l IFE: nº 1.952 - 02
de janeiro de 2007 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Reestruturação do Setor 1 Agência Nacional de Águas aprova projetos de usinas no rio Madeira O projeto de
construção das usinas hidroelétricas do rio Madeira recebeu o aval da
Agência Nacional de Águas (ANA). A Agência emitiu a chamada Declaração
de Reserva de Disponibilidade Hídrica para o Complexo, documento que certifica
que as duas usinas (Santo Antonio e Jirau) são viáveis do ponto de vista
da utilização dos recursos hídricos. De acordo com resoluções publicadas
no Diário Oficial da União da última quinta-feira, dia 28, a ANA declarou
reservadas à Aneel algumas vazões do Rio Madeira com a finalidade de garantir
a disponibilidade hídrica necessária à viabilidade das duas, localizadas
no município de Porto Velho (Rondônia). (DCI - 02.01.2007) 2 Ibama rebate críticas do presidente da Eletrobrás Causou estranheza
no Ibama as declarações do presidente da Eletrobrás, Aloísio Vasconcelos,
de que a oportunidade de concluir a Hidrelétrica de Simplício seis meses
antes do previsto foi perdida devido ao "incompreensível ritual de licenciamento".
A Hidrelétrica Simplício, a ser construída no rio Paraíba do Sul pelo
empreendedor Furnas, uma subsidiária da Eletrobrás, recebeu a licença
prévia do Ibama, em setembro de 2005. Somente um ano e dois meses após
a primeira licença, Furnas entregou o Projeto Básico Ambiental e solicitou
licença de instalação que autoriza o início das obras. Junto com tais
documentos, pediu também uma licença de instalação parcial para a construção
do Túnel 3, em função do cronograma de obras do projeto. A legislação
garante ao Ibama prazo de seis meses para analisar licenças de instalação.
Mesmo assim, dirigentes do Ibama comprometeram-se a entregar até 15 de
janeiro de 2007 a resposta ao pedido de licença parcial para o Túnel 3.
A data foi fixada em reunião, na semana passada, com representantes de
Furnas, quando só então demonstraram a necessidade de iniciar essa etapa
da obra ainda em janeiro. O Ibama prometeu reforçar a equipe de técnicos
destacada para avaliar o projeto e concluir a análise em tempo recorde.
"Estamos fazendo um esforço concentrado para atender as necessidades de
Furnas e da sociedade brasileira. Daí, a nossa estranheza com as declarações
do presidente da Eletrobrás", afirmou o diretor substituto de Licenciamento
do Ibama, Valter Muchagata. (Ibama - 28.12.2006) 3 Aperfeiçoada resolução que classifica consumidor de baixa renda A Resolução
n° 246/2002, que estabelece as condições para enquadramento na Subclasse
Residencial Baixa Renda de unidades consumidoras com consumo inferior
a 80 kWh, foi aperfeiçoada para permitir ajustes no cadastramento de consumidores
que residem em imóveis alugados e que não são titulares da fatura de energia
da unidade consumidora. As alterações foram decididas esta semana pela
Aneel. No novo texto, será inserido dispositivo que permite a autodeclaração
para consumidores que residem em imóveis de terceiros e que estejam impedidos
de transferir a conta de luz para o seu nome. A autodeclaração deverá
conter a identificação do residente, o período de residência e sua responsabilidade
pelo pagamento da fatura. (Aneel - 21.12.2006) 4 Proposta de aperfeiçoamento da cobrança do uso
do bem público 5 Metodologia para tarifas para pequenas distribuidoras é regulamentada A Aneel aprovou
esta semana a Resolução Normativa nº 243/2006 que aprimora a metodologia
de cálculo das Tarifas de uso do Sistema de Distribuição (Tusd) e Tarifas
de Energia (TE) específicas para as distribuidoras de energia elétrica
com mercado próprio inferior a 500 GWh/ano. A regulamentação prevê desconto
na Tusd paga pelas pequenas distribuidoras até a revisão tarifária das
distribuidoras supridoras, quando será definido o real valor do custo
das instalações utilizadas para atendimento dessas pequenas concessionárias.
O objetivo é a modicidade tarifária ao diminuir o impacto da Tarifa de
Uso no cálculo das tarifas dos consumidores finais das pequenas distribuidoras.
A metodologia aprovada atende diretrizes fixadas pelo Decreto nº 4.541/2002
para aplicação nas contratações de energia e de uso nesses segmentos.
(Aneel - 21.12.2006) 6 Resolução sobre a incorporação de redes particulares é aprimorada A diretoria
da Aneel aprovou esta semana aperfeiçoamentos na Resolução Normativa nº
229/2006 que trata das condições gerais para incorporação de redes particulares
de energia, instaladas em vias públicas, aos sistemas elétricos das distribuidoras.
As mudanças flexibilizam alguns itens do regulamento para reduzir custos
como a realização de auditoria externa nas redes agregadas durante as
respectivas revisões tarifárias, além de dispensar as empresas da apresentação
de relatório anual sobre os empreendimentos, embora os documentos detalhados
de cada processo tenham de ficar disponíveis para a fiscalização da Agência.
Na decisão, a Aneel também permitiu a incorporação de outras redes particulares
além daquelas incluídas nos Planos de Universalização e no Programa Luz
para Todos para os anos 2007 e 2008, consideradas preferenciais para atendimento,
desde que cumprida a exigência de limite de até 8% de impacto tarifário.
Os aperfeiçoamentos na regulamentação incluíram ainda o direito de ressarcimento
ao consumidor que construiu rede particular para ser atendido sem ônus,
independentemente de origem de suas instalações na rede da concessionária
ou em outra rede particular. (Aneel - 21.12.2006) 7 Custo do déficit de energia e preços do mercado de curto prazo definidos Os novos valores da Curva do Custo do Déficit de energia elétrica para 2007 foram aprovados pela diretoria da Aneel esta semana. Atualizado anualmente pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), o Custo do Déficit é um mecanismo que reflete o impacto, para a sociedade, de eventuais deficiências na oferta de energia elétrica no país. Como indicador, é referência no planejamento de operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) e serve como fator determinante na formação do preço da energia no mercado de curto prazo. Proporcionais à redução percentual da energia gerada pelas usinas hidrelétricas, os novos valores do custo do déficit calculados pela Aneel variam de R$ 886,00 por MWh, para uma redução de carga de até 5%, a R$ 4.538,94 MWh, quando o déficit for superior a 20%. A Agência estabeleceu também, de forma provisória, os limites mínimo e máximo do preço da energia no mercado de curto prazo para o próximo período de operação. O chamado Preço de Liquidação de Diferenças mínimo (PLD_min) para 2007 será de R$ 17,60 MWh, enquanto o PLD máximo ficará em R$ 534,30 MWh. Os valores atualizados serão publicados pela Aneel até a primeira semana de janeiro próximo. (Aneel - 21.12.2006) 8 Aneel estimula a compra de energia
de fontes incentivadas 9 Ceará investe em "túnel do vento" O Centro de
Energias Alternativas (Cenea) - criado para dar suporte aos projetos do
setor no Nordeste - vai investir cerca de R$ 1,2 milhão na construção
de um equipamento voltado sobretudo para projetos de energia eólica. Batizada
de "túnel de vento", a tecnologia - aprovada pelo MME e com início de
instalação previsto para março de 2007 - permitirá a simulação das principais
características de ventos naturais e deverá atender a demanda dos parques
eólicos e de outros setores que dependem de medição, como a construção
civil, os serviços meteorológicos e a aeronáutica. Na avaliação do economista
Francisco Antonio de Alcântara Macedo, presidente do Cenea, o Ceará possui
vantagens comparativas para abrigar o novo projeto, que será construído
pela Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará, vencedora da licitação.
"O Estado é rico em energias alternativas, provenientes do vento, do sol
e também da terra, como o biodiesel, feito a partir da mamona", afirma
ele. (Gazeta Mercantil - 21.12.2006) 10 Curtas A partir de janeiro de 2007, as reuniões públicas da diretoria da Aneel serão transmitidas pela internet no endereço eletrônico da Agência (www.aneel.gov.br), apenas com a opção de áudio. Desde novembro de 2004 até hoje (21/12), as reuniões foram transmitidas ao vivo com imagem e som. (Aneel - 21.12.2006) A Aneel declarou de utilidade pública áreas de terras nos estados do Ceará e de São Paulo necessárias à passagem de linhas de transmissão. No Ceará, a declaração favorece a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), responsável pela construção, exploração e manutenção da linha de transmissão Milagres-Tauá. O empreendimento terá extensão aproximada de 200 quilômetros (km) e passará por 12 municípios cearenses. (Aneel - 21.12.2006)
Empresas 1 Resultados do cálculo da remuneração das distribuidoras na revisão tarifária aprovados As concessionárias
de distribuição de energia elétrica que passarão pelo processo de revisão
periódica entre 2007 e 2010 terão as respectivas taxas de remuneração
definidas com base no custo médio de capital de 9,98% em termos reais
(descontada a inflação e os impostos) e na adoção da meta de 56,2% para
a participação de dívida no capital total dessas empresas. Aprovados no
dia 21 de dezembro pela Aneel, esses parâmetros são resultantes da aplicação
das metodologias de cálculo da estrutura de capital e do custo de capital
das distribuidoras definidas em outubro deste ano, após a realização de
audiência pública sobre as metodologias de revisão tarifária para o próximo
ciclo. O cálculo do custo de capital levou em conta diversas variáveis
tais como o risco-país e os riscos do negócio, financeiro, regulatório,
cambial e de crédito. Para obter os valores finais, a área técnica da
Agência atualizou todas as séries históricas definidas na metodologia
aprovada pela Resolução nº 234/2006. A estrutura de capital e o custo
de capital compõem o conjunto das metodologias que serão aplicadas no
segundo ciclo de revisão tarifária periódica das concessionárias. (Aneel
- 21.12.2006) 2 Eletrobrás muda para crescer mais No pacote de medidas para estimular a economia, o governo estuda unificar a gestão das subsidiárias da Eletrobrás, eliminando cargos políticos de uma dezena de empresas. Assim, as subsidiárias perderiam sua denominação atual e se tornariam, por exemplo, Eletrobrás Sudeste (Furnas), Eletrobrás Sul (Eletrosul), Eletrobrás Nordeste (Chesf), Eletrobrás Norte (Eletronorte) sempre com o objetivo de expor mais o nome da estatal elétrica. No mesmo conjunto de ações para torná-la a "Petrobras do setor do setor elétrico", como quer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, consta a venda de 16% das ações da estatal, o que renderá à companhia uma capitalização da ordem de US$ 6,5 bilhões de acordo com cálculos feitos por profissionais do mercado de capitais. A proposta é direcionar os recursos a projetos de geração elétrica em parceria com a iniciativa privada. As mudanças foram reveladas pelo presidente da empresa, Aloísio Vasconcelos, horas antes de o senador Ney Suassuna (PMDB) afirmar que o executivo será substituído. (Gazeta Mercantil - 28.12.2006) 3 Vasconcelos: "Eletrobrás hoje é um elefante branco" Com aval da
diretoria da Eletrobrás e do seu Conselho de Administração, Aloísio Vasconcelos
entregou as propostas de mudança na empresa no último dia 18 de dezembro
ao ministro Silas Rondeau. "A Eletrobrás hoje é um elefante branco que
custa a dar um passo. Nunca vai ser lebre, mas vai chegar ao meio termo;
pode ser um tigre", afirmou Vasconcelos. Furnas, Eletronorte, Eletrosul,
Chesf já atendem a orientações da holding, mas o processo, segundo Vasconcelos,
é lento e burocrático, sem agilidade de gestão. Além disso, as distribuidoras
federalizadas, tendem a ser vendidas para companhias privadas. A Cepisa
já tem pelo menos dois interessados. Outras distribuidoras isoladas devem
passar por processos de fusão, a exemplo de Ceam e a distribuidora de
Manaus. Algumas propostas já estão incluídas no pacote que será anunciado
em janeiro, como a captação de recursos no exterior e a oferta pública
de ações, nos moldes do que foi feito com a Petrobras. A União ficou 51%
das ações da Petrobras e vendeu o restante à sociedade. A idéia é repetir
o percentual de oferta como maneira de se capitalizar ao máximo. (Gazeta
Mercantil - 28.12.2006) 4 Vasconcelos: "se projetos previstos deslancharem
precisaremos de mais recursos" 5 Aneel autoriza reajuste de 10,32% em tarifa de repasse de energia de Itaipu A Aneel autorizou
hoje um aumento de 10,32% na tarifa de repasse de energia produzida pela
usina hidrelétrica de Itaipu, que passou de US$ 21,5311 para US$ 23,7524
por quilowatt. A nova tarifa passa a valer a partir do dia 1º de janeiro
e deve afetar as 19 distribuidoras cotistas que compram a energia gerada
por Itaipu por meio da Eletrobrás. De acordo com as informações de Itaipu,
o impacto para o consumidor vai variar de acordo com a distribuidora e
não ultrapassará 1,7%. Segundo a Aneel, Itaipu produz 34% do total de
energia adquirida por essas distribuidoras cotistas, que estão localizadas
nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Para chegar a esse reajuste,
a Aneel diz ter considerado o custo unitário dos serviços de eletricidade
da usina, de US$ 22,20 por quilowatt, o custo da energia cedida pelo Paraguai
ao Brasil, de US$ 0,8126, e o saldo da conta de comercialização da Eletrobrás,
que é de US$ 0,7398 por quilowatt. (Valor Econômico - 19.12.2006) 6 Itaipu rebate contas de possível candidato à presidência do Paraguai Monsenhor Fernando
Lugo, o bispo católico de San Pedro, virtual candidato à presidência do
Paraguai já escolheu seus alvos: recursos naturais e Brasil. Uma das últimas
declarações de monsenhor, feita ao Valor, de que o "Tratado de Itaipu
deu condições desfavoráveis ao Paraguai" ganhou tom mais forte na boca
de seus correligionários. Para eles, o acordo firmado em 1973, e que serviu
de base para a construção da usina hidrelétrica binacional de Itaipu,
permite que o Brasil pague pouco pela energia comprada da sobra paraguaia.
Afinal, diz, cada país têm direito a uma parcela de 50% do total gerado.
E portanto, segundo sua contabilidade, o Brasil paga US$ 5 por cada MW
dessa compra adicional. A Itaipu Binacional falou sobre o tema por meio
de sua assessoria de imprensa e negou que haja compra de energia em condições
desfavoráveis aos paraguaios. "Esses US$ 5 citados por monsenhor Fernando
Lugo são o valor a mais que o Brasil paga pela cessão de energia ao governo
paraguaio", afirma a empresa em comunicado. "Além disso, o Brasil desembolsa
outros U$ 40 por MWh de energia de Itaipu, cuja receita é utilizada para
pagar os investimentos para sua construção (dívida), os royalties que
também são ressarcidos aos tesouros brasileiro e paraguaio e outros encargos
aos acionistas (a brasileira Eletrobrás e a paraguaia Ande). Neste preço,
também está incluso as despesas de manutenção, operação e pessoal", completa
o comunicado da empresa. (Valor Econômico - 22.12.2006) 7 Autorizadas reestruturações societárias da CFLCL e da Cenf O processo de
reestruturação societária das concessionárias CFLCL e Cenf, integrantes
do sistema Cataguazes-Leopoldina, foi aprovado esta semana pela Aneel.
Com a operação, o controle societário direto destas distribuidoras foi
transferido para a Energisa S/A. A Cenf era controlada pela CFLCL e esta
última, pela Sobrapar, Gipar e Itacatu. Desse modo, a reestruturação permitirá
tanto a segregação de participações acionárias, como a eliminação dos
passivos extra-concessão. (Aneel - 21.12.2006) 8 Aneel aprova alteração societária da Celg A Aneel aprovou a alteração societária da Celg que terá como controladora direta a holding Goiaspar. A operação faz parte do processo de desverticalização da concessionária. Após a finalização da desverticalização, a holding também terá o controle direto das empresas decorrentes da segregação de atividades: Celg Geração e Transmissão S/A e Celg Distribuidora S/A. A reorganização societária implica mudança apenas no controle acionário direto, permanecendo o estado de Goiás como controlador indireto das concessionárias. (Aneel - 21.12.2006) 9 Aneel autoriza reestruturação societária do grupo CPFL A Aneel autorizou a reestruturação societária do grupo CPFL mediante a incorporação, pela CPFL Geração S/A, de suas subsidiárias CPFL Centrais Elétricas S/A e Semesa S/A. Dessa forma, a CPFL Geração S/A passa a deter as concessões de 20 empreendimentos outorgados, em 1997, à CPFL Centrais Elétricas S/A e da central geradora hidrelétrica (CGH) Ponte do Silva, outorgada à Semesa. (Aneel - 21.12.2006) 10 Transmissora é autorizada a realizar reestruturação societária A Santa Rita
Comércio e Instalações Ltda. está autorizada a transferir a totalidade
de suas ações (10%) detidas na Uirapuru Transmissora de Energia S/A para
a Control Y Montajes Industriales S/A (Cymi) e, posteriormente, para a
Cymi Holding S/A. Após a reestruturação aprovada, o controle acionário
da transmissora permanecerá compartilhado entre a Empresa Transmissora
do Sul do Brasil (Eletrosul) e Cymi Holding S/A. Com a operação, a composição
acionária da transmissora será a seguinte: Eletrosul - 49% e Cymi Holding
S/A - 51%. (Aneel - 21.12.2006) 11 Rede Comercializadora de Energia exporta para Bolívia A Rede Comercializadora de Energia S/A foi autorizada pela Aneel a exportar energia elétrica pelo período de 12 meses para comunidades localizadas em território boliviano. O contrato de exportação prevê suprimento mensal de até 27 megawatt-hora (MWh) para que a prefeitura do município de San Ignacio de Velasco possa atender a localidade de San Vicente de La Frontera. A maior parte da energia exportada vai suprir, porém, o mercado consumidor da Cooperativa de Serviços Públicos Angel Sandoval Ltda. (Cospasal) com um montante de até 270 MWh/mês. A Cospasal atende o município boliviano de San Matias. (Aneel - 21.12.2006) 12 Celesc adquire 51% das ações da ScGás O Conselho de
Administração da Celesc aprovou ontem a compra de 17% do capital total
e de 51% das ações ordinárias da Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGás)
pertencentes ao governo do Estado. O valor ofertado pelo governo foi de
R$ 93 milhões, abaixo da avaliação de mercado realizada pelo Banif Investimentos,
contratado pela estatal para este fim, de R$ 102 milhões. O pagamento
será feito mediante um sinal, de até 20%, e o restante do valor será captado
no mercado de capitais. O diretor de Econômico-Financeiro e de Relações
com Investidores da Celesc, Gerson Pedro Berti, afirma que o objetivo
da companhia ao adquirir as ações da SCGás, foi de aumentar a oferta de
serviços de energia aos consumidores, e evitar que a SCGás se tornasse
um corrente em potencial da Celesc. "Agora toda a área de energia pertencente
ao estado fica concentrada numa única empresa", diz. Segundo ele, os negócios
são diferentes mas complementares. Berti afirma que a rentabilidade da
SCGás, de 40% sobre o Patrimônio Líquido em 2005, é expressiva e superior
ao negócio de distribuição de energia elétrica. (Gazeta Mercantil - 19.12.2006)
13 Plana recebe R$ 875 mi do BNDES O BNDES liberou
ontem um empréstimo de R$ 875 milhões para o grupo espanhol Plana Transmissora.
A companhia opera três linhas de transmissão há seis meses, depois de
obter a concessão para o empreendimento em concorrência de quase três
anos atrás. Na transação, o BNDES utilizou o modelo de project finance,
em que o financiamento é pago com o retorno das operações. As linhas,
leiloadas em 2004 pela Aneel, têm 1.622 quilômetros de extensão e se localizam
nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste. "Após o leilão, você tem a
assinatura do contrato de concessão que leva quatro, cinco meses. Depois
tem que obter licença ambiental ou de instalação. Só aí podemos encaminhar
o projeto para apreciação da diretoria", informou o chefe do Departamento
de Energia do BNDES, Nelson Siffert, justificando a demora na liberação
do empréstimo. (Gazeta Mercantil - 19.12.2006) 14 Light programa reestruturação financeira A Light programa
uma grande reestruturação financeira em 2007. A empresa vai utilizar R$
1,4 bilhão do seu caixa para abater e recompor uma parte de sua dívida,
que soma R$ 3,6 bilhões. O presidente da Light, José Luiz Alquéres, explicou
que R$ 1 bilhão virão de uma captação através da emissão de debêntures
não conversíveis em ações já autorizada pela CVM e que será concluída
no início do ano. Os R$ 400 milhões restantes, segundo ele, virão do caixa.
O objetivo da reestruturação, segundo Alquéres, é antecipar o pagamento
de dívidas que têm algumas condicionantes - como o pagamento preferencial
antes de qualquer investimento - alongar prazos e reduzir a taxa de juros.
Segundo o executivo, essa operação é necessária para liberar a Light para
os investimentos necessários para que a empresa participe do processo
de consolidação do setor. "Estamos preparando um projeto para colocar
a Light como uma das mais importantes do mundo. Mas primeiro temos que
arrumar a casa", explicou. (Valor Econômico - 19.12.2006) 15 AES adquire PCHs da Guascor no Rio O grupo americano
de energia AES, que detém 50,01% do capital da holding Cia. Brasiliana
de Energia, está de volta aos investimentos no Brasil. Depois de passar
por uma forte crise, contraída logo após a privatização dos ativos da
antiga geradora CESP Tietê e da distribuidora Eletropaulo em 1999, a empresa
deverá fechar em breve a compra de três PCHs, localizadas no Estado do
Rio de Janeiro, e que hoje estão nas mãos do grupo espanhol Guascor, gerador
de energia para lugares isolados do Brasil por meio de 71 termelétricas.
A operação, que ainda aguarda sinal verde dos órgãos regulatórios do governo
federal, movimentará US$ 60 milhões, o que inclui o montante pago ao grupo
espanhol e também os aportes necessários à construção das PCHs. Juntas,
essas três pequenas hidrelétricas serão capazes de gerar 51,6 megawatts
(MW) e estima-se que sua construção leve dois anos a partir do início
das obras. (Valor Econômico - 18.12.2006) 16 Cemig emite R$ 30 mi em debêntures A Cemig informou
que emitiu 3 mil debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor
de R$ 30 milhões. O vencimento das debêntures será ao final do prazo de
25 anos contado da data de emissão, com atualização do valor nominal pelo
Índice Geral de Preços - Mercadp (IGPM). Os recursos serão utilizados
para a cobertura de despesas realizadas na implantação da Usina Hidrelétrica
de Irapé. (DCI - 02.01.2007) 17 Uhenpal tem aumento de tarifa A Aneel autorizou
reajuste de energia elétrica para consumidores de nove municípios atendidos
pela Usina Hidroelétrica Nova Palma Ltda. (Uhenpal), no Rio Grande do
Sul. Para os consumidores residenciais o aumento é 18,06%. No caso das
indústrias, o reajuste definido ficou em 16,49%. As novas tarifas serão
válidas a partir da quinta-feira da próxima semana, dia 28. No total a
empresa atende 13.308 consumidores nos municípios de nos municípios de
Faxinal do Soturno, Nova Palma, Dona Francisca, Ivorá, Silveira Martins,
São João do Polêsine e Restinga Seca e parte dos municípios Santa Maria
e Júlio de Castilhos, no Rio Grande do Sul. (Valor Econômico - 21.12.2006)
11 municípios
do interior do Espírito Santo sofrerão reajuste de energia, onde opera
a Empresa Luz e Força Santa Maria S/A (ELFSM). Os reajustes dessa empresa
são feitos sempre em fevereiro, mas a Aneel fez o recálculo dos percentuais
levando em conta uma nova resolução que favorece pequenas empresas de
energia. Assim, os 69.223 consumidores atendidos pela empresas terão um
aumento maior do que havia sido determinado em fevereiro deste ano. Para
as residências, o aumento da tarifa, que havia sido de 10,55% em fevereiro,
será ajustado retroativamente em 11,61%. (Valor Econômico - 21.12.2006)
No pregão do
dia 28-12-2006, o IBOVESPA fechou a 44.473,71 pontos, representando uma
baixa de 0,13% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,38
bilhões. As empresas que compõem o IEE fecharam em 13.985,46 pontos. As
ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas
a R$ 51,09 ON e R$ 47,90 PNB. Na abertura do pregão do dia 02-01-2007
as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 51,20 as ações ON, alta de 0,22%
em relação ao dia anterior e R$ 48,09 as ações PNB, alta de 0,40% em relação
ao dia anterior. (Investshop - 02.01.2007)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo em outubro foi de 29.428 GWh O consumo
de energia elétrica no país durante outubro foi o segundo maior do ano,
de acordo com dados da EPE. O total consumido no décimo mês de 2006 foi
de 29.428 GWh, um aumento de 4,1% ao realizado no mesmo mês de 2005. No
acumulado até outubro, o consumo é de 287.843 GWh, um acréscimo de 3,8%
sobre igual período de 2005. Segundo a EPE, a alta verificada foi "bastante
superior" ao ritmo médio de crescimento de 2,9% registrado nos últimos
seis meses, o que demonstra uma recuperação do mercado consumidor. O consumo
aumentou 4,2% no segmento residencial, 4,4% no industrial e 3,9% no comercial.
Por regiões, o consumo residencial cresceu 7% nas regiões Norte e Nordeste,
4% no Sudeste, 1,6% no Sul e 2,8% no Centro-oeste. (Valor Econômico -
21.12.2006) 2 Usinas atendem 12% do consumo Os projetos licenciados na primeira fase do Proinfa para geração de energia eólica correspondem a 1422,9 mil MW, o suficiente para abastecer o Nordeste. Do total, 200 MW foram construídos e 220 MW estão em andamento. Até o momento, a Wobben Windpower é única fabricante de aerogeradores completos e de grande porte na América do Sul. (Gazeta Mercantil - 21.12.2006) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 30/12/2006 a 05/01/2007. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Tolmasquim diz que situação do gás no Brasil é confortável A confortável situação hidrológica que o país vive atualmente, em termos de oferta de energia proveniente das usinas hidrelétricas, ajudará o Brasil a transpor o período de ajuste que deve ocorrer nos próximos dois anos no mercado, no que diz respeito à proximidade entre a oferta e a demanda de gás natural. A afirmação foi feita pelo presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. Responsável pelo planejamento energético do país, Tolmasquim considera boa a situação do país, apesar de reconhecer que deverá ocorrer um certo encurtamento entre a demanda e a oferta disponível de gás natural para o mercado brasileiro nos próximos dois anos. "Existirá uma situação de ajuste entre a oferta e a demanda de gás natural no Brasil no período 2007-2008. Vamos ter problemas neste período de transição. Mesmo assim, não será nada desesperador, para ficar alarmado", afirmou. (Setorial News - 31.12.2006) 2 Área técnica negociará o preço do gás, mas governos darão sinal político Os governos
do Brasil e da Bolívia continuarão negociando apenas na área técnica o
futuro aumento do preço do gás boliviano fornecido ao mercado brasileiro,
mas as autoridades emitirão um "sinal político" para que se alcance um
preço "adequado" para os dois países. Esse foi o resultado de sucessivas
conversas entre o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e o ministro
de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas. Para o Brasil, a área
técnica é representada pela equipe da Petrobras. O ministro boliviano
informou que pretende contratar uma empresa de auditoria independente
para avaliar o preço das duas refinarias mantidas pela Petrobras. Embora
a empresa brasileira tenha informado que não está interessada em tornar-se
sócia minoritária das refinarias e que prefere entregar todas as ações
ao governo boliviano, com pagamento de indenização, Villegas disse que
seu ministério trabalha com a hipótese de comprar apenas 51% das ações,
tornando-se sócio majoritário, associado à Petrobras. Também esse tema
foi considerado pelo governo brasileiro mais apropriado para as negociações
técnicas. (Valor Econômico - 19.12.2006) 3 Petrobras avisa que preço do gás será mais alto A Petrobras
só tem gás para garantir a oferta de 1,3 mil MW gerados em usinas térmicas.
Para outros 3,1 mil MW, o gás existe, mas a um preço maior, diz o diretor
de Gás e Energia da estatal, Ildo Sauer. Segundo ele, os gestores da área
de energia no país já têm essa informação. O problema, afirma, é que o
marco regulatório do setor tem lacunas e precisa de ajustes. E a estatal,
garantiu, não vai abrir mão do equilíbrio financeiro para suprir a falta
de gás. (Valor Econômico - 18.12.2006) 4 Petrobras põe projetos a todo gás Dos R$ 47,4
bilhões previstos pela Petrobras para serem investidos no Brasil em 2007,
boa parte será reservada para tirar do papel o Plano de Antecipação do
Gás Natural (Plangás), que exigirá, até 2008, investimentos de US$ 8 bilhões
para a construção de nove gasodutos e oleodutos terrestres, sete estações
de compressão, cinco unidades de tratamento, dois terminais de GLP, além
de unidades produtoras. A partir desse ano, a Petrobras dará início à
maior parte das obras, com o prazo de conclusão para até 2009. Desses
US$ 8 bilhões, metade será destinada a empreendimentos offshore, como
a plataforma que extrairá gás do Campo de Mexilhão, na Bacia de Santos,
e dutos que escoarão essa produção. (Jornal do Commercio - 01.02.2007)
5 Petrobras anuncia comercialidade de 19 campos de exploração A Petrobras anunciou que 19 descobertas realizadas pela companhia são economicamente viáveis e têm potencial de acrescentar 2,1 bilhões de barris de petróleo e gás às suas reservas de óleo. Atualmente, os reservatórios provados da companhia somam 15 bilhões de barris/dia. Ou seja, essas novas áreas que estão aptas a produzir óleo e gás no futuro equivalem a 12,7% das reservas de óleo e gás da Petrobras. A empresa informou que encaminhou à ANP as declarações de comercialidade dessas 19 novas áreas. São 16 em mar e três em terra nas bacias de Santos (litorais de São Paulo e Rio), Campos (litoral norte-fluminense) e Espírito Santo. As novas áreas de produção não foram ainda incorporadas às reservas provadas da companhia, pois dependem de mais testes de produção e da certificação de empresas de auditoria. Por enquanto, estão classificadas como reservas prováveis. Depois de declarado economicamente viável, um campo pode levar de 3 a 10 anos para começar a produzir, dependendo do ritmo dos investimentos e da complexidade da área. (Jornal do Commercio - 01.02.2007) 6 Governo quer fortalecer atuação da Petrobras O governo federal pretende modificar, na Câmara, o texto da Lei do Gás, aprovado na semana passada, na Comissão de Serviços de Infra-Estrutura do Senado. Uma das iniciativas, como admite o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) é tentar incluir artigos para resguardar a participação da Petrobras nos mercados de transporte e armazenagem de gás natural. Até a semana passada, a disputa entre a estatal e empresas privadas impedia o avanço do projeto. A aprovação do texto na Comissão do Senado revelou também que o governo federal se prepara para lidar com o eventual racionamento de energia elétrica, já que quer destinar, em "situações de contingência" que possam surgir até 31 de dezembro de 2010, o gás natural disponível no mercado brasileiro às usinas termelétricas, em detrimento do fornecimento do combustível a indústrias e residências. Tal possibilidade foi imposta pelo governo para permitir a aprovação. (Gazeta Mercantil - 27.12.2006) 7 Termelétricas terão de recalcular preço Em portaria publicada no "Diário Oficial da União", o MME determinou às usinas termelétricas que calculem, até 10 de janeiro, quanto precisam cobrar pela sua energia a fim de pagar o fornecimento do gás que serve como combustível. A medida envolve as 13 termelétricas a gás que apresentaram baixo desempenho nos testes feitos pelo ONS. Se a Aneel ratificar a sua decisão de retirar essas termelétricas da contabilidade de energia disponível, a percepção de risco de um novo apagão aumenta, e os preços tendem a elevar-se. Preocupado com a possibilidade de assustar o mercado com o fantasma de um racionamento, o ministério quer saber qual é a remuneração que as usinas consideram necessária para assegurar a compra de gás. A intenção do ministério é saber se tem sido impossível a essas usinas operar a plena carga devido à falta de gás ou devido à baixa capacidade financeira de pagar por esse gás. Eventuais ajustes futuros de preços para o fornecimento de energia, porém, continuam a depender da Aneel, segundo a portaria publicada. (Valor Econômico - 27.12.2006) 8 Usinas térmicas têm déficit operacional de 3.625 MW, diz governo O déficit de energia elétrica disponível causado pelas usinas termoelétricas que não estão conseguindo operar a plena carga por falta de gás chega a 3.624 MW médios segundo cálculos realizados pela Aneel. O número é superior ao déficit de cerca de 2.910 MW médios apontado pelo teste do ONS. O resultado da Aneel é obtido ao se levar em conta as quatro usinas termoelétricas (Cuiabá, Fafen, Termopernambuco e Uruguaiana) que não foram incluídas na lista das 13 usinas testadas em dezembro pelo ONS, mas que estavam entre as usinas que não conseguiram gerar a plena carga nos meses de agosto, setembro e outubro. Segundo a Aneel, o déficit das termoelétricas pode ser ainda maior, pois quatro usinas (Carlos Jereissati, Camaçari, Fortaleza e Termobahia) não foram testadas em dezembro e não tiveram de ser despachadas em agosto, setembro ou outubro. Assim, não se verificou se elas conseguem gerar sua plena carga. Somadas, essas usinas não testadas possuem capacidade declarada de 1.112 MW. (DCI - 02.01.2007) 9 BNDES aprova R$ 1,3 bi para gasoduto O BNDES aprovou os dois financiamentos solicitados há um ano pela Petrobras para construção do Gasoduto Sudeste-Nordeste (Gasene), no total de R$ 1,36 bilhão. Segundo informou a empresa, R$ 1,05 bilhão será aplicado na aquisição de tubos para o Gasoduto Cacimbas (ES)-Catu (BA), com cerca de 940 Km de extensão e investimento estimado de R$ 3,5 bilhões. O segundo empréstimo será de R$ 312 milhões e destina-se à construção do Gasoduto Cabiúnas (RJ)-Vitória (ES), com 300 quilômetros de extensão e investimento global de R$ 1,5 bilhão. O Gasene terá 1,4 mil Km de extensão e capacidade de transportar 20 milhões m3/dia. O início do duto será no terminal de Cabiúnas, no Rio de Janeiro, e o final em Catu, na Bahia. (Gazeta Mercantil - 15.12.2006) 10 Biodiesel abre nova frente de disputa entre distribuidoras A um ano do cumprimento da legislação que torna obrigatória no país a mistura de 2% de biodiesel no óleo diesel, as distribuidoras de combustíveis reforçam investimentos - os anunciados até agora somam R$ 216 milhões - e acirram a disputa para ganhar mercado. A BR Distribuidora, controlada pela Petrobras, foi a primeira a iniciar a venda do B2, e assim já começa a lucrar com a sua aposta. A empresa também assinou contrato com a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) para abastecimento de sua frota e com 35 termelétricas, para uso de biodiesel na geração de energia. Arnoldo Campos, coordenador do Programa de Biodiesel pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, observa que as 16 usinas já autorizadas a produzir biodiesel têm capacidade para oferecer 532 milhões de litros do biocombustível e, até o início de 2007, com a entrada de mais quatro unidades em operação, a capacidade vai crescer para 800 milhões de litros - o volume que era previsto para 2008. "A oferta existe, mas as distribuidoras ainda estão atuando de forma tímida. E terão que se adequar para atender a essa demanda", avalia. (Valor Econômico - 20.12.2006) 11 Brasil negocia regras para vender biodiesel à União Européia O governo brasileiro abre uma frente de negociações com a União Européia para definir padrões internacionais de qualidade para o biodiesel e, dessa forma, tornar viáveis as exportações do combustível. Hoje, a produção brasileira não atende às especificações européias, que exigem que o combustível seja à base de canola. "Enquanto houver essa regra, será impossível exportar", diz Roberto Ardenghy, superintendente de abastecimento da ANP. Ele aponta como outro fator que dificulta os embarques a imposição de uma taxa de 18% sobre o valor exportado. Ardenghy observa que o Brasil fez exportações esporádicas, para teste de qualidade, e que existe interesse dos grupos europeus em receber o biocombustível brasileiro. Em fevereiro, representantes do governo brasileiro reúnem-se com a Comissão Européia em Bruxelas para avançar nas discussões. (Valor Econômico - 28.12.2006) 12 Empresa de energia vai ao STF para ter direito a créditos de carbono A empresa Goiasa Goiatuba Álcool, produtora independente de energia protocolou ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) um mandado de segurança contra o Decreto nº 5.882, de agosto deste ano, que tira dos produtores de energia incluídos no Proinfa o direito ao crédito de carbono gerado com o Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). A medida foi tomada porque o decreto prevê que todos os benefícios com a geração de créditos de carbono, mesmo os anteriores à regulamentação, teriam que ser repassados à Eletrobrás. Isso significará uma redução do preço da energia pago pela estatal a estes produtores. Em sua inicial, a empresa alega que cabe o questionamento ao decreto porque a lei que rege o Proinfa não estabelecia transferência destes créditos de carbono, nem sua exploração comercial pela Eletrobrás. A Lei limitava-se a regulamentar a compra de energia pela Eletrobrás dos produtores autônomos. Com o decreto nº 5.882, a Eletrobrás estaria agora se apropriando dos créditos de carbono gerado pela empresa, segundo argumentação dos advogados. Além disso, o decreto estaria ofendendo a lei de regência do Proinfa, bem como prejudicando o direito líquido e certo da empresa. (Valor Econômico - 29.12.2006) 13 Biomassa da palha de arroz será usado para geração de eletricidade Além de ser um dos alimentos mais consumidos no mundo todo, o arroz é também uma fonte excepcional de biomassa: sua casca, que hoje é quase inteiramente descartada, representa 25% do peso de todo o material colhido. Pesquisadores da Universidade de Hanoi, Vietnã, e do Instituto Fraunhofer, Alemanha, desenvolveram um sistema de queima de leito fluidizado que efetua a queima da casca de arroz com grande aproveitamento do seu poder calorífico, elevando seu rendimento a um ponto que viabiliza sua utilização para geração de energia elétrica. Os pesquisadores irão testar a queima de vários tipos de palha de arroz, in natura e compactados em vários formatos e sob diversas pressões, para definir qual é a melhor configuração para que a biomassa do arroz possa ser convertida em eletricidade da forma mais eficiente possível. (Inovação Tecnológica - 02.01.2007)
Grandes Consumidores 1 Brascan Energética investe na construção de três novas PCHs A Brascan Energética
está construindo três PCHs no rio Carreiro, norte do Rio Grande do Sul.
A implantação das PCHs Cotiporã, Caçador e Linha Emília começou em outubro.
Com previsão de início de operação no primeiro semestre de 2008, as três
unidades devem gerar 334,2 mil MWh anuais e analistas calculam que o total
dos investimentos se situa em torno de R$ 230 milhões. "Elas irão atender
a demanda de pequenos produtores rurais desta região", informa a engenheira
química da Brascan, Carla Schmidt Oberdiek. A Brascan é uma das maiores
produtoras independente de energia elétrica neste segmento, produzindo
mais de um milhão de MWh/ano. A empresa tem dez PCHs registradas na United
Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCCC) e já evitou a
emissão de 543 mil toneladas de CO2. (Gazeta Mercantil - 26.12.2006) 2 Braskem fecha contrato de R$ 64 mi com ABB A ABB, empresa
que desenvolve tecnologias de potência e automação, fechou um contrato
no valor de R$ 64 milhões com a Braskem. A empresa vai realizar manutenção
nos equipamentos da companhia petroquímica do grupo Odebrecht, visando
a melhoria da performance de seis plantas situadas no pólo de Camaçari,
na Bahia. O contrato, com duração de dois anos e renovável por mais dois,
é do tipo Equipment Performance Management (EPM), uma modalidade da ABB
que prevê a remuneração variável da empresa a partir da análise de desempenho
dos ativos. (Gazeta Mercantil - 29.12.2006) 3 CVRD define presidente e diretor financeiro na Inco A Vale do Rio
Doce já definiu sua equipe de comando para a mineradora de níquel canadense
Inco, adquirida por US$ 17,6 bilhões em outubro. Murilo Ferreira, que
ocupava o cargo de diretor-executivo da área de participações, desenvolvimento
de negócios e energia da Vale vai assumir a presidência executiva (CEO)
no lugar do canadense Scott Hand, que deixa a empresa. Leonardo Moretson,
que dirigia o departamento de controle interno da CVRD, será diretor executivo
de finanças da CVRD Inco. A idéia da Vale é manter uma boa parte da diretoria
com executivos canadenses. Ferreira e Moretson assumirão suas funções
em meados de janeiro, depois que a Vale incorporar a Inco, batizando-a
de CVRD Inco Limited. (Valor Econômico - 02.01.2007) 4 Acionistas da Inco se reúnem A incorporação
da Inco pela Vale do Rio Doce será pauta da assembléia geral especial
dos acionistas da Inco, que acontece nesta quarta-feira, dia 3 de janeiro.
Durante a reunião, será acertada também a aquisição de 100% dos papéis
da Inco pela Vale, que até agora detém 87,78% do capital da canadense.
Os 12,2% restantes serão obtidos em operação de emissão de ações preferenciais
da nova empresa (CVRD Inco). Toda esta negociação deverá estar fechada
em meados de janeiro, quando está previsto acontecer a liquidação financeira
da operação Inco. (Valor Econômico - 02.01.2007) Economia Brasileira 1 Balança comercial fecha 2006 com superávit de US$ 46,077 bi A balança comercial acumulou em 2006 um superávit de US$ 46,077 bi, decorrente de exportações de US$ 137,471 bi e importações de US$ 91,394 bi, segundo a Secex. No ano anterior, saldo fora de US$ 44,709 bi, com US$ 118,308 bi em exportações e US$ 73,599 bi em exportações. No mês de dezembro, com 20 dias úteis, a balança comercial acumulou saldo de US$ 5,012 bi, resultado de US$ 12,235 bi em exportações US$ 7,223 bi de importações. (Valor Econômico - 02.01.2006) 2 Total de empréstimos já representa 33,7% do PIB A taxa média de juros cobrada pelos bancos caiu de 41,2% para 40,7% ao ano. Por segmento, as operações para pessoas físicas tiveram leve recuo de 53,1% para 53%. Nas empresas, de 27,4% para 26,6%. O total de empréstimos do sistema financeiro cresceu para R$ 715,764 bi, representando aumento de 2,6% no mês e 17,9% no ano e representa 33,7% do PIB, maior percentual desde junho de 2001, quando o BC estabeleceu o método atual de cálculo. O spread bancário baixou de 27,8 pontos para 27,6 pontos percentuais, caindo de 13,8 para 13,4 pontos percentuais para pessoas jurídicas e aumentando de 39,9 para 40,1 p.p.(Gazeta Mercantil - 26.12.2006) 3 Custo da dívida deve cair para 4% do PIB 4 UFRJ prevê 3,8% e faz contraponto em tom otimista Com um tom mais
otimista, o Grupo de Conjuntura do Instituto de Economia da UFRJ considera
que é possível atingir uma taxa de crescimento de 3,8% do PIB em 2007.
Para isso, as condições são um cenário externo ainda favorável, uma taxa
de câmbio estável, certa folga da capacidade produtiva da economia por
causa do aumento do investimento em curso, uma inflação novamente abaixo
do centro da meta e a continuidade da redução da taxa Selic, que deve
chegar a 11,25% em dezembro, segundo projeção do grupo. Em documento,
no entanto, o grupo destaca que a restrição mais forte ao crescimento
em 2007 continuará sendo a apreciação cambial e a conseqüente contribuição
negativa das exportações líquidas para o PIB. A avaliação é de que, diante
do atual nível de utilização da capacidade instalada (inferior ao de 2004),
o aumento do investimento em curso e a perspectiva de uma expansão não
muito elevada em 2007, não se espera que o aumento do PIB seja contido
por restrição de oferta. "A expectativa é de que o desempenho do PIB continue
fraco. O resultado em 2007 deve ser melhor que o de 2006, mas ficará muito
aquém dos 5% prometidos pelo governo. Acredito que a alta deve ficar em
torno dos 3,5%, que é o limite de crescimento sem pressionar a demanda",
explica o professor do Ibmec Antonio Carlos Assumpção. Para ele, há capacidade
ociosa na economia permitindo a ampliação da produção industrial e a esperada
queda dos juros deve estimular a demanda doméstica. O componente do PIB
de maior destaque deve ser o consumo. (Jornal do Commercio - 02.01.2007)
5 Reservas atingiram nível recorde em 2006 As reservas
internacionais do Brasil em 2006 saltaram mais de US$ 31 bi, para o nível
recorde de US$ 85 bi graças, em parte, às compras diárias de dólar feitas
pelo BC. Desde agosto, quando o Tesouro abriu mão de divulgar uma meta
de captações no mercado externo para o próximo biênio, as compras do BC
passam a ser o principal instrumento de recomposição das reservas. Na
ocasião, o então secretário do Tesouro, Carlos Kawall, afirmou que emissões
externas só seriam realizadas em "caráter qualitativo" e que a necessidade
de financiamento do País seria atendida "preferencialmente via aquisições
no mercado doméstico". (Gazeta Mercantil - 02.01.2007) 6 IGP-M fecha 2006 com alta de 3,83% O IGP-M desacelerou para 0,32% em dezembro e fechou o ano com alta de 3,83%, na terceira menor taxa da série histórica, iniciada em 1989. Em novembro, o índice aumentara 0,75%. Na avaliação de Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas da FGV, o resultado refletiu a maior estabilidade cambial. O índice é bastante sensível às oscilações cambiais pois 60% de seu peso corresponde aos preços de produtos agrícolas e industriais no atacado com cotação no mercado internacional. Em 2006, IPA subiu 4,4% enquanto o IPC aumentou alta de 1,9%. Já o INCC fechou o ano com uma taxa maior, de 5,04%, influenciado pelos reajustes salariais do setor. (Valor Econômico - 29.12.2007) 7 IPC-S sobe para 0,63% O dólar comercial
abriu as operações em alta, cotado a R$ 2,1390. Às 9h48, porém, a moeda
era transacionada a R$ 2,1360 na compra e a R$ 2,1380 na venda, estável.
No mercado futuro, os contratos de fevereiro deste ano negociados na BM
& F subiam 0,02%, projetando a moeda a R$ 2,149. (Valor Online - 02.01.2007)
Internacional 1 BID nega empréstimo para duto no Peru O BID confirmou
ontem a pior previsão do governo peruano, ao não incluir em seus planos
para 2007 um empréstimo de US$ 400 milhões ao consórcio Peru LNG para
a segunda fase do gasoduto de Camisea, em Cuzco. O gás da reserva natural
de Camisea é explorado pela Peru LNG, um consórcio formado pelas argentinas
Pluspetrol e Techint, a sul-coreana SK Corporation, a americana Hunt Oil
e a argelina Sonatrach. O BID "aprovará o empréstimo" apenas depois de
avaliar a proposta de investimento do setor privado e receber os resultados
de duas auditorias sobre danos ambientais e sociais. O empréstimo do BID,
que seria o maior a uma entidade privada, neste caso a Peru LNG, serviria
também como garantia para a empresa obter mais US$ 400 milhões com bancos.
ONGs e comunidades locais se queixam de uma queda da pesca na região e
reclamam o investimento prometido em serviços de saúde e educação. (Gazeta
Mercantil - 20.12.2006) 2 Statoil e Norsk Hydro unirão operações para criar gigante do setor de energia As norueguesas
Statoil e Norsk Hydro resolveram unir suas operações de petróleo e gás.
A nova companhia terá uma produção combinada de 1,9 milhão de barris diários
em 2007 e reservas comprovadas de petróleo e gás de 6,3 bilhões de barris
de óleo-equivalente. Terão também mais de 30 mil funcionários. O pacto
está avaliado em US$ 28 bilhões. A empresa conjunta será a maior produtora
de petróleo e gás offshore do mundo. As companhias destacaram suas competências
complementares e seus portfólios de ativos como um dos principais fatores
por trás do acerto. A fusão proposta será avaliada na assembléia geral
das empresas da Noruega e pelas autoridades regulatórias. A previsão é
de que o negócio seja concluído no terceiro trimestre de 2007. Até lá,
a Hydro e a Statoil serão administradas como entidades separadas. (Valor
Econômico - 18.12.2006) 3 Belarus aceita dobrar o preço pago à Rússia pelo gás natural A empresa russa Gazprom se declarou ontem "muito satisfeita" com o acordo sobre o aumento do preço do gás fornecido a Belarus, alcançado no último minuto com Minsk, segundo afirmou seu porta-voz à emissora Ecos de Moscou. Segundo o acordo, Belarus pagará US$ 100 (cerca de 75 euros) por cada 1. 000 m3 de gás en 2007, pouco menos que os US$105 que pedia a Rússia, ainda que muito acima dos US$46 previstos pelo contrato anterior. Além disso, Minsk venderá ao gigante russo 50% de sua estratégica empresa de gestão de gasodutos Beltransgaz. A disputa faz lembrar um caso semelhante com a ex-república soviética da Ucrânia há exatamente um ano, que por um curto período interrompeu o abastecimento russo para a Europa e abalou a confiança na Rússia como fornecedora de energia. (Jornal do Commercio - 01.01.2007)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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