l IFE: nº 1.929 - 14
de novembro de 2006 Índice Opinião
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Opinião 1 Os resultados das empresas e o marco regulatório Os bons
resultados que estão sendo divulgados nos balancetes do 3º trimestre de
2006 indicam a consolidação do marco regulatório do SEB. A metodologia
de reajuste tarifário aplicada pela Aneel, o aumento do consumo refletindo
o cenário macroeconômico positivo do Brasil e a busca de eficiência das
empresas distribuidoras explicam os resultados. Dois aspectos merecem
destaque. O primeiro é a redução do custo dos financiamentos que tem como
causas: o cenário macro, valorização do Real e a consolidação do marco
regulatório. Todos dando mais confiança aos agentes financeiros e reduzindo
as taxas de empréstimo. Devem-se assinalar os empréstimos via debêntures,
fundos de recebíveis, mercado acionário e a redução do custo dos empréstimos
do BNDES. Tudo contribuindo para a redução do custo financeiro e refletindo
a diminuição dos riscos. Um segundo aspecto é o processo de verticalização
dos grupos. As distribuidoras que fazem parte de holdings, incluindo geradoras
e comercializadoras, tendem apresentar melhor capacidade de competição,
em especial para o segmento industrial onde prevalece o consumidor livre.
Desta forma, o processo de concentração no SEB irá aumentar, mas o mais
importante é o interesse destes grupos em investir em geração, via leilão,
a fim de garantir energia firma nas suas relações com os consumidores
livres. (GESEL-IE-UFRJ - 14.11.2005)
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Ibama: licença ambiental prévia não sai este ano O diretor
de Licenciamento do Ibama, Luiz Felippe Kunz, disse que "não vê mais possibilidade"
de o órgão decidir ainda este ano se concede a licença ambiental prévia.
A decisão do Ibama, portanto, segundo Kunz, só deve sair em janeiro ou
fevereiro de 2007. Sem isso, o governo não poderá leiloar a concessão
dos projetos das Usinas Santo Antonio (3.150 MW) e Jirau (3.300 MW). Algumas
semanas atrás, Kunz previa que a decisão poderia sair até o fim do ano.
A mudança decorre de dois fatores. O primeiro foi a liminar da Justiça
Federal de Rondônia, na semana passada, que obrigou o Ibama a cancelar
duas das quatro audiências públicas para discutir o projeto. Além disso,
o Ibama deverá receber do Ministério Público Estadual de Rondônia, em
até 15 dias após a conclusão das audiências, um estudo que contesta pontos
da avaliação do impacto ambiental do complexo. O Ibama só poderá concluir
o processo e definir se concede a licença após concluir a análise desse
documento do MPE, que tem cerca de 800 páginas. "É impossível concluir
até o fim do ano a análise desse estudo, além dos documentos entregues
durante a audiência pública. Assim, não vejo como a licença possa sair
neste ano", disse o diretor do Ibama. (O Estado de São Paulo - 14.11.2006)
2 Ibama pretende retomar audiências sobre Complexo do Rio Madeira O Ibama
pretende retomar em 15 dias as audiências públicas sobre o Complexo Hidrelétrico
do Rio Madeira, em Rondônia. O objetivo é avaliar se a construção da hidrelétrica
é viável do ponto de vista sócio-ambiental. As audiências nos distritos
de Abunã e Mutumparaná, que deveriam ter sido realizadas nos dias 8 e
9 de novembro, mas foram suspensas a pedido de movimentos sociais locais,
serão remarcadas até amanhã (14), segundo o instituto. "A partir daí [das
novas audiências], o Ibama verifica se já existem informações suficientes
para dizer se a construção da hidrelétrica é viável do ponto de vista
ambiental. Caso não haja, haverá necessidade de outras complementações",
disse o diretor do Ibama, Luiz Felippe Kunz. (Agência Brasil - 13.11.2006)
3 IBDE defende regulamentação conjunta entre SE e área ambiental A presidente
do Instituto Brasileiro do Direito da Energia, Maria D'Assunção Costa,
defendeu nesta segunda-feira, 13 de novembro, a regulamentação dos aspectos
ambientais relativos aos empreendimentos de energia elétrica em conjunto
pelo Conselho Nacional de Política Energética, o Conselho Nacional de
Meio Ambiente e os conselhos estaduais. Segundo a especialista, a medida
visa a definir prioridades ambientais, a fim de evitar entraves que resultem
em ações judiciais, ou em aumento nos custos dos empreendimentos. Para
Maria D'Assunção, a questão ambiental é um dos temas a serem tratados
pelo governo como desafio para viabilizar a expansão do setor, a partir
do início da segunda gestão Lula. A presidente do IBDE destacou ainda
a necessidade de transparência e visibilidade nas ações do estado, com
a instituição de mecanismos de negociação com todos os agentes participantes
da área ambiental. Ela ressaltou, entre outros pontos considerados essenciais
para a sustentabilidade do setor ,que o governo também terá que assegurar
a manutenção da estabilidade nas regras. Isso, acredita, pode ser alcançado
com o estrito cumprimento da legislação atual, além do respeito aos contratos
atuais. (Agência Canal Energia - 13.11.2006) 4
Revisão tarifária: Anace vê prejuízos para consumidor 5 ABCE prevê impacto tarifário com cobrança de uso de faixa de domínio em rodovias O diretor
adjunto da Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica,
Luiz Antônio Sanches, afirmou nesta segunda-feira, 13 de novembro, que
uma eventual decisão do Supremo Tribunal Federal a respeito de cobrança
de uso de faixa de domínio por rodovias poderá implicar em risco de impacto
tarifário. Segundo ele, o ministro Luiz Fux, do Superior Tribunal de Justiça,
encaminhou ao STF na semana passada um processo envolvendo a RGE e a associação
de rodovias do estado. Sanches contou que a RGE havia entrado na Justiça
contra a cobrança sobre empresas de serviço público, como distribuidoras,
pelo uso da faixa de domínio de uma rodovia estadual. A distribuidora
perdeu em primeira instância e recorreu à segunda instância, também sem
sucesso. Com isso, a RGE entrou com agravo no STJ. Fux encaminhou na última
terça-feira, 7 de novembro, o processo ao STF, justificado que o STJ não
tem a devida competência para analisar o caso. A preocupação da ABCE,
de acordo com Sanches, está na possibilidade de impacto nas tarifas das
três distribuidoras do Rio Grande do Sul. Estimativas da associação indicam
que, caso o STF dê ganho de causa às administradoras de rodovias, a RGE,
a CEEE e a AES Sul terão que pagar, por ano, R$ 25 milhões pelo uso das
faixas de domínio. (Agência Canal Energia - 13.11.2006)
Empresas 1 Ceb: lucro líquido de R$ 33,4 mi A Ceb divulgou
um lucro líquido de R$ 33,4 milhões no terceiro trimestre do ano, dez
vez maior que os R$ 3,4 milhões obtidos no mesmo período de 2005. O crescimento
do lucro trimestral não impediu que a empresa acumula-se no ano um prejuízo
de R$ 125,7 milhões, maior que o resultado negativo de R$ 47,3 milhões
no ano passado. A companhia registrou uma receita bruta de R$ 10,7 milhões
de julho a setembro deste ano, muito inferior aos R$ 323,4 milhões nos
mesmos meses anteriores. A receita bruta chegou a R$ 87,7 milhões no acumulado
de janeiro a setembro, contra os R$ 894,8 milhões em 2005. A receita líquida
ficou em R$ 9,4 milhões no terceiro trimestre, ante R$ 218,4 milhões no
mesmo trimestre anterior. No acumulado do ano, a receita líquida ficou
em R$ 66,3 milhões, contra R$ 620,1 milhões em 2005. O resultado operacional
do trimestre ficou em R$ 33,5 milhões, bem acima dos R$ 943 mil no ano
passado. Já o resultado do ano está negativo em R$ 120,6 milhões, maior
que os R$ 56,3 milhões em 2005. (Agência Canal Energia - 13.11.2006) 2 Equatorial Energia tem lucro líquido de R$ 48,1 mi A Equatorial Energia, empresa holding que através de sua subsidiária Cemar atua como concessionária do serviço de distribuição de energia elétrica em todo o estado do Maranhão, anunciou ontem à noite os seus resultados do terceiro trimestre de 2006. A companhia alcançou um lucro líquido de R$ 48,1 milhões, comparado a um lucro de R$ 26,7 milhões no terceiro trimestre de 2005, representando um aumento de 80,0%. Já em relação ao acumulado no ano, o lucro líquido foi de R$ 77,9 milhões, um crescimento de 56,6% comparado a 2005. A receita líquida no trimestre foi de R$ 260,5 milhões e no ano de R$ 634,8 milhões, representando um crescimento de 52,7% e 36,6%, respectivamente, em relação aos mesmos períodos de 2005. No terceiro trimestre, o EBITDA foi de R$ 109,2 milhões, e nos 9M06 de R$ 242,5 milhões, representando crescimentos de 129,5% e 103,3%, respectivamente, comparados aos R$ 47,6 milhões do terceiro trimestre de 2005 e aos R$ 119,3 milhões dos nove primeiros meses de 2005. (Agência Leia - 14.11.2006) 3 Copel vai reestruturar parcerias ainda este ano Até o final
de dezembro a Copel deverá fechar pelo menos três negociações com parceiros.
Elas envolvem a venda de seus 23% de participação na usina hidrelétrica
Dona Francisca para o grupo Gerdau, a compra dos 70% que a Wobben Windpower
possui na Centrais Eólicas do Paraná e o arrendamento da térmica UEG Araucária
para a Petrobras. A companhia está prestes a acertar os detalhes finais
de um contrato de aluguel da usina UEG Araucária para a outra sócia, a
Petrobras, que é dona de 20%. O presidente da Copel, Rubens Ghilardi,
disse que o arrendamento deve ser de um ano, renovável por igual prazo,
e que a Petrobras deverá arcar com os custos operacionais do período e
pagar uma rentabilidade sobre o investimento feito, estimado em 7% sobre
os cerca de R$ 700 milhões colocados no empreendimento. Só depois disso
a térmica a gás deverá passar por reformas para ser transformada em bicombustível.
Enquanto espera que Petrobras aprove os termos do contrato, a Copel estuda
a venda de até 29% da UEG para a Eletrobrás, mas isso não deve sair em
2006. A conversa com a direção da Gerdau sobre a Dona Francisca, que tem
125 MW de potência, está mais avançada. O tema foi tratado em reunião
na Copel. O negócio que está sendo discutido com a Centrais Eólicas do
Paraná é menor. Envolve uma capacidade instalada de 2,5 MW e ativos de
R$ 5,6 milhões. (Valor Econômico - 14.11.2006) 4
Copel: geração e transmissão serão alvos de investimentos 5 Copel é convidada por Furnas e Odebrecht para disputar Rio Madeira O presidente
da Copel, Rubens Ghilardi, disse que recebeu convite de Furnas e Odebrecht
para formação de consórcio para disputar as usinas do Rio Madeira, que
devem ser leiloadas em 2007. O executivo salientou, no entanto, que uma
lei estadual exige que a empresa seja majoritária nos consórcio em que
participa. O governo federal espera realizar primeiro a oferta da usina
de Santo Antônio (3.150,4 MW) no máximo até o fim do primeiro trimestre
de 2007. A hidrelétrica de Jiraú (3.300 MW) ainda não tem previsão de
ir a leilão. (Agência Canal Energia - 13.11.2006) 6 Copel: financiamento no BNDES para Mauá A Copel
vai buscar no BNDES recursos para a construção da hidrelétrica de Mauá
(361 MW). A empresa tem 51% do empreendimento adquirido no último leilão
de energia nova, em conjunto com a Eletrosul, proprietária de 49%. A Copel
deve optar entre as alternativas de debêntures conversíveis em ações ou
um fundo de investimento em direitos créditórios. A linha de financiamento
cobrirá até 70% do investimento previsto e o restante virá de recursos
próprios da companhia. A Eletrosul deve seguir o mesmo caminho da Copel
para financiar o empreendimento. A previsão é de um investimento de R$
950 milhões para a construção de Mauá, prevista par o início de 2007.
(Agência Canal Energia - 13.11.2006) 7 Neoenergia: conselho aprova pagamento de juros sobre o capital O Conselho
de Administração da Neoenergia, em reunião realizada em 10 de novembro
de 2006, aprovou a declaração de juros sobre capital próprio, referente
ao terceiro trimestre de 2006, considerando as antecipações já declaradas,
no montante de R$ 49 milhões correspondentes a R$ 0,0083751576 por ação
ordinária. Será deduzido o Imposto de Renda, exceto para os acionistas
que tenham comprovado no Banco do Brasil, a condição de dispensados da
retenção do referido imposto. O crédito correspondente será feito de forma
individualizada a cada acionista, até 1 de dezembro de 2006 sem atualização
monetária, com base na posição acionária de 13/11/2006. A partir de hoje
as ações serão negociadas ex-juros. (Agência Leia - 14.11.2006) 8 CEEE marca assembléia geral extraordinária sobre desverticalização A CEEE realizará assembléia geral extraordinária no próximo dia 27/11/2006 para deliberar sobre a proposta de desverticalização da companhia. A proposta foi aprovada pelo CA e recebeu manifestação favorável pelo conselho fiscal. A CEEE estima que o custo da cisão será de R$ 2 milhões. A CEEE verterá a parcela de R$ 23,7 milhões de capital à distribuidora. A segregação das atividades será por meio de cisão parcial e transferência de ativos de distribuição para a nova empresa, que será denominada de CEEE-D. A empresa que realizou a avaliação dos ativos da CEEE foi a Deloitte. (Agência Canal Energia - 13.11.2006) No pregão do dia 13-11-2006, o IBOVESPA fechou a 40.605,79 pontos, representando uma baixa de 0,28% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,45 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,52% fechando a 12.314,70 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 45,00 ON e R$ 43,65 PNB, alta de 0,22% e 0,92%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior. Na abertura do pregão do dia 14-11-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 45,50 as ações ON, alta de 1,11% em relação ao dia anterior e R$ 43,94 as ações PNB, alta de 0,66% em relação ao dia anterior. (Investshop - 14.11.2006) A Celesc promoverá, de 19/11/2006 a 21/11/2006, o II Seminário Brasileiro de Meio Ambiente e Responsabilidade Social no Setor Elétrico. Os palestrantes discutirão questões ambientais e de responsabilidade social no âmbito do setor elétrico brasileiro para garantir o atendimento da demanda por energia no país de forma sustentável. (Agência Canal Energia - 13.11.2006) A Celtins vai investir R$ 764 mil no ciclo 2005/2006 do programa de eficiência energética. Os projetos terão que ser concluídos até 30/10/2007. (Agência Canal Energia - 13.11.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Tolmasquim descarta crise de energia no país em 2007 e 2008 O presidente
da EPE, Maurício Tolmasquim, garantiu ontem que não vai faltar energia
elétrica no período de 2007 a 2008, embora reconheça que a oferta está
"apertada" em relação à demanda. Tolmasquim rebateu as críticas de Marco
Aurélio Tavares, sócio-diretor da GásEnergy, que apresentou estudo afirmando
que os problemas com o fornecimento de gás natural no país vai provocar
um período delicado e com risco de racionamento de energia elétrica até
2009, quando está previsto o início da produção dos novos campos de gás
da Bacia de Santos. Recentemente, o Conselho de Energia da Federação das
Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) apresentou trabalho com a mesma
perspectiva. Tolmasquim garantiu que a situação de aperto na área de energia
será sanada em 2009, e que, em um cenário pré-crise, o Brasil teria gás
para operar as termelétricas com até 60% da capacidade em 2007 e 2008.
Nos últimos quatro anos, esse índice tem se mantido na faixa de 30%, segundo
ele. Outras soluções seriam acionar usinas térmicas bicombustíveis, que
funcionam também com óleo diesel, e a compra de GNL no mercado internacional.
(Valor Econômico - 14.11.2006) 2 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 44,7% O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 44,7%, com variação de 0,2% em relação à medição do dia 11 de novembro. A usina de Furnas atinge 42,5% de volume de capacidade. (ONS - 12.11.2006) 3 Sul: nível dos reservatórios está em 42,2% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,5% no nível de capacidade
armazenada em relação à medição do dia 11 de novembro, com 42,2% de capacidade
armazenada. A usina de Machadinho apresenta 33,6% de capacidade em seus
reservatórios. (ONS - 12.11.2006) 4 NE apresenta 51,4% de capacidade armazenada O Nordeste
está com 51,4% de sua capacidade de armazenamento, apresentando queda
de 0,3% em relação à medição do dia 11 de novambro. O reservatório de
Sobradinho opera com 42,5% de volume de capacidade. (ONS - 12.11.2006)
5 Norte tem 34% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 34% apresentando queda de 0,3
% em relação à medição do dia 11 de novembro. A usina de Tucuruí opera
com 23,4% do volume de armazenamento. (ONS - 12.11.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Governo prevê aperto na oferta de gás em 2008 O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, admitiu ontem que a relação entre oferta e demanda de gás natural para 2008 está 'apertada'. Segundo ele, porém, não há motivos para preocupação, porque o cenário previsto é perfeitamente gerenciável. Segundo Tolmasquim, os problemas são decorrentes de ações tomadas erroneamente no passado. "Ficamos presos a um só fornecedor e foi criado um plano prioritário de térmicas que previa a utilização de 40 milhões de metros cúbicos, mas não foi tomada nenhuma medida para trazer este gás de algum lugar ou para produzi-lo em território nacional". O presidente da EPE disse também que é preciso não confundir a situação de longo prazo com problemas pontuais que a Petrobrás teve nas últimas semanas. (O Estado de São Paulo - 14.11.2006) 2 Falta de gás deve tirar parte das usinas do cálculo da oferta disponível Depois de
constatar a falta de gás natural em 11 usinas termelétricas em setembro,
fato que se repetiu em outubro, a Aneel determinou ao ONS que calcule
mensalmente a disponibilidade de geração de energia das termelétricas.
O objetivo é calcular o volume de energia que deixou de ser produzido
pelas usinas por falta de gás natural e avaliar o impacto das restrições
de suprimento de gás sobre o gerenciamento da energia produzida no Sistema
Interligado Nacional. Com base nas constatações, a agência reguladora
do setor pode retirar as térmicas do cálculo da energia disponível no
sistema, feito pelo ONS, o que vai afetar a curva de aversão ao risco
de racionamento. (Valor Econômico - 14.11.2006) 3 Gás natural atinge consumo recorde em setembro A comercialização
de gás natural no Brasil bateu recorde em setembro, quando atingiu 44,2
milhões de m3/dia, de acordo com dados da Abegás. O recorde anterior era
de 42,8 milhões, registrado em janeiro deste ano. (DCI - 14.11.2006) 4 Petrobras espera confirmar novas reservas A Petrobras
espera confirmar, ainda este ano, a descoberta de novas reservas de petróleo
e gás na Bacia de Santos. Segundo o gerente de exploração e produção da
companhia, Francisco Nepomuceno, as áreas ficam em um bloco exploratório
chamado BS-500, em frente ao litoral do Rio de Janeiro. Atualmente, há
três sondas de perfuração trabalhando na região. A empresa espera concluir
as avaliações até dezembro. "São áreas em que já encontramos grandes reservas,
mas que ainda estávamos avaliando para saber qual seriam os custos para
a exploração e produção", disse Nepomuceno. Descoberto em 2004, o BS-500
inicialmente teve uma produção esperada na casa dos 20 milhões de m3/dia
de gás e entre 150 mil a 200 mil bpds de óleo. As previsões atuais foram
reduzidas, mas ainda não divulgadas. (Investnews - 14.11.2006)
Grandes Consumidores 1 Paranapanema lucra com alta dos metais A valorização
dos metais não ferrosos continua sustentando os melhores resultados da
Paranapanema nos últimos dois anos. Holding do setor mineral controlada
pelos fundos de pensão liderados pela Previ, a empresa fechou o terceiro
trimestre com lucro consolidado de R$ 54 milhões, contra prejuízo de R$
5,1 milhões no mesmo período do ano passado. O acumulando até setembro
foi de R$ 166,5 milhões de ganhos, contra R$ 1,3 milhão nos nove primeiros
meses de 2005. A receita líquida do grupo atingiu no trimestre R$ 1 bilhão
e, de janeiro a setembro, R$ 3 bilhões. No mesmo período do ano passado,
os números foram de R$ 691,4 milhões e de R$ 2 bilhões, respectivamente.
Dentre as quatro empresas da holding, a Caraíba permaneceu com o melhor
resultado. A empresa faturou US$ 735,9 milhões até setembro e US$ 264,8
milhões no trimestre. A receita líquida da Caraíba alcançou R$ 2,4 bilhões
até setembro e R$ 849,1 milhões, no trimestre. O desempenho da Eluma também
foi bom, com produção 22,3% maior ante o terceiro trimestre de 2005. A
Eluma exportou mais no período, faturando R$ 530 milhões no acumulado
do ano. Seu lucro líquido foi de R$ 48,2 milhões até setembro e de R$
8,8 milhões no trimestre, quando registrou queda de 5,9% ante o mesmo
período do ano passado. A Mineração Taboca/Mamoré fechou o trimestre com
prejuízo de R$ 17,1 milhões e no acumulado até setembro de R$ 63,6 milhões.
No mesmo período de 2005, o prejuízo tinha sido de apenas R$ 3,2 milhões.
A Paranapanema gastou R$ 58,3 milhões pagando seus debenturistas até setembro.
No trimestre, o pagamento foi de R$ 17,9 milhões. (Valor Econômico - 14.11.2006)
2 Petroquímica Suape vai encomendar máquinas Petroquímica
Suape vai fazer as primeiras encomendas de equipamentos no início de 2007.
A empresa já fez o estudo de impacto ambiental e deve ter o terreno entregue
por Suape até o final do mês. O empreendimento vai fabricar o ácido tereftálico
(PTA). A empresa continua com o interesse de contar com a M&G como sócia
para a fábrica de PTA, mas mesmo que isso não aconteça, acha difícil a
empresa comprar a matéria-prima de outra unidade. Espera-se iniciar a
terraplenagem do empreendimento ainda no primeiro trimestre de 2007. E
já vai ser nesse período que as primeiras grandes compras de máquinas
serão feitas. A previsão é que a empresa comece a operar no segundo semestre
de 2009 e que funcione 24 horas. (Jornal do Commercio (PE) - 14.11.2006)
3 Vale emite bônus para pagar financiamento A CVRD anunciou
que pretende emitir bônus com vencimentos de 10 e de 30 anos, em operação
destinada a financiar parte da aquisição da mineradora canadense Inco.
Os recursos serão utilizados para pagar parte do empréstimo-ponte de dois
anos contratado pela empresa no processo de compra da Inco. A Vale não
forneceu uma estimativa sobre quanto pretende captar com os papéis ou
detalhes adicionais da operação. (O Estado de São Paulo - 14.11.2006)
4 Vale planeja criar subsidiária de metais listada na Bolsa de Londres A CVRD tem
projeto para criar uma nova empresa, com ações em bolsa no exterior, para
reunir todos os seus ativos de metais não-ferrosos e a recém-adquirida
produtora de níquel Inco. O plano da subsidiária é altamente estratégico
para a empresa, pois criaria um veículo para futura expansão internacional
da mineradora brasileira. Estima-se que a nova empresa, que vem sendo
chamada internamente de CVRD Base Metals, teria valor de mercado entre
US$ 27 bilhões e US$ 30 bilhões. Os ativos não-ferrosos da Vale incluem
minas de cobre, níquel e alumínio. A idéia é que a nova companhia tenha
sede na Suíça, por razões de planejamento fiscal, e seja listada na Bolsa
de Londres, o principal mercado acionário para as gigantes da mineração
mundial. O plano, suportado pelo presidente da companhia, Roger Agnelli,
entretanto, vem encontrando resistência entre os acionistas controladores
da Vale. Em caso de sucesso nessa empreitada, a administração da Vale
acalenta ainda um outro sonho: absorver a Xstrata a partir da CVRD Base
Metals. Apesar de seu alto valor estratégico para a Vale, o projeto da
CVRD Base Metals encontra certa resistência entre os acionistas controladores
da Vale, que temem uma relativa perda de poder de decisão sobre os rumos
da empresa. (Valor Econômico - 14.11.2006) 5 Klabin Segall divulga primeiro balanço A Klabin
Segall divulgou seu primeiro informativo trimestral após ter aberto o
capital na Bovespa, no mês passado, quando captou mais de R$ 340 milhões
com a emissão de ações primárias. O faturamento da Klabin Segall nos três
primeiros trimestres não chegou a R$ 80 milhões. A Klabin Segall registrou
lucro líquido no acumulado do ano de apenas R$ 13 milhões. . O lajida
no terceiro trimestre cresceu 76% em relação ao mesmo período de 2005,
atingindo R$ 8,7 milhões. A margem de lajida chegou a 29,9%, crescimento
de cinco pontos percentuais. Com os R$ 344 milhões captados junto ao mercado
financeiro a empresa pretende acelerar os investimentos. (Valor Econômico
- 14.11.2006) 6 Suzano e Klabin intensificam concorrência no papel-cartão As duas
maiores fabricantes nacionais de papel-cartão acirram a disputa. A Suzano
Papel e Celulose elevou suas vendas no mercado interno em 24,1%, de janeiro
a setembro, ante o mesmo período de 2005, enquanto a média de todas as
fabricantes foi de 2,22%. A empresa lança este mês um produto. A Klabin,
com capacidade praticamente tomada, adianta em cerca de três meses o cronograma
de expansão da fábrica de Telêmaco Borba (PR), que lhe dará vantagens
em papéis leves. As vendas de papel-cartão no mercado interno tiveram
alta de 2,2% de janeiro a setembro, informa a Associação Brasileira de
Celulose e Papel (Bracelpa). A participação da Suzano passou de 24,5%
para 27% do mercado, no mesmo período. O volume comercializado pela Suzano
no mercado interno foi de 112,8 mil toneladas, enquanto a receita líquida
cresceu 14%, chegando aos R$ 267 milhões. Até setembro, as exportações
de papel-cartão cresceram 8,2% em volume, com 55,2 mil toneladas, mas
a receita repetiu a do mesmo período de 2005, com cerca de US$ 91 milhões.
As exportações totais brasileiras subiram cerca de 13%, diz a Bracelpa.
Concorrente direta neste mercado, a Klabin antecipará para o final de
setembro de 2007 o início de produção no projeto de expansão da planta
de Telêmaco Borba (PR). (DCI - 14.11.2006) Economia Brasileira 1 Saldo comercial vai a US$ 774 mi em uma semana As importações para o Brasil somaram na semana passada US$ 2,347 bilhões, o maior valor já registrado na história para um período de cinco dias. Já as exportações totalizaram US$ 3,121 bilhões. Com isso, o superávit comercial foi de US$ 774 milhões na segunda semana de novembro (dias 6 a 12), segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento. O crescimento das compras de produtos importados já era esperado no final do ano, período em que ocorre o aumento da demanda por bens de consumo. Além disso, a baixa cotação do dólar contribui para o aumento das importações. No acumulado do mês, o saldo da balança comercial está positivo em US$ 1,264 bilhão. Esse resultado é a diferença entre as vendas ao exterior de US$ 4,536 bilhões e as compras de itens importados, que somaram US$ 3,272 bilhões. No ano, o superávit comercial está em US$ 39,155 bilhões, um crescimento de 2,7% sobre o mesmo período do ano passado (US$ 38,133 bilhões). (Folha de São Paulo - 14.11.2006) 2 Ipea: Brasil não cresce 5% no 2º mandato de Lula O Brasil não crescerá 5% nos próximos anos, como propaga o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em razão de problemas no setor elétrico e da baixa taxa de investimento, avaliam economistas do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), ligado ao Planejamento. "A tarefa do próximo governo será a de criar as condições para que, na década de 2011-2020, o país possa ter um crescimento da ordem de 4,5% a 5% ao ano", segundo o instituto. O texto para discussão "Uma Agenda para o Crescimento Econômico e a Redução da Pobreza", traça cenários macroeconômicos para o Brasil de 2007 a 2018. Pelas projeções, apenas em 2017 o país cresceria 5%, desde que fizesse uma ampla lição de casa, que inclui as reformas trabalhista, previdenciária e judiciária. Para ler o estudo na íntegra, clique aqui. (Folha de São Paulo - 14.11.2006) 3
Lula analisa corte de imposto para construção e tecnologia 4 Tesouro defende redução de gastos correntes do governo O secretário
do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, defendeu ontem um corte de gastos
correntes da União como forma de melhorar a política de ajuste fiscal
do governo sem ampliar o superávit primário. Para Kawall, nos últimos
oito anos, o ajuste fiscal foi feito com incremento de arrecadação, o
que não é mais tolerável. O objetivo, diz, é reduzir gastos correntes
a fim de liberar mais recursos para investimento e desoneração tributária,
contribuindo, assim, para um maior crescimento da economia. "Se o país
tiver condições de conter o gasto corrente e evitar que ele tenha trajetória
ascendente, o que tem acontecido ao longo dos últimos dez anos, aumenta
o espaço para o investimento público e/ou para desonerações tributárias.
Acho que temos necessidades tanto de um como de outro. Mas a chave para
isso é a contenção da despesa corrente", disse. (Folha de São Paulo -
14.11.2006) 5 Mercado já prevê crescimento para este ano abaixo de 3% A queda
na produção industrial brasileira fez o mercado financeiro reduzir a previsão
para o crescimento da economia deste ano. Os analistas ajustaram a projeção
para a expansão do PIB em 2006 de 3% para 2,97% na última semana. Para
o ano que vem, a expectativa foi mantida em 3,5%, segundo o boletim Focus
divulgado ontem pelo Banco Central. A revisão aconteceu após o IBGE divulgar,
na semana passada, que a produção industrial caiu 1,4% em setembro na
comparação com agosto. O BC ainda prevê que a economia cresça 3,5% neste
ano. Já a projeção do Ministério da Fazenda é de 3,7%. O governo deverá
fazer uma nova revisão após o IBGE divulgar o PIB do terceiro trimestre,
o que irá ocorrer no final deste mês. Para a produção industrial, os analistas
projetam incremento de 3,12% em 2006, ante 3,4% previstos no levantamento
anterior. Essa redução também reflete o resultado ruim da indústria em
setembro. Sobre a inflação, o mercado fez um pequeno ajuste que elevou
de 3% para 3,05% a previsão do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)
para 2006. O índice do ano que vem foi reduzido de 4,14% para 4,12%. A
meta do governo é uma inflação de 4,5% nos dois anos -ou seja, acima do
previsto pelo mercado. (Folha de São Paulo - 14.11.2006) O dólar comercial abriu as operações em baixa perante o fechamento de ontem, cotado a R$ 2,1610. Pouco depois das 10 horas, a moeda era transacionada a R$ 2,1580 na compra e a R$ 2,16 na venda, com recuo de 0,46%. Ontem, o dólar comercial aumentou 0,83%, a R$ 2,1680 na compra e R$ 2,17 na venda. (Valor Online - 14.11.2006)
Internacional 1 UE: mudanças climáticas colocam questão energética como prioridade As atuais
mudanças climáticas no mundo, que têm provocado ondas ou de frio ou de
calor instensos em determinados pontos da Europa em estações diferentes
do ano tornaram a questão energética uma prioridade. A afirmação é do
conselheiro da presidência da União Européia, Antônio José Cabral. Para
Cabral, a agenda energética tem uma grande dimensão na Europa, constituindo
uma preocupação dos dirigentes da comunidade, que congrega 27 países.
A UE, segundo ele, está dando os primeiros passos na construção de uma
política energética mais barata e que possa suprir as necessidades que
se avizinham nos próximos anos. "Esse era um tema impensável há alguns
anos. Mas dado as alterações no clima e no quadro energético mundial,
em 2004 e 2005, teremos que conviver com uma energia cara daqui pra frente.
Daí a busca por soluções mais baratas", frisou o conselheiro, que não
especificou quais seriam as saídas para a "futura crise". (Agência Brasil
- 13.11.2006) 2 Irã pede ajuda à AIEA para seu programa de pesquisa nuclear O Irã solicitou
à AIEA que forneça assistência para a construção de um reator de água
pesada, apesar dos pedidos para que congele seu programa nuclear. "O Irã
solicitou à AIEA que lhe forneça assistência técnica e financiamento para
terminar e explorar um reator de água pesada em Arak", situada aproximadamente
a 200 km ao sul de Teerã, disse um diplomata ocidental, que pediu para
não ser identificado. A questão deve ser abordada pelo comitê de assistência
técnica da agência de controle nuclear das Nações Unidas antes de uma
reunião do conselho da AIEA prevista para 23 e 24 de novembro em Viena,
confirmou outra fonte diplomática. A AIEA e o Conselho de Segurança da
ONU vêm pedindo, em vão, para que o Irã desista da construção desse reator
de pesquisa, já que a produção de água pesada pode desembocar na produção
de plutônio para uso militar. (Diário do Grande ABC - 14.11.2006) 3 GE e Hitachi querem união em energia nuclear A General Electric e a Hitachi assinaram ontem uma carta de intenções para unir as operações de energia nuclear das empresas. O acordo final deverá ser firmado no primeiro semestre de 2007. O acerto acontece no momento em que crescem as previsões de que haverá uma grande expansão na construção de usinas nucleares. Prova disso é a movimentação no setor. No mês passado, Areva e Mitsubishi Heavy Industries firmaram uma aliança. Também em outubro, a Toshiba finalizou a compra da Westinghouse. (Folha de São Paulo - 14.11.2006)
Biblioteca Virtual do SEE 1 LEVY, Paulo Mansur; Villela, Renato. Texto Para Discussão n° 1234 - Uma Agenda para o Crescimento Econômico e a Redução da Pobreza. Ipea: Rio de Janeiro, novembro de 2006. Para ler
o estudo na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|