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IFE: nº 1.952 - 02 de janeiro de 2007
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Agência Nacional de Águas aprova projetos de usinas no rio Madeira
2 Ibama rebate críticas do presidente da Eletrobrás
3 Aperfeiçoada resolução que classifica consumidor de baixa renda
4 Proposta de aperfeiçoamento da cobrança do uso do bem público
5 Metodologia para tarifas para pequenas distribuidoras é regulamentada
6 Resolução sobre a incorporação de redes particulares é aprimorada
7 Custo do déficit de energia e preços do mercado de curto prazo definidos
8 Aneel estimula a compra de energia de fontes incentivadas
9 Ceará investe em "túnel do vento"
10 Curtas

Empresas
1 Resultados do cálculo da remuneração das distribuidoras na revisão tarifária aprovados
2 Eletrobrás muda para crescer mais
3 Vasconcelos: "Eletrobrás hoje é um elefante branco"
4 Vasconcelos: "se projetos previstos deslancharem precisaremos de mais recursos"
5 Aneel autoriza reajuste de 10,32% em tarifa de repasse de energia de Itaipu
6 Itaipu rebate contas de possível candidato à presidência do Paraguai
7 Autorizadas reestruturações societárias da CFLCL e da Cenf
8 Aneel aprova alteração societária da Celg

9 Aneel autoriza reestruturação societária do grupo CPFL

10 Transmissora é autorizada a realizar reestruturação societária

11 Rede Comercializadora de Energia exporta para Bolívia

12 Celesc adquire 51% das ações da ScGás

13
Plana recebe R$ 875 mi do BNDES
14
Light programa reestruturação financeira
15 AES adquire PCHs da Guascor no Rio

16
Cemig emite R$ 30 mi em debêntures
17
Uhenpal tem aumento de tarifa
18
ELFSM reajusta tarifa
19 Cotações da Eletrobrás

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo em outubro foi de 29.428 GWh
2 Usinas atendem 12% do consumo
3 Preço Spot - CCEE

Gás e Termelétricas
1 Tolmasquim diz que situação do gás no Brasil é confortável
2 Área técnica negociará o preço do gás, mas governos darão sinal político
3 Petrobras avisa que preço do gás será mais alto
4 Petrobras põe projetos a todo gás
5 Petrobras anuncia comercialidade de 19 campos de exploração
6 Governo quer fortalecer atuação da Petrobras
7 Termelétricas terão de recalcular preço
8 Usinas térmicas têm déficit operacional de 3.625 MW, diz governo
9 BNDES aprova R$ 1,3 bi para gasoduto
10 Biodiesel abre nova frente de disputa entre distribuidoras
11 Brasil negocia regras para vender biodiesel à União Européia
12 Empresa de energia vai ao STF para ter direito a créditos de carbono
13 Biomassa da palha de arroz será usado para geração de eletricidade

Grandes Consumidores
1 Brascan Energética investe na construção de três novas PCHs
2 Braskem fecha contrato de R$ 64 mi com ABB
3 CVRD define presidente e diretor financeiro na Inco
4 Acionistas da Inco se reúnem

Economia Brasileira
1 Balança comercial fecha 2006 com superávit de US$ 46,077 bi
2 Total de empréstimos já representa 33,7% do PIB

3 Custo da dívida deve cair para 4% do PIB
4 UFRJ prevê 3,8% e faz contraponto em tom otimista
5 Reservas atingiram nível recorde em 2006
6 IGP-M fecha 2006 com alta de 3,83%
7 IPC-S sobe para 0,63%
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 BID nega empréstimo para duto no Peru
2 Statoil e Norsk Hydro unirão operações para criar gigante do setor de energia
3 Belarus aceita dobrar o preço pago à Rússia pelo gás natural

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Agência Nacional de Águas aprova projetos de usinas no rio Madeira

O projeto de construção das usinas hidroelétricas do rio Madeira recebeu o aval da Agência Nacional de Águas (ANA). A Agência emitiu a chamada Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica para o Complexo, documento que certifica que as duas usinas (Santo Antonio e Jirau) são viáveis do ponto de vista da utilização dos recursos hídricos. De acordo com resoluções publicadas no Diário Oficial da União da última quinta-feira, dia 28, a ANA declarou reservadas à Aneel algumas vazões do Rio Madeira com a finalidade de garantir a disponibilidade hídrica necessária à viabilidade das duas, localizadas no município de Porto Velho (Rondônia). (DCI - 02.01.2007)

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2 Ibama rebate críticas do presidente da Eletrobrás

Causou estranheza no Ibama as declarações do presidente da Eletrobrás, Aloísio Vasconcelos, de que a oportunidade de concluir a Hidrelétrica de Simplício seis meses antes do previsto foi perdida devido ao "incompreensível ritual de licenciamento". A Hidrelétrica Simplício, a ser construída no rio Paraíba do Sul pelo empreendedor Furnas, uma subsidiária da Eletrobrás, recebeu a licença prévia do Ibama, em setembro de 2005. Somente um ano e dois meses após a primeira licença, Furnas entregou o Projeto Básico Ambiental e solicitou licença de instalação que autoriza o início das obras. Junto com tais documentos, pediu também uma licença de instalação parcial para a construção do Túnel 3, em função do cronograma de obras do projeto. A legislação garante ao Ibama prazo de seis meses para analisar licenças de instalação. Mesmo assim, dirigentes do Ibama comprometeram-se a entregar até 15 de janeiro de 2007 a resposta ao pedido de licença parcial para o Túnel 3. A data foi fixada em reunião, na semana passada, com representantes de Furnas, quando só então demonstraram a necessidade de iniciar essa etapa da obra ainda em janeiro. O Ibama prometeu reforçar a equipe de técnicos destacada para avaliar o projeto e concluir a análise em tempo recorde. "Estamos fazendo um esforço concentrado para atender as necessidades de Furnas e da sociedade brasileira. Daí, a nossa estranheza com as declarações do presidente da Eletrobrás", afirmou o diretor substituto de Licenciamento do Ibama, Valter Muchagata. (Ibama - 28.12.2006)

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3 Aperfeiçoada resolução que classifica consumidor de baixa renda

A Resolução n° 246/2002, que estabelece as condições para enquadramento na Subclasse Residencial Baixa Renda de unidades consumidoras com consumo inferior a 80 kWh, foi aperfeiçoada para permitir ajustes no cadastramento de consumidores que residem em imóveis alugados e que não são titulares da fatura de energia da unidade consumidora. As alterações foram decididas esta semana pela Aneel. No novo texto, será inserido dispositivo que permite a autodeclaração para consumidores que residem em imóveis de terceiros e que estejam impedidos de transferir a conta de luz para o seu nome. A autodeclaração deverá conter a identificação do residente, o período de residência e sua responsabilidade pelo pagamento da fatura. (Aneel - 21.12.2006)

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4 Proposta de aperfeiçoamento da cobrança do uso do bem público

A sistemática para cobrança pelo Uso do Bem Público (UBP) de empreendimentos de geração já autorizados ou concedidos até 16 de março de 2004, que entraram em operação comercial a partir de janeiro de 2000 e estavam descontratados até março de 2004, cujo contrato de concessão seja prorrogado nos termos do Decreto n° 5.911/2006 estará em processo de audiência pública na modalidade intercâmbio documental até o próximo dia 19 de janeiro. A UBP é o valor a ser pago pela exploração da concessão de empreendimentos hidrelétricos e é arrecadado mensalmente por empresas de geração que adquiriram concessões para construção e operação de usinas hidrelétricas. O decreto estabelece que a prorrogação do contrato de concessão poderá ser solicitada pelas concessionárias que assinaram ou venham assinar Contrato de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCEAR), decorrente dos leilões de energia de novos empreendimentos realizados nos anos de 2005 a 2007. O prazo de prorrogação estará limitado ao do respectivo CCEAR. O texto em audiência prevê que o pagamento pelo encargo no período correspondente à prorrogação seja equivalente ao da UBP original, ou seja, o valor será o resultado anual do montante total de UBP pago pela concessionária ao longo da concessão. A minuta estabelece ainda que o pagamento do UBP anual proposto pelas concessionárias nos respectivos leilões poderá ser prorrogado para o início de suprimento do CCEAR, limitado ao prazo final da concessão original. (Aneel - 21.12.2006)

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5 Metodologia para tarifas para pequenas distribuidoras é regulamentada

A Aneel aprovou esta semana a Resolução Normativa nº 243/2006 que aprimora a metodologia de cálculo das Tarifas de uso do Sistema de Distribuição (Tusd) e Tarifas de Energia (TE) específicas para as distribuidoras de energia elétrica com mercado próprio inferior a 500 GWh/ano. A regulamentação prevê desconto na Tusd paga pelas pequenas distribuidoras até a revisão tarifária das distribuidoras supridoras, quando será definido o real valor do custo das instalações utilizadas para atendimento dessas pequenas concessionárias. O objetivo é a modicidade tarifária ao diminuir o impacto da Tarifa de Uso no cálculo das tarifas dos consumidores finais das pequenas distribuidoras. A metodologia aprovada atende diretrizes fixadas pelo Decreto nº 4.541/2002 para aplicação nas contratações de energia e de uso nesses segmentos. (Aneel - 21.12.2006)

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6 Resolução sobre a incorporação de redes particulares é aprimorada

A diretoria da Aneel aprovou esta semana aperfeiçoamentos na Resolução Normativa nº 229/2006 que trata das condições gerais para incorporação de redes particulares de energia, instaladas em vias públicas, aos sistemas elétricos das distribuidoras. As mudanças flexibilizam alguns itens do regulamento para reduzir custos como a realização de auditoria externa nas redes agregadas durante as respectivas revisões tarifárias, além de dispensar as empresas da apresentação de relatório anual sobre os empreendimentos, embora os documentos detalhados de cada processo tenham de ficar disponíveis para a fiscalização da Agência. Na decisão, a Aneel também permitiu a incorporação de outras redes particulares além daquelas incluídas nos Planos de Universalização e no Programa Luz para Todos para os anos 2007 e 2008, consideradas preferenciais para atendimento, desde que cumprida a exigência de limite de até 8% de impacto tarifário. Os aperfeiçoamentos na regulamentação incluíram ainda o direito de ressarcimento ao consumidor que construiu rede particular para ser atendido sem ônus, independentemente de origem de suas instalações na rede da concessionária ou em outra rede particular. (Aneel - 21.12.2006)

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7 Custo do déficit de energia e preços do mercado de curto prazo definidos

Os novos valores da Curva do Custo do Déficit de energia elétrica para 2007 foram aprovados pela diretoria da Aneel esta semana. Atualizado anualmente pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), o Custo do Déficit é um mecanismo que reflete o impacto, para a sociedade, de eventuais deficiências na oferta de energia elétrica no país. Como indicador, é referência no planejamento de operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) e serve como fator determinante na formação do preço da energia no mercado de curto prazo. Proporcionais à redução percentual da energia gerada pelas usinas hidrelétricas, os novos valores do custo do déficit calculados pela Aneel variam de R$ 886,00 por MWh, para uma redução de carga de até 5%, a R$ 4.538,94 MWh, quando o déficit for superior a 20%. A Agência estabeleceu também, de forma provisória, os limites mínimo e máximo do preço da energia no mercado de curto prazo para o próximo período de operação. O chamado Preço de Liquidação de Diferenças mínimo (PLD_min) para 2007 será de R$ 17,60 MWh, enquanto o PLD máximo ficará em R$ 534,30 MWh. Os valores atualizados serão publicados pela Aneel até a primeira semana de janeiro próximo. (Aneel - 21.12.2006)

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8 Aneel estimula a compra de energia de fontes incentivadas

No dia 21 de dezembro a Aneel aprovou a resolução da Audiência Pública 33/2005, que permite a ampliação do mercado livre, com benefícios diretos para os consumidores. A partir de agora, será permitida a compra de energia de "fontes incentivadas" para os grupos de consumidores com demanda de até 500 kW. Para o presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), Paulo Mayon, a decisão reaquece o mercado de energia de fontes alternativas e é para os consumidores especiais (livres) que se enquadram nos grupos industriais ou de serviços. "Esses consumidores vão poder somar suas cargas e se a soma for superior a quantidade estipulada pela Aneel (500 kW) poderão contratar a energia para suprir o restante. Essa é sem dúvida uma das melhores decisões que foram tomadas este ano pela agência reguladora ao longo deste ano". (Gazeta Mercantil - 26.12.2006)


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9 Ceará investe em "túnel do vento"

O Centro de Energias Alternativas (Cenea) - criado para dar suporte aos projetos do setor no Nordeste - vai investir cerca de R$ 1,2 milhão na construção de um equipamento voltado sobretudo para projetos de energia eólica. Batizada de "túnel de vento", a tecnologia - aprovada pelo MME e com início de instalação previsto para março de 2007 - permitirá a simulação das principais características de ventos naturais e deverá atender a demanda dos parques eólicos e de outros setores que dependem de medição, como a construção civil, os serviços meteorológicos e a aeronáutica. Na avaliação do economista Francisco Antonio de Alcântara Macedo, presidente do Cenea, o Ceará possui vantagens comparativas para abrigar o novo projeto, que será construído pela Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará, vencedora da licitação. "O Estado é rico em energias alternativas, provenientes do vento, do sol e também da terra, como o biodiesel, feito a partir da mamona", afirma ele. (Gazeta Mercantil - 21.12.2006)

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10 Curtas

A Aneel aprovou o reajuste da Tarifa de Serviços Ancilares (TSA) que passará a vigorar a partir do próximo dia 1°. O valor foi reajustado de R$ 3,53 por megavar-hora para R$ 3,64. (Aneel - 21.12.2006)

A partir de janeiro de 2007, as reuniões públicas da diretoria da Aneel serão transmitidas pela internet no endereço eletrônico da Agência (www.aneel.gov.br), apenas com a opção de áudio. Desde novembro de 2004 até hoje (21/12), as reuniões foram transmitidas ao vivo com imagem e som. (Aneel - 21.12.2006)

A Aneel declarou de utilidade pública áreas de terras nos estados do Ceará e de São Paulo necessárias à passagem de linhas de transmissão. No Ceará, a declaração favorece a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), responsável pela construção, exploração e manutenção da linha de transmissão Milagres-Tauá. O empreendimento terá extensão aproximada de 200 quilômetros (km) e passará por 12 municípios cearenses. (Aneel - 21.12.2006)

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Empresas

1 Resultados do cálculo da remuneração das distribuidoras na revisão tarifária aprovados

As concessionárias de distribuição de energia elétrica que passarão pelo processo de revisão periódica entre 2007 e 2010 terão as respectivas taxas de remuneração definidas com base no custo médio de capital de 9,98% em termos reais (descontada a inflação e os impostos) e na adoção da meta de 56,2% para a participação de dívida no capital total dessas empresas. Aprovados no dia 21 de dezembro pela Aneel, esses parâmetros são resultantes da aplicação das metodologias de cálculo da estrutura de capital e do custo de capital das distribuidoras definidas em outubro deste ano, após a realização de audiência pública sobre as metodologias de revisão tarifária para o próximo ciclo. O cálculo do custo de capital levou em conta diversas variáveis tais como o risco-país e os riscos do negócio, financeiro, regulatório, cambial e de crédito. Para obter os valores finais, a área técnica da Agência atualizou todas as séries históricas definidas na metodologia aprovada pela Resolução nº 234/2006. A estrutura de capital e o custo de capital compõem o conjunto das metodologias que serão aplicadas no segundo ciclo de revisão tarifária periódica das concessionárias. (Aneel - 21.12.2006)

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2 Eletrobrás muda para crescer mais

No pacote de medidas para estimular a economia, o governo estuda unificar a gestão das subsidiárias da Eletrobrás, eliminando cargos políticos de uma dezena de empresas. Assim, as subsidiárias perderiam sua denominação atual e se tornariam, por exemplo, Eletrobrás Sudeste (Furnas), Eletrobrás Sul (Eletrosul), Eletrobrás Nordeste (Chesf), Eletrobrás Norte (Eletronorte) sempre com o objetivo de expor mais o nome da estatal elétrica. No mesmo conjunto de ações para torná-la a "Petrobras do setor do setor elétrico", como quer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, consta a venda de 16% das ações da estatal, o que renderá à companhia uma capitalização da ordem de US$ 6,5 bilhões de acordo com cálculos feitos por profissionais do mercado de capitais. A proposta é direcionar os recursos a projetos de geração elétrica em parceria com a iniciativa privada. As mudanças foram reveladas pelo presidente da empresa, Aloísio Vasconcelos, horas antes de o senador Ney Suassuna (PMDB) afirmar que o executivo será substituído. (Gazeta Mercantil - 28.12.2006)

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3 Vasconcelos: "Eletrobrás hoje é um elefante branco"

Com aval da diretoria da Eletrobrás e do seu Conselho de Administração, Aloísio Vasconcelos entregou as propostas de mudança na empresa no último dia 18 de dezembro ao ministro Silas Rondeau. "A Eletrobrás hoje é um elefante branco que custa a dar um passo. Nunca vai ser lebre, mas vai chegar ao meio termo; pode ser um tigre", afirmou Vasconcelos. Furnas, Eletronorte, Eletrosul, Chesf já atendem a orientações da holding, mas o processo, segundo Vasconcelos, é lento e burocrático, sem agilidade de gestão. Além disso, as distribuidoras federalizadas, tendem a ser vendidas para companhias privadas. A Cepisa já tem pelo menos dois interessados. Outras distribuidoras isoladas devem passar por processos de fusão, a exemplo de Ceam e a distribuidora de Manaus. Algumas propostas já estão incluídas no pacote que será anunciado em janeiro, como a captação de recursos no exterior e a oferta pública de ações, nos moldes do que foi feito com a Petrobras. A União ficou 51% das ações da Petrobras e vendeu o restante à sociedade. A idéia é repetir o percentual de oferta como maneira de se capitalizar ao máximo. (Gazeta Mercantil - 28.12.2006)

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4 Vasconcelos: "se projetos previstos deslancharem precisaremos de mais recursos"

Segundo Aloísio Vasconcelos, a Eletrobrás tem "R$ 5,6 bilhões para investir em 2007 mas se todos os projetos previstos deslancharem precisaremos de mais recursos", disse Vasconcelos. "A tranqülidade energética vai até 2010, dependendo após esse ano de novas usinas", acrescentou. O executivo reforça a necessidade de serem tocados quatro novos empreendimentos: Belo Monte, Angra 3, Santo Antônio e Jirau (Rio Madeira). O abastecimento, contudo, deverá esbarrar em entraves ambientais. "O MME terá que abrir diálogo com os representantes do meio ambiente e se for o caso contar com os mais altos escalões do governo", disse. Aloísio Vasconcelos. Na área de geração de energia, retomou obras paradas desde 2001. Das usinas negociadas nos leilões de energia nova - cerca de 1.600 MW totais - a Eletrobrás, por meio de suas subsidiárias, irá construir sete hidrelétricas, somando 1.300 MW. As empresas aplicarão recursos da ordem de R$ 4 bilhões. Somente em 2006, foram arrematadas as hidrelétricas de Manaus (361 MW) e Dardanelos (261 MW). Os empreendimentos paralisados, como Foz do Chapecó (855 MW) e Serra do Facão (210 MW), somam mais 1.500 MW, com aportes que deverão somar aproximadamente R$ 4,5 bilhões. (Gazeta Mercantil - 28.12.2006)

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5 Aneel autoriza reajuste de 10,32% em tarifa de repasse de energia de Itaipu

A Aneel autorizou hoje um aumento de 10,32% na tarifa de repasse de energia produzida pela usina hidrelétrica de Itaipu, que passou de US$ 21,5311 para US$ 23,7524 por quilowatt. A nova tarifa passa a valer a partir do dia 1º de janeiro e deve afetar as 19 distribuidoras cotistas que compram a energia gerada por Itaipu por meio da Eletrobrás. De acordo com as informações de Itaipu, o impacto para o consumidor vai variar de acordo com a distribuidora e não ultrapassará 1,7%. Segundo a Aneel, Itaipu produz 34% do total de energia adquirida por essas distribuidoras cotistas, que estão localizadas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Para chegar a esse reajuste, a Aneel diz ter considerado o custo unitário dos serviços de eletricidade da usina, de US$ 22,20 por quilowatt, o custo da energia cedida pelo Paraguai ao Brasil, de US$ 0,8126, e o saldo da conta de comercialização da Eletrobrás, que é de US$ 0,7398 por quilowatt. (Valor Econômico - 19.12.2006)

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6 Itaipu rebate contas de possível candidato à presidência do Paraguai

Monsenhor Fernando Lugo, o bispo católico de San Pedro, virtual candidato à presidência do Paraguai já escolheu seus alvos: recursos naturais e Brasil. Uma das últimas declarações de monsenhor, feita ao Valor, de que o "Tratado de Itaipu deu condições desfavoráveis ao Paraguai" ganhou tom mais forte na boca de seus correligionários. Para eles, o acordo firmado em 1973, e que serviu de base para a construção da usina hidrelétrica binacional de Itaipu, permite que o Brasil pague pouco pela energia comprada da sobra paraguaia. Afinal, diz, cada país têm direito a uma parcela de 50% do total gerado. E portanto, segundo sua contabilidade, o Brasil paga US$ 5 por cada MW dessa compra adicional. A Itaipu Binacional falou sobre o tema por meio de sua assessoria de imprensa e negou que haja compra de energia em condições desfavoráveis aos paraguaios. "Esses US$ 5 citados por monsenhor Fernando Lugo são o valor a mais que o Brasil paga pela cessão de energia ao governo paraguaio", afirma a empresa em comunicado. "Além disso, o Brasil desembolsa outros U$ 40 por MWh de energia de Itaipu, cuja receita é utilizada para pagar os investimentos para sua construção (dívida), os royalties que também são ressarcidos aos tesouros brasileiro e paraguaio e outros encargos aos acionistas (a brasileira Eletrobrás e a paraguaia Ande). Neste preço, também está incluso as despesas de manutenção, operação e pessoal", completa o comunicado da empresa. (Valor Econômico - 22.12.2006)

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7 Autorizadas reestruturações societárias da CFLCL e da Cenf

O processo de reestruturação societária das concessionárias CFLCL e Cenf, integrantes do sistema Cataguazes-Leopoldina, foi aprovado esta semana pela Aneel. Com a operação, o controle societário direto destas distribuidoras foi transferido para a Energisa S/A. A Cenf era controlada pela CFLCL e esta última, pela Sobrapar, Gipar e Itacatu. Desse modo, a reestruturação permitirá tanto a segregação de participações acionárias, como a eliminação dos passivos extra-concessão. (Aneel - 21.12.2006)

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8 Aneel aprova alteração societária da Celg

A Aneel aprovou a alteração societária da Celg que terá como controladora direta a holding Goiaspar. A operação faz parte do processo de desverticalização da concessionária. Após a finalização da desverticalização, a holding também terá o controle direto das empresas decorrentes da segregação de atividades: Celg Geração e Transmissão S/A e Celg Distribuidora S/A. A reorganização societária implica mudança apenas no controle acionário direto, permanecendo o estado de Goiás como controlador indireto das concessionárias. (Aneel - 21.12.2006)

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9 Aneel autoriza reestruturação societária do grupo CPFL

A Aneel autorizou a reestruturação societária do grupo CPFL mediante a incorporação, pela CPFL Geração S/A, de suas subsidiárias CPFL Centrais Elétricas S/A e Semesa S/A. Dessa forma, a CPFL Geração S/A passa a deter as concessões de 20 empreendimentos outorgados, em 1997, à CPFL Centrais Elétricas S/A e da central geradora hidrelétrica (CGH) Ponte do Silva, outorgada à Semesa. (Aneel - 21.12.2006)

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10 Transmissora é autorizada a realizar reestruturação societária

A Santa Rita Comércio e Instalações Ltda. está autorizada a transferir a totalidade de suas ações (10%) detidas na Uirapuru Transmissora de Energia S/A para a Control Y Montajes Industriales S/A (Cymi) e, posteriormente, para a Cymi Holding S/A. Após a reestruturação aprovada, o controle acionário da transmissora permanecerá compartilhado entre a Empresa Transmissora do Sul do Brasil (Eletrosul) e Cymi Holding S/A. Com a operação, a composição acionária da transmissora será a seguinte: Eletrosul - 49% e Cymi Holding S/A - 51%. (Aneel - 21.12.2006)

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11 Rede Comercializadora de Energia exporta para Bolívia

A Rede Comercializadora de Energia S/A foi autorizada pela Aneel a exportar energia elétrica pelo período de 12 meses para comunidades localizadas em território boliviano. O contrato de exportação prevê suprimento mensal de até 27 megawatt-hora (MWh) para que a prefeitura do município de San Ignacio de Velasco possa atender a localidade de San Vicente de La Frontera. A maior parte da energia exportada vai suprir, porém, o mercado consumidor da Cooperativa de Serviços Públicos Angel Sandoval Ltda. (Cospasal) com um montante de até 270 MWh/mês. A Cospasal atende o município boliviano de San Matias. (Aneel - 21.12.2006)

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12 Celesc adquire 51% das ações da ScGás

O Conselho de Administração da Celesc aprovou ontem a compra de 17% do capital total e de 51% das ações ordinárias da Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGás) pertencentes ao governo do Estado. O valor ofertado pelo governo foi de R$ 93 milhões, abaixo da avaliação de mercado realizada pelo Banif Investimentos, contratado pela estatal para este fim, de R$ 102 milhões. O pagamento será feito mediante um sinal, de até 20%, e o restante do valor será captado no mercado de capitais. O diretor de Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores da Celesc, Gerson Pedro Berti, afirma que o objetivo da companhia ao adquirir as ações da SCGás, foi de aumentar a oferta de serviços de energia aos consumidores, e evitar que a SCGás se tornasse um corrente em potencial da Celesc. "Agora toda a área de energia pertencente ao estado fica concentrada numa única empresa", diz. Segundo ele, os negócios são diferentes mas complementares. Berti afirma que a rentabilidade da SCGás, de 40% sobre o Patrimônio Líquido em 2005, é expressiva e superior ao negócio de distribuição de energia elétrica. (Gazeta Mercantil - 19.12.2006)

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13 Plana recebe R$ 875 mi do BNDES

O BNDES liberou ontem um empréstimo de R$ 875 milhões para o grupo espanhol Plana Transmissora. A companhia opera três linhas de transmissão há seis meses, depois de obter a concessão para o empreendimento em concorrência de quase três anos atrás. Na transação, o BNDES utilizou o modelo de project finance, em que o financiamento é pago com o retorno das operações. As linhas, leiloadas em 2004 pela Aneel, têm 1.622 quilômetros de extensão e se localizam nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste. "Após o leilão, você tem a assinatura do contrato de concessão que leva quatro, cinco meses. Depois tem que obter licença ambiental ou de instalação. Só aí podemos encaminhar o projeto para apreciação da diretoria", informou o chefe do Departamento de Energia do BNDES, Nelson Siffert, justificando a demora na liberação do empréstimo. (Gazeta Mercantil - 19.12.2006)

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14 Light programa reestruturação financeira

A Light programa uma grande reestruturação financeira em 2007. A empresa vai utilizar R$ 1,4 bilhão do seu caixa para abater e recompor uma parte de sua dívida, que soma R$ 3,6 bilhões. O presidente da Light, José Luiz Alquéres, explicou que R$ 1 bilhão virão de uma captação através da emissão de debêntures não conversíveis em ações já autorizada pela CVM e que será concluída no início do ano. Os R$ 400 milhões restantes, segundo ele, virão do caixa. O objetivo da reestruturação, segundo Alquéres, é antecipar o pagamento de dívidas que têm algumas condicionantes - como o pagamento preferencial antes de qualquer investimento - alongar prazos e reduzir a taxa de juros. Segundo o executivo, essa operação é necessária para liberar a Light para os investimentos necessários para que a empresa participe do processo de consolidação do setor. "Estamos preparando um projeto para colocar a Light como uma das mais importantes do mundo. Mas primeiro temos que arrumar a casa", explicou. (Valor Econômico - 19.12.2006)

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15 AES adquire PCHs da Guascor no Rio

O grupo americano de energia AES, que detém 50,01% do capital da holding Cia. Brasiliana de Energia, está de volta aos investimentos no Brasil. Depois de passar por uma forte crise, contraída logo após a privatização dos ativos da antiga geradora CESP Tietê e da distribuidora Eletropaulo em 1999, a empresa deverá fechar em breve a compra de três PCHs, localizadas no Estado do Rio de Janeiro, e que hoje estão nas mãos do grupo espanhol Guascor, gerador de energia para lugares isolados do Brasil por meio de 71 termelétricas. A operação, que ainda aguarda sinal verde dos órgãos regulatórios do governo federal, movimentará US$ 60 milhões, o que inclui o montante pago ao grupo espanhol e também os aportes necessários à construção das PCHs. Juntas, essas três pequenas hidrelétricas serão capazes de gerar 51,6 megawatts (MW) e estima-se que sua construção leve dois anos a partir do início das obras. (Valor Econômico - 18.12.2006)

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16 Cemig emite R$ 30 mi em debêntures

A Cemig informou que emitiu 3 mil debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor de R$ 30 milhões. O vencimento das debêntures será ao final do prazo de 25 anos contado da data de emissão, com atualização do valor nominal pelo Índice Geral de Preços - Mercadp (IGPM). Os recursos serão utilizados para a cobertura de despesas realizadas na implantação da Usina Hidrelétrica de Irapé. (DCI - 02.01.2007)

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17 Uhenpal tem aumento de tarifa

A Aneel autorizou reajuste de energia elétrica para consumidores de nove municípios atendidos pela Usina Hidroelétrica Nova Palma Ltda. (Uhenpal), no Rio Grande do Sul. Para os consumidores residenciais o aumento é 18,06%. No caso das indústrias, o reajuste definido ficou em 16,49%. As novas tarifas serão válidas a partir da quinta-feira da próxima semana, dia 28. No total a empresa atende 13.308 consumidores nos municípios de nos municípios de Faxinal do Soturno, Nova Palma, Dona Francisca, Ivorá, Silveira Martins, São João do Polêsine e Restinga Seca e parte dos municípios Santa Maria e Júlio de Castilhos, no Rio Grande do Sul. (Valor Econômico - 21.12.2006)

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18 ELFSM reajusta tarifa

11 municípios do interior do Espírito Santo sofrerão reajuste de energia, onde opera a Empresa Luz e Força Santa Maria S/A (ELFSM). Os reajustes dessa empresa são feitos sempre em fevereiro, mas a Aneel fez o recálculo dos percentuais levando em conta uma nova resolução que favorece pequenas empresas de energia. Assim, os 69.223 consumidores atendidos pela empresas terão um aumento maior do que havia sido determinado em fevereiro deste ano. Para as residências, o aumento da tarifa, que havia sido de 10,55% em fevereiro, será ajustado retroativamente em 11,61%. (Valor Econômico - 21.12.2006)

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19 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 28-12-2006, o IBOVESPA fechou a 44.473,71 pontos, representando uma baixa de 0,13% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,38 bilhões. As empresas que compõem o IEE fecharam em 13.985,46 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 51,09 ON e R$ 47,90 PNB. Na abertura do pregão do dia 02-01-2007 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 51,20 as ações ON, alta de 0,22% em relação ao dia anterior e R$ 48,09 as ações PNB, alta de 0,40% em relação ao dia anterior. (Investshop - 02.01.2007)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo em outubro foi de 29.428 GWh

O consumo de energia elétrica no país durante outubro foi o segundo maior do ano, de acordo com dados da EPE. O total consumido no décimo mês de 2006 foi de 29.428 GWh, um aumento de 4,1% ao realizado no mesmo mês de 2005. No acumulado até outubro, o consumo é de 287.843 GWh, um acréscimo de 3,8% sobre igual período de 2005. Segundo a EPE, a alta verificada foi "bastante superior" ao ritmo médio de crescimento de 2,9% registrado nos últimos seis meses, o que demonstra uma recuperação do mercado consumidor. O consumo aumentou 4,2% no segmento residencial, 4,4% no industrial e 3,9% no comercial. Por regiões, o consumo residencial cresceu 7% nas regiões Norte e Nordeste, 4% no Sudeste, 1,6% no Sul e 2,8% no Centro-oeste. (Valor Econômico - 21.12.2006)

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2 Usinas atendem 12% do consumo

Os projetos licenciados na primeira fase do Proinfa para geração de energia eólica correspondem a 1422,9 mil MW, o suficiente para abastecer o Nordeste. Do total, 200 MW foram construídos e 220 MW estão em andamento. Até o momento, a Wobben Windpower é única fabricante de aerogeradores completos e de grande porte na América do Sul. (Gazeta Mercantil - 21.12.2006)

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3 Preço Spot - CCEE

De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 30/12/2006 a 05/01/2007.

Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)

Sudeste/Centro Oeste
Sul
Nordeste
Norte
 pesada                             37,75  pesada                      49,60  pesada                     17,60  pesada                    17,60
 média                               37,75  média                        49,60  média                       17,60  média                      17,60
 leve                                  34,04  leve                           34,04  leve                          17,60  leve                         17,60
  
    Fonte: www.ccee.org.br


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Gás e Termoelétricas

1 Tolmasquim diz que situação do gás no Brasil é confortável

A confortável situação hidrológica que o país vive atualmente, em termos de oferta de energia proveniente das usinas hidrelétricas, ajudará o Brasil a transpor o período de ajuste que deve ocorrer nos próximos dois anos no mercado, no que diz respeito à proximidade entre a oferta e a demanda de gás natural. A afirmação foi feita pelo presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. Responsável pelo planejamento energético do país, Tolmasquim considera boa a situação do país, apesar de reconhecer que deverá ocorrer um certo encurtamento entre a demanda e a oferta disponível de gás natural para o mercado brasileiro nos próximos dois anos. "Existirá uma situação de ajuste entre a oferta e a demanda de gás natural no Brasil no período 2007-2008. Vamos ter problemas neste período de transição. Mesmo assim, não será nada desesperador, para ficar alarmado", afirmou. (Setorial News - 31.12.2006)

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2 Área técnica negociará o preço do gás, mas governos darão sinal político

Os governos do Brasil e da Bolívia continuarão negociando apenas na área técnica o futuro aumento do preço do gás boliviano fornecido ao mercado brasileiro, mas as autoridades emitirão um "sinal político" para que se alcance um preço "adequado" para os dois países. Esse foi o resultado de sucessivas conversas entre o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas. Para o Brasil, a área técnica é representada pela equipe da Petrobras. O ministro boliviano informou que pretende contratar uma empresa de auditoria independente para avaliar o preço das duas refinarias mantidas pela Petrobras. Embora a empresa brasileira tenha informado que não está interessada em tornar-se sócia minoritária das refinarias e que prefere entregar todas as ações ao governo boliviano, com pagamento de indenização, Villegas disse que seu ministério trabalha com a hipótese de comprar apenas 51% das ações, tornando-se sócio majoritário, associado à Petrobras. Também esse tema foi considerado pelo governo brasileiro mais apropriado para as negociações técnicas. (Valor Econômico - 19.12.2006)

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3 Petrobras avisa que preço do gás será mais alto

A Petrobras só tem gás para garantir a oferta de 1,3 mil MW gerados em usinas térmicas. Para outros 3,1 mil MW, o gás existe, mas a um preço maior, diz o diretor de Gás e Energia da estatal, Ildo Sauer. Segundo ele, os gestores da área de energia no país já têm essa informação. O problema, afirma, é que o marco regulatório do setor tem lacunas e precisa de ajustes. E a estatal, garantiu, não vai abrir mão do equilíbrio financeiro para suprir a falta de gás. (Valor Econômico - 18.12.2006)

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4 Petrobras põe projetos a todo gás

Dos R$ 47,4 bilhões previstos pela Petrobras para serem investidos no Brasil em 2007, boa parte será reservada para tirar do papel o Plano de Antecipação do Gás Natural (Plangás), que exigirá, até 2008, investimentos de US$ 8 bilhões para a construção de nove gasodutos e oleodutos terrestres, sete estações de compressão, cinco unidades de tratamento, dois terminais de GLP, além de unidades produtoras. A partir desse ano, a Petrobras dará início à maior parte das obras, com o prazo de conclusão para até 2009. Desses US$ 8 bilhões, metade será destinada a empreendimentos offshore, como a plataforma que extrairá gás do Campo de Mexilhão, na Bacia de Santos, e dutos que escoarão essa produção. (Jornal do Commercio - 01.02.2007)

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5 Petrobras anuncia comercialidade de 19 campos de exploração

A Petrobras anunciou que 19 descobertas realizadas pela companhia são economicamente viáveis e têm potencial de acrescentar 2,1 bilhões de barris de petróleo e gás às suas reservas de óleo. Atualmente, os reservatórios provados da companhia somam 15 bilhões de barris/dia. Ou seja, essas novas áreas que estão aptas a produzir óleo e gás no futuro equivalem a 12,7% das reservas de óleo e gás da Petrobras. A empresa informou que encaminhou à ANP as declarações de comercialidade dessas 19 novas áreas. São 16 em mar e três em terra nas bacias de Santos (litorais de São Paulo e Rio), Campos (litoral norte-fluminense) e Espírito Santo. As novas áreas de produção não foram ainda incorporadas às reservas provadas da companhia, pois dependem de mais testes de produção e da certificação de empresas de auditoria. Por enquanto, estão classificadas como reservas prováveis. Depois de declarado economicamente viável, um campo pode levar de 3 a 10 anos para começar a produzir, dependendo do ritmo dos investimentos e da complexidade da área. (Jornal do Commercio - 01.02.2007)

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6 Governo quer fortalecer atuação da Petrobras

O governo federal pretende modificar, na Câmara, o texto da Lei do Gás, aprovado na semana passada, na Comissão de Serviços de Infra-Estrutura do Senado. Uma das iniciativas, como admite o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) é tentar incluir artigos para resguardar a participação da Petrobras nos mercados de transporte e armazenagem de gás natural. Até a semana passada, a disputa entre a estatal e empresas privadas impedia o avanço do projeto. A aprovação do texto na Comissão do Senado revelou também que o governo federal se prepara para lidar com o eventual racionamento de energia elétrica, já que quer destinar, em "situações de contingência" que possam surgir até 31 de dezembro de 2010, o gás natural disponível no mercado brasileiro às usinas termelétricas, em detrimento do fornecimento do combustível a indústrias e residências. Tal possibilidade foi imposta pelo governo para permitir a aprovação. (Gazeta Mercantil - 27.12.2006)

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7 Termelétricas terão de recalcular preço

Em portaria publicada no "Diário Oficial da União", o MME determinou às usinas termelétricas que calculem, até 10 de janeiro, quanto precisam cobrar pela sua energia a fim de pagar o fornecimento do gás que serve como combustível. A medida envolve as 13 termelétricas a gás que apresentaram baixo desempenho nos testes feitos pelo ONS. Se a Aneel ratificar a sua decisão de retirar essas termelétricas da contabilidade de energia disponível, a percepção de risco de um novo apagão aumenta, e os preços tendem a elevar-se. Preocupado com a possibilidade de assustar o mercado com o fantasma de um racionamento, o ministério quer saber qual é a remuneração que as usinas consideram necessária para assegurar a compra de gás. A intenção do ministério é saber se tem sido impossível a essas usinas operar a plena carga devido à falta de gás ou devido à baixa capacidade financeira de pagar por esse gás. Eventuais ajustes futuros de preços para o fornecimento de energia, porém, continuam a depender da Aneel, segundo a portaria publicada. (Valor Econômico - 27.12.2006)

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8 Usinas térmicas têm déficit operacional de 3.625 MW, diz governo

O déficit de energia elétrica disponível causado pelas usinas termoelétricas que não estão conseguindo operar a plena carga por falta de gás chega a 3.624 MW médios segundo cálculos realizados pela Aneel. O número é superior ao déficit de cerca de 2.910 MW médios apontado pelo teste do ONS. O resultado da Aneel é obtido ao se levar em conta as quatro usinas termoelétricas (Cuiabá, Fafen, Termopernambuco e Uruguaiana) que não foram incluídas na lista das 13 usinas testadas em dezembro pelo ONS, mas que estavam entre as usinas que não conseguiram gerar a plena carga nos meses de agosto, setembro e outubro. Segundo a Aneel, o déficit das termoelétricas pode ser ainda maior, pois quatro usinas (Carlos Jereissati, Camaçari, Fortaleza e Termobahia) não foram testadas em dezembro e não tiveram de ser despachadas em agosto, setembro ou outubro. Assim, não se verificou se elas conseguem gerar sua plena carga. Somadas, essas usinas não testadas possuem capacidade declarada de 1.112 MW. (DCI - 02.01.2007)

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9 BNDES aprova R$ 1,3 bi para gasoduto

O BNDES aprovou os dois financiamentos solicitados há um ano pela Petrobras para construção do Gasoduto Sudeste-Nordeste (Gasene), no total de R$ 1,36 bilhão. Segundo informou a empresa, R$ 1,05 bilhão será aplicado na aquisição de tubos para o Gasoduto Cacimbas (ES)-Catu (BA), com cerca de 940 Km de extensão e investimento estimado de R$ 3,5 bilhões. O segundo empréstimo será de R$ 312 milhões e destina-se à construção do Gasoduto Cabiúnas (RJ)-Vitória (ES), com 300 quilômetros de extensão e investimento global de R$ 1,5 bilhão. O Gasene terá 1,4 mil Km de extensão e capacidade de transportar 20 milhões m3/dia. O início do duto será no terminal de Cabiúnas, no Rio de Janeiro, e o final em Catu, na Bahia. (Gazeta Mercantil - 15.12.2006)

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10 Biodiesel abre nova frente de disputa entre distribuidoras

A um ano do cumprimento da legislação que torna obrigatória no país a mistura de 2% de biodiesel no óleo diesel, as distribuidoras de combustíveis reforçam investimentos - os anunciados até agora somam R$ 216 milhões - e acirram a disputa para ganhar mercado. A BR Distribuidora, controlada pela Petrobras, foi a primeira a iniciar a venda do B2, e assim já começa a lucrar com a sua aposta. A empresa também assinou contrato com a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) para abastecimento de sua frota e com 35 termelétricas, para uso de biodiesel na geração de energia. Arnoldo Campos, coordenador do Programa de Biodiesel pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, observa que as 16 usinas já autorizadas a produzir biodiesel têm capacidade para oferecer 532 milhões de litros do biocombustível e, até o início de 2007, com a entrada de mais quatro unidades em operação, a capacidade vai crescer para 800 milhões de litros - o volume que era previsto para 2008. "A oferta existe, mas as distribuidoras ainda estão atuando de forma tímida. E terão que se adequar para atender a essa demanda", avalia. (Valor Econômico - 20.12.2006)

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11 Brasil negocia regras para vender biodiesel à União Européia

O governo brasileiro abre uma frente de negociações com a União Européia para definir padrões internacionais de qualidade para o biodiesel e, dessa forma, tornar viáveis as exportações do combustível. Hoje, a produção brasileira não atende às especificações européias, que exigem que o combustível seja à base de canola. "Enquanto houver essa regra, será impossível exportar", diz Roberto Ardenghy, superintendente de abastecimento da ANP. Ele aponta como outro fator que dificulta os embarques a imposição de uma taxa de 18% sobre o valor exportado. Ardenghy observa que o Brasil fez exportações esporádicas, para teste de qualidade, e que existe interesse dos grupos europeus em receber o biocombustível brasileiro. Em fevereiro, representantes do governo brasileiro reúnem-se com a Comissão Européia em Bruxelas para avançar nas discussões. (Valor Econômico - 28.12.2006)

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12 Empresa de energia vai ao STF para ter direito a créditos de carbono

A empresa Goiasa Goiatuba Álcool, produtora independente de energia protocolou ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) um mandado de segurança contra o Decreto nº 5.882, de agosto deste ano, que tira dos produtores de energia incluídos no Proinfa o direito ao crédito de carbono gerado com o Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). A medida foi tomada porque o decreto prevê que todos os benefícios com a geração de créditos de carbono, mesmo os anteriores à regulamentação, teriam que ser repassados à Eletrobrás. Isso significará uma redução do preço da energia pago pela estatal a estes produtores. Em sua inicial, a empresa alega que cabe o questionamento ao decreto porque a lei que rege o Proinfa não estabelecia transferência destes créditos de carbono, nem sua exploração comercial pela Eletrobrás. A Lei limitava-se a regulamentar a compra de energia pela Eletrobrás dos produtores autônomos. Com o decreto nº 5.882, a Eletrobrás estaria agora se apropriando dos créditos de carbono gerado pela empresa, segundo argumentação dos advogados. Além disso, o decreto estaria ofendendo a lei de regência do Proinfa, bem como prejudicando o direito líquido e certo da empresa. (Valor Econômico - 29.12.2006)

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13 Biomassa da palha de arroz será usado para geração de eletricidade

Além de ser um dos alimentos mais consumidos no mundo todo, o arroz é também uma fonte excepcional de biomassa: sua casca, que hoje é quase inteiramente descartada, representa 25% do peso de todo o material colhido. Pesquisadores da Universidade de Hanoi, Vietnã, e do Instituto Fraunhofer, Alemanha, desenvolveram um sistema de queima de leito fluidizado que efetua a queima da casca de arroz com grande aproveitamento do seu poder calorífico, elevando seu rendimento a um ponto que viabiliza sua utilização para geração de energia elétrica. Os pesquisadores irão testar a queima de vários tipos de palha de arroz, in natura e compactados em vários formatos e sob diversas pressões, para definir qual é a melhor configuração para que a biomassa do arroz possa ser convertida em eletricidade da forma mais eficiente possível. (Inovação Tecnológica - 02.01.2007)

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Grandes Consumidores

1 Brascan Energética investe na construção de três novas PCHs

A Brascan Energética está construindo três PCHs no rio Carreiro, norte do Rio Grande do Sul. A implantação das PCHs Cotiporã, Caçador e Linha Emília começou em outubro. Com previsão de início de operação no primeiro semestre de 2008, as três unidades devem gerar 334,2 mil MWh anuais e analistas calculam que o total dos investimentos se situa em torno de R$ 230 milhões. "Elas irão atender a demanda de pequenos produtores rurais desta região", informa a engenheira química da Brascan, Carla Schmidt Oberdiek. A Brascan é uma das maiores produtoras independente de energia elétrica neste segmento, produzindo mais de um milhão de MWh/ano. A empresa tem dez PCHs registradas na United Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCCC) e já evitou a emissão de 543 mil toneladas de CO2. (Gazeta Mercantil - 26.12.2006)

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2 Braskem fecha contrato de R$ 64 mi com ABB

A ABB, empresa que desenvolve tecnologias de potência e automação, fechou um contrato no valor de R$ 64 milhões com a Braskem. A empresa vai realizar manutenção nos equipamentos da companhia petroquímica do grupo Odebrecht, visando a melhoria da performance de seis plantas situadas no pólo de Camaçari, na Bahia. O contrato, com duração de dois anos e renovável por mais dois, é do tipo Equipment Performance Management (EPM), uma modalidade da ABB que prevê a remuneração variável da empresa a partir da análise de desempenho dos ativos. (Gazeta Mercantil - 29.12.2006)

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3 CVRD define presidente e diretor financeiro na Inco

A Vale do Rio Doce já definiu sua equipe de comando para a mineradora de níquel canadense Inco, adquirida por US$ 17,6 bilhões em outubro. Murilo Ferreira, que ocupava o cargo de diretor-executivo da área de participações, desenvolvimento de negócios e energia da Vale vai assumir a presidência executiva (CEO) no lugar do canadense Scott Hand, que deixa a empresa. Leonardo Moretson, que dirigia o departamento de controle interno da CVRD, será diretor executivo de finanças da CVRD Inco. A idéia da Vale é manter uma boa parte da diretoria com executivos canadenses. Ferreira e Moretson assumirão suas funções em meados de janeiro, depois que a Vale incorporar a Inco, batizando-a de CVRD Inco Limited. (Valor Econômico - 02.01.2007)

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4 Acionistas da Inco se reúnem

A incorporação da Inco pela Vale do Rio Doce será pauta da assembléia geral especial dos acionistas da Inco, que acontece nesta quarta-feira, dia 3 de janeiro. Durante a reunião, será acertada também a aquisição de 100% dos papéis da Inco pela Vale, que até agora detém 87,78% do capital da canadense. Os 12,2% restantes serão obtidos em operação de emissão de ações preferenciais da nova empresa (CVRD Inco). Toda esta negociação deverá estar fechada em meados de janeiro, quando está previsto acontecer a liquidação financeira da operação Inco. (Valor Econômico - 02.01.2007)

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Economia Brasileira

1 Balança comercial fecha 2006 com superávit de US$ 46,077 bi

A balança comercial acumulou em 2006 um superávit de US$ 46,077 bi, decorrente de exportações de US$ 137,471 bi e importações de US$ 91,394 bi, segundo a Secex. No ano anterior, saldo fora de US$ 44,709 bi, com US$ 118,308 bi em exportações e US$ 73,599 bi em exportações. No mês de dezembro, com 20 dias úteis, a balança comercial acumulou saldo de US$ 5,012 bi, resultado de US$ 12,235 bi em exportações US$ 7,223 bi de importações. (Valor Econômico - 02.01.2006)

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2 Total de empréstimos já representa 33,7% do PIB

A taxa média de juros cobrada pelos bancos caiu de 41,2% para 40,7% ao ano. Por segmento, as operações para pessoas físicas tiveram leve recuo de 53,1% para 53%. Nas empresas, de 27,4% para 26,6%. O total de empréstimos do sistema financeiro cresceu para R$ 715,764 bi, representando aumento de 2,6% no mês e 17,9% no ano e representa 33,7% do PIB, maior percentual desde junho de 2001, quando o BC estabeleceu o método atual de cálculo. O spread bancário baixou de 27,8 pontos para 27,6 pontos percentuais, caindo de 13,8 para 13,4 pontos percentuais para pessoas jurídicas e aumentando de 39,9 para 40,1 p.p.(Gazeta Mercantil - 26.12.2006)

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3 Custo da dívida deve cair para 4% do PIB

A queda no custo da rolagem da dívida pública, em razão do recuo da taxa Selic, abre nova fonte de recursos para o governo federal. Estima-se que o custo desta caia de cerca de 7,5% para algo por volta de 4% do PIB. O economista João Sicsú, da UFRJ, prega que os recursos devem ser carreados prioritariamente para o aumento de investimentos públicos, de 0,5% para 1% do PIB. A política teria continuidade com acréscimos de 0,5 pontos percentuais a cada ano do novo governo Lula. A expansão dos aportes do governo, sobretudo em gargalos como energia elétrica, teria um efeito multiplicador sobre a Formação Bruta de Capital Fixo que hoje em dia está por volta de 20% do PIB, limitando o potencial de crescimento da economia brasileira. A disposição do governo federal em investir atrairia o setor privado para projetos de elevação da capacidade produtiva, elevando a relação investimento/PIB para 26%. Com essa faixa, o PIB poderia avançar a taxas superiores a 5% ao ano.Na avaliação de Sicsú, o mais importante em relação à questão tributária não é a desoneração, mas a redistribuição do peso dos tributos entre os diversos níveis de renda. "Primeiro, é preciso aumentar o investimento público. Isso faz com que a arrecadação cresça logo em seguida, devido ao aquecimento da economia", diz Sicsú. (DCI - 02.01.2007)

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4 UFRJ prevê 3,8% e faz contraponto em tom otimista

Com um tom mais otimista, o Grupo de Conjuntura do Instituto de Economia da UFRJ considera que é possível atingir uma taxa de crescimento de 3,8% do PIB em 2007. Para isso, as condições são um cenário externo ainda favorável, uma taxa de câmbio estável, certa folga da capacidade produtiva da economia por causa do aumento do investimento em curso, uma inflação novamente abaixo do centro da meta e a continuidade da redução da taxa Selic, que deve chegar a 11,25% em dezembro, segundo projeção do grupo. Em documento, no entanto, o grupo destaca que a restrição mais forte ao crescimento em 2007 continuará sendo a apreciação cambial e a conseqüente contribuição negativa das exportações líquidas para o PIB. A avaliação é de que, diante do atual nível de utilização da capacidade instalada (inferior ao de 2004), o aumento do investimento em curso e a perspectiva de uma expansão não muito elevada em 2007, não se espera que o aumento do PIB seja contido por restrição de oferta. "A expectativa é de que o desempenho do PIB continue fraco. O resultado em 2007 deve ser melhor que o de 2006, mas ficará muito aquém dos 5% prometidos pelo governo. Acredito que a alta deve ficar em torno dos 3,5%, que é o limite de crescimento sem pressionar a demanda", explica o professor do Ibmec Antonio Carlos Assumpção. Para ele, há capacidade ociosa na economia permitindo a ampliação da produção industrial e a esperada queda dos juros deve estimular a demanda doméstica. O componente do PIB de maior destaque deve ser o consumo. (Jornal do Commercio - 02.01.2007)

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5 Reservas atingiram nível recorde em 2006

As reservas internacionais do Brasil em 2006 saltaram mais de US$ 31 bi, para o nível recorde de US$ 85 bi graças, em parte, às compras diárias de dólar feitas pelo BC. Desde agosto, quando o Tesouro abriu mão de divulgar uma meta de captações no mercado externo para o próximo biênio, as compras do BC passam a ser o principal instrumento de recomposição das reservas. Na ocasião, o então secretário do Tesouro, Carlos Kawall, afirmou que emissões externas só seriam realizadas em "caráter qualitativo" e que a necessidade de financiamento do País seria atendida "preferencialmente via aquisições no mercado doméstico". (Gazeta Mercantil - 02.01.2007)

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6 IGP-M fecha 2006 com alta de 3,83%

O IGP-M desacelerou para 0,32% em dezembro e fechou o ano com alta de 3,83%, na terceira menor taxa da série histórica, iniciada em 1989. Em novembro, o índice aumentara 0,75%. Na avaliação de Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas da FGV, o resultado refletiu a maior estabilidade cambial. O índice é bastante sensível às oscilações cambiais pois 60% de seu peso corresponde aos preços de produtos agrícolas e industriais no atacado com cotação no mercado internacional. Em 2006, IPA subiu 4,4% enquanto o IPC aumentou alta de 1,9%. Já o INCC fechou o ano com uma taxa maior, de 5,04%, influenciado pelos reajustes salariais do setor. (Valor Econômico - 29.12.2007)

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7 IPC-S sobe para 0,63%

O IPC- S saltou de 0,47% para 0,63% na última apuração de 2006. No ano, o índice acumulou alta de 2,06%. Por setores, as altas acumuladas no ano foram de 6,17% em Transportes, 5,45% em Saúde e cuidados pessoais 3,73% em Despesas Diversas 2,8% em "Educação, leitura e recreação", 1,27% em Habitação e 0,95% em Vestuário. Alimentação foi o único item com decréscimo, de 0,51%. (FGV - 02.01.2007)


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8 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial abriu as operações em alta, cotado a R$ 2,1390. Às 9h48, porém, a moeda era transacionada a R$ 2,1360 na compra e a R$ 2,1380 na venda, estável. No mercado futuro, os contratos de fevereiro deste ano negociados na BM & F subiam 0,02%, projetando a moeda a R$ 2,149. (Valor Online - 02.01.2007)

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Internacional

1 BID nega empréstimo para duto no Peru

O BID confirmou ontem a pior previsão do governo peruano, ao não incluir em seus planos para 2007 um empréstimo de US$ 400 milhões ao consórcio Peru LNG para a segunda fase do gasoduto de Camisea, em Cuzco. O gás da reserva natural de Camisea é explorado pela Peru LNG, um consórcio formado pelas argentinas Pluspetrol e Techint, a sul-coreana SK Corporation, a americana Hunt Oil e a argelina Sonatrach. O BID "aprovará o empréstimo" apenas depois de avaliar a proposta de investimento do setor privado e receber os resultados de duas auditorias sobre danos ambientais e sociais. O empréstimo do BID, que seria o maior a uma entidade privada, neste caso a Peru LNG, serviria também como garantia para a empresa obter mais US$ 400 milhões com bancos. ONGs e comunidades locais se queixam de uma queda da pesca na região e reclamam o investimento prometido em serviços de saúde e educação. (Gazeta Mercantil - 20.12.2006)

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2 Statoil e Norsk Hydro unirão operações para criar gigante do setor de energia

As norueguesas Statoil e Norsk Hydro resolveram unir suas operações de petróleo e gás. A nova companhia terá uma produção combinada de 1,9 milhão de barris diários em 2007 e reservas comprovadas de petróleo e gás de 6,3 bilhões de barris de óleo-equivalente. Terão também mais de 30 mil funcionários. O pacto está avaliado em US$ 28 bilhões. A empresa conjunta será a maior produtora de petróleo e gás offshore do mundo. As companhias destacaram suas competências complementares e seus portfólios de ativos como um dos principais fatores por trás do acerto. A fusão proposta será avaliada na assembléia geral das empresas da Noruega e pelas autoridades regulatórias. A previsão é de que o negócio seja concluído no terceiro trimestre de 2007. Até lá, a Hydro e a Statoil serão administradas como entidades separadas. (Valor Econômico - 18.12.2006)

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3 Belarus aceita dobrar o preço pago à Rússia pelo gás natural

A empresa russa Gazprom se declarou ontem "muito satisfeita" com o acordo sobre o aumento do preço do gás fornecido a Belarus, alcançado no último minuto com Minsk, segundo afirmou seu porta-voz à emissora Ecos de Moscou. Segundo o acordo, Belarus pagará US$ 100 (cerca de 75 euros) por cada 1. 000 m3 de gás en 2007, pouco menos que os US$105 que pedia a Rússia, ainda que muito acima dos US$46 previstos pelo contrato anterior. Além disso, Minsk venderá ao gigante russo 50% de sua estratégica empresa de gestão de gasodutos Beltransgaz. A disputa faz lembrar um caso semelhante com a ex-república soviética da Ucrânia há exatamente um ano, que por um curto período interrompeu o abastecimento russo para a Europa e abalou a confiança na Rússia como fornecedora de energia. (Jornal do Commercio - 01.01.2007)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro mailto:nivalde@ufrj.br
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Beatriz Mello Affonso, Bianca Reich, Guilherme Branquinho, Larissa Barbosa, Laryssa Naumann e Rodrigo Fonseca.

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