l IFE: nº 1.928 - 13
de novembro de 2006 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE Regulação e Reestruturação do Setor 1 Hidrelétricas do Rio Madeira podem gerar disputa com a Bolívia Em meio à crise
do gás, movimentos sociais da Bolívia pediram uma intervenção urgente
do governo boliviano nos planos brasileiros de levar adiante a construção
das usinas hidrelétricas do Rio Madeira, em Rondônia, que vão gerar quase
6.500 MW de energia. Em manifesto público, o Fórum Boliviano sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento (Fobomade) argumentou que o projeto trará alterações
fluviais transfronteiriças e cobrou a nego-ciação de um acordo binacional.
O documento foi assinado por organizações não-governamentais, associações
de pescadores, lideranças indígenas, acadêmicos da Universidade Autônoma
de Beni e políticos de Guayaramirín - todos de comunidades amazônicas
na região. O Itamaraty e o Ibama já foram consultados sobre o assunto
pela Embaixada da Bolívia em Brasília. A autarquia cedeu aos diplomatas
uma cópia do Estudo de Impacto Ambiental das hidrelétricas, mas até agora
não recebeu pedidos de esclarecimentos. Os empreendedores do complexo
hidrelétrico - Furnas e Odebrecht - rechaçam a hipótese de que o lado
boliviano seja afetado pela construção dos reservatórios de Jirau e de
Santo Antônio. (Valor Econômico - 13.11.2006) 2 Hidrelétricas do Rio Madeira tem apoio maciço da população As comunidades
próximas ao complexo hidrelétrico do Rio Madeira vivem um dilema em torno
da provável construção das usinas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia.
Elas são vistas como uma oportunidade única de desenvolvimento para uma
região onde predomina a absoluta carência de infra-estrutura e a exploração
cada vez mais ameaçadora de pecuaristas e madeireiras clandestinas. Apesar
da forte oposição de movimentos sociais e organizações não-governamentais
ambientalistas, o apoio ao projeto é maciço entre a maioria da população,
mas os impactos das obras trazem ansiedade e temor aos ribeirinhos. No
fim de semana, o Ibama e as empresas responsáveis pelo empreendimento
- Furnas e Odebrecht - discutiram, em audiências públicas com a população
local, os impactos sócio-ambientais do projeto. Os números são impressionantes:
se saírem do papel, 20 mil trabalhadores serão contratados no pico das
obras. Nos sete anos necessários para a construção das hidrelétricas,
os salários pagos vão injetar R$ 700 milhões na economia de Rondônia.
O governo estadual terá R$ 126 milhões em receitas extras de ICMS no período
e receberá R$ 50 milhões anuais de royalties quando as usinas operarem
na capacidade máxima. A mesma quantia será desembolsada à prefeitura de
Porto Velho. (Valor Econômico - 13.11.2006) 3 Relatório apresenta vantagens do complexo do Rio Madeira para Região Amazônica Em relatório
intitulado "O Complexo do Rio Madeira: a Amazônia Industrial", a equipe
editorial do jornal quinzenal do Movimento Solidariedade Ibero-Americano
(MSIa) defende que o projeto das usinas do Madeira vai muito além da geração
de eletricidade e da abertura de uma hidrovia. Segundo o documento, mesmo
antes de estarem operando com a potência máxima, as usinas de Santo Antonio
(3.150 MW) e Jirau (3.300 MW), situadas no rio Madeira, que devem estar
totalmente concluídas em 2014 e 2017, respectivamente, poderão ser cruciais
para se evitar os riscos de um novo "apagão", por volta do final da década.
As duas usinas compõem a primeira etapa do projeto, cujo projeto de viabilidade
foi elaborado pelo consórcio formado por Furnas Centrais. "Trata-se de
um empreendimento com potencial para se converter em um elemento de definição
de um novo padrão de desenvolvimento para toda a Amazônia", explica. O
complexo proporciona a criação de uma extensa malha hidroviária de mais
de 4.200 km, nos rios Madeira, Mamoré, Guaporé, Beni e Madre de Diós,
beneficiando diretamente o Brasil, a Bolívia e o Peru. Com isto, abre-se
a perspectiva de navegação até o Alto Guaporé, em Mato Grosso, viabilizando
uma integração rodoviária com a hidrovia Paraguai-Paraná, o que permitiria
o estabelecimento de um sistema multimodal de transportes entre Iquitos
(Peru) e Buenos Aires, de enorme importância para a integração sul-americana.
Para ler o relatório na íntegra, clique aqui.
(GESEL-IE-UFRJ - 13.11.2006) 4 Governo do RJ estima investimento de R$ 600 mi
para viabilizar usinas
Empresas 1 Elétricas: lucro tem alta de 26% A safra de balanços
do terceiro trimestre das principais companhias de energia no Brasil mostrou
uma melhora significativa dos seus indicadores fundamentais. Com um volume
de vendas maior e um bom gerenciamento na migração entre clientes do mercado
cativo para o livre, distribuidoras, geradoras e até transmissoras do
insumo combinaram, juntas, um lucro líquido de R$ 1,6 bilhão entre julho
e setembro deste ano, o que significou um incremento de 25,9% em relação
a igual período do ano passado. A receita líquida das onze companhias
analisadas demonstraram também um incremento de 15,3% no terceiro trimestre
de 2006, alcançado R$ 14 bilhões. O lajida foi outro item que se destacou
no período com resultado de R$ 3,6 bilhões, ante R$ 2,7 bilhões obtidos
no terceiro trimestre de 2005. (Valor Econômico - 13.11.2006) A distribuidora RGE obteve lucro líquido de R$ 30,5 milhões no terceiro trimestre deste ano, uma elevação de 12% em comparação ao valor obtido no mesmo período de 2005, de R$ 27,2 milhões. A empresa gaúcha teve receita bruta de R$ 603,7 milhões de julho a setembro, contra R$ 582,4 milhões nos mesmo meses de 2005. A receita líquida ficou em R$ 415,8 milhões no terceiro trimestre, acima dos R$ 386,6 milhões em igual período de 2005. A expectativa de ganhos com a primeira etapa do plano de integração da RGE é de R$ 32,5 milhões anuais, considerando a recuperação do capital referente a inadimplência. (Gazeta Mercantil - 13.11.2006) 3 CEEE: prejuízo de R$ 109,6 mi A CEEE teve
um prejuízo de R$ 109,1 milhões no terceiro trimestre desse ano, ao contrário
do mesmo período de 2005, quando a empresa lucrou R$ 8,4 milhões. De janeiro
a setembro de 2006, o prejuízo chegou a R$ 12,8 milhões contra o lucro
de R$ 53,8 milhões somado em igual período do ano passado. A receita bruta
de julho a setembro desse ano chegou a R$ 668,5 milhões ante os R$ 616,
milhões verificados no terceiro trimestre de 2005. A CEEE registrou nos
nove primeiros meses de 2006 uma receita bruta de R$ 2 bilhões contra
R$ 1,8 bilhão no mesmo período do ano passado. A receita líquida somou
R$ 483,9 milhões no terceiro trimestre deste ano, contra os R$ 447,6 milhões
totalizados no período julho-setembro de 2005. No acumulado do ano, a
CEEE teve uma receita líquida de R$ 1,4 bilhão, frente ao R$ 1,3 bilhão
apurado no mesmo período de 2005. (Agência Canal Energia - 10.11.2006)
4 Copel: lucro de R$ 192 mi A CPFL Energia
deve investir de R$ 1 bilhão em 2007, anunciou o presidente da companhia,
Wilson Ferreira Junior. A holding obteve lucro líquido de R$ 447 milhões
no terceiro trimestre de 2006, um crescimento de 86,2% sobre o resultado
de igual período do ano passado, de R$ 240 milhões. No acumulado de janeiro
a setembro, o grupo registrou lucro líquido de R$ 1 bilhão, ante R$ 640,5
milhões verificados no mesmo período de 2005. O resultado positivo no
terceiro trimestre deveu-se a quatro fatores, segundo a empresa: o crescimento
de 11,5% nas vendas de energia para o mercado regular das distribuidoras;
a aquisição da CLFSC, em outubro; a valorização de 10% das ações, superior
aos Índices de Energia Elétrica (IEE, 6,2%) e da Ibovespa, -0,5%; e, por
fim, o reajuste tarifário anual médio de 10,79% na CPFL Piratininga. A
receita líquida da empresa no trimestre atingiu R$ 2,3 bilhões, um crescimento
de 19,8% se comparado ao mesmo período do ano passado (R$ 1,95 bilhão).
Esse resultado é conseqüência de um aumento de 17,3% na receita de venda
de energia, o que representa R$ 450 milhões. O Ebtida foi de R$ 792 milhões
no trimestre, 38,8% acima dos R$ 570 milhões obtidos no mesmo período
de 2005. No terceiro trimestre, a CPFL Energia comercializou 10.488 GW/h,
um aumento de 11,5% sobre o mesmo período do ano passado. (Gazeta Mercantil
- 13.11.2006) 6 CPFL Geração: lucro de R$ 34,1 mi A CPFL Geração
registrou lucro de R$ 34,1 milhões no terceiro trimestre deste ano, contra
R$ 31,8 milhões totalizados no mesmo período de 2005. A empresa acumulou
lucro de R$ 117,4 milhões nos nove primeiros meses de 2006, ante R$ 87
milhões apurados em igual período de 2005. A geradora obteve receita bruta
de R$ 1,7 milhões entre julho e setembro deste ano, acima dos R$ 1,1 milhões
somados nos mesmos meses de 2005. A receita dos nove primeiros meses do
ano ficou em R$ 4,6 milhões, contra R$ 2,9 milhões no ano passado. A CPFL
Geração teve ainda receita líquida de R$ 1,4 milhão no trimestre passado,
acima dos R$ 990 mil registrados em igual período de 2005. A receita líquida
acumulada até setembro deste ano ficou em R$ 3,9 milhões, contra R$ 2,5
milhões no ano passado. O resultado operacional do trimestre ficou em
R$ 33,7 milhões, acima dos R$ 31,9 milhões no ano passado. No acumulado
do ano, o resultado operacional fechou em R$ 128,8 milhões, frente aos
R$ 99,1 milhões contabilizados no período entre janeiro e setembro de
2005. (Agência Canal Energia - 10.11.2006) 7 CPFL Paulista: lucro de R$ 249,4 mi A CPFL Paulista
registrou lucro líquido de R$ 249,4 milhões no terceiro trimestre. O resultado
é superior aos R$ 190,2 milhões obtidos no mesmo período de 2005. No acumulado
do ano, a distribuidora tem lucro de R$ 569,7 milhões, ante R$ 501,1 milhões
apurados em igual período do ano passado. A receita bruta ficou em R$
1,6 bilhão de julho a setembro deste ano, contra R$ 1,5 bilhão nos mesmos
meses do ano passado. A Paulista acumulou até setembro deste ano receita
bruta de R$ 4,6 bilhões no ano, contra R$ 4,3 bilhões obtidos em igual
período de 2005. A CPFL Paulista teve receita líquida de R$ 1,1 bilhão
no terceiro trimestre, superior ao montante de R$ 1 bilhão totalizado
entre julho e setembro do ano passado. Nos nove primeiros meses deste
ano, a receita líquida ficou em R$ 3,3 bilhões, maior que os R$ 3 bilhões
em 2005. (Agência Canal Energia - 10.11.2006) 8 CPFL Piratininga: lucro líquido de R$ 99 mi A CPFL Piratininga registrou lucro líquido de R$ 99 milhões no terceiro trimestre deste ano. O resultado subiu 109,15% em relação aos R$ 47,3 milhões no mesmo período do ano passado. A distribuidora acumula lucro de R$ 234,9 milhões no ano, alta de 45,2% sobre os R$ 161,8 milhões obtidos em 2005. A receita bruta da distribudora ficou em R$ 727,1 milhões de julho a setembro deste ano, ante R$ 635,3 milhões no mesmo período de 2005. A Piratininga obteve ainda uma receita bruta de R$ 2,1 bilhões no acumulado do ano, contra R$ 1,9 bilhão em 2005. A receita líquida fechou o trimestre passado com R$ 528 milhões, acima dos R$ 447,5 milhões no mesmo período de 2005. A receita líquida nos nove primeiros meses de 2006 está em R$ 1,5 bilhão, contra R$ 1,3 bilhão apurados em igual período do ano passado. (Agência Canal Energia - 10.11.2006) 9 CPFL Energia investe em geração no Brasil A aquisição de 11% da usina hidrelétrica de Foz do Chapecó, no rio Uruguai (RS/SC), pela CPFL Energia no terceiro trimestre deste ano, o que elevou sua participação para 51% no projeto, demonstra a estratégia da empresa em continuar a investir no setor de geração no Brasil. A hidrelétrica, segundo a Eletrobrás, o outro sócio no empreendimento, deverá disponibilizar sua energia já no próximo leilão do governo federal em 2007. Orçado em R$ 2 bilhões, o empreendimento ainda aguarda a finalização de detalhes. Mas segundo o presidente da CPFL, Wilson Ferreira Jr., as obras deverão começar ainda neste ano. "Temos que entregá-la pronta até meados de 2010", acrescenta. Este é apenas um dos passos da CPFL no setor de geração. Isso, porque o presidente da companhia não nega que tem interesse em participar dos leilões organizados pelo governo federal. A empresa está disposta a investir R$ 487 milhões em geração em 2007. (Valor Econômico - 13.11.2006) 10 CPFL: interesse em eventual venda de ativos da Cesp O presidente
da CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr, afirmou que a holding tem interesse
na aquisição de ativos da Cesp, numa eventual abertura de processo de
desestatização da estatal paulista. Em caso de alienação desses ativos,
o governo paulista terá que buscar uma formatação do negócio como repartir
o ativo total da geradora em empresas menores, em função do porte dos
empreendimentos da geradora. (Agência Canal Energia - 10.11.2006) 11 CPFL aguarda Aneel para iniciar formação do reservatório de Campos Novos O presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr, disse que a hidrelétrica Campos Novos (880 MW) está praticamente concluída e aguarda a fiscalização da Aneel para efetuar o enchimento do reservatório. A formação do lago pode iniciar ainda nos próximos dias, neste mês de novembro. A usina tem previsão de início de operação comercial no início do primeiro trimestre de 2007. A expectativa é que as obras da usina iniciem em dezembro. As quatro unidades geradoras da usina estão com operação comercial prevista para acontecer ao longo de 2010. (Agência Canal Energia - 10.11.2006) 12 Corretora SLW mantém a recomendação positiva para CPFL Energia A Corretora
SLW vê como positivo o resultado para CPFL no terceiro trimestre de 2006.
Segundo a SLW, as perspectivas de crescimento continuam positivas para
o quarto trimestre de 2006, em especial pela última aquisição (Companhia
Luz e Força Santa Cruz) realizada no último dia 2 de outubro e do reajuste
médio de 10,79% nas Tarifas da CPFL Piratininga, ocorrido no último dia
23 de outubro de 2006. A Corretora mantém a recomendação positiva para
as ações da companhia. (GESEL-IE-UFRJ - 13.11.2006) 13 Furnas e Odebrecht procuram sócios para hidrelétricas do Rio Madeira A grandiosidade
do complexo hidrelétrico do Rio Madeira fez com que as duas maiores empresas
interessadas no negócio - Furnas e Odebrecht - deslanchassem uma série
de negociações para atrair parceiros e formar um consórcio com calibre
suficiente para arrematar a concessão das usinas, em leilão previsto para
o primeiro trimestre de 2007. Os empreendedores já definiram, em conjunto
com o governo, que pelo menos 51% do investimento e até 49% será estatal.
Furnas e Odebrecht começaram a procurar futuros sócios no projeto. A empreiteira
deverá participar com aproximadamente 30% do capital total e tem discussões
bastante adiantadas com duas multinacionais, a Alstom e a Voith Siemens.
Furnas procura dois ou três parceiros no setor público. Na lista estão
Eletronorte, Chesf, BNDESPar, Eletrosul, Cemig e Copel. Pelo modelo de
financiamento mais provável, serão investidos R$ 12 bilhões em capital
próprio e o BNDES fará um empréstimo de R$ 4 bilhões. Os demais R$ 4 bilhões
virão de créditos com outros bancos. Provavelmente, as obras terão início
em 2008, cerca de um ano após o leilão. O preço da energia gerada no Madeira
deverá ficar entre R$ 135/MWh e R$ 140/MWh. Os contratos deverão ser firmados
também no próximo ano. (Valor Econômico - 13.11.2006) 14 AES Eletropaulo vê retorno de consumidores livres para o mercado cativo A AES Eletropaulo
vê como possibilidade concreta o retorno de consumidores livres para o
mercado cativo nos próximos anos. Segundo Eduardo Bernini, presidente
da distribuidora, o movimento poderá ser causado pelo nivelamento dos
preços e das tarifas de energia nos mercados livre e cativo, respectivamente,
já partir de 2007. A Eletropaulo ainda tem 1,9% da carga relacionada a
consumidores potencialmente livres. Para mantê-los, a distribuidora reestruturou
a área de relacionamento com os grandes consumidores, para oferecer serviços
diferenciados. Como resultado, a empresa tem uma média anual de saída
desses clientes menor que a do mercado. A empresa registrou migração de
18% em relação ao mercado da distribuidora, frente a 25% de participação
do mercado livre. A Eletropaulo registrou queda de 14,8% na venda de energia
para a classe industrial no terceiro trimestre deste ano, em comparação
ao mesmo período de 2005. A queda foi causa pela saída de clientes para
o mercado livre. (Agência Canal Energia - 10.11.2006) 15 Grupo AES simplifica estrutura com criação da Companhia Brasiliana de Energia O ajuste da
estrutura organizacional do grupo AES no Brasil este ano teve como objetivo
eliminar as ineficiências, simplificar a estrutura, dar maior transferência
e fazer o fluxo de dividendos chegar aos acionistas, resume Eduardo Bernini,
presidente do grupo AES no Brasil. Foi criada um nova holding no processo:
a Companhia Brasiliana de Energia, que absorveu a Energia Paulista, que
já havia incorporado anteriormente a antiga Brasiliana e a Transgás. A
operação envolveu a emissão de commercial papers no valor de R$ 800 milhões
para recomprar bônus da IHB, subsidiária que participava do controle da
AES Tietê, no valor de US$ 300 milhões. Além disso, a reestruturação societária
permitiu a recompra de R$ 190 milhões em debêntures da Energia Paulista.
Com isso, a Companhia Brasiliana de Energia nasce com dívida de R$ 800
milhões, contra um estoque de R$ 2,050 bilhões da antecessora Brasiliana.
O grupo também eliminou R$ 800 milhões em dívidas com o BNDES. A Brasiliana
fez um aumento de capital de R$ 32 milhões para manter o posicionamento
atual do BNDES e AES na estrutura da holding, explicou Bernini. A reestruturação
também aumentou a pulverização das ações da AES Eletropaulo e da AES Tietê,
que ficaram com free float de 56% e 48%, respectivamente. Bernini contou
ainda que a Eletropaulo tem dívidas de R$ 478 milhões com o BNDES, a serem
amortizadas até o final de 2007. As dívidas são referentes ao financiamento
no âmbito do racionamento de 2001 e à Conta de Variação da Parcela A,
postegarda em 2003. (Agência Canal Energia - 10.11.2006) No pregão do
dia 10-11-2006, o IBOVESPA fechou a 40.719,92 pontos, representando uma
baixa de 0,23% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 2,47
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,04%
fechando a 12.379,10 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 44,90 ON e R$ 43,25 PNB, baixa de
1,75% e 0,57%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão anterior.
Na abertura do pregão do dia 13-11-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 44,70 as ações ON, baixa de 0,45% em relação ao dia anterior e R$
42,98 as ações PNB, baixa de 0,62% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 13.11.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 11/11/2006 a 17/11/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras tem lucro de R$ 20,7 bi no terceiro trimestre A Petrobras obteve lucro líquido de R$ 20,7 bilhões no terceiro trimestre, crescimento de 33% em relação ao mesmo período de 2005. O novo recorde foi batido graças ao aumento do volume de produção de óleo e gás - expansão de 4%, incluindo a produção internacional - e à alta do preço do petróleo. No terceiro trimestre, o lucro líquido foi de R$ 7,1 bilhões, superando em 26% o registrado em igual período no ano passado. O resultado ficou abaixo das expectativas de mercado, que esperava cerca de R$ 8 bilhões. O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, atribuiu a cifra a gastos extras da ordem de R$ 800 milhões em função de atividades de injeção de gás nos poços produtores e mudanças na avaliação de custos por parte da ANP. Barbassa admitiu que os US$ 3 bilhões de superávit estimados para este ano com a comercialização de derivados não será alcançado em razão de atrasos para o início de operação de algumas plataformas, e deverá ficar em torno de US$ 1 bilhão. (DCI - 13.11.2006) 2 Petrobras: Gás & Energia tem prejuízo de R$ 581 mi A área de Gás
e Energia da Petrobras teve prejuízo de R$ 581 milhões no terceiro trimestre
de 2006. No acumulado do ano a divisão da estatal alcançou prejuízo de
R$ 881 milhões, contra R$ 375 milhões verificados em igual período do
ano passado. Segundo a empresa, uma das causas foi a redução de R$ 150
milhões no lucro bruto, em especial devido às margens menores na comercialização
de energia - conseqüência do aumento do Preço de Liqüidação de Diferenças
na CCEE. Ocorreram R$ 167 milhões de perdas, relativos ao encerramento
de contrato de hedges para a redução da volatilidade de preços do gás
natural firmado com a empresa Andina. A Petrobras ressaltou que os efeitos
negativos foram compensados com o aumento de 5% no volume de vendas de
gás natural no terceiro trimestre, em comparação com o trimestre anterior.
(Agência Canal Energia - 10.11.2006) 3 Sauer: Brasil precisa acabar com o "mito do gás" O diretor de
gás e energia da Petrobrás, Ildo Sauer, reagiu contra as críticas de falta
de gás para térmicas, alegando que a estatal tem contratos firmes para
fornecer apenas 7 milhões de metros cúbicos para geração elétrica. Na
opinião de Sauer, o Brasil precisa acabar com o "mito do gás", segundo
ele, um conceito errôneo de que o mercado de gás natural é igual ao de
energia elétrica. "Os dois têm características de rede, mas o gás tem
caráter econômico igual ao do petróleo, porque o cliente pode fugir para
outros energéticos", explicou, ressaltando que no mercado de gás, ao contrário
da eletricidade, não há obrigatoriedade de fornecimento apenas porque
o consumidor está conectado à rede. "Só tem gás quem tem contrato.". (O
Estado de São Paulo - 13.11.2006) 4 Sauer: gás nacional continua competitivo O diretor de
gás e energia da Petrobrás, Ildo Sauer, assegurou que, mesmo com os aumentos
em estudo para o preço do gás natural, o combustível manterá sua competitividade
em relação aos principais concorrentes, como o óleo combustível e o diesel.
Ele não quis adiantar valores, mas sinalizou que o preço do gás nacional
não deverá ultrapassar o valor cobrado pelo produto importado da Bolívia.
Sauer informou que a fórmula de preços em avaliação prevê a divisão em
duas parcelas. A primeira, que deve oscilar em torno dos US$ 2 por milhão
de BTU, será referente ao custo de transporte do produto e servirá para
custear a malha nacional de gasodutos. A segunda, variável, refere-se
à molécula do gás e será atrelada ao preço do óleo combustível no mercado
internacional."Porém, sempre mantendo a competitividade. Temos que assegurar
que o gás seja competitivo", disse Sauer. A Petrobrás já apresentou sua
proposta de mudanças à Abegás. (O Estado de São Paulo - 13.11.2006)
Grandes Consumidores 1 Inco convoca assembléia para Vale comprar ações que restam A Inco marcou
uma assembléia extraordinária para o dia 03/01/2007 para que a empresa
brasileira possa adquirir as ações da empresa canadense que ainda não
possui. A Vale já detém 86,57% das ações da Inco. A Inco informou que
seu conselho convocou a assembléia para que os acionistas considerem um
processo de amalgamação, pelo qual a Vale conseguiria 100% das ações da
empresa. A mineradora canadense também suspendeu indefinidamente o pagamento
de dividendo para suas ações ordinárias. (Reuters - 10.11.2006)
Economia Brasileira 1 Focus: Estimativa para IPCA de 2006 é revista para 3,05% Os analistas consultados pelo BC reviram suas estimativas para o IPCA de 3% para 3,05%, ainda abaixo da meta de 4,50% estipulada para 2006. Para 2007, as estimativas para o indicador passaram 4,14% para 4,12%. As expectativas para o IGP-M de 2006 foram alteradas de 3,43% para 3,67%. Para o IGP-DI, espera-se 3,70% ao invés de 3,19%. A estimativa para o IPC da Fipe é de elevação de 1,82%, superior ao 1,73% calculado no boletim Focus passado. Para novembro, a projeção é de que o IPCA suba 0,35% e de que o IGP-DI tenha aumento de 0,40%. No relatório anterior, esperava-se incremento de 0,34% para ambos. Para o IGP-M espera-se alta de 0,55%, ao contrário dos 0,35% previstos anteriormente. O IPC da Fipe deve subir 0,39% em vez de 0,37%. Para dezembro, espera-se IPCA e IGP-M de 0,35%, ligeiramente acima do 0,34% estimado para ambos anteriormente. O IGP-DI deve crescer 0,33%, estável, e o IPC da Fipe deve apurar acréscimo de 0,36%, pouco maior do que o 0,35% esperado antes. (Valor Econômico - 13.11.2006) 2 Balança comercial tem superávit de R$ 774 mi na segunda semana de novembro Na segunda semana de novembro (dias 6 a12), houve superávit de US$ 774 mi, resultado de US$ 3,1 bi em exportações contra US$ 2,3 bi em exportações. No acumulado de 2006, há superávit comercial de US$ 39,1 bi, com US$ 117,9 bi em exportações contra US$ 78,7 bi em importações. As informações são da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento (Valor Econômico - 13.11.2006) 3 Lucro trimestral do BNDES salta 276% 4 Focus: Queda esperada na Selic é de 0,5 p.p O mercado financeiro
aguarda uma diminuição de 0,5 p.p na taxa Selic, na reunião do Copom marcada
para os dias 28 e 29 de novembro. A mediana das expectativas apresentada
no boletim Focus de hoje é de uma Selic de 13,25% anuais, assim como mostrava
o documento anterior. Para 2006, a mediana das estimativas da Selic média
é de 15,09%. A previsão para a taxa de câmbio ao final de 2006 é de R$
2,15 e não em R$ 2,16 como constava do relatório passado. (Valor Econômico
- 13.11.2006) O dólar comercial
abriu as operações com estabilidade perante o fechamento da última sexta-feira,
cotado a R$ 2,1520. Às 9h24, a moeda era transacionada a R$ 2,1520 na
compra e a R$ 2,1540 na venda, com elevação de 0,09%. Na sexta-feira,
o dólar comercial subiu 0,41%, a R$ 2,15 na compra e R$ 2,1520 na venda.
Na semana, a moeda acumulou alta de 0,56%. (Valor Online - 13.11.2006)
Internacional 1 A disputa da energia entre Rússia e União Européia Os chefes de
Estado e de governo da União Européia acertaram a portas fechadas uma
estratégia falida para fazer frente ao presidente russo no último dia
20 de outubro. As relações entre os países da UE e a Rússia são piores
do que se percebeu até agora, devido ao uso político que Moscou faz da
excessiva dependência energética européia. Foi o que se destacou no almoço
entre os líderes europeus para acertar as duras mensagens que horas depois
lançariam ao presidente russo, Vladimir Putin. "É preciso conduzir a Rússia
a posições mais construtivas", propôs a seus colegas a chanceler alemã,
Angela Merkel. Enquanto isso, o italiano Romano Prodi pediu "um abastecimento
mais confiável" em troca de maiores investimentos na Rússia. A maioria,
como o primeiro-ministro espanhol, José Luiz Rodríguez Zapatero, defendeu
a diversificação das fontes de energia, mas também deixar claro a Putin
que a UE exige da Rússia mais respeito aos direitos democráticos e menos
agressividade diante da Chechênia, Geórgia ou Ucrânia. Temeroso da reação
de Putin, o francês Jacques Chirac advertiu: "A segurança e a estabilidade
da Europa dependem em boa medida da Rússia". Talvez por isso, o presidente
da Comissão Européia, o português José Manuel Durão Barroso, pediu "calma"
a todos para dirigir-se ao líder russo, e o primeiro-ministro belga, Guy
Verhofstadt, recomendou "não ficar na defensiva". Foi tudo inútil. Putin
montou um número para seus anfitriões. Lembrou a Zapatero que na Espanha
há prefeitos acusados de corrupção, que a palavra "máfia" é uma invenção
italiana e que o futuro do setor energético passa por Moscou. (El País
- 11.11.2006) 2 Iberdrola declara interesse pela Scottish Power A Iberdrola
confirmou seu interesse pela Scottish Power. A Iberdrola se declarou "satisfeita
por anunciar que, com o objetivo de agregar valor para nosso acionistas,
continuamos a buscar diferentes alternativas de investimentos e oportunidades
no mercado, entre elas a Scottish Power". A Iberdrola se associou a um
fundo de investimentos para lançar uma Oferta Pública Inicial de £ 11,9
bilhões (17,7 bilhões ) pela Scottish Power, ou £ 14,5 bilhões (21,6
bilhões) incluindo a dívida. Em um setor europeu energético em plena consolidação,
os dois grupos combinados poderão dispor de ativos no valor de 50 bilhões,
com um volume de negócios de 21 bilhões, além de 23 milhões de clientes,
segundo informou o banco Fortis. (Gazeta Mercantil - 13.11.2006) 3 Construtora Acciona eleva participação na Endesa A construtora espanhola Acciona anunciou que alcançou uma participação direta na Endesa, a maior companhia elétrica do país, de 19,63%, depois de adquirir cerca de 9,63% no mercado. A Acciona possuía quase 10% da elétrica e garantiu com opções de compra junto ao Banco Santander os demais 9,63%. A Comissão Nacional de Energia (CNE) autorizou a Acciona a elevar acima de 10% sua fatia na Endesa, "até uma porcentagem que não exija a formulação de uma oferta pública de aquisição, segundo a legislação vigente, e lhe permita participar em sua gestão, mas que não suponha a aquisição de controle sobre a companhia". A decisão significa que a Acciona tem poder para expandir sua participação na Endesa até 24,9%. A entrada da construtora na Endesa ocorre em meio ao momento em que o grupo alemão E.ON apresentou oferta de compra para a companhia espanhola em concorrência com outra proposta da Gas Natural. (Gazeta Mercantil - 13.11.2006)
Biblioteca Virtual do SEE 1 MSIA - Movimento de Solidariedade Ibero-americana. O Complexo do Rio Madeira: a Amazônia Industrial. Outubro de 2006. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
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