l IFE: nº 1.951 - 18
de dezembro de 2006 Índice Opinião Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE Opinião Com este IFE
entramos num pequeno recesso até dia 2 de janeiro de 2007. Para nossa
equipe foi uma grata satisfação e grande responsabilidade manter você
informado de todos os principais fatos, atos, dados e conhecimentos que
ocorreram em 2006 no setor elétrico e no seu entorno econômico. Nossa
avaliação é que muitos desafios foram vencidos no processo de reestruturação
do setor elétrico brasileiro, destacando-se: (a) a consolidação dos leilões
como instrumentos de ampliação da oferta; (b) formação de um novo padrão
de financiamento com a oferta de recursos via debêntures, fundo de recebíveis,
ações e o BNDES; (c) melhora expressiva da rentabilidade das empresas
do setor elétrico, indicando equilíbrio econômico-financeiro e processo
de reestruturação do endividamento; (d) consolidação de inúmeras holdings
e início, ainda que tímido, do processo de concentração econômica no setor.
Em suma, podemos afirmar que o marco regulatório do setor está consolidado
e gerando confiança para os investimentos. A única ressalva que merecem
destaque é a questão ambiental que continuou influenciada por uma visão
"verde" e envolta em uma indefinição jurídica que resultou naquilo que
é mais perigoso para a sociedade brasileira que é a possibilidade de enfrentar
mais uma crise de oferta. Este será o grande desafio do setor elétrico:
destravar os investimentos nas novas usinas hidroelétricas, nuclear e
em fontes alternativa. (GESEL-IE-UFRJ - 18.12.2006)
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Para Sauer, problema no gás é a lacuna regulatória O diretor da
área de Gás e Energia da Petrobras falou, em entrevista publicada nesta
segunda-feira, 18 de dezembro, no Valor Econômico, sobre as pressões que
a estatal está recebendo para aumentar a oferta de gás para térmicas e
para gerar energia nas usinas sem contrato. Entre os problemas, Sauer
destacou a manutenção ou retirada das sete termelétricas da Petrobras
do cálculo de energia disponível no Brasil, o que contabilmente elevaria
o risco de déficit (ou racionamento) no país. "Não dá para pensar que
um sistema elétrico tão punjante como o brasileiro possa ter sua estabilidade
garantida por ação gratuita e generosa de um agente. Se a estabilidade
depende de 3 mil MW da Petrobras sem contrato, estão em perigo as bases
desse modelo", advertiu. Ainda segundo o executivo, a empresa precisa
ser firme diante das pressões que vem sofrendo. Para ler a entrevista
na íntegra, clique aqui.
(GESEL-IE-UFRJ - 18.12.2006) 2 Dilma prevê R$ 235 bi para energia A ministra-chefe
da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que, entre 2007 e 2015, o Brasil
poderá investir até R$ 234,8 bilhões em energia - suficiente, por exemplo,
para construir 58 usinas nucleares como Angra 3. A ministra disse que
o valor a ser investido em energia é "global", ou seja, o dinheiro pode
sair do Orçamento da União, de estatais e da iniciativa privada. Na estimativa
de R$ 234,8 bilhões, entre 2007 e 2015, R$ 74,7 bilhões seriam para projetos
de aumento da capacidade de geração de energia, como a construção de hidrelétricas.
Outros R$ 93,4 bilhões seriam aplicados em gás e petróleo, e R$ 45,6 bilhões,
em combustíveis renováveis (como biodiesel e etanol). Segundo ela, "mais
da metade" desses recursos poderá sair da Petrobras. Segundo a ministra-chefe
da Casa Civil, Dilma Rousseff, no médio prazo, o projeto mais estratégico
do governo são as hidrelétricas do rio Madeira, fundamentais para garantir
o abastecimento de energia a partir de 2011. Outro projeto importante
é a hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), com 5.500 MW entrando
em operação em 2013. Apesar de não ter anunciado ainda oficialmente sua
opção, o governo já conta com a energia da usina nuclear de Angra 3, gerando
1.309 MW a partir de dezembro de 2012. (Folha Online - 18.12.2006) 3 Hidrelétricas do Madeira: Ministério Público apresenta propostas O Ministério
Público de Rondônia manteve reuniões separadas com a Diretoria de Licenciamento
Ambiental do Ibama e a Casa Civil da Presidência da República, em Brasília,
no dia 12 de dezembro, para formalização das propostas decorrentes da
análise do Estudo de Impacto Ambiental do Complexo Hidrelétrico do Rio
Madeira. A contribuição do Ministério Público foi elogiada pelo poder
público federal, por ter sido construída com largo conhecimento sobre
o assunto e disposta de forma à compreensão integrada do empreendimento.
Mereceu especial atenção o relatório de 215 páginas composto de análise
crítica dos impactos provocados pela implantação e operação do empreendimento,
do plano integrado de compensação de impactos com estratégia para mitigação
dos impactos e da agenda de viabilização sócio-econômica, ambiental e
institucional. Ao todos são quase 900 páginas de contribuição à discussão
qualitativa do projeto. (Ascom/MPRO - 18.12.2006) 4 Justiça autoriza continuação do licenciamento
de Belo Monte
Empresas 1 AES adquire PCHs da Guascor no Rio O grupo americano
de energia AES, que detém 50,01% do capital da holding Cia. Brasiliana
de Energia, está de volta aos investimentos no Brasil. Depois de passar
por uma forte crise, contraída logo após a privatização dos ativos da
antiga geradora CESP Tietê e da distribuidora Eletropaulo em 1999, a empresa
deverá fechar em breve a compra de três PCHs, localizadas no Estado do
Rio de Janeiro, e que hoje estão nas mãos do grupo espanhol Guascor, gerador
de energia para lugares isolados do Brasil por meio de 71 termelétricas.
A operação, que ainda aguarda sinal verde dos órgãos regulatórios do governo
federal, movimentará US$ 60 milhões, o que inclui o montante pago ao grupo
espanhol e também os aportes necessários à construção das PCHs. Juntas,
essas três pequenas hidrelétricas serão capazes de gerar 51,6 MW e estima-se
que sua construção leve dois anos a partir do início das obras. A AES
ainda tem como sócio na Cia. Brasiliana de Energia o BNDES com 49,99%.
(Valor Econômico - 18.12.2006) A "tender offer" da Cesp será financiada com US$ 300 milhões em credit linked notes, segundo o IFR Markets. Numa transação inovadora a Cesp venderá Cédulas de Crédito bancário (CCB) ao Standard Bank, que, por sua vez, emitirá credit linked notes no exterior. A novidade será a indexação - CPI (taxa de inflação nos EUA) mais 10,75%. (Valor Econômico - 18.12.2006) 3 VBC Energia finaliza reorganização societária A VBC Energia
comunicou ao mercado em Fato Relevante que seus acionistas controladores,
Votorantim Energia, Bradespar por intermédio de sua controlada Antares
e Camargo Correa Energia, finalizaram a reorganização societária de suas
participações envolvendo as ações da CPFL Energia S.A. ("CPFL") que detinham
por intermédio de VBC-E. Com a conclusão da reorganização, Votorantim
e Camargo Correa, passam a controlar diretamente a VBC-E, em partes iguais.
Desse modo, não houve qualquer alteração no bloco de controle da CPFL,
do qual a VBC-E continua a participar, na qualidade de acionista controladora.
Com a reorganização, a VBC-E passou a ser titular de 139.002.671 ações
ordinárias, correspondentes a 28,97% do capital da CPFL. Desse total,
122.945.367 ações ordinárias originalmente integrantes do bloco de controle
permanecem como tal e estão sujeitas aos termos e condições do Acordo
de Acionistas da CPFL. A Antares, empresa controlada pela Bradespar passou
a ser titular somente de ações de CPFL não vinculadas a qualquer acordo
de acionistas. (GESEL-IE-UFRJ - 18.12.2006) 4 Aumento do capital social da Guaraniana Participações
5 Cemat investe mais de R$ 2 mi em programa de P&D A Aneel aprovou
o programa de pesquisa e desenvolvimento para o ciclo 2004/2005 da Cemat
(MT). Segundo despacho nº 1.240, publicado na edição desta sexta-feira,
15 de dezembro, do Diário Oficial da União, a empresa investirá R$ 2.941.840,31.
O montante corresponde a 0,19% da receita operacional líquida, no valor
de R$ 1.524.286.777,39. Ainda de acordo com o despacho, deve ser acrescido
aos investimentos mínimos do programa, para o ciclo 2005/2006, o percentual
de 0,007%, correspondente à diferença não investida no ciclo anterior.
As metas físicas do ciclo 2004/2005 devem ser concluídas até dia 31 de
julho de 2007. (Agência Canal Energia - 15.12.2006) No pregão do
dia 15-12-2006, o IBOVESPA fechou a 43.595,70 pontos, representando uma
baixa de 0,36% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3,32
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de
0,24% fechando a 13.708,18 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 50,09 ON e R$ 47,21 PNB, baixa de
0,63% e alta de 0,43%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão
anterior. Na abertura do pregão do dia 18-12-2006 as ações da Eletrobrás
foram cotadas a R$ 50,49 as ações ON, alta de 0,80% em relação ao dia
anterior e R$ 47,45 as ações PNB, alta de 0,51% em relação ao dia anterior.
(Investshop - 18.12.2006)
Leilões 1 Leilão de LTs registra deságio médio de 49,37% Conforme previsto
no editorial do IFE, do dia 15/12, o leilão dos seis lotes de concessão
de Linhas de Transmissão, organizado pela Aneel, registrou alto deságio
em relação a Receita Anual Permitida estabelecida em edital. Os lances
vencedores representaram um deságio médio de 49,37%. As empresas espanholas
tiveram forte participação no pleito, conforme demonstrado pelos resultados.
A espanhola Abengoa S/A arrematou três lotes de linhas de transmissão
com deságios de 42,35% (lote B), 42,18% (lote C) e 24,11% (lote E). Outra
empresa espanhola, a Isolux Ingeniería S/A foi a responsável pelo maior
deságio do leilão (59,45%), ao vencer o lote A, o de maior RAP teto disponível
no pleito. A estatal brasileira Chesf finalizou o leilão com dois lotes
arrematados, e também foi responsável pelo alto deságio registrado na
licitação ao vencer com deságios de 58,75% e 55%, respectivamente, os
lotes D e F. Os empreendimentos deverão entrar em operação entre 18 e
22 meses. Os investimentos totais para a construção das LTs estão estimados
em R$ 680 milhões. (GESEL-IE-UFRJ - 18.12.2006) 2 Leilão de LTs: Kelman ressalta importância do leilão O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, ressaltou a importância da disputa no leilão de linhas de transmissão: "Tivemos um deságio de quase 50% e isso mostra que a competição serve ao interesse do consumidor. E quando há competição, o preço cai, no componente de transmissão, e isso é bom para o consumidor". Kelman afirmou que "as vencedoras têm demonstrado capacidade técnica e, em alguns casos, as empresas antecipam a entrada das linhas". (Aneel - 15.12.2006) 3 Leilão de LTs: 10 trechos de LTs foram leiloados As concessões
de linhas de transmissão leiloadas nesta sexta-feira (15.12) destinam-se
à construção, operação e manutenção de aproximadamente 1.014 km de dez
novas linhas e três subestações da Rede Básica em nove estados: Bahia,
Ceará, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do
Sul, Santa Catarina e São Paulo. (Aneel - 15.12.2006) 4 Leilão de LTs: Chesf arremata dois lotes A Chesf arrematou
o lote referente à linha Ibicoara (BA) - Brumado II (BA), com extensão
total de 105 km, na qual foi oferecida uma receita anual de R$ 4.880.000,00,
que representou um deságio de 58,75% em relação a receita anual estabelecida
em edital. A estatal também arrematou a para a linha Picos (PI) - Tauá
(CE) e Paraíso (RN) - Açu II (RN) - com extensão de 325 km, a maior linha
ofertada no pleito - pela qual foi dado um lance de R$ 6.654.996,00, o
que representou deságio de 55% em comparação com a receita teto estabelecida.
(Aneel -15.12.2006) 5 Leilão de LTs: estabilidade do segmento de transmissão é atrativo para investimentos Os vencedores
dos lotes arrematados no leilão de linhas de transmissão, realizado sexta-feira
(15/12) consideram a estabilidade do setor como um dos principais atrativos
para a realização de investimentos. Segundo os executivos de Abengoa,
Chesf e Isolux, os deságios expressivos são fruto da competitividade e
da transparência do setor. (Agência Canal Energia - 15.12.2006) 6 Leilão de LTs: Chesf procurou realizar lances com mais ousadia O diretor de
Engenharia e Construções da Chesf, José Ailton de Lima, disse que a estatal
fez as contas para arrematar as linhas com mais ousadia. O executivo explicou
que os projetos da Chesf já estão consolidados e que permitem ganhos de
escala. (Agência Canal Energia - 15.12.2006) 7 Leilão de LTs: Abrate considera resultado do leilão surpreendente Segundo o presidente
da Associação Brasileira de Grandes Empresas de Transmissão de Energia
Elétrica, José Cláudio Cardoso, o leilão foi surpreendente em função dos
resultados apresentados, mas demonstra a capacidade dos empreendedores
de alavancar financiamentos com custos mais atraentes. (Agência Canal
Energia - 15.12.2006) 8 Leilão de LTs: Abengoa pretende obter financiamento do BNDES O diretor da
Abengoa, Rogério dos Santos, destacou que ainda é cedo para se falar em
estratégia para os próximos anos, no que se refere a metas para formação
de portfólio, pois depende das linhas que serão ofertadas. Ele salientou
que a empresa pretende participar dos dois leilões previstos para 2007.
Para financiar a construção dos três lotes, a empresa pretende obter financiamento
no BNDES, mas não descarta recorrer a outras fontes de crédito. (Agência
Canal Energia - 15.12.2006) 9 Leilões de LTs: dois leilões devem ser realizados em 2007 A Aneel prevê
a realização de dois leilões de transmissão em 2007. Segundo a diretora
da Aneel, Joísa Campanha Dutra, um dos leiloes tem previsão de ser realizado
em maio. O segundo pode acontecer no segundo semestre. De acordo com a
diretora, os ativos a serem ofertados dependem de análise a ser feita
junto com a EPE. (Agência Canal Energia - 15.12.2006) 10 Aneel prevê realização de dois leilões de transmissão em 2007 A Aneel estima
que serão realizados dois leilões de transmissão em 2007. Um dos certames
tem previsão para ocorrer em maio, afirmou a diretora da Aneel, Joísa
Campanha Dutra, nesta sexta-feira, 15 de dezembro. Já o segundo pode acontecer
no segundo semestre. Ainda de acordo com a diretora, que participou do
segundo leilão de linha de transmissão no Rio de Janeiro, os ativos a
serem ofertados dependem de análise a ser feita junto com a Empresa de
Pesquisa Energética. Com a realização do leilão de hoje, a Aneel encerra
o ano com oferta de 13 lotes, que totalizaram cerca de 3 mil quilômetros.
(Agência Canal Energia - 15.12.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONG Ilumina: Brasil tem energia elétrica garantida Não será
por falta de energia elétrica que o Brasil não vai crescer. É o que afirma
João Paulo Maranhão, diretor no Nordeste do Instituto de Desenvolvimento
Estratégico do Setor Energético (ONG Ilumina). Para ele, o Brasil terá
energia para suportar um crescimento de até 10% na economia. "Para 2007,
a não ser que haja uma catástrofe, não há risco de que o crescimento seja
freado ou sofra obstáculos pela pouca oferta de energia. Agora, para o
futuro vai depender de investimentos, das posições de Evo Morales (presidente
da Bolívia) e de alguma estiagem prolongada", diz. Segundo Maranhão, existe
segurança no fornecimento de energia porque mais de 92% da energia consumida
no Brasil vêm de usinas hidrelétricas e os reservatórios de água estão
em uma boa situação. "A não ser que aconteça o espetáculo do crescimento
que o (presidente) Lula tanto quer", diz. Segundo cálculos da ONG Ilumina,
em 2005 o Brasil produziu, incluindo a energia comprada da parte paraguaia
de Itaipu, 400.564.100 MWh e não houve restrição no consumo. Do total
produzido, 92% foram de hidrelétricas, 5,9% foram de térmicas com gás
e 2,1% da usina nuclear de Angra. "Não há dados fechados sobre a produção
de 2006, mas se você imaginar que houve um aumento de 6% na produção de
energia, que é a estimativa do setor, esses 400 milhões de MWh subiram
para 424 milhões de MWh. Como o período chuvoso está iniciando com muita
intensidade, inclusive com inundações no Sudeste, haverá crescimento na
produção. Mesmo que a gente chute um aumento de 10% na produção, estimativa
modesta, passaríamos para uma produção de 470 milhões de MWh. Como o Brasil
não deve crescer nem 5% ou 6%, creio que haverá sobra de energia", afirma.
(O Povo - 18.12.2006) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 16/12/2006 a 22/12/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras: aumento na produção de petróleo e gás A produção média de petróleo e gás da Petrobras no Brasil e no exterior em novembro alcançou 2.321.513 barris de petróleo equivalente (BOE) por dia, refletindo um aumento de 2,4% sobre a produção do mesmo mês do ano passado, e mantendo-se estável em relação à de outubro de 2006. Considerando os campos nacionais, a produção de petróleo e gás natural em barris equivalentes foi de 2.089.028 barris/dia, 3,6% acima da registrada em novembro de 2005 e nos mesmos níveis registrados no mês passado. A produção exclusiva de petróleo da Petrobras no País em novembro, de 1.813.952 barris diários, manteve-se nos mesmos patamares do mês anterior. Quanto comparada com a produção do mesmo mês de 2005, verifica-se que houve um aumento de 4,6%. A produção de gás natural dos campos nacionais foi de 43 milhões 734 mil metros cúbicos diários, refletindo estabilidade em relação ao mês anterior e ao mesmo mês do ano passado. (Petrobras - 15.12.2006) 2 Ibama concede LP do trecho do Gasene O Instituto
Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis concedeu na
última quinta-feira, 14 de dezembro, licença prévia para o trecho Cacimbas-Catu,
integrante do Gasoduto Nordeste-Sudeste. O empreendimento licenciado tem
940 quilômetros de extensão entre o Espírito Santo e Bahia, ligando a
estação de compressão de Cacimbas à futura estação de compressão de Catu.
Segundo Ibama, a Transportadora Gasene, subsidiária da Petrobras, terá
que cumprir determinadas condicionantes como a apresentação de termo de
compromisso com os municípios a serem afetados pela obra. A empresa terá
que fornecer recursos técnicos e financeiros para as prefeituras fazerem
planos diretores. Além disso, a transportadora terá que estudar uma forma
de distanciar o traçado do duto de áreas urbanas e rurais e garantir a
circulação de animais de um lado para o outro da vala aberta para instalação
do duto. A remoção de moradores nas cidades de Santo Amaro e Cachoeira,
ambas na Bahia, terá que ser revista, de acordo com o Ibama. (Agência
Canal Energia - 15.12.2006) 3 Cosan planeja investir US$ 340 mi Para 2007, a
Cosan planeja investir US$ 340 milhões. Boa parte desses recursos será
aplicada em co-geração de energia, segmento em que a companhia tem feito
suas apostas. Das 17 usinas do grupo, todas auto-suficientes em energia,
apenas uma unidade negocia excedente no mercado livre. Outras três usinas
do grupo foram qualificadas para comercialização de energia no país. Mizutani
lembra, contudo, que os atuais preços da energia no mercado ainda não
são remuneradores. Ainda dentro do plano de expansão em co-geração, o
grupo investe na ampliação da capacidade de moagem da usina Gasa, de Andradina
(SP), para que empresa passe a co-gerar energia. (Valor Econômico - 18.12.2006)
4 Dilma traça metas estimadas para biodiesel e etanol A ministra Dilma
Roussef apresentou metas estimadas para biodiesel e etanol. Sobre o biodiesel,
disse que, até 2010, o Brasil poderá produzir 3,34 bilhões de litros ao
ano. Hoje a produção anual está na casa dos 840 milhões de litros. Em
relação ao etanol, afirmou que, em 2010, a produção anual poderá chegar
a 23,3 bilhões de litros, contra os 16 bilhões de litros atuais. (Folha
Online - 18.12.2006)
Grandes Consumidores 1 Produção de alumínio acumula alta de 7,4% O aumento da
demanda mundial por metais continua estimulando a produção brasileira
de alumínio. Este ano, a indústria nacional produziu 1,466 milhão de toneladas
de janeiro a novembro, o que representa um aumento de 7,4% em relação
ao mesmo período de 2005, quando foram produzidas 1,365 milhão de toneladas.
Segundo dados divulgados pela Abal, associação do setor, em novembro a
produção teve um incremento de 5,1% em relação ao mesmo mês de 2005, passando
de 126,4 mil toneladas para 132,8 mil toneladas. O maior volume foi fabricado
pela Albras, empresa controlada pela Vale do Rio Doce localizada em Barcarena,
no Pará. Com 420,7 mil toneladas até novembro, a fabricante elevou sua
produção em 2,4% no período. No entanto, as empresas que mais aumentaram
a entrega do metal foram a CBA e a Alcoa. A primeira, do grupo Votorantim,
produziu 370,4 mil toneladas, uma alta de 10,2% em comparação com o mesmo
período do ano passado. No ano, deverá alcançar 405 mil toneladas. A Alcoa,
sediada nos Estados Unidos, produziu 19% a mais no acumulado do ano comparado
a 2005, atingido 325 mil toneladas. (Valor Econômico - 18.12.2006)
Economia Brasileira 1 Excesso de controle e até ideologia atrasam projetos de PPPs federais Não foi desta vez que o governo federal conseguiu tirar as Parcerias Público-Privadas (PPPs) do papel para amenizar as carências da infra-estrutura para o crescimento econômico acima de 5% ao ano. A estréia da primeira PPP - da BR-116, no trecho Bahia-Minas - deve ficar mesmo para o próximo ano. Além disso, as perspectivas não são nada animadoras em relação a novos projetos. Da carteira de 23 empreendimentos lançada em dezembro de 2003, apenas 4 são considerados prioritários e só 1 tem estudo de viabilidade e a modelagem concluídos. Nesse ritmo, dizem especialistas, o País terá uma PPP por ano, bem distante das ambições do governo na época do seu lançamento. Isso porque os estudos são demorados e complexos. Vários projetos foram retirados da primeira carteira para serem entregues à iniciativa privada por meio de concessão. Mas não foi feita nem uma coisa nem outra. As PPPs não saíram do papel nem as concessões foram realizadas. (O Estado de São Paulo - 18.12.2006) 2 Abdib: preciso ter convicção de que a PPP vai resolver problemas Na avaliação do presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, é preciso ter convicção de que a PPP vai resolver alguns problemas e trabalhar em cima disso. "Não vejo tanta complexidade numa PPP. Não foge muito do processo de concessão", diz ele. O executivo reclama também da demora dos estudos. "Seria ideal que liberassem uns 10 ou 12 estudos. Mas, do jeito que está, eles (governo) demoram um ano para soltar um projeto". Para tentar dar agilidade ao processo, o governo publicou no início do mês um decreto em que a União poderá solicitar a apresentação de PPPs sem contratar a empresa. Caso o estudo seja satisfatório, a companhia será remunerada por quem vencer a licitação. Mas o governo não é obrigado a fazer a licitação após solicitar o projeto nem a remunerar a empresa caso o estudo não seja aceito. (O Estado de São Paulo - 18.12.2006) 3 Fundo de investimento destinará R$ 700 mi à infra-estrutura O dólar comercial
abriu as operações em queda perante o fechamento de sexta-feira, cotado
a R$ 2,1450. Em quase meia hora de atividades, a moeda era transacionada
a R$ 2,1440 na compra e a R$ 2,1460 na venda, com baixa de 0,04%. Na sexta-feira,
o dólar comercial saiu a R$ 2,1450 na compra e a R$ 2,1470 na venda, com
recuo de 0,04%. (Valor Online - 18.12.2006)
Internacional 1 Duke Energy defende regulamentação para definir custo à emissão de CO2 O maior ícone
do aquecimento global é a usina energética baseada em carvão , que expele
no ar milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), principal gás
do efeito estufa. Portanto, causou surpresa ver James Rogers, diretor-presidente
da Duke Energy, empresa americana de queima de carvão, surgir como um
defensor de uma regulamentação que, pela primeira vez, definirá um custo
à emissão de CO2. Ele tem seus motivos: "A mudança do clima é verdadeira
e estamos a caminho de encarar controles obrigatórios sobre a emissão
de dióxido de carbono. Precisamos começar agora porque, quanto mais esperarmos,
mais difícil e mais dispendioso será". O posicionamento de Rogers está
longe de ser consensual dentro do setor, mas tem o apoio de quem produz
eletricidade a partir de reatores nucleares - isentos de carbono. (The
New York Times - 17.12.2006)
Biblioteca Virtual do SEE 1 SCHÜFFNER, Cláudia. Para Sauer, real problema no gás é a lacuna regulatória. São Paulo: Valor Econômico, 18 de dezembro de 2006. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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