l IFE: nº 1.935 - 24
de novembro de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Governo cogita Eletrobrás fora do ajuste fiscal O governo
pretende retirar os investimentos feitos pela Eletrobrás do cálculo do
ajuste fiscal. Essa foi uma das condições discutidas com o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva para que a empresa possa fomentar o setor elétrico,
desobstruindo gargalos ao crescimento da economia. Durante a reunião com
Lula, o ministro Silas Rondeau destacou que a empresa pode alavancar R$
23 bilhões em investimentos, se não estiver amarrada pelas restrições
impostas pela área econômica, por causa da necessidade de economizar para
pagar juros sobre a dívida. Esse valor representa quase seis vezes os
R$ 4 bilhões que a Eletrobrás tem autorização para investir, em média,
anualmente. (Folha de São Paulo - 24.11.2006) 2 Rondeau critica resolução normativa da Aneel Em uma troca
de correspondências entre o ministro Silas Rondeau e o diretor-geral da
Aneel, Jerson Kelman, houve desentendimento. Na origem do mal-estar está
a decisão do órgão regulador de retirar as usinas termelétricas sem gás
da contabilidade de energia disponível no sistema elétrico nacional. Com
a medida, que pode ser aprovada na próxima terça-feira pela diretoria
colegiada da Aneel, serão alterados os cálculos oficiais que medem as
possibilidades de déficit no abastecimento energético até 2010. Em ofício
encaminhado ao diretor-geral da agência, em 10 de novembro, o ministro
criticou a resolução normativa da Aneel nº 231, que determina a retirada
das térmicas sem gás do cálculo do Custo Marginal de Operação (CMO), feito
pelo ONS. Rondeau advertiu que "esse procedimento não pode ser efetivado
exclusivamente pela Aneel, uma vez que é competência deste Ministério
definir e publicar os valores da garantia física dos empreendimentos de
geração". "Dessa forma, mostra-se oportuno que essa Agência reexamine
o teor [das resoluções...] de modo a que, em seguida, o MME e a Aneel
possam equacionar as questões formais relativas ao tema", acrescentou.
(Valor Econômico - 24.11.2006) 3 Kelman rebate crítica de Rondeau Em resposta
à crítica do ministro Silas Rondeau sobre a resolução normativa da Aneel
nº 231, o diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, disse que a medida é
necessária para não agravar ainda mais o risco de racionamento. Kelman
foi firme ao rebater a afirmação do ministro de que a mudança não é da
alçada da agência. Segundo o diretor-geral, a Aneel "não poderia adotar
a 'postura do avestruz', que imagina estar resolvendo situações difíceis
ao recusar enxergá-las". "Ao contrário, é obrigação da Aneel conhecer
a verdade, ainda que desconfortável, para poder enfrentá-la com eficácia
e poder sugerir a V. Exa. [Rondeau] as medidas que extrapolem nossas obrigações
legais e se encontrem na esfera de responsabilidade do Governo", completou.
Na medida em discussão, a agência propõe ajustes no limite de disponibilidade
de algumas tetérmicas. (Valor Econômico - 24.11.2006) 4
CCEE: preço pode subir até 110% 5 Abdib critica limite de verba futura das agências reguladoras A proposta
de Lei Orçamentária Anual (LOA) do governo federal para 2007, que está
em tramitação no Congresso Nacional, prevê forte contingenciamento dos
recursos das três principais agências reguladoras do País (setores de
energia elétrica, petróleo e telecomunicações). Na Aneel, a verba será
é de R$ 413 milhões, com R$ 256 milhões sujeitos a contingenciamento.
O presidente da Abdib, Paulo Godoy, critica a decisão e afirma que a relação
entre agências reguladoras sólidas e crescimento do País é bastante sólida,
e o contrário também é verdadeiro. Para Godoy, a relação entre agências
reguladoras sólidas e crescimento é bastante próxima. Ele avalia que seja
necessário injetar R$ 500 bilhões ao ano na economia. "O investimento
público é importante, mas dificilmente conseguirá dar conta do recado.
Se o objetivo é crescer 5%, é preciso atrair a iniciativa privada aos
investimentos." (DCI - 23.11.2006) 6 Amorim: há justiça no anseio paraguaio de obter melhor remuneração pela energia O Paraguai
exige do Brasil um aumento de US$ 100 milhões no pagamento anual para
compensar a parte paraguaia da energia gerada na hidrelétrica binacional
de Itaipu que é consumida no território brasileiro. O assunto foi discutido
ontem na visita do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, a Assunção,
sob forte pressão da imprensa local. O chanceler brasileiro se reuniu
com o colega paraguaio Rubén Ramírez e com o presidente Nicanor Duarte,
mas não houve grandes avanços. "O governo do Brasil avalia que há uma
certa justiça no anseio paraguaio de obter melhor remuneração [pela energia]",
afirmou Amorim. "O que não queremos nem vamos fazer é mexer no tratado
[de Itaipu, de 1973]. Não importa se foi feito na ditadura militar, no
Império, o que seja. Mas podemos compensar de outra maneira." O mais forte
motivo para que o governo não aceite renegociar o tratado está no fato
de que as parcelas da dívida representaram 5% do superávit primário das
contas públicas brasileiras no ano passado. O montante da dívida da binacional
-hoje em cerca de US$ 19 bilhões- é corrigido por taxa fixa de 7,5% anuais
mais a taxa de inflação norte-americana. (Folha de São Paulo - 24.11.2006)
7 Suassuna condena tratamento a cooperativas do NE O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) denunciou ontem, da tribuna, o tratamento desigual dado às cooperativas de energia elétrica dos estados do Sul em detrimento das do Nordeste. As primeiras teriam cerca de 80% de desconto nas tarifas, enquanto as nordestinas seriam obrigadas pela Aneel a "comprar mais caro da concessionária e vender mais barato". Segundo Suassuna, as cooperativas de Pernambuco tiveram que fechar as portas e as da Paraíba "estão indo pelo mesmo caminho". Segundo o senador, "a Aneel disse às cooperativas que estudaria o assunto. Há dois anos, elas esperam uma solução que não vem. Agora, receberam uma proposta de entrega das linhas de transmissão à concessionária por um preço inferior ao estimado pelas cooperativas. Se elas aceitassem, não só continuariam no vermelho, como ficariam sem a área de fornecimento". Ele destacou que os mais prejudicados por essa situação são os moradores das áreas rurais. (Jornal do Senado - 23.11.2006) 8
Sul deverá receber mais três parques eólicos 9 Prorrogado prazo para aperfeiçoamento do Mecanismo de Realocação de Energia A audiência
pública que trata do aperfeiçoamento do Mecanismo de Realocação de Energia
para usinas hidrelétricas teve o prazo para envio de sugestões estendido
do último dia 22 para o dia 1° de dezembro. A Aneel prorrogou o período
de contribuições com a finalidade de ampliar a participação de consumidores,
das empresas do setor elétrico e de demais interessados no processo. A
proposta estabelece um período mínimo para a adesão ou desligamento do
Mecanismo para a geração fora da programação mensal do ONS. (Aneel - 23.11.2006)
10
Workshop de Descentralização reúne agências estaduais em Brasília A Aneel declarou de utilidade pública áreas de terras nos estados do Rio de Janeiro e do Mato Grosso para a implantação das PCHs Santa Rosa II e Ars, respectivamente. (Aneel - 23.11.2006) Os municípios goianos de Aporé, Itarumã e Serrranópolis, terão direito a parcelas da compensação financeira em conseqüência da inundação de suas áreas pelo reservatório da usina hidrelétrica de Espora instalada no rio do Corrente. (Aneel - 23.11.2006) A Central de Teleatendimento (CTA) da Aneel, que atende pelo número 144, poderá receber ligações originárias de telefones celulares pagas pelo consumidor, desde que informe previamente sobre a cobrança da chamada. O novo sistema deverá ser implantado em até 90 dias, após a realização de procedimentos técnicos pelas operadoras de telefonia móvel. (Aneel - 23.11.2006) Na próxima segunda-feira (27/11), a Fiesp promoverá a 10ª edição do Prêmio Estadual Fiesp de Conservação e Uso Racional de Energia. Serão premiadas nove indústrias paulistas, classificadas em primeiro, segundo e terceiro lugar nas seguintes categorias: Multiuso de Energéticos, Energia de Derivados de Petróleo e Gás Natural e Energia Elétrica. (Fiesp - 23.11.2006) A segunda edição da campanha Natal de Luz, uma parceria entre a Eletrobrás e empresas distribuidoras de energia elétrica, conta com a participação de 60 empresas do setor elétrico, 5 a mais que no ano passado. As concessionárias atuam em conjunto com a Eletrobrás na iluminação simultânea de 110 monumentos, praças, museus, prédios e igrejas em 61 cidades de todo o país. (Eletrobrás - 23.11.2006)
Empresas 1 Eletronorte incorpora ativos de transmissão pertencentes a Novatrans A Eletronorte
está autorizada a incorporar, a partir do próximo dia 01/12/2006, ativos
de transmissão pertencentes a Novatrans Energia S/A para adequação da
subestação Colinas à Rede Básica do SIN. Trata-se de disjuntor de 550
kV, implementado pela Novatrans em abril de 2004. A Eletronorte terá direito
a uma parcela da receita anual permitida de R$ 624,5 mil pela nova instalação
de transmissão integrante da Rede Básica. A concessionária deverá também
ressarcir a Novatrans em R$ 3,7 milhões, a preços de outubro deste ano,
referentes aos investimentos realizados por esta empresa na implantação
do disjuntor. A Novatrans terá direito ainda a uma parcela de R$ 1,7 milhão
pela prestação do serviço de transmissão no período entre a data de entrada
em operação do equipamento ( abril de 2004), até 30/11/2006, data efetiva
da transferência. (Aneel - 23.11.2006) 2 Ceal: Geração de usinas é complementar O presidente da Ceal, Joaquim Brito, afirma que os investimentos e a produção de energia elétrica por usinas alagoanas de açúcar e álcool não têm qualquer caráter competitivo. Ao contrário, é uma iniciativa incentivada pela Ceal. Das 26 indústrias sucroalcooleiras de Alagoas, metade produzem hoje 201 MW de energia elétrica por meio da biomassa do bagaço de cana. "A Ceal, assim como o governo federal, incentivam a geração de energia por fonte renovável. Isso não representa pretensão de concorrência", afirma Brito. As indústrias sucroalcooleiras necessitam também da Ceal para transportar a energia elétrica disponível. (Tribuna de Alagoas - 23.11.2006) 3 Coelce investirá R$ 7,4 mi no programa de eficiência energética A Coelce
vai investir R$ 7,4 milhões no ciclo 2005/2006 do programa de eficiência
energética. A implantação dos projetos terá de ser concluída até 30/11/2007.
O investimento equivale a 0,5% da receita operacional líquida da companhia.
A Aneel também determinou o cancelamento da execução do ciclo 2004/2005
do programa da Boa Vista Energia. Segundo o órgão, os recursos serão transferidos
para o ciclo 2006/2007. A Bandeirante Energia teve o prazo para entrega
do relatório final do ciclo 2004/2005 postegardo para 30/01/2007. Já a
Celg tem prazo até 31/12/2006 ano para apresentar o relatório final do
ciclo 2003/2004. O programa teve sete projetos cancelados e os recursos
que seriam aplicados foram transferidos para o ciclo 2006/2007. (Agência
Canal Energia - 23.11.2006) 4
Cotações da Eletrobrás Cerca de 500 funcionários da Celpe realizaram um protesto e paralisaram as suas atividades, ontem pela manhã, na unidade do Bongi e em algumas cidades do interior. Os trabalhadores reivindicam um reajuste salarial de 10% e um abono de R$ 2,5 mil. (Jornal do Commercio (PE) - 24.11.2006) A Eletronuclear assina três convênios de cooperação mútua com a prefeitura de Paraty, no Rio de Janeiro. Segundo a empresa, será investido cerca de R$ 1 milhão na secretaria de Defesa Civil, na recuperação de uma estrada e na ampliação de um instuto social. (Agência Canal Energia - 23.11.2006) A Coelba realizou dia 23/11/2006, em Salvador, o III Seminário de Soluções Inteligentes. Com o objetivo de estreitar o relacionamento com os clientes corporativos e mantê-los informados sobre as últimas tendências do mercado de energia, o seminário reuniu cerca de 300 participantes. (Coelba - 23.11.2006) A Coelba e o Comitê Nacional Brasileiro de Produção e Transmissão de Energia Elétrica - Cigré-Brasil anunciaram a realização da sétima edição do Simpósio de Automação de Sistemas Elétricos - VII SIMPASE, programado para ocorrer no período de 05/08/2007 a 10/08/2007, na cidade de Salvador - Bahia. (Simpase - 23.11.2006)
Leilões 1 Leilão de LTs: número de empresas estrangeiras aumenta O leilão
de linhas de transmissão de energia elétrica previsto para esta sexta-feira
(24/11) deverá registrar deságios inferiores ao da rodada anterior, de
acordo com o Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL) da UFRJ. As regras
do leilão estabelecem a vitória de quem ofereça o maior deságio em relação
à Receita Anual Permitida (RAP) definida em edital. O deságio médio do
leilão anterior chegou a 45%, mas desta vez o governo antecipou-se a essa
tendência e reduziu os tetos. O número total de empresas credenciadas
para o leilão é o mesmo da rodada anterior: 30. O fato que mais chamou
atenção dos pesquisadores Nivalde Castro e Daniel Bueno foi o aumento
do interesse das empresas estrangeiras, que pularam de cino para 11. Destaca-se
ainda que as empresas Abengoa (Espanha), Terna Participações (Itália),
ISA(Colômbia), Elecnor (Espanha) e Isolux (Espanha) estão presentes em
todos os lotes. O maior interesse das empresas estrangeiras pode indicar
tendência para forte competição nos lances dos leilões, contrabalançando
os efeitos da redução dos preços máximos. A maior atuação e interesse
das empresas estrangeiras é, para os pesquisadores, um forte indicador
de que o marco regulatório do setor elétrico brasileiro está consolidado,
não apresentando riscos significativos. Outro fator que explica a maior
agressividade de competição deve-se ao menor custo de capital de terceiro
que as empresas estrangeiras têm acesso. (Jornal do Commercio - 24.11.2006)
2 Leilão vai ofertar 2.250 km em LTs O leilão para concessão de sete lotes com 14 linhas de transmissão e três subestações, será realizado nesta sexta-feira (24/11), às 10h, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, em sessão pública conduzida pela Bovespa. As concessões destinam-se à construção, operação e manutenção de aproximadamente 2.250 km de novas LTs da rede básica a serem construídas em oito estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rondônia e São Paulo. As novas linhas irão reforçar a capacidade de transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN), beneficiando 117 municípios. Serão declarados vencedores quem oferecer a menor tarifa, ou seja, a menor Receita Anual Permitida (RAP) para prestação do serviço de transmissão. (Aneel - 23.11.2006) 3 Leilão de LTs: 28 empresas depositam garantias e participam de leilão O leilão
de linhas de transmissão, que será realizado nesta sexta-feira (24/11),
na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, terá a participação de 28 empresas
do Brasil, Espanha, Portugal e Colômbia, que participarão individualmente
ou agrupadas em consórcio. As empresas garantiram o direito de disputar
as concessões ao depositar as garantias de proposta na Companhia Brasileira
de Liquidação e Custódia (CBLC), em São Paulo. No grupo de 28 empresas
habilitadas para o leilão, 18 são nacionais e dez, estrangeiras. Das 30
empresas pré-qualificadas, duas não depositaram as garantias e, portanto,
não estão habilitadas: LT Bandeirante Empreendimentos Ltda. e Constr.
e Com. Camargo Corrêa S/A.. O consórcio Fuad Rassi - J. Malucelli não
depositou garantias para os lotes D e F, mas permanece nos lotes A, E
e G. A Copel Transmissão não confirmou participação no lote B, mas continuará
como concorrente para o lote G. (Aneel - 23.11.2006) 4 Leilão de LTs: negócios devem gerar aproximadamente R$ 1,1 bi O leilão
de linhas de transmissão tem sido encarado pelo mercado como uma das práticas
que mais têm funcionado no setor de energia. A remuneração é garantida
e o risco de calote praticamente inexiste, já que o pagamento é garantido
pelo sistema. A expectativa é que a construção dos 2,6 mil km de linhas
e três subestações gere negócios de R$ 1,1 bilhão . A previsão é que as
linhas e as subestações estejam em operação entre 18 e 22 meses, a partir
da assinatura do contrato. 5 Leilão de LTs: mercado aponta lotes A e F como os mais disputados O mercado
aponta que os lotes A e F serão os mais disputados no leilão de LTs desta
sexta-feira (24/11). O primeiro ganha relevância, porque é o maior. Afinal,
são 949 km de extensão, que interligam os estados do Acre, Rondônia e
Mato Grosso, conectando-os aos 83 mil km de linhas do Sistema Integrado
Nacional (SIN). Assim esses estados deixarão de ser subsidiados pelo resto
do país. Já o trecho F envolve uma questão com a controlada do grupo português
EDP no país, a Energias do Brasil. A empresa é dona da Escelsa e essa
linha é importante porque vai alimentar o norte capixaba, que tem tido
crescimento muito forte por conta das atividades de mineração e até de
celulose. O mercado, contudo, afirma que se espera uma postura ativa por
parte da italiana Terna, que acabou de fazer um lançamento de ações no
nível 2 de governança corporativa da Bovespa. Analistas apontam favoritismo
da Copel no bloco G e boa presença da Cemig nos lotes B, C e D. (Valor
Econômico - 24.11.2006) 6 Leilão de LTs: Tolmasquim destaca importância do lote A O presidente
da EPE, Maurício Tolmasquim, destacou a importância do Lote A no leilão
de transmissão de linhas. O lote, afirmou, permitirá a interligação da
região do Acre e de Rondônia, que hoje não é abastecida pelo Sistema Interligado
Nacional, ao restante do país. "Hoje essa região é abastecida a partir
de usinas a diesel, caras e poluentes. Os consumidores do Sudeste, do
Sul e do Nordeste pagam uma tarifa mais alta justamente para poder subsidiar
essa energia cara gerada no Acre e em Rondônia", afirmou Tolmasquim. O
Lote-A inclui a ligação com Mato Grosso e as cinco linhas de transmissão
somam 949 quilômetros de extensão. Onze empresas ou consórcios estão habilitados
à disputa do lote: três espanholas, uma colombiana e sete brasileiras,
uma delas do grupo Eletrobrás. (Agência Brasil - 23.11.2006) 7 Leilão de energia existente: CCEE disponibiliza preço inicial A CCEE disponibilizou
comunicado que informa o preço inicial do 5º Leilão de Energia Existente.
Segundo o comunicado, o preço será de R$ 105,00/MW. (CCEE - 23.11.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo de energia em São Paulo sobe 3,6% em outubro O consumo
de energia atingiu 9.251 GWh em São Paulo no mês de outubro, aumento de
3,6% sobre igual período de 2005. O consumo no acumulado de 2006 aumentou
4,5% comparado ao mesmo período em 2005. No acumulado do ano, o setor
industrial aumentou seu consumo em 3%, o residencial em 5,7% e o comercial
em 5%, comparando-se ao mesmo período em 2005. Na comparação de outubro
de 2006 com o do ano anterior, as expansões na demanda foram de 3%, 3,8%
e 3,6%, respectivamente. (Investnews - 23.11.2006) 2 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 42,7% O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 42,7%, apresentando queda de 0,1% em relação à medição do dia 21 de novembro. A usina de Furnas atinge 39,5% de volume de capacidade. (ONS - 22.11.2006) 3 Sul: nível dos reservatórios está em 45% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou elevação de 0,8% no nível de
armazenamento em relação à medição do dia 21 de novembro, com 45% de capacidade
armazenada. A usina de Machadinho apresenta 66,6% de capacidade em seus
reservatórios. (ONS - 22.11.2006) 4 NE apresenta 52,3% de capacidade armazenada Sem apresentar
variação significativa em relação à medição do dia 21 de novembro, o Nordeste
está com 52,3% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 45,1 de volume de capacidade. (ONS - 22.11.2006) 5 Norte tem 34,9% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 34,9% apresentando queda de 0,1%
em relação à medição do dia 21 de novembro. A usina de Tucuruí opera com
25,7% do volume de armazenamento. (ONS - 22.11.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Requisitos para qualificar atividades de cogeração são regulamentados O aperfeiçoamento dos requisitos para qualificação de centrais termelétricas cogeradoras de energia foi aprovado pela Aneel esta semana. O regulamento incentiva o uso racional de recursos energéticos, ao possibilitar a isenção de alguns encargos para essas centrais. A cogeração pode ser definida como o aproveitamento de um combustível para se obter energia e calor simultaneamente. A qualificação corresponde a um "selo de qualidade" fornecido à cogeradora com atributos de excelência energética definidos na resolução. O regulamento estabelece critérios para aplicação da legislação vigente que assegura às qualificadas com capacidade instalada até o limite de 30 MW a redução de encargos de acesso ao sistema de transmissão; e isenção da aplicação de, no mínimo, 1% da receita operacional líquida em projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em caso de geração de energia exclusivamente a partir de centrais cogeradoras, sem limite de capacidade instalada. (Aneel - 24.11.2006) 2 Processadoras são fechadas por venda irregular de biodiesel A ANP fechou
oito plantas de processamento de biodiesel no Mato Grosso por comercializarem
irregularmente o combustível. Segundo o superintendente de Abastecimento
da agência reguladora, Roberto Ardenghy, as unidades vendiam o óleo diretamente
aos produtores da região para que eles abastecessem seus tratores, máquinas
e caminhões. "A legislação ainda é nova e as pessoas sequer sabem que
estão cometendo crime ao comprar ou vender o óleo vegetal como combustível",
comentou. A venda, segundo a legislação da ANP, só pode ser feita diretamente
para a distribuidora de combustível, que vai adicionar o produto ao diesel
na proporção de 2%. A única forma de o produtor agrícola ser autorizado
a utilizar o combustível na proporção de 100% é se fizer isso em frota
própria. "O produtor que tem uma planta de processamento de óleo de soja
pode aproveitar esse combustível em suas próprias máquinas, por economia,
mas desde que saiba que pode prejudicar o motor com este ato", frisou
o superintendente. (O Estado de São Paulo - 24.11.2006)
Grandes Consumidores 1 Ceará Steel pode ficar no papel se preço do gás subir Os investidores
estrangeiros da Ceará Steel, projeto de aço no Ceará - a coreana Dongkuk
e a italiana Danieli -, estão preocupados com o futuro do negócio de US$
800 milhões. A usina, que tem a Vale do Rio Doce como sócia minoritária,
prevê fazer 1,5 milhão de toneladas de placas para exportação, no processo
de redução direta que usa gás, a partir de 2009. Os acionistas vêem a
decisão da Petrobras de elevar o preço do gás como um risco para empreendimento.
"Sem o gás não haverá projeto", disse. A postura da estatal está constrangendo
os sócios, que conseguiram negociar financiamentos de US$ 500 milhões
para tocar o projeto, mas cujos desembolsos estão condicionados à garantia
do suprimento de gás à usina. Deste total, US$ 70 milhões é empréstimo
do BNDES a ser tomado através do Bradesco. O restante virá de organismos
e bancos internacionais. A intenção da Ceará Steel é buscar rapidamente
uma solução para a situação com a Petrobras, que no entender dos acionistas
da usina teria se comprometido a fornecer o gás para a usina a cerca de
US$ 3 o milhão de BTU. A usina vai necessitar de 1,8 milhão de m3 diário
de gás. A Petrobras, no entanto, não reconhece a existência de contrato
de compra e venda assinado com os investidores da Ceará Steel, embora
confirme que houveram "minutas". Os sócios da usina não vêem muito sentido
no reajuste do preço do gás, pois o insumo é produzido no Brasil (Rio
Grande do Norte) e não tem interligação com o gás da Bolívia. Se Ceará
Steel não sair do papel, será o segundo grande projeto siderúrgico que
não se concretiza no país. (Valor Econômico - 24.11.2006) 2 MMX Mineração e Metálicos vai investir US$ 2 bi A empresa
MMX Mineração e Metálicos vai investir US$ 2 bilhões para extrair minério
de ferro de Conceição do Mato Dentro, região central de Minas Gerais,
e transportá-lo até o Rio de Janeiro através de um mineroduto com 525
km de extensão. No Rio (Porto de Açu), o minério será pelotizado e então
exportado. A trading japonesa Sumitomo deverá associar-se à Batista no
negócio. As negociações já estão na fase de auditoria fiscal (due diligence).
O projeto, batizado de Sistema Minas-Rio, é o maior dos três empreendimentos
que a empresa está desenvolvendo no país. O mineroduto, ainda em análise
pelo Ibama, terá capacidade para transportar 26,6 milhões de toneladas
por ano. "Nossa expectativa é de que o Sistema Minas-Rio entre em operação
em 2009 e atinja capacidade plena em 2011", diz o diretor-geral da empresa,
Rodolfo Landim. Os projetos de maior valor agregado da MMX, contudo, estão
no Rio. Além da pelotizadora, a área do Porto de Açu poderá abrigar uma
termelétrica e uma usina siderúrgica para fabricar aços planos, usados
na indústria naval e petrolífera. Um dos alvos seria a construção das
plataformas marítimas da Petrobras. (Superávit - 24.11.2006) 3 Prosint inicia expansão de fábrica de metanol em Manguinhos A Prosint,
do Grupo Peixoto de Castro, iniciou as obras de ampliação do parque industrial,
situado em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Com isso, a unidade terá capacidade
de produção ampliada de 180 mil toneladas/ano para 260 mil toneladas/ano,
mediante investimentos de R$ 62,4 milhões. Está prevista a instalação
de planta para a fabricação do formol com capacidade para 45 mil toneladas/ano.
Esse conjunto de investimentos vai permitir que o consumo de gás natural
para a fabricação de formol, resinas, tintas, vernizes, solventes e biodiesel
aumente 30%, cerca de 240 milhões de metros cúbicos/ano. O investimento
foi dividido em duas etapas: a primeira, para a ampliação propriamente
dita da Prosint, contou com o maior aporte, que foi de R$ 50 milhões.
O metanol produzido em Manguinhos servirá de base também para a produção
de biodiesel, reforçando a cadeia de produção do combustível no Rio de
Janeiro. (Jornal do Commercio - 24.11.2006) 4 Vedacit começa a exportar para a Argentina A Vedacit/Otto
Baumgart, líder na fabricação de produtos químicos para construção civil,
iniciou a exportação de impermeabilizantes para a Argentina. A ação incrementará
o volume de vendas da empresa para o mercado sul-americano em 20%, com
negócios estimados em R$ 13,7 milhões até o final deste ano. Como os impermeabilizantes
encaminhados para o varejo argentino serão produzidos na fábrica da Vila
Guilherme, Zona Norte da capital paulista, e para atender a crescente
demanda do mercado interno, a empresa investiu este ano R$ 4 milhões em
obras de ampliação do local. (Jornal do Commercio - 24.11.2006)
Economia Brasileira 1 Crédito já representa 33,1% do PIB Empréstimos crescem 1,9% em outubro e 14,9% no ano; volume atinge R$ 697,3 bi. Na esteira da redução dos juros, o crédito continua a ganhar fôlego. Segundo o BC, os empréstimos bancários chegaram a 33,1% do PIB em outubro, totalizando quase R$ 697,3 bi. Em outubro, o total de empréstimos cresceu 1,9% na comparação com setembro; no acumulado do ano, chegou a 14,9%. A meta do governo é alcançar 40% do PIB em quatro anos. O "spread" nos empréstimos para empresas aumentou de 13,5p.p para 13,8 pontos em outubro. (Gazeta Mercantil - 24.11.2006) 2 Fiesp e Iedi propõem medidas para o país crescer "7% ao ano" Segundo estudo (em andamento) feito pela Diesp e Iedi, com redução de gastos públicos, reforma da Previdência e queda mais acentuada dos juros, o país poderá crescer até 7% ao ano, Segundo o documento, o governo deve adotar metas de incremento do PIB e do investimento, já a partir de 2007. Paulo Skaf, presidente da Fiesp, diz ter esperança de que Lula e sua equipe venham a atender o pleito. "Se o presidente quer isso[crescimento de 5%], alguma coisa terá de fazer", disse Skaf. O estudo propõe alcançar o déficit nominal zero e obter uma taxa de câmbio mais equilibrada, entre "R$ 2,50/R$ 2,60", segundo Paulo Francini, diretor da Fiesp. As duas entidades defendem que, se o enfoque de política econômica sugerido for adotado, a média do crescimento do PIB no período 2007-2016 será de 7%. E, se o governo optar pela continuidade, esse número cai para a média de 3,2% ao ano. (Jornal do Commercio - 24.11.2006) 3
IPCA-15 sobe para 0,37% em novembro 4 IPC-S do Rio de Janeiro desacelera para 0,24% Três das
sete capitais pesquisadas pela FGV apresentaram desaceleração em suas
taxas de inflação do IPC-S. Foram estas Rio de Janeiro (0,36% para 0,24%),
Salvador (0,51% para 0,46%) e São Paulo (0,33% para 0,31%). Brasília manteve-se
praticamente estável, indo de uma inflação de 0,77% para uma de 0,78%
nesta medição. Belo horizonte, Porto Alegre e Recife apresentaram aceleração
em suas taxas, indo de 0,36% para 0,40%, de -0,09% para -0,04% e de 0,31%
para 0,48%, respectivamente. (FVG - 24.11.2006) O dólar
comercial abriu as operações em alta perante o fechamento de ontem, cotado
a R$ 2,1770. Às 10h14, a moeda era transacionada a R$ 2,17 na compra e
a R$ 2,1720 na venda, com apreciação de 0,13%. Ontem, o dólar comercial
terminou transacionado a R$ 2,1670 na compra e R$ 2,1690 na venda, com
valorização de 0,09%. (Valor Online - 24.11.2006)
Internacional 1 Rússia pode não contar com gás suficiente Quando a
Gazprom, empresa que detém o monopólio estatal russo do setor de gás,
cortou o fornecimento à Ucrânia em janeiro passado devido a um desentendimento
quanto aos preços, a medida provocou calafrios em uma Europa mergulhada
no inverno, e que começou a procurar com mais afinco maneiras de reduzir
a dependência das importações de gás russo, buscando mais, e diferentes,
fornecedores. Mas há uma verdade ainda mais desconfortável: a Rússia pode
não contar com gás suficiente para manter europeus e russos aquecidos
ao mesmo tempo durante os invernos vindouros. "A questão não diz respeito
à reputação da Rússia como fornecedora confiável de gás à Europa", afirma
Jonathan Stern, diretor de pesquisas sobre gás do Instituto Oxford de
Estudos sobre Energia. "O fato é que existe um limite para a quantidade
de gás que a Rússia é capaz de vender à Europa. Não creio que a Europa
perceba isto, mas a capacidade exportadora da Rússia está chegando ao
limite. A Rússia precisa de gás para si própria". (International Herald
Tribune - 24.11.2006) 2 China começa a explorar sua maior jazida de gás A China
começou a explorar sua maior jazida de gás natural, com reservas de 533,6
bilhões de metros cúbicos, localizada no deserto da região autônoma da
Mongólia Interior, no norte do país, segundo a agência de notícias Xinhua.
A Petrochina, a maior petrolífera chinesa e a quarta do mundo, passou
os últimos cinco anos programando a exploração da jazida, descoberta em
2000 e que pode processar 1,5 bilhão de metros cúbicos de gás natural
por ano. Espera-se que a usina possa extrair 4,5 milhões de metros cúbicos
por dia, suficiente para abastecer seis milhões de casas. A jazida de
gás da China abastecerá a região norte, incluindo a capital, Pequim e
a província de Hebei. O país sofre um déficit de gás natural que aumentará
nos próximos cinco anos devido a sua limitada capacidade de produção,
que cresce a um ritmo de 17% por ano, enquanto a demanda registra altas
anuais de 26%. (Gazeta Mercantil - 24.11.2006) 3 Irã descobre reservas de US$ 7,3 bi O Irã descobriu novas reservas de petróleo e gás natural na província do Khuzestão, a sudoeste do país, rica em hidrocarbonetos, com um valor estimado em US$ 7,3 bilhões, informou ontem um representante do Ministério do Petróleo iraniano. As reservas foram descobertas na camada sedimentar de Khami, no campo petrolífero de Ahvaz, segundo a rede de informações do Ministério do Petróleo. O relatório não especificou a quantidade exata das reservas descobertas. Calcula-se que o campo de gás deve produzir 150 milhões de pés cúbicos de gás diários até o final da primeira fase de extração. (Gazeta Mercantil - 24.11.2006) 4
AIEA descarta pedido de ajuda técnica do Irã para construir reator Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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