l IFE: nº 1.939 - 30
de novembro de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Projeto de mudança na Eletrobrás poderá incluir venda de ações O presidente
da Eletrobrás, Aloísio Vasconcelos, entregou ao ministro de Minas e Energia,
Silas Rondeau, a minuta das mudanças na empresa, que aumenta a sua autonomia
operacional. O projeto definitivo deverá ficar pronto no dia 20 de dezembro,
disse Vasconcelos. "O objetivo é flexibilizar as operações da Eletrobrás.
Hoje, até para comprar um computador eu preciso de seis meses de processo",
ilustrou Vasconcelos. Uma das alternativas é propor a venda de parte das
ações da companhia. O dinheiro seria revertido em novos investimentos.
A União detém 46% do capital da Eletrobrás; o BNDES, 12%; outros órgão
do governo, 8%; e o setor privado, 34%. A intenção é montar uma estrutura
semelhante à da Petrobrás, onde a União controla a empresa com as ações
ordinárias. As ações preferenciais seriam vendidas. Vasconcelos não sabe
se essa venda será feita de forma pulverizada, como ocorreu com a Petrobrás.
A flexibilização das operações da Eletrobrás deverá ocorrer também pela
permissão de contratação de novos financiamentos, além da formação de
Sociedades de Propósito Específico (SPE). (O Estado de São Paulo - 30.11.2006)
2 Governo mudará gestão de estatais O ministro
do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que o governo prepara um decreto
para melhorar o sistema de controle e gestão das empresas estatais. Segundo
ele, a idéia partiu do diagnóstico de que hoje essas companhias atuam
de forma dispersa e não seguem uma diretriz única do governo, em suas
políticas de investimento, por exemplo. Assim, a intenção é coordenar
a ação das estatais dentro de uma política de governo. 'A orientação do
governo será unificada', definiu Bernardo. (O Estado de São Paulo - 30.11.2006)
3 Kelman: exclusão das térmicas é um alerta O diretor-geral
da Aneel, Jerson Kelman, disse ontem que a decisão tomada pela Agência,
de excluir térmicas que estão sem gás do planejamento do setor elétrico
foi "um alerta". Segundo ele, apesar de a medida elevar o risco de racionamento
nos próximos anos, há tempo para se reverter a situação a partir do diagnóstico
apontado pela Aneel, que mostrou que pelo menos 10 termoelétricas não
conseguiram despachar energia a plena carga, em outubro, por falta de
gás. (DCI - 30.11.2006) 4
Aneel tem reunião extraordinária 5 Abrage manifesta preocupação com despacho de térmicas A Associação
Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica vê com preocupação
a possibilidade de termelétricas despacharem energia fora da ordem de
mérito, quando ocorrer disponibilidade de combustível, como forma de compensar
eventual falta do insumo no futuro. Segundo o presidente da Abrage, Flávio
Neiva, a operação pode deslocar a geração hidrelétrica e impactar de forma
negativa na receita das geradoras, caso não existam salvaguardas adequadas.
"A geração fora da ordem de mérito distorce a otimização da operação energética
e promove o deslocamento da geração hidrelétrica", observou Neiva. O executivo
contou que teve conhecimento da introdução da medida na resolução apenas
na última terça-feira, 28 de novembro, durante a reunião da diretoria
da Agência Nacional de Energia Elétrica, que aprovou os critérios para
consideração de térmicas no Programa Mensal de Operação Eletroenergética.
Para Neiva, o risco de redução da receita existe porque o despacho de
térmicas fora do momento implicará na retirada de volume equivalente de
geração hídrica. Além disso, observou, a medida poderá resultar no aumento
do custo da energia, uma vez que a geração hídrica, mais barata, será
substituída por uma fonte mais cara. "Isso introduz um risco que precisa
ser avaliado", afirmou. (Agência Canal Energia - 29.11.2006) 6 Ibama realiza audiências pendentes das usinas do Rio Madeira A Diretoria
de Licenciamento Ambiental do Ibama promove nos dias 29 e 30, as audiências
públicas nos distritos de Abunã e Mutum-Paraná, em Rondônia. Essas são
as duas audiências que não puderam ocorrer no começo do mês (8 e 9), devido
liminar impetrada pelo Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público
do Estado de Rondônia (MPE-RO). Com isso, as comunidades, que ficaram
prejudicadas na ocasião, poderão se reunir para discutir os impactos do
Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira - formado pelas usinas hidroelétricas
de Santo Antônio e Jirau. (Ibama - 28.11.2006) 7 Licença para UHE de Estreito sai ainda este ano O Ibama informou que a licença de instalação da Usina Hidrelétrica de Estreito será concedida até o final deste ano. No dia 23 de novembro, o órgão divulgou a informação através de um balanço de concessão de licenciamento ambiental para empreendimentos de infra-estrutura durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O coordenador substituto de licenciamento ambiental do Ibama, Leonardo Povoa, informou que o empreendedor responsável pela obra, o Ceste - Consórcio Estreito Energia, entregou no último dia 10 de novembro os estudos etnoambientais, sobre as comunidades indígenas afetadas, solicitados pela Funai - Fundação Nacional do Índio. "Com base nestes dados poderemos fazer a análise final e estamos otimistas que até o final deste ano expediremos a LI", disse. A Usina de Estreito será construída no rio Tocantins, entre os municípios de Aguiarnópolis, Palmeiras do Tocantins e Estreito, este no estado do Maranhão. O empreendimento terá a potência de 1.087MW. (A Notícia - 29.11.2006) 8
CCEE: estudos de déficit sobre PLD não são de competência do órgão 9 Liquidação do MCSD terá audiência pública documental A Agência
Nacional de Energia Elétrica realizará audiência pública documental, a
fim de abrir espaço para debater a alteração da Convenção de Comercialização
de Energia Elétrica. Segundo a Aneel, o período para envio de contribuições
terá início na próxima quinta-feira, 30 de novembro e encerrará no dia
13 de dezembro. O motivo, aponta o processo analisado na última terça-feira,
28 de novembro, pela diretoria da Aneel, é a realização centralizada da
apuração e liquidação financeira das cessões do Mecanismo de Compensação
de Sobras e Déficit. (Agência Canal Energia - 29.11.2006)
Empresas 1 Aneel autoriza reajuste tarifário da Ceron, Cea e Eletroacre A Aneel
aprovou o reajuste das tarifas das distribuidoras Ceron, Cea e Eletroacre.
As tarifas da Ceron e da Eletroacre entrarão em vigor dia 30/11/2006.
O reajuste tarifário do Cea, cuja data de aplicação também seria dia 30,
não poderá vigorar até que a empresa regularize débitos com encargos setoriais.
Os consumidores da Ceron terão reajuste de 8% (para consumidores residenciais)
e 13,43% (para indústrias). Os consumidores da Cea terão reajuste de 38,63%
(para consumidores residenciais) e 47,11% (para indústrias) Os consumidores
da Eletroacre terão reajuste de 10,14% (para consumidores residenciais)
e 16,69% (para indústrias). (Aneel - 29.11.2006) 2 Cea: plano de recuperação está em análise na Aneel O diretor da Aneel que analisou o processo de reajuste tarifário da Cea, Edvaldo Santana, contou que a diretoria da Aneel está acompanhando o plano de recuperação da Cea. Segundo a Aneel, a área técnica encaminhará um relatório sobre o plano à diretoria em data ainda a ser definida. O resultado do relatório, que subsidiará a decisão da diretoria, poderá sinalizar uma eventual abertura de processo de caducidade da concessão. Na avaliação do diretor, a situação financeira da Cea é cada vez mais complicada, pois a inadimplência acaba gerando o que classifica como círculo vicioso. (Agência Canal Energia - 29.11.2006) 3 Terna vai assumir papel de consolidadora Giovanni
Giovanelli, o diretor-geral da Terna Participações, a filial brasileira
do grupo italiano de linhas de transmissão Terna, anda observando o negócio
de transmissão no Brasil e na América Latina. Afinal, o executivo está
em uma posição privilegiada: comanda um grupo com dinheiro em caixa, passível
de alavancagem e com pelo menos um ano para realizar alguma aquisição.
Todo esse cenário, contudo, não foi construído do dia para noite. Começou
meses atrás, quando a Terna resolveu que iria fazer um lançamento de units
no nível dois de governança corporativa da Bovespa. Cada unit da empresa
foi composta por uma ação ordinária e duas preferenciais. A julgar pelos
números, a tacada deu certo. A empresa acaba de sair do período de silêncio,
exigido pela operação, e exibe 29,8 milhões de units vendidas, o que propiciou
a arrecadação de R$ 626 milhões. "Desse total, R$ 371 milhões ficaram
no caixa da empresa no Brasil e o restante foi para a matriz na Itália",
conta Giovannelli. (Valor Econômico- 30.11.2006) 4
Preferência da Terna: sobre ativos que já estão em funcionamento 5 Terna: Brasil necessitará de 3 mil novos quilômetros LTs por ano O diretor-geral
da Terna Participações, Giovanni Giovanelli, deixa claro que é importante
a Terna estar apta a investir, já que na sua opinião o Brasil necessitará
de pelo menos 3 mil novos quilômetros de linhas de transmissão por ano.
E descarta também que o grupo irá colocar um centavo em outro negócio,
que não seja a transmissão. A EPE, companhia do Ministério das Minas e
Energia, também vai nessa direção. Segundo a EPE, esse setor continuará
seu processo de expansão nos próximos anos, com investimentos próximos
aos R$ 2,6 bilhões nos principais empreendimentos previstos. Entre os
projetos, destacam-se obras como a que atravessa os estados do Pará, Maranhão
e Piauí. Serão três linhas, com extensão de mais de 1,1 mil quilômetros,
e o investimento previsto que ultrapassa os R$ 900 milhões. (Valor Econômico-
30.11.2006) 6 Celesc anuncia negociações para a aquisição da SC Gás Celesc anunciou
nesta quarta-feira (29) que seu conselho autorizou a diretoria a iniciar
as negociações para a aquisição da participação do Estado de Santa Catarina
na SC Gás, que distribui gás na região.Os analistas do Pactual, porém,
acreditam que a aquisição da companhia poderia destruir valor da Celesc,
já que aumentar os dividendos pagos aos acionistas seria mais interessante
do que investir em negócios fora de seu foco de atuação, como a distribuição
de gás.O banco também se mostra preocupado com a governança corporativa,
já que a ação poderia beneficiar o Governo do Estado de Santa Catarina,
que controla as duas companhias, em detrimento dos acionistas minoritários
da Celesc.Maus negócios no passadoOs analistas do banco carioca lembram
que entre os anos de 1999 e 2000, a companhia adquiriu a Casan por R$
110 milhões, através da renegociação de dívidas não-pagas. (InfoMoney
- 29.11.2006) 7 CPFL Paulista pretende fazer resgate antecipado de debêntures A CPFL Paulista
informou que pretende exercer o direito de resgate antecipado das debêntures
da primeira série da primeira emissão da companhia, em circulação. A CPFL
Paulista captará os recursos necessários para o resgate antecipado, o
que será feito por meio da terceira emissão de debêntures. O resgate das
debêntures da primeira emissão será feita no primeiro dia útil imediatamente
posterior à data de publicação do anúncio da distribuição dos títulos
da terceira emissão. (Agência Canal Energia - 29.11.2006) 8 CEEE prepara captação de R$ 100 mi através de FIDC A CEEE prepara uma captação de R$ 100 milhões através do segundo Fundo de Investimentos de Direitos Créditórios. Serão emitidas 10 mil quotas seniores, ao preço de R$ 10 mil cada. A operação aguarda aprovação da CVM para iniciar a distribuição, que está prevista para o dia 21/12/2006. A empresa irá subscrever integralmente R$ 5,3 milhões em quotas subordinadas, a serem emitidas na operação. O processo de bookbuilding, definição do spread da operação, ocorrerá no dia 18/12/2006o. (Agência Canal Energia - 29.11.2006) 9 Coelce pretende adquirir 204,3 GWh no leilão A-1 O CA da Coelce autorizou a contratação de uma quantidade estimada de 204,3 GWh, no valor total estimado de R$ 17,1 milhões, no leilão A-1 do dia 14/12/2006. Os contratos terão prazo de oito anos, com início de vigência em 01/01/2007. Foi aprovado também os contratos firmados no leilão A-5, no qual a empresa comprou 10.099,94 GWh, totalizando R$ 1,2 bilhão. A empresa também pagará, a partir do dia 31/05/2007, juros sobre capital próprio, referente ao período até dia 30/09/2007, no valor de R$ 57,5 milhões, correspondendo a R$ 0,369274735 por lote de mil ações. (Agência Canal Energia - 29.11.2006) A geradora
de energia Itapebi escolheu o Banco do Brasil, o Pactual e o Banco Votorantim
para a emissão de R$ 175 milhões de debêntures que planeja fazer. A emissão
é a primeira de um programa que prevê o lançamento de R$ 250 milhões de
papéis em dois anos. O dinheiro será usado para a troca de dívida velha,
mais cara, por papéis mais baratos. (Valor Econômico- 30.11.2006) No pregão do dia 29-11-2006, o IBOVESPA fechou a 41.970,01 pontos, representando uma alta de 2,26% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,92 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,12% fechando a 12.914,94 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 52,00 ON e R$ 46,40 PNB, alta de 8,31% e 5,45%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 30-11-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 51,79 as ações ON, alta de 1,02% em relação ao dia anterior e R$ 46,39 as ações PNB, alta de 0,86% em relação ao dia anterior. (Investshop - 30.11.2006) O Ministério Público de São Paulo entrou no dia 17 com uma ação civil pública na 13ª Vara Cível de São Paulo contra o dono do Banco Fator e da Fator Administração de Recursos (FAR), Walter Appel, pela atuação como "insider", a favor de fundos geridos pelo grupo, na privatização da Copel em 2001. (Valor Econômico - 29.11.2006) A AES Eletropaulo levou os prêmios da Fundação Coge nas categorias Capacitação e Desenvolvimento de Pessoas e Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho com os trabalhos "Líder Educador: Ensinando a ensinar e a aprender" e "Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Integrado às Empresas Contratadas", respectivamente. (Agência Canal Energia - 29.11.2006) A CPFL Energia levou o prêmio da Fundação Coge na categoria Ações de Responsabilidade Social com o trabalho "Projetos Aprender" e a hidrelétrica de Itaipu ficou com a categoria Ações Ambientais com "Programa Cultivando Água Boa". O Troféu Fundação Coge teve a participação de 28 empresas com 63 projetos. (Agência Canal Energia - 29.11.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 RS atinge um dos maiores níveis do ano de geração própria O Rio Grande
do Sul produziu 73% da energia que consome no dia 27, segunda-feira, um
dos maiores índices do ano, segundo informa o levantamento Acompanhamento
Diário do Sistema Eletroenergético da Secretaria de Energia, Minas e Comunicações.
Neste dia, o Estado produziu 2.273,3 megawatts (MW), ou 73% da energia
utilizada em todo o Estado - 3.114,2 MW (5,13% do Brasil e 38,31% da região
Sul). Segundo o secretário de Energia, José Carlos Elmer Brack, o sistema
interligado transferiu para o RS apenas 840,9 MW na segunda-feira. Elmer
Brack diz que a situação dos reservatórios gaúchos está em momento tranqüilo.
(Governo do Estado do RS - 28.11.2006) 2 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 42,1% O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 42,1%, representando aumento de 0,24% em relação à medição do dia 27 de novembro. A usina de Furnas atinge 38,7% de volume de capacidade. (ONS - 28.11.2006) 3 Sul: nível dos reservatórios está em 47,4% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou elevação de 0,9% no nível de
armazenamento em relação à medição do dia 27 de novembro, com 47,4% de
capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 78,6% de capacidade
em seus reservatórios. (ONS - 28.11.2006) 4 NE apresenta 52,8% de capacidade armazenada Sem apresentar
variação significativa em relação à medição do dia 27 de novembro, o Nordeste
está com 52,8% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 47,5% de volume de capacidade. (ONS - 28.11.2006) 5 Norte tem 33,8% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 33,8% apresentando queda de 0,9%
em relação à medição do dia 27 de novembro. A usina de Tucuruí opera com
24,2% do volume de armazenamento. (ONS - 28.11.2006)
Gás e Termoelétricas Segundo o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, a agência vai reavaliar a regra que limita a participação de empresas como operadoras de blocos ofertados para a próxima rodada. O objetivo da regra, argumenta Lima, é evitar que uma empresa estrangeira concentre uma grande área, permitindo também uma maior competição. "O conceito que devemos limitar o número de áreas é muito firme na ANP. Vamos agora discutir a forma de fazer isso. A idéia é justa, a forma de limitar é uma coisa a se ver", afirmou, acrescentando que a nova regra somente foi usada como pretexto para suspender a licitação. Em outros leilões, diz Lima, pedidos de suspensão eram recorrentes, mas sempre foram negados pela Justiça. A regra, embora não fosse específica a nenhuma empresa, afetava especialmente a Petrobras, cuja atuação em leilões passados era majoritária. A ANP e o MME pretendem apressar a 9ª Rodada, que deverá incluir os 226 blocos previstos no leilão desta semana e que não foram ofertados. "Tudo indica que nossos prazos serão antecipados. A expectativa é de realizar a 9ª Rodada em meados do ano que vem". Segundo Lima, o próximo leilão poderá abranger outras áreas, se essa for a determinação do CNPE. (Valor Econômico - 30.11.2006) 2 ANP se preocupa com meta de auto-suficiência do gás Haroldo
Lima, diretor-geral da ANP, manifestou preocupação com o cumprimento da
meta de auto-suficiência do gás natural, estabelecida pelo próprio presidente
Luiz Inácio Lula da Silva ao ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau.
Como a Oitava Rodada envolvia áreas com potencial reconhecido de gás natural,
o executivo argumentou que a interrupção do leilão reduz as possibilidades
de sucesso a curto prazo. "Essa rodada era especificamente voltada para
esses esforços de complementar as reservas nacionais, no intuito de reduzir
a dependência externa", justificou Lima. "Por mais que tenhamos já garantido
o volume a ser produzido nos próximos dois, três ou quatro anos, é preciso
pensar mais a longo prazo. Os blocos que estariam sendo leiloados ontem
(segunda-feira) e hoje (ontem) entrariam em operação a partir de 2012."
(Gazeta Mercantil - 30.11.2006) 3 Ibama: Gasoduto Meio Norte pode ser construído Na última
quinta-feira (23), o Ibama emitiu mais uma licença de instalação que permite
o início de obras de infra-estrutura para o país. Dessa vez foi para o
empreendedor TMN Transportadora SA, referente à construção do gasoduto
Meio Norte, com extensão aproximada de 948 quilômetros, e capacidade para
transportar 5,035 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural. O
gasoduto será implantado entre o Distrito Industrial de Pecém, no município
de Caucaia, no Ceará, e o município de São Luís, no Maranhão, passando
por Teresina, no Piauí, atravessando ao todo 37 municípios desses Estados.
O diretor de Licenciamento Ambiental do Ibama, Luiz Felippe Kunz Júnior
espera que, com a emissão da licença, o empreendedor inicie o mais breve
possível as obras. "Esperamos que a obra saia, que o empreendedor realmente
construa o gasoduto, para ajudar no desenvolvimento do país. Só espero
que não ocorra o que ocorreu com o gasoduto Urucu-Porto Velho, que o Ibama
licenciou, emitiu a licença que autoriza as obras, e até hoje não há um
metro de duto no local", reitera Kunz. (Ibama - 28.11.2006) 4 Termo Canoas é paralisada para otimizar utilização de gás boliviano A Termo
Canoas, cuja proprietária é a Petrobras e que é abastecida com gás boliviano,
por determinação do ONS, foi paralisada com a iminência de um racionamento.
"O Sistema está otimizando o gás boliviano. Por este motivo, o gás para
a geração na Termo Canos foi cortado para priorizar a UTE Araucária, no
Paraná", acrescentou o secretário estadual de Energia, Minas e Comunicação
do RS, José Carlos Elmer Brack. (Gazeta Mercantil - 30.11.2006)
Grandes Consumidores 1 Votorantim quer importar níquel para elevar produção A Votorantim
Metais está tentando comprar concentrados de níquel no mercado aberto
para ampliar a sua própria produção de níquel. "Estamos buscando comprar
4.000 toneladas de concentrados de sulfureto de níquel para uso em nossa
fábrica matte de níquel de Fortaleza de Minas", disse um funcionário da
empresa ontem. "A idéia é nos ajudar a atingir a plena capacidade operacional
na unidade de matte de níquel no Estado de Minas Gerais, onde as reservas
das minas estão se esgotando", explicou ele. (DCI - 30.11.2006) 2 Petroquímica Paulínia prevê priorizar oferta ao mercado doméstico A perspectiva
de expansão do mercado consumidor de resina no Brasil para os próximos
anos deverá permitir à Petroquímica Paulínia direcionar entre 75% e 80%
de sua produção para atender à demanda interna, revela o presidente da
empresa, Guilherme Guaragna. O início das operações da unidade paulista
está previsto para o primeiro trimestre de 2008, com volume estimado em
300 mil toneladas de polipropileno por ano. A principal vantagem competitiva
da nova planta em relação a outros fabricantes de PP é a localização.
A localização da unidade de Paulínia permitirá aos clientes reduzir os
custos com o frete no caso das compras de PP feitas junto a companhias
instaladas em outros estados. A pré-comercialização de PP se inicia no
ano que vem, segundo Guaragna. A capacidade de produção da Petroquímica
Paulínia saltará de 300 mil toneladas para 350 mil toneladas por ano a
partir de 2010. (DCI - 30.11.2006) 3 Vale eleva previsão para mina de Moçambique A CVRD deverá
extrair cerca de 26 milhões de toneladas de carvão por ano da mina de
Moatize, em Moçambique, ainda em projeto. O volume é 20% maior do que
o previsto em agosto passado. A estimativa da Vale faz parte um estudo
de viabilidade feito para o projeto, que deve ser a maior mina de carvão
do Hemisfério Sul. Há nas reservas da mina potencial de produção de 2
bilhões de toneladas de carvão por 35 anos. Roger Agnelli, presidente
da Vale, tenta expandir a empresa para além da produção de minério de
ferro, de onde extrai mais da metade de sua receita, com o fortalecimento
da extração de produtos também utilizados pelas siderúrgicas. (DCI - 30.11.2006)
Economia Brasileira 1 BNDES prevê investimentos de R$ 1,1 tri de 2007 a 2010 Estudo feito pelo BNDES constatou que as empresas brasileiras de 16 setores projetam investimentos de cerca de R$ 1,1 trilhão em fábricas novas para os próximos quatro anos. A assessoria do banco disse que a efetivação desse volume representará um crescimento de 10% ao ano nos investimentos. Segundo o banco, essa projeção não está atrelado ao crescimento do PIB. "Se tudo isso acontecer e a economia crescer 5%, o impacto desse investimento significaria agregar 3,2 pontos percentuais à taxa de formação bruta de capital, que passaria dos atuais 20% para 23,2% do PIB até 2010", disse a assessoria de assuntos econômicos do banco. Para ler o estudo na íntegra, clique aqui. (Gazeta Mercantil - 30.11.2006) 2 Brasil é sexto na América Latina em infra-estrutura Apesar de estar no grupo de países com grande potencial de crescimento, ao lado de Rússia, Índia e China, o Brasil figura na sexta colocação no ranking de competitividade em infra-estrutura entre 23 países da América Latina. Os cinco primeiros colocados são, respectivamente, Chile, Trinidad & Tobago, Colômbia, Panamá e México. O estudo foi feito entre 15 junho e 15 de novembro deste ano pela CG/LA Infrastructure, empresa americana especializada em desenvolver financiamentos e projetos de política pública e responsável pelo 1º Brasil Leadership Fórum, evento que começou ontem e termina hoje no Parlamento Latinoamericano, em São Paulo. Segundo o presidente da CG/LA Infrastructure, Norman Anderson, o Brasil deve elevar, nos próximos dois a três anos, o investimento em infra-estrutura de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 5% ou 6% . Com isso, o investimento poderá subir dos atuais US$ 20 bilhões para US$ 60 bilhões. (Jornal do Commercio - 30.11.2006) 3
Mantega: investimento "cresceu muito" no terceiro trimestre 4 Copom corta Selic em 0,5 ponto percentual Comitê de
Política Monetária (Copom) optou por manter o ritmo de afrouxamento da
política monetária e cortou a Selic em meio ponto percentual, a 13,25%
a ano. A decisão, sem viés, desta vez não foi unânime. Votaram pelo corte
de meio ponto cinco dos oito integrantes do Copom. Outros três defenderam
uma redução no ritmo para 0,25 ponto percentual de corte. Esta foi a décima
segunda redução consecutiva no juro desde que o ciclo de queda foi iniciado,
em setembro do ano passado, e o quinto consecutivo de meio ponto. No período,
o juro real caiu 5,3 pontos percentuais, indo de 14,03% para 8,72% ao
ano. O placar apertado da reunião do Copom, de 5 a 3 pela manutenção do
ritmo de corte, pode sinalizar disposição de reduzir o passo em 2007.
(Gazeta Mercantil - 30.11.2006) O IGP-M
apontou inflação de 0,75% em novembro, ante 0,47% em outubro. A aceleração
foi puxada pelos preços no atacado, que subiram de 0,65% para 1,02%. No
ano, o IGP-M acumula alta de 3,50% e, em 12 meses, apresenta a mesma taxa.
O índice relativo aos bens finais variou 0,46% em novembro. Em outubro,
esse grupo apresentou uma queda de 0,16%. No estágio inicial da produção,
o índice de matérias-primas brutas variou 3,63%, em novembro, ante 3,76%,
em outubro. O IPC registrou alta de 0,27%, em novembro, acima da apurada
em outubro, de 0,10%. Das sete classes de despesa, alimentação (-0,17%
para 0,94%) foi a que mais contribuiu para aceleração. A maior influência
partiu dos alimentos in natura, em função dos acréscimos registrados nas
taxas de hortaliças e legumes (-1% para 2,56%) e frutas (-6,96% para -0,20%).
O grupo transportes também registrou aceleração. O INCC (Índice Nacional
de Custo da Construção) elevou-se 0,23%, em novembro. No mês anterior,
a taxa havia sido de 0,18%. (Folha de São Paulo - 30.11.2006) 6 LCA projeta expansão de 0,25% Depois da alta de 0,75% no IGP-M de novembro, a LCA projeta expansão de 0,25% em dezembro. Na previsão está embutida a perspectiva de desaceleração dos preços agropecuários no atacado. (Folha de São Paulo - 30.11.2006) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 BID quer estimular novos projetos na América Latina O Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) lançou esta semana uma iniciativa
visando respaldar o consumo de energias renováveis na América Latina,
diante da crescente demanda na região de créditos e suporte técnico, depois
da alta dos preços do petróleo e do sucesso do etanol no Brasil. A iniciativa
"Energia sustentável e mudanças climáticas" foi lançada em uma reunião
de dois dias em Washington, da qual participaram cerca de 400 pessoas
da América Latina, Estados Unidos e Europa, explicou Antonio Vives, gerente
do departamento de desenvolvimento sustentado do BID. O projeto "pretende
estimular ou desenvolver o interesse nos países para o empreendimento
de ações que tendam a tornar mais sustentável o consumo de energia, usando
energias renováveis ou eficiência energética com o objetivo de minimizar
o impacto que isto possa ter nas mudanças climáticas", afirmou. A instituição
oferecerá empréstimos e apoio técnico ao setor público e privado da América
Latina: "Por exemplo, se quiser construir uma refinaria de etanol, o banco
estará em condições de oferecer financiamento para esta finalidade", ressaltou
Vives. (Gazeta Mercantil - 30.11.2006)
Biblioteca Virtual do SEE 1 FILHO, Ernani Teixeira Torres; PUGA, Fernando Pimentel. Investimentos vão crescer entre 2007 e 2010. BNDES - Visão do Desenvolvimento no 21. Rio de Janeiro, novembro de 2006. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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