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IFE: nº 1.951 - 18 de dezembro de 2006
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Opinião
1
O Ano de 2006

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Para Sauer, problema no gás é a lacuna regulatória
2 Dilma prevê R$ 235 bi para energia
3 Hidrelétricas do Madeira: Ministério Público apresenta propostas
4 Justiça autoriza continuação do licenciamento de Belo Monte

Empresas
1 AES adquire PCHs da Guascor no Rio
2 Cesp inova na captação
3 VBC Energia finaliza reorganização societária
4 Aumento do capital social da Guaraniana Participações
5 Cemat investe mais de R$ 2 mi em programa de P&D
6 Cotações da Eletrobrás

Leilões
1 Leilão de LTs registra deságio médio de 49,37%
2 Leilão de LTs: Kelman ressalta importância do leilão
3 Leilão de LTs: 10 trechos de LTs foram leiloados

4 Leilão de LTs: Chesf arremata dois lotes

5 Leilão de LTs: estabilidade do segmento de transmissão é atrativo para investimentos

6
Leilão de LTs: Chesf procurou realizar lances com mais ousadia
7
Leilão de LTs: Abrate considera resultado do leilão surpreendente
8
Leilão de LTs: Abengoa pretende obter financiamento do BNDES
9
Leilões de LTs: dois leilões devem ser realizados em 2007
10 Aneel prevê realização de dois leilões de transmissão em 2007

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONG Ilumina: Brasil tem energia elétrica garantida
2 Preço Spot - CCEE

Gás e Termelétricas
1 Petrobras: aumento na produção de petróleo e gás
2 Ibama concede LP do trecho do Gasene
3 Cosan planeja investir US$ 340 mi
4 Dilma traça metas estimadas para biodiesel e etanol

Grandes Consumidores
1 Produção de alumínio acumula alta de 7,4%

Economia Brasileira
1 Excesso de controle e até ideologia atrasam projetos de PPPs federais
2 Abdib: preciso ter convicção de que a PPP vai resolver problemas

3 Fundo de investimento destinará R$ 700 mi à infra-estrutura
4 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Duke Energy defende regulamentação para definir custo à emissão de CO2

Biblioteca Virtual do SEE
1 SCHÜFFNER, Cláudia. Para Sauer, real problema no gás é a lacuna regulatória. São Paulo: Valor Econômico, 18 de dezembro de 2006.

Opinião

1 O Ano de 2006

Com este IFE entramos num pequeno recesso até dia 2 de janeiro de 2007. Para nossa equipe foi uma grata satisfação e grande responsabilidade manter você informado de todos os principais fatos, atos, dados e conhecimentos que ocorreram em 2006 no setor elétrico e no seu entorno econômico. Nossa avaliação é que muitos desafios foram vencidos no processo de reestruturação do setor elétrico brasileiro, destacando-se: (a) a consolidação dos leilões como instrumentos de ampliação da oferta; (b) formação de um novo padrão de financiamento com a oferta de recursos via debêntures, fundo de recebíveis, ações e o BNDES; (c) melhora expressiva da rentabilidade das empresas do setor elétrico, indicando equilíbrio econômico-financeiro e processo de reestruturação do endividamento; (d) consolidação de inúmeras holdings e início, ainda que tímido, do processo de concentração econômica no setor. Em suma, podemos afirmar que o marco regulatório do setor está consolidado e gerando confiança para os investimentos. A única ressalva que merecem destaque é a questão ambiental que continuou influenciada por uma visão "verde" e envolta em uma indefinição jurídica que resultou naquilo que é mais perigoso para a sociedade brasileira que é a possibilidade de enfrentar mais uma crise de oferta. Este será o grande desafio do setor elétrico: destravar os investimentos nas novas usinas hidroelétricas, nuclear e em fontes alternativa. (GESEL-IE-UFRJ - 18.12.2006)

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Regulação e Reestruturação do Setor

1 Para Sauer, problema no gás é a lacuna regulatória

O diretor da área de Gás e Energia da Petrobras falou, em entrevista publicada nesta segunda-feira, 18 de dezembro, no Valor Econômico, sobre as pressões que a estatal está recebendo para aumentar a oferta de gás para térmicas e para gerar energia nas usinas sem contrato. Entre os problemas, Sauer destacou a manutenção ou retirada das sete termelétricas da Petrobras do cálculo de energia disponível no Brasil, o que contabilmente elevaria o risco de déficit (ou racionamento) no país. "Não dá para pensar que um sistema elétrico tão punjante como o brasileiro possa ter sua estabilidade garantida por ação gratuita e generosa de um agente. Se a estabilidade depende de 3 mil MW da Petrobras sem contrato, estão em perigo as bases desse modelo", advertiu. Ainda segundo o executivo, a empresa precisa ser firme diante das pressões que vem sofrendo. Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 18.12.2006)

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2 Dilma prevê R$ 235 bi para energia

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que, entre 2007 e 2015, o Brasil poderá investir até R$ 234,8 bilhões em energia - suficiente, por exemplo, para construir 58 usinas nucleares como Angra 3. A ministra disse que o valor a ser investido em energia é "global", ou seja, o dinheiro pode sair do Orçamento da União, de estatais e da iniciativa privada. Na estimativa de R$ 234,8 bilhões, entre 2007 e 2015, R$ 74,7 bilhões seriam para projetos de aumento da capacidade de geração de energia, como a construção de hidrelétricas. Outros R$ 93,4 bilhões seriam aplicados em gás e petróleo, e R$ 45,6 bilhões, em combustíveis renováveis (como biodiesel e etanol). Segundo ela, "mais da metade" desses recursos poderá sair da Petrobras. Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no médio prazo, o projeto mais estratégico do governo são as hidrelétricas do rio Madeira, fundamentais para garantir o abastecimento de energia a partir de 2011. Outro projeto importante é a hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), com 5.500 MW entrando em operação em 2013. Apesar de não ter anunciado ainda oficialmente sua opção, o governo já conta com a energia da usina nuclear de Angra 3, gerando 1.309 MW a partir de dezembro de 2012. (Folha Online - 18.12.2006)

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3 Hidrelétricas do Madeira: Ministério Público apresenta propostas

O Ministério Público de Rondônia manteve reuniões separadas com a Diretoria de Licenciamento Ambiental do Ibama e a Casa Civil da Presidência da República, em Brasília, no dia 12 de dezembro, para formalização das propostas decorrentes da análise do Estudo de Impacto Ambiental do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira. A contribuição do Ministério Público foi elogiada pelo poder público federal, por ter sido construída com largo conhecimento sobre o assunto e disposta de forma à compreensão integrada do empreendimento. Mereceu especial atenção o relatório de 215 páginas composto de análise crítica dos impactos provocados pela implantação e operação do empreendimento, do plano integrado de compensação de impactos com estratégia para mitigação dos impactos e da agenda de viabilização sócio-econômica, ambiental e institucional. Ao todos são quase 900 páginas de contribuição à discussão qualitativa do projeto. (Ascom/MPRO - 18.12.2006)

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4 Justiça autoriza continuação do licenciamento de Belo Monte

O processo de licenciamento ambiental de Belo Monte poderá ser reiniciado com algumas condicionantes legais, segundo decisão da quinta turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, proferida na última quarta-feira, 14 de dezembro. Os desembargadores permitiram ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis iniciar os procedimentos de audiência pública com as comunidades afetadas pelo empreendimento. A obra depende de autorização do Congresso Nacional por se encontrar dentro de área indígena. Os parlamentares terão que realizar audiência para discutir com os índios a construção da usina de 11 mil MW, divididos em duas etapas. A decisão, baseada no relatória da desembargadora Selene Maria de Almeida, também desbloqueia a realização dos estudos de impacto ambiental e antropológico necessários para a concessão da licença prévia. A construção de Belo Monte ainda enfrenta ações na primeira instância da Justiça Federal do Pará. Belo Monte é um dos projetos estruturantes previsto para entrar em operação pelo Plano Decenal de Energia Elétrica 2006-2015. Os outros empreendimentos são o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira e a usina nuclear de Angra 3. (Agência Canal Energia - 15.12.2006)

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Empresas

1 AES adquire PCHs da Guascor no Rio

O grupo americano de energia AES, que detém 50,01% do capital da holding Cia. Brasiliana de Energia, está de volta aos investimentos no Brasil. Depois de passar por uma forte crise, contraída logo após a privatização dos ativos da antiga geradora CESP Tietê e da distribuidora Eletropaulo em 1999, a empresa deverá fechar em breve a compra de três PCHs, localizadas no Estado do Rio de Janeiro, e que hoje estão nas mãos do grupo espanhol Guascor, gerador de energia para lugares isolados do Brasil por meio de 71 termelétricas. A operação, que ainda aguarda sinal verde dos órgãos regulatórios do governo federal, movimentará US$ 60 milhões, o que inclui o montante pago ao grupo espanhol e também os aportes necessários à construção das PCHs. Juntas, essas três pequenas hidrelétricas serão capazes de gerar 51,6 MW e estima-se que sua construção leve dois anos a partir do início das obras. A AES ainda tem como sócio na Cia. Brasiliana de Energia o BNDES com 49,99%. (Valor Econômico - 18.12.2006)

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2 Cesp inova na captação

A "tender offer" da Cesp será financiada com US$ 300 milhões em credit linked notes, segundo o IFR Markets. Numa transação inovadora a Cesp venderá Cédulas de Crédito bancário (CCB) ao Standard Bank, que, por sua vez, emitirá credit linked notes no exterior. A novidade será a indexação - CPI (taxa de inflação nos EUA) mais 10,75%. (Valor Econômico - 18.12.2006)

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3 VBC Energia finaliza reorganização societária

A VBC Energia comunicou ao mercado em Fato Relevante que seus acionistas controladores, Votorantim Energia, Bradespar por intermédio de sua controlada Antares e Camargo Correa Energia, finalizaram a reorganização societária de suas participações envolvendo as ações da CPFL Energia S.A. ("CPFL") que detinham por intermédio de VBC-E. Com a conclusão da reorganização, Votorantim e Camargo Correa, passam a controlar diretamente a VBC-E, em partes iguais. Desse modo, não houve qualquer alteração no bloco de controle da CPFL, do qual a VBC-E continua a participar, na qualidade de acionista controladora. Com a reorganização, a VBC-E passou a ser titular de 139.002.671 ações ordinárias, correspondentes a 28,97% do capital da CPFL. Desse total, 122.945.367 ações ordinárias originalmente integrantes do bloco de controle permanecem como tal e estão sujeitas aos termos e condições do Acordo de Acionistas da CPFL. A Antares, empresa controlada pela Bradespar passou a ser titular somente de ações de CPFL não vinculadas a qualquer acordo de acionistas. (GESEL-IE-UFRJ - 18.12.2006)

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4 Aumento do capital social da Guaraniana Participações

Na RCA de 10/11/2006 foi aprovada a subscrição e integralização de ações em aumento do capital social da Guaraniana Participações S.A., mediante a conferencia, pela Companhia, de 63.000.000 de acoes ON de emissão da Itapebi Geração de Energia S.A. de sua titularidade. (Bovespa - 18.12.2006)

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5 Cemat investe mais de R$ 2 mi em programa de P&D

A Aneel aprovou o programa de pesquisa e desenvolvimento para o ciclo 2004/2005 da Cemat (MT). Segundo despacho nº 1.240, publicado na edição desta sexta-feira, 15 de dezembro, do Diário Oficial da União, a empresa investirá R$ 2.941.840,31. O montante corresponde a 0,19% da receita operacional líquida, no valor de R$ 1.524.286.777,39. Ainda de acordo com o despacho, deve ser acrescido aos investimentos mínimos do programa, para o ciclo 2005/2006, o percentual de 0,007%, correspondente à diferença não investida no ciclo anterior. As metas físicas do ciclo 2004/2005 devem ser concluídas até dia 31 de julho de 2007. (Agência Canal Energia - 15.12.2006)

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6 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 15-12-2006, o IBOVESPA fechou a 43.595,70 pontos, representando uma baixa de 0,36% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3,32 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,24% fechando a 13.708,18 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 50,09 ON e R$ 47,21 PNB, baixa de 0,63% e alta de 0,43%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 18-12-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 50,49 as ações ON, alta de 0,80% em relação ao dia anterior e R$ 47,45 as ações PNB, alta de 0,51% em relação ao dia anterior. (Investshop - 18.12.2006)

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Leilões

1 Leilão de LTs registra deságio médio de 49,37%

Conforme previsto no editorial do IFE, do dia 15/12, o leilão dos seis lotes de concessão de Linhas de Transmissão, organizado pela Aneel, registrou alto deságio em relação a Receita Anual Permitida estabelecida em edital. Os lances vencedores representaram um deságio médio de 49,37%. As empresas espanholas tiveram forte participação no pleito, conforme demonstrado pelos resultados. A espanhola Abengoa S/A arrematou três lotes de linhas de transmissão com deságios de 42,35% (lote B), 42,18% (lote C) e 24,11% (lote E). Outra empresa espanhola, a Isolux Ingeniería S/A foi a responsável pelo maior deságio do leilão (59,45%), ao vencer o lote A, o de maior RAP teto disponível no pleito. A estatal brasileira Chesf finalizou o leilão com dois lotes arrematados, e também foi responsável pelo alto deságio registrado na licitação ao vencer com deságios de 58,75% e 55%, respectivamente, os lotes D e F. Os empreendimentos deverão entrar em operação entre 18 e 22 meses. Os investimentos totais para a construção das LTs estão estimados em R$ 680 milhões. (GESEL-IE-UFRJ - 18.12.2006)

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2 Leilão de LTs: Kelman ressalta importância do leilão

O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, ressaltou a importância da disputa no leilão de linhas de transmissão: "Tivemos um deságio de quase 50% e isso mostra que a competição serve ao interesse do consumidor. E quando há competição, o preço cai, no componente de transmissão, e isso é bom para o consumidor". Kelman afirmou que "as vencedoras têm demonstrado capacidade técnica e, em alguns casos, as empresas antecipam a entrada das linhas". (Aneel - 15.12.2006)

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3 Leilão de LTs: 10 trechos de LTs foram leiloados

As concessões de linhas de transmissão leiloadas nesta sexta-feira (15.12) destinam-se à construção, operação e manutenção de aproximadamente 1.014 km de dez novas linhas e três subestações da Rede Básica em nove estados: Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. (Aneel - 15.12.2006)

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4 Leilão de LTs: Chesf arremata dois lotes

A Chesf arrematou o lote referente à linha Ibicoara (BA) - Brumado II (BA), com extensão total de 105 km, na qual foi oferecida uma receita anual de R$ 4.880.000,00, que representou um deságio de 58,75% em relação a receita anual estabelecida em edital. A estatal também arrematou a para a linha Picos (PI) - Tauá (CE) e Paraíso (RN) - Açu II (RN) - com extensão de 325 km, a maior linha ofertada no pleito - pela qual foi dado um lance de R$ 6.654.996,00, o que representou deságio de 55% em comparação com a receita teto estabelecida. (Aneel -15.12.2006)

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5 Leilão de LTs: estabilidade do segmento de transmissão é atrativo para investimentos

Os vencedores dos lotes arrematados no leilão de linhas de transmissão, realizado sexta-feira (15/12) consideram a estabilidade do setor como um dos principais atrativos para a realização de investimentos. Segundo os executivos de Abengoa, Chesf e Isolux, os deságios expressivos são fruto da competitividade e da transparência do setor. (Agência Canal Energia - 15.12.2006)

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6 Leilão de LTs: Chesf procurou realizar lances com mais ousadia

O diretor de Engenharia e Construções da Chesf, José Ailton de Lima, disse que a estatal fez as contas para arrematar as linhas com mais ousadia. O executivo explicou que os projetos da Chesf já estão consolidados e que permitem ganhos de escala. (Agência Canal Energia - 15.12.2006)

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7 Leilão de LTs: Abrate considera resultado do leilão surpreendente

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica, José Cláudio Cardoso, o leilão foi surpreendente em função dos resultados apresentados, mas demonstra a capacidade dos empreendedores de alavancar financiamentos com custos mais atraentes. (Agência Canal Energia - 15.12.2006)

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8 Leilão de LTs: Abengoa pretende obter financiamento do BNDES

O diretor da Abengoa, Rogério dos Santos, destacou que ainda é cedo para se falar em estratégia para os próximos anos, no que se refere a metas para formação de portfólio, pois depende das linhas que serão ofertadas. Ele salientou que a empresa pretende participar dos dois leilões previstos para 2007. Para financiar a construção dos três lotes, a empresa pretende obter financiamento no BNDES, mas não descarta recorrer a outras fontes de crédito. (Agência Canal Energia - 15.12.2006)

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9 Leilões de LTs: dois leilões devem ser realizados em 2007

A Aneel prevê a realização de dois leilões de transmissão em 2007. Segundo a diretora da Aneel, Joísa Campanha Dutra, um dos leiloes tem previsão de ser realizado em maio. O segundo pode acontecer no segundo semestre. De acordo com a diretora, os ativos a serem ofertados dependem de análise a ser feita junto com a EPE. (Agência Canal Energia - 15.12.2006)

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10 Aneel prevê realização de dois leilões de transmissão em 2007

A Aneel estima que serão realizados dois leilões de transmissão em 2007. Um dos certames tem previsão para ocorrer em maio, afirmou a diretora da Aneel, Joísa Campanha Dutra, nesta sexta-feira, 15 de dezembro. Já o segundo pode acontecer no segundo semestre. Ainda de acordo com a diretora, que participou do segundo leilão de linha de transmissão no Rio de Janeiro, os ativos a serem ofertados dependem de análise a ser feita junto com a Empresa de Pesquisa Energética. Com a realização do leilão de hoje, a Aneel encerra o ano com oferta de 13 lotes, que totalizaram cerca de 3 mil quilômetros. (Agência Canal Energia - 15.12.2006)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONG Ilumina: Brasil tem energia elétrica garantida

Não será por falta de energia elétrica que o Brasil não vai crescer. É o que afirma João Paulo Maranhão, diretor no Nordeste do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético (ONG Ilumina). Para ele, o Brasil terá energia para suportar um crescimento de até 10% na economia. "Para 2007, a não ser que haja uma catástrofe, não há risco de que o crescimento seja freado ou sofra obstáculos pela pouca oferta de energia. Agora, para o futuro vai depender de investimentos, das posições de Evo Morales (presidente da Bolívia) e de alguma estiagem prolongada", diz. Segundo Maranhão, existe segurança no fornecimento de energia porque mais de 92% da energia consumida no Brasil vêm de usinas hidrelétricas e os reservatórios de água estão em uma boa situação. "A não ser que aconteça o espetáculo do crescimento que o (presidente) Lula tanto quer", diz. Segundo cálculos da ONG Ilumina, em 2005 o Brasil produziu, incluindo a energia comprada da parte paraguaia de Itaipu, 400.564.100 MWh e não houve restrição no consumo. Do total produzido, 92% foram de hidrelétricas, 5,9% foram de térmicas com gás e 2,1% da usina nuclear de Angra. "Não há dados fechados sobre a produção de 2006, mas se você imaginar que houve um aumento de 6% na produção de energia, que é a estimativa do setor, esses 400 milhões de MWh subiram para 424 milhões de MWh. Como o período chuvoso está iniciando com muita intensidade, inclusive com inundações no Sudeste, haverá crescimento na produção. Mesmo que a gente chute um aumento de 10% na produção, estimativa modesta, passaríamos para uma produção de 470 milhões de MWh. Como o Brasil não deve crescer nem 5% ou 6%, creio que haverá sobra de energia", afirma. (O Povo - 18.12.2006)

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2 Preço Spot - CCEE

De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 16/12/2006 a 22/12/2006.

Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)

Sudeste/Centro Oeste
Sul
Nordeste
Norte
 pesada                             53,09  pesada                      53,09  pesada                     16,92  pesada                    16,92
 média                               53,09  média                        53,09  média                       16,92  média                      16,92
 leve                                  50,36  leve                           50,36  leve                          16,92  leve                         16,92
  
    Fonte: www.ccee.org.br


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Gás e Termoelétricas

1 Petrobras: aumento na produção de petróleo e gás

A produção média de petróleo e gás da Petrobras no Brasil e no exterior em novembro alcançou 2.321.513 barris de petróleo equivalente (BOE) por dia, refletindo um aumento de 2,4% sobre a produção do mesmo mês do ano passado, e mantendo-se estável em relação à de outubro de 2006. Considerando os campos nacionais, a produção de petróleo e gás natural em barris equivalentes foi de 2.089.028 barris/dia, 3,6% acima da registrada em novembro de 2005 e nos mesmos níveis registrados no mês passado. A produção exclusiva de petróleo da Petrobras no País em novembro, de 1.813.952 barris diários, manteve-se nos mesmos patamares do mês anterior. Quanto comparada com a produção do mesmo mês de 2005, verifica-se que houve um aumento de 4,6%. A produção de gás natural dos campos nacionais foi de 43 milhões 734 mil metros cúbicos diários, refletindo estabilidade em relação ao mês anterior e ao mesmo mês do ano passado. (Petrobras - 15.12.2006)

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2 Ibama concede LP do trecho do Gasene

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis concedeu na última quinta-feira, 14 de dezembro, licença prévia para o trecho Cacimbas-Catu, integrante do Gasoduto Nordeste-Sudeste. O empreendimento licenciado tem 940 quilômetros de extensão entre o Espírito Santo e Bahia, ligando a estação de compressão de Cacimbas à futura estação de compressão de Catu. Segundo Ibama, a Transportadora Gasene, subsidiária da Petrobras, terá que cumprir determinadas condicionantes como a apresentação de termo de compromisso com os municípios a serem afetados pela obra. A empresa terá que fornecer recursos técnicos e financeiros para as prefeituras fazerem planos diretores. Além disso, a transportadora terá que estudar uma forma de distanciar o traçado do duto de áreas urbanas e rurais e garantir a circulação de animais de um lado para o outro da vala aberta para instalação do duto. A remoção de moradores nas cidades de Santo Amaro e Cachoeira, ambas na Bahia, terá que ser revista, de acordo com o Ibama. (Agência Canal Energia - 15.12.2006)

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3 Cosan planeja investir US$ 340 mi

Para 2007, a Cosan planeja investir US$ 340 milhões. Boa parte desses recursos será aplicada em co-geração de energia, segmento em que a companhia tem feito suas apostas. Das 17 usinas do grupo, todas auto-suficientes em energia, apenas uma unidade negocia excedente no mercado livre. Outras três usinas do grupo foram qualificadas para comercialização de energia no país. Mizutani lembra, contudo, que os atuais preços da energia no mercado ainda não são remuneradores. Ainda dentro do plano de expansão em co-geração, o grupo investe na ampliação da capacidade de moagem da usina Gasa, de Andradina (SP), para que empresa passe a co-gerar energia. (Valor Econômico - 18.12.2006)

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4 Dilma traça metas estimadas para biodiesel e etanol

A ministra Dilma Roussef apresentou metas estimadas para biodiesel e etanol. Sobre o biodiesel, disse que, até 2010, o Brasil poderá produzir 3,34 bilhões de litros ao ano. Hoje a produção anual está na casa dos 840 milhões de litros. Em relação ao etanol, afirmou que, em 2010, a produção anual poderá chegar a 23,3 bilhões de litros, contra os 16 bilhões de litros atuais. (Folha Online - 18.12.2006)

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Grandes Consumidores

1 Produção de alumínio acumula alta de 7,4%

O aumento da demanda mundial por metais continua estimulando a produção brasileira de alumínio. Este ano, a indústria nacional produziu 1,466 milhão de toneladas de janeiro a novembro, o que representa um aumento de 7,4% em relação ao mesmo período de 2005, quando foram produzidas 1,365 milhão de toneladas. Segundo dados divulgados pela Abal, associação do setor, em novembro a produção teve um incremento de 5,1% em relação ao mesmo mês de 2005, passando de 126,4 mil toneladas para 132,8 mil toneladas. O maior volume foi fabricado pela Albras, empresa controlada pela Vale do Rio Doce localizada em Barcarena, no Pará. Com 420,7 mil toneladas até novembro, a fabricante elevou sua produção em 2,4% no período. No entanto, as empresas que mais aumentaram a entrega do metal foram a CBA e a Alcoa. A primeira, do grupo Votorantim, produziu 370,4 mil toneladas, uma alta de 10,2% em comparação com o mesmo período do ano passado. No ano, deverá alcançar 405 mil toneladas. A Alcoa, sediada nos Estados Unidos, produziu 19% a mais no acumulado do ano comparado a 2005, atingido 325 mil toneladas. (Valor Econômico - 18.12.2006)

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Economia Brasileira

1 Excesso de controle e até ideologia atrasam projetos de PPPs federais

Não foi desta vez que o governo federal conseguiu tirar as Parcerias Público-Privadas (PPPs) do papel para amenizar as carências da infra-estrutura para o crescimento econômico acima de 5% ao ano. A estréia da primeira PPP - da BR-116, no trecho Bahia-Minas - deve ficar mesmo para o próximo ano. Além disso, as perspectivas não são nada animadoras em relação a novos projetos. Da carteira de 23 empreendimentos lançada em dezembro de 2003, apenas 4 são considerados prioritários e só 1 tem estudo de viabilidade e a modelagem concluídos. Nesse ritmo, dizem especialistas, o País terá uma PPP por ano, bem distante das ambições do governo na época do seu lançamento. Isso porque os estudos são demorados e complexos. Vários projetos foram retirados da primeira carteira para serem entregues à iniciativa privada por meio de concessão. Mas não foi feita nem uma coisa nem outra. As PPPs não saíram do papel nem as concessões foram realizadas. (O Estado de São Paulo - 18.12.2006)

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2 Abdib: preciso ter convicção de que a PPP vai resolver problemas

Na avaliação do presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, é preciso ter convicção de que a PPP vai resolver alguns problemas e trabalhar em cima disso. "Não vejo tanta complexidade numa PPP. Não foge muito do processo de concessão", diz ele. O executivo reclama também da demora dos estudos. "Seria ideal que liberassem uns 10 ou 12 estudos. Mas, do jeito que está, eles (governo) demoram um ano para soltar um projeto". Para tentar dar agilidade ao processo, o governo publicou no início do mês um decreto em que a União poderá solicitar a apresentação de PPPs sem contratar a empresa. Caso o estudo seja satisfatório, a companhia será remunerada por quem vencer a licitação. Mas o governo não é obrigado a fazer a licitação após solicitar o projeto nem a remunerar a empresa caso o estudo não seja aceito. (O Estado de São Paulo - 18.12.2006)

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3 Fundo de investimento destinará R$ 700 mi à infra-estrutura

Os setores de infra-estrutura receberão R$ 700 milhões captados no mercado pelo fundo de investimento em participação Andrade Gutierrez-Angra Partners. Os administradores do fundo já estão levantando novos empreendimentos no segmento que possam receber os recursos. "As empresas presentes no mercado também são possíveis alvos de investimento", disse Eduardo Farah, diretor-executivo da Angra Partners, que administra o FIP. O fundo focará os setores de água e saneamento, transporte, infra-estrutura industrial e óleo e gás. O setor elétrico, segundo Farah, não está no foco dos investimentos, mas poderá receber aportes. Na área de gás, a previsão é a possibilidade de entrar em gasoduto, regaseificação, co-geração e bioenergia. "Desde antes do lançamento, estamos analisando oportunidades de investimentos", disse o executivo, acrescentando que espera alocar rapidamente os recursos. (Agência Canal Energia - 15.12.2006)

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4 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial abriu as operações em queda perante o fechamento de sexta-feira, cotado a R$ 2,1450. Em quase meia hora de atividades, a moeda era transacionada a R$ 2,1440 na compra e a R$ 2,1460 na venda, com baixa de 0,04%. Na sexta-feira, o dólar comercial saiu a R$ 2,1450 na compra e a R$ 2,1470 na venda, com recuo de 0,04%. (Valor Online - 18.12.2006)

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Internacional

1 Duke Energy defende regulamentação para definir custo à emissão de CO2

O maior ícone do aquecimento global é a usina energética baseada em carvão , que expele no ar milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), principal gás do efeito estufa. Portanto, causou surpresa ver James Rogers, diretor-presidente da Duke Energy, empresa americana de queima de carvão, surgir como um defensor de uma regulamentação que, pela primeira vez, definirá um custo à emissão de CO2. Ele tem seus motivos: "A mudança do clima é verdadeira e estamos a caminho de encarar controles obrigatórios sobre a emissão de dióxido de carbono. Precisamos começar agora porque, quanto mais esperarmos, mais difícil e mais dispendioso será". O posicionamento de Rogers está longe de ser consensual dentro do setor, mas tem o apoio de quem produz eletricidade a partir de reatores nucleares - isentos de carbono. (The New York Times - 17.12.2006)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 SCHÜFFNER, Cláudia. Para Sauer, real problema no gás é a lacuna regulatória. São Paulo: Valor Econômico, 18 de dezembro de 2006.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro mailto:nivalde@ufrj.br
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Beatriz Mello Affonso, Bianca Reich, Guilherme Branquinho, Larissa Barbosa, Laryssa Naumann e Rodrigo Fonseca.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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