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IFE: nº 1.955 - 09 de janeiro de 2007
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Merril Lynch: Brasil precisa de US$ 35 bi para atender demanda até 2015
2 Merril Lynch: governo terá aumentar os preços nos leilões
3 Merril Lynch: prevê alta gradual no preço da energia
4 ANA: complexo Madeira não prejudicará ribeirinhos
5 Brasil e China assinam acordo de infra-estrutura
6 Inquilinos agora podem ter tarifa de baixa renda
7 Curtas

Empresas
1 Falta de ativos e dívidas atrasam consolidação de elétricas
2 Coelce pretende investimento recorde
3 Cosern tem prejuízo de R$ 60 mi com furto
4 Aneel aprova reengenharia da Light
5 Furnas faz sociedade com empresas para construir nova hidrelétrica
6 Geração ganha mais peso na CPFL
7 CPFL contrata McKinsey para avaliar transmissão
8 Celesc: novos comandos na empresa

9 Copel repactua contratos com a Cien

10 Debêntures da Cemig

11 CPFL Energia passa a integrar o IBrX 50 da Bovespa

12 Equatorial Energia entra para o IBrX da Bovespa

13 Cotações da Eletrobrás

14 Curtas

Leilões
1 EPE estuda adoção de leilões voltados para eficiência energética
2 Diretoria da Aneel discute homologação de contratos de leilões
3 Leilão de LTs: Aneel vota homologação de resultado de leilão de dezembro

4 Leilões de Energia: EPE disponibiliza ficha de inscrição

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Chuvas trazem alívio para estoque de energia no País
2 Consumo industrial teve alta de 3,7% em 2006, estima EPE
3 Usina de Itaipu atinge a sua segunda maior produção anual

4 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 60,1%

5 Sul: nível dos reservatórios está em 61,5%

6 NE apresenta 66,4% de capacidade armazenada

7 Norte tem 38,3% da capacidade de armazenamento

8 Preço Spot - CCEE

Gás e Termelétricas
1 Kelman fala sobre dificuldades no suprimento de gás natural
2 Petrobras e Estado do Rio discutem fornecimento de gás
3 Município de Roraima terá usina de biocombustível

Grandes Consumidores
1 Complexo da Petrobras pode trazer economia de US$ 2 bi para o Brasil
2 Produquímica compra a Adesol
3 Cargill e MMX acertam acordo

Economia Brasileira
1 Balança comercial começa 2007 com superávit de US$ 617mi
2 Captação da poupança chega a R$ 6,471 bi

3 Reação de insumos e bens de capital animam a indústria para 2007
4 Exportação teve US$ 6,37 bi em créditos do BNDES em 2006
5 Banco Mundial projeta crescimento de 3,5% para o Brasil em 2007
6 Focus: Mercado mantém previsão para crescimento de 3,5% em 2007
7 IPC-S dispara 0,86% na primeira semana de 2007
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Kirchner descongela tarifa de energia elétrica após 5 anos
2 Bolívia planeja exportação de eletricidade
3 Bolívia negocia reajuste de 285% com a Shell
4 Chávez anuncia nacionalização do setor elétrico
5 Suez-GDF, fusão estratégica

Biblioteca Virtual do SEE
1 Kelman, Jerson; Santana, Edvaldo. Energia elétrica e suprimento de gás natural. Estado de São Paulo, São Paulo, janeiro de 2007.

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Merril Lynch: Brasil precisa de US$ 35 bi para atender demanda até 2015

A Merril Lynch divulgou dia 8/01 o relatório "China, India & Brazil: Overpowering growth" com a análise do setor elétricos dos três países. A corretora disse que o setor elétrico brasileiro é atrativo devido à estabilidade, crescimento e avaliação dos ativos. Para ela, os três países sofrerão pressões nas áreas regulatória, financeira e ambiental para atender a necessidade de crescimento da oferta de energia. Só para o Brasil, prevê-se a necessidade de investimentos na ordem de US$ 35 bi até 2015 para uma taxa de expansão da oferta de energia em 5% ao ano, o equivalente a adição de mais 55 mil MW. O acréscimo deve atender o crescimento econômico de 4% anuais previstos pela corretora no período. A empresa diz que apesar de continuar com a forte base hídrica, o país deve investir mais em térmicas, termonucleares e, em menor grau, em energia alternativa. (Agência Canal Energia - 08.01.2007)

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2 Merril Lynch: governo terá aumentar os preços nos leilões

A corretora Merril Lynch também acredita que, para atender à demanda, o governo terá aumentar os preços nos leilões para atrair os investidores privados. Além disso, a Eletrobrás continuará sendo a maior investidora do setor. Para a Merril Lynch, a falta de uma sinalização de longo prazo dos preços da energia e as dificuldades para o licenciamento ambiental são riscos para a expansão da oferta. A corretora acha positiva mudanças na legislação que deixem mais claro quais órgãos ou entes federativos são responsáveis pelo licenciamento. A Eletrobrás é vista pela corretora Merril Lynch como um complicador, pois o seu patamar aceitável de preços para a energia é menor que os dos investidores privados. "Como resultado, a habilidade do governo de ser tanto regulador como investidor no setor complica o cenário para as companhias que gostariam de investir em novos projetos". (Agência Canal Energia - 08.01.2007)

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3 Merril Lynch: prevê alta gradual no preço da energia

A Merril Lynch prevê alta gradual no preço da energia no Brasil, havendo expectativa de que o retorno dos investimentos em novos empreendimentos deva ficar entre 12% e 14% em 10 anos. Esta taxa é menor que os 14%-15% pedidos pelos investidores privados. "Contudo, acreditamos que o baixo risco associado com os preços atuais de geração de energia, podem assegurar meios para reduzir o nível de retorno visto como aceitável", diz o relatório. A ML afirma que o Brasil é uma das poucas potências industriais a ser praticamente auto-suficiente em energia. Quanto ao gás, diz que a tendência é de diminuir a dependência da Bolívia, a entrada de novos projetos como GNL e a Bacia de Santos. O segmento de distribuição é classificado pela corretora como estável tendo chegado "perto da cobertura universal". Com isso, o crescimento do setor se dará mais pela expansão econômica e o aumento do uso da eletricidade pelos atuais consumidores. As tarifas são colocadas para conceder um índice de retorno ao capital investido. A ML antecipa que a taxa de retorno real na próxima revisão tarifária será de 9,98% contra 11,26% na anterior. (Agência Canal Energia - 08.01.2007)

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4 ANA: complexo Madeira não prejudicará ribeirinhos

A Agência Nacional de Águas (ANA) publicou uma declaração que atesta a disponibilidade de recursos hídricos para a construção das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio, que formam o Complexo Madeira no rio do mesmo nome, em Rondônia. Na prática, a decisão funciona como um atestado de que as hidrelétricas não vão prejudicar os demais usuários das águas do rio. "Nós analisamos se a intervenção não vai interferir com os usos já existentes na bacia hidrográfica, e se esse uso já está compatível com o aproveitamento futuro daquela bacia. É nesse contexto que se inserem as usinas hidrelétricas do rio Madeira", explica o diretor da Área de Projetos da ANA, Benedito Braga. Para que seja dado início às obras das usinas, o Ibama ainda precisa conceder uma licença ambiental prévia para os projetos. Os estudos estão na etapa final, e o resultado deve ser apresentado até 15 de fevereiro. (Gazeta Mercantil - 09.01.2007)

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5 Brasil e China assinam acordo de infra-estrutura

Os governos do Brasil e da China intensificarão a cooperação bilateral na área de energia elétrica, recursos hídricos, petróleo e gás natural. O decreto que promulga o acordo entre os países foi publicado na última quinta-feira no Diário Oficial da União. O acordo - que prevê o intercâmbio de tecnologias, informação, conhecimento e treinamento - foi celebrado em Pequim em junho deste ano. O objetivo é fortalecer a cooperação na área de infra-estrutura entre empresas. Na lista de obras estão previstos projetos hidrelétricos nos Rios Madeira, Xingu, São Francisco e Paraíba; a construção de um gasoduto para transporte de gás natural, entre outros. São responsáveis pela implementação do acordo o Ministério de Minas e Energia do Brasil e o Ministério do Comércio da China. (Jornal do Commercio - 05.01.2007)

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6 Inquilinos agora podem ter tarifa de baixa renda

Os consumidores de baixa renda que moram de aluguel terão mais facilidade para receber o benefício da tarifa social, que permite o desconto de até 60% na conta de luz. A Aneel publicou nesta quinta-feira, no Diário Oficial da União, resolução que permite ao inquilino, que mora numa residência cuja conta de luz ainda permanece no nome do proprietário, usufruir também da tarifa mais baixa. Para obter o benefício, o inquilino terá que apresentar uma declaração da distribuidora de energia assegurando que é o morador da residência e responsável pelo pagamento da conta. Desse forma, se o seu consumo estiver dentro da faixa que permite o acesso à tarifa social, poderá ter o desconto da tarifa, que em alguns casos chega a até 60% do valor da conta. Pelas regras do setor elétrico, toda residência que tenha ligação monofásica e apresente consumo médio mensal de até 80 kWh tem direito automaticamente à tarifa social. (Jornal do Commercio - 05.01.2007)

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7 Curtas

A Paradigma Tecnologia promove, nos dias 19 e 20 de janeiro, o II Workshop Setorial de Energia Elétrica. O evento, que acontece em Florianópolis, reunirá analistas, consultores e executivos das principais empresas de energia presentes no país que abordarão temas como o cenário do setor elétrico no Brasil, novas regras na comercialização de energia, tendências na precificação e visão do consumidor livre, entre outros. (Agência Canal Energia - 08.01.2007)

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Empresas

1 Falta de ativos e dívidas atrasam consolidação de elétricas

A aguardada consolidação do setor elétrico brasileiro não alcançará, em 2007, o ritmo esperado pelos agentes do mercado. A escassez de ativos relevantes disponíveis para aquisição e a recuperação financeira das companhias impõem dificuldades para que um movimento mais acelerado de compras e fusões ocorra no Brasil, a exemplo do que já se verifica na Europa e nos Estados Unidos. Ainda assim, empresas como Cemig, CPFL, Energias do Brasil, Copel, AES e Neoenergia se preparam para crescer. Na avaliação do diretor de Relações com Investidores da Energias do Brasil, Vascos Barcellos, a recuperação da saúde financeira das elétricas trouxe equilíbrio ao jogo de força entre as empresas. Na mesma linha, o professor Nivalde de Castro, coordenador Gesel/UFRJ, afirma que o bom momento do setor elétrico brasileiro gera maior liquidez ao mercado. "Hoje, é mais atrativo alienar parte dos ativos do que uma companhia inteira", comenta Castro. Segundo ele, o processo de consolidação no Brasil será diferente do movimento verificado na Europa em um primeiro instante. "O que ocorre lá são empresas européias de atuação nacional em tratativas para adquirir companhias de outros países do continente, para fazer frente ao forte processo de desregulamentação do mercado a partir do próximo ano", explica. (Estado de São Paulo - 14.12.2006)

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2 Coelce pretende investimento recorde

A Coelce pretende realizar R$ 430 milhões em investimentos em 2007, um volume inédito na história da empresa. Segundo o presidente da Coelce, Cristián Fierro, os focos dos investimentos serão a universalização do fornecimento de energia e melhorias na rede elétrica e no atendimento ao cliente. Fierro afirma que o sistema da Coelce está preparado para suportar um crescimento da economia de até 6%, em 2007. (Gazeta Mercantil - 09.01.2007)

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3 Cosern tem prejuízo de R$ 60 mi com furto

Nem a campanha que reduziu o número de ligações clandestinas impediu que a Cosern tivesse prejuízo com roubo de energia elétrica. As perdas do ano passado foram da ordem de R$ 60 milhões. Apesar de alto, o valor já é um alívio para a empresa, pois a cifra poderia chegar a R$ 65 milhões, caso nenhuma ação tivesse sido realizada para coibir as irregularidades que resultam neste déficit. Ainda neste semestre, a Cosern deverá iniciar uma nova campanha publicitária na tentativa de reduzir os índices de roubo de energia, em especial por parte de grandes empreendimentos. Dentro dos planos deste ano, também está o reforço na fiscalização, que já tinha sido intensificada no ano passado. (Gazeta Mercantil - 09.01.2007)

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4 Aneel aprova reengenharia da Light

A Aneel aprovou e fez publicar nesta quinta-feira no Diário Oficial da União a última etapa do processo de desverticalização de ativos da Light. A Aneel aprovou a transferência dos ativos de geração e transmissão da Light Serviços de Eletricidade (distribuidora) para a Light Energia. A legislação do setor elétrico determina que empresas que atuam na distribuição de energia devem separar dessa atividade os ativos das áreas de geração e transmissão. A Aneel também aprovou a incorporação, pela CPFL Geração, das subsidiárias CPFL Centrais Elétricas e Serra da Mesa (Semesa). A operação faz parte do processo de reestruturação do grupo, que inclui a separação dos ativos de geração e transmissão dos de distribuição. Com a incorporação, a CPFL passou a deter a concessão de usinas outorgadas, em 1997, à CPFL Centrais Elétricas e da central geradora hidrelétrica (CGH) Ponte da Silva, outorgada à Semesa. (Jornal do Commercio - 05.01.2007)

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5 Furnas faz sociedade com empresas para construir nova hidrelétrica

As empresas Furnas Centrais Elétricas, Alcoa, o Departamento Municipal de Eletricidade de Poços de Caldas e o Grupo Camargo Correa formalizaram hoje (3) um acordo de acionistas que vai viabilizar a construção da hidrelétrica de Serra do Facão. A partir do acordo foi constituída a Sociedade de Propósito Especifico (SPE) România, em que Furnas terá 49,5% de participação, a Alcoa (35%), o Departamento Municipal de Eletricidade de Poços de Caldas (105), e o Grupo Camargo Corrêa, os 5,5% restantes. Com geração prevista para o ano 2010, Serra do Facão contará com 210 MW de capacidade instalada. O empreendimento, orçado em R$ 800 milhões, começará a ser construído no início de 2007. A Usina Hidrelétrica Serra do Facão será construída no Rio São Marcos, entre os estados de Goiás e Minas Gerais, região central do Brasil. De acordo com informações divulgadas por Furnas, a SPE será responsável pelo gerenciamento da construção da usina e do seu sistema de transmissão e pela implementação de todos os programas sócio-ambientais pertinentes ao empreendimento. (APMPE - 04.01.2007)

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6 Geração ganha mais peso na CPFL

Wilson Ferreira Jr., o presidente da CPFL Energia, pretende mudar a cara da companhia. Com 70% de sua receita atual atrelada ao segmento de distribuição, o executivo tem como meta de longo prazo promover o equilíbrio entre as diversas áreas de negócio. A tarefa se resume em reduzir a fatia da distribuição para 50% e deixar a outra metade com as divisões de geração, comercialização do insumo no mercado livre e possivelmente transmissão. Hoje, a geração detém 28% e a comercialização fica com inexpressivos 2% da receita. A empresa não atua por ora em transmissão. Ao que tudo indica, a meta de Ferreira Jr. poderá ser concretizada. Até porque, em 2010, a CPFL terá uma capacidade de geração de 2,087 mil MW, quase o dobro dos atuais 1,072 mil MW de capacidade. E o primeiro passo desse direcionamento o mercado já poderá ver neste ano. Entre 2007 e 2010, a CPFL anunciou investimentos de R$ 3,3 bilhões, sendo que desse montante o setor de geração receberá 41,2%. O restante terá como destino a distribuição. O fato é que apesar de a CPFL ter reservado quase 60% dos R$ 3,3 bilhões para investir na sua divisão de distribuição até 2010, não há qualquer centavo previamente separado para futuras aquisições na área. Os recursos já disponíveis, portanto, têm como destino a expansão da rede de consumidores dessas quatro distribuidoras, que tem 250 mil novas ligações a cada ano, e a manutenção do parque. (Valor Econômico - 08.01.2007)

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7 CPFL contrata McKinsey para avaliar transmissão

A CPFL Energia resolveu se perguntar se vale ou não a pena injetar dinheiro no segmento de linhas de transmissão. E, a julgar pelos movimentos recentes, a resposta estaria mais perto do sim do que do não. Wilson Ferreira Jr., presidente da companhia, contou que contratou recentemente a consultoria McKinsey. O objetivo do trabalho, que deverá ficar pronto em 60 dias, é entender se vale a pena comprar um lote de linha de transmissão nos leilões promovidos pelo governo ou se o melhor é adquirir projetos que já estejam nas mãos de companhias. (Valor Econômico - 08.01.2007)

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8 Celesc: novos comandos na empresa

A Celesc entra 2007 com uma grande mudança na sua estrutura. Para o segundo mandato do governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), a empresa estatal terá novo presidente, novos nomes na sua diretoria e vai ampliar as áreas de atividades, passando também a atuar na área de gás, depois da compra do controle da SCGás. O novo presidente, Eduardo Pinho Moreira (ligado ao PMDB), assume a empresa nos próximos dias, substituindo Miguel Ximenes (também do PMDB). O desafio para os novos nomes que assumem a empresa em 2007 será torná-la mais competitiva. A estatal vem perdendo grandes clientes industriais para o mercado de energia livre. A nova equipe da Celesc chega em um momento delicado no mercado financeiro. Embora nos últimos anos a empresa tenha ampliado seu relacionamento com os investidores, as ações começaram a cair desde que circularam informações de que a empresa incorporaria a SCGás. (Valor Econômico - 05.01.2007)

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9 Copel repactua contratos com a Cien

Aditivos envolvem redução do total de fornecimento de 400 MW médios para 175 MW médios, até 31 de dezembro deste ano. O ajuste contratual foi necessário em razão da recomposição do montante da energia contratada com a Cien. Entre os mecanismos de compra de energia utilizados pela Copel está a contratação de 160 MW médios no leilão de energia existente A-1, realizado em dezembro passado. Ainda de acordo com a Copel, por força da revisão contratual, a estatal reverterá cerca de R$ 100 milhões no primeiro trimestre de 2007, no âmbito da provisão escriturada para pagamento das pendências dos contratos aditados. (Agência Canal Energia - 05.01.2007)

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10 Debêntures da Cemig

A elétrica Cemig planeja emissão de debêntures no valor total de R$ 993 milhões. A operação, liderada pelo Unibanco, será realizada em duas tranches, a primeira de R$ 489 milhões e a outra de R$ 504 milhões (Gazeta Mercantil - 09.01.2007)

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11 CPFL Energia passa a integrar o IBrX 50 da Bovespa

A CPFL Energia anunciou que suas ações passaram a ser cotadas no Índice Brasil 50 da Bovespa. Segundo a CPFL, a inclusão da ação é resultado do aumento da liquidez no mercado, demonstrado pelo aumento do volume médio diário de negociação, que passou de R$ 7,2 milhões no primeiro semestre de 2006 para R$ 11,1 milhões no segundo semestre, e pelo aumento do número médio diário de negócios, que passou de 244 para 445 no período. (Agência Canal Energia - 08.01.2007)

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12 Equatorial Energia entra para o IBrX da Bovespa

A Equatorial Energia comunicou que entrou para a carteira teórica do IBrX da Bovespa, que vai vigorar no período de janeiro a abril deste ano. As Units da holding vão ter participação de 0,11% no índice da Bovespa. Para marcar presença no IBrX, a empresa tem que estar entre as 100 ações com maior índice de negociabilidade e ter sido negociada em pelo menos 70% dos pregões ocorridos nos 12 meses anteriores à formação da carteira teórica. (Agência CanalEnergia - 05.01.2007)

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13 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 08-01-2007, o IBOVESPA fechou a 42.829,93 pontos, representando uma alta de 1,38% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3,23 bilhões. As empresas que compõem o IEE fecharam a 13.596,95 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 47,70 ON e R$ 45,51 PNB. Na abertura do pregão do dia 09-01-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 47,99 as ações ON, alta de 0,61% em relação ao dia anterior e R$ 46,00 as ações PNB, alta de 1,08% em relação ao dia anterior. (Investshop - 09.01.2007)

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14 Curtas

A assembléia geral extraordinária da Cesp realizada na última segunda-feira, dia 08, aprovou os nomes dos integrantes do CA. O conselho será presidido por Dilma Seli Pena e terá como vice-presidente, Aloysio Nunes Ferreira Filho. Os acionistas também ratificaram os nomes dos atuais componentes do conselho fiscal até a próxima assembléia geral ordinária. Além disso, definiram os honorários para a diretoria executiva e integrantes dos dois conselhos. (Agência Canal Energia - 08.01.2007)

O CA da Manaus Energia aprovou a composição da diretoria da empresa para o período de 2006-2009, em reunião realizada em 14/12/2006. Willamy Moreira Horta será o diretor-presidente da Manaus Energia; Anselmo de Santana Brasil, diretor administrativo; Henrique Hamann, diretor financeiro; Wenceslau Abtibol, diretor de distribuição; e Camilo Gil Cabral, diretor técnico. (Agência CanalEnergia - 05.01.2007)

A CEEE pediu à CVM, registro de empresa aberta para a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica. A CEEE Distribuição será criada dentro do processo de desverticalização da empresa. (Agência Canal Energia - 08.01.2007)

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Leilões

1 EPE estuda adoção de leilões voltados para eficiência energética

A EPE estuda realizar, a partir de 2008, leilões voltados especificamente para eficiência energética. O consumidor que economizasse energia por meio de projetos de eficiência poderia negociar os MW conservados. O objetivo é incentivar o uso eficiente de energia entre os consumidores industriais e comerciais. Uma alternativa prevê a competição entre os melhores projetos e outra promoveria uma disputa entre estes projetos e as usinas hidrelétricas. O prazo dos contratos seria fechado nos leilões e o preço estipulado para os MW conservados. (APMPE - 04.01.2007)

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2 Diretoria da Aneel discute homologação de contratos de leilões

A Aneel colocou na pauta da primeira reunião pública do ano, nesta terça-feira (09/01), a homologação dos contratos de energia firmados em dois leilões de energia existentes, realizados em abril e outubro de 2005. Segundo o processo, a CCEE informou em maio de 2006 a respeito de concessionárias que não apresentaram as respectivas garantias financeiras exigidas nos editais dos respectivos certames. As pendências foram solucionadas no final de setembro, de acordo com a CCEE. (Agência Canal Energia - 05.01.2007)

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3 Leilão de LTs: Aneel vota homologação de resultado de leilão de dezembro

A primeira reunião pública da Aneel também vai votar a proposta de homologação do resultado do leilão de transmissão realizado em 15 de dezembro. (Agência Canal Energia - 05.01.2007)

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4 Leilões de Energia: EPE disponibiliza ficha de inscrição

A EPE disponibilizou ficha de inscrição para os empreendimentos visando os leilões de energia A-3 e A-5, previstos para maio deste ano. Os empreendedores deverão preencher um formulário eletrônico para cada projeto previsto. A inscrição online é disponibilizada para térmicas, hidrelétricas e PCHs. Outros empreendimentos geradores terão que fazer a inscrição diretamente na sede da EPE. Os investidores têm até 1º de fevereiro para fazer a inscrição e habilitação. (Agência Canal Energia - 08.01.2007)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Chuvas trazem alívio para estoque de energia no País

Os reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste ultrapassaram, no último domingo, a marca de 60% de sua capacidade, devido às fortes chuvas que vêm caindo nas últimas semanas, principalmente em Minas Gerais. O volume de energia armazenada ainda é inferior aos 70% registrados no mesmo período do ano anterior, mas já indica uma recuperação do estoque brasileiro de energia, que ficou debilitado no período de seca, quando o País não pôde contar com todas as térmicas a gás. "As primeiras chuvas deram um alívio e, se o ritmo for mantido em fevereiro e março, a tendência é que precisemos menos do gás natural em 2007", avalia o professor Nivalde de Castro, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) do Instituto de Economia da UFRJ. Segundo seus cálculos, se as chuvas continuarem a cair nas próximas semanas, é possível que as regiões Sudeste e Centro-Oeste iniciem o período seco (de abril a outubro) com o estoque de energia em um nível maior do que o do mesmo período de 2005. (Estado de São Paulo- 09.01.2007)

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2 Consumo industrial teve alta de 3,7% em 2006, estima EPE

A EPE espera que o crescimento da demanda no consumo de energia elétrica tenha aumentado 3,9% em 2006. A revisão aponta para expansão de 3,9% para o consumo residencial, enquanto o consumo da indústria deverá fechar em 3,7%. Todas as classes e segmentos aumentaram a demanda. A liderança coube ao comércio e ao conjunto "outros consumos" (que agrega iluminação e serviço públicos, além do consumo próprio das empresas de distribuição), cujo crescimento acumulado chegou a 4%. As projeções de crescimento em 2006 têm como base, segundo a EPE, "as perspectivas para o desempenho da economia para o final de ano, as tendências sazonais e outros parâmetros de mercado". (Valor Econômico - 08.01.2007)

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3 Usina de Itaipu atinge a sua segunda maior produção anual

A hidrelétrica atendeu 20% da demanda brasileira e 95% da paraguaia em 2006. A usina de Itaipu atingiu, em 2006, a segunda maior produção de energia de sua história, com 92.689.936 MWh, 5,4% a mais do que o montante produzido em 2005. A usina atendeu 20% da demanda brasileira e 95% da paraguaia no ano passado. O incremento na produção de energia supriu a demanda do Sul, afetada pela seca, explica o diretor técnico e executivo da usina, Antonio Otelo Cardoso. No período de estiagem, Itaipu repassou parte da produção para o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a pedido do ONS. Em março de 2007, Itaipu colocará em operação sua 20ª turbina, completando o projeto original. Assim, a capacidade instalada será de 14 mil MW. A instalação das duas últimas turbinas absorveu investimentos de US$ 200 milhões, segundo Cardoso. Itaipu também inicia nesse ano um projeto de atualização tecnológica das demais unidades geradoras, o que deve consumir US$ 300 milhões num período de oito a dez anos. "A primeira unidade geradora já tem 22 anos", disse o diretor. Somente em 2007, US$ 30 milhões devem ser destinados ao programa de modernização. (Gazeta Mercantil - 08.01.2007)

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4 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 60,1%

O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 60,1%, apresentando alta de 1,2% em relação à medição do dia 6 de janeiro. A usina de Furnas atinge 54,8% de volume de capacidade. (ONS - 07.01.2007)

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5 Sul: nível dos reservatórios está em 61,5%

O nível de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,6% no nível de armazenamento em relação à medição do dia 6 de janeiro, com 61,5% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 61,5% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 07.01.2007)

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6 NE apresenta 66,4% de capacidade armazenada

Apresentando alta de 0,5% em relação à medição do dia 6 de janeiro, o Nordeste está com 66,4% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho opera com 59,8% de volume de capacidade. (ONS - 07.01.2007)

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7 Norte tem 38,3% da capacidade de armazenamento

O nível de armazenamento da região Norte está em 38,3% apresentando alta de 0,5% em relação à medição do dia 6 de janeiro. A usina de Tucuruí opera com 30,1% do volume de armazenamento. (ONS - 07.01.2007)

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8 Preço Spot - CCEE

De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 06/01/2007 a 12/01/2007.

Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)

Sudeste/Centro Oeste
Sul
Nordeste
Norte
 pesada                             28,16  pesada                      38,24  pesada                     17,59  pesada                    17,59
 média                               28,16  média                        38,24  média                       17,59  média                      17,59
 leve                                  23,55  leve                           36,41  leve                          17,59  leve                         17,59
  
    Fonte: www.ccee.org.br


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Gás e Termoelétricas

1 Kelman fala sobre dificuldades no suprimento de gás natural

Em artigo publicado nesta segunda-feira, dia 8, no Estado de São Paulo, o diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, e o diretor da agência reguladora, Edvaldo Santana, remontam as questões que envolvem a dificuldade no suprimento de gás natural para as usinas termelétricas no Brasil. Os autores apontam que a decisão da Petrobras de utilizar o gás natural, em períodos nos quais as térmicas não eram despachadas, para uso na indústria ou em veículos através de contratos firmes, ou seja, garantidos, culminou na escassez do combustível quando houve a necessidade de acionar as térmicas para atender a demanda do sistema integrado. Os autores destacam o fato do problema ter sido identificado a tempo de serem tomadas ações preventivas e a disposição da estatal em solucionar o problema. Segundo o artigo, os problemas com o suprimento de gás devem acarretar aumentos nos preços da energia no mercado spot, afetando os grandes consumidores, prejudicados por suas próprias escolhas, de acordo com os autores, de preferiram tomar partido dos baixos preços do mercado spot ao invés de celebrar contratos de longa duração. Para ter acesso à íntegra do artigo, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 09.01.2007)

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2 Petrobras e Estado do Rio discutem fornecimento de gás

A escassez de gás natural no país já preocupa a Petrobras e o governo do Estado do Rio de Janeiro. Com uma previsão de que o Estado receberá a médio e longo prazos investimentos de grande envergadura e intensivos em energia elétrica, as duas partes decidiram em reunião realizada nesta quinta-feira na sede da empresa, no Rio, dar prioridade ao fornecimento de gás ao projeto da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) parceria entre a Companhia Vale do Rio Doce a alemã ThyssenKrupp e não construir térmicas a carvão na região. Em contrapartida, projetos hidrelétricos e de geração de gás terão prioridade no licenciamento. "Acertamos que seremos seletivos, tanto a Petrobras quanto o Estado. Vamos fazer uma avaliação judiciosa do portfólio, porque existe um problema que é evidente do país, o de fornecimento de gás. Vamos selecionar os projetos que terão fornecimento a partir de sua importância econômica e da sua relevância na utilização de gás. A CSA é hoje o maior investimento privado do Brasil e precisará de gás. Teremos que ter gás para a CSA. Serão US$ 3,6 bilhões em investimento", defendeu o secretário de Desenvolvimento do Rio de Janeiro, Júlio Bueno. (Jornal do Commercio - 05.01.2007)

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3 Município de Roraima terá usina de biocombustível

A Serra da Prata, no município de Mucajaí (RR), será sede de uma usina de biocombustível que vai produzir energia elétrica, a partir da palmeira de inajá. A planta produz um óleo que será utilizado como matéria-prima para geração de energia. As operações devem começar em março. A iniciativa faz parte de projeto do Instituto de Engenharia Militar (IME), que desenvolve tecnologias para levar energia a comunidades isoladas. O programa conta com a parceria da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). (Gazeta Mercantil - 05.01.2007)

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Grandes Consumidores

1 Complexo da Petrobras pode trazer economia de US$ 2 bi para o Brasil

O Brasil poderá economizar cerca de US$ 2 bilhões por ano com a construção do Complexo Petroquímico Integrado do Rio de Janeiro (Comperj), investimento de US$ 8,4 bilhões que a Petrobras fará no estado, e que integrará as atividades de refino e petroquímica. Esta é uma das conclusões do estudo realizado por pesquisadores do Programa de Planejamento Energético da Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ). O estudo demonstra que, com a integração, a Petrobras deixará de perder, no mínimo, entre US$ 10 e US$ 20 por barril, que equivale ao desconto do óleo brasileiro no mercado internacional, devido principalmente à menor qualidade relativa do produto. Segundo o professor Alexandre Szklo, um dos autores do trabalho, a integração aumentará a produção dos produtos não energéticos derivados de petróleo, propiciando ao Brasil agregar valor ao seu óleo bruto e substituir as importações deste produto. A previsão dos pesquisadores é de que o retorno dos U$ 8 bilhões que serão investidos na implantação seja obtido num prazo máximo de cinco a dez anos. O professor estima que a Petrobras terá uma receita adicional de US$ 4,2 milhões por mês, pelo fornecimento de insumos para a produção de bens de consumo final. (DCI - 09.01.2007)

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2 Produquímica compra a Adesol

O grupo paulista Produquímica investiu R$ 11 milhões na aquisição da marca e transferência de tecnologia e maquinário da indústria química Adesol. Com o negócio a Produquímica entra em um mercado de maior valor agregado com produtos específicos facilitar os processos de refino de petróleo, produção de celulose, fabricação de petroquímicos e resinas plásticas e, principalmente, especialidades para as usinas de açúcar e álcool. Esse novo filão fará o grupo Produquímica ampliar seu faturamento em R$ 15 milhões este ano, R$ 30 milhões em 2008 e deve atingir R$ 80 milhões em 2011, o equivalente então a 10% da receita global do grupo. (Gazeta Mercantil - 09.01.2007)

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3 Cargill e MMX acertam acordo

A MMX Mineração e Metálicos assinou com a Cargill Incorporated acordo de longo prazo para o fornecimento de produção de ferro gusa do Sistema MMX Corumbá, com garantia firme de retirada e entrega. O contrato, que terá a duração de cinco anos com possibilidade de renovação, dará à empresa americana exclusividade, exceto para a América do Sul, na comercialização da produção de ferro gusa proveniente do Sistema MMX Corumbá. O diretor comercial e de logística da MMX, Ricardo Antunes, explica que a comercialização feita pela Cargill se dará a nível mundial. disse que do total a ser produzido na unidade de Corumbá, cerca de 400 mil toneladas por ano, a maior parte será embarcada para destinos fora da América do Sul. "A expectativa é de que a fábrica de tarugos entre em operação em 2008, produzindo 500 mil toneladas/ano. O investimento da área de metálicos do Sistema Corumbá está estimado em US$ 148 milhões". Para atender ao contrato da Cargill, a MMX também poderá lançar mão da produção proveniente do Complexo MMX Amapá. Ali, serão produzidos, em 2010, cerca de 2 milhões de toneladas de ferro gusa/ano, parte destinada à produção de 500 mil toneladas/ano de tarugos. (Jornal do Commercio - 09.01.2007)

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Economia Brasileira

1 Balança comercial começa 2007 com superávit de US$ 617mi

A balança comercial iniciou 2007 com superávit de US$ 617milhões, resultado de US$ 2,023 bi em exportações e US$ 1,406 bi em importações, segundo dados do Mdic. A projeção de crescimento das exportações brasileiras, de cerca de 11%, está dentro do esperado para o aumento do comércio mundial neste ano, que é de um incremento de 10%. Para este ano, o Desenvolvimento prevê que o crescimento das importações será novamente superior ao das exportações e, por essa razão, o superávit comercial deverá ser menor que o recorde de 2006. (Superávit - 08.01.2007)

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2 Captação da poupança chega a R$ 6,471 bi

De acordo com números divulgados pelo BC, 2006 terminou com reforço de R$ 6,471 bilhões na poupança. Com o valor, o total depositado somou R$ 187,952 bilhões no último dia útil de dezembro. De janeiro a novembro, o resultado estava negativo em R$ 960 milhões. Esse bom desempenho pode ser explicado pelos recursos extras gerados pelo 13º. Diante da queda da taxa Selic e as altas taxas de administração dos fundos de investimento do varejo (que chegam a 5%), a poupança passou a ser encarada de outra forma, pagando juros às vezes maiores que fundos DI. A competitividade da poupança é explicada com a rentabilidade atrelada à Taxa de Referência, que nada sofre com a queda da taxa Selic. (Gazeta Mercantil - 08.01.2007)

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3 Reação de insumos e bens de capital animam a indústria para 2007

A indústria aqueceu a produção no final de 2006. Segundo o IBGE, o setor aumentou a produção em 0,8% entre outubro e novembro, surpreendendo positivamente o mercado. A reação partiu dos insumos e de bens de capital, numa sinalização de que a indústria se preparou para começar 2007 com o pé direito. "Há sinais de que os produtores de bens finais serão (ou já foram) beneficiados, já que a indústria de bens intermediários aumentou a produção e tem feito isso cada vez mais perto do período de entrega", avalia Silvio Sales, do IBGE. A produção de bens intermediários cresceu 1,6% em novembro, enquanto os bens de capital, cresceram 2,2% no mesmo período. Os bens não-duráveis diminuíram 0,6% e a de bens duráveis estagnou-se, no mesmo período. Na comparação com novembro de 2005, a produção industrial cresceu 4,2%. Em 12 meses, 3%. Para o Iedi, os dados do IBGE merecem destaque, sobretudo "pelo que podem representar como indicador de tendência do desempenho industrial brasileiro para o ano de 2007". Outra questão que os economistas do instituto chamam atenção é o crescimento de bens de capital "a despeito da concorrência bastante expressiva dos equipamentos de origem estrangeira, cujo custo foi muito barateado em função da valorização da moeda". (Gazeta Mercantil - 08.01.2007)

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4 Exportação teve US$ 6,37 bi em créditos do BNDES em 2006

O BNDES liberou U$ 6,37 bi em financiamentos à exportação em 2006, montante 9% maior dos que os US$ 5,86 bilhões de 2005. O resultado foi motivado pelo crescimento da demanda por crédito em segmentos de bens de capital e mudanças operacionais na linha de pré-embarque. O crédito nesta modalidade ficou mais ágil, fazendo o custo empréstimo cair. Para 2007, o Banco quer no mínimo repetir o feito. O Banco do Brasil prevê elevar em 10% este ano os repasses das linhas do BNDES-Exim, o braço de exportações do BNDES.Ano passado, o BB repassou R$ 1,26 bi como agente financeiro do BNDES-Exim, montante 30,7% maior do que os R$ 964 milhões em 2005. Em 2006, os desembolsos do BNDES para exportação de bens de capital totalizaram US$ 607,2 milhões, 8% maior que em 2005. Já os desembolsos para os equipamentos de transporte caíram 7%, para US$ 2,94 bilhões. As liberações para obras de infra-estrutura na América do Sul somaram US$ 390 milhões, para 2007, espera-se um montante de US$ 400 milhões em 2007. (Valor Econômico - 08.01.2007)

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5 Banco Mundial projeta crescimento de 3,5% para o Brasil em 2007

A economia brasileira deve se expandir 3,5% em 2007, segundo Ethan Weisman, economista do Banco Mundial. O executivo prevê que a expansão do Brasil se acelerará neste ano na comparação a 2006 à medida que a inflação permaneça sob controle e o governo adote medidas expansionistas. "O BC tem sido muito prudente no gerenciamento da política monetária e certamente terá mais liberdade para cortar as taxas de juros em 2007", disse Weisman. "Também estamos otimistas em relação às medidas que o governo federal deve anunciar para estimular o crescimento." O Banco Mundial estima que a taxa Selic recuará para 12,25% ao ano até o final de 2007, a partir dos atuais 13,25% a.a. É provável que a economia brasileira tenha se expandido 2,8% em 2006, segundo a estimativa do banco. (Gazeta Mercantil - 09.01.2007)

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6 Focus: Mercado mantém previsão para crescimento de 3,5% em 2007

Segundo o boletim Focus divulgado dia 8/01, o mercado financeiro manteve em 3,5% a previsão para o crescimento da economia em 2007. Para a taxa Selic, espera-se que ela caia 0,25 p.p. na reunião de janeiro, indo para 13%. Os analistas consultados pelo BC mantiveram em 4% a previsão para o IPCA de 2007, abaixo do centro da meta do governo (4,5%). Os analistas acham que o IPCA de 2006, que será divulgado dia 12/01 pelo IBGE, foi de 3,11%. Ainda de acordo com o levantamento, as projeções do IGP-DI e do IGP-M foram mantidas em 4,30% e 4,29%, respectivamente. Para o IPC da Fipe, a mediana das expectativas é de 3,97% de elevação, menor do que os 3,99% previstos antes. (Valor Econômico - 08.01.2007)

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7 IPC-S dispara 0,86% na primeira semana de 2007

O IPC-S subiu 0,86% na semana até o dia 7/01, ante aumento de 0,63% apurado no indicador anterior. A maior alta (de 0,05% para 0,48%) ocorreu no grupo Alimentação, seguido Habitação (de 0,16% para 0,27%); Vestuário (de 0,62% para 0,82%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 0 56% para 0,73%); e Educação, Leitura e Recreação (de 0,17% para 0,70%). Transportes e Despesas Diversar tiveram desaceleração em suas altas, de 3,42% para 2,93% e de 0,6% para 0,16%. (Superávit - 08.01.2007)


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8 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial abriu em queda em relação ao último fechamento, a R$ 2,1450. Às 9h53, a moeda era negociada a R$ 2,1450 na compra e R$ 2,1470 na venda, com recuo de 0,18%. Ontem, o dólar comercial terminou a R$ 2,1490 na compra e R$ 2,1510 na venda, com decréscimo de 0,09%. (Valor Online - 05.01.2007)

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Internacional

1 Kirchner descongela tarifa de energia elétrica após 5 anos

Pela primeira vez em cinco anos, as distribuidoras de energia elétrica poderão aumentar suas tarifas na Argentina. A permissão para implementar reajustes de até 15% vai valer apenas para os consumidores industriais e comerciais. Os consumidores residenciais - segundo analistas, por questões eleitorais - serão poupados. Em troca da liberação, as empresas se comprometem a uma série de investimentos no setor nos próximos cinco anos. O acordo estipula que os consumidores residenciais não sofrerão qualquer tipo de aumento de tarifas em 2007. Kirchner também negociou com as empresas o compromisso de desistir de processos na Justiça contra o Estado por causa de eventuais perdas decorrentes do congelamento nesses cinco anos. (O Estado de São Paulo - 09.01.2007)

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2 Bolívia planeja exportação de eletricidade

A exportação de eletricidade para países vizinhos será um dos pilares fundamentais da nova Empresa Nacional de Eletricidade (Ende), que logo será reorganizada para ingressar em todos os segmentos dos mercados de eletricidade, geração e distribuição, adiantou, na quarta-feira, o vice-ministro de Eletricidade, Jerjes Mercado. "Temos contato de alto nível com o Brasil e com o Peru e algumas conversações com o Chile. A idéia é que seja a Ende a encarregada da exportação de eletricidade e já se trabalha nos respectivos estudos", ressaltou a autoridade e indicou que há uma equipe trabalhando arduamente na estratégia de reorganização da estatal elétrica, com o intuito de fazer o Estado voltar a desempenhar um papel fundamental no setor elétrico boliviano, por ser estratégico dentro da economia mundial. (Gazeta Mercantil - 05.01.2007)

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3 Bolívia negocia reajuste de 285% com a Shell

Depois de negociar exclusivamente com a Petrobras por mais de um ano o aumento do preço do gás, a Bolívia agora quer elevar o preço do insumo que é vendido para a Shell e a Prisma/Ashmore. As duas empresas controlam a Pantanal Energia, dona da térmica de Cuiabá e de um gasoduto que traz gás boliviano diretamente para a usina, onde foram investidos US$ 700 milhões, e é o único no país que não é controlado pela Petrobras. Pelo atual contrato, os donos da usina de Cuiabá compram gás por US$ 1,09/milhão de BTU , mas a Bolívia quer equiparar esse preço ao que é pago atualmente pela Petrobras, que é de US$ 4,20 na média, antes do transporte interno. Um aumento de 285%. A decisão de aumentar os preços do gás exportado para o Brasil, que antes só traria impacto sobre as distribuidoras de gás, agora pode afetar também o preço da energia elétrica. A capacidade de geração da térmica de Cuiabá é comercializada por Furnas Centrais Elétricas em contrato com validade até 2017. O executivo da Shell Gás admite que a situação atual é complicada, mas acha que a discussão com Furnas são "querelas circunstanciais" diante do problema que se apresenta na Bolívia. "A Andina não é mais a fornecedora do gás e o comprador da energia não aceita aumentar o preço porque avalia que o contrato não prevê isso. Essa é uma questão estrutural do projeto que pode inviabilizar a usina", afirma o executivo. (Valor Econômico - 09.01.2007)

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4 Chávez anuncia nacionalização do setor elétrico

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou uma série de medidas que podem mudar a face da economia do país. Ele quer poderes especiais para reformar a legislação comercial venezuelana, para adequá-la ao socialismo, e prometeu acabar com qualquer autonomia do Banco Central. Anunciou ainda que vai estatizar empresas de setores estratégicos, como telecomunicações e eletricidade. "Todos esses setores estratégicos como eletricidade, todas essas empresas privatizadas, vamos estatizá-las", disse Chávez em discurso transmitido pela TV. A empresa Eletricidade de Caracas, controlada pela americana AES, deve ser o alvo principal do projeto de reestatização no setor de energia elétrica. Atualmente, ela é a maior empresa negociada em bolsa na Venezuela. Quanto às reformas legais, Chávez disse que seu governo vai reformar o atual Código Comercial, substituindo-o por algo mais apropriado à sua revolução socialista. Para isso, ele pretende pedir ao Congresso, onde ele tem 100% de apoio, que lhe dê os mesmos poderes especiais para legislar que foram concedidos em 2001. (Valor Econômico - 09.01.2007)

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5 Suez-GDF, fusão estratégica

O projeto de fusão entre os grupos Suez e Gaz de France (GDF) é "estratégico para a França e a Europa", afirmou ontem o presidente Jacques Chirac, no momento em que crescem os rumores sobre uma oferta de aquisição hostil por parte do milionário francês François Pinault pela Suez. O chefe de Estado ressaltou que "faz falta um ator de grande estatura no setor de gás". "E é por isso que o projeto de fusão entre a Gaz de France e a Suez é estratégico para a França e a Europa", acrescentou Chirac. A Autoridade dos Mercados Financeiros (AMF), uma espécie de gendarme da Bolsa, estimou que a holding Artemis, que pertence à Pinault, tem um projeto de aquisição hostil pela Suez e dará um prazo para o empresário comunicar claramente suas intenções. (Gazeta Mercantil - 05.01.2007)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 Kelman, Jerson; Santana, Edvaldo. Energia elétrica e suprimento de gás natural. Estado de São Paulo, São Paulo, janeiro de 2007.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro mailto:nivalde@ufrj.br
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Beatriz Mello Affonso, Bianca Reich, Guilherme Branquinho, Larissa Barbosa, Laryssa Naumann e Rodrigo Fonseca.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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