l IFE: nº 1.921 - 31
de outubro de 2006 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 UFRJ: Palestra discute reformas e perspectivas do setor elétrico Diante do
resultado eleitoral que definiu a reeleição do Presidente Lula, indicando
expectativas de aprofundamento e direcionamento do processo de reestruturação
do Setor Elétrico Brasileiro, o Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel)
do Instituto de Economia da UFRJ, realiza, no próximo dia 10 de novembro,
mais um encontro do Ciclo de Palestras Setor Elétrico Brasileiro. Na ocasião,
a conselheira da CCEE e economista-chefe do MME de janeiro de 2003 a junho
de 2006, Élbia Melo, falará sobre a Contra-Reforma Institucional da Indústria
de Energia Elétrica Brasileira e as Novas Perspectivas do Mercado. Este
ano o ciclo de palestras organizado pelo Gesel já contou com a participação
do assessor de comercialização da Eletronuclear, Sérgio Mathias, da pesquisadora
do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Kátia Rocha e da professora
da Universidade do Porto, Maria Isabel Soares. Mais informações pelo e-mail
nuca@nuca.ie.ufrj.br, no site: www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/eventos.htm
ou pelo telefone (21) 3873-5249. (GESEL-IE-UFRJ - 31.10.2006) 2 Sérgio Mathias fala sobre dinâmica dos leilões O assessor
de comercialização da Eletronuclear, Sérgio Mathias, participou, nesta
segunda-feira, 30 de outubro, do Ciclo de Palestra do Setor Elétrico Brasileiro,
organizado pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ. Mathias
falou sobre a dinâmica dos leilões de energia no setor elétrico brasileiro,
com destaque para os resultados do último leilão de energia nova A-5,
realizado no último dia 10 de outubro, pela internet. O objetivo do ciclo
de palestras, voltado exclusivamente aos funcionários de Furnas, é consolidar
e ampliar a base de conhecimento dos funcionários da estatal sobre o Setor
Elétrico Brasileiro (SEB), contribuindo para a melhora do processo de
tomada de decisões. (GESEL-IE-UFRJ - 31.10.2006) 3 Aneel vai ampliar mercado livre O mercado
livre de energia e as fontes alternativas de geração de eletricidade devem
ganhar um novo incentivo em novembro, mas a conta pode acabar sendo paga
pelos consumidores cativos. No próximo mês, a Aneel pretende votar minuta
de resolução com a flexibilização de critérios para que empresas deixem
de ser clientes cativas e migrem para o mercado livre, onde têm mais liberdade
de compra. Hoje, a demanda mínima para a migração é de 3 MW ou de 500
kW - no último caso, desde que a energia seja oriunda de fontes alternativas,
como eólica, biomassa ou pequenas centrais hidrelétricas. A nova resolução,
que tende a ser aprovada pelos diretores da agência reguladora, permite
a associação de unidades consumidoras, com "comunhão de interesses de
fato ou de direito", para juntas atingirem uma demanda igual ou superior
a 500 kW. Ou seja: poderão associar-se, para fins de compra da energia,
diversas unidades de uma mesma empresa. A intenção da agência é dar um
novo estímulo à produção de energia alternativa, e não propriamente incentivar
o mercado livre, embora os efeitos estejam vinculados. (Valor Econômico
- 31.10.2006) 4
Anace defende mudanças de critérios 5 Abradee: concessionárias sofrerão perdas indiretas se o tributo for elevado No próximo
mês, a Aneel pretende votar minuta de resolução com a flexibilização de
critérios para que empresas deixem de ser clientes cativas e migrem para
o mercado livre, onde têm mais liberdade de compra. Os consumidores que
migrarem para o mercado livre deverão ter o desconto da TUSD, mas as distribuidoras
não ficarão com o prejuízo: a perda de receita será compensada pela elevação
proporcional da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) - tributo que
tem, como um dos seus objetivos, estimular o uso de energias alternativas.
Isto é, os consumidores cativos podem acabar arcando com o subsídio na
TUSD. "Alguém vai pagar a conta", adverte o presidente da Associação Brasileira
de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Luiz Carlos Guimarães.
De acordo com ele, as concessionárias sofrerão perdas indiretas se o tributo
for elevado. Primeiro, com os danos à imagem, já que as queixas dos consumidores
residenciais, quando as contas de consumo aumentam, se voltam contra as
distribuidoras, com quem têm relação direta. Segundo, com o crescimento
da perspectiva de inadimplência e furto, sempre que as tarifas sobem.
"Defendemos que a Aneel regulamente de forma restritiva." (Valor Econômico
- 31.10.2006) 6 Brasil e Paraguai voltam a debater dívida de Itaipu Paraguai
e Brasil retomarão as conversações para renegociar uma dívida de 19 bilhões
de dólares da hidrelétrica binacional Itaipu, informou nesta segunda-feira
o governo de Assunção. O passivo de Itaipu é com a Eletrobrás e o governo
do Paraguai tem manifestado discordância com os juros da dívida. O presidente
paraguaio, Nicanor Duarte, garantiu que o colega brasileiro, Luiz Inácio
Lula da Silva, comprometeu-se a retomar o diálogo após as eleições de
domingo, quando foi reeleito para mais quatro anos com 60,8 por cento
dos votos. "As negociações sobre Itaipu ficaram, de certa forma, suspensas
pelo processo eleitoral, e o compromisso é reiniciar o diálogo e chegar
a um acordo sobre o tema depois da votação", disse Duarte. (Reuters -
30.10.2006) 7 BNDES: queda nas aprovações de financiamento para infra-estrutura Sob impacto da atividade de energia elétrica, houve queda de 19% nas aprovações de financiamento do BNDES para o setor de infra-estrutura, saindo de R$ 13,2 bilhões de janeiro a setembro de 2005 para R$ 10,6 bilhões no mesmo período deste ano. O banco afirma que no caso da energia elétrica subiu o número de operações aprovadas, apesar da queda do valor a ser financiado. É que receberam apoio mais PCHs, cujos investimentos são menores. Até o final do ano, diz a instituição, o quadro deve se reverter. Nesta semana, foram aprovados cinco novos financiamentos para três empresas de transmissão, uma PCHs e uma distribuidora, que totalizaram R$ 1,2 bilhão. (Folha de São Paulo - 31.10.2006) 8
Instituo Acende Brasil aponta quatro ações necessárias para atrair investimento
para o SE 9 Estudo sobre potencial de pequenas centrais hidrelétricas é tema de debate O governo
do estado do Rio de Janeiro divulga, às 14h desta terça-feira, 31 de outubro,
o estudo "Pequenas Centrais Elétricas no Estado do Rio de Janeiro", que
traça o potencial hídrico do estado para a geração de energia elétrica.
O evento será presidido pelo secretário de Energia, Indústria Naval e
Petróleo, Wagner Victer, pelo presidente do Conselho Empresarial de Energia
da Firjan, Armando Guedes Coelho, e pelo presidente da UTE Governador
Leonel Brizola (antiga TermoRio), Carlos Augusto Ramos Kirchner. De acordo
com Victer, o estudo, que teve apoio técnico do Departamento de Engenharia
Civil da PUC - Rio, apresenta um levantamento do potencial remanescente
para pequenos aproveitamentos hidrelétricos. Segundo ele, o trabalho visa
fomentar o uso de fontes alternativas e renováveis de energia e inclui
ainda micro e pequenas usinas hidrelétricas, que estão desativadas, mas
que ainda têm um potencial de reutilização para futuros investidores.
Ainda segundo o secretário de energia do estado, os projetos das PCHs,
que juntos disponibilizam 500 MW de potência ao sistema, podem gerar cerca
de oito mil empregos e R$ 500 milhões em investimentos, ajudando no crescimento
econômico e social dos municípios onde serão instalados e no entorno.
O evento ocorre no auditório do 13º andar do prédio da Firjan, na Avenida
Graça Aranha 1, no Centro do Rio. (GESEL-IE-UFRJ - 31.10.2006) 10
Fundação COGE e Eletrobrás promovem Simpósio de Suprimento e Logísitca
Está na pauta da Comissão de Minas e Energia, para ser votada dia 1º, a Proposta de Fiscalização e Controle 97/05, do deputado Celso Russomanno (PP-SP), que pede a verificação da regularidade da aplicação dos recursos arrecadados com a Cide. O deputado lembra que, de acordo com informações divulgadas pela imprensa, esses recursos estão sendo aplicados em finalidades diversas daquelas previstas em lei. A legislação determina que os recursos arrecadados com a Cide sejam destinados a programas de infra-estrutura de transportes; ao financiamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e derivados de petróleo; e a projetos ambientais relacionados à indústria do petróleo e do gás. (Elétrica - 30.10.2006) A Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) do Mato Grosso inicia nesta semana a implantação do Programa de Eficiência Energética, que visa aperfeiçoar a utilização de energia elétrica através de orientações, direcionamento, ações e controles sobre consumo. (24HorasNews - 30.10.2006) Onze comunidades do estado do Maranhão ganharão computadores com acesso à internet, embora não tenham energia elétrica. Os equipamentos que serão instalados nas escolas funcionarão graças à energia solar. O programa do governo federal prevê a instalação, pela Eletronorte, de placas de captação de energia solar. Até julho do próximo ano, o projeto deverá chegar aos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, partes de Mato Grosso e do Tocantins. (Agência Brasil - 30.10.2006)
Empresas 1 Aneel autoriza reajuste para Boa Vista Energia, CER, Manaus Energia e CEAM A Aneel
autorizou o reajuste das tarifas das empresas Boa Vista Energia S/A (RR),
Companhia Energética de Roraima (CER), Manaus Energia S/A (AM) e Companhia
Energética do Amazonas (CEAM). As novas tarifas das quatro distribuidoras
passam a vigorar a partir de amanhã (01/11). A Boa Vista teve reajuste
de 8,33% para clientes de baixa tensão (residências) e 11,76% para os
clientes de alta tensão (indústrias). A CER teve reajuste de 6,46% para
clientes de baixa tensão e 6,46% para os clientes de alta tensão. A Manaus
Energia teve reajuste de - 8,92% para clientes de baixa tensão e 1,14%
para os clientes de alta tensão. A CEAM teve reajuste de - 7,10% para
clientes de baixa tensão e 1,62% para os clientes de alta tensão. (Aneel
- 31.10.2006) 2 Distribuidoras receberam R$ 185,5 mi de RGR A Aneel fixou as parcelas da Reserva Global de Reversão (RGR) do período compreendido de novembro deste ano a setembro de 2007 para oito distribuidoras, num total de cerca de R$ 108,5 milhões. A Light recolherá a partir de 15/12/2006, em parcelas mensais, o valor total de R$ 65 milhões. Já a Manaus Energia pagará R$ 31,2 milhões referentes à RGR. A Ceron terá de desembolsar R$ 4 milhões; a Ceam, R$ 2,7 milhões; a Cea, R$ 2,4 milhões; a Boa Vista Energia, R$ 1,8 milhão; a Eletroacre, R$ 923 mil; e Cer, R$ 265 mil. A agência estabeleceu ainda que o pagamento pela Eletrobrás de valores referentes ao encargo para Eletroacre será de R$ 363 mil; o valor da Cer, R$ 68 mil; e o da Boa Vista Energia, R$ 122 mil. A Aneel determinou a devolução às distribuidoras referentes à RGR. A Light receberá R$ 519 mil a partir de 15/12/2006, em parcelas mensais. As outras concessionárias com valores a receber são: Manaus Energia, R$ 286 mil; a Cea, R$ 235 mil; a Ceam, R$ 291 mil; e a Ceron, R$ 32 mil. (InvestNews - 30.10.2006) 3 Tractebel: queda de 16,1% no lucro líquido do 3º tri A Tractebel
Energia divulgou queda de 16,1% no lucro líquido do terceiro trimeste
do ano, indo de R$ 307,4 milhões, em 2005, para R$ 257,8 milhões este
ano. A empresa acumula nos nove primeiros meses do ano lucro líquido de
R$ 790,3 milhões, alta de 12,9% sobre os R$ 700,1 milhões de igual período
de 2005. A Tractebel teve receita operacional bruta de R$ 787,1 milhões
no terceiro trimestre, aumento de 27,7% sobre os R$ 616,3 milhões registrados
em 2005. O resultado foi influenciado pelo aumento das receitas de suprimento
e fornecimento de energia em 18,8% e 65,8%, respectivamente. No acumulado
do ano, a receita operacional bruta subiu 16,3%, passando de R$ 1,9 bilhão,
em 2005, para R$ 2,2 bilhões este ano. A receita líquida do terceiro trimestre
ficou em R$ 694,8 milhões, alta de 27,1%, ante os R$ 546,7 milhões no
mesmo período do ano passado. O resultado é impactado pelo aumento de
32,6% nas deduções sobre a receita bruta, que chegaram a R$ 92,2 milhões.
De janeiro a setembro deste ano, a Tractebel obteve receita líquida de
R$ 1,9 bilhão, aumento de 16,9% sobre 1,7 bilhão, em 2005. O Ebtida da
companhia ficou em R$ 441,9 milhões no terceiro trimestre deste ano, alta
de 18% ante os R$ 374,3 milhões no ano passado. O Ebtida do ano está em
R$ 1,2 bilhão, subindo 14% sobre R$ 1,1 bilhão obtido no mesmo período
de 2005. (Agência Canal Energia - 30.10.2006) 4
Tractebel aumenta vendas de energia em 18,8% no 3º tri 5 Audiência pública com o diretor-presidente da Cemar Será votada
no dia 1º, pela Comissão de Minas e Energia o requerimento da deputada
Terezinha Fernandes (PT-MA) para a realização de audiência pública com
o diretor-presidente da Cemar, do presidente do Sindicato dos Urbanitários
do Maranhão, Fernando Pereira; e do diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman.
A parlamentar quer promover o debate sobre o cumprimento das obrigações
da Cemar referentes à distribuição de energia e ao preço das tarifas,
o fechamento dos escritórios regionais da concessionária, a demissão de
funcionários e a execução do Programa Luz para Todos no Maranhão. (Elétrica
- 30.10.2006) No pregão
do dia 30-10-2006, o IBOVESPA fechou a 38.900,49 pontos, representando
uma baixa de 1,09% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
2,38 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de
0,13% fechando a 12.324,86 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 44,21 ON e R$ 42,10 PNB. Na abertura
do pregão do dia 31-10-2006 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$
44,50 as ações ON, alta de 0,66% em relação ao dia anterior e R$ 42,40
as ações PNB, alta de 0,71% em relação ao dia anterior. (Investshop -
31.10.2006) Cinco edifícios residenciais em Salvador vão contar com sistema de aquecimento de água com energia solar a partir do próximo ano. O projeto é resultado de uma parceria entre a Coelba e a Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi) e prevê a implantação do sistema em 20 empreendimentos na capital baiana dentro de cinco anos, demandando investimentos da ordem de R$4 milhões. (Correio da Bahia - 31.10.2006) A Nexans em parceria com a AES Eletropaulo, vai fornecer cerca de 20 toneladas de cabos elétricos para substituir e modernizar parte do sistema de distribuição de energia na favela de Paraisópolis, em São Paulo. Este projeto faz parte de um programa internacional para a socialização dessas pessoas, com a distribuição de energia elétrica nas regiões mais carentes de infra-estrutura no mundo. (InvestNews - 31.10.2006) A Coelba e a Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi) realizam dia 31/10/2006, o Workshop Coelba Solar. O evento oficializa o convênio a ser assinado entre a concessionária e a associação para promoção do uso da energia solar para aquecimento de água em edificações novas de uso coletivo. (Elétrica - 30.10.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 45,8% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 45,8%, apresentando
queda de 0,1% em relação à medição do dia 28 de outubro. A usina de Furnas
atinge 46% de volume de capacidade. (ONS - 29.10.2006) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 41,8% O nível de armazenamento na região Sul apresentou queda de 0,4% no nível de capacidade armazenada em relação à medição do dia 28 de outubro, com 41,8% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 27,1% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 29.10.2006) 3 NE apresenta 52,4% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,2% em relação à medição do dia 28 de outubro, o Nordeste está
com 52,4% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 42,3% de volume de capacidade. (ONS - 29.10.2006) 4 Norte tem 37,1% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 37,1% apresentando queda de 0,4
em relação à medição do dia 28 de outubro. A usina de Tucuruí opera com
27,7% do volume de armazenamento. (ONS - 29.10.2006)
Gás e Termoelétricas 1 Rondeau: é cedo para falar de novos investimentos na Bolívia O governo brasileiro avalia que, apesar do acordo fechado no final de semana, ainda não há condições de a Petrobras voltar a investir na Bolívia. Para o ministro Silas Rondeau, o acordo garante só investimentos de manutenção nos campos de gás natural. "Ainda é cedo para falar de novos investimentos." Na avaliação do ministro, a solução para o regime de exploração dos campos de gás era, de longe, a questão mais importante para o governo brasileiro. "O acordo dá muito mais segurança. A Petrobras não poderia ter contratos de venda de gás no Brasil e não estar participando do processo de produção na Bolívia. Isso criaria muita insegurança", avaliou. Além disso, o fato de passar a existir um contrato ratificado pelo Congresso boliviano também contribui para construir uma situação mais sólida para os investimentos da Petrobras, segundo Rondeau. (O Estado de São Paulo - 31.10.2006) 2 Justiça da Bolívia fará arbitragem de novos contratos O ministro
de Minas e Energia, Silas Rondeau, informou que o foro competente para
arbitrar eventuais conflitos relativos ao contrato assinado pela Petrobrás
com a estatal YPFB para exploração e produção de gás é a Justiça da Bolívia.
Rondeau deixou claro que a arbitragem dentro da própria Bolívia vale apenas
para esse contrato, assinado na madrugada de domingo, em La Paz. No caso
dos contratos, ainda em negociação, sobre preço do gás vendido ao Brasil
e sobre as refinarias da Petrobrás em território boliviano, eventuais
arbitragens seriam feitas por tribunais internacionais. O ministro esclareceu
que, antes da assinatura do contrato de sábado, não havia necessidade
de se definir um local para arbitragem, uma vez que o contrato anterior
previa o risco compartilhado entre as duas partes. (O Estado de São Paulo
- 31.10.2006) 3 Abegás: aumento tributário é suportável A Petrobras
cedeu à pressão do governo da Bolívia aceitou a maior parte das condições
impostas no decreto de nacionalização do petróleo e do gás. Apesar das
condições desfavoráveis do acordo, dizem, a Petrobras sinalizou que o
novo cenário não resultará em aumento de preço para os consumidores. O
presidente da Abegás, Romero Oliveira, afirmou que, ao dizer que o "aumento
tributário é suportável", a estatal indica que tem margem para absorver
o aumento, sem que seja necessário o repasse. Segundo ele, a estatal brasileira
não procurou as distribuidoras de gás para comunicar sobre uma eventual
mudança de preço. (Folha de São Paulo - 31.10.2006) 4 AIE: Brasil precisa diversificar fontes de gás natural A AIE alerta
de que o Brasil precisa diversificar o mais rápido possível seu abastecimento
de gás natural para não depender de decisões políticas que são tomadas
na Bolívia ou em outros países da região. Na avaliação da entidade, um
dos pontos que mais contaram para que o entendimento entre o Brasil e
a Bolívia fosse estabelecido, foi a necessidade de que não haja uma interrupção
no fornecimento de gás ao Brasil e afirma que está na hora de o Brasil
investir na produção nacional, além de procurar outros fornecedores. A
entidade aponta ainda que será de interesse dos bolivianos fechar acordos
com as empresas estrangeiras, pois não podem ficar sem investimentos.
A agência lembra o caso da nacionalização no México. Antes de tomarem
a decisão, os mexicanos eram exportadores. Depois, a nacionalização da
Pemex levou o país a ter de importar gás, apesar de suas reservas, já
que não conseguiram recursos para investir em produção própria. (DCI -
31.10.2006) 5 Minas e Energia vota projeto sobre segurança nuclear A Comissão de Minas e Energia votará dia 1º o Projeto de Lei 7068/06, da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que regulamenta o acesso público a documentos e processos administrativos sobre radioproteção, salvaguarda e segurança nuclear. De acordo com a proposta, o órgão regulador da área de radioproteção e segurança nuclear ficará obrigado, por exemplo, a fornecer informações sobre instalações nucleares e radioativas, rejeitos nucleares e acidentes, situações de risco ou planos de emergência nuclear e radioativa. O relator, deputado Paulo Feijó (PSDB-RJ), recomenda a aprovação do projeto. (Elétrica - 30.10.2006)
Grandes Consumidores 1 Diretores da Vale integram diretoria da CVRD Inco A mineradora
canadense Inco anunciou as mudanças que serão feitas na diretoria da empresa,
agora chamada de CVRD Inco. Além de Roger Agnelli, presidente da Vale,
integrarão a nova diretoria da empresa alguns dos diretores da mineradora
brasileira. A Vale está estabelecendo um Comitê Executivo composto de
executivos seniores que coordenarão os 90 dias de período de transição
e guiarão as decisões gerenciais no período. (DCI - 31.10.2006) 2 Vale quer emitir R$ 5 bi em debêntures A CVRD informou
que protocolou perante à CVM, pedido de registro de distribuição pública
de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária,
no valor de R$ 5,0 bilhões. Com o dinheiro, a companhia pretende amortizar
parcialmente a dívida contraída com o empréstimo-ponte contratado junto
a um sindicato composto por 37 bancos para o financiamento da aquisição
da Inco. O refinanciamento do empréstimo-ponte tem como objetivos a preservação
da vida média da dívida da companhia em nível próximo ao registrado antes
da aquisição das ações da Inco, a manutenção de um perfil de endividamento
de baixo risco e a minimização do custo ponderado do capital, assegurando
desta forma a consolidação de sua boa reputação nos mercados financeiros
globais. (InvestNews - 30.10.2006) 3 Fitch Afirma Ratings da Aracruz A Fitch
Ratings afirmou os IDRs (Issuer Default Ratings - Ratings de Probabilidade
de Inadimplência do Emissor) em Moeda Estrangeira e Local 'BBB' da Aracruz
Celulose. A agência também afirmou o Rating Nacional de Longo Prazo 'AA+(bra)'
(AA mais (bra)) da empresa. A Perspectiva dos Ratings é Estável. Os ratings
grau de investimento se apóiam na alavancagem relativamente baixa da Aracruz
e na sólida posição de seus negócios, que resultam basicamente da capacidade
de produção de baixo custo da empresa e da alta qualidade da sua celulose
de eucalipto branqueada (BEKP) no mercado. Nos nove primeiros meses de
2006, o custo de produção da empresa foi um dos mais baixos do mundo,
atingindo a média de USD190 por tonelada de BEKP. A excelente estrutura
de custos da Aracruz permitiu a geração de fluxos de caixa positivos durante
os períodos de baixa do volátil ciclo da celulose, possibilitando que
a empresa crescesse sem comprometer suas demonstrações financeiras . (Fitch
Ratings - 30.10.2006) 4 Baosteel diz que é difícil prever preço do ferro O Baosteel
Group Corp disse ser difícil prever os preços do minério para o ano que
vem. Os preços da commodity em 2007 são "difíceis de prever", disse Xu
Lejiang, presidente do Baosteel, em entrevista concedida em Pequim. A
disparada da demanda e a limitada expansão das minas de minério de ferro
fizeram com que os preços da matéria-prima aumentassem por quatro anos.
As usinas chinesas poderão não conseguir evitar, mais uma vez, um aumento
dos preços do minério de ferro. (DCI - 31.10.2006) 5 Petroquisa deve retomar negociação com M&G A Petroquisa
aguarda para qualquer momento uma retomada das negociações com o grupo
italiano Mossi & Guisolfi (M&G) para união dos dois projetos petroquímicos,
previstos por cada um dos grupos para a região do porto de Suape, no Recife.
O presidente da companhia, José Lima de Andrade Neto informou que considera
mais do que natural a retomada dos entendimentos, devido às sinergias
dos dois empreendimentos. A Petroquisa formou um consórcio com a Citene
para construir uma fábrica de PTA, matéria-prima para produção de resinas
PET, com capacidade para 550 mil toneladas/ano, que deverá começar a produzir
em 2010. Esse mesmo consórcio, com participações societárias diferentes,
também deve investir US$ 320 milhões na construção de uma outra unidade,
voltada para filamentos de poliéster, cuja produção deverá começar em
2008. (Gazeta Mercantil - 31.10.2006) 6 Gerdau prevê investir US$ 2,5 bi na América do Sul A siderúrgica
Gerdau prevê investir US$ 2,5 bilhões nos próximos três anos para ampliar
e melhorar suas instalações no Brasil, Colômbia, Peru e Chile. Desse total,
cerca de US$ 1,6 bilhão serão investidos no Brasil. (DCI - 31.10.2006)
7 Governo de Alagoas anuncia fábrica de plásticos Uma nova
indústria do segmento de plásticos pode se instalar no pólo multifabril
de Marechal Deodoro, segundo a Secretaria de Comunicação Social do Governo
do Estado (Secom). O governador Luis Abílio assinou um protocolo de intenções
com a Vipal S/A, empresa fabricante de lâminas de PVC voltadas para a
construção civil. A implantação da fábrica já teve início. Além de se
instalar no pólo, a empresa irá se tornar ainda uma exportadora de PVC
a partir da produção de Alagoas. (Gazeta de Alagoas - 31.10.2006)
Economia Brasileira 1 BID: perfil da dívida da AL é perigoso A grande fraqueza dos países da América Latina é o perfil "perigoso" de sua dívida, e nem tanto o nível desta, disse ontem o BID em relatório no qual refuta a visão de que a região tem uma aversão "genética" ao endividamento. A idéia de que a AL é incapaz, por natureza, de suportar um alto volume de títulos soberanos foi a explicação dada em 2003 por economistas do FMI ao paradoxo de que a região sofresse freqüentes crises financeiras quando seu nível de dívida não é maior do que em outros lugares como Bélgica, Itália e Japão, onde o endividamento supera 100% do PIB. Em comparação, na América Latina a dívida média é de 45% do PIB, após as reduções observadas nos últimos anos. No Brasil, a relação dívida/PIB é de 50,1% segundo dados do Banco Central. (Gazeta Mercantil - 31.10.2006) 2 Dilma anuncia corte de gastos Um dia depois de o governo Lula decretar o fim da "era Palocci", a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) anunciou que os próximos anos serão pautados por um "enxugamento da máquina", pelo corte de gastos e manutenção do superávit primário em 4,25% do PIB, para o pagamento dos juros da dívida pública. "Também há gastos de custeio que vamos ter que racionalizar. Quando cheguei ao MME, tinha uns 25 motoristas e um engenheiro. Não é de graça que você leva um país ao apagão", disse. Antes refratária aos cortes, Dilma agora reforça a tese dos que consideram a questão do gasto público como prioritária na abertura de mais espaço para investimentos em infra-estrutura e para uma queda mais acentuada dos juros. O economista Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES afirma que a "As declarações (de Dilma) são para colocar panos quentes. O governo não quer comprar essa briga com os bancos", afirma Lessa. Ele defende a queda mais rápida nos juros como meio mais efetivo de abrir espaço para investimentos. (Folha de São Paulo - 31.10.2006) 3
Governo confirma permanência de Mantega na Fazenda 4 Indústria espera crescimento maior no próximo mandato de Lula O setor
industrial quer que o país cresça dentro dos parâmetros anunciados pelo
ministro Guido Mantega (Fazenda) e pelo próprio presidente antes das eleições.
Na reta final da campanha, o governo anunciou que estima um crescimento
de 5% em 2007, com projeção de índices maiores até 2010. De acordo com
Edgard Pereira, economista-chefe do Iedi, a base para conseguir um cenário
favorável ao crescimento é reduzir as taxas de juros. "E isso depende
só do governo", afirmou. Para ele, é preciso que a Selic se equipare ao
nível de taxas internacionais, na média em 5%. Para a CNI, o crescimento
prometido pode ser alcançado com a redução nos gastos públicos, com investimento
em educação e inovação, além da redução da burocracia. (Agência Brasil
- 30.10.2006) 5 Confiança da indústria cai 2,2% entre setembro e outubro O índice
de confiança da Indústria apurado pela FGV-SP entre setembro e outubro
caiu 2,2%. Apesar disso, a instituição avalia que a indústria vive momento
de aquecimento moderado. O ICI recuou de 110 para 107,6. Na comparação
com outubro do ano passado, o índice cresceu 5,2 %. "Entre setembro e
outubro, houve melhora nas avaliações sobre a situação presente e deterioração
das expectativas em relação aos próximos meses. O Índice da Situação Atual
ficou praticamente inalterado em 110,9 e o Índice de Expectativas passou
de 109,2 em setembro para 104,3 em outubro." A proporção das empresas
que consideram forte a demanda global aumentou de 16% em setembro para
18% em outubro; a parcela das que a avaliam como fraca manteve-se em 10
%. Houve diminuição de 39% para 36% na parcela de empresas que prevêem
ampliação nos próximos três meses. Já a proporção dos que programam redução
elevou-se de 13% para 20%. (Reuters - 31.10.2006) 6 Firjan mostra ritmo lento da indústria fluminense A atividade industrial do Estado do Rio de Janeiro manteve, em setembro último, o ritmo lento com que operou no mês anterior. As vendas reais recuaram 20,9% frente a agosto, com ajuste sazonal (que retira os efeitos das variações típicas de determinada época do ano). A queda decorre totalmente do setor químico, responsável por 33% das vendas totais. Na comparação com setembro do ano passado, a redução foi de 2,7% e, nos nove primeiros meses deste ano chegou a 7,1% ante igual período de 2005. O setor metalúrgico, cujo peso nas vendas industriais do estado é de 22%, também teve impacto forte no resultado acumulado do ano, devido aos problemas técnicos apresentados por uma grande empresa, de janeiro a junho último. Sem esses problemas, as vendas reais de janeiro a setembro estariam em alta de 10%. O resultado apurado na pesquisa Indicadores Industriais da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), divulgada nesta segunda-feira, dia 30, levou à revisão da projeção das vendas deste ano, anteriormente com crescimento previsto de até 5%. Segundo a Firjan, o desempenho das vendas industriais deve ficar mais próximo a zero, podendo ser até negativo. (Firjan - 30.10.2006) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional A União
Europeia garantirá o apoio necessário aos Estados-membros que decidirem
recorrer à energia nuclear, nomeadamente na investigação e segurança,
anunciou esta segunda-feira Durão Barroso, presidente da Comissão européia.
Barroso afirmou que o "debate sobre a energia nuclear na Europa não deve
ser um tabu", acrescentando que a opção de recorrerem ou não à energia
nuclear é uma decisão dos países e não da CE. De acordo com o presidente
da Comissão, a energia nuclear é um dos quatro pilares da política do
executivo comunitário para reduzir as emissões de dióxido de carbono na
UE, nomeadamente o aumento da eficiência energética, o recurso a fontes
de energia renováveis e o uso de "hidrocarbonetos limpos". (Elétrica -
30.10.2006) 2 Putin diz ao Irã que Rússia quer mais conversações nucleares O presidente
russo, Vladimir Putin, disse ao seu colega iraniano, Mahmoud Ahmadinejad,
em uma conversa telefônica na segunda-feira, que a Rússia é favorável
a mais negociações sobre o programa nuclear do Irã, informou o Kremlin.
"No curso de uma discussão sobre a situação envolvendo o programa nuclear
do Irã, Vladimir Putin expressou a posição da Rússia favorável à continuação
do processo de negociação", disse o Kremilin em um comunicado. (Reuters
- 30.10.2006)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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