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IFE: nº 1.934 - 23 de novembro de 2006
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Opinião
1
Eletrobrás: A Petrobrás do setor elétrico

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Eletrobrás será Petrobras do setor elétrico
2 Lula quer que Eletrobrás seja capaz de fazer grandes captações
3 Paraguai pressiona para renegociar Itaipu
4 Aneel debate prioridade da EPE em estudos ambientais
5 Brascan: congelamento da Tust seria positivo

Empresas
1 Standard & Poor's atribui rating 'brA' à emissão de debêntures da CPFL
2 Neoenergia vai pagar R$ 161,1 mi aos acionistas
3 Cemig acumula comercialização de 47.427 GWh
4 Alstom fecha contrato de R$ 50 mi com Usiminas e Tractebel
5 Cotações da Eletrobrás
6 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 42,8%
2 Sul: nível dos reservatórios está em 44,3%
3 NE apresenta 52,2% de capacidade armazenada

4 Norte tem 35% da capacidade de armazenamento

Gás e Termelétricas
1 Em estudo gasoduto Venezuela-Nordeste
2 Negociações sobre preço do gás são retomadas
3 Petrobras confirma estudos para reajuste no preço do gás
4 Petrobras deve investir R$ 2 bi em São Paulo
5 EPE: país precisa de mais 4 usinas nucleares
6 Tolmasquim: preço médio de geração das usinas atômicas é competitivo
7 MME pode não acolher integralmente as propostas da EPE

Grandes Consumidores
1 Produção de aço pode dobrar até 2015
2 Crescem vendas de químicos
3 Siderúrgica Ceará Steel terá gás reajustado
4 Quartzolit migra para se manter líder

Economia Brasileira
1 S&P melhora a perspectiva do rating do Brasil
2 Fiep lança fundo para emprestar a indústrias

3 IPC-S fica em 0,31% na terceira leitura de novembro
4 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Baixa oferta de eletricidade é entrave para Argentina
2 Endesa desafia Gas Natural a elevar preço
3 Austrália debate energia nuclear

Opinião

1 Eletrobrás: A Petrobrás do setor elétrico

A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que a Eletrobrás deve assumir no setor elétrico o mesmo papel que a Petrobrás ocupa na área do petróleo deve ser entendida como mais um passo do processo de reestruturação do SEB, iniciada em 2003. Na ocasião, o Grupo Eletrobrás voltou a investir, em geração e transmissão, por meio dos leilões, depois que o falido Modelo de Privatização (1990-2002) contribuiu para a crise do "apagão" ao restringir ao extremo a atuação da estatal. Assim, a próxima etapa será "destravar" os problemas de ordem financeira que afetam a companhia, com o objetivo de aumentar sua capacidade de alavancar recursos financeiros para novos investimentos. Até agora, a restrição financeira induziu a estatal a formar consórcios com até 49% de participação para poder ter acesso aos empréstimos do BNDES. A nova etapa, portanto, deverá permitir uma atuação mais forte e dinâmica da Eletrobrás, possibilitando que contribua para eliminar os desequilíbrios entre oferta e demanda de energia, além de colaborar para o aumento da formação bruta de capital fico do Brasil e o crescimento do PIB. Estes objetivos já vêm sendo atingidos, no setor petrolífero, pela Petrobrás, o que torna pertinente a analogia de que a Eletrobrás será a Petrobrás do setor elétrico. (GESEL-IE-UFRJ - 23.11.2006)

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Regulação e Reestruturação do Setor

1 Eletrobrás será Petrobras do setor elétrico

O governo quer que a Eletrobrás assuma o papel de grande investidora do setor elétrico, fazendo deslanchar projetos que estão parados por falta de interesse da iniciativa privada, seja pela dificuldade de conseguir financiamentos a custos compatíveis com o retorno dos investimentos e as tarifas que serão cobradas, seja pelos riscos regulatórios. A redefinição do papel da Eletrobrás como "comandante" do setor elétrico, a exemplo do que já faz hoje a Petrobras na sua área, foi o tema central da primeira parte da reunião de ontem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com vários ministros da área econômica e social, além de representantes da Petrobras, da Caixa Econômica e do BNDES. A estratégia de fortalecer a Eletrobrás, apresentada como a solução para resolver um dos gargalos ao crescimento do país a taxas de 5% ao ano, como deseja Lula, é, na verdade, a ampliação da participação que a empresa vem adotando recentemente nos leilões de grande porte do setor elétrico. Em muitos casos, a presença da Eletrobrás tem sido determinante, para garantir a formação de consórcios em condições de disputar a construção de novas usinas. (Folha de São Paulo - 23.11.2006)

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2 Lula quer que Eletrobrás seja capaz de fazer grandes captações

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer que a Eletrobrás seja capaz de fazer grandes captações de recursos com emissões de bônus no mercado para financiar seus projetos. O governo precisa buscar R$ 16 bilhões dos R$ 42 bilhões que terão que ser investidos no setor elétrico nos próximos anos. Uma hipótese discutida ontem para atrair mais recursos para o setor foi oferecer ações da Eletrobrás a investidores. A discussão não desceu a detalhes de como isso seria feito e nenhuma decisão foi tomada. "Poderá ser por meio de sociedades de propósito específico ou outra forma", disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. A idéia foi levantada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Para transformar a Eletrobrás numa Petrobras será necessário primeiro mudar a legislação da estatal, porque a lei que a criou não permite que ela se endivide em mercado. Depois, será necessário mudar o modelo de administração da empresa, adotando as regras de governança corporativa exigidas pelos investidores. De novo, o presidente não se mostrou satisfeito com o que ouviu. "Ele fez um olhar inquiridor, desejoso de saber se suas orientações estavam sendo bem captadas", disse Bernardo. Não foram tomadas decisões, mas algumas hipóteses foram colocadas sobre a mesa. (Jornal do Commercio - 23.11.2006)

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3 Paraguai pressiona para renegociar Itaipu

Com forte respaldo da imprensa local, o governo do Paraguai vem pedindo a mais abrangente revisão do Tratado de Itaipu desde a sua assinatura, em 1973. O Brasil tem dito que não está disposto a rever o acordo. O principal ponto que o Paraguai quer renegociar se refere ao cálculo da dívida do país com a Eletrobrás, que financiou a construção da usina. De acordo com a imprensa paraguaia, o montante hoje é de US$ 19 bilhões, dos quais US$ 4,3 bilhões são de juros, cujo cálculo o governo Duarte quer revisar. O tema tem ganhado cada vez mais espaço na imprensa do país e será o principal assunto que o Paraguai quer tratar durante a visita do chanceler Celso Amorim. "Com Amorim, vamos iniciar conversações para encontrar uma solução favorável a ambos os países com respeito à dívida de Itaipu", disse ontem o chanceler paraguaio, Rubén Ramírez, segundo a agência de notícias France Presse. Antes de chegar ao Paraguai, Amorim concedeu uma entrevista ao jornal "ABC Color", publicada ontem, na qual afirmou que o Brasil considera "desnecessária" a revisão do tratado, em vigor há 33 anos. De acordo com ele, o governo brasileiro está disposto a negociar apenas "esquemas de pagamento de dívida e de pagamento de energia". A entrevista de Amorim causou irritação no governo Duarte, segundo fontes diplomáticas paraguaias. (Folha de S. Paulo - 23.11.2006)

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4 Aneel debate prioridade da EPE em estudos ambientais

A Aneel colocou em audiência pública a proposta de alteração das resoluções 393/1998 e 395/1998, com o objetivo de dar prioridade à EPE na elaboração de estudos de inventário de rios considerados estratégicos, além de estudos de viabilidade de hidrelétricas selecionadas pela estatal. A audiência pública será documental e terá início a partir da próxima quinta-feira, 23 de novembro. O prazo para envio de contribuições termina no dia 8 de janeiro. De acordo com o processo, iniciativa visa adequar as atribuições da EPE, surgida com a implantação do atual modelo setorial, à legislação em vigor. Uma das principais atribuições da EPE é a realização de estudos para determinação de aproveitamentos ótimos de potenciais hídricos, além de avaliações de impacto e viabilidade. A proposta da Aneel pretende evitar a sobreposição de esforços e recursos entre EPE e empreendedores interessados em realizar os estudos. As resoluções permitem que agentes interessados em investir na geração hidrelétrica obtenham credenciamento para elaborar estudos de inventário ou de viabilidade e projetos básicos, visando incentivar a competição entre empreendedores. (Agência Canal Energia - 22.11.2006)

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5 Brascan: congelamento da Tust seria positivo

A expectativa da Aneel é de que o debate para o aperfeiçoamento da metodologia para a cobrança da Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (Tust) seja colocado em audiência pública ainda no primeiro semestre de 2007. A proposta envolve o congelamento da Tust, por um período que pode variar entre 10 a 15 anos, com base na previsão do Plano Decenal, sendo reajustada apenas pela variação do IPCA. Na opinião da corretora Brascan, a aprovação traria impactos positivos para o segmento de geração porque, além de resultar numa melhor previsão de custos, poderá também reduzir as incertezas sobre a cobrança. Em paralelo, a definição poderá ser aplicada a novos empreendimentos como o Complexo do Rio Madeira (RO), que terá capacidade para gerar 6.450 MW na realização de novos leilões porque proporcionaria uma maior atração aos investidores já que os custos de transmissão correspondem a um valor entre 5% e 10% do dispêndio total no empreendimento. A proposta deverá contar com a regra de transição para novos contratos de energia associados aos geradores existentes já que a mudança das regras de cobrança do encargo dos mesmos sem um período de transição poderia implicar grandes impactos para o segmento. (ID - InvestNews - 22.11.2006)

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Empresas

1 Standard & Poor's atribui rating 'brA' à emissão de debêntures da CPFL

A Standard & Poor's Ratings Services atribuiu hoje o rating 'brA' às debêntures subordinadas de 3ª emissão da CPFL Paulista. Ao mesmo tempo, também reafirmou em sua Escala Nacional Brasil o rating de crédito corporativo 'brA+' atribuído à empresa e às suas debêntures de 1ª e 2ª emissão. A perspectiva do rating de crédito corporativo é positiva. As debêntures, no valor de R$ 640 milhões, terão prazo de sete anos contando com três amortizações anuais iguais a partir de dezembro de 2011. O rating 'brA' atribuído a essas debêntures está um degrau abaixo do rating 'brA+' atribuído à CPFL Paulista e às suas outras duas emissões de debêntures anteriores em razão de serem do tipo subordinada. (Standart & Poors - 21.11.2006)

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2 Neoenergia vai pagar R$ 161,1 mi aos acionistas

O Grupo Neoenergia deve pagar R$ 161,1 milhões aos acionistas relativos aos juros sobre o capital próprio dos primeiro trimestre de 2006. Segundo a empresa, o valor será liberado a partir de 29 de novembro. Serão R$ 53 milhões, referentes ao primeiro trimestre, correspondente a R$ 0,00905884390 por ação ordinária. Outros R$ 59,1 milhões são referentes ao segundo trimestre, divididos em R$ 0,01010146556 por ação ON. Em relação ao terceiro trimestre são R$ 49 milhões, repartidos em R$ 0,0083751576 por ação. (InvestNews - 22.11.2006)

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3 Cemig acumula comercialização de 47.427 GWh

A Cemig registrou venda acumulada de 47.427 GWh entre janeiro e setembro de 2006. Segundo o balanço consolidado da empresa, divulgado na última terça-feira, 21 de novembro, a energia total comercializada pela companhia ficou em 43.381 GWh e as perdas nas redes de transmissão e distribuição totalizaram 4.046 GWh. A distribuidora fechou o período com 14.911 GWh, enquanto a Cemig GT teve comercialização acumulada de 16.148 GWh, entre outros dados. Ainda de acordo com a estatal, a energia entregue entre janeiro e setembro somou 25.312 GWh, sendo 24.224 GWh produzidos pela subsidiária Cemig GT. A Cemig apurou ainda 22.115 GWh de energia comprada. Do montante adquirido, 9.050 GWh foi fornecido por Itaipu e 8.172 GWh foram provenientes de contratos de compra de energia em leilões (CCEARs), entre outras operações. (Canal Energia - 22.11.2006)

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4 Alstom fecha contrato de R$ 50 mi com Usiminas e Tractebel

O grupo francês Alstom, fabricante de equipamentos para geração de energia, fechou dois contratos, no total de R$ 50 milhões, com a Tractebel Energia, subsidiária brasileira do Grupo Suez, e a fabricante de aços planos Usiminas para projetar e fornecer novos sistemas de controle de emissão de gases, informou o diretor-geral de controle ambiental da Alstom, Carlos de Almeida. De acordo com Almeida, as vendas de equipamentos para controle ambiental dobraram no País em relação ao ano fiscal anterior, em virtude da instalação de novas indústrias de setores como papel e celulose, siderurgia, não-ferrosos (cobre, zinco e níquel), termelétricas e alumínio, principais indústrias atendidas pela empresa. A empresa prevê entregar cerca de cinco ou seis sistemas de controle ambiental ainda neste ano fiscal, que engloba abril deste ano até março de 2007. Cada projeto pode gerar de R$ 1 milhão até R$ 100 milhões, observou Almeida. (Gazeta Mercantil - 23.11.2006)

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5 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 22-11-2006, o IBOVESPA fechou a 41.912,92 pontos, representando uma alta de 0,82% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,74% fechando a 12.805,11 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 45,50 ON e R$ 43,70 PNB, alta de 1,72% e 1,63%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 23-11-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 46,78 as ações ON, alta de 2,81% em relação ao dia anterior e R$ 44,20 as ações PNB, alta de 1,14% em relação ao dia anterior. (Investshop - 23.11.2006)

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6 Curtas

A Manaus Energia divulgou licitação para a compra de materiais diversos de rede/distribuição. O prazo vai até o dia 5 de dezembro e o preço do edital é R$ 10,00. A Eletrosul abriu licitação para equipamentos topográficos de alta precisão, para execução de levantamento topográficos planimétricos e cadastrais em novo empreendimentos da Eletrosul. O prazo vai também até o dia 5 de dezembro. (Agência CanalEnergia - 23.11.2006)

A Cemig divulgou licitação para purificação do óleo e secagem da parte ativa de três reatores energizados, através da tecnologia de filtros absorvedores ou por coalescência. O prazo vai até 6 de dezembro. (Agência CanalEnergia - 23.11.2006)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 42,8%

O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 42,8%, apresentando queda de 0,2% em relação à medição do dia 20 de novembro. A usina de Furnas atinge 39,7% de volume de capacidade. (ONS - 21.11.2006)

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2 Sul: nível dos reservatórios está em 44,3%

O nível de armazenamento na região Sul apresentou elevação de 1% no nível de armazenamento em relação à medição do dia 20 de novembro, com 44,3% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 60,3% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 21.11.2006)

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3 NE apresenta 52,2% de capacidade armazenada

Apresentando alta de 0,3% em relação à medição do dia 20 de novembro, o Nordeste está com 52,2% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho opera com 44,5% de volume de capacidade. (ONS - 21.11.2006)

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4 Norte tem 35% da capacidade de armazenamento

O nível de armazenamento da região Norte está em 35% não apresentando alteração em relação à medição do dia 20 de novembro. A usina de Tucuruí opera com 25,7% do volume de armazenamento. (ONS - 21.11.2006)

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Gás e Termoelétricas

1 Em estudo gasoduto Venezuela-Nordeste

O governo está avaliando a possibilidade de construir um gasoduto ligando a Venezuela ao Nordeste. O empreendimento seria uma alternativa para o planejado gasoduto da integração, que vai da Venezuela até a Argentina, passando pelo Brasil. Segundo o secretário de Planejamento Energético do MME, Márcio Zimmermann, a Venezuela teria condições de ofertar 50 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural durante 20 anos. Ele afirmou ainda que o mercado nordestino é o mais próximo da Venezuela. (Valor Econômico- 23.11.2006)

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2 Negociações sobre preço do gás são retomadas

Uma equipe da Petrobras viajou para a Bolívia com o objetivo de retomar as negociações sobre o preço do gás natural importado pelo Brasil, informou o diretor de gás e energia da estatal, Ildo Sauer. Segundo ele, a reunião deve durar três dias. Sauer explicou que as negociações, que já se arrastam por 155 dias, têm prazo até dia 10 de dezembro para serem concluídas. O diretor da Petrobras evitou, no entanto, reafirmar a posição da Petrobras de não aceitar aumento no preço do gás vendido pelo país vizinho. "É uma questão de elegância, não posso falar sobre uma negociação que minha equipe está retomando hoje", justificou. (Gazeta Mercantil - 23.11.2006)

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3 Petrobras confirma estudos para reajuste no preço do gás

A Petrobras está "olhando novamente um reajuste" no preço do gás produzido no país, disse o diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Almir Barbassa. O diretor de gás e energia da estatal, Ildo Sauer, afirmou que o preço do gás boliviano será um teto para os preços do gás nacional. Barbassa explicou que a empresa manteve o preço do gás baixo para estimular o uso do produto no Brasil, uma vez que tinha que pagar por 24 milhões de metros cúbicos de gás boliviano mesmo que não usasse todo esse volume. A política deu resultado e o consumo aumentou. "Agora é o momento de reajustar o preço", afirmou. Segundo Sauer, os novos preços ainda não foram definidos e serão discutidos com as distribuidoras no primeiro semestre do ano que vem. Depois do período de congelamento, a Petrobras promoveu um reajuste em setembro do ano passado, outro em março ou abril deste ano. Foi então que contou que a empresa está preparando mais um reajuste. "Temos que manter uma relação do preço do gás com seu substituto imediato e o mercado vai se equilibrar", disse, referindo-se ao óleo combustível. Do contrário, argumentou, a demanda pelo gás tenderia a aumentar, já que estaria em um preço mais baixo que a outra opção. (Jornal do Commercio - 23.11.2006)

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4 Petrobras deve investir R$ 2 bi em São Paulo

A Petrobras vai investir R$ 2 bilhões, até 2010, para ampliar e modernizar a malha de dutos do estado de São Paulo, especialmente na região metropolitana, informou ontem a estatal. Segundo nota enviada pela empresa, as obras devem ser iniciadas a partir do segundo semestre de 2008 e serão concluídas em dois anos. A companhia prevê substituir cerca de 500 quilômetros de dutos. Além de aprimorar a logística, a Petrobras pretende desativar alguns trechos que estão localizados em áreas com grande densidade populacional. "Os dutos serão remanejados para áreas que permitam sustentar o crescimento futuro desse mercado", diz a nota. De acordo com a Petrobras, São Paulo, o maior mercado consumidor de petróleo e derivados do País, é uma região estratégica para a empresa. O estado é responsável pelo refino de 48% do petróleo demandado no Brasil e por 43% do volume movimentado de petróleo e derivados no País. Para as obras em São Paulo, a companhia prevê um índice de nacionalização superior a 90% em materiais, equipamentos e serviços. A expectativa é de que os investimentos em infra-estrutura gerem cerca de 28 mil empregos diretos e indiretos. O Plano de Negócios 2007/2011 para São Paulo prevê investimentos totais de US$ 10 bilhões. (Gazeta Mercantil - 23.11.2006)

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5 EPE: país precisa de mais 4 usinas nucleares

O governo deverá investir na construção de mais quatro usinas nucleares até 2030, além de Angra 3, para atender ao aumento do consumo de energia brasileiro, segundo recomendações traçadas pela EPE, vinculada ao MME. O consumo crescerá cerca de três vezes até o final do período estudado, levando em consideração duas premissas básicas: expansão econômica de 4,1% ao ano, em média, e o acréscimo de 53 milhões de habitantes na população, número que equivale a um "novo" Nordeste. As quatro usinas terão capacidade para gerar 1.000 MW cada. Duas delas estão previstas para o Sudeste; as outras duas, no Nordeste. A localização específica depende de estudos mais aprofundados. O cronograma sugerido pela EPE para a entrada em funcionamento das centrais é o seguinte: uma no período 2016-2020, outra entre 2021 e 2025 e duas no período 2026-2030. O início das operações de Angra 3, que deve gerar 1.300 MW, é previsto para janeiro de 2013. A sugestão das quatro novas centrais nucleares consta do Plano Nacional de Energia 2030 - Estratégia para a Expansão da Oferta, apresentado ontem pelo presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. (Valor Econômico- 23.11.2006)

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6 Tolmasquim: preço médio de geração das usinas atômicas é competitivo

Maurício Tolmasquim informou que o preço médio de geração das usinas atômicas, sem levar em conta impostos e custos de conexão com o sistema interligado, foi estimado em US$ 50/MWh, valor que coloca a energia nuclear em níveis competitivos com outras fontes. De acordo com Tolmasquim, a retomada de projetos nucleares nos países desenvolvidos é um fator a ser levado em conta, pois cria escala industrial e barateia equipamentos, mas não é o ponto preponderante. O mais importante, na avaliação dele, é que o Brasil tem grandes reservas de urânio e o combustível usado nas centrais poderá ser inteiramente nacional. O plano da EPE não constitui uma política de governo, é apenas uma sugestão para reforçar a programação futura do setor, frisa Tolmasquim. Nos cálculos apresentados por Tolmasquim, que representam a versão preliminar do plano, a expansão nuclear (4.000 MW) corresponde a 3,8% dos projetos de expansão de energia entre 2016 e 2030. (Valor Econômico- 23.11.2006)

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7 MME pode não acolher integralmente as propostas da EPE

A assessoria de imprensa do MME informou que o governo pode não acolher integralmente as propostas da EPE, criada com o objetivo de prestar serviços para subsidiar o planejamento do setor energético. Em dezembro o governo decide sobre as propostas. Atualmente, as duas usinas nucleares em operação, Angra 1 e 2, têm potência de dois mil MW. (Gazeta Mercantil - 23.11.2006)

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Grandes Consumidores

1 Produção de aço pode dobrar até 2015

Estão hoje em estudo nas companhias siderúrgicas brasileiras projetos de expansão ou construção de novas usinas que garantiriam uma expansão da capacidade instalada do País de até 25 milhões de toneladas entre 2010 e 2015, para cerca de 75 milhões de toneladas, segundo levantamento do Instituo Brasileiro de Siderurgia (IBS). No entanto, para o presidente da entidade, Luiz André Rico Vicente, estes investimentos ainda dependem não apenas da análise das próprias companhias como também do crescimento econômico brasileiro, em taxas suficientes para sustentar uma alta expressiva no crescimento da demanda interna por aço, e também no cenário internacional. "Tudo indica que a China, que puxa o crescimento mundial, deve continuar crescendo com forte sustentação pelos próximos dois ou três anos, depois é uma incógnita", disse. "Mas a questão também é fazer com que este crescimento chinês, que chegou ao mundo inteiro, também chegue aqui, porque até agora não chegou", acrescentou o executivo, ressaltando a necessidade de o governo brasileiro ter um papel mais ativo no estímulo ao crescimento do País. (Gazeta Mercantil - 23.11.2006)

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2 Crescem vendas de químicos

As vendas do setor de distribuição de produtos químicos e petroquímicos cresceram 9,8% em dólar no mês de outubro, ante setembro. Já as vendas em reais subiram 9,1% na mesma comparação, segundo o Relatório Tendências, elaborado pela Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos Químicos e Petroquímicos (Associquim) e pelo Sindicato do Comércio Atacadista de Produtos Químicos e Petroquímicos no Estado de São Paulo (Sincoquim). Para novembro, a expectativa é de alta de 1,5% nas vendas. (Gazeta Mercantil - 23.11.2006)

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3 Siderúrgica Ceará Steel terá gás reajustado

O diretor de gás e energia da estatal, Ildo Sauer confirmou que a Petrobras quer elevar o preço do gás natural que será vendido à siderúrgica Ceará Steel, projeto de US$ 750 milhões apoiado pelo governo do Estado do Ceará, que deve subsidiar parte do preço do insumo. Segundo ele, no protocolo de intenções original com o governo cearense, de 1996, havia previsão de um preço em torno dos US$ 3 o milhão de BTU (unidade térmica britânica). "Hoje todos sabemos que o gás está em números bem acima disso", afirmou. O diretor da Petrobras lembrou que desde 2004 os custos do aço subiram no mercado internacional, o que quase triplicou o preço das plataformas de produção em relação a 2003, o que não sustenta o preço original. "O custo estrutural da produção de gás natural hoje no Brasil praticamente mais do que dobrou em relação aos custos de 2003", afirmou. Explicou ainda que em agosto enviou documento sobre o problema para o grupo responsável pela siderúrgica, formado pela BNDESPar, empresa de participações do BNDES com 40%; a coreana Dongkuk Steel, 34%; a italiana Danieli, 17%; e a Companhia Vale do Rio Doce, 9%. "O maior problema é que o contrato de compra e venda de gás nunca foi assinado, embora houvessem minutas", disse Sauer. (Gazeta Mercantil - 23.11.2006)

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4 Quartzolit migra para se manter líder

Após R$ 80 milhões em investimentos, a Quartzolit Weber está finalizando seu processo de reestruturação nas linhas de produção e distribuição. Com o início da operação da sétima fábrica da empresa, que pertence ao grupo francês Saint Gobain, em Cuiabá (MS), no próximo mês de janeiro, a Quartzolit estará produzindo em quase todas as regiões do Brasil. Além disso, a empresa está ampliando o leque de produtos com maior valor agregado para ganhar um mercado que permite maiores margens com escalas menores. A nova fábrica de Cuiabá é o último passo nessa estratégia, iniciada há oito anos. Com investimentos da ordem de R$ 5 milhões, a unidade deve agregar entre 60 mil e 80 mil toneladas às 1,5 milhão de toneladas de argamassa que são produzidas anualmente pela companhia no Brasil. (Valor Econômico- 23.11.2006)

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Economia Brasileira

1 S&P melhora a perspectiva do rating do Brasil

A Standard & Poor's anunciou a revisão da perspectiva da nota soberana brasileira de "estável" para "positiva". Segundo a S&P, "a perspectiva positiva reflete o contínuo declínio das vulnerabilidades fiscal e externa do Brasil". A nota soberana do Brasil foi mantida em "BB", dois degraus abaixo do chamado "investment grade". Se for catalogado nesse nível, o país tem maior possibilidade de conseguir empréstimos mais baratos no mercado internacional. (Folha de São Paulo - 23.11.2006)

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2 Fiep lança fundo para emprestar a indústrias

A Federação das Indústrias do Paraná registrou ontem na CVM e lançou o seu Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios Fiep Industrial com o qual pretende alavancar recursos para emprestar aos seus associados com taxas de juros inferiores aos do mercado. Segundo o presidente Rodrigo da Rocha Loures, a previsão é a de que em 30 dias o Fundo realize as primeiras captações. Prevê-se a necessidade de R$ 130 milhões para atender a demanda de empréstimos por capital de giro de cerca de 40 empresas que mostraram interesse numa primeira amostragem. "Em quatro meses queremos ter metade deste valor e em seis meses, completar a cota para o caso de realizarmos novas emissões conforme a necessidade", disse. Para atrair investidores, a Fiep imagina remunerar os recursos acima do CDI. "Nós ainda não temos os custos, mas certamente vamos remunerar mais que a média do mercado", explicou Luiz Virgílio de Macedo, da entidade. (Gazeta Mercantil - 23.11.2006)

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3 IPC-S fica em 0,31% na terceira leitura de novembro

O IPC-S subiu 0,31% na terceira medição de novembro, após incremento de 0,34% na apuração anterior. Habitação declinou 0,14%, após verificar estabilidade medição anterior. Saúde avançou 0,20% neste levantamento, sucedendo uma alta de 0,28% na pesquisa antecedente. Vestuário desacelerou de 1,37% para 1,30%. Despesas Diversas subiram 0,77%, Transportes declinaram 0,28% e Educação, Leitura e Recreação baixaram 0,11%. No levantamento passado, houve acréscimo de 0,37%, queda de 0,31% e diminuição de 0,15%, respectivamente. Alimentação expandiu-se 1,06%, assim como na segunda leitura do mês. (FGV - 23.11.2006)

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4 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial abriu as operações com depreciação em relação ao fechamento de ontem, a R$ 2,1640. Às 9h20, a moeda era transacionada a R$ 2,1620 na compra e a R$ 2,1640 na venda, com declínio de 0,13%. Ontem, o dólar comercial subiu 0,13%, a R$ 2,1650 na compra e a R$ 2,1670 na venda. (Valor Online - 23.11.2006)

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Internacional

1 Baixa oferta de eletricidade é entrave para Argentina

A Standard & Poor''s provavelmente manterá a classificação de crédito da Argentina durante os próximos 12 a 18 meses devido ao fato de a economia do país estar engessada pela baixa oferta de energia elétrica. Sebastian Briozzo, diretor de ratings soberanos da Standard & Poor's, disse que a economia da Argentina precisa de um ambiente regulatório mais estável para suas centrais de serviços públicos para poder elevar a disponibilidade de energia no país. "Há gargalos no fornecimento de energia", disse Briozzo em entrevista. "O país precisa de um ambiente mais previsível, especialmente para as centrais de serviços públicos". (Gazeta Mercantil - 23.11.2006)

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2 Endesa desafia Gas Natural a elevar preço

O presidente-executivo da empresa espanhola de energia elétrica Endesa, Rafael Miranda, desafiou ontem a Gas Natural a elevar o preço na sua oferta pela companhia e deixar de agir com "coisas extravagantes", como levar a Endesa à Justiça por acusações de tráfico de informação privilegiada. O executivo referiu-se a processo aberto pela Gas Natural, em Barcelona, por suposto delito de tráfico de informação privilegiada em favor do grupo alemão E.ON, que apresentou proposta de compra para concorrer com a empresa de gás pela Endesa. "O que tem que fazer a Gas Natural é deixar de fazer coisas extravagantes e, se é verdade que querem, melhorar a oferta", disse Miranda a jornalistas após conferência sobre energia. Miranda afirmou que o órgão regulador do mercado de capitais espanhol já investigou o assunto, sem encontrar qualquer descumprimento das normas vigentes, acrescentando que o documento apresentado pelo grupo alemão contém detalhes de todos os contatos entre a Endesa e a E.ON. "De todo modo, a Gas Natural nunca solicitou à Endesa qualquer informação", afirmou Miranda. (Jornal do Commercio - 23.11.2006)

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3 Austrália debate energia nuclear

A energia nuclear é uma opção para a Austrália, mas ainda é cara, diz um estudo encomendado pelo governo do país. Segundo a pesquisa, a energia nuclear seria de 20% a 50% mais cara que a convencional. Por isso, só seria uma opção competitiva se fosse compensada pelo pagamento por emissões de gases do efeito estufa. "As altas barreiras comerciais e tecnológicas poderiam dificultar a entrada no mercado. É preciso eliminar os impedimentos legais e regulamentares, e ainda haveria uma oportunidade real para que as empresas australianas pudessem ter lucro nesta área", disse o relatório. (Valor Econômico- 23.11.2006)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Jornalista: Juliana Lanzarini
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Beatriz Mello Affonso, Bianca Reich, Guilherme Branquinho, Larissa Barbosa, Igor Briguiet e Rodrigo Fonseca.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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