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IFE: nº 1.938 - 29 de novembro de 2006
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Aneel exclui térmicas a gás do sistema
2 Rondeau critica decisão da Aneel
3 Kelman: decisão não altera a configuração do sistema elétrico
4 Decisão da Aneel tem que passar pelo crivo do ONS e da CCEE
5 Abrace: é preciso conhecer a proposta da Petrobras
6 Abraceel: "Aneel tomou uma decisão dura"
7 Economistas levam a Mantega sugestões de projetos na área de energia
8 EPE realizará workshop "Leilão de Eficiência Energética"
9 Curtas

Empresas
1 Copel busca expansão do sistema elétrico no PR
2 Copel parceria com a empresa do grupo Eletrobrás é ideal
3 CPFL quer resgate antecipado de debêntures
4 S&P eleva ratings da CESP
5 Cotações da Eletrobrás

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 42%
2 Sul: nível dos reservatórios está em 47%
3 NE apresenta 52,8% de capacidade armazenada

4 Norte tem 34,1% da capacidade de armazenamento

Gás e Termelétricas
1 Justiça suspende leilão da ANP
2 ANP declara encerrado leilão de gás e petróleo
3 Petrobrás dominava o leilão da ANP
4 Petrobras sugere alternativas à Aneel
5 Nova prorrogação nas negociações com a Bolívia
6 Revisão de contratos no Equador pode afetar Petrobras
7 Gazprom quer, até março, contrato do gasoduto
8 Consumo de gás tem leve alta e bate novo recorde
9 Comgás contrata financiamento de R$ 940 mi junto ao BNDES
10 Gás natural chega a Goiás com a GásLocal
11 BNDES poderá financiar 100% projetos de agroenergia

Grandes Consumidores
1 CVM retoma análise de debêntures da Vale

Economia Brasileira
1 OCDE: Brasil crescerá 4% só em 2008
2 Furlan: Juros atrapalharam crescimento

3 IGP-M acelera para 0,75% em novembro
4 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Iberdrola compra Scottish Power por US$ 22,44 bi
2 Aposta dos espanhóis em energias renováveis

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Aneel exclui térmicas a gás do sistema

A energia das térmicas a gás deixou de valer como seguro do sistema elétrico, apesar da discordância do MME. A Aneel decidiu que vai considerar a real capacidade de geração das usinas e não mais a declarada. O despacho das térmicas esbarra na falta de gás natural para suprir todas ou muitas delas ao mesmo tempo. Em outubro, o ONS convocou nove usinas a gás a entrar em operação, mas seis funcionaram, com a geração de 1.669 MW médios, bem menos que os 4.557 MW declarados como potência instalada. A diferença entre a disponibilidade real e a declarada de geração de energia chegou a 2,88 mil MW em outubro, provocando, segundo a Aneel, distorção no planejamento. A resolução foi aprovada por unanimidade pelos cinco integrantes da diretoria da Aneel. (Gazeta Mercantil - 29.11.2006)

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2 Rondeau critica decisão da Aneel

O ministro Silas Rondeau criticou ontem a decisão da agência de excluir do cálculo de disponibilidade do fornecimento de energia as usinas termelétricas que não têm o suprimento de gás assegurado. Segundo o ministro, não basta pensar na garantia do fornecimento sem levar em conta a "modicidade tarifária", que estaria em risco com a decisão da agência. "Não vamos sacrificar a modicidade tarifária por conta de uma garantia que não gera nenhum MW", disse o ministro. Na avaliação de Rondeau, a medida só faz subir os preços da energia, sem solucionar o problema. "Se as térmicas forem retiradas [como definiu a Aneel], o preço no mercado spot [livre, das geradoras de energia sem contrato com distribuidoras] explode. A tarifa vai ser punida sem agregar nenhum MW." Segundo o ministro, a Aneel só avaliou a questão do ponto de vista da segurança do abastecimento, esquecendo-se de analisar a problemática da tarifa. "Vamos só atentar para o foco da segurança energética mesmo que isso comprometa o preço da energia? É preciso negociar para equilibrar os dois interesses e definir como vamos garantir o fornecimento sem uma explosão tarifária", afirmou Rondeau. De acordo com o ministro, várias medidas estão sendo tomadas para "minimizar o risco" de faltar gás para as termelétricas, como a antecipação da produção de gás no Sudeste e a alternativa de importação de GNL por navios. (Folha de São Paulo - 29.11.2006)

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3 Kelman: decisão não altera a configuração do sistema elétrico

O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, frisou que a decisão da agência de considerar a real capacidade de geração das usinas e não mais a declarada não altera a configuração do sistema elétrico. "Nós não estamos mudando coisa nenhuma, estamos apenas medindo com mais precisão", frisou. O preço para os consumidores atendidos por distribuidoras não será afetado. Kelman, comparou à medida à necessidade de medir a febre de um doente. "Estamos torcendo para as condições mudarem para melhor. Estamos aqui como alguém que tem a tarefa desagradável de colocar o termômetro em um doente", disse Kelman. (Valor Econômico - 29.11.2006)

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4 Decisão da Aneel tem que passar pelo crivo do ONS e da CCEE

A decisão da Aneel de excluir térmicas a gás do sistema terá que passar pelo crivo do ONS e da CCEE. Os dois terão 30 dias para submeter à Aneel uma nova metodologia para acompanhar a geração termelétrica fora da regra de menor custo - que define, em função do preço, quem entra no sistema quando é preciso poupar água de algum reservatório. (Valor Econômico - 29.11.2006)

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5 Abrace: é preciso conhecer a proposta da Petrobras

O presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (Abrace), Eduardo Spalding disse que é preciso conhecer a proposta da Petrobras para resolver a indisponibilidade de gás antes de estimar as consequências da decisão da Aneel. "Se ela (Petrobras) tem o gás não tem porque retirar (das térmicas). Se ela não tem o gás, é bom saber de onde vai tirar. Nossa preocupação é com a segurança do suprimento. E isso ainda está obscuro, pois não se conhece o plano da Petrobras e em que medida ele pode nos envolver como consumidores de gás ou de energia elétrica", explicou. (Valor Econômico - 29.11.2006)

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6 Abraceel: "Aneel tomou uma decisão dura"

Para o presidente da Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), Paulo Pedrosa, a agência atribuiu parte do problema causado pela indisponibilidade de gás aos agentes do setor. "A Aneel tomou uma decisão que é dura para o mercado, ao atribuir a ele o custo de um problema que, a nosso ver, é maior que o mercado de energia elétrica, já que se trata da alocação do uso do gás e de política energética", ponderou. (Valor Econômico - 29.11.2006)

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7 Economistas levam a Mantega sugestões de projetos na área de energia

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, recebeu nesta terça-feira, dia 28, como contribuição de um grupo de economistas do Rio de Janeiro, sugestões de projetos na área de energia elétrica e logística. As sugestões foram levadas pelo ex-ministro da Previdência Social e ex-presidente do BNDES Rafael de Almeida Magalhães. Para Magalhães, o Estado precisa investir mais em infra-estrutura para se tornar eficiente e crescer. Segundo ele, é necessário criar condições para que o país possa investir. Ele não acredita que seja possível mobilizar capitais privados suficientes para enfrentar os problemas que se acumularam no tempo. "A sugestão é que o estado tenha uma intervenção muito mais definida, firme, forte", apontou. Magalhães ressaltou que energia e logística são questões prioritárias para que o país retome o desenvolvimento sustentável. O ex-ministro sugeriu que o governo apresente um projeto, em forma de lei complementar, para destravar questões como a da área ambiental, para que os projetos de infra-estrutura deslanchem. Participam da equipe que ajudou na elaboração de projetos para o crescimento do país economistas como Carlos Lessa, João Paulo, José Luís Fiori e Aluísio Teixeira. (Agência Brasil - 28.11.2006)

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8 EPE realizará workshop "Leilão de Eficiência Energética"

A EPE realizará no dia 7 de dezembro, no Rio de Janeiro, um workshop inédito no país, destinado a debater as possibilidades de aplicação do "Leilão de Eficiência Energética" no Brasil. Ainda em fase de aprimoramento e discussões, a proposta de realização de leilões para a área de eficiência energética integra o leque de opções que podem ser utilizadas para atendimento à demanda. A programação completa do evento pode ser obtida clicando aqui. Mais informações no telefone (21) 3512-3101. (EPE - 29.11.2006)


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9 Curtas

O ministro Silas Rondeau disse que será lançado no dia 15 de dezembro o Plano Nacional de Energia, que definirá todo o planejamento do setor. Uma das metas é o país atingir a produção de 5 milhões de barris por dia de petróleo (hoje, é de 1,8 milhão) em 2030, num cenário de crescimento econômico de 4,5% a 5,5% ao ano. (Folha de São Paulo - 29.11.2006)

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Empresas

1 Copel busca expansão do sistema elétrico no PR

Segundo presidente da Copel, Rubens Ghilardi, é preciso primeiro concentrar os esforços nos projetos que buscam a expansão do sistema elétrico paranaense para depois alçar vôos maiores, começando pelos estados do Sul. "Temos ainda grandes negócios para disputar no Paraná", afirma ele, referindo-se à participação da empresa nos próximos leilões de concessões de usinas hidrelétricas e linhas de transmissões promovidos pela Aneel. O primeiro grande passo para o crescimento interno da capacidade de geração da companhia foi dado no mês passado: o consórcio Cruzeiro do Sul, formado pela companhia paranaense (51%) e Eletrosul (49%), subsidiária da Eletrobrás, conquistou o lote da Usina Hidrelétrica Mauá, com potência instalada de 362 MW. Somente nessa usina, a Copel e sua parceira do Sul pretendem investir R$ 950 milhões. O passo seguinte será mirar as atenções em mais três projetos de usinas hidrelétricas já traçados para o Paraná, mas que foram barrados dos leilões da Aneel por questões ambientais: Baixo Iguaçu (no rio Iguaçu), Salto Grande (rio Chopim) e a usina Telêmaco Borba (rio Tibagi), "Quando esses projetos forem leiloados vamos entrar na disputar para ganhar", enfatiza Ghilardi. (Gazeta Mercantil - 29.11.2006)

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2 Copel parceria com a empresa do grupo Eletrobrás é ideal

Na avaliação do presidente da Copel, Rubens Ghilardi, a parceria com a empresa do grupo Eletrobrás é ideal, pois, além das duas companhias atuarem na mesma base geográfica, elas se completam, já que a Copel só pode se associar a outras companhias tendo o controle da sociedade, enquanto a Eletrosul só está autorizada a constituir parceria tendo participação minoritária no empreendimento. Além de investir em usinas hidrelétricas, a Copel quer ampliar sua rede de linha de transmissão e construir novas PCHs. ''Pretendemos construir mais nove no Paraná'', diz o diretor de finanças Roberto Trompczynski. (Gazeta Mercantil - 29.11.2006)

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3 CPFL quer resgate antecipado de debêntures

A CPFL anunciou que pretende exercer o direito de resgate antecipado da totalidade do saldo das debêntures em circulação, através de comunicado aos titulares das debêntures em circulação da primeira série da 1ª emissão da companhia. Porém, a captação dos recursos necessários para o resgate está condicionado à efetiva realização da 3ª emissão da companhia. O resgate antecipado total ocorrerá no dia útil imediatamente posterior à data de publicação do anúncio de início da distribuição pública das debêntures da 3ª emissão (Data de Resgate). No dia útil imediatamente posterior à esta data, a companhia efetuará o pagamento do saldo do Valor Nominal Unitário das debêntures não amortizado até a Data de Resgate, acrescido da remuneração até a referida data, bem como da respectiva atualização monetária. (Monitor Mercantil - - 29.11.2006)

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4 S&P eleva ratings da CESP

A Standard & Poor's elevou o rating de crédito corporativo da Cesp e os ratings atribuídos a várias emissões da empresa, de 'CCC+' para 'B-' na escala global. A perspectiva dos ratings é positiva. Esta elevação reflete a melhoria no perfil de risco financeiro da empresa após sua capitalização em meados de 2006, cujos recursos no valor de R$ 3,2 bi foram utilizados para pré-pagar dívidas reduziram seu endividamento para cerca de R$ 2,2 bi. "De acordo com nossas projeções, os indicadores financeiros da CESP ainda são relativamente fracos para a categoria 'B', mesmo assim consideramos uma elevação dos ratings caso a empresa seja capaz de solucionar esses vencimentos a condições favoráveis apresentando um perfil de amortização mais longo e custos mais baixos de dívida" disse Juliana Gallo, analista da S&P. (S&P - 28.11.2006)

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5 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 28-11-2006, o IBOVESPA fechou a 41.043,15 pontos, representando uma alta de 0,31% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,15 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,34% fechando a 12.772,06 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 48,01 ON e R$ 44,00 PNB, alta de 3,03% e 2,16%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 29-11-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 48,50 as ações ON, alta de 1,02% em relação ao dia anterior e R$ 44,38 as ações PNB, alta de 0,86% em relação ao dia anterior. (Investshop - 29.11.2006)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 42%

O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 42%, não apresentando alteração significante em relação à medição do dia 26 de novembro. A usina de Furnas atinge 38,8% de volume de capacidade. (ONS - 27.11.2006)

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2 Sul: nível dos reservatórios está em 47%

O nível de armazenamento na região Sul apresentou elevação de 0,2% no nível de armazenamento em relação à medição do dia 26 de novembro, com 47% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 79,3% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 27.11.2006)

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3 NE apresenta 52,8% de capacidade armazenada

Sem apresentar variação significativa em relação à medição do dia 26 de novembro, o Nordeste está com 52,8% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho opera com 47,3 de volume de capacidade. (ONS - 27.11.2006)

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4 Norte tem 34,1% da capacidade de armazenamento

O nível de armazenamento da região Norte está em 34,1% apresentando queda de 0,2% em relação à medição do dia 26 de novembro. A usina de Tucuruí opera com 24,8% do volume de armazenamento. (ONS - 27.11.2006)

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Gás e Termoelétricas

1 Justiça suspende leilão da ANP

Liminar concedida pela Justiça do Distrito Federal, atendendo a ação popular impetrada pela deputada federal Dra. Clair Martins (PT-PR) suspendeu ontem a Oitava Rodada de Licitações da ANP, quando o certame estava na metade da duração programada do primeiro dia. Mesmo assim, a ANP manteve a programação, e pretende estender a duração programada para o dia até que o leilão seja finalizado. O diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, afirmou que o corpo jurídico da ANP esperava reverter a situação. A ação contestava a restrição de ofertas que cada empresa poderia fazer em cada setor, alegando que tal medida dificulta a concorrência. Segundo Lima, a ação proposta pela deputada petista é "inconsistente e cheia de erros". Em relação à validade dos lances feitos ontem pela manhã, o diretor disse que dependeria da interpretação jurídica dada à ação da deputada. (Jornal do Commercio - 29.11.2006)

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2 ANP declara encerrado leilão de gás e petróleo

O oitavo leilão de áreas de petróleo e gás do governo brasileiro foi declarado encerrado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), em função de uma liminar da 9a Vara Federal de Brasília, que suspendeu o processo no meio da tarde da terça-feira. A informação foi dada nesta quarta-feira pelo diretor geral da ANP, Haroldo Lima. "É o preço que pagamos pelo jogo democrático", disse Lima no horário previsto para a abertura do leilão nesta quarta-feira. Foi a primeira vez que um leilão da ANP acabou suspenso pela Justiça após seu início. (Reuters - 29.11.2006)

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3 Petrobrás dominava o leilão da ANP

Até a suspensão, haviam sido leiloados 38 blocos nas bacias de Santos e de Tucano Sul , dos 58 oferecidos. Os blocos leiloados garantiram arrecadação de R$ 588,147 milhões em Bônus de Assinatura, segundo a ANP. Nem mesmo a limitação imposta pela ANP impediu que a Petrobras dominasse mais uma vez o leilão. Das 22 propostas feitas pela companhia, a estatal saiu vencedora em 20 delas (nove como operadora), sendo que em uma licitação a vitória foi impugnada em função das regras restritivas. Para driblar essa limitação, a estatal optou por não atuar como operadora em diversos blocos, apesar de ter a maior participação nessas áreas. As regras da ANP permitem que uma sócia possa vender sua parte no bloco, inclusive a condição de operadora. Haroldo Lima garantiu, no entanto, que a ANP vai avaliar caso a caso, evitando que as regras sejam dribladas. "Estamos prevenidos quanto a quem quer burlar as regras definidas para a rodada", frisou. (Jornal do Commercio - 29.11.2006)

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4 Petrobras sugere alternativas à Aneel

O diretor da área de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, disse que a companhia entregou à Aneel proposta que prevê alternativas de suprimento de gás além do contratado para consumo. "Nós já perdemos R$ 650 milhões este ano com gás que compramos a preço boliviano e vendemos a preço do PPT para as térmicas Norte Fluminense, Juiz de Fora, Termopernambuco e Termofortaleza", disse ele, repetindo que essas são as únicas usinas com contrato. "Eu rejeito a idéia de que a Petrobras, sem ter contrato de venda e nem receita, tenha que garantir o fornecimento de gás gratuitamente, custeando capital e outros encargos para garantir combustível sem contrato. Não existe sistema que funcione com base em contribuição gratuita e onerosa, causando prejuízo a um grupo de agentes para beneficiar consumidores livres e comercializadores descobertos e sem contratos de médio e longo prazos", disse Sauer. Para diminuir seus prejuízos, a Petrobras propõe duas medidas à Aneel. A primeira é o reajuste do preço da energia das usinas da companhia, com base nos custos marginais do gás. Em segundo lugar, sugere a contratação de capacidade de reserva de algumas térmicas próprias, de modo a remunerar os custos permitindo ainda que o sistema tenha uma geração reserva. (Valor Econômico - 29.11.2006)

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5 Nova prorrogação nas negociações com a Bolívia

O ministro do MME, Silas Rondeau, afirmou ontem que estenderá, pelo tempo que for necessário, as negociações acerca de ajuste no preço do gás boliviano, até que se chegue a um consenso. Ele explicou que se for preciso fixar mais um prazo para que se chegue a um novo preço, quem terá que pedir essa extensão será a estatal boliviana YPFB. "A exploração de gás na Bolívia é um projeto com retorno em 30 anos e investimentos maciços. Não havia produção de um lado e mercado do outro. Isso tem que ser amortizado com preços justos", disse Rondeau, frisando que acredita que haja consenso até o próximo dia 10, prazo para que se defina a questão pela Petrobrás e YPFB. Rondeau lembrou que o que vem arrastando as negociações é a discussão a respeito do preço do gás. O ministro explicou que o problema relativo à produção dos campos já está em discussão no Congresso boliviano, e a questão da estatização das duas refinarias da Petrobrás já é avaliada no que se refere à indenização que a estatal brasileira teria direito. "A Bolívia não vem dando dor de cabeça, vem dando trabalho", afirmou. (Jornal do Commercio - 29.11.2006)

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6 Revisão de contratos no Equador pode afetar Petrobras

O presidente eleito do Equador, Rafael Correa, disse que será sua prioridade renegociar os contratos vigentes com petrolíferas estrangeiras para ampliar a participação estatal na produção. Entretanto seu principal assessor de energia, cotado para ser presidente da estatal PetroEcuador, disse que o governo vai buscar mais investimentos do setor privado. A declaração de Pareja contrasta com posições assumidas por Correa durante a campanha, quando ele disse que "os investimentos estrangeiros não estão nos trazendo mais empregos". Atualmente, a estatal PetroEcuador recebe de 22% a 30% líquidos da produção das companhias privadas de petróleo que operam no. "Vamos revisar a participação (em volume) do Estado nesses contratos", disse Correa, sem especificar a relação percentual que buscará. Ele avaliou que o atual esquema de distribuição é injusto, daí a pressa para ampliar a produção e alimentar a arrecadação fiscal. O ministro do MME do Brasil, Silas Rondeau, minimizou as ameaças. Segundo Rondeau, antes da realização de qualquer investimento, a Petrobras avalia cuidadosamente o risco que ele pode representar. (Valor Econômico - 29.11.2006)

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7 Gazprom quer, até março, contrato do gasoduto

A maior empresa de gás natural do mundo, a russa Gazprom, anuncia que pretende assinar acordo com Brasil e Venezuela no primeiro trimestre de 2007 para fazer parte das obras do gasoduto que ligará Venezuela, Brasil e Argentina. "A América do Sul será estratégica para nós e queremos participar dos projetos na região. Esperamos que o primeiro deles seja o gasoduto", afirmou Stanislav Tsygankov, diretor internacional de Gazprom. O executivo contou que fará visita ao Brasil no início de 2007. "Já estamos negociando participação no gasoduto. Queremos fechar o acordo para não perder essa oportunidade", afirmou o russo. O gasoduto deve custar até US$ 23 bilhões e ser concluído em 2012. "Estamos em fase final de discussão sobre como poderemos participar. Nosso investimento dependerá do que ficará decidido nessas negociações", explicou Tsygankov. (Jornal do Commercio - 29.11.2006)

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8 Consumo de gás tem leve alta e bate novo recorde

O consumo de gás natural em outubro chegou a 44,4 milhões de metros cúbicos por dia, superando a marca de 44,2 milhões de m3 diários verificada em setembro pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). A Região Sul segue como mola propulsora do consumo e usou 29,6 milhões de m3/dia, o equivalente a 66% da média nacional. Em seguida aparece o Sul, com 7,3 milhões de m3, depois Nordeste e Centro-Oeste com 6,8 milhões de m3/dia e 0,8 milhões de m3/dia, respectivamente. Na comparação com o mês de setembro, a alta foi de 0,79%. O aumento do consumo em outubro foi maior nos setores de geração elétrica (5,56%) e automotivo (1%). Na contramão do movimento, os setores residencial, comercial e industrial tiveram retração de 1,53%, 4,71% e 0,57%, nesta ordem. O mês de outubro apresenta alta de 9,74% frente a igual período de 2005. No intervalo, o setor que mais se destacou foi o automotivo, com crescimento de 22,11% nos últimos 12 meses. (Setorial News - 29.11.2006)

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9 Comgás contrata financiamento de R$ 940 mi junto ao BNDES

A Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) divulgou ontem Fato Relevante informando que, de acordo com deliberação tomada na reunião do Conselho de Administração da companhia realizada no último dia 16 de novembro e conforme contratos assinados em 17 e 24 de novembro, foi celebrada a contratação de financiamento de longo prazo junto ao BNDES, no montante de R$ 940 milhões. Esse financiamento será destinado destinado à expansão, modernização e reforço da rede de distribuição de gás canalizado e outros investimentos para dar suporte à operação da companhia, dentro de todos os mercados em que a Comgás presta o serviço público de distribuição de gás, conforme expectativas da companhia para seus investimentos no triênio de 2006, 2007 e 2008. (Agência Leia - 29.11.2006)

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10 Gás natural chega a Goiás com a GásLocal

A partir de hoje, o Estado de Goiás passa a ser abastecido com gás natural, transportado e comercializado pela GásLocal, empresa formada pela associação entre White Martins e a Petrobras. A GásLocal atua em regiões não abastecidas por gasodutos, transportando o gás na forma liquefeita em carretas. O fornecimento em Goiás será feito a partir de contrato da GásLocal com a Agência Goiana de Gás Canalizado (Goiasgás), responsável pelo abastecimento no estado. O consórcio entre White Martins, Petrobras e GásLocal começou a operar em agosto com investimentos de US$ 50 milhões na instalação de uma unidade de produção de GNL em Paulínia, em São Paulo. (DCI - 29.11.2006)

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11 BNDES poderá financiar 100% projetos de agroenergia

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, anunciou que o BNDES poderá financiar totalmente projetos para a produção de energia a partir de vegetais, a chamada agroenergia. Segundo Furlan, o BNDES estuda mudanças nos limites de financiamento. "Pretendemos passar a financiar 100% do investimento, que hoje é de 90%", revelou. Furlan ressaltou que o melhoramento das usinas que utilizam matérias primas vindas da agricultura, como o bagaço da cana-de-açúcar ou o óleo de mamona, representa um passo estratégico para o país ampliar a produção de agroenergia. "Temos duas possibilidades de avançar nisso. Uma é com a melhora dos equipamentos e a adoção de melhores tecnologias. Outra é a de reciclar hoje operações de produção que não usam a agroenergia. Isso multiplicaria a produção". (Agência Brasil - 28.11.2006)

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Grandes Consumidores

1 CVM retoma análise de debêntures da Vale

A CVM acatou ontem o recurso da Companhia Vale do Rio Doce contra a suspensão por sete dias da análise do pedido de emissão de R$ 5 bilhões em debêntures da empresa. Com isso, a autarquia volta a analisar o processo de oferta da mineradora brasileira. A CVM havia interrompido a análise da operação devido à divulgação de notícias de que a demanda pelos papéis já estava fechada. No recurso enviado à CVM, a Vale esclareceu que "carecem de respaldo especulações publicadas na imprensa sobre a demanda por debêntures de sua emissão". Conforme o comunicado, a demanda pelas debêntures e a remuneração do papel só serão conhecidas após o final do processo de bookbuilding. O pedido de distribuição, que prevê a oferta de duas séries de 500 mil debêntures nominativas escriturais, não conversíveis em ações, foi feito no dia 16 deste mês. (Gazeta Mercantil - 29.11.2006)

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Economia Brasileira

1 OCDE: Brasil crescerá 4% só em 2008

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico disse que o crescimento do PIB brasileiro só chegará à casa dos 4% em 2008. A organização também reviu suas previsões de crescimento, para 3,1% em 2006 e 3,8% no ano seguinte. Em documento apresentado há seis meses, as expectativas eram de 3,8% e 4%, respectivamente. Apesar da redução na previsão de crescimento, para a entidade, a atividade está mostrando sinais de recuperação. Para a China, a OCDE projeta uma expansão de 10,3%. Para a Índia, estima-se 7,5%. A previsão para a Rússia é a mais modesta, crescimento de 6% em 2007. (Folha de São Paulo - 29.11.2006)

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2 Furlan: Juros atrapalharam crescimento

No primeiro dia da reunião do Copom, o ministro do Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) afirmou que o nível dos juros na maior parte do ano e a falta de investimentos públicos e privados comprometeram o crescimento econômico para 2006. Questionado sobre o desempenho do PIB, o ministro disse que "Certamente, a taxa de juros no início do ano atrapalhou", afirmou. Ele evitou comentar qual seria o nível ideal para as taxas reais de juros de 2007. No entanto, afirmou que a atual trajetória de queda na Selic traz boas perspectivas para a economia. "Agora temos uma taxa de juros mais adequada. Ela ainda está alta, mas cadente", ressaltou. (Valor Econômico - 29.11.2006)

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3 IGP-M acelera para 0,75% em novembro

O IGP-M apontou inflação de 0,75% em novembro, ante 0,47% no mês anterior. A aceleração foi puxada pelo comportamento dos preços no atacado, que subiram de 0,65% para 1,02%. O índice relativo aos Bens Finais variou 0,46%, em novembro. Em outubro o grupo mostrara queda de 0,16%. O índice de Matérias-Primas Brutas variou 3,63%, em novembro, ante 3,76%, em outubro. O IPC registrou alta de 0,27% em novembro, acima dos 0,10% apurados em outubro. O INCC elevou-se 0,23% em novembro. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,18%. No ano, o IGP-M acumula alta de 3,50%. (Valor Online - 29.11.2006)

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4 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial abriu as operações em baixa em relação ao fechamento de ontem, a R$ 2,1780. Em pouco mais de 20 minutos de atividades, a moeda era negociada a R$ 2,1770 na compra e a R$ 2,1790 na venda, com recuo de 0,41%.No dia anterior, o dólar comercial declinou 0,22%, a R$ 2,1860 na compra e R$ 2,1880 na venda. (Valor Online - 29.11.2006)

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Internacional

1 Iberdrola compra Scottish Power por US$ 22,44 bi

No contexto de consolidação do setor energético na Europa a Scottish Power, anunciou ontem que foi comprada pela Iberdrola, por US$ 22,44 bilhões, criando assim o terceiro grupo europeu do setor. A nova empresa terá valor (de capitalização na Bolsa e dívida) de 63,8 bilhões de euros e faturamento acumulado de 20 bilhões de euros, com base em seus últimos resultados anuais. Por enquanto, nenhum outro candidato lançou oferta pela escocesa Scottish Power. Graças a esta fusão, que deve ser concluída em um prazo de cinco meses, segundo o calendário anunciado ontem, a Iberdrola prevê obter sinergias por valor de 130 milhões de euros, graças sobretudo a "economias de custos operacionais e financeiros", afirmou o diretor financeiro do grupo, José Sainz. O grupo espanhol, que espera obter a autorização da Comissão Européia até 16 de fevereiro, destacou ainda que "não previa mudanças nos planos de investimento da Scottish Power". (Jornal do Commercio - 29.11.2006)

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2 Aposta dos espanhóis em energias renováveis

A Iberdrola, que detém 17% do segundo maior fabricante mundial de energia eólica, o espanhol Gamesa, aposta definitivamente no crescimento com energia eólica, cuja capacidade instalada deve passar de 4.076 MW, a 10.000 MW em 2009. Mais de um terço dos 9 bilhões de euros de investimentos previstos pela Iberdrola daqui a 2009 serão assim consagrados ao desenvolvimento do setor de energias renováveis. A Iberdrola havia destacado no início de outubro que quer desenvolver, sobretudo, sua atividade na Espanha (62% dos investimentos previstos) e consagrar 3,4 bilhões de euros ao desenvolvimento "das atividades rentáveis" na Europa e nos Estados Unidos. Num setor energético espanhol em plena efervescência, esta nova participação alimentou especulações sobre uma aproximação futura da Iberdrola com o grupo espanhol da eletricidade, Union Fenosa, que é controlada pela ACS. (Jornal do Commercio - 29.11.2006)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Jornalista: Juliana Lanzarini
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Bianca Reich, Guilherme Branquinho, Larissa Barbosa, Igor Briguiet e Rodrigo Fonseca.

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