l IFE: nº 1.920 - 30
de outubro de 2006 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Reestruturação do Setor 1 Proinfa disponibiliza 456,54 MW ao SIN Com o objetivo
de alcançar a meta de concluir até o final de 2008 os 144 empreendimentos
do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Porinfa),
que devem gerar uma potência de 3,3 GW, a Eletrobrás começou a comercializar,
este mês, a energia de seis novas usinas. Das seis centrais, quatro termelétricas
são movidas a bagaço de cana: Goiasa (GO), com 42,52 MW, Canaã (SP), com
30 MW, Maracai (SP), com 36,82 MW e Cerradinho (SP), com 50 MW. As demais
são: a PCH São Bernardo (RS), com 15 MW, e a usina eólica de Água Doce
(SC), com 9 MW. O programa, que visa estimular a geração de energia através
de fontes mais limpas, foi criado em 2003 e conta com a garantia de compra
da Eletrobrás, além do financiamento do BNDES de até 80% do investimento
total nas usinas. Com entrada em operação das novas centrais geradoras,
o Proinfa passa a contar com 16 empreendimentos, que totalizam 456,54
MW de capacidade instalada. Atualmente estão em operação apenas duas PCHs,
que somam 24 MW, ambas localizadas no Rio Grande do Sul. Outras três eólicas,
as usinas de Água Doce (SC), Osório (RS) e Rio do Fogo (RN) estão disponibilizando
108,3 MW ao sistema. Já em relação à geração de energia através de térmicas
movidas à biomassa, o estado de São Paulo é o que concentra o maior número
de usinas. Das 11 UTEs em operação pelo Proinfa, que totalizam 314,22
MW, o estado concentra sete unidades geradoras. As outras quatro estão
localizadas nos estados de Alagoas, Rio Grande do Sul e Goiás, este último
com duas usinas. (GESEL-IE-UFRJ - 30.10.2006) 2 Proinfa: 14 usinas não entrarão em operação na data prevista Apesar dos avanços,
dados recentes indicam atraso na construção das usinas do Proinfa. Dos
54 empreendimentos atualmente em construção, 14, que representam uma capacidade
instalada de 266,7 MW, estão com suas obras atrasadas, enquanto outras
duas, que somam 17,4 MW, estão paralisadas. A meta do Proinfa é concluir,
até o final de 2008, a construção de 54 eólicas, disponibilizando 1.423
MW, 63 PCH's, gerando 1.191 MW e 27 térmicas movidas à biomassa, ofertando
mais 686 MW. No total, os 3,3 GW previstos aproximam-se da necessidade
anual de expansão do sistema, considerando um crescimento da demanda de
cerca de 5% ao ano. (GESEL-IE-UFRJ - 30.10.2006) 3 Proinfa: construção das térmicas são as mais atrasadas Entre as usinas
em construção, as que apresentam maior atraso são as centrais térmicas
movidas à biomassa. Dos atuais 190,1 MW em obras, 140,2 MW estão atrasados
e outros 15 MW paralisados. Das nove UTEs em construção, apenas duas ficarão
prontas na data prevista: a UTE Iolando Leite (5 MW), em Sergipe, e a
UTE Fartura (29,9 MW), em São Paulo, que devem entrar em operação comercial
em fevereiro e junho de 2007, respectivamente. O Paraná é o mais afetado
pelo atraso na construção das térmicas. As três únicas usinas previstas
pelo Proinfa para o estado, todas de biomassa, deveriam ter sido concluídas
até agosto deste ano, deixando de disponibilizar no prazo estimado uma
potência de 57 MW. No entanto, até agora, as térmicas de biomassa são
as que mais se aproximam da meta do Proinfa. A potência das 11 usinas
que já entraram em operação correspondem a 47,3% dos 686 MW estimados
pelo programa. Para o ano que vem a previsão é de que nove UTEs entrem
em operação, disponibilizando 190,08 MW. Até o final de 2008, sete novas
usinas de biomassa devem ser concluídas, gerando mais 171,69 MW. (GESEL-IE-UFRJ
- 30.10.2006) 4 Proinfa: previsão é de que 49 eólicas sejam concluídas
em 2008 5 Proinfa: previsão é de que 61 PCHs sejam concluídas em 2007 A situação
das PCHs também não aponta para um cenário de tranqüilidade. No momento,
apenas duas centrais estão em operação, gerando 24 MW. Das 43 PCHs em
construção, seis estão com as obras atrasadas, deixando de disponibilizar
na data prevista um total de 266,7 MW. No entanto, apenas as obras de
uma usina, a PCH Tudelândia (2,4 MW), no Rio de Janeiro, foi paralisada.
Já no estado da Bahia, está atrasada a construção de três usinas previstas
pelo programa para o estado, todas PCHs. Com isso, deixarão de ser disponibilizados
41,8 MW para o estado no prazo estimado. Para que as 61 PCHs restantes
entrem em operação até o final de 2008, a previsão é de que 43 usinas
sejam concluídas em 2007, disponibilizando 850,34 MW e outras 18 PCHs
sejam concluídas em 2008, gerando mais 316,66 MW. (GESEL-IE-UFRJ - 30.10.2006)
6 Novo modelo do setor elétrico ainda será discutido em nova sessão do plenário Ainda será discutido,
em nova sessão do plenário, o mérito da matéria que julga a constitucionalidade
no novo modelo do setor elétrico, instituído há cerca de três anos por
meio da Medida Provisória (MP) 144, convertida em lei pelo Congresso.
No último dia 11 de outubro, o STF declarou constitucional, por sete votos
a quatro, as regras estipuladas pelo governo Lula para o setor e que haviam
sido contestadas pelo PSDB e PFL em ações diretas de inconstitucionalidade,
com pedidos de liminar. As ações pediam que a MP tivesse seus efeitos
jurídicos suspensos enquanto não se julgava o mérito da questão. Com o
julgamento a favor da MP 144, foram derrotados o ministro relator da ação,
Gilmar Mendes e os ministros, Sepúlveda Pertence, Marco Aurélio de Mello
e Celso de Mello, que acolhiam o pedido. Na opinião do superintendente
financeiro da Eletronuclear, Paulo Roberto Miguez, caso o STF venha entender
pela inconstitucionalidade do "novo" modelo, não há, necessariamente,
invalidação de tudo aquilo que já foi praticado sob a Lei 10. 848, que
resultou na MP 144/03. Segundo ele, como pode ser observado da no artigo
27 da Lei 9.868/99, que regulamenta o processo de julgamentos das ADIs,
o tribunal poderá decidir ainda se irá restringir, retroativamente, todos
efeitos da MP ou se a ação passará a valer apenas a partir do julgamento.
(GESEL-IE-UFRJ - 30.10.2006) 7 TCU adia decisão sobre revisão tarifária de contratos existentes O Tribunal de Contas da União adiou a análise do processo sobre a implantação da revisão tarifária para contratos existentes de transmissão. O procurador da Advocacia Geral da União, Lucas Furtado, que atua junto ao TCU, pediu vistas ao processo, que estava na pauta da reunião realizada na última quarta-feira, 25 de outubro. A previsão, de acordo com o órgão, é que o tema volte à pauta na reunião prevista para o dia 8 de novembro. O TCU já havia determinado à Aneel para que adotasse outra metodologia de revisão tarifária periódica para as novas instalações de transmissão, assim como acontece na distribuição. Nesse sentido, o tribunal preparava-se para analisar os contratos existentes. Na avaliação do TCU, eventuais ganhos das concessionárias de serviços públicos devem ser repassados aos consumidores. O entendimento do TCU é que as transmissoras, como empresas que detém concessões para prestação de serviço público, podem pedir revisões tarifárias extraordinárias para assegurar o equilíbrio econômico-financeiro, com base na legislação vigente. (Agência Canal Energia - 27.10.2006) 8 Curtas A Aneel liberou para teste as unidades geradoras n° 1 e 2, de 5,05 MW cada, da PCH Santa Edwiges I. Segundo o despacho nº 2.489 do Diário Oficial da União, as geradoras estão localizadas nos municípios de Mambaí e Buritinópolis, em Goiás. A PCH pertence a empresa Rialma, que terá 60 dias, após a conclusão da operação em teste, para enviar relatório final de testes e ensaios à Aneel. (Agência Canal Energia - 27.10.2006) Fontes alternativas de energia, eficiência energética e seus impactos positivos para o meio ambiente estarão no centro das discussões durante o X Encontro Anual dos Parceiros do Programa de Energia da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), que acontece dias 30 e 31 de outubro, no Hotel Tropical da Bahia, no Campo Grande. (Correio da Bahia - 30.10.2006)
Empresas 1 Governos devem R$ 700 mi para a Light O presidente
da Light, José Luiz Alquéres, afirmou que os governos municipal, estadual
e federal devem, juntos, R$ 700 milhões à companhia. Alquéres espera concluir
negociações até o final do ano com os dois principais devedores, a Cedae
e a Super Via, que, juntos, respondem por R$ 500 milhões da dívida. Alquéres
informou também que a Light pretende lançar até o dia 12/12/2006 um agressivo
plano de negócios para os próximos quatro anos. A Light pretende também
iniciar o arrojado programa de RH. (Elétrica - 27.10.2006) 2 Terna abre o capital e deseja expandir em transmissão no Brasil Capitalizada pela oferta pública de ações, a Terna Participações prospecta oportunidades para crescer no segmento de transmissão no Brasil. "Disputaremos os projetos nos mercados primário, por meio dos leilões de transmissão, e secundário, participando do processo de consolidação dos ativos", explicou Giovanni Giovannelli, presidente da Terna Participações. Giovannelli disse que as metas da Terna incluem a "manutenção dos padrões de excelência na execução do serviço público e na gestão financeira". (DCI - 30.10.2006) 3 Energisa: distribuição pública de R$ 350 mi em debêntures A Energisa anunciou
o início da distribuição primária de R$ 350 milhões em debêntures da primeira
emissão. A operação consiste no lançamento de 35 mil papéis, com valor
unitário de R$ 10 mil, da forma nominativa, escritural, não conversíveis
em ações. O prazo de vencimento das debêntures é de cinco anos, em 01/10/2011.
Ainda de acordo com a empresa, a remuneração será paga semestralmente
nos dias 01/04/2007 e 01/10/2007, iniciando-se em abril de 2007. (APMPE
- 27.10.2006) 4 Chesf: investimento de R$ 66 mi em subestações
5 Energias do Brasil: emissões de debêntures terão reflexo de R$ 15 mi O lançamento
de R$ 851,5 milhões em debêntures pelas distribuidoras do Grupo Energias
do Brasil terá um reflexo de R$ 15 milhões por ano no lucro líquido, em
função do menor custo financeiro. Segundo o diretor vice-presidente de
Finanças e Relações com Investidores da holding, Antonio José Sellare,
as operações feitas pelas três distribuiidoras do grupo permitiram o pré-pagamento
de dívidas de curto prazo, com custo mais elevado. O executivo destacou
que não há, no momento, novas operações em curso na holding. A estrutrura
da dívida da Energias do Brasil, apresenta-se hoje com 58% atrelada ao
CDI ou à taxa Selic. Nesse montante está incluída a parcela de dívida
em moeda estrangeira com hedge. Segundo ele, 32% estão assoociados à TJLP.
Além disso, 3% do passivo é indexado ao IGP-M e ao INPC, enquanto 4% do
total refere-se à dívida pré-fixada e 3% diz respeito a passivos em moeda
estrangeira sem cobertura. A relação dívida/Ebitda dos últimos 12 meses
passou de três vezes para duas vezes. (Agência Canal Energia - 27.10.2006)
6 Distribuidoras promovem Semana Nacional da Segurança Na próxima semana,
as distribuidoras de energia farão campanha para conscientização do uso
seguro da rede elétrica. Batizada de Semana Nacional da Segurança, o evento
acontece em vários pontos do país. Segundo estudo da Abradee, instalar
antenas e soltar pipas perto da rede, fazer ligações clandestinas, além
dos pequenos descuidos no dia-a-dia da construção civil, são os principais
motivos que levam a acidentes. (Folha de São Paulo - 30.10.2006)
Leilões 1 Leilão de LTs atrai 32 empresas Os documentos
de 32 empresas interessadas na pré-qualificação ao leilão de linhas de
transmissão a ser realizado em 15 de dezembro foram apresentados na última
sexta-feira (27/10) na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC)
em São Paulo. São 22 empresas do Brasil, cinco da Espanha, três de Portugal
e duas da Colômbia, que participarão individualmente ou agrupadas em nove
consórcios. No próximo dia 10 de novembro, o resultado da pré-qualificação
será divulgado pela Comissão Especial de Licitação da Aneel. O depósito
das garantias será feito pelas empresas pré-qualificadas na véspera do
leilão, 14 de dezembro, também na CBLC em São Paulo. A extensão total
dos seis lotes com dez linhas de transmissão é de aproximadamente 1.033
quilômetros de novas linhas da Rede Básica do Sistema Interligado Nacional
(SIN), com investimentos totais estimados em R$ 680 milhões. (Aneel -
30.10.2006)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sul deve economizar R$ 14,8 milhões no verão O Rio Grande
do Sul espera reduzir em 157 MW o consumo de energia durante o horário
de verão, que gerará uma economia de 4% na demanda esperada pra o verão
2006/2007. José Carlos Brack, secretário de Energia do RS, com esta redução
da demanda, também haverá redução na geração de energia em situação de
emergência. 'O maior aproveitamento da luz permitirá redução nos cortes
de carga ou na geração térmica adicional. A estimativa é que sejam gerados
ou importados 50 MW a menos durante o período, o que acarretaria em uma
economia R$ 14,8 milhões para o Estado', afirma. Nos últimos dois anos,
a economia foi de aproximadamente R$ 500 milhões. (InvestNews - 27.10.2006)
De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 28/10/2006 a 03/11/2006. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras conclui acordo para exploração e produção de gás na Bolívia A Petrobras e a YPFB concluíram o acordo que permitirá a permanência da companhia na Bolívia, nos negócios de exploração e produção de gás dos campos de San Alberto e San Antonio, em Tarija. Depois de longa negociação, o contrato regulamenta as novas condições de exploração e produção de gás nos campos referidos. A questão do preço do gás e das refinarias bolivianas de propriedades da Petrobras não foi tratada no acordo. O documento será encaminhado ao Congresso Nacional boliviano para apreciação final. (Petrobras - 29.10.2006) 2 Petrobras promete investir US$1,5 bi na Bolívia, diz YPFB A Petrobras
se comprometeu a fazer novos investimentos na Bolívia no valor de pelo
menos 1,5 bilhão de dólares, com a assinatura de um novo contrato de operação
no país, disse neste domingo o presidente da estatal boliviana YPFB, Juan
Carlos Ortiz. Esses investimentos "poderiam ser incrementados em função
dos projetos conjuntos da Petrobras com outras companhias", disse Ortiz
à Reuters, depois da assinatura dos novos contratos de operação entre
a YPFB e as companhias -- entre elas a brasileira-- que produzem petróleo
e gás na Bolívia. A Petrobras disse já ter investido cerca de 1,5 bilhão
de dólares desde que iniciou suas operações na Bolívia, há uma década,
com o que se tornou a empresa dominante da indústria agora nacionalizada
pelo governo de Evo Morales. (Reuters - 18.10.2006) 3 Rondeau: acordo entre Petrobras e YPFB garante fornecimento Segundo o ministro
de Minas e Energia, Silas Rondeau, o acordo fechado ontem (28) entre a
Petrobras e a estatal boliviana de gás e petróleo (YPFB) "garante a rentabilidade
dos negócios da Petrobras e isso será fundamental porque assegura o suprimento
do gás natural para o mercado brasileiro. Foram negociadas condições de
exploração e um contrato de 30 anos a partir da homologação e aprovação
pelo Parlamento". Segundo o ministro Silas Rondeau, a negociação entre
Brasil e Bolívia "foi uma demonstração de como superar diferenças a favor
de um projeto maior, que é a integração da América do Sul por meio do
gás natural". O acordo foi fechado quatro horas antes de expirar o prazo,
"então é sinal de que foi um bom acordo". "A Bolívia, como a Venezuela,
o Peru, a Argentina e quaisquer outros países que tiverem campos de produção
de gás são importantes dentro de uma equação de integração enérgica sul-americana",
acrescentou. (Agência Brasil - 2.10.2006) 4 Gás de Santos será antecipado A crise enfrentada
pela Petrobrás na Bolívia desde o decreto de nacionalização das reservas
de gás assinado por Evo Morales em maio, forçou a estatal brasileira a
ampliar os investimentos nas reservas de gás no Brasil. Um dos focos de
investimento é a reserva da Bacia de Santos, no litoral do Estado de São
Paulo. Essa bacia tem potencial para duplicar as reservas brasileiras
do combustível. As reservas provadas do Brasil hoje superam os 350 bilhões
de metros cúbicos de gás. Entre 2007 e 2011, a Petrobrás pretende investir
US$ 10,2 bilhões na Bacia de Santos, dos quais US$ 3,3 bilhões em exploração
e produção nos cinco pólos. Em dez anos, o montante investido na região
pode alcançar US$ 18 bilhões. A tarefa será descobrir mais gás e petróleo
na região por meio da Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Petrobrás,
que foi recentemente inaugurada em Santos. (O Estado de São Paulo - 30.10.2006)
5 Juiz suspende obra de gasoduto da Petrobras A Justiça Federal no Amazonas determinou ontem que a Petrobras suspenda a construção do gasoduto Urucu-Manaus, que prevê investimentos de R$ 2,4 bilhões e é um trunfo da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva. O juiz substituto Ricardo Augusto de Sales, da 2ª Vara Federal, acatando ação civil pública do Ministério Público Federal, considerou ilegal o licenciamento ambiental da obra pelo Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas), subordinado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Para o juiz, é o Ibama -órgão federal- que deve fazer o licenciamento. O juiz imputou à Petrobras multa diária de R$ 2 milhões caso a obra não seja paralisada. A Petrobras disse que não se pronunciará até que seja notificada pela Justiça. (Folha de São Paulo - 30.10.2006) 6 Petrobras vai explorar petróleo em Moçambique A Petrobras e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), empresa estatal de Moçambique, firmaram hoje, dia 27 de outubro, memorando de entendimento para exploração de petróleo e gás natural em Moçambique em terra e no mar. O documento foi assinado pelo gerente executivo do Desenvolvimento de Negócios da Área Internacional da Petrobras, Luis Carlos Moreira, e pelo presidente do Conselho de Administração da ENH, Issufo Anuar Daúfo Abdula. O memorando também trata da pesquisa e produção de biocombustíveis em território moçambicano. O governo do país tem interesse em desenvolver a produção de biodiesel a partir da jatrofa, uma oleaginosa abundante na vegetação local, além da produção de álcool de cana-de-açúcar. A ENH é uma empresa com experiência no desenvolvimento de atividades petrolíferas em Moçambique e possui amplos conhecimentos de geofísica e geológica das bacias sedimentares do país. A Petrobras já participa de um bloco de exploração em Moçambique, juntamente com a Petronas, da Malásia, na foz do rio Zambezi, visando à produção de hidrocarbonetos. (Petrobras - 27.10.2006) 7 BR Distribuidora recebe autorização para liberar geradoras da UTE A BR Distribuidora recebeu autorização da Aneel na última quinta-feira, 26 de outubro, para liberação das unidades geradoras 1 e 2, de 395 kW de potência cada, totalizando 790 kW, da UTE Aeoroporto de Maceió (AL). A liberação foi obtida através do despacho nº 2.490, publicado na edição desta sexta-feira, 27 de outubro, do Diário Oficial da União. (Agência Canal Energia - 27.10.2006) 8 Wärtsilä visa leilão de energia nova Diante do crescente avanço da geração térmica na matriz elétrica brasileira, motivado pela necessidade de garantir o suprimento de energia, a finlandesa Wärtsilä amplia a sua estratégia de atuação no Brasil e planeja se consolidar como investidora em projetos termoelétricos. A nova estratégia vem sendo implementada gradualmente. A idéia é ampliar o número de usinas em carteira para os próximos leilões. A empresa tem condições de colocar uma planta em operação em sete meses, o que possibilita ingressar nos leilões A-3 e A-5. Segundo Faustino, os cinco projetos juntos somam 300 milhões de euros em investimentos. Todas as plantas utilizam como insumo o óleo combustível especial. A empresa já executa estudos visando o próximo leilão de energia nova. No médio prazo, a Wärtsilä também planeja intensificar a sua atuação no segmento de co-geração a gás natural. (DCI - 30.10.2006) A pouco mais de um mês do fim da safra de cana-de-açúcar, os preços do álcool se estabilizaram, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/ Esalq/USP). Desde meados de julho as cotações do combustível vinham em queda, reflexo do avanço da safra que neste ano se mostrou mais açucareira. A produção de álcool só começou a predominar nas últimas semanas, com o início das chuvas. Além disso, as cotações do açúcar nas bolsas internacionais caíram desestimulando a formação de estoques do produto. Segundo o Cepea, o preço do litro do álcool anidro na semana passada era de R$ 0,866, sem impostos, na usina. O álcool hidratado estava cotado a R$ 0,757 o litro. (Gazeta Mercantil - 30.10.2006)
Grandes Consumidores A CVRD pretende
amortizar parte da dívida contraída para executar a compra da mineradora
canadense Inco com emissão de R$ 5 bilhões em debêntures simples não conversíveis.
O pedido para emissão foi protocolado na CVM. (DCI - 30.10.2006) 2 MMX inicia construção de sua primeira planta de ferro-gusa A produtora
de minério de ferro MMX Mineração e Metálicos iniciou a construção de
sua primeira unidade de produção de ferro-gusa. A MMX planeja iniciar
os testes em junho de 2007 e iniciar as operações comerciais no segundo
semestre do ano que vem. (DCI - 30.10.2006)
Economia Brasileira 1 Skaf espera que Lula priorize o crescimento Paulo Skaf, presidente da Fiesp, espera que o governo Lula dê prioridade ao crescimento em seu segundo mandato. "Os juros elevadíssimos custaram caro ao Brasil e gostaria de ouvir do presidente Lula que ele fará o que for necessário para criar um ambiente favorável ao crescimento", disse. Ressaltando que o presidente precisará de coragem para promover mudanças, Skaf diz esperar novidades no BC. "Espero mudanças no BC, para que tenhamos uma diretoria afinada com a Fazenda - que está em boas mãos com o ministro Guido Mantega". Na sua opinião, Mantega "mostrou que tem a consciência de que precisa fazer o Brasil crescer" e deve ser mantido. Sobre a política do BC no primeiro mandato, Skaf afirmou: "Essa política monetária teimosa e arrogante atrasou o crescimento e nos custou 3 milhões de empregos. Precisamos de uma ruptura. Não é possível manter no cargo uma pessoa que prometeu crescimento e não cumpriu", afirmou, em referência a Henrique Meirelles, embora sem citá-lo. Skaf defendeu ainda uma redução nos gastos públicos e afirmou que a classe empresarial não irá aceitar qualquer aumento de carga tributária. (Jornal do Commercio - 30.10.2006) 2 Presidente da CNI defende diminuição nos gastos Armando Monteiro Neto, presidente da CNI disse que a indústria quer que o novo governo racionalize os gastos públicos, abrindo espaço para retomar o crescimento econômico. "A prioridade do novo governo é a questão fiscal. O governo precisa assumir uma nova postura na área fiscal, controlar, racionalizar e até mesmo cortar gastos, para que o setor público recupere sua capacidade de investimento e o setor privado possa ser desonerado gradualmente com a redução da carga tributária", disse em comunicado à imprensa. No comunicado, o presidente da CNI ressaltou a urgência de se retomar a reforma tributária, a redução da burocracia, o estímulo aos investimentos privados, o fortalecimento das agências reguladoras. Cobrou, também, mais investimentos na educação. (Jornal do Commercio - 30.10.2006) 3 Mantega prevê PIB de 2007 4 Focus: Mercado faz leves ajustes nas expectativas de inflação Os analistas
do mercado financeiro consultados pelo BC ajustaram as expectativas, de
4,17% para 4,16%, para o IPCA de 2007. Para 2006, o índice foi revisto
de 2,97% para 2,98%. A meta do governo é uma inflação de 4,5% nos dois
anos. Ainda de acordo com o relatório Focus, o IGP-DI passou de 3,12%
para 3,14% para este ano. Já a projeção do IGP-M ficou estável em 3,23%.
Para 2007, a previsão dos índices passou de 4,28% para 4,29% e de 4,33%
para 4,30%, respectivamente. Sobre a taxa de juros, os analistas mantiveram
a previsão para a Selic no final do ano em 13,5%. Para novembro, há previsão
de corte de 0,25p.p na taxa. A projeção para o crescimento do PIB foi
mantida em 3% em 2006 e, para 2007, em 3,5%. O BC espera que a economia
cresça 3,5% neste ano. A revisão consta do "Relatório de Inflação" de
setembro. Antes, a previsão era de um aumento do PIB de 4%. Para a produção
industrial, a projeção do último levantamento do BC caiu de 3,46% para
3,40% para 2006. Por sua vez, a projeção em relação ao superávit comercial
foi mantida em US$ 44 bilhões. (Folha de São Paulo - 30.10.2006) 5 IGP-M sobe para 0,47% em outubro A inflação medida
pelo IGP-M acelerou para 0,47%, em outubro, bem acima dos 0,29% registrados
em setembro, e superou a previsão de analistas do mercado financeiro,
que projetavam alta de 0,28%, segundo o boletim Focus. A elevação foi
ditada pelos preços no atacado e na construção civil. O IPA avançou 0,65%.
Em setembro, a taxa havia sido de 0,36%. O INCC elevou-se 0,18%, no mês
de outubro, contra 0,09% em setembro. Por outro lado, o IPC desacelerou
para 0,10%, em outubro. Em setembro, a taxa havia sido de 0,18%. (Folha
de São Paulo - 30.10.2006) O dólar comercial abriu as operações em alta em relação ao fechamento de sexta-feira, cotado a R$ 2,1420. Às 9h40, a moeda era transacionada a R$ 2,14 na compra e a R$ 2,1420 na venda, com elevação de 0,23%. Na sexta-feira, o dólar comercial recuou 0,04%, a R$ 2,1350 na compra e R$ 2,1370 na venda. Na semana, a moeda acumulou queda de 0,14%. (Valor Online - 30.10.2006)
Internacional 1 Novos contratos de petróleo na Bolívia serão rentáveis, diz BG A empresa produtora
de gás BG Group disse ter firmado novos acordos operacionais com o governo
da Bolívia e que eles poderiam ser tão rentáveis quanto os anteriores.
A porta-voz da BG, Trina Fahey, disse neste domingo acreditar que os investimentos
feitos pela companhia até agora no país serão recuperados e que a empresa
ainda decidirá se novos investimentos serão economicamente viáveis de
acordo com as novas regras. "Assinamos novos contratos que cobrem todos
os nossos interesses na exploração na Bolívia e a retenção dos blocos
(não-desenvolvidos). A produção continuará substancialmente na mesma base
econômica de antes." (Reuters - 28.10.2006) 2 Rússia fornecerá gás à Ossétia do Sul A Rússia iniciou
ontem a ampliação de um gasoduto que levará gás à separatista região georgiana
de Ossétia do Sul - que junto com a Abkhazia quer ser admitida na Federação
Russa. Segundo o presidente da república russa da Ossétia do Norte, Teimuras
Mamsurov, a Ossétia do Sul deixará de depender do fornecimento de energia
da Geórgia, que já não poderá ameaçá-la com o corte de gás. (O Estado
de São Paulo - 28.10.2006)
Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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