l IFE: nº 1.937 - 28
de novembro de 2006 Índice
Opinião Regulação
e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Opinião 1 Resultado do Leilão de Linha de Transmissão O resultado
do leilão dos 7 lotes de LT foi uma grande surpresa pelos deságios resultantes
que variaram de 33,6% a 58,3%. A competição entre as 20 empresas pré-qualificadas
teve como vencedores as empresas espanholas Cobra e Elecnor, que ficaram
com os 3 maiores lotes , a ISA-CTEEP (1 lote), a Alusa (2 lotes) e da
Chesf (1 lote). Este resultado mostra que há grande interesse das empresas
em investir neste segmento, mesmo com taxas de retorno menores. Os deságios
resultantes se explicam pela segurança do investimento e das possibilidades
de ganhos de escala que a RAP do edital não consegue prever. Além disto,
a consolidação dos fundamentos macroeconômicos e a projeção de cenário
macroeconômico de estabilidade, com redução dos juros e valorização do
Real, associado ao crescimento do setor elétrico, são variáveis que também
explicam os resultados do leilão. Em síntese, este leilão demonstra e
indica de forma clara e inquestionável que o marco regulatório do segmento
de transmissão está consolidado e que as taxas de retorno do setor elétrico
estão se ajustando a este elemento estratégico. (GESEL-IE-UFRJ - 28.11.2006)
Regulação e Reestruturação do Setor 1 EPE: investimentos do PET 2007-2011 chegam a R$ 2,6 bi O sistema
de transmissão de energia elétrica no Brasil continuará seu processo de
expansão nos próximos anos, com investimentos próximos aos R$ 2,6 bilhões
nos principais empreendimentos previstos. A indicação consta no Programa
de Expansão de Transmissão - PET 2007-2011, que reúne todas as instalações
planejadas na rede básica e demais instalações de transmissão a serem
incorporadas ao Sistema Interligado Nacional - SIN nos próximos cincos
anos, além de reforços e equipamentos autorizados ou já licitados. O PET
2007-2011 foi elaborado pela EPE a partir de estudos desenvolvidos em
conjunto com as empresas do setor elétrico, através de Grupos de Estudos
de Transmissão Regionais. O objetivo do relatório é apresentar, de forma
detalhada, obras de transmissão necessárias à rede básica, de modo a atender
com segurança, confiabilidade e menor custo ao crescimento do sistema
- suportando também a incorporação de novas usinas geradoras para o período.
O documento também indica, de forma referencial, as estimativas dos investimentos
das instalações de transmissão recomendadas. Para ler o documento na íntegra,
clique aqui.
(EPE - 28.11.2006) 2 Rondeau confirma plano para flexibilizar a atuação da Eletrobrás O ministro
das Minas e Energia, Silas Rondeau, confirmou que o governo está elaborando
um projeto de lei para flexibilizar a atuação da Eletrobrás. Uma das medidas
incluídas no projeto visa autorizar a Eletrobrás a realizar captações
no mercado externo sem que a operação impacte no cálculo de superávit
primário. "O que se pretende é revisitar a lei de criação da Eletrobrás
e adequar os dispositivos para que o desempenho operacional da Eletrobrás
seja semelhante ao da Petrobras no mundo. A Eletrobrás poderia captar
recursos sem pressionar o resultado primário", explicou Rondeau, após
participar da abertura da Oitava Rodada de Licitações da ANP. Ele acredita
que esta e outras medidas permitirão a Eletrobrás a ser um importante
ator no setor mundial de energia. "O maior desafio da Eletrobrás é ser
competitiva, ancorada na geração da energia", afirmou. (Agência Leia -
28.11.2006) 3 Peixe Angical será amortizada em oito anos Desde a
concessão em 2001 e a entrada em operação integral em setembro deste ano,
a hidrelétrica de Peixe Angical, em Tocantins, passou por processos de
transformação. O empreendimento, uma parceria entre a Energias do Brasil
(60%) e Furnas (40%), ficou um ano com as obras paradas entre 2002 e 2003,
por problemas de financiamento. Com a entrada de Furnas, as obras foram
retomadas com forte ritmo, e em janeiro deste ano, o reservatório começou
a ser formado. O projeto contou com investimento de R$ 1,6 bilhão. Segundo
Custódio Miguens, diretor-presidente da Enerpeixe, controladora da usina,
a amortização dos investimentos se dará entre oito e nove anos. Peixe
Angical foi inaugurada, oficialmente, nesta segunda-feira, 27 de novembro,
em Tocantins. A usina tem uma capacidade de 452 MW. São três turbinas
Kapplan para gerar uma energia assegurada de 2.374 GWh. (Agência Canal
Energia - 27.11.2006) 4 Construção da usina de Salto Pilão é assegurada na justiça A construção
da usina de Salto Pilão, no rio Itajaí-Açu, foi assegurada pelo Tribunal
Federal da 4ª região na última terça-feira (21/11). A justiça negou o
pedido da Associação de Preservação do Meio Ambiente do Alto-Vale do Itajaí
(Apremavi) e do Grupo Pau-Campeche para que fossem suspensas as obras
do empreendimento e o financiamento do BNDES. A usina ameaça uma espécie
rara da flora da mata atlântica, que só existe em um lugar do mundo: um
trecho de 50 quilômetros ao longo do rio Itajaí-Açu. As ONGs ambientalistas
pretendem agora entrar com recurso especial para reverter a decisão. Elas
brigam na justiça para salvar a espécie desde 2005, quando entraram com
Ação Civil Pública pedindo a suspensão da licença concedida pela Fundação
Estadual do Meio Ambiente (Fatma). (AmbienteJÁ - 28.11.2006) 5
Comissão pode votar desconto no IR ara empresas do SE Três municípios
goianos receberão parcelas da Compensação Financeira pela Utilização dos
Recursos Hídricos devido à inundação de suas áreas pelo reservatório da
hidrelétrica Espora, de 32 MW, instalada no rio do Corrente. Os percentuais
relativos das áreas, definidos esta semana pela Aneel, são 22,4805% de
Serranópolis, 24,2594% de Itarumã e 53,2601% de Aporé. (Agência Canal
Energia - 27.11.2006)
Empresas 1 Revisão tarifária: sete empresas já têm cronograma A Aneel
apresentou os cronogramas de atividades do processo de revisão tarifária
periódica das sete empresas que abrirão o segundo ciclo, a partir do ano
que vem. A Coelce será a primeira empresa a ter as tarifas revisadas,
com a publicação do resultado do processo previsto para acontecer até
22/04/2007. A audiência pública está estimada para o dia 30/03/2007. A
AES Eletropaulo terá os resultados finais oficializados em 04/07/2007,
enquanto Celpa e Escelsa têm prazo de publicação dos valores finais no
D.O em 07/08/2007. Para a Elektro, a Aneel pretende homologar os resultados
até 27/08/2007, enquanto os cronogramas de Bandeirante e CPFL Piratininga
projetam divulgação dos valores em 23/10/2007. (Agência Canal Energia
- 27.11.2006) 2 EDP prevê investir R$ 3 bi no país António Mexia, o presidente do grupo de energia português EDP, desembarcou no Brasil com um ousado plano de investimentos para sua controlada no país, a Energias do Brasil. Mexia anuncia a disposição de aplicar no Brasil R$ 3 bilhões entre 2007 e 2010. Com esse volume de recursos, que serão aplicados em usinas e também na distribuição de energia, Mexia deseja dobrar sua capacidade de geração e equilibrar o perfil de caixa no país. O presidente da companhia portuguesa quer modificar a relação atual, na qual o negócio de geração responde por apenas 25% do lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (lajida), ao passo que a distribuição fica com outros 75%. O alvo será a construção de médias usinas hidrelétricas, cuja capacidade fica ao redor de 500 MW, e até de uma térmica movida a carvão. O foco da EDP é hidrelétrica no estilo Peixe Angical, cujo investimento foi de R$ 1,6 bilhão e a obra foi erguida em três anos. Em relação à térmica, Mexia adianta que não há decisão final quanto à sua instalação, cujo investimento pode variar entre R$ 1,2 bilhão e R$ 2,4 bilhões a depender do tamanho, que oscila entre 400 MW e 800 MW. A decisão sai no primeiro trimestre de 2007. Caso a estratégia traçada dê resultados, a participação da Energias do Brasil no lajida da EDP deverá subir substancialmente e alcançar 20%. (Valor Econômico - 28.11.2006) 3 Energias do Brasil quer dobrar geração A Energias
do Brasil vai investir entre R$ 2,5 bilhões e R$ 3 bilhões entre 2007
e 2010 nos segmentos de geração e distribuição. A Energias do Brasil tem
como prioridade expandir seus ativos geradores de energia elétrica, aumentando
o peso dessa área nos resultados da empresa. Com a inauguração da Usina
Hidrelétrica de Peixe Angical, a participação da geração no faturamento
da empresa saltará de 10% para 27%. A companhia planeja dobrar a capacidade
de geração no País em prazo de quatro a cinco anos. Ao final deste ano,
a companhia terá 1.043 MW de capacidade instalada. Para atingir a meta
de 2 mil MW, o grupo vislumbra a construção de hidrelétricas de médio
porte (até 500 MW), oportunidades no mercado de termelétricas e projetos
de geração de energia renovável, além de avaliar aquisições no mercado.
A companhia manterá o investimento nesses pequenos empreendimentos. Outra
fonte alternativa avaliada com bastante interesse pela Energias do Brasil
é a geração por meio de biomassa, a partir de bagaço de cana moída. (Jornal
do Commercio - 28.11.2006) 4
Energias do Brasil: duas PCHs em construção 5 CPFL prevê aquisições e nega oferta de ações A CPFL Energia
negou que irá fazer oferta de ações no mercado de capitais. A oferta de
ações é uma opção como qualquer outra linha para financiar o crescimento
da empresa. A agenda de aquisições da CPFL já incluiu a compra de Santa
Cruz, Chapecó e RGE, alinhada à estratégia da empresa de consolidação
no setor de distribuição. Para 2007 os investimentos totalizam R$ 1 bilhão
em geração e distribuição de energia, no atual portfólio de negócios.
(DCI - 28.11.2006) 6 CEEE aprova processo de desverticalização em AGE A Assembléia
Geral Extraordinária da CEEE aprovou o processo de desverticalização da
companhia. Segundo a ata divulgada, a cisão resultará na criação da CEEE-D
e na CEEE GT, oriunda da atual holding. O capital social da distribuidora,
aprovado também na AGE, entre outros pontos, será de R$ 23.7 milhões.
(Agência Canal Energia - 27.11.2006) 7 CFLCL expulsará de rede cliente inadimplente A Aneel
autorizou pela primeira vez que uma distribuidora de energia elétrica
expulse de sua rede um consumidor por inadimplência. A decisão foi divulgada
em despacho publicado no DOU, a favor da CFLCL contra a Companhia Manufatora
de Tecidos de Algodão. Segundo a concessionária, a Companhia Manufatora
de Tecidos de Algodão é consumidor potencialmente livre, mas está inadimplente
com a distribuidora. A Cataguazes, inclusive, interrompeu o fornecimento
de energia elétrica há um ano para o cliente. Diante do impasse, a empresa
requisitou a manifestação da Aneel sobre o tema. Em sua resposta, a agência
condicionou a migração ao pagamento do débito, como também abriu a possibilidade
de a concessionária condicionar o acesso do consumidor à rede de distribuição.
(Jornal do Commercio - 28.11.2006) No pregão do dia 27-11-2006, o IBOVESPA fechou a 40.914,63 pontos, representando uma baixa de 2,02% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,6 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 1,74% fechando a 12.602,91 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 46,60 ON e R$ 43,07 PNB, baixa de 2,61% e 2,58%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 28-11-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 46,53 as ações ON, baixa de 0,15% em relação ao dia anterior e R$ 43,14 as ações PNB, alta de 0,16% em relação ao dia anterior. (Investshop - 28.11.2006) A Eletronorte vai incorporar, a partir do próximo dia 01/12/2006, um disjuntor de 550 kV, implantado pela Novatrans em abril de 2004, para adequar a subestação Colinas à Rede Básica do SIN. A estatal receberá uma parcela de R$ 624,5 mil da Receita Anual Permitida pela nova instalação de transmissão. (Agência Canal Energia - 27.11.2006) A Ventos do Sul Energia foi autorizada a iniciar a operação em teste de 12 unidades geradoras do Parque Eólico dos Índios, em Osório, no Rio Grande do Sul, segundo despacho da Aneel. Os aerogeradores têm capacidade total de 24 MW. (Agência Canal Energia - 27.11.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 42,1% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 42,1%, não
apresentando alteração significativa em relação à medição do dia 25 de
novembro. A usina de Furnas atinge 38,9% de volume de capacidade. (ONS
- 26.11.2006) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 46,7% O nível de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,6% na capacidade armazenada em relação à medição do dia 25 de novelbro, com 46,7% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 80,1% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 26.11.2006) 3 NE apresenta 52,7% de capacidade armazenada Apresentando
alta de 0,1% em relação à medição do dia 25 de novembro, o Nordeste está
com 52,7% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 46,9% de volume de capacidade. (ONS - 26.11.2006) 4 Norte tem 34,3% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 34,3% apresentando alta de 0,1%
em relação ao dia 26 de novelbro. A usina de Tucuruí opera com 25,1% do
volume de armazenamento. (ONS - 26.11.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Comissão quer esclarecer acordo entre Brasil e Bolívia A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional convidará para audiência no dia 30 de novembro, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e os ministros de Minas e Energia, Silas Rondeau, e das Relações Exteriores, Celso Amorim. O objetivo é esclarecer o acordo entre Brasil e Bolívia para a exploração e produção de gás nos campos bolivianos de San Alberto e San Antonio. Para o deputado Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP), autor do requerimento para a realização da audiência, os termos do acordo podem contrariar os interesses brasileiros. O acordo concede ao governo boliviano 50% das receitas da Petrobras nos campos de San Alberto, San Antonio e Colpa-Caranda a título de royalties, participações e imposto direto. A Petrobras terá cerca de 10% destinados a custos operacionais e o restante será dividido entre a estatal brasileira e a YPFB o que garante ao Brasil uma participação média de 20%. (Agência Canal Energia - 27.11.2006) 2 CNPE aprova urgência para importação de gás O CNPE (Conselho
Nacional de Política Energética) estabeleceu que a importação de GNL é
"prioritária" e "emergencial". O GNL é a alternativa que o Brasil dispõe
para, no curto prazo, reduzir a dependência do gás natural boliviano.
A resolução do CNPE (órgão consultivo do presidente da República formado
por ministros de Estado), publicada ontem no "Diário Oficial" da União,
tem o objetivo de assegurar atendimento das termelétricas, diminuir os
riscos associados à falta de gás e diversificar as fontes de suprimento
do combustível. (Folha de S.Paulo - 25.11.2006) 3 Refinaria de Manguinhos vai iniciar produção de biodiesel O Estado
do Rio de Janeiro concedeu licença ambiental para a Refinaria de Manguinhos
iniciar sua produção de biodiesel. O secretário de Energia, Indústria
Naval e Petróleo, Wagner Victer, disse que a refinaria, que teve suas
atividades de refino de petróleo paralisadas em agosto de 2006 e começa
a operar com biodisel em 15 dias, vai transformar-se na primeira produtora
de biodiesel no estado em escala comercial. Segundo Victer, a produção
terá três etapas: na primeira, produzirá 48 milhões de litros de biodiesel
por ano; na segunda, 100 milhões e na última, 360 milhões de litros anuais.
(DCI - 28.11.2006) 4 Comissão vota acesso a informações sobre segurança nuclear A Comissão
de Minas e Energia poderá votar nesta quarta-feira, dia 29, o PL 7068/06,
da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que regulamenta
o acesso público a documentos e processos administrativos sobre radioproteção,
salvaguarda e segurança nuclear. O relator, deputado Paulo Feijó (PSDB-RJ),
defende a aprovação do texto. Outro item da pauta é o PL 7065/06, também
da Comissão de Meio Ambiente, que define as normas de proteção nas atividades
e operações nas quais trabalhadores possam estar expostos a fontes de
radiação e a equipamentos geradores de radiações ionizantes. O parecer
do relator, deputado Deley (PSC-RJ), é favorável à proposta. (Agência
Câmara - 27.11.2006) 5 Angra 1 volta a funcionar depois de um fim de semana desligada A Usina Nuclear Angra 1 foi reativada, depois de ficar desligada para reparos em um equipamento desde a meia-noite do dia 24. A previsão era de que a usina só voltasse a funcionar dia 30, mas, conforme informou a Eletronuclear, "o problema foi facilmente resolvido". O superintendente da usina, José Luiz Lima Rezende, informou que os dias parados não causaram prejuízos ao fornecimento de energia para o sistema elétrico nacional, já que o desligamento da usina foi programado em acordo com o ONS. De acordo com Rezende, o equipamento que apresentou problema foi o reaquecedor separador de umidade. "A temperatura e a pressão estavam variando, afetando a operação da usina e reduzindo sua eficiência", explicou. O superintendente da usina lembrou que, em todo o sistema elétrico nacional, a contribuição de energia produzida pela Usina Angra 1 é de apenas 1%. Para o estado do Rio de Janeiro, a participação da usina é de até 20%. (Agência Brasil - 27.11.2006)
Grandes Consumidores 1 Votorantim insiste em Tijuco Alto Dezoito
anos depois de ser anunciada, a Usina Hidrelétrica do Tijuco Alto, que
a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), do Grupo Votorantim, quer construir
no Rio Ribeira, na divisa de São Paulo com o Paraná, não saiu do papel
e já está 50% mais cara. Quando a obra foi projetada, em 1998, a previsão
de gastos era de R$ 330 milhões. Hoje, o custo atinge R$ 500 milhões,
segundo os cálculos da empresa. Em todo esse tempo, o projeto passou por
vários órgãos ambientais e sofreu inúmeras mudanças. Um novo estudo de
impacto ambiental está sendo analisado pelo Ibama. A cada dia que passa,
aumenta o custo da obra e a descrença dos moradores nos cinco municípios
que seriam atingidos pela hidrelétrica. "É um exemplo de como a legislação
ambiental pode tirar as chances de desenvolvimento de uma região", disse
o vereador e ex-prefeito Luiz Antonio Dias Batista (PSDB), de Ribeira,
a 360 km de São Paulo. (O Estado de S.Paulo - 27.11.2006) 2 Votorantim recompra a Cimento Ribeirão Grande Após três
meses de negociações marcadas por muita pressão, a Votorantim concordou
em pagar R$ 425 milhões em seis parcelas anuais para assumir 95,65% do
capital da Ribeirão Grande, entre ações ordinárias e preferenciais, que
estava nas mãos da CP Cimento. O grupo ampliará sua produção em 900 mil
toneladas anuais. Hoje tem capacidade de 30,4 milhões toneladas/ano. O
acerto prevê o cancelamento de uma dívida de quase R$ 400 milhões da holding
Santo Estevão, dos Koranyi Ribeiro, com a Votorantim. Com a entrada de
R$ 425 milhões nos próximos anos e com a sua saída integral da Ribeirão
Grande, como exigiam credores, a CP partirá para reescalonar a sua dívida
financeira. Depois, deve decidir o que fazer com a sua segunda cimenteira,
a Tupi. Poderá optar por vendê-la ou buscar um sócio. (Valor Econômico
- 28.11.2006) 3 Votorantim vai produzir ferro-níquel A previsão
de demanda crescente por níquel fez com que a Votorantim Metais decidisse
investir R$ 558 milhões na construção de uma nova unidade para produção
de ferro-níquel, com capacidade anual de 42,4 mil toneladas por ano de
ferro-liga, com teor de 10,6 mil toneladas de níquel contido. Por conta
da alta do consumo do níquel, que segundo estimativas está em cerca de
1,2 milhão de toneladas, o preço do níquel tem apresentando forte crescimento,
atingindo US$ 30 mil por tonelada no mercado internacional. A nova fábrica,
que será construída em Niquelândia (GO), está prevista para iniciar operação
em 2009. Com o projeto, que é inteiramente voltado para o mercado externo,
a empresa espera um incremento de R$ 300 milhões no faturamento. Com o
novo projeto a produção terá um aumento de 37%, para 37 mil toneladas,
e as exportações devem aumentar sua participação na receita com vendas
de níquel para 80%. A Votorantim Metais também anunciou um investimento
de R$ 180 milhões na implantação de uma nova caldeira de coque na unidade
de Niquelândia. O projeto permitirá a flexibilização da matriz energética
da unidade, que hoje utiliza o óleo combustível como fonte de energia
para sua produção em Goiás. (Gazeta Mercantil - 28.11.2006)
Economia Brasileira 1 Gasto diário com juros chega a R$ 444 mi Entre janeiro e outubro de 2006, o setor público destinou R$ 134,9 bi ao pagamento de juros, o equivalente a uma média de R$ 444 milhões por dia. Neste ano, a expectativa do BC é que sejam gastos com juros aproximadamente R$ 162 bilhões (7,8% do PIB estumado). Para cobrir os elevados gastos com juros, o governo acaba recorrendo a apertos fiscais cada vez mais fortes. Logo no início do governo Lula, a meta de superávit primário foi elevada de 3,75% do PIB para 4,25%. O economista Francisco Lopreato, da Unicamp, diz que a Selic permanece em níveis elevados, prejudicando o equilíbrio das contas públicas e dificultando o crescimento da economia. Em relatório distribuído em 27/11, o Iedi vai na mesma direção, dizendo que os gastos do governo com juros são "um número astronômico para os padrões internacionais". De fato, segundo levantamento feito pela S&P, o Brasil é um dos lugares do mundo em que mais se gasta com juros, 'perdendo' apenas para o Líbano, Jamaica e Turquia nesse quesito. (Folha de São Paulo - 28.11.2006) 2 Dívida recua para 49,5% do PIB, menor nível desde 2001 Apesar do recente aumento nos gastos públicos, o aperto fiscal já ultrapassou a meta fixada para todo o ano de 2006 e ajudou a reduzir o endividamento do governo para o nível mais baixo em mais de cinco anos. Segundo dados do BC, o setor público economizou R$ 90,9 bi nos primeiros dez meses do ano para o pagamento de juros. No último bimestre, o governo federal sempre tem déficit. A meta do governo é obter superávit primário de 4,25% do PIB, o que deve corresponder a, aproximadamente, R$ 88 bilhões, de acordo com o PIB estimado pelo governo para o ano. Nos últimos 12 meses, o superávit primário do setor público correspondeu a 4,34% do PIB, num sinal de que a meta de 4,25% deve ser cumprida. "O resultado confirma as hipóteses que a gente levanta e desmente aqueles que duvidavam da nossa capacidade de gerir responsavelmente as nossas contas públicas", disse o ministro Guido Mantega (Fazenda). (Folha de São Paulo - 28.11.2006) 3
Saldo da balança passa de US$ 40 bi no ano 4 Skaf: ICMS é o grande desafio Paulo Skaf,
presidente da Fiesp, disse que o ICMS é o maior desafio da reforma tributária
que está em discussão. Ele afirmou ser contra o projeto que está em tramitação
no Congresso. "A federalização do ICMS deve aumentar a burocracia, que
é um dos problemas que a reforma precisa combater. Precisamos de outra
proposta para combater a guerra fiscal entre os estados", defendeu. Ele
deve reunir-se hoje com o ministro Guido Mantega (Fazenda) para discutir
propostas para o desenvolvimento e para as reformas sindical, trabalhista
e tributária. (Jornal do Commercio - 28.11.2006) 5 IPCA esperado é de 3,15% em 2006 Segundo
o boletim Focus divulgado dia 27/11, o IPCA estimado pelo mercado financeiro
subirá 3,15% em 2006, e não 3,08% como o previsto antes. Em 2007, o indicador
deve situar-se em 4,10%. Espera-se expansão de 2,94% no PIB no ano, número
ainda assim mais otimosta que os 2,95% previstos anteriormente (Folha
de São Paulo - 28.11.2006) O dólar comercial abriu as operações em alta perante o fechamento de ontem, cotado a R$ 2,1950. Às 9h20, a moeda era transacionada a R$ 2,1920 na compra e a R$ 2,1940 na venda, com incremento de 0,04%. No dia anterior, o dólar comercial aumentou 1,05% e fechou a R$ 2,1910 na compra e R$ 2,1930 na venda. (Valor Online - 28.11.2006)
Internacional 1 Europeus preocupados com atraso de projeto de petróleo e gás russo Os preços
da energia subirão na Europa se a Rússia atrasar o projeto de petróleo
e gás conhecido como Sahkalin-2, encabeçado pela Royal Dutch Shell, disse
Chris Finlayson, chefe de operações da Shell na Rússia. O governo russo
ameaçou interromper as obras do projeto de US$ 22 bilhões, situado no
Oceano Pacífico, por questões ambientais. A Rússia está pressionando as
empresas estrangeiras para que cedam parte do controle do projeto de Sakhalin-2,
o único projeto energético de envergadura que é na sua totalidade de propriedade
de empresas estrangeiras. "A construção do projeto continua, e estamos
fazendo todo o possível para que a distribuição da energia seja produzida
conforme o planejado", disse Finlayson. "Não vemos indícios de que eles
cancelarão o projeto", disse. Embora a provisão inicial tenha sido contratada
com o Japão, a Coréia do Sul e EUA, os atrasos inevitavelmente afetarão
os preços na Europa, disse Finlayson. A Rússia informou que poderá exigir
do projeto Sakhalin-2 até US$ 20 bilhões por danos ambientais. (Gazeta
Mercantil - 18.11.2006) 2 Merkel alerta para risco de crise energética A chefe
do Governo da Alemanha, Angela Merkel, alertou que a humanidade precisa
enfrentar dois grandes desafios: o fornecimento de energia e a mudança
climática. "Temos que pensar em como fornecer a toda a humanidade a energia
suficiente, e garantir que se possa pagar por ela", e isso num mundo onde
ocorrem fenômenos como o derretimento de geleiras na Alemanha e o avanço
dos desertos na Espanha e em Portugal, além de vários desastres ecológicos
reais e em potencial em diferentes regiões. Segundo Merkel, os problemas
só podem ser resolvidos se forem enfrentados racionalmente e sem ideologias.
Isso significa o desenvolvimento de novas tecnologias que tornem mais
efetivo o uso da energia e o retorno à utilização de energia atômica.
Merkel reconheceu que a proposta não é aceita pelo Partido Social-Democrata.
(Gazeta Mercantil - 28.11.2006) 3 Iberdrola prepara oferta pela compra da Scottish Power A Iberdrola SA, segunda maior empresa espanhola de energia elétrica, que se prepara para apresentar uma oferta de US$ 21 bilhões pela compra da Scottish Power Plc, contratou três bancos para financiar a aquisição, segundo altos executivos de bancos envolvidos na transação. O ABN Amro Holding NV, o Barclays Plc e o Royal Bank of Scotland Group Plc concordaram em prover os recursos para a proposta de compra. (DCI - 28.11.2006)
Biblioteca Virtual do SEE 1 EPE. Estudos para a Licitação da Expansão da Transmissão - Consolidação das Análises e Pareceres Técnicos - Programa de Expansão da Transmissão (PET) 2007-2011. Brasília, novembro de 2006. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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