ 82 milhões. Esta é a terceira usina de
um pacote de quatro projetos que estão sendo desenvolvidos pela empresa.
(DCI - 29.01.2007) No pregão do
dia 26-01-2007, o IBOVESPA fechou a 44.412,35 pontos, representando uma
baixa de 0,61% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,88
bilhões. As empresas que compõem o EE apresentaram desvalorização de 0,08%
fechando a 13.971,64 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 50,11 ON e R$ 47,62 PNB, alta de 0,82%
e 0,46%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 29-01-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 49,65 as ações ON, baixa de 0,92% em relação ao dia anterior e R$
47,50 as ações PNB, baixa de 0,25% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 29.01.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Aneel: matriz geradora nacional terá mais 4.412 MW em 2007 No somatório
de projetos previstos para este ano, incluindo hidrelétricas, termelétricas,
eólicas e PCHs, a previsão da Aneel é de que a matriz geradora nacional
ganhe mais 4.412 MW este ano, sem qualquer restrição. Outros 1.987 MW
enfrentam restrições consideradas médias para entrarem em operação, e
deverão ser postergados para os anos seguintes. Apenas 32 MW contabilizados
para 2007 enfrentam restrições. As PCHs, que enfrentam restrições ambientais
menores para serem construídas, vêm ganhando destaque cada vez maior na
matriz energética. Para este ano, são considerados, ao todo, 1.568 MW,
dos quais 915 MW não enfrentam qualquer tipo de restrição, e devem realmente
ser incluídos na potência instalada nacional. Outros 632 MW têm impedimentos
sem muita gravidade, como atrasos nas obras; 21 MW passam por graves restrições
para operarem. Dos projetos emperrados, estão listados a usina de Estreito,
com capacidade instalada de 1.087 MW, cuja Licença de Instalação (LI)
foi concedida em novembro. (Jornal do Commercio - 29.01.2007) 2 Geração de energia nova pode ter queda em 2009 A geração de energia nova deverá sofrer um tombo a partir de 2009. O monitoramento feito regularmente pela Aneel das obras em andamento prevê a entrada em operação de apenas 260 MW em 2009 e de outros 93 MW em 2010. Se as usinas que estão sendo construídas não superarem os obstáculos atualmente enfrentados e as obras não forem aceleradas, será a menor entrada de energia nova no sistema interligado desde 1990. (Valor Econômico - 29.01.2007) 3 Relatório oficial aponta risco de apagão com PIB acima de 4% Se o PAC
der certo e a economia alcançar taxas de expansão na casa dos 5%, o País
corre o risco de um novo apagão. É o que informa um relatório confidencial
da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda,
ao qual o Estado teve acesso. O documento, que circulou quando o PAC estava
em preparação, diz que um crescimento de 4% entre 2007 e 2010 só será
sustentável se todas as usinas hidrelétricas programadas para entrar em
funcionamento no período ficarem prontas no prazo e não houver problemas
no abastecimento de gás natural para as térmicas. Caso contrário, o consumo
de energia ficará acima dos níveis considerados seguros para o fornecimento,
que embutem uma margem de segurança de 5% na capacidade das usinas. (O
Estado de São Paulo - 28.01.2007) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 27/01/2007 a 02/02/2007. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Shell inicia comercialização de biodiesel em Belém A Shell Brasil começa a distribuir e a comercializar biodiesel em Belém (PA). Segundo informou sua assessoria de imprensa, o produto será oferecido em mais de 40 postos da rede Shell e de 27 consumidores diretos atendidos por essa base. Até o fim de 2007, de acordo com a companhia, os investimentos no país ficarão em torno de R$ 10 milhões, para a adequação das bases de abastecimento que irão receber o biodiesel. A empresa informa que, apesar da adição de biodiesel ao diesel ser obrigatória no mercado somente a partir de 2008, a companhia já comercializa o B2 em 135 postos de cinco Estados brasileiros e para 111 clientes comerciais. A Shell começou a disponibilizar o biodiesel no mercado em 22 de setembro na Base de Suape(PE).A previsão da empresa é de que durante este ano, as demais bases da região Centro-Sul serão contempladas com a comercialização de B2. (Exame - 29.01.2007) 2 Cresce a produção de usinas eólicas O trânsito de
carretas transportando gigantescas pás de cata-ventos na entrada principal
de Sorocaba, a 92 km de São Paulo, indica que o mercado mundial de energia
eólica está de vento em popa. Duas empresas líderes nesse segmento instaladas
na cidade têm a maior produção de equipamentos para geração eólica da
América Latina e exportam para o mundo todo. Esse mercado praticamente
dobrou nos últimos dois anos em razão da procura por energias limpas e
de baixo impacto ambiental. No Brasil, a produção de energia eólica saiu
do zero para os atuais 236 MW em 8 anos. "O começo foi difícil, mas nos
últimos dois anos, depois do Proinfa, o setor deslanchou", conta Eduardo
Lopes, gerente de vendas da Wobben. (O Estado de São Paulo - 28.01.2007)
O representante
do Brasil na Organização dos Estados Americanos, Fernando Lobo, apresentou
uma proposta que visa criar um sistema de cooperação interamericana para
a utilização pacífica da energia atômica no continente. O projeto foi
apresentado durante a reunião do Comitê Consultivo dos Representantes
dos Presidentes Americanos. Lobo afirma que está convencido do papel do
uso pacífico e que uma cooperação americana poderia produzir melhores
efeitos. (Folha de São Paulo - 29.01.2007)
Grandes Consumidores 1 Carteira de projetos da Vale é revigorada depois do pacote As medidas de
desoneração de investimentos de infra-estrutura listadas no PAC levarão
a CVRD a revisar alguns de seus projetos. Um deles será o de Salobo (PA),
um dos mais ambiciosos da carteira de projetos de cobre da Vale. Originalmente,
o projeto estava avaliado em US$ 860 milhões. "Vamos recalcular os custos
e em breve anunciaremos os detalhes", afirmou o presidente da companhia,
Roger Agnelli. Na última sexta-feira, a Vale anunciou investimento recorde
de US$ 6,3 bilhões em 2007, 40% mais que os US$ 4,5 bilhões executados
em 2006, excluindo aquisições. Desse montante US$ 4,6 bilhões (72%) serão
direcionados a empreendimentos no Brasil. No exterior, a Vale dará continuidade
aos projetos de Voisey's Bay, no Canadá, e de Goro, na possessão francesa
de Nova Caledônia. Juntos, os dois projetos somam 115 mil toneladas e
foram adicionados ao portfólio da Vale com a compra da Inco. De acordo
com Agnelli, o projeto de Goro está sendo revisado em função do custo
elevado e de questões ambientais. A companhia reservou ainda US$ 406 milhões
em pesquisa e desenvolvimento em 2007. Em 2006, se consideradas as aquisições,
o investimento da mineradora alcançou US$ 26 bilhões. (DCI - 29.01.2007)
2 Vale planeja aumentar carajás em 30% A Vale planeja
expandir em 30% a produção de Carajás. "Não estamos reduzindo ritmo nem
reduzindo velocidade no Brasil. O preço (do níquel) está bem acima do
que quando compramos a Inco e isso será resolvido (compra da Inco) com
a própria geração de caixa. Esses US$ 6,5 bilhões cabem com tranqülidade
no nosso copinho", afirmou Roger Agnelli, presidente da Vale. Do total
de investimentos, 72% serão destinados ao Brasil. Cerca de US$ 1,45 bilhão
é da canadense Inco. Sobre Casa de Pedra, mina da CSN da qual a qual a
Vale tem direito de preferência sobre a produção excedente, Agnelli disse
que a Vale vai honrar o contrato de descruzamento de participação acionária.
Matéria do Financial Times informou na semana passada que as duas empresas
disputarão o excedente com a possível compra da Corus pela CSN. Uma das
intenções da CSN é aproveitar o excedente de Casa de Pedra para vender
à Corus. "Torço para que eles consigam (a Corus). Se o contrato diz que
as não controladas têm p direito de preferência, vamos respeitá-lo", disse.
(InvestNews - 29.01.2007) 3 Vale quer construir térmicas a carvão A CVRD planeja
construir térmicas movidas a carvão no Norte e Nordeste no País. O presidente
da mineradora, Roger Agnelli, disse que teme a falta de energia para abastecer
projetos da companhia. O projeto de produção de carvão Moatize, em Moçambique,
explica, entre outros motivos, a escolha pelo combustível. "O navio que
volta vazio da China poderá parar em Moçambique para trazer carvão e abastecer
as térmicas", afirmou o executivo. O estudo de viabilidade do projeto
só será concluído em abril, mas a empresa já prevê investir US$ 70 milhões
nas reservas em 2007. Um estudo de viabilidade já está sendo feito para
a instalação de uma térmica a carvão em na refinaria de alumínio de Barcarena,
no Pará. Projetos parecidos deverão ser repetidos no Ceará, Maranhão e
Espírito Santo. Agnelli disse que também estuda a construção de uma hidrelétrica
ou térmica na Indonésia, em projeto de níquel herdado da Inco. A Vale
também espera conluir neste ano estudo de pré-viabilidade sobre o depósito
carbonífero de Belvedere, na Austrália. (InvestNews - 29.01.2007) 4 Vale vai investir US$ 6,3 bi em 2007 A Vale anunciou
ontem um investimento de US$ 6,3 bilhões em 2007. É o maior volume de
recursos da história da empresa em crescimento orgânico, isto é, sem levar
em conta os valores pagos em aquisições. Do total previsto para este ano,
US$ 1,5 bilhão serão desembolsados na subsidiária CVRD Inco Limited, criada
após a aquisição da mineradora canadense Inco, negociação fechada no final
do ano passado. A Vale também divulgou outra marca histórica, o pagamento
de dividendos aos seus acionistas no valor de US$ 1,65 bilhão. Do total
a ser investido pela Vale este ano, US$ 4,6 bilhões, ou 72% do total,
terão como destino o Brasil. Os 28% restantes, cerca de US$ 1,7 bilhão,
serão desembolsados na África, Canadá, Indonésia e Nova Caledônia, uma
possessão francesa na Oceania onde a mineradora brasileira tem uma mina
de níquel chamada Goro, que ainda não está em operação. (O Estado de São
Paulo - 27.01.2007) 5 Vale vai investir US$ 101 mi no segmento de geração Na última sexta-feira,
a companhia Vale do Rio Doce divulgou ao mercado seu plano de investimentos
para 2007, que reserva para o setor elétrico US$ 101 milhões, montante
que será direcionado para o segmento de geração.A hidrelétrica Capim Branco
II, usina cuja participação da Vale do Rio Doce é de 48,42%, deverá receber
US$ 14 milhões e tem operação comercial prevista ainda para o primeiro
trimestre do ano. As obras na Usina de Estreito, que a a Vale também detém
participação, devem começar esse ano. No consórcio Ceste, que vai implantar
e operar a usina, a Vale detém uma participação de 30%. (Infomoney - 29.01.2007)
6 Gerdau afirma que agora poderá tomar mais decisões de risco O presidente
da Gerdau, Jorge Johannpeter Gerdau, estima que o grupo ampliou a capacidade
de tomar decisões de risco, com a obtenção do grau de investimento na
semana passada. Esse rating pode dar redução de 10% nos custos de financiamento,
o que pesará para decidir projetos de expansão na China, Índia e Leste
Europeu, afirmou Gerdau. "A situação de baixo endividamento e diversificação
de investimentos internacionais nos coloca no grau de investimento que
algumas outras empresas brasileiras já alcançaram e isso vai levar o Brasil
a obter o mesmo rating'', afirmou o executivo. A China foi grande importadora
de aço até 2003. Desde então, o país aumentou brutalmente a capacidade
e se tornou o maior exportador global. Por sua vez, Jorge Gerdau nota
que a economia chinesa continua crescendo quase 10% ao ano. E a estratégia
de longo prazo da Gerdau empurra para aquisição no gigante asiático. "Perdemos
quase toda nossa fatia naquele mercado", disse o executivo. "Antes de
perdê-la totalmente, é melhor estar lá também''. (Valor Econômico - 29.01.2007)
7 Villares Metals testa o uso de energia a hidrogênio Um aparelho
de 5 kW de potência foi instalado no início do mês no centro de pesquisa
da Villares Metals em Sumaré e substitui em caráter experimental um gerador
movido a diesel. A empresa tomou a medida para cumprir as metas de seu
controlador, o grupo austríaco Böhler-Uddeholm, que planeja banir o uso
de combustíveis fósseis dentro de 30 anos devido à escassez de petróleo
e às questões ambientais. É a primeira subsidiária do grupo siderúrgico
a adotar a célula combustível. A célula custará entre US$ 30 mil e US$
50 mil e oferece diversas vantagens. Não gera emissões de poluentes, é
silencioso, suas baterias exigem manutenção apenas uma vez por ano e é
uma fonte confiável. Além disso, na falta de energia elétrica o equipamento
entra em operação automaticamente. (Valor Econômico - 29.01.2007) 8 CSN e Tata disputam Corus Group em leilão O Corus Group,
a maior siderúrgica britânica, será leiloado no próximo dia 30 de janeiro,
com lances da Tata Steel e da CSN. O leilão começará na tarde da terça-feira
e terá um máximo de nove rodadas de lances, informou na sexta-feira o
Painel Especial de Aquisições do Reino Unido em comunicado enviado à Regulatory
News Service, a agência de notícias da Bolsa de Londres (LSE). Os lances,
em dinheiro, poderão continuar até 1 de fevereiro e todas as partes concordaram
com as condições fixadas pelo painel, órgão independente que supervisiona
as aquisições. A Tata ofereceu 500 centavos de libra esterlina por ações
do Corus, em 10 de dezembro passado, e a CSN propôs 515 centavos de libra
esterlina por ação em 11 de dezembro. A Tata ofereceu inicialmente 455
centavos de libra esterlina por ação em 20 de outubro do ano passado,
e a CSN suplantou esse valor em 17 de novembro. As ações do Corus fecharam
na sexta-feira em Londres com alta de 5 centavos de libra esterlina, ou
0,9%, a 558 centavos de libra esterlina. (Gazeta Mercantil - 29.01.2007)
9 Vendas de aço e cimento ganham forte impulso A indústria
de materiais básicos de construção já se prepara para um novo ciclo de
expansão do consumo no mercado brasileiro. Na verdade, o PAC deve impulsionar
a partir de agora a demanda que já se ampliou no ano passado. A indústria
de aços longos e a de cimento registraram crescimento de venda interna
de 11,1% e 8,5%, respectivamente, em 2006. "Recuperamos as vendas recordes
que alcançamos entre 1999 e 2000", afirma José Otávio Carvalho, secretário-executivo
do SNIC. Pelo atual nível de consumo, o setor ainda tem uma ociosidade
de um terço da capacidade. "Não há crescimento capaz de nos surpreender.
Capacidade é o que não falta no setor", afirma. Apesar disso, a CSN tem
um projeto para a construção de uma fábrica de cimento. (O Estado de São
Paulo - 28.01.2007) 10 Investimento em cobre e níquel supera o de ferro Pela primeira
vez, a Vale investirá mais em projetos de níquel e cobre do que no seu
carro-chefe. Dos US$ 6,334 bilhões que a empresa anunciou que aplicará
em 2007, 40% vão desenvolver a exploração de metais não-ferrosos. Outros
25% serão destinados a jazidas de minério de ferro. O presidente da companhia,
Roger Agnelli, afirmou que as principais minas de minério de ferro já
estão prontas para produzir, o que justifica investimentos menores. Além
disso, faz parte da estratégia da Vale diversificar o portfólio. (InvestNews-
29.01.2007) 11 Importação chinesa de níquel deve cair 11% no ano de 2007 As importações
de níquel refinado realizadas pela China, o maior consumidor mundial do
metal, deverão cair 11% este ano, uma vez que o país está intensificando
sua produção de níquel refinado a partir de minérios com baixo teor de
níquel que compra das Filipinas. As importações de níquel refinado, empregado
para fortalecer o aço inoxidável, deverão cair para 80 mil toneladas,
a partir do volume estimado em 90 mil toneladas registrado no ano passado,
disse Xu Aidong, analista da Beijing Antaike Information Development Co.
O aumento da produção chinesa de níquel de baixo custo, extraído do minério
conhecido como laterita, pressiona os estoques mundiais do metal refinado,
que hoje registram seu nível mais baixo desde outubro. (DCI - 29.01.2007)
12 Commodity petroquímica pode ter queda As perspectivas
para as commodities petroquímicas globais não são boas. Projeções de analistas
internacionais apontam para recuo nas margens das commodities petroquímicas
de 2007-2010. No Brasil, o setor foi o mais prejudicado nos últimos 15
meses. "Papéis do setor já estão muito descontados, baratos em relação
a outros da Bolsa", diz Luiz Antônio Neves, diretor da corretora Planner.
Como o setor, mais do que qualquer outro,sofre impacto do petróleo. "Acompanhamos
o setor há 26 anos, e suas margens e ações têm sido consistentemente "leading
indicators" confiáveis em relação à economia global", diz Marcelo Ribeiro,
economista da Pentágono Asset. Para Vaz das Neves, o ano não será bom
para empresas produtoras de commodities. "Não recomendo esse tipo de papel.
Prefiro os voltados para o setor interno" Em 2006, entretanto, essas ações
não tiveram desempenho tão bom como o esperado por analistas. (Folha de
S. Paulo - 29.01.2007) Economia Brasileira 1 Investidor aguarda sinais sobre trajetória dos juros Reunião do Fed e ata do Copom podem ajudar a calibrar as apostas para taxas ao longo do ano. Com a nova Selic já definida em 13% ao ano e com a possibilidade que o Fed, na reunião desta semana, mantenha o juro americano em 5,25% na conta da ampla maioria dos investidores, a busca é por sinais que indiquem a trajetória futura das taxas básicas dos dois países. Do Copom, investidores esperam algo mais da ata a ser divulgada na quinta-feira, além das explicações sobre o corte de 0,25 ponto no juro. "O colegiado deve justificar a redução no ritmo de corte lembrando a defasagem nos mecanismos de transmissão da política monetária e também sinalizar uma tendência para a política monetária nos próximos meses", avalia Newton Rosa, economista-chefe do SulAmérica Investimento. "É possível que a ata sugira que, cortando menos os juros é possível ir mais longe no ciclo de queda, o que resultaria em uma Selic menor no final do processo." O economista projeta ao menos mais quatro cortes de 0,25 ponto na Selic este ano, em sete reuniões, o que levaria a taxa a 12% em dezembro. (Gazeta Mercantil - 29.01.2007) 2 PAC deve incentivar exportações do Sudeste O impacto dos investimentos para o PAC na Região Sudeste deverá ser positivo, especialmente para o comércio exterior. Entre as obras mais importantes, segundo analistas, estão o tramo norte do Ferroanel de São Paulo e o Arco Rodoviário do Rio de Janeiro. Do total anunciado, R$ 7,9 bilhões serão destinados para Logística, R$ 80,8 bilhões para Energia e outros R$ 41,8 bilhões para área Social e Urbana. O aporte inclui recursos da iniciativa privada, investimentos estatais e financiamentos dos bancos oficiais e privados. Contemplado nos projetos de infra-estrutura o Arco Rodoviário do Rio de Janeiro, incluindo a BR-101 deverá impulsionar a movimentação de produtos petroquímicos para exportação, por exemplo, entre o interior do País ao porto de Sepetiba. "Trata-se de uma obra de grande importância para o PIB do Estado do Rio de Janeiro porque tornaria o complexo portuário mais competitivo e incentivaria as siderúrgicas presentes no estado em utilizar tanto o modal ferroviário quanto o rodoviário", constata Eduardo Eugênio Gouvêia Vieira, presidente da Firjan. (DCI - 29.01.2007) 3 IPC-FIPE sobe 0,85% na 3ª prévia do mês O dólar comercial
abriu as operações estável perante o fechamento de sexta-feira, cotado
a R$ 2,1390. Às 11h, porém, recuava 0,14%, cotado a R$ 2,1340 na compra
e a R$ 2,1360 na venda. No mercado futuro, os contratos de fevereiro negociados
na BM & F tinham baixa de 0,16%, projetando a moeda a R$ 2,1350. Na sexta,
o dólar comercial terminou com alta de 0,46%, a R$ 2,1370 na compra e
R$ 2,1390 na venda. Na semana, a moeda apreciou-se 0,38%. (Valor Online
- 29.01.2007)
Internacional 1 YPFB assina contratos para fornecer gás para Argentina A estatal YPFB
assinou com quatro empresas os contratos para fornecer gás natural à Argentina.
Os acordos foram assinados com a argentina Pluspetrol, a norte-americana
Vintage (Oxy), a coreana Dong Won e a boliviana Chaco, filial da British
Petroleum. As quatro empresas devem levar 4,7 milhões de m3 diários ao
gasoduto que transporta o gás para o território argentino. A companhia
petrolífera boliviana tem um compromisso com a Energia Argentina Sociedade
Anônima (Enarsa) para vender 27,7 metros cúbicos de gás por dia durante
20 anos. Fontes da YPFB anunciaram que o resto do volume de gás natural
prometido à Argentina será contratado a outras empresas nos próximos meses.
(Gazeta Mercantil - 29.01.2007) 2 Produção de biocombustível dos EUA é insustentável, diz presidente da Petrobras "Hoje os Estados
Unidos têm uma proteção muito alta para o etanol feito a partir do milho
e isso é absolutamente insustentável no longo prazo", disse o presidente
da Petrobras, José Sergio Gabrielli. "O milho não é o melhor produto para
produzir etanol do ponto de vista energético e de custos". Os biocombustíveis
foram vistos no encontro como única alternativa de curto prazo para a
redução das mudanças climáticas. Gabrielli destacou que o Brasil tem uma
situação competitiva privilegiada nesse setor, uma vez que produz etanol
para carros há mais de 30 anos. O presidente da Petrobrás ressalta, no
entanto, que retomada das negociações na OMC seria importante para a redução
das barreiras comerciais ao etanol brasileiro. (Agencia Brasil - 27.01.2007)
3 Brasil leva à África experiência na universalização de energia elétrica "Os países africanos ainda estão em situação de muito atraso em relação ao Brasil para a implantação de programas visando a universalização do fornecimento de eletricidade às comunidades mais pobres, como acontece aqui com o programa Luz para Todos, segundo constatou o assessor especial do Ministério de Minas e Energia, Aurélio Pavão de Farias. Aurélio avalia que o modelo de privatização implantado no continente africano, ao lado da questão da regulamentação e da falta de recursos, são os maiores impasses para que a população africana mais pobre tenha acesso à energia elétrica. Apenas 40% dos africanos contam hoje com esse serviço em casa. No Brasil, segundo o assessor, a universalização do fornecimento de energia elétrica foi alcançada mais cedo porque o governo investiu nessa área, se antecipando ao cumprimento da meta exigida das distribuidoras, prevista para 2015. Os africanos estão interessados nas fontes alternativas de energia. O assessor do Ministério de Minas e Energia mostrou no Quênia a experiência brasileira com o biodiesel e o biocombustível e na substituição de combustíveis não renováveis por fontes renováveis e não poluidoras despertando muito interesse dos africanos. (Agencia Brasil - 27.01.2007)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
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