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IFE: nº 1.945 - 08 de dezembro de 2006
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Chávez oferece parceria energética ao Brasil
2 MMA: licenças para Estreito serão concedidas até o início da próxima semana
3 Aneel atualiza valor da Tarifa Hidráulica Equivalente dos sistemas isolados
4 Aprovado relatório da Subcomissão da Energia do RS
5 Curtas

Empresas
1 Subcomissão da CEEE ouvirá a maior credora da estatal
2 CPFL define preço de debêntures
3 Ágora reavalia Copel e reforça recomendação de compra para os papéis
4 BSB Energética tem permissão para transferir autorizações de PCHs
5 Elektro investe R$ 30 mi para Operação Verão
6 Ventos do Sul completa construção de parque eólico
7 Cotações da Eletrobrás

Leilões
1 Leilão de LTs: divulgado resultados de recursos para leilão de dezembro
2 Leilão de energia existente: Aneel divulga 21 empresas habilitadas
3 CCEE sedia leilão para exportação de energia ao Uruguai

Gás e Termelétricas
1 PDVSA confirma parceria com Petrobras na refinaria de Suape
2 Petrobras licita terceiro trecho de gasoduto
3 Petrobras consegue evitar o reajuste do gás boliviano
4 MTGás discute participação societária com a YPFB
5 Biocombustível de grama é mais vantajoso, diz estudo
6 Tarifa alta para o etanol poderá valer até 2008

Grandes Consumidores
1 BNDES aprova financiamentos para Aracruz e Votorantim
2 Anglo investe US$ 1,2 bi no Brasil
3 CSN tem US$ 9 bi para comprar a Corus
4 Químicas farão reivindicações a ministro

Economia Brasileira
1 Ata do Copom mantém chance de corte de meio ponto
2 INPC de novembro aponta crescimento de 0,42%

3 IPC-S aumenta para 0,33% na primeira leitura de dezembro
4 INPC de novembro aponta crescimento de 0,42%
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina modifica lei do gás
2 Rússia em busca do urânio
3 Governo russo suspende construção de duto da Shell

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Chávez oferece parceria energética ao Brasil

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ofereceu ajuda na área de energia para que o Brasil recupere o crescimento e se torne "uma potência mundial", durante os encontros que manteve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nos últimos dois dias. "O Brasil é uma das maiores economias do mundo. Se a Venezuela já leva 12 trimestres consecutivos crescendo a mais de 10%, o Brasil pode crescer muito mais", afirmou. "Estou seguro de que esses próximos anos vão ser de um crescimento maravilhoso para o Brasil e para a América do Sul." O presidente venezuelano afirmou que o Brasil vai precisar de energia para crescer e sua intenção é que a Venezuela seja o fornecedor dessa energia, seja gás ou petróleo. "O que nós queremos, modestamente, é oferecer todas as facilidades para que o Brasil não tenha nenhuma preocupação com energia e tenha disponível toda a energia para o crescimento e se transforme numa grande potência mundial", disse Chávez, completando que "se o Brasil não conseguir mais petróleo, há esse petróleo na Venezuela". (O Estado de São Paulo - 08.12.2006)

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2 MMA: licenças para Estreito serão concedidas até o início da próxima semana

Segundo o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Cláudio Langone, as licenças ambientais para a instalação da Usina de Estreito, no rio Tocantins e sob o comando da Suez Energy, e da Usina de Foz do Chapecó, na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, serão concedidas no máximo até o início da próxima semana. Com isso, os dois projetos somados demandarão recursos de quase R$ 5 bilhões, com injeção na economia já em 2007. "No caso de Foz do Chapecó, já havíamos dado a licença, mas devido a problemas societários, ela expirou. No entanto a questão foi acertada com a saída da Companhia Vale do Rio Doce e a entrada de Furnas no empreendimento. Houve nova requisição que será emitida no máximo até a próxima semana". (DCI - 08.12.2006)

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3 Aneel atualiza valor da Tarifa Hidráulica Equivalente dos sistemas isolados

A Aneel aprovou esta semana o novo valor da Tarifa de Energia Hidráulica Equivalente (TEH) que vai vigorar a partir de 1° de janeiro próximo. A TEH será atualizada dos atuais R$ 49,07/ MWh para R$ 55,46/MWh, que representa 13,02% de reajuste. O índice corresponde à variação de 3,22% do IPCA entre novembro de 2005 e outubro de 2006, acrescido de 9,80%, referente à segunda parcela do reajuste aprovado na revisão tarifária de outubro do ano passado e parcelado com o objetivo de amenizar o impacto tarifário para os consumidores das distribuidoras dos Sistemas Isolados. (Aneel - 07.12.2006)

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4 Aprovado relatório da Subcomissão da Energia do RS

O relatório da Subcomissão da Energia Elétrica no Rio Grande do Sul foi aprovado, por unanimidade, na manhã desta quinta-feira (7) pelos integrantes da Comissão de Serviços Públicos, presidida pelo deputado Luis Fernando Schmidt (PT). O relator da subcomissão, deputado Raul Pont (PT), elencou o fechamento dos postos de atendimento da CEEE, a ausência de fornecimento de energia em áreas irregulares, a precarização dos serviços terceirizados e a municipalização da Taxa de Iluminação Pública (TIP) como alguns dos principais problemas analisados. Considerando esses pontos, a subcomissão apresentou algumas recomendações. Quanto a substituição dos postos de atendimento por call centers, Pont sugere que as empresas garantam o atendimento personalizado. Com referência a precarização dos serviços terceirizados, o deputado propõe a contratação direta, carteira assinada e o respeito à legislação trabalhista. Por último, o parlamentar frisou que a subcomissão conseguiu por meio do Ministério Público Estadual formalizar Termo de Ajustamento de conduta para que empresas de energia disponibilizem seus serviços em áreas ocupadas irregularmente. (Agencia de Notícias - 07.12.2006)

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5 Curtas

O Banco Mundial / ESMAP com o apoio da ABESCO, desenvolverão em 2007 um estudo no Brasil cuja finalidade é apresentar um planejamento estratégico para implementar de forma prática a Eficiência Energética no Brasil. Tal projeto deverá gerar subsídios para embasar as políticas públicas, que visam fomentar a Eficiência em nosso país, alinhando-se com as diretrizes do MME e o PNE 2030. (ABESCO - 07.12.2006)

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Empresas

1 Subcomissão da CEEE ouvirá a maior credora da estatal

A Subcomissão que acompanha a desverticalização da CEEE, coordenada pelo deputado Vieira da Cunha (PDT), realiza audiência pública nesta sexta-feira (8), para ouvir os representantes da Fundação CEEE, que administra o fundo de pensão da estatal e é a maior credora da companhia com créditos de mais de R$ 700 milhões. Os deputados querem ampliar as informações acerca da sub-rogação dos contratos entre a fundação e as empresas resultantes da cisão da CEEE. (Agência de Notícias - 07.12.2006)

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2 CPFL define preço de debêntures

A CPFL definiu o preço de suas debêntures de R$ 640 milhões e de vencimento em sete anos em 104,4% dos juros dos Depósitos Interfinanceiros. A demanda passou os R$ 690 milhões. Os líderes foram o Citigroup, BB Investimentos, Bradesco e UBS Pactual. (Valor Econômico - 08.12.2006)

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3 Ágora reavalia Copel e reforça recomendação de compra para os papéis

A Ágora revisou suas estimativas para as ações da Copel e reforçou sua recomendação de compra para estes papéis, tendo como base os resultados do terceiro trimestre e novas premissas macroeconômicas e corporativas.O novo preço-alvo para as ações preferenciais classe B da empresa para o final de 2007 ficou em R$ 35,91, 24% acima do valor projetado pelos analistas para dezembro de 2006, e que representa um potencial de valorização adicional de 44% em relação ao último fechamento.Os analistas acreditam que os fundamentos da Copel melhoraram, ao mesmo tempo em que a percepção de risco do acionista majoritário nas decisões da empresa está sendo minimizada. (InfoMoney - 08.12.2006)

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4 BSB Energética tem permissão para transferir autorizações de PCHs

A BSB Energética obteve da Aneel permissão transferir as autorizações das PCHs Santa Gabriela e Planalto para as empresas Rio Correntes e Planalto Energética, respectivamente. A usina Planalto, que terá capacidade instalada de 17 MW, será implantada no rio Aporé entre os municípios de Aporé (GO) e Cassilândia (MS). A PCH Santa Gabriela terá 24 MW de potência e será instalada no rio Correntes, entre os municípios de Itiquira (MT) e Sonora (MS). (APMPE - 07.12.2006)

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5 Elektro investe R$ 30 mi para Operação Verão

A Elektro se prepara durante o ano todo para garantir qualidade e segurança no fornecimento de energia elétrica na alta temporada, entre dezembro e fevereiro, quando o consumo nesta região chega até a triplicar. Esse trabalho é a Operação Verão, que contou neste ano com investimentos da ordem de R$ 30 milhões direcionados à manutenção e ampliação da rede. (Elektro - 05.12.2006)

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6 Ventos do Sul completa construção de parque eólico

A Ventos do Sul Energia montou o 25º aerogerador da terceira etapa, denominada Índios, e concluiu a construção do Parque Eólico de Osório nesta semana. A finalização da obra com três semanas de antecedência em relação ao prazo previsto foi comunicada pelos diretores da empresa ao governador Germano Rigotto (PMDB) ontem. Duas etapas do projeto, com 25 aerogeradores cada, já estavam em funcionamento, despachando energia elétrica produzida a partir da força do vento para o Sistema Interligado Nacional. A terceira começa agora sua fase de testes e pode entrar em operação comercial em janeiro ou fevereiro. O Parque Eólico de Osório é o maior da América Latina, com 75 torres e potência instalada de 150 MW, energia equivalente a uma usina hidrelétrica de porte médio. (Zero Hora - 08.12.2006)

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7 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 07-11-2006, o IBOVESPA fechou a 42.909,29 pontos, representando uma baixa de 0,43% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,58 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,13% fechando a 13.322,95 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 52,97 ON e R$ 47,43 PNB, alta de 1,18% e 1,87%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 08-11-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 53,00 as ações ON, alta de 0,06% em relação ao dia anterior e R$ 47,00 as ações PNB, baixa de 0,91% em relação ao dia anterior. (Investshop - 08.11.2006)

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Leilões

1 Leilão de LTs: divulgado resultados de recursos para leilão de dezembro

A Aneel acatou recurso da empresa Hot Line Construções Elétricas que havia sido desqualificada para participar do leilão de linhas de transmissão marcado para o dia 15 de dezembro. A Hot Line está pré-qualificada para os lotes C, D, E e F. As espanholas Isolux Ingeniería S/A e Elecnor S/A também voltaram a ser pré-qualificadas por decisão da Comissão Especial de Licitação, que acolheu recursos contra as desqualificações. Ambas vão disputar as concessões em todos os lotes. Assim, são 32 empresas nacionais e estrangeiras, individualmente ou agrupadas em consórcio, que estão pré-qualificadas para o leilão. Do total de empresas, 20 estão pré-qualificadas individualmente. Também estão pré-qualificados nove consórcios. O consórcio P & B - EIP Brasil, formado pelas empresas portuguesas EIP Eletricidade Ind. Portuguesa S/A e Pinto e Bentes (P & B) continua pré-qualificado somente para o lote C. O consórcio foi impedido de participar também do lote F porque a P & B não apresentou patrimônio líquido maior ou igual à soma do exigido para os lotes que pretendia se habilitar. (Aneel - 07.12.2006)

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2 Leilão de energia existente: Aneel divulga 21 empresas habilitadas

O 5º Leilão de Energia Existente (A - 1), que será realizado no dia 14 de dezembro, tem 21 empresas habilitadas. A lista foi divulgada nesta quinta-feira (07/12). O leilão, coordenado pela Aneel, será executado pela CCEE. Na relação, estão seis empresas vendedoras e 15 compradoras. De acordo com as regras do edital, os vendedores são empresas que possuem concessão, permissão ou autorização de geração ou de importação de energia, além de comercializadoras. Os participantes foram habilitados após o depósito de garantias financeiras efetuado esta semana. O leilão irá negociar contratos de suprimento de oito anos com início de entrega em janeiro de 2007. O preço máximo definido pelo MME para aquisição do produto é de R$ 105,00 por MWh. (Aneel - 07.12.2006)

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3 CCEE sedia leilão para exportação de energia ao Uruguai

A CCEE sediará, nesta sexta-feira (08/12), licitação para fornecimento de energia ao Uruguai, para o ano de 2007. O montante, segundo a CCEE, será limitado à 72 MW médios, em função da capacidade de transmissão. A licitação será realizada por meio da estatal uruguaia UTE. A energia terá caráter interruptível e o intercâmbio de energia não deve ter reflexos no Sistema Interligado Nacional. A energia deverá ser entregue por meio da Estação Conversora de Freqüência de Rivera, no Uruguai.. (Agência Canal Energia - 07.12.2006)

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Gás e Termoelétricas

1 PDVSA confirma parceria com Petrobras na refinaria de Suape

A estatal venezuelana PDVSA está disposta a antecipar a entrada em funcionamento da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e descarta revisar sua participação no empreendimento, em conjunto com a Petrobras. Petrobras e PDVSA assinaram quatro acordos envolvendo a exploração de petróleo e de gás natural, o intercâmbio de bens e serviços e a construção da refinaria brasileira, no porto de Suape. Ramírez deixou claro que, se Petrobras tiver fôlego suficiente para acelerar o cronograma de implantação da refinaria, prevista para 2012, a PDVSA não pretende se opor. "Não vemos problema nenhum e, se a Petrobras quiser, podemos pensar na antecipação", comentou Ramírez, que acumula o cargo de ministro de Energia e Petróleo. (Valor Econômico - 08.12.2006)

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2 Petrobras licita terceiro trecho de gasoduto

As obras do terceiro trecho do gasoduto Urucu-Manaus só puderam ser iniciadas em junho deste ano, após aprovação do contrato com o consórcio Andrade Gutierrez/Carioca Engenharia. O consórcio ganhou a terceira licitação feita pela Petrobras para esse trecho, depois de dois cancelamentos em decorrência dos elevados preços ofertados. O trecho liga os municípios de Coari e Anamã, ambos no Amazonas. Os outros dois trechos são o GLPduto Urucu-Coari, a ser construído pelo consórcio OAS/Etesco e gasoduto Anamã-Manaus, a ser construído pelo consórcio Camargo Correa/Skanska. Os três trechos têm 670 Km de extensão e devem ser concluídos em março de 2008. A Petrobras já investiu cerca de R$ 500 milhões nos preparativos para o início das obras. Em sua primeira fase de operação, o gasoduto transportará 4,7 milhões de m3/dia. O principal destino do insumo será a produção de energia elétrica para atender Manaus e os municípios pelos quais passará a tubulação, beneficiando cerca de 1,5 milhão de pessoas. O gás natural substituirá o diesel e o óleo combustível usados atualmente na produção de toda a energia elétrica consumida pelo Amazonas. A substituição proporcionará a economia anual de R$ 1,2 bilhão. (DCI - 08.12.2006)

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3 Petrobras consegue evitar o reajuste do gás boliviano

A Petrobras conseguiu evitar, por quatro meses, reajuste extraordinário no preço do gás boliviano, ao se comprometer com a estatal YPFB a avaliar novos investimentos no país. A prorrogação, em 120 dias, das negociações sobre o preço do gás, porém, não significa que o preço do gás boliviano ficará congelado no período. O produto continuará seguindo a fórmula de reajustes prevista em contrato, com variações trimestrais baseadas no comportamento das cotações internacionais do petróleo e derivados. Projeção preliminar aponta que no final de dezembro, data do próximo ajuste, o gás importado pelo Brasil deve registrar, inclusive, pequena queda. Especialistas acreditam que a decisão foi boa para ambas as partes. Para a Bolívia, porque pode voltar a discutir o assunto em um momento de alta de preços no mercado internacional, com a proximidade do inverno no hemisfério Norte. Já a Petrobras poderá manter o clima de cordialidade, necessário enquanto discute com La Paz a questão das refinarias, na qual precisa conseguir um preço justo para a transferência do controle à YPFB. (A Notícia - 08.12.2006)

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4 MTGás discute participação societária com a YPFB

Os governos de Mato Grosso e da Bolívia iniciam negociação para a possível formalização da participação societária da estatal boliviana YPFB na MTGás, informaram autoridades e empresários envolvidos no assunto. O acordo reduziria o risco de desabastecimento de gás natural no Estado. Autoridades governamentais dos dois países vão se reunir para discutir a "viabilidade econômica de possível aliança estratégica em forma de sociedade da YPFB e da MTGás", segundo protocolo de intenção em discussão entre ambas as partes nas últimas três semanas. A reunião será entre o presidente da estatal boliviana, Juan Carlos Ortiz, e o diretor da área de expansão internacional da empresa de Mato Grosso, Ronaldo Vidaurre. Quando da criação da MTGás, a legislação estabeleceu a alienação de parte da posição acionária da companhia, desde que aprovada pela Assembléia Legislativa, e com a condição do Estado manter controle majoritário entre ações com direito a voto. Na reunião, de caráter técnico, vai ser analisada a capacidade de investimento da companhia pública boliviana. (Jornal do Commercio - 08.12.2006)

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5 Biocombustível de grama é mais vantajoso, diz estudo

Gramas e ervas que costumam cobrir os pastos das regiões temperadas do mundo são fontes com grande potencial energético e ambiental para produção de biocombustíveis, informa estudo publicado hoje na revista "Science". Nas comparações feitas por um time de cientistas de Minnesota, nos Estados Unidos, um conjunto de 16 plantas nativas produziu uma quantidade de energia 238% maior que as culturas como soja e milho, em um período de 10 anos. O estudo, liderado por David Tilman, mostra que no futuro, desde que várias questões técnicas sejam resolvidas, várias gramíneas poderão ajudar o ser humano a substituir o uso dos combustíveis fósseis. As vantagens, nesse caso, além de energéticas, serão também de cunho ambiental. Segundo defende Tilman no artigo, as plantas nativas podem ser plantadas em regiões já degradadas, que estão em fase de regeneração. Isso faz com que esse tipo de cultura, além de ser útil para a produção de biocombustíveis, não entre em competição nem com as áreas usadas para a produção de alimentos e muito menos com áreas florestais. (Folha de São Paulo - 08.12.2006)

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6 Tarifa alta para o etanol poderá valer até 2008

O pacote fechado pelas lideranças do Congresso dos Estados Unidos prolonga o período de validade de uma tarifa que afeta diretamente os usineiros brasileiros, encarecendo a importação de etanol produzido no Brasil. A tarifa, que equivale a US$ 0,54 por galão, expiraria em outubro de 2007, mas um artigo incluído no pacote apresentado ontem estende a tarifa até o fim de 2008. A medida precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado para ter efeito prático. A tarifa do etanol é uma das principais barreiras comerciais existentes nos EUA atualmente e o Brasil é o país que mais tem a perder com sua manutenção. Os americanos ultrapassaram o Brasil e se tornaram os maiores produtores de etanol do mundo no ano passado. Os dois países estão investindo maciçamente para aumentar a capacidade de produção nos próximos anos. Existem atualmente 33 usinas de etanol em construção nos EUA. Quando estiverem funcionando, elas ampliarão de 4,5 bilhões de galões para 6,4 bilhões de galões a capacidade de produção anual de etanol do país. O Brasil produziu na última safra 4,2 bilhões de galões de etanol. (Valor Econômico - 08.12.2006)

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Grandes Consumidores

1 BNDES aprova financiamentos para Aracruz e Votorantim

O BNDES aprovou financiamentos de R$ 619,3 mihões para a Aracruz Celulose e a Votorantim Celulose e Papel. Do valor total, R$ 595, 9 milhões irão para a Aracruz e R$ 23,4 milhões para a Votorantim. A Área de Insumos Básicos do BNDES projeta que os investimentos no setor de papel e celulose deverão crescer, em média, 17% ao ano no período 2007/2010, na comparação com o período 2002/2005. Isso equivale a um total de R$ 20 bilhões, dos quais o BNDES deverá financiar cerca de R$ 11,7 bilhões. A previsão é de que os desembolsos para o setor cheguem até R$ 2 bilhões este ano, após R$ 1,4 bilhão em 2005. Os recursos aprovados para a Aracruz equivalem a 67,8% do investimento de R$ 878 milhões da fabricante para a expansão da capacidade produtiva da Unidade Industrial de Barra do Riacho. A capacidade da fábrica será elevada em 200 mil toneladas, passando de 2,13 milhões de toneladas para 2,33 milhões de toneladas/ano. O financiamento de R$ 23,4 milhões do BNDES para a VCP faz parte de um projeto de R$ 41,9 milhões para a implantação de um viveiro de mudas de eucalipto no município de Capão do Leão, no Rio Grande do Sul. (Jornal do Commercio - 08.12.2006)

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2 Anglo investe US$ 1,2 bi no Brasil

A Anglo American vai investir no Brasil US$ 1,2 bilhão. Os recursos serão aplicados no projeto de produção de ferro-níquel em Barro Alto (GO). A unidade, com início de operação previsto para 2010, produzirá em média 36 mil toneladas anuais de níquel contido durante 26 anos, dos quais 80% deverão ser exportados. Com isso, a produção de níquel da Anglo American no País passará das atuais 10 mil toneladas anuais para 46 mil toneladas. Esse aumento resultará em uma maior participação da mineradora no total de produção brasileira de níquel, dos 28% atuais para 35%. No total, o País passará de uma produção de 36 mil toneladas ao ano para 155 mil toneladas, pouco abaixo das 160 mil toneladas do segundo colocado, o Canadá. A companhia já obteve as licenças ambientais para a instalação do projeto. A Anglo American continua pesquisando outras explorações de níquel no País. Estão em estudo projetos nas minas de Jacaré (PA) e do Morro sem Boné (MT). Atualmente a companhia investe em pesquisas US$ 7,5 milhões para exploração de outros minérios no País. Em 2007 esse valor deve dobrar para US$ 15 milhões. (Gazeta Mercantil - 08.12.2006)

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3 CSN tem US$ 9 bi para comprar a Corus

A CSN já conseguiu créditos de US$ 9 bilhões para comprar a siderúrgica anglo-holandesa Corus. Com isso, a companhia brasileira pode apresentar a proposta firme de compra hoje, último dia útil antes do prazo de dez dias que antecedem a assembléia de acionistas da Corus, no dia 20/12/2006. Os bancos que estão dando assessoria à empresa no processo de aquisição - Goldman Sachs, Lazard e Barclays - garantiram crédito de cerca de US$ 7 bilhões à Corus. Outros US$ 2 bilhões serão levantados no mercado local com a ajuda do Citibank e do UBS Pactual. Uma parte deste montante pode ser adiantada como empréstimo-ponte, mas a estratégia é lançar debêntures e bônus no mercado externo para substituir o crédito comercial. Os recursos emprestados à Corus serão usados para pagar os atuais acionistas da empresa, caso a CSN concretize a compra. O crédito será pago indiretamente pela CSN, após assumir a empresa. Não está descartado o uso de recursos próprios da CSN. (Gazeta Mercantil - 08.12.2006)

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4 Químicas farão reivindicações a ministro

O setor químico deverá registrar no final deste ano um crescimento bastante discreto em relação ao faturamento de 2005. De acordo com dados preliminares da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), a produção química do País registrou alta de 3,32% de janeiro a outubro, em relação a igual período de 2005. Para 2007, as previsões de companhias químicas são mais otimistas, graças ao aumento da demanda de setores como construção civil, indústria automobilística e agronegócio. Entre os destaques deste ano aparecem os intermediários para plastificantes (alta de 19,8%), as resinas termofixas (15,0%) e os solventes industriais (9,9%). Apesar de preverem crescimento do setor em 2007, as indústrias químicas pretendem entregar na próxima semana um documento ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, pedindo para que o governo atente a questões que impulsionariam os negócios do setor. Entre os temas abordados no documento que está sendo elaborado pela Abiquim estão o preço da matéria-prima do setor e a necessidade, para a indústria química, de que o governo avance com acordos comerciais com Estados Unidos e Europa, grandes compradores das empresas do setor. (DCI - 08.12.2006)

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Economia Brasileira

1 Ata do Copom mantém chance de corte de meio ponto

A ata da última reunião do Copom manteve o espírito conservador. A ata foi muito parecida às exteriores, citando fatores como os efeitos defasados da política monetária, o cenário benigno para a inflação, além de lembrar que "pode agir com maior parcimônia". Quanto à divergência sobre a magnitude do corte (0,25 ou 0,5 pontos), o documento limitou-se a dizer que "três membros do comitê votaram por uma redução de 0,25 p.p. na taxa de juros básica, entendendo que o balanço de riscos considerado justificaria tal decisão". (Gazeta Mercantil - 08.12.2006)

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2 INPC de novembro aponta crescimento de 0,42%

O INPC apresentou variação positiva de 0,42% em novembro, avanço ligeiramente abaixo dos 0,43% do mÊs anterior. No acumulado do ano, o indicador aumentou 2,18%, e nos últimos 12 meses, houve elevação de 2,59%. O comportamento do índice foi influenciado pelos preços dos alimentos, que tiveram acréscimo de 1,14% no intervalo. Os produtos não-alimentícios, por sua vez, ampliaram-se em 0,15%. O maior índice regional de novembro foi registrado em Curitiba (+ 0,71%) e o menor, no Rio de Janeiro (+0,14%). (Valor Econômico - 08.12.2006)

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3 IPC-S aumenta para 0,33% na primeira leitura de dezembro

A inflação medida pelo IPC-S ficou em 0,33% na primeira medição de dezembro. Um mês atrás, o indicador apresentou alta de 0,24%. O destaque ficou no grupo Transportes, que passou de -0,16% em novembro para um incremento de 0,61% nesta prévia. Despesas Diversas subiram 1,87% e Educação, leitura e recreação viram alta de 0,27%, ante os 1,20% e 0,05% observados em novembro, respectivamente. Habitação desacelerou sua queda, passando de -0,25% para -0,23% nesta medição. Os gastos em Saúde e cuidados pessoais ampliaram-se em 0,18%, sucedendo uma expansão de 0,14% registrada em novembro. Vestuário, desacelerou, de 1,17% em novembro para 0,37% no levantamento inicial de dezembro. Alimentação passou de um acréscimo de 0,78% para um de 0,67%. (FGV - 08.12.2006)

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4 INPC de novembro aponta crescimento de 0,42%

O INPC apresentou variação positiva de 0,42% em novembro, avanço ligeiramente abaixo dos 0,43% do mÊs anterior. No acumulado do ano, o indicador aumentou 2,18%, e nos últimos 12 meses, houve elevação de 2,59%.O comportamento do índice foi influenciado pelos preços dos alimentos, que tiveram acréscimo de 1,14% no intervalo. Os produtos não-alimentícios, por sua vez, ampliaram-se em 0,15%. O maior índice regional de novembro foi registrado em Curitiba (+ 0,71%) e o menor, no Rio de Janeiro (+0,14%). (Valor Econômico - 08.12.2006)

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5 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial abriu as operações valorizado em relação ao fechamento de ontem, a R$ 2,15. Às 9h26, a moeda era transacionada a R$ 2,1470 na compra e a R$ 2,1490 na venda, com avanço de 0,18%. Ontem, o dólar comercial saiu a R$ 2,1430 na compra e a R$ 2,1450 na venda, com queda de 0,05%. (Valor Online - 08.12.2006)

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Internacional

1 Argentina modifica lei do gás

A Câmara dos Deputados da Argentina transformou ontem em lei um projeto que transfere da nação às províncias o pleno domínio e a administração das jazidas de hidrocarbonetos localizadas em seus territórios. A lei permitirá às empresas petrolíferas discutir diretamente com as províncias seus programas de investimento e convênios de exploração de hidrocarbonetos. "Pertencem aos Estados provinciais as jazidas de hidrocarbonetos que se encontrarem em seus territórios, incluindo as situados no mar adjacente a suas costas a uma distância de até 12 milhas marítimas", afirma o projeto. (Gazeta Mercantil - 08.12.2006)

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2 Rússia em busca do urânio

Uma parceria entre a Rússia e o Cazaquistão produziu sua primeira tonelada de urânio no Cazaquistão ontem, em um movimento que ajuda a Rússia a assegurar suprimentos baratos do metal radiativo. Com um quinto das reservas globais de urânio localizadas em seu território, o Cazaquistão deseja ser o maior produtor mundial do mineral até 2010, superando a Austrália e o Canadá. O país assinou vários acordos neste ano com parceiros internacionais, sendo o mais recente com a Rússia. O Cazaquistão precisa de ajuda externa para explorar suas abundantes reservas de urânio. Por outro lado, a Rússia precisa de novas fontes de combustível nuclear, já que suas fontes se exauriram. (Gazeta Mercantil - 08.12.2006)

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3 Governo russo suspende construção de duto da Shell

As autoridades suspenderam as licenças de uso de água da companhia russa Starstroy, decisão que paralisa as obras do multimilionário projeto energético Sacalina-2, localizado no leste da Rússia, informou ontem o Ministério de Recursos Naturais daquele país. Os organismos de controle ecológico deram à companhia um prazo de dois meses para a empresa adequar suas tecnologias às normas do uso de água durante as obras de construção. O ministro Yuri Trútnev afirmou que o projeto era realizado "de forma escandalosa", e que a companhia operadora, Sakhalin Energy, havia violado cinco artigos do Código Penal referentes à proteção do meio ambiente. Trútnev avaliou em mais de US$ 22 bilhões os danos já causados ao meio ambiente pela realização do projeto Sacalina-2. A companhia Starstroy é subcontratista geral da Sakhalin Energy. O consórcio internacional Sakhalin Energy é integrado pelo grupo anglo-holandês Royal Dutch Shell (55%) e as japonesas Mitsui e Mitsubishi (25% e 20%, respectivamente). As jazidas da Sacalina-2 têm reservas comprovadas de 150 milhões de toneladas de petróleo e 500 bilhões de m³ de gás. (Gazeta Mercantil - 08.12.2006)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Jornalista: Juliana Lanzarini
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Bianca Reich, Guilherme Branquinho, Larissa Barbosa, Igor Briguiet e Rodrigo Fonseca.

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