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IFE: nº 1.967 - 25 de janeiro de 2007
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Projetos de energia elétrica receberão mais R$ 189 bi depois de 2010
2 ABCE: medidas do PAC são muito benéficas para o setor
3 Apine: há alguns pontos que não estão claros no PAC
4 Pinguelli: PAC é um bom começo
5 Reserva de capacidade de autoprodutores terá audiência pública
6 Rios Tocantins e Araguaia são tema de estudos na ANA
7 Brasil e Bolívia vão discutir construção das usinas do rio Madeira

Empresas
1 Consultoria externa pode elaborar plano para Eletrobrás
2 Eletrobrás: consultoria fará reestruturação da Manaus Energia e Ceam
3 Eletronorte abre chamada pública para projetos eólicos
4 Bônus da Cesp
5 Cotações da Eletrobrás
6 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Rondeau: país tem capacidade energética para sustentar crescimento
2 CEEE registra novo recorde de demanda de energia elétrica no RS
3 Cemig: raios responsáveis por 44% dos desligamentos em dezembro

4 Nível dos reservatórios no Sul volta ao normal

5 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 73,1%

6 Sul: nível dos reservatórios está em 62,4%

7 NE apresenta 74,1% de capacidade armazenada

8 Norte tem 44,5% da capacidade de armazenamento

Gás e Termelétricas
1 Marco regulatório do setor de gás aguarda novo Congresso
2 Chile quer Petrobras em licitação de exploração de gás
3 Mais de R$ 1 bi em investimentos no setor sucroalcooleiro de MG
4 Jaraguá deve investir R$ 50 mi em nova fábrica

Grandes Consumidores
1 Siderúrgicas reafirmam a Lula investimentos de US$ 15 bi até 2010
2 Setor de mineração elogia o PAC, mas pleiteia emendas
3 Vale poderá interferir em compra da CSN
4 Municípios disputam nova fábrica da Votorantin Celulose

Economia Brasileira
1 PIB deve crescer entre 0,5% e 0,9% no primeiro trimestre
2 LDO permite redução superior a 0,5% do PIB na meta de superávit

3 Exportações sobem até 12% com PAC
4 Copom reduz corte da Selic para 0,25 ponto
5 Firjan: crescimento requer mudanças na área dos gastos públicos
6 IPCA-15 tem alta de 0,52%, pressionado por fatores sazonais
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 CE denuncia a Espanha por violar normas
2 Endesa espera lucro líquido de 2,9 bi de euros em 2006
3 EDP planeja investimento de 2,6 bi de euros em energia eólica
4 Bush: prioridade para o uso de energias renováveis

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Projetos de energia elétrica receberão mais R$ 189 bi depois de 2010

O ministro Silas Rondeau, afirmou que os projetos de infra-estrutura energética no país terão garantidos R$ 189,2 bilhões, além dos R$ 274,8 bilhões destinados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) até 2010. "O efeito inercial do PAC deixa para os momentos seguintes a 2010, até 2013, 2014, investimentos de mais de R$ 189 bilhões. Algumas obras que iniciarão no período de 2007 a 2010 estarão sendo complementadas", disse o ministro. Segundo o ministro, os recursos destinados aos projetos energéticos no PAC e para a complementação das obras, depois de 2010, não serão contingenciados. "Não há risco de as verbas serem contingenciadas no caso dos investimentos na área de infra-estrutura, porque a maioria são investimentos com geração própria de caixa das empresas estatais - cito Petrobras ou Eletrobrás - ou investimentos que serão feitos pela iniciativa privada por parcerias ou arrematados por meio de leilão", afirmou. Rondeau destacou também que o PAC prioriza mais de 600 projetos na área energética. (Agência Brasil - 24.01.2007)

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2 ABCE: medidas do PAC são muito benéficas para o setor

Segundo Décio Michellis, secretário executivo do Comitê de Meio Ambiente da Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica (ABCE), "as medidas anunciadas no PAC são muito benéficas para o setor. A área de energia ficará com investimento de cerca R$ 270 bilhões. A redução do PIS/Cofins das obras civis, junto com a desoneração dos equipamentos feitas pela MP 232 no ano passado, além da dilatação dos prazos de financiamento, vão melhorar bastante o desempenho econômico e fluxo de caixa dos empreendimentos, principalmente, dos projetos estruturantes de geração na Amazônia e seus respectivos projetos de transmissão". Michellis diz, no entanto, que o programa está "muito calcado no aporte de recursos públicos, como do fundo de garantia, das estatais e dos fundos de pensão. Ainda não há um incentivo claro aos investimentos privados. A capacidade de investimento do poder público atende a 40% da necessidade de expansão. Como primeiro passo é um pontapé importante. Mas não há estimulo ao investimento de autoprodutores, produtores independentes ou a formação de PPP's. Algumas incertezas no marco regulatório, que inibem o investimento privado, continuam, como o valor limite dos leilões que não são suficientes para remunerar os investimentos sociais e ambientais". (Agência Canal Energia - 24.01.2007)

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3 Apine: há alguns pontos que não estão claros no PAC

O presidente do conselho de administração da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), Luiz Fernando Vianna, diz que "à primeira vista, o PAC é atrativo, pois a redução de tributos poderá resultar no acréscimo de alguns pontos na taxa de retorno de investimentos, além dos ganhos com a redução dos custos com o financiamento. Ainda há, entretanto, alguns pontos que não estão claros, como o meio ambiente, que merece detalhes. Além disso, também precisa de mais detalhamento a questão regulatória. Eu sei que não é objeto do pacote a regulamentação de tarifas de transmissão e distribuição para geradores, mas é algo que pode trazer mais estabilidade regulatória". Segundo Vianna, 2007 é o último ano do mecanismo das plantas botox não contratadas. "Há um grande número de plantas não construídas. Como existem usinas em diferentes graus de aprovação e o PAC pretende viabilizar todos esses investimentos, é importante considerar a prorrogação da transitoriedade desses empreendimentos para negociar como energia nova", argumenta. (Agência Canal Energia - 24.01.2007)

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4 Pinguelli: PAC é um bom começo

Luiz Pinguelli Rosa, coordenador do programa de planejamento energético da Coppe/UFRJ, declarou que o PAC é um bom começo. "Ter um plano é melhor do que basear o crescimento apenas na inflação e taxa de juros controlados. Ele ainda está muito em linhas gerais, não há detalhamentos, como do que será feito, quem fará, além do que a EPE já havia apresentado. O plano está voltado para incentivar o setor privado, sem destacar qual seria o papel da Eletrobrás, a maior empresa elétrica do país. Ela deveria ter um papel de indutora dos investimentos. A extensão, por exemplo, do financiamento junto ao BNDES foi feita para resolver o problema do investidor privado, porque a Eletrobrás não tem direito de pedir. Uma empresa com receita de R$ 30 bilhões e baixo endividamento deveria ser colocada na frente para incentivar os investimentos necessários. A Eletrobrás deveria funcionar como a Petrobras", disse. Pinguelli argumentou ainda que "todo esforço para o aperfeiçoamento é bom, mas o meio ambiente não travou o setor. Há mais usinas com licenças sem obras do que em análise pelo Ibama. O que faltou foi capacidade do setor privado em investir. Por isso, é necessário uma maior clareza sobre o papel da Eletrobrás, o que o PAC não fez". (Agência Canal Energia - 24.01.2007)

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5 Reserva de capacidade de autoprodutores terá audiência pública

A Aneel aprovou na última terça-feira, dia 23 de janeiro, a audiência pública documental para o aperfeiçoamento da resolução normativa 371/1999, que regulamenta a contratação de reserva de capacidade por autoprodutores e produtores independentes. A reserva é obrigatória para aqueles geradores com co-geração que atendem, diretamente, unidades consumidoras. Essa potência é requerida ao sistema sempre que há uma interrupção ou redução temporárias na geração. Segundo Jaconias Aguiar, superintendente de Regulação dos Serviços de Distribuição da Aneel, a minuta de resolução muda de obrigatória para opcional a contratação de reserva. Além disso, determina que as concessionárias se pronunciem, através de parecer, sobre as condições de conexão à rede. A minuta ficará 20 dias disponível, o período ainda não foi determinado, para consulta e envio de sugestões por parte dos agentes no site da www.aneel.gov.br. (Agência Canal Energia - 24.01.2007)

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6 Rios Tocantins e Araguaia são tema de estudos na ANA

A Agência Nacional de Águas - ANA vem trabalhando na elaboração do Plano Estratégico da Bacia Hidrográfica do Tocantins-Araguaia. Dividido em três etapas distintas (diagnóstico, avaliação de cenários e consolidação), o estudo tem por objetivo estabelecer critérios de utilização dos recursos hídricos da bacia, para garantir a qualidade e a quantidade de água à população. Para o superintendente adjunto da área de planejamento de recursos hídricos da ANA, Ney Maranhão, a região apresenta um extraordinário potencial hídrico para o futuro, mas a expansão das atividades econômicas desenvolvidas atualmente (agropecuária e extrativismo vegetal e mineral) podem representar sérios riscos à preservação ambiental se não forem respeitadas as particularidades da região. Com conclusão prevista para novembro, cerca de 40% do estudo já está finalizado, o que corresponde a quase a totalidade da etapa de diagnóstico da bacia. (ANA - 22.01.2007)

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7 Brasil e Bolívia vão discutir construção das usinas do rio Madeira

Bolívia e Brasil tratarão da construção das usinas de Santo Antonio e Jirau que formam o Complexo Madeira, em Rondônia, em uma reunião que se realizará no final deste mês, informou o chanceler boliviano David Choquehuanca. O ministro evitou responder às afirmações feitas pelo ministro brasileiro de Energia, Silas Rondeau, de que a construção das hidrelétricas se concluiria mesmo sem chegar a um acordo com o país vizinho, e apesar das observações sobre o impacto ambiental do projeto. Choquehuanca explicou que, por ocasião da visita dos ministros brasileiros, em dezembro, ficou acertada a criação de uma comissão mista para tratar do assunto. (Gazeta Mercantil - 25.01.2007)

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Empresas

1 Consultoria externa pode elaborar plano para Eletrobrás

O governo poderá contratar uma empresa internacional de consultoria para ajudar a elaborar o plano de fortalecimento da Eletrobrás. A intenção declarada do governo é a de fortalecer e aumentar a capacidade de investimento da Eletrobrás, transformando-a numa espécie de "Petrobrás do setor elétrico". Desde que essa intenção foi anunciada pelo governo, no fim do ano passado, muitos boatos já circularam, como o de que a holding faria uma venda de ações ao mercado. Esse rumor foi, posteriormente, negado pela empresa. (O Estado de São Paulo - 25.01.2007)

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2 Eletrobrás: consultoria fará reestruturação da Manaus Energia e Ceam

O Conselho Nacional de Desestatização aprovou o processo de incorporação da Ceam pela Manaus Energia, ambas do Amazonas. Segundo fato relevante divulgado dia 24 de janeiro, a Eletrobrás fará licitação para contratar serviços de consultoria para tratar do processo de reestruturação societária das duas distribuidoras. Os serviços de consultoria para a reestruturação societária envolverão as distribuidoras, e a Eletronorte, como controladora da Manaus Energia, além da própria holding, que controla a Ceam. (Agência Canal Energia - 24.01.2007)

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3 Eletronorte abre chamada pública para projetos eólicos

A Eletronorte abriu chamada pública para seleção de parceiros visando à implantação de projetos eólicos. A estatal dará preferência a empreendimentos listados no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica e que tenham tido aprovação da Aneel para execução. O processo de licenciamento ambiental também será determinante para a escolha dos projetos. O edital da chamada está em www.eln.gov.br. (Agência Canal Energia - 24.01.2007)

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4 Bônus da Cesp

A Cesp concluiu a captação de US$ 350 milhões. Os recursos foram levantados por meio da emissão de notas com vencimento em 2015, indexadas ao IPCA, mais juros de 9,75% ao ano. O dinheiro será usado para quitar títulos da companhia em moeda estrangeira emitidos a taxas mais altas. (Gazeta Mercantil -25.01.2007)

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5 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 24-01-2007, o IBOVESPA fechou a 44.686,73 pontos, representando uma alta de 1,15% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3,49 bilhões. As empresas que compõem o EE apresentaram valorização de 0,26% fechando a 13.983,46 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 49,70 ON e R$ 47,40 PNB, alta de 0,81% e 1,39%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Em virtude do feriado por conta do aniversário da cidade de São Paulo não haverá pregão na Bolsa de São Paulo no dia 25-01-2007. (Investshop - 25.01.2007)

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6 Curtas

Uma ação proposta pelo Ministério Público do Trabalho pede a demissão sumária de 2.300 trabalhadores contratados pela geradora de energia elétrica controlada pela Eletrobrás nos anos 90 e sua substituição por concursados. O processo está pronto para ser julgado. (Eletrosul - 25.01.2007)

A Eletrobrás inaugura dia 24 de janeiro, um Centro Comunitário de Produção (CCP), em São Paulo. A inciativa é voltada para a geração de renda em localidades atendidas pelo Programa Luz para Todos. O projeto, que teve um custo de R$ 68 mil, beneficiará cerca de 100 pessoas. (Agência Canal Energia - 24.01.2007)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Rondeau: país tem capacidade energética para sustentar crescimento

Seja qual for o crescimento econômico do Brasil nos próximos quatro anos, o país terá capacidade energética para suportar e apoiar os novos investimentos. A afirmação é do ministro Silas Rondeau. "O setor elétrico e o setor de petróleo, seguramente, são duas áreas da infra-estrutura brasileira que têm seu planejamento em pelo menos três alternativas: o crescimento esperado, modesto e crescimento mais acelerado. Temos mecanismos seguros de, enfrentar em tempo, qualquer que seja essa variação", disse o ministro. (Agência Brasil - 25.01.2007)

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2 CEEE registra novo recorde de demanda de energia elétrica no RS

Novo recorde de demanda instantânea de energia elétrica no Rio Grande do Sul voltou a ser registrado pela CEEE. A nova marca chegou a 4.526 MW, com temperatura de 37,1ºC, superando a anterior em nove MW, que havia ocorrido no dia 14 de dezembro de 2006. Os equipamentos de controle do Centro de Operação do Sistema (COS) da Companhia haviam marcado uma demanda de 4.517 MW, às 15h08, com uma temperatura de 37,2º. A capacidade de suprimento do Rio Grande do Sul pode suportar demandas de até 5.500 MW, segundo as análises técnicas e de mercado feitos pela área de operação da empresa. Para o diretor de Transmissão, José Maria Carvalho da Silva, o sistema elétrico do Rio Grande do Sul tem apresentado comportamento operacional adequado, contando com folga de atendimento. (Gazeta do Sul - 24.01.2007)

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3 Cemig: raios responsáveis por 44% dos desligamentos em dezembro

Levantamento feito pela Cemig apontou um crescimento de 223% nos desligamentos causados por descargas atmosféricas (raios), entre os meses de setembro e dezembro do ano passado. Em dezembro, o número de interrupções no fornecimento de energia elétrica causadas por raios chegou a 15.584, ou seja, 44% do total de 35.108 desligamentos registrados. Se forem excluídas as interrupções programadas, essa participação foi de quase a metade (49%) do total de 31.532 interrupções acidentais. Em média, as descargas atmosféricas são responsáveis por 30% dos desligamentos nas redes e linhas de distribuição de energia elétrica da Cemig. Para reduzir o tempo de desligamento, a empresa vem adotando medidas como a instalação de pára-raios de óxido de zinco, localizadores de falta de energia e religadores com telecomando, reformas de circuitos e nova padronização de estruturas de redes rurais com nível de isolamento elevado. (Cemig - 24.01.2007)

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4 Nível dos reservatórios no Sul volta ao normal

Depois de quase um ano operando em níveis críticos, os reservatórios das usinas do Sul do Brasil contabilizaram ontem um volume de água armazenada de 62,5% de sua capacidade, de acordo com informações da. Isso significa uma volta à normalidade, com a região gerando e enviando energia nos horários de pico para auxiliar o Sudeste e recebendo energia do Sudeste nos períodos de menor consumo, para poupar seus reservatórios, já que os do Sudeste têm maior capacidade de armazenagem. (Gazeta Mercantil - 25.01.2007)

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5 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 73,1%

O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 73,1%, apresentando alta de 0,6% em relação à medição do dia 22 de janeiro. A usina de Furnas atinge 79,3% de volume de capacidade. (ONS - 23.01.2007)

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6 Sul: nível dos reservatórios está em 62,4%

O nível de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,1% no nível de armazenamento em relação à medição do dia 22 de janeiro, com 62,4% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 49,3% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 23.01.2007)

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7 NE apresenta 74,1% de capacidade armazenada

Apresentando alta de 0,4% em relação à medição do dia 22 de janeiro, o Nordeste está com 74,1% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho opera com 72,6% de volume de capacidade. (ONS - 23.01.2007)

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8 Norte tem 44,5% da capacidade de armazenamento

O nível de armazenamento da região Norte está em 44,5% com variação de 0,2% em relação à medição do dia 22 de janeiro. A usina de Tucuruí opera com 37,8% do volume de armazenamento. (ONS - 23.01.2007)

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Gás e Termoelétricas

1 Marco regulatório do setor de gás aguarda novo Congresso

O mercado de gás aguarda a posse do novo Congresso, para ver retomadas as discussões sobre o marco regulatório do setor. No fim de 2006, foi aprovado na última comissão do Senado um projeto de lei do senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA). Porém, o PAC indicou que o governo vai trabalhar numa lei de gás. Haverá um embate grande no Legislativo, prevê o consultor Adriano Pires, já que elementos de um e de outro poderão ser misturados na Câmara. A grande questão é o transporte de gás, onde faltam investimentos. O projeto de Tourinho muda o regime jurídico dos gasodutos de autorização - mais precário, sem tantas garantias ao investidor - para concessão, licitada. O governo quer a coexistência perpétua dos sistemas. O projeto de Tourinho dá mais poder à ANP. O do governo fortalece o Ministério de Minas e Energia e reduz a atividade regulatória da agência, afirma o advogado Luiz Antonio Lemos, do Tozzini Freire. (Eletrosul -25.01.2007)

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2 Chile quer Petrobras em licitação de exploração de gás

O governo do Chile pretende convidar a Petrobras para participar de uma licitação de dez áreas consideradas promissoras para produção de petróleo e gás, informou a ministra chilena de Mineração e Energia, Karen Poniachik. As áreas ficam na região do Estreito de Magalhães, no extremo sul do país. O Chile depende da Argentina para o suprimento de gás, não dispõe de fonte alternativa, neste momento, e tem sido forçado a aceitar os preços e condições impostos pelo fornecedor. A ministra Poniachik pretende encontrar em Davos, onde se realiza a reunião anual do Fórum Econômico Mundial, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. (DCI - 25.01.2007)

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3 Mais de R$ 1 bi em investimentos no setor sucroalcooleiro de MG

O setor sucroalcooleiro de Minas Gerais fechará a semana com R$ 1,2 bilhão a mais de investimentos. Três grupos empresariais assinaram ontem com o governo estadual protocolos de intenção de construção de unidades de última geração no Triângulo Mineiro. Os investimentos confirmados ontem em Belo Horizonte representam R$ 850 milhões e se referem à instalação das Usinas Nova Energia (Uberlândia), Capinópolis (Capinópolis) e Destilaria São Benedito (Monte Alegre de Minas), que juntas terão capacidade de moer 6,24 milhões de toneladas de cana por safra, o suficiente para produzir 426,9 milhões de litros de álcool e 166,8 mil toneladas de açúcar. Além disso, cerca de 7 mil empregos devem ser criados por estas empresas até 2013. Outro protocolo de intenção será assinado para a construção de uma usina em Campina Verde, também no Triângulo, totalizando R$ 1,2 bilhão. Os projetos de construção de novas usinas em Minas representam investimentos de US$ 3,71 bilhões. (Superávit - 25.01.2007)

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4 Jaraguá deve investir R$ 50 mi em nova fábrica

A Jaraguá Equipamentos Industriais deverá investir R$ 50 milhões este ano para a instalação de uma nova fábrica a fim de atender a demanda crescente de equipamentos para a produção de energia renovável, informou o vice-presidente comercial, Cristian Jaty Silva. A empresa pretende fornecer unidades industriais completas, adquirindo parte de terceiros, atendendo usinas de açúcar e álcool, etanol e biodiesel. "A nova unidade já está pré-aprovada", afirmou o executivo. "Agora falta definir a localização e verificar as possibilidade de financiamento", informou Silva, acrescentando que essas decisões devem sair até o mês de março próximo. De acordo com Silva, nos próximos 20 anos deverão ser gastos aproximadamente R$ 10 bilhões em usinas de açúcar e álcool e biodiesel no Brasil. Atualmente, a Jaraguá já mantém três fábricas no eixo Rio - São Paulo, instaladas em Osasco, Itapevi e Sorocaba. A nova unidade deverá ser instalada na região Centro Oeste ou Nordeste, mais próxima das novas usinas e deverá contar com aproximadamente 500 funcionários. (Gazeta Mercantil - 25.01.2007)

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Grandes Consumidores

1 Siderúrgicas reafirmam a Lula investimentos de US$ 15 bi até 2010

Empresários do setor siderúrgico se reuniram com o presidente da República para avaliar o PAC e reafirmaram investimentos de US$ 15 bilhões até 2010. Das medidas anunciadas pelo governo federal, poucas afetam diretamente a indústria siderúrgica. Na opinião do presidente do IBS, Luiz Vicente, a maior demanda por produtos siderúrgicos virá de setores intensivos em aço, como infra-estrutura, que foram beneficiados com medidas de desoneração pelo PAC. O executivo lembrou que "o desafio da implementação do PAC deve ser responsabilidade não só do Executivo, mas do Congresso e de toda a sociedade". (DCI - 25.01.2007)

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2 Setor de mineração elogia o PAC, mas pleiteia emendas

O setor de mineração recebeu o PAC com satisfação."Além de assegurar uma segurança jurídica, a regulamentação vai imprimir celeridade no processo de licenciamento", disse Paulo Penna, presidente do Ibram. A demora na concessão das licenças é uma das principais queixas do setor. Ele salientou ainda que os investimentos em energia elétrica anunciados dão garantia ao empresariado para o abastecimento energético de projetos em andamento. "Isso é de particular importância para os projetos de cobre e níquel que vêm sendo tocados na região Norte", afirmou Penna. Apesar dos elogios, Penna já está pleiteando emendas ao PAC. A proposta do instituto é que o direito minerário seja aceito como garantia para obtenção de crédito junto a instituições financeiras. A proposta está na Casa Civil. (DCI - 25.01.2007)

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3 Vale poderá interferir em compra da CSN

A CVRD disse que, caso a CSN vença a disputa pela Corus, irá questionar a capacidade da rival fornecer minério de ferro à siderúrgica britânica. A afirmação foi feita ao "Financial Times" pelo diretor da Vale José Martins. Na disputa entre as brasileiras, está o minério de ferro extraído de Casa da Pedra. A Vale entende que um acordo assinado em 2001 pode lhe garantir prioridade na produção excedente da mina. A CSN disse que a declaração é "pura malevolência" e que poderá entrar na Justiça contra a Vale. (Folha de São Paulo - 25.01.2007)

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4 Municípios disputam nova fábrica da Votorantin Celulose

Quatro municípios gaúchos disputam a instalação de uma nova fábrica no Rio Grande do Sul. A Votorantim Celulose confirmou a instalação de uma unidade às margens do canal São Gonçalo, entre os municípios de Pelotas, Rio Grande, Capão do Leão e Arroio Grande. A fábrica deve ser construída em 2009. (Gazeta do Sul - 24.01.2007)

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Economia Brasileira

1 PIB deve crescer entre 0,5% e 0,9% no primeiro trimestre

A economia deve desacelerar ligeiramente neste início de ano devido ao forte movimento de queima de estoques do comércio e baixa atividade da indústria, num ambiente de demanda aquecida. As taxas de crescimento projetadas para o PIB trimestral de janeiro/março variam entre 0,9% e 0,5%, na comparação com o último trimestre do ano passado, conforme projeções do Ipea e da Tendências Consultoria. (Valor Econômico - 25.01.2007)

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2 LDO permite redução superior a 0,5% do PIB na meta de superávit

O projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2007 permitirá, se aprovado como está, uma redução superior a 0,5% do PIB na meta de superávit primário do setor público. Em princípio, não é essa a intenção do governo. Mas, em tese, a meta efetiva para este ano poderia ficar abaixo dos 3,75% do PIB, porque, ao mudar o texto, o Executivo não retirou a parte que permite somar ao orçamento do PPI valor equivalente a uma eventual sobra de superávit primário em 2006. (Valor Econômico - 25.01.2007)

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3 Exportações sobem até 12% com PAC

O PAC deve fortalecer a exportações brasileiras em 2007, garantiu hoje o presidente da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Juan Quirós. "O PAC vai gerar investimentos em infra-estrutura, reduzindo os custos das empresas e aumentando a diversidade e a competitividade dos produtos do país", disse Quirós, que participa do encontro anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. (DCI - 25.01.2007)

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4 Copom reduz corte da Selic para 0,25 ponto

Decisão, tomada apesar dos apelos por redução maior, reforça o caráter de independência do BC. O Copom ignorou os apelos públicos feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para que fosse mantido o ritmo de queda do juro e reduziu a Selic em apenas 0,25 ponto percentual. A taxa básica da economia sofreu ontem sua décima terceira queda consecutiva e foi a 13% ao ano. Com o corte na Selic, o juro real praticado na economia cai a 8,62% ao ano, ainda a maior taxa do mundo. (Gazeta Mercantil - 25.01.2007)

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5 Firjan: crescimento requer mudanças na área dos gastos públicos

Para a Firjan, é essencial prosseguir com o corte dos juros "para maior crescimento da economia este ano, conforme proposto pelo PAC". Em nota, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro argumenta que "o crescimento, a taxas mais elevadas e por um período mais longo, requer mudanças estruturais na área dos gastos públicos, sem as quais não haverá redução da carga de tributos no país". (Firjan - 24.01.2007)

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6 IPCA-15 tem alta de 0,52%, pressionado por fatores sazonais

Pressões sazonais, advindas dos reajustes dos transportes e aumentos dos preços dos alimentos aceleraram o Índice de IPCA-15 (considerado uma prévia do IPCA), que registrou alta de 0,52% em janeiro ante elevação de 0,35% em dezembro do ano passado. O resultado é também superior ao observado em janeiro de 2006, quando ocorreu alta de 0,51%. "Esse resultado já era esperado pelo mercado, e o mais importante a destacar é que as pressões foram sazonais, resultando principalmente do aumento de itens como tarifas dos transportes e alimentos", analisa Marcela Prada, economista da Tendências Consultoria Integrada, completando que o IPCA de janeiro - que ela projeta em 0,42% - já deve refletir o arrefecimento dessas pressões. (Gazeta Mercantil - 25.01.2007)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial abriu as operações com pequena alta perante o fechamento de ontem, a R$ 2,1310. Logo depois, porém, passou ao terreno negativo e, às 10h20, recuava 0,14%, cotado a R$ 2,1250 na compra e a R$ 2,1260 na venda. Ontem, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,18%, a R$ 2,1270 na compra e R$ 2,1290 na venda - o menor valor desde 4 de setembro de 2006, quando encerrou aos R$ 2,1240. Pelas informações do mercado, o giro interbancário somou aproximadamente US$ 1,9 bilhão. (Valor Online - 25.01.2007)


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Internacional

1 CE denuncia a Espanha por violar normas

A Comissão Européia (CE) denunciou ontem a Espanha na Corte Européia de Justiça (CEJ) por violação das normas comunitárias com o objetivo de bloquear a tentativa de compra da empresa de energia elétrica espanhola Endesa pelo grupo alemão E.ON. Bruxelas justificou a decisão com base nas "restrições injustificadas da livre circulação de capitais e de direito de estabelecimento" provocadas por "determinadas disposições" da lei espanhola que amplia as competências da Comissão Nacional de Energia (CNE). Em especial, a CE critica a disposição segundo a qual se requer autorização prévia da CNE para a aquisição de participações em percentual superior a 10% do capital de empresas da área de energia. Para Bruxelas, esta exigência "excede o necessário para garantir o fornecimento mínimo de produtos e serviços de energia essenciais, e pode ser dissuasivo para os investimentos procedentes de outros Estados-membros". (Gazeta Mercantil - 25.01.2007)

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2 Endesa espera lucro líquido de 2,9 bi de euros em 2006

A Endesa divulgou as expectativas de resultados para 2006, visando a fase final do processo de oferta pública de ações feitas por E.ON e Gas Natural. O grupo espera ter terminado o ano passado com Ebtida de 7,1 bilhões de euros, 19% acima do verificado em 2005. O lucro líquido da companhia, em 2006, está estimado em 2,9 bilhões de euros, incremento de 39% sobre o ano anterior. Na América Latina, a expectativa é de um Ebtida de 2,1 bilhões de euros, um crescimento de 17% sobre 2005. A Endesa também apresentou as projeções revisadas dos principais indicadores para o ano de 2009. O Ebtida do grupo deve atingir, naquele ano, 8,5 bilhões de euros, alcançando um crescimento anual médio acumulado de 8%, entre 2006 e 2009. A estimativa de lucro líquido foi para 3 bilhões de euros em 2009, 75 milhões a mais que o estimado anteriormente. O Plano de Investimentos 2007-2009 prevê inversões de 12,3 bilhões de euros, dos quais 56% para expansão dos negócios e 44% para manutenção. A América Latina receberá 2,5 bilhões de euros no período. As operações em Espanha e Portugal ficarão com 6,5 bilhões de euros. (Agência Canal Energia - 24.01.2007)

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3 EDP planeja investimento de 2,6 bi de euros em energia eólica

A Energias de Portugal busca na energia dos ventos a consolidação na participação do mercado de energia renovável na Europa. A empresa anunciou o Plano de Negócios 2007-2010 no qual fica claro a preferência pela energia eólica na expansão do parque gerador. A empresa planeja investir 2,6 bilhões de euros no período para alcançar a capacidade instalada de 4,2 mil MW. A EDP reservou ainda 630 milhões de euros para outros mercados como América do Norte, França, Itália, Reino Unido e Polônia. A EDP investirá ainda 280 milhões de euros em energia solar e biomassa. A expectativa do grupo é chegar a 165 MW de capacidade bruta instalada em 2010 com estes tipos de fontes. (Agência Canal Energia - 24.01.2007)

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4 Bush: prioridade para o uso de energias renováveis

Com a promessa de reduzir dependência do país por petróleo estrangeiro, o presidente George W. Bush insistiu no aumento das energias renováveis - principalmente o etanol - e pediu padrões mais rígidos para a economia de combustível por carros e utilitários leves. O ponto principal da proposta de Bush - que disse pretender uma redução de 20% no consumo da gasolina nos próximos dez anos, foi o aumento compulsório de quase cinco vezes na produção de etanol e outros combustíveis alternativos para carros e caminhões. Bush propôs que em 2017 os fabricantes de combustível estejam produzindo 35 bilhões de galões de combustíveis alternativos por ano, que substituirão em cerca de 15% o consumo projetado de gasolina. Um segundo ponto importante da proposta diz respeito aos padrões para economia de combustível, que devem aumentar cerca de 4% a partir de 2010, no caso dos carros, e 2012, no de caminhões. (O Estado de São Paulo - 25.01.2007)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Jornalista: Juliana Lanzarini
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Bianca Reich, Guilherme Branquinho, Larissa Barbosa, Igor Briguiet e Rodrigo Fonseca.

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